0% acharam este documento útil (0 voto)
76 visualizações

Manual FCT 25

Este documento descreve os objetivos e conteúdos de um curso profissional sobre manutenção de equipamentos e reposição de materiais hospitalares. O curso aborda tipos de materiais e equipamentos usados em hospitais, logística e reposição de materiais, manutenção preventiva de equipamentos, e tarefas apropriadas para técnicos auxiliares de saúde.

Enviado por

Andreia Monteiro
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
76 visualizações

Manual FCT 25

Este documento descreve os objetivos e conteúdos de um curso profissional sobre manutenção de equipamentos e reposição de materiais hospitalares. O curso aborda tipos de materiais e equipamentos usados em hospitais, logística e reposição de materiais, manutenção preventiva de equipamentos, e tarefas apropriadas para técnicos auxiliares de saúde.

Enviado por

Andreia Monteiro
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 15

Manutenção preventiva de equipamentos e reposição

UFCD de materiais comuns às diferentes unidades e


serviços da Rede Nacional de Cuidados de Saúde

Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde


2º Ano
Formação em Contexto de Trabalho – FCT
25 horas

Ano letivo 2018/2019

Página 1 de 15
Formadora: Tatiana Silva
Introdução

Âmbito do manual

O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta
duração nº 6584– Manutenção preventiva de equipamentos e reposição de materiais comuns
às diferentes unidades e serviços da Rede Nacional de Cuidados de Saúde de acordo com o
Catálogo Nacional de Qualificações, integrado no 2º ano do Curso Profissional Técnico Auxiliar de
Saúde.

Objetivos

 Identificar os materiais comuns e mais frequentemente utilizados nas diferentes


unidades/serviços da rede Nacional de Cuidados de saúde, tendo em conta a sua tipologia,
função, catalogação, manuseamento, armazenagem conservação, níveis de consumo, e
formas de destruição após utilização.

 Identificar os equipamentos comuns e mais frequentemente utilizados nas diferentes


unidades/serviços da rede Nacional de Cuidados de saúde, tendo em conta a sua tipologia,
função, disposição e correta manipulação nas atividades de manutenção.

 Explicar que as tarefas que se integram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de
Saúde terão de ser sempre executadas com orientação e supervisão de um profissional de
saúde.

 Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão direta do profissional de
saúde e aquelas que podem ser executadas sozinho.

 Substituir os materiais comuns às diferentes unidades e serviços da Rede Nacional de


Cuidados de Saúde, tendo em conta o tipo de utilização, manipulação e modo de
Conservação.

 Efetuar o registo e controlo de existências dos materiais comuns às diferentes unidades e


serviços da Rede Nacional de Cuidados de Saúde.

 Efetuar as atividades de manutenção preventiva aos equipamentos comuns às diferentes


unidades e serviços da Rede Nacional de Cuidados de Saúde.

Página 2 de 15
Formadora: Tatiana Silva
 Explicar a importância de se atualizar e adaptar a novos produtos, materiais, equipamentos
e tecnologias no âmbito das suas atividades.

 Explicar o dever de agir em função das orientações do Profissional de saúde.

 Explicar a importância da sua atividade para o trabalho de equipa multidisciplinar.

 Explicar a importância de assumir uma atitude pró-ativa na melhoria contínua da qualidade,


no âmbito da sua ação profissional.

 Explicar a importância de cumprir as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho


assim como preservar a sua apresentação pessoal.

 Explicar a importância de agir de acordo com normas e/ou procedimentos definidos no


âmbito das suas atividades.

 Explicar a importância de prever e antecipar riscos

 Explicar a importância de desenvolver uma capacidade de alerta que permita sinalizar


situações ou contextos que exijam intervenção.

