Rainha Nzinga

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GRUPO DE PESQUISA EM ETNOMUSICOLOGIA DA UFPR

Curitiba - Paraná

Rainha Nzinga

MODALIDADE: COMUNICAÇÃO

Janayna Toso Sfair


UFPR- [email protected]

Resumo: Nesta resenha será abordada a biografia e importância da rainha Nzinga, durante a
colonização portuguesa em Angola, no continente Africano. Alguns fatos apresentados no filme
Nzinga, Rainha de Angola, assim como os acontecimentos mais marcantes de sua vida, serão
descritos aqui.

Palavras-chave: Angola. Nzinga. Continente Africano.

Title of the Paper in English Nzinga Queen.

Abstract: This review will adress the biography and importance of Queen Nzinga, during the
portuguese colonization Angola, on the African Continent. Some facts presented in the film
Nzinga, Queen of Angola, as well as the most remarkable events of her life, will be described here

Keywords: Angola. Nzinga. African Continent.

1. Nzinga a Mbande – Rainha do Ndongo e do Matamba


Nzinga a Mbande (1581- 1663) foi uma mulher que por conquista tornou-se
rainha do Ndongo e do Matamba. Tinha qualidades de liderança e guerrilheira, além da
amorosidade necessária e jogo de cintura para negociar com pessoas da pior índole possível,
como eram os portugueses que vieram a seu país para colonizar, extraviar negros para ser
escravos em outros continentes, além de outras coisas horríveis que eles fizeram nos anos de
1500, quando começaram a aparecer as grandes navegações na costa africana. Nzinga cresceu,
assim, em um contexto de exploração do seu povo e suas terras. Ela então se impôs, depois de
crescida, e se tornou um exemplo notável de governança feminina. Quando seu pai Ngola
Mbande Kiluanji morre em 1617, seu filho Ngola Mbande se torna o novo rei. Mas ele não
tinha coragem, carisma e outras qualidades necessárias para um governante eficaz, ainda mais
diante das circunstâncias de exploração em que seu país se encontrava. Com medo de Nzinga
tomar seu lugar, seu irmão sequestra e mata seu único filho, obrigando-a a ir embora do seu
vilarejo, com uma grande dor. Em 1622 o novo rei pede que sua irmã vá negociar
pessoalmente a paz junto aos portugueses, enviando-a a Luanda como embaixadora. Nzinga
negocia com o vice-rei de Portugal, Dom João Correia de Sousa, revelando-se uma notável
degociadora e diplomata.
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Em 1924 o rei Ngola Mbande morre, acometido de uma doença. Nzinga toma
posse, tornando-se rainha. Tem qualidades de guerra e espionagem e tece muitas alianças
estratégicas, com uma inteligência que abrange implicações comerciais e religiosas. Durante
toda a sua vida Nzinga resistiu às invasões dos portugueses, opondo-se aos seus projetos
colonizadores. Enfrentou diversas batalhas enquanto viva, e em 1657 assina um tratado de Paz
com os portugueses, que passam a colonizar Angola apenas após sua morte, em 1663. Nzinga
foi uma importante figura de resistência do anticolonialismo. Defendeu seu país até o fim,
quando tinha 82 anos.

2. Antes de Nzinga – Invasão Portuguesa


Em 1560 o explorador português Paulo Dias de Novais chegou às margens do
Ndongo, perto da foz do rio Kwanza. Acompanhado por jesuítas, comerciantes e dignatários
portugueses, diz-se enviado pela coroa de Portugal e pede para ser apresentado ao rei do
Ndongo. O rei desconfiado permite que eles permaneçam em seu país, mas adverte que
seguirão sendo vigilados. Os portugueses durante sua estadia logo descobrem uma sociedade
organizada e hierarquizadae múltiplos talentos dos habitantes do Ndongo, que dominam
comércio, agricultura, metalurgia e criação de gado. Buscam as riquezas do país e minas de
ouro e prata. Cinco anos mais tarde, o Rei do Ndongo permite que Paulo Dias retorne a
Portugal, com a condição de ele regressar no comando de um exército para enfrentar países
vizinhos, mas ele retorna dez anos mais tarde com o intuito de tomar posse daquela terra à
força, em nome do rei de Portugal. Como não encontram ouro nem prata, decidem fazer de
Luanda um porto negreiro, que se torna alvo de sequestro de negros para serem escravos em
sua nova colônia, o Brasil. E é neste período que vive Nzinga, testemunha da resistência de
seu pai e as violentas transformações que os portugueses impõem em seu povo. Nzinga
aprende com os comerciantes e missionários a ler e escrever, o que permite que ela se
desenvolva e possa negociar e espionar os portugueses em suas estratégias, anos depois, e ser
bem sucedida em sua luta.

Referências:

- Livro
HISTORIA GERAL DA AFRICA, Volume V, Paris: Unesco Publications. 1998.
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- Vídeos
NZINGA: Rainha da Angola. 2013. Sergio Graciano.

- Material audiovisual (Imagem em movimento) em meio eletrônico:


Disponível em: https://en.unesco.org/womeninafrica. Acesso: 03/07/2021.

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