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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

GPA DE SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA

PHAMELA RONDON MACHADO


RITA CÁSSIA ARRUDA
TAWANY CAROLINE OLIVEIRA

A ATUAÇÃO DO PSICOLOGO NO CONTEXTO EDUCATIVO:


CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA ESCOLAR

VÁRZEA GRANDE-MT
2017
PHAMELA RONDON MACHADO
RITA CÁSSIA ARRUDA
TAWANY CAROLINE OLIVEIRA

A ATUAÇÃO DO PSICOLOGO NO CONTEXTO EDUCATIVO:


CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA ESCOLAR

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Psicologia do
Centro Universitário de Várzea Grande,
como requisito para a aprovação na
disciplina TCC II.
Orientadora: Profa. Ma. Renata Vilela
Rodrigues

VÁRZEA GRANDE-MT
2017
A ATUAÇÃO DO PSICOLOGO NO CONTEXTO EDUCATIVO:
CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA ESCOLAR

Phamela Rondon Machado1


Rita Cássia Arruda1
Tawany Caroline Oliveira1
Renata Vilela Rodrigues2

RESUMO: O presente artigo destaca as transições e contribuições da psicologia escolar


ao longo da história até os dias atuais, visando a uma discussão contemporânea sobre a
atuação do psicólogo nos contextos educativos. Para tal, a investigação adotou a
pesquisa qualitativa de perfil descritivo e bibliográfico acerca do papel do profissional
psicólogo no contexto escolar a partir de material acadêmico, publicado em periódicos
de Psicologia. O levantamento foi efetuado considerando um recorte temporal
específico a partir do qual se realizou a categorização e o processo de análise. Como
resultados, destacam-se a relevância do psicólogo escolar atuando em contextos
educativos e sociais, as demandas atuais trazidas para este profissional e os
conhecimentos teóricos em que são fundamentais para sua atuação.
PALAVRAS-CHAVE: Educação; Psicologia Escolar; Atuação profissional.

1
Acadêmicas do curso de psicologia do Centro Universitário de Várzea Grande.
2
Prof. Ma. e orientadora do curso de Psicologia do UNIVAG.
INTRODUÇÃO

O presente artigo destaca, a partir de uma revisão de literatura, as transições e


contribuições da psicologia escolar ao longo da história, visando propor uma discussão
sobre a atuação do psicólogo, no contemporâneo. Mais especificamente, pretendemos
evidenciar as principais tarefas a serem desempenhadas pelo psicólogo, bem como sua
atuação na Psicologia Escolar, a qual envolve as áreas pedagógica, familiar, comunitária
e social e educacional, pretendendo, assim, problematizar como é realizado o trabalho
do psicólogo no contexto escolar.
No contexto nacional, no que diz respeito ao surgimento da psicologia, esta
estava relacionada a modelos tradicionais da psicologia clínica, em que só tinha acesso à
psicologia os grupos sociais que pertenciam a uma classe econômica privilegiada. Com
a psicologia escolar não era diferente, sua organização se baseava em uma atuação
clínica, em que se privilegiava os diagnósticos e, geralmente, os problemas que
predominavam eram focados em déficit de aprendizagem, distúrbios e baixo nível de
inteligência. Nesse sentido, a psicologia escolar trabalhava no sentido de rotular alunos
como “inferiores”, “retardados mentais”, “incapacitados”, dentre várias outras
classificações, culpabilizando o aluno e sua família por todos os problemas de
aprendizagem escolares (PATTO, 1994).
A modificação do trabalho do psicólogo escolar se deu com o decorrer dos
anos 1990, no Brasil. O aluno, nessa nova focalização, deixa de ser visto como um
aluno problema e a escola começa a ser vista como um espaço social sui generis. O
psicólogo escolar passa a ser desafiado a resolver conflitos, mediar relações e dar
condições para que o aluno se desenvolva sem precisar ser excluído do contexto de
ensino-aprendizagem e desenvolvimento (PATTO, 1994).
Apesar dos avanços na área da psicologia escolar, percebemos que ainda há
muito que se refletir, especialmente no que diz respeito ao trabalho do Psicólogo em
contextos educativos. Nessa mesma direção, Maluf e Cruces (2008), em um texto no
qual trabalham a atuação do psicólogo escolar ao longo das décadas de 1980, 1990 e
2000, ressaltam a importância do desenvolvimento de trabalhos científicos que
apresentem novas formas de atuação do psicólogo em contextos educativos que
extrapolem a prática clínica, que, durante a década de 1990, sofreu intensas críticas, por
não apresentar resultados aos problemas concretos do sistema educacional brasileiro.
Propusemos, então, neste trabalho, contribuir, por meio da sintetização da
bibliografia já produzida sobre a atuação do psicólogo escolar, com o entendimento do
que um psicólogo pode fazer para a melhoria da educação nas escolas.