Conteúdos programáticos
 Os materiais: tipologia, logística e reposição
 Conceito de material

 Tipologia de material comum aos diversos serviços da prestação de cuidados

- Os materiais de uso único

- Os materiais reutilizáveis

 A reposição de material

- Materiais consumíveis e reutilizáveis

- Registo e controlo de gastos

 Formas de tratamento, eliminação e acondicionamento dos materiais utilizados

 Os equipamentos: tipologia, e atividades de manutenção

 Tipologia de equipamentos

 A manutenção preventiva de equipamentos

 O manual do fabricante

 A disposição dos equipamentos


Página 3 de 15
Formadora: Tatiana Silva
 O manuseamento correto dos equipamentos nas atividades de manutenção preventiva

 O registo do controlo de avarias e de atividades de manutenção

 Os riscos e procedimentos de segurança associados

 Os procedimentos de emergência e protocolos associados

 Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de intervenção


do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde

 Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob


sua supervisão direta

 Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde, pode


executar sozinho/a

Carga horária

• 25 horas

Página 4 de 15
Formadora: Tatiana Silva
1. MATERIAIS HOSPITALARES

O material hospitalar são todos os aparelhos, instrumentos ou acessórios que estão


associados à defesa e proteção da saúde individual, coletiva, ou com fins diagnósticos e
analíticos.

Estes materiais podem ser classificados como materiais de uso único ou materiais
reutilizáveis.

Os materiais de uso único só podem ser utilizados uma vez (usar e deitar fora). No entanto,
existem materiais que podem ser usados mais do que uma vez no mesmo doente, sendo depois
eliminados. Se o dispositivo médico for destinado, pelo fabricante, a uma única utilização
(descartável), esta menção tem que constar na rotulagem e no folheto de instruções, em
conformidade com o disposto no ponto 13 do anexo I da Diretiva 93/42/CEE.

O reprocessamento e a reutilização de dispositivos médicos de uso único colocam, para além de


várias questões de segurança, qualidade e correto desempenho funcional do produto, outras
relativas a aspetos éticos e regulamentares.

O fabricante deve fornecer todas as indicações necessárias para a utilização de um dispositivo


médico em completa segurança, devendo essas informações ser incluídas na rotulagem e no
folheto de instruções, caso exista.

Os materiais reutilizáveis podem ser usados mais do que uma vez. São materiais que
suportam a desinfeção e esterilização mecânica / química para nova utilização.

1.1. Aspetos técnicos – Materiais de uso único

Os processos de limpeza, desinfeção e esterilização utilizados pelas Instituições de Saúde


podem não garantir a inativação de todos os microrganismos existentes no dispositivo,
sobretudo naqueles que, pelo seu desenho ou pela natureza do seu material, apresentam áreas
de difícil acesso ou de difícil penetração pelos agentes físico-químicos utilizados.

Na realidade, um processo adequado e validado para um dispositivo destinado a ser reutilizado,


pode não ser o adequado para um similar de uso único. A garantia da adequação do processo
de limpeza e/ou descontaminação necessita de ser suportada pela sua validação frente ao

Página 5 de 15
Formadora: Tatiana Silva
produto em causa. Isto implica a realização de estudos microbiológicos e estudos físico-químicos
que permitam garantir a manutenção das suas características e estudos de toxicidade e
resíduos.

LOGÍSTICA HOSPITALAR
Pode considerar-se que existem materiais que se distinguem uns dos outros pela pequena ou
elevada importância de compra. Deste modo, os vários tipos de materiais são classificados de
acordo com as seguintes características: complexidade da cadeia de abastecimento do
fornecedor; produtos sem problemas de abastecimento, normalmente com muitos fornecedores
e sem qualquer escassez; produtos com elevados problemas de abastecimento, podendo estes
ser suscetíveis de escassez no mercado.

1.2. Gestão de Stocks – Reposição de material

A gestão de stocks é uma área da administração das empresas, pois o desempenho nesta área
tem reflexos imediatos nos resultados comerciais e financeiros de qualquer entidade/empresa.

A gestão de stocks é composta pelas atividades de previsão da procura e a montagem e


operação de sistemas de reposição de stocks. Esta atividade é muito importante para os
hospitais a fim de evitar a falta de medicamentos e outros itens médicos, evitar desperdícios ao
comprar quantidades desnecessárias de um mesmo produto e não os utilizar até à sua data de
validade.