Pensar politicamente o sentido e o papel do psicólogo em contextos


educacionais é uma tarefa de imensa importância que não somente deve
afetar a posição dos profissionais nos postos de trabalho, mas,
prioritariamente, contribuir para o avanço da construção de uma ciência e
uma profissão comprometida com as massas (GUZZO, 2008, p.3).

Nesse sentido, pretendemos investigar teoricamente quais as atividades a


serem exercidas por estes profissionais a partir de um levantamento das principais
referências em psicologia escolar de forma a compreender os desafios escolares que
interferem no desenvolvimento da aprendizagem. Tendo em vista tais colocações, este
estudo está orientado pela seguinte problemática: Como se dá a atuação do psicólogo
escolar no contexto escolar?
A fim de dissertar sobre tal indagação, propomos, num primeiro momento, uma
breve discussão sobre a origem e a consolidação da psicologia escolar no Brasil. Em um
segundo momento, apresentamos o suporte metodológico utilizado nesta pesquisa de
cunho bibliográfico. No terceiro momento, apresentamos nossos resultados e discussões
a partir das bibliografias levantadas. E, por fim, em um quarto momento,
problematizamos, nas considerações finais, o compromisso ético e político do psicólogo
inserido em contextos educativos.

BREVE HISTÓRICO DA PSICOLOGIA ESCOLAR NO BRASIL

Ao iniciar as discussões sobre Psicologia Escolar, cabe relembrar que, no


Brasil Colônia e Brasil Império, as escola eram instituições inacessíveis às meninas e
filhos de escravos e limitadas à corte (WECHSLER, 2011). E que apenas em 1970 com
uma nova lei no campo educacional, a escola expande seu público tornando-se um
direito à todos independente da classe social.
Segundo Patias e Gabriel (2011), em 1970, houve a promulgação da lei nº
5.692, que visou ampliar o sistema educacional no Brasil, onde todos passam a ter
direito à educação. Entretanto, se por um lado, essa lei garantia que todos poderiam ter
acesso às escolas. Por outro, ela aumentou significativamente o número de alunos, a
reprodução de desigualdades dentro da educação e os problemas de fracasso escolar
começam a aparecer.
Em outras palavras, o sistema educacional que estava expandido e todos
tinham acesso, deveria trazer inovação no contexto educativo, em contrapartida tornou-
se pejorativo porque com o sistema ampliado, expandiram-se também as diferentes
realidades socioculturais e comportamentos, sendo necessário assim a presença do
Psicólogo já que este profissional naquela época, segundo Patias e Gabriel (2012), se
preocupavam em solucionar problemas de comportamento e aprendizagem.
Ao discorrer sobre as origens e o desenvolvimento da psicologia escolar,
Wechsler (2011) e Patias e Gabriel (2011) relatam que o surgimento da psicologia
escolar no Brasil é dividida em três partes: a primeira se refere aos primórdios,
caracterizada pelas escolas normais em 1830 a 1940. As escolas normais eram
destinadas à formações de professores voltadas à Pedagogia. Um modelo europeu
voltado para experimentos em laboratórios sem intervenção na realidade; a segunda pela
fase universitária do ensino de psicologia em 1940 a 1962 voltadas para testes
psicológicos; e a terceira pela introdução do currículo de graduação de psicologia 1962
e se estende até hoje, consequentemente criando a ABRAPEE (Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional), em 1994, voltado para solucionar problemas de
comportamento e aprendizagem, como já mencionado.
Partindo das ideias de Patias e Gabriel (2011), Martinez (2009) e Sant’Ana et
al (2009) nota-se que a psicologia escolar nos seus primórdios tinha a função de “tratar”
o aluno com desajuste no comportamento, dificuldade de aprendizagem, e doenças
mentais comparando-os a outros alunos considerados “normais” ou “regulares”.
Vokoy e Pedroza (2005), Marinho e Araújo (2005), Machado e Souza (1997)
apontam em semelhança, que o psicólogo escolar, na década de 80, atuava com base
num modelo clínico dentro da escola, diagnosticando e encaminhando alunos com
desvios de comportamento, problemas no foco de atenção e concentração, disciplina,
deficiência mental e intelectual, buscando uma justificativa para identificar o porquê do
aluno não estar aprendendo.
Este trabalho se restringia à prevenção de desajuste, para que todos os alunos
se adequassem aos comportamentos socialmente aceitos, ou seja, a base de atuação do
psicólogo seria a normatização de comportamentos. Os autores supramencionados
destacam uma crítica direcionada ao fazer do psicólogo escolar, ao invés de realizar
anamnese individual ou utilizar preponderantes como testes, necessitaria deselitizar
visões sobre o aluno em seu caráter individual e obter elementos sobre a sala de aula e a
história escolar de cada criança, considerando todos os contextos de desenvolvimento dela.
A partir da década de 1990, observa-se que a psicologia escolar sofreu diversas
críticas em relação a atuação clínica, descontextualizada e acrítica do psicólogo,
denominadas injustas e opressoras da sociedade. Pesquisas desse período mostram que,
em sua prática, os psicólogos escolares, ao invés de trabalhar os alunos, estavam
classificando-os e fomentando, junto com as instituições educativas, as desigualdades
sociais, no país, uma vez que a maioria das crianças diagnosticadas era da classe mais
pobre da população (MALUF; CRUCES, 2008).