A gestão de stocks pretende encontrar o equilíbrio entre a minimização dos custos e a


maximização do serviço ao utente.

A necessidade de constituir stock surge quando o abastecimento e o consumo têm um


comportamento distinto ao longo do tempo. No processo de prestação de cuidados de saúde são
consumidos recursos de uma forma praticamente contínua, mas o abastecimento de todos estes
recursos é feito de uma forma descontínua, o que gera a acumulação de recursos num dado
período.

Há fatores centrais que devem sempre ser levados em consideração no que respeita à gestão
de abastecimento, tais como: o prazo de validade, a possibilidade de troca ou devolução, as
dimensões e formas físicas do produto, volumetrias e peso do produto.

Na gestão de stocks existem quatro categorias de inventário que devem ser consideradas na
cadeia de abastecimento de um hospital, a saber:

Página 6 de 15
Formadora: Tatiana Silva
1. Cíclica - produtos com uma maior procura contínua e que necessitam de uma presença
permanente em armazém;

2. Sazonal - equivale a uma quantia fixa de inventário como antecipação à procura ou a futuros
eventos que podem ser previsíveis ao longo do tempo;

3. Stock de segurança - quantidade de produtos que se deve manter para que cada produto
assegure a procura antecipada;

4. Contingência - produtos especializados que podem ser precisos fora do âmbito da rotina.

Os objetivos da gestão de stocks envolvem a determinação de três decisões principais:

 quanto encomendar

 quando encomendar

 quantidade de stock de segurança

Estas decisões assumem uma dinâmica repetitiva ao longo do tempo e torna-se complexa, uma vez
que envolve vários fatores. Para facilitar o processo criaram-se vários procedimentos matemáticos
e estatísticos, disponíveis em “software” próprio para o efeito. Assim, com esta ferramenta pode-se
classificar os itens armazenados, fazer estimativas de encomendas, estimativas como stock
máximo, stock de segurança e ponto de encomenda.

De uma forma geral, a gestão de stocks é fazer com um produto esteja constantemente pronto a
dar resposta a uma necessidade. Desta forma, uma boa gestão satisfaz a exigência, satisfazendo
também a componente económica.

Funções associadas ao controlo de stocks:


 “O que” ter em stock;

 “Quando” reabastecer o stock;

 “Quanto” stock;

 “Onde” e “Como” fazer o controlo do stock;

 Controlo periódico da quantidade, estado e valor dos materiais em stock;

 Dar baixa de itens danificados e fora do prazo;

 Gerir custos.

Página 7 de 15
Formadora: Tatiana Silva
1.3. Formas de tratamento, eliminação e acondicionamento dos materiais
utilizados

 Materiais de uso único: são desperdiçados e entram na gestão de resíduos hospitalares,


que possui uma determinada classificação.

 Materiais reutilizáveis: entram num ciclo específico, com normas rigorosas de esterilização
e embalagem, para posterior utilização.

1.3.1. Resíduos hospitalares

Os resíduos hospitalares são classificados em quatro grupos diferentes (I, II, III e IV), tendo em
conta o grau de contaminação e o risco para a saúde pública e para o ambiente.

Resíduos hospitalares do grupo I: são aqueles que não apresentam exigências especiais no
seu tratamento e são equiparados a urbanos. Estão incluídos neste grupo os resíduos
provenientes de: serviços gerais (gabinetes, salas de reunião, salas de convívio, instalações
sanitárias, etc.); serviços de apoio (oficinas, jardins, armazéns, etc.); embalagens e invólucros
comuns (papel, cartão e outros de natureza idêntica); serviços de hotelaria, resultantes da
confeção e restos de alimentos servidos a doentes não incluídos no grupo III. Estes resíduos são
colocados em sacos de cor preta e podem ser encaminhados para aterro sanitário.