Segundo Martinez (2009) e Sant’Ana et al (2009), o saber do psicólogo escolar


esteve restrito à avaliação e ao diagnóstico de crianças nas instituições de ensinos. No
entanto, no final da década de 1990 e nos anos 2000, as contundentes críticas que a
psicologia escolar sofreu tem ocasionado outros métodos de intervenções desempenhados
pelo psicólogo nacional e internacionalmente. Observa-se outro fator importante, o
surgimento de atuações de caráter preventivo, comunitário e social e envolvendo grupos
para toda a comunidade escolar. Em outras palavras, a psicologia escolar que até então
era feita de modo clínico tradicional, está passando por mudanças radicais, pois encontra-
se mais interessada a entender a conjuntura social que interfere no processo de ensino-
aprendizagem.

Assim, a nova atuação do psicólogo, que tem enfoque educativo e de promoção de


saúde, vem demonstrando, na sua concretude, uma crescente preocupação com as
questões ligadas à cidadania, estado de direito, exclusão escolar, entendendo que não
existe uma ação “neutra” e que toda ação é sempre mediada pelas questões éticas e
políticas. Esse profissional de psicologia se propõe a atuar como um agente de mudanças
(MARTINEZ, 2009).
Autores como Martinez (2009) e Sant’Ana et al (2009), descrevem sobre uma
atuação do psicólogo escolar voltada para a promoção de saúde com a função de criar
intervenções para também promover saúde na escola, bem como prevenir doenças.
Intervindo, por exemplo, com uma atuação formativa, por meio de palestras e
informativos.
Martinez (2009), ainda ressalta que esta nova atuação do psicólogo escolar, na
medida em problematiza aspectos da realidade dos grupos escolares, colocou fim de um
período da psicologia escolar tradicional e possibilitou o início de um novo modo de se
fazer psicologia nas escolas. Levar em conta a totalidade do aluno e considerar também as
relações que ele criou dentro da escola, seria uma nova forma de compreendê-lo e criar
condições para que ele se desenvolva de forma integral. Ainda considera o sujeito como o
meio da produção e utiliza de conhecimento psicológico em um método compromissado
com as necessárias modificações dos contextos educacionais. Nessa direção, a atuação do
psicólogo está inscrita na transformação que ele traz para dentro da escola a fim de
contribuir com a melhoria da educação.

METODOLOGIA

Neste artigo utilizamos como método a pesquisa qualitativa para levantar dados
acerca da psicologia escolar. A pesquisa qualitativa procura a partir de um conjunto de
textos alicerçar a interpretação acerca dos discursos sobre a atuação do psicólogo escolar.
“Ao revisar a literatura sobre a pesquisa qualitativa, o que chama atenção imediata é o
fato de que, frequentemente, a pesquisa qualitativa não está sendo definida por si só, mas
em contraponto a pesquisa quantitativa” (GUNTHER, 2006, p. 202).
Nesse sentido, Gunther (2006) aponta algumas características para a pesquisa com
esse perfil, sendo um deles se valer da pesquisa com textos, para que o acesso ao material
discursivo seja possível. Ainda segundo o autor, a pesquisa com material empírico, textos
e discursos ou documentos tende a ser uma das formas mais antigas de pesquisa.
Orientada pela problemática: Como se dá a atuação do psicólogo escolar no
contexto escolar? A pesquisa foi realizada a partir da seleção de material e de palavras-
chave. Os termos de busca foram: “psicologia escolar”, “psicólogo escolar”, “a atuação do
psicólogo no contexto escolar”. As buscas foram realizadas em buscadores, como Scielo,
Biblioteca Virtual de Saúde, e Google Acadêmico e materiais já utilizados na disciplina de
Psicologia Escolar, ministrado no sétimo período da graduação em psicologia. Dos artigos
coletados, fizemos um recorte considerando o período de 1984 até o ano de 2012.
Após o recorte temporal, sistematizamos e analisamos vinte e cinco artigos
levando em consideração àqueles que versavam sobre a atuação do psicólogo em
contextos educativos, as quais buscaram fundamentar o problema de pesquisa que nos
propusemos a responder aqui.
Após o levantamento bibliográfico, iniciou-se um processo de seleção desses
artigos. Primeiramente, fez-se uma leitura aleatória dos resumos para que fosse possível
evidenciar quais os assuntos centrais e abrangentes. Por fim, concluímos os principais
conteúdos da pesquisa; História da Psicologia, Desenvolvimento do Aluno e a Atuação do
Psicólogo no Contexto Escolar.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após levantadas as bibliografias, analisamos e sistematizamos os textos em três


eixos de discussão: (1) Atuação do Psicólogo no contexto Escolar: demandas atuais; (2) a
Psicologia Escolar Preventiva e (3) a Psicologia Escolar e o Desenvolvimento Humano.
No que se reflete a perspectiva atual da atuação do psicólogo no contexto escolar, é a de
que o psicólogo deve buscar possibilitar reflexão e mudanças na realidade escolar.
Contudo, é necessário considerar a queixa escolar, as relações estabelecidas no dia a dia
da escola, os atributos reais do ambiente e o âmbito familiar e social dos alunos. Sobre a
Psicologia Escolar Preventiva, esta coincide em destacar possibilidade de uma atuação
distinta, ela propõe uma urgência do profissional psicólogo se envolver com a mudança
do método de culpabilização, estigmatização e de exclusão dos alunos que predominou
como foco de atuação do campo em diferentes momentos históricos. Considerando a
Psicologia Escolar e o Desenvolvimento Humano, o psicólogo tem o compromisso de
auxiliar os educadores a conterem como foco não a dificuldade, mas a promoção de
superação dos modelos normalizadores do desenvolvimento infantil.

Atuação do Psicólogo no contexto escolar: demandas atuais


Conforme Guzzo (2008), a importância do profissional de psicologia no contexto
escolar é proporcionar o acompanhamento do desenvolvimento de crianças e adolescentes
em seus espaços de vida, visando incluir elementos dos diferentes contextos, como
familiares ou comunitários. Além de trabalhar as relações construídas na escola e com o
aluno, torna-se importante também um trabalho direcionada para a relação da família-
escola, para que haja desenvolvimento escolar do aluno (GUZZO, 2008; SANT’ANA ET
AL, 2009).
Outro detalhe importante referente ao novo modelo de atuação em psicologia
escolar e que é bem ressaltada por Dazzani (2010), está interligada aos discursos sobre
direitos humanos e democracias, fala-se assim, de um novo perfil da psicologia no
contexto escolar e educacional e isso se faz a partir de dois movimentos: o Brasil com seu
processo democrático e político, especialmente a partir do processo de redemocratização
que recoloca a psicologia e a escola no meio desses dois movimentos. E a psicologia
inicia, a partir dessas mudanças, um trabalho que focaliza as comunidades carentes, o
atendimento em órgãos públicos, escolas entre outros.
Dazzani (2010) relata que o Brasil tem passado por desafios na educação os
quais apresentam o psicólogo como alguém capaz de entender não apenas as estruturas
psicológicas, mas também sociológicas, políticas, culturais e pedagógicas. Neste sentido,
a psicologia escolar e a psicologia educacional trabalham juntas em políticas públicas de
proteção à infância e a adolescência. A psicologia se adentra na área social e política, o
que se torna indissolúvel para a psicologia escolar, pois juntos com as escolas procuram
formas de melhorar para a educação.
No que diz respeito à relação entre a Psicologia escolar e as Instituições
escolares, Guzzo (2008) assevera que as escolas deveriam ser o espaço onde crianças e
adolescente poderiam se desenvolver formalmente e informalmente. Este processo
deveria acontecer sempre, porém não ocorre devido ao trabalhar dos professores, das
situações precárias das escolas, muitas crianças em salas, entre outros.
Complementando, a autora ainda destaca que o psicólogo escolar ficará
empenhado em auxiliar e orientar o processo de desenvolvimento da criança e do
adolescente no seu espaço social. Guzzo (2008) tem uma visão ampla acerca da
psicologia escolar e como forma de promover uma compreensão dos métodos
psicossociais existentes no âmbito educativo, tendo em vista projetos que auxiliarão a
construir os processos de mudanças de autoconhecimento, acessibilidade às didáticas,
valores, posturas, e na eticidade para que haja transformação qualitativa e social da
escola, deste modo promovendo o bem estar das pessoas e sociedade.
A partir dos discursos apresentados por Guzzo (2008), evidencia-se que o
psicólogo escolar não trabalha sozinho. Ele conta com o apoio dos outros profissionais da
escola, com a família e com comunidade. A psicologia escolar junto com a equipe
pedagógica e a comunidade mostra-se, como uma alternativa de contribuição com o
desenvolvimento da educação por meio de seus conhecimentos teóricos.
Para essa articulação entre psicologia e comunidade educacional, torna-se de
fundamental importância o psicólogo ter conhecimento sobre a realidade e demanda
escolar, domínio da teoria escolar e autonomia para tomar as providenciam sobre a
escola. Para tanto, “o maior desafio para o psicólogo é buscar forma de contribuir para
transformações de uma realidade de opressão e dominação a que estas pessoas estão
submetidas” (MARTIN BARÓ 1997/1998/ 2000 apud FILHO, 2009, p. 03).
Dentro dessa ótica, Sant’Ana et al (2009) ressalta que a atuação do psicólogo
escolar necessita embasar-se em um princípio de autonomia, ou seja, que permite ao
indivíduo estar preparado ou habilitado para tomar suas decisões. Além disso, a
autonomia está abrangida em sua forma política, a partir do modelo da pedagogia da
libertação33. A qual surge por meio de um processo de reflexão crítica a respeito da
realidade, o cotidiano da escola e dos seus agentes.
Os novos psicólogos escolares desenvolvem práticas com um denominador
comum, que se apresentam como sendo mais adequadas às necessidades da
realidade social brasileira. [...] Não se trata mais de buscar e nomear uma
verdade única, na teoria ou na prática, e sim de reconhecer “verdades
provisórias” capazes de iluminar a reflexão e a ação, numa concepção
processual de conhecimento científico, que permite enfrentar com maior
probabilidade de êxito os problemas educacionais que se nos apresentam. A