Resíduos hospitalares do grupo II: são aqueles que não estão sujeitos a tratamento
específico, podendo ser equiparados a urbanos. São resíduos hospitalares não perigosos. Estão
incluídos neste grupo: material ortopédico, como talas, gesso e ligaduras gessadas não
contaminados e sem vestígios de sangue; fraldas e resguardos descartáveis não contaminados
e sem vestígios de sangue; material de proteção individual utilizado nos serviços gerais e de
apoio, com exceção no utilizado na recolha de resíduos; embalagens vazias de medicamentos e
outros produtos de uso clínico, com exceção dos incluídos nos grupos III e IV; frascos de soro
não contaminado. Estes resíduos são colocados em sacos de cor preta e podem ser
encaminhados para aterro sanitário.

Resíduos hospitalares do grupo III: são aqueles que apresentam risco biológico. São resíduos
contaminados ou suspeitos de contaminação, suscetíveis de incineração ou de outro pré-
tratamento eficaz (como o tratamento em autoclave ou esterilização química), permitindo
posterior eliminação como resíduo urbano (em aterro sanitário). Estão incluídos neste grupo:

Página 8 de 15
Formadora: Tatiana Silva
todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infeciosos ou suspeitos,
de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia
e de anatomia patológica, de patologia clínica e de laboratórios de investigação, com exceção
dos do grupo IV; todo o material usado em diálise; peças anatómicas não identificáveis; resíduos
que resultam da administração de sangue e derivados; sistemas utilizados na administração de
soros e medicamentos, com exceção dos do grupo IV; sacos coletores de fluídos orgânicos e
respetivos sistemas; material ortopédico, como talas, gesso e ligaduras gessadas contaminados
ou com vestígios de sangue; material de proteção individual utilizado em cuidados de saúde e
serviços de apoio geral em que haja contato com produtos contaminado. São colocados em
sacos/contentores de cor branca.

Resíduos hospitalares do grupo IV: são resíduos hospitalares específicos, que têm que ser
obrigatoriamente incinerados. Estão incluídos neste grupo: peças anatómicas identificáveis, fetos
e placentas, até publicação de legislação específica; cadáveres de animais de experiência
hospitalar; materiais cortantes e perfurantes, como agulhas, cateteres e todo o material invasivo;
produtos químicos e fármacos rejeitados, quando não sujeitos a legislação específica;
citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração. São colocados em
sacos/contentores de cor vermelha.

1.4. Equipamentos hospitalares – Manutenção

A intervenção dos serviços de manutenção de instalações e equipamentos deve iniciar-se no


momento em que o hospital decide fazer a aquisição de qualquer equipamento. A partir desse
instante, o serviço de manutenção tem a responsabilidade de intervir no processo de compra,
receção e instalação; a elaboração do caderno de encargos e a seleção das propostas que
implicam equacionar vários pontos relacionados com a qualidade do equipamento, a adequação
dos recursos internos e as garantias do fornecedor.

A qualidade do equipamento refere-se:

 à tecnologia, fiabilidade e segurança adequadas ao serviço;

 ao preço;

 às condições e prazo de garantia;

 aos manuais do fabricante;

 aos custos de manutenção.

Página 9 de 15
Formadora: Tatiana Silva
A adequação dos recursos internos respeita a:

 locais e condições de instalação adaptados;

 disponibilidade de operadores qualificados;

 recursos de manutenção apropriados.

As garantias do fornecedor envolvem:

 a capacidade técnica;

 seriedade e solidez da empresa;

 rapidez de resposta;

 assistência na instalação e formação do pessoal;

 assistência na manutenção por chamada ou catato;

 fornecimento de peças e materiais.

Depois de escolhido o equipamento, bem como o seu fornecedor, é feita a aquisição e,


posteriormente, receção e instalação. Esta fase é muito importante, envolvendo a intervenção do
respetivo Serviço Utilizador, do Serviço de Aprovisionamento (Stocks) e o Serviço de Manutenção.

Deve verificar-se sempre se as condições do caderno de encargos foram integralmente cumpridas


e se os manuais e desenhos que acompanham o equipamento correspondem ao seu modelo e
versão, permitindo uma correta manutenção, desde o momento da entrada em funcionamento do
equipamento.

Manutenção é definida como a combinação de todas as ações técnicas, administrativas e de


gestão, durante o ciclo de vida de um bem, destinadas a mantê-lo ou repô-lo num estado em que
ele pode desempenhar a função requerida.

1.4.1. A importância da manutenção

A manutenção é importante visto que permite a preservação ambiental através do controlo dos
gastos de matérias-primas que, em muitos casos, são escassas. A deterioração cada vez maior
dos equipamentos leva ao aumento de custos de manutenção pelo que é necessária uma atenção
constante ao estado dos equipamentos. Por outro lado, um bom processo de manutenção oferece
maior segurança às pessoas, equipamentos e património, o que possibilita uma melhor qualidade
de vida. O rápido crescimento tecnológico e a aplicação de processos emergentes conduzem a

Página 10 de 15
Formadora: Tatiana Silva
uma manutenção mais acompanhada e estruturada. A manutenção tornou-se vital numa instituição
sendo um dos vetores fundamentais da sua economia. Existe a necessidade de garantir a
disponibilidade dos equipamentos por um determinado tempo para cumprir a sua função, de um
modo fiável, sabendo-se que, a sua manutibilidade (tempo médio de reparação) e a eficiência de
suporte (tempo médio de espera para reparação) têm de ser levados em conta, pois apenas assim
se consegue uma elevada capabilidade (produção de material de qualidade) e uma elevada
disponibilidade através da não existência de avarias.

Equipamentos que devem suportar manutenções são todos aqueles em que uma falha possa
afetar: a segurança de pessoas e instalações, prejudicar a operacionalidade da empresa e elevar
os custos para níveis inaceitáveis de reparação.

Do ponto de vista económico, a não manutenção dos equipamentos ou bens, pode resultar em
perda de produtividade, pois origina mau rendimento dos equipamentos, exige paragens com maior
frequência dos equipamentos e maior possibilidade de acidentes ou avarias graves, podendo dar
origem a produtos com defeito o que poderá levar à perda de encomendas e uma má imagem
comercial.

1.4.2. Tipos de manutenção

A gestão da manutenção pode adotar diferentes critérios para intervir nos equipamentos.
Considera-se que existem os seguintes tipos de manutenção:

Página 11 de 15
Formadora: Tatiana Silva
 Manutenção preventiva

 Sistemática

 Condicionada

 Manutenção corretiva

Manutenção preventiva é a manutenção que se baseia em tomada de ações com vista a evitar
alguma avaria antes de ela vir a acontecer. Esta prevenção é feita baseada em estudos
estatísticos, estado do equipamento, local de instalação, condições elétricas, dados fornecidos pelo
fabricante (condições ótimas de funcionamento, pontos e periodicidade de lubrificação, limpeza,
afinação), entre outros. Pressupõe um vasto conhecimento dos equipamentos ou peças alvos de
manutenção e disponibilidade de mão-de-obra para a sua execução.

Os principais objetivos da manutenção preventiva são:

 Reduzir ao máximo o número de avarias em serviço, aumentando assim a fiabilidade e

disponibilidade dos equipamentos;

 Aumento considerável da disponibilidade anual dos sistemas;

 Diminuição do número total de intervenções corretivas, diminuindo o custo da manutenção

corretiva;

 Diminuição do número de intervenções corretivas em momentos inoportunos como por

exemplo, em períodos noturnos, em fins-de-semana, durante períodos críticos de utilização

(cirurgias, por exemplo);

 Melhor conservação e maior durabilidade dos equipamentos;

 A manutenção não deve afetar a qualidade das intervenções;

 Maior segurança nos equipamentos e processos;

 Menores custos gerais.

Na manutenção preventiva sistemática, as intervenções obedecem a um programa que se


destina a ser executado periodicamente, sendo os intervalos medidos numa determinada unidade
de tempo ou noutro parâmetro de uso que traduza o funcionamento do equipamento.