3
Postulados centrais de Paulo Freire, a pedagogia da libertação propõe uma educação crítica a serviço da transformação social. Tem
como centro de referência o indivíduo em sua totalidade, o contato com os seus semelhantes e com a natureza. Objetiva a
transformação da vida, através de uma educação libertadora, a partir dos espaços, vivências, experiências, culturas, sociabilidades dos
oprimidos de todo o gênero. (O oprimido que não tem a capacidade de reconhecer o outro distinto de si). Propõe-se a educar a partir
das experiências que as pessoas acumulam ao longo da vida, do que eles têm a dizer, do que eles têm a fazer e a projetar.
sociedade em transformação e os novos paradigmas de ciência suscitam, desse
novo psicólogo escolar, reflexões e ações que minimizem sua insatisfação e
ineficiência ao enfrentar as dificuldades que o trabalho em condições adversas
lhe traz. Essas transformações e os novos paradigmas que emergem expressam-
se em políticas públicas que demandam posturas e compromissos com a
realidade brasileira e com suas minorias. Expressam-se também nas
necessidades e compromissos éticos com a inclusão e integração de diversas
minorias na escola, com as quais os novos psicólogos escolares atuam
(MALUF; CRUCES, 2008, p. 08-09).

Referindo-se ao marco conceitual sublinhado por Guzzo (2008), Sant’Ana et al


(2009) e Martins (2003), é perceptível maior mudança da história da psicologia escolar
foi o abandono da visão clínica e de rotulação que culpabiliza o aluno pelo fracasso
escolar, e a adoção do ato de inserir a escola numa visão ampla, como um todo, e
principalmente como objeto construtor de relações e aprendizagem, adotando também,
relações entre famílias, professores, e profissionais que atuam nesse contexto.
O psicólogo, nesse lugar, tem a condição de sair da desconfortável situação de
bombeiro – onde sua ação se restringe a “apagar incêndios” – e contribuir para
com a organização dos envolvidos com a escola, criar no coletivo novas pautas
de compreensão da realidade vivida, sugerir novas formas de avaliação dos
processos que se desdobram no contexto escolar (de aprendizagem, de
avaliação, referentes a organização, a instituição, etc. (MARTINS, 2003, p. 44).

Portanto, conforme a temática nomeada por Guzzo (2008) e Martins (2003), cabe
a nós aqui enfatizarmos que o psicólogo irá sair da sua zona de conforto e realizar um
trabalho de prevenção, dando voz e ouvindo o coletivo, compreendendo o assim, o leque
de possibilidades do trabalho na escola.

A psicologia escolar preventiva


As diferenças sociais que ainda estão presente nos dias atuais e afetam no
desenvolvimento pedagógico de modo que só se têm acesso à boa educação aqueles que
possuem alto nível econômico (LIMA, 2005). Nessa perspectiva, Dias, Patias e Abaid
(2014) destacam que o psicólogo deve defender os direitos do aluno de forma que não
haja desigualdade, trabalhando principalmente com a promoção e prevenção nas escolas e
prezando pela universalização de acesso aos direitos. Além disso, o psicólogo precisa
estar constantemente estudando estratégias para desenvolver um excelente trabalho.
Marinho-Araújo (2010), ao relatar brevemente a história da psicologia escolar e
os principais marcos com ênfase nas práticas clínicas do modelo tradicional, traz a
participação da psicologia escolar em espaços de estudo, contribuindo na produção de
conhecimento e inovando nas práticas da educação. Porém, o autor alerta sobre a
existência de uma carência de suporte para essa área de atuação.
Bragas e Morais (2007) relatam sobre o serviço de saúde pública dentro das
instituições escolares. Para isso, apontam que o trabalho do psicólogo deve certamente
incluir promoção, prevenção e reinserção. Os autores realizaram uma pesquisa na qual
demonstrou que alguns psicólogos, ao encaminharem alunos com dificuldades de
aprendizagem aos psiquiatras e fonoaudiólogos, fomentaram as exclusões sociais dentro
dos contextos educativos. Tais profissionais são criticados assim por sua falta de atitude,
relatando a falha do trabalho em equipe interdisciplinar na qual grande parte da equipe de
saúde demanda maior trabalho, já que isoladamente as dificuldades escolares não podem
ser resolvidas.
Para um trabalho interdisciplinar dentro do contexto escolar, a psicologia leva
em consideração as contribuições de vários campos do conhecimento. Barbosa e Souza
(2012) apontam alguns campos que influenciaram a psicologia escolar: os campos
pedagógicos e biológicos, além disso, trazem as contribuições da psicanálise e análise do
comportamento para estruturação do campo. Os autores ressaltam que é importante
conhecer a história das psicologias escolar e educacional para não minimizá-la,
possuindo, pois há várias abordagens que deram suporte na contribuição desta área que
possui diversas faces e vem se modificando cada dia mais.
Andaló (1984) discorre que havia uma grande relação entre psicologia escolar e
saúde mental, principalmente no que diz respeito a disfunção, o psicólogo retiraria o
aluno da escola para tratar deste desajuste e reinseria ele a sala de aula após o tratamento.
Segundo tal estudo, psicólogo era compreendido como um ser mágico na escola e ao
mesmo tempo uma figura ameaçadora uma vez que seria marcado pelo poder.
Segundo ela, ao seguir esta lógica é enfrentada duas controvérsias: sendo a
primeira um marco de senso comum devido a estigmatização e discriminação alunos
rotulados como doentes mentais, e a segunda como uma quebra de sigilo por parte do
aluno devido ao tempo o qual passam juntos em uma sala de aula. Uma alternativa
beneficiadora é o psicólogo como agente de mudança. Nesse estudo, as principais queixas
encontradas são desatenção, desinteresse, agitação, baixo rendimento entre outros. Nesses
casos, o desvio da atenção é do aluno e redimensionado para a escola ampliando tendo
uma visão global do problema a ser resolvido.
A psicologia está relacionada com todas as partes que interferem no
desenvolvimento infantil, principalmente a questão pedagógica. Entretanto, Valle (2003)
relata outra questão importante: de trabalhar com fatores individuais que possam ajudar
no desenvolvimento escolar do aluno e dessa forma, poder evitar problemas futuros. O
psicólogo escolar atua ainda com a prevenção com o intuito de conseguir evitar algumas
dificuldades que podem provir de alunos, funcionários e comunidade.
Rodrigues, Hitaborahy, Pereira e Gonçalves (2008) realizaram uma pesquisa com
psicólogos escolares da rede pública e privada, cujo objetivo era investigar o
conhecimento dos psicólogos sobre prevenção nas escolas. A pesquisa foi gravada e
transcrita e os resultados se dividiram em três categorias: mais em mais cuidar do que
prevenir; criar estratégias voltadas para o desenvolvimento; e de forma preventiva em
conjunto. A pesquisa referida englobou várias perguntas sobre o conhecimento do
psicólogo escolar, sendo eles relevantes para a pesquisa como, por exemplo, a formação
acadêmica, as atividades exercida fora das escolas, entre outras. A temática era voltada
para estudos de prevenção de doenças e promoção de saúde nas escolas. Vale ressaltar,
entretanto, que, é impossível o psicólogo escolar desenvolver seu trabalho sem antes obter
uma observação profunda do contexto a ser trabalhado.