Na manutenção preventiva condicionada, as ações são executadas de acordo com o estado de


“saúde” do equipamento. De uma forma geral, associa-se um ou vários parâmetros ao
Página 12 de 15
Formadora: Tatiana Silva
equipamento, medidos numa dada unidade, que quando atingem determinado limite dão origem a
uma determinada intervenção.

Manutenções corretivas são reparações que ocorrem de modo não programado, que ocorreram
por algum motivo, surgindo um ou vários problemas que impedem o funcionamento do
equipamento. Este tipo de manutenção, consiste em reparar os materiais, bem como em analisar o
estado geral do equipamento, estudar as avarias repetitivas, quando for o caso, estudar os pontos
críticos e as avarias por causa. Neste tipo de avaria, impõe-se a paragem do equipamento. Implica
um conhecimento profundo das instalações e equipamentos, que é obtido através dos manuais e
desenhos fornecidos pelo fabricante, do histórico das intervenções e da experiência acumulada.
Estes parâmetros associados aos recursos internos, pessoal, peças de reserva e ferramentas,
permitem ao hospital decidir sobre o tipo de intervenção a implantar.

Os hospitais possuem equipamentos com tecnologias diversas, em contínua evolução, sendo


frequente encontrar aparelhos funcionalmente similares, mas com grandes diferenças tecnológicas,
por serem de diferentes anos de fabrico. A manutenção interna destes equipamentos implica um
esforço permanente de formação do pessoal. No entanto, devido ao aumento da complexidade dos
equipamentos e dos elevados custos dos stocks das diferentes peças de reserva, tem havido uma
tendência crescente para a contratação de firmas da especialidade, normalmente as fornecedoras
dos equipamentos, quer para manutenção, quer para reparação de avarias.

As intervenções de manutenção ao longo do ciclo de vida do equipamento implicam muitos custos,


que evoluem no tempo. A soma destes valores nos vários anos de funcionamento, juntamente com
o custo de aquisição, fornece elementos fundamentais na determinação da altura em que deve ser
substituído; a estes custos há que acrescentar os custos do funcionamento.

É muito importante a existência de uma biblioteca organizada, ajuda o melhor planeamento e um


maior conhecimento dos equipamentos. A biblioteca deve conter: manuais de manutenção,
manuais de pesquisas de anomalias ou avarias, catálogos construtivos dos equipamentos,
catálogos de manutenção (dados pelos fabricantes) e desenhos de projeto atualizados.

Uma biblioteca organizada deve ainda conter ficheiros com as seguintes informações:

 Fichas com o histórico dos equipamentos, contendo registo das manutenções efetuadas e

avarias/anomalias encontradas;

 Fichas de tempos de reparação com cálculo atualizado de valores médios;

Página 13 de 15
Formadora: Tatiana Silva
 Fichas de planeamento prévio, normalizado, dos trabalhos repetitivos de manutenção.

Nestas fichas devem constar a composição das equipas de manutenção, materiais, peças

de reposição e ferramentas;

 Existência de um serviço de emissão de requisições ou pedidos de trabalho, contendo a

descrição do trabalho, os tempos previstos, a lista de itens a requisitar e a composição da

equipa especializada;

 Emissão de mapas de rotinas diárias;

 Existência de um serviço de controlo habilitado a calcular dados estatísticos relativos à

fiabilidade e à produção;

 Existência de um serviço de emissão de relatórios resumindo as grandes manutenções

periódicas;

Página 14 de 15
Formadora: Tatiana Silva
Bibliografia

- Manutenção de Equipamentos de Blocos Operatórios – Caso do CHVNG/E; Bruno Filipe Teixeira


Magalhães; Relatório Final de Estágio; Instituto Politécnico de Bragança.

- Gestão de Manutenção de Instalações e Equipamentos Hospitalares; Carlos Alberto Belo


Rodrigues de Matos Faria; Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Página 15 de 15
Formadora: Tatiana Silva

Você também pode gostar