Psicologia Escolar e o desenvolvimento humano: contribuições da pesquisa


Nem todo aluno vai se desenvolver de maneira semelhante aos outros, e é a partir
deste momento que se constata a importância da função do psicólogo escolar que é
colocar condições para que cada aluno, a partir se sua singularidade, se desenvolva. O
psicólogo escolar deve criar espaços para que sejam ouvidas as demandas dos envolvidos
no processo escolar (ANDRADA; CATARINA, 2005).
Vokoy e Pedroza (2005) relatam que há tempos atrás a educação se iniciava a
partir dos cinco anos. Com o passar dos anos torna-se cada vez mais comum, crianças de
0 a 6 anos iniciando a escolarização em creches e/ou centros educacionais infantis.
Considerando a entrada de crianças mais cedo nos contextos educativos, bem como a
escola como um espaço social, a criança neste contexto trabalha não somente a
aprendizagem, mas também os processos afetivos e sociais, além de contribuir na
formação da subjetividade. Os autores ainda refletem sobre as concepções teóricas de
Wallon para o desenvolver infantil, mostrando a relevância para o desenvolvimento do
aluno a presença de um psicólogo escolar.
Martinez (2010) em sua obra traz as possibilidades de atuação do psicólogo na
escola. A autora relata que a psicologia escolar conta com outras áreas da psicologia
como, por exemplo, a psicologia da aprendizagem e a psicologia do desenvolvimento que
tornam o psicólogo ainda mais preparado para possibilitar um espaço de desenvolvimento
integral do aluno. Há apontamentos também para o modelo tradicional que inclui o
processo de orientação profissional presente até hoje em algumas escolas.
Martinez (2009) coloca as formas emergentes de práticas que são os novos
modelos nos quais o psicólogo deve trabalhar visando o bem comum da escola a fim de
contribuir não somente para ensino-aprendizado do aluno, mas também para o seu
desenvolvimento.
Em outro trabalho ao discorrer sobre os lugares nos quais o psicólogo escolar está
inserido, Martínez (2009) comenta que devido às transições ocorridas, o psicólogo
educacional e escolar não trabalham somente na escola, mas podem exercer função
também em outros espaços de apoio à comunidade, como em abrigos e penitenciárias.
Isso é possível devido ao objetivo da psicologia educacional, qual seja, prezar pela
maximização de processos socioeducativos e do desenvolvimento infantil.
A autora traz também algumas técnicas para o psicólogo que tenha interesse de
trabalhar na área de educação, conhecimentos básicos para o psicólogo tornar-se um
agente de mudanças no ambiente escolar, e mesmo com toda discussão teórica e prática,
nem todos os compromissos de psicólogos no Brasil são levados a sério, o que ocasiona
muita ilusão.
Oliveira et al (2007) discorrem sobre a importância da pesquisa na escola pois,
através dela há vários fatores, físicos e emocionais dentre outros que estão relacionados a
educação. Além disso, os autores fazem uma crítica sobre o uso dos testes psicológicos
que os psicólogos fazem para diagnosticar os alunos, mas este não é objetivo no trabalho
do psicólogo e sim trabalhar com o desenvolvimento social da escola.
Para que esse desenvolvimento aconteça é necessário que os psicólogos utilizem
mais a prática de pesquisa científica para que todos possam conhecer sobre o trabalho do
psicólogo escolar, torna-se importante também que essas pesquisas sejam publicadas em
sites confiáveis (OLIVEIRA, et. al, 2007).
Visando a pesquisa no contexto educativo, Martins (2003) apresenta a abordagem
multirreferencial que inicia com a observação participante, que preza pela observação
coletiva objetivando intervir de forma democrática. Essa análise não se faz como recorte,
mas como compreensão dos fenômenos escolares de forma participativa. O estudo do
autor explica a importância da escuta do psicólogo na escola, não no sentido individual,
mas da escola como um todo, de todos os atores que fazem parte desse contexto. O
psicólogo escolar deve sair da sua zona de conforto e buscar observar as coisas que
precisam ser mudadas antes de acontecer, como trabalho preventivo já discutido.
Como suporte teórico de análise das pesquisas realizadas nos contextos
educativos, Ramos (2011) descreve as pesquisas têm se mostrado relevantes para
compreender o desenvolvimento escolar, às quais são trabalhadas no ambiente social dos
alunos. Desse modo, o psicólogo poderá levantar informações a respeito de qual a melhor
maneira de auxiliar as crianças e adolescentes no seu aprendizado escolar. Todavia, o
psicólogo não trabalha sozinho, ele precisa do apoio da escola, comunidade e do poder
político onde consiga expandir melhor seu trabalho.
A autora conta sobre várias atividades que o psicólogo escolar deve desenvolver
tais como trabalhar com pesquisa científica, recolher informações sobre a comunidade e
escolar, articular os assuntos para que consiga obter resultado nos problemas a serem
solucionados. Para isso, cabe ao psicólogo conseguir manter um bom relacionamento com
todas as pessoas envolvidas no processo comunidade-escola, pois dessa alcançará seu
objetivo de auxiliar na educação.

Em seu trabalho Maluf e Cruces (2008) discutem sobre a psicologia na


contemporaneidade e trazem desde o princípio sobre a ciência e o que se entende por ela.
Através da ciência podemos ter certeza que determinado assunto é verdadeiro através de
comprovações. Embora seja uma ciência formada, é necessário reconhecer novos
métodos propostos para essa área no que diz respeito ao desenvolvimento infantil, pois é
através das pesquisas e dos novos métodos que foi repensado um novo modelo de
psicologia escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta pesquisa foram analisados os pressupostos teóricos da Psicologia Escolar a
partir de uma revisão de leitura, realizada por meio de coleta de dados em artigos
indexados em períodos científicos.
A psicologia escolar se desenvolveu baseada em um modelo clínico-terapêutico,
no qual o profissional atuava de forma descontextualizado, sem considerar o
desenvolvimento e todo o contexto em que o aluno está inserido. Apesar dos avanços nas
áreas e das intensas críticas a esse modelo, o trabalho do profissional psicólogo dentro das
escolas ainda é dificultoso, que requer tempo, observação e habilidade para lidar com as
demandas encontradas, e que algumas vezes, esse não é visto e nem reconhecido, mas
precisamos focalizar que é em pequenos passos que se resulta em grande avanço.
Compreendemos que, ao se tratar de psicologia escolar, o trabalho deve ser, além
de interdisciplinar, contextualizado, uma vez que o profissional da psicologia escolar
deve atuar considerando o aluno e todos os seus contextos de desenvolvimento, ter
conhecimentos básicos sobre as teorias e práticas do trabalho, bem como estar em
constante estudo e profundamente ao longo de sua atuação.
Um dos maiores desafios encontrados pelos psicólogos no contexto escolar é o
trabalho em grupo, pois nem todos os funcionários presentes na escola, pais e a
comunidade cooperam no planejamento escolar que visam o desenvolvimento do aluno,
deixando de se engajar nas atividades propostas.

O trabalho do psicólogo é de grande relevância também na universalização dos


direitos, na prevenção e promoção da saúde dentro das escolas, na discussão com a equipe
interdisciplinar estratégias para o desenvolvimento estudantil e, principalmente, ele deve
estar atento às demandas trazidas pelos integradores da escola e dar voz ao aluno para que
ele também seja ouvido.
No que tange às questões acadêmicas com relação a formação do acadêmico de
psicologia, que também pode ser notado como outro fator degradante para a psicologia
escolar, é a falha quando há divergências entre abordagens individuais e grupais, o
acadêmico corre o risco de não manejar e nem compreender de maneira correta a atuação
no contexto escolar. O maior risco ainda é quando já há essa carência de informação, e na
prática, passa a ser guiado por outros profissionais da equipe pedagógica que se limita a
modelos clínicos.
Nessa direção, devemos nos atentar também para os psicólogos que ficam
submetidos às coerções das escolas. Os gestores escolares muitas vezes impõem trabalhos
que não estão ao alcance dos psicólogos, ou até mesmo que vão contra o Código de Ética
de psicologia.
Acrescentando as propostas teóricas neste trabalho, destaca-se nos tempos atuais
em que se constituem os afazeres práticos do psicólogo na escola: a priori o profissional
deve fomentar os conhecimentos específicos da Psicologia com os conhecimentos
educativos. Para isso, é necessário inteirar-se com a tese da educação e o regimento da
escola enquanto instituições e características para que estes conhecimentos possam ser
estruturados.
Tendo como embasamento ao novo modelo em psicologia escolar, assinalamos as
diferentes formas de atuação sendo estas: (1) o planejamento curricular, a qual é o
processo de tomada decisões sobre a dinâmica da ação-escola, com o objetivo de orientar
o professor com a prática pedagógica em sala de aula; (2) a interação de escola e família,
com a finalidade de fazer com que todo planejamento adquirido pela escola possa servir
como apoio e continuidade em seu ambiente a qual vive o aluno, sendo assim se faz
necessário à comunicação da escola com os pais ou responsável; (3) o trabalho preventivo
com os alunos, dentre inúmeras atividades a serem promovidas destacamos aqui a
orientação profissional, palestras que abrange vários temas, tais como gravidez, drogas,
entre outros.
Sendo assim, esta atuação proporciona atingir todos objetivos educacionais e o
saber das práticas da psicologia em maior plenitude, uma vez que este é o profissional
mais adequado a lidar com relações e desenvolvimento humano. Antunes (2008) reforça
os compromissos com as classes populares as principais mudanças ocorridas e defende
uma lei que preceitua que o governo deveria colocar psicólogo escolar em seu campo de
atuação, bem como fonoaudiólogos e outros profissionais que auxiliam no
desenvolvimento infantil perante a escola.
Dessa forma, os resultados encontrados no presente estudo denotam as
possibilidades de atuação do psicólogo na instituição escolar. Contudo, há um amplo
leque de possibilidades de atuação que vem desenvolvendo devido às complexas
demandas da educação brasileira. Destaca-se a relevância do trabalho interdisciplinar e a
atuação do psicólogo não só na dimensão psicoeducativa, como também na dimensão
psicossocial da instituição escolar.

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