Metodologia de Investigação Científica

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Tipos de pesquisa quanto a abordagem

Nome de estudante: Carla Carlos Raite


Código: 708237100

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Cadeira: Metodologia de Investigação Científica
Docente: Heitor Simão
Ano de frequência: 1º Ano

Beira, Maio de 2023


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Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuaçãomáxim do Subtota
a tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualizaçã
o (Indicação
1.0
clara do
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao
2.0
objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão
escrita cuidada,
coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na
área de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão  Teóricos 2.0
práticos
 Paginação, tipo
e tamanho de
Aspectos
Formatação letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento
entre linhas
Normas APA  Rigor e
Referências
6ª edição em coerência das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referêci
s
bibliografia as bibliográficas
Recomendações de melhorias

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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1. Objetivos ....................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo Geral ......................................................................................................... 3
1.1.1.1. Objectivos Específicos ...................................................................................... 3
2. Conceito de Pesquisa............................................................................................................. 4
3. Tipos de pesquisa .................................................................................................................. 5
4. Tipo de pesquisa Quanto a abordagem.................................................................................. 5
4.1. Pesquisa Qualitativa ...................................................................................................... 5
4.2. Pesquisa Quantitativa .................................................................................................... 7
4.3. Pesquisa Mista ............................................................................................................... 7
5. Conclusão .............................................................................................................................. 9
6. Referência bibliográfica ...................................................................................................... 10
1. Introdução

A pesquisa é a atividade nuclear da Ciência. Ela possibilita uma aproximação e


um entendimento da realidade a investigar. A pesquisa é um processo permanentemente
inacabado. Processa-se por meio de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo-
nos subsídios para uma intervenção no real. A pesquisa científica é o resultado de um
inquérito ou exame minucioso, realizado com o objetivo de resolver um problema,
recorrendo a procedimentos científicos. A pesquisa é inquisição, o procedimento
sistemático e intensivo, que tem por objetivo descobrir e interpretar os fatos que estão
inseridos em uma determinada realidade.

O presente trabalho debruça-se em torno dos tipos de pesquisa Quanto a


abordagem, que serve de 1º trabalho na cadeira de Metodologia de Investigação
Científica, no curso de Licenciatura em Administração Pública, 1º Ano, no Centro de
Recursos da Beira. Em concernente a elaboração do mesmo usaram-se vários artigos
publicados na internet, livros, e entre outros, no que culminou a uma pesquisa
bibliográfica.

1.1.Objetivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar o impacto dos tipos de pesquisa Quanto a abordagem.
1.1.1.1.Objectivos Específicos
 Conceituar pesquisa;
 Descrever as características da pesquisa qualitativa;
 Descrever as características da pesquisa quantitativa;
 Descrever as características da pesquisa mista.

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2. Conceito de Pesquisa

Segundo Marconi & Lakatos (2001, p. 324), estabelece que “nos cursos, em
todos os níveis, exige-se, da parte do estudante, alguma atividade de pesquisa. Esta,
efetivamente tem sido mal compreendida quanto à sua natureza e finalidade por parte de
alguns alunos e professores”.

Muito do que se chama de pesquisa não passa de simples compilação ou cópia


de algumas informações desordenadas ou opiniões várias sobre determinado assunto e,
o que é pior, não referenciadas devidamente.

Marconi & Lakatos (2001, p. 327), afirma que “Assim, pesquisar, num sentido
amplo, é procurar uma informação que não se sabe e que se precisa saber. Consultar
livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, fazendo perguntas para
obter respostas, são formas de pesquisa, considerada como sinônimo de busca, de
investigação e indagação”.

Este sentido amplo de pesquisa, opõe-se ao conceito de pesquisa como


tratamento de investigação científica que tem por objetivo comprovar uma hipótese
levantada, através do uso de processos científicos.

Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 15), a pesquisa pode ser considerada um


procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento
científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir
verdade parciais.

Segundo Marconi & Lakatos (2001, p. 332), enfatiza que:

“Significa muito mais do que apenas procurar a verdade mas descobrir


respostas para perguntas ou soluções para os problemas levantados através do
emprego de métodos científicos. Para os iniciantes em pesquisa o mais
importante deve ser a ênfase, a preocupação na aplicação do método científico
do que propriamente a ênfase nos resultados obtidos”.

O objetivo dos principiantes deve ser a aprendizagem quanto à forma de


percorrer as fases do método científico e à operacionalização de técnicas de
investigação. À medida que o pesquisador amplia o seu amadurecimento na utilização
de procedimentos científicos, torna-se mais hábil e capaz de realizar pesquisas.

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Segundo Marconi & Lakatos (2001, p. 332), afirma que “As pesquisas devem
contribuir para a formação de uma consciência crítica ou um espírito científico do
pesquisador. O estudante, apoiando-se em observações, análise e deduções
interpretadas, através de uma reflexão crítica, vai, paulatinamente, formando o seu
espírito científico, o qual não é inato”.

“Sua edificação e seu aprimoramento são conquistas que o universitário vai


obtendo ao longo de seus estudos, da realização de pesquisas e elaboração de trabalhos
acadêmicos. Todo trabalho de pesquisa requerer: imaginação criadora, iniciativa,
persistência, originalidade e dedicação do pesquisador” (Marconi & Lakatos, 2001, p.
332)

3. Tipos de pesquisa

Segundo Castro (1976, p. 72), enfatiza que “O planejamento de uma pesquisa


depende tanto do problema a ser estudado, da sua natureza e situação espácio-temporal
em que se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do pesquisador”.

Castro (1976, p. 74), estabelece que “Isso significa que pode haver vários tipos
de pesquisa. Cada tipo possui, além do núcleo comum de procedimentos, suas
peculiaridades próprias".

4. Tipo de pesquisa Quanto a abordagem

As pesquisas científicas podem ser classificadas, quanto à abordagem, em dois


tipos básicos: qualitativa e quantitativa e um misto dos dois tipos.

4.1.Pesquisa Qualitativa

A pesquisa qualitativa é entendida, por alguns autores, como uma “expressão


genérica”. Isso significa, por um lado, que ela compreende atividades ou investigação
que podem ser denominadas específicas.

Segundo Gil (1999, p. 43), estabelece que:

“A abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu significado,


tendo como base a percepção do fenômeno dentro do seu contexto. O uso da
descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenômeno como
também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e
tentando intuir as consequências”.

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Ainda de acordo com esse autor, é desejável que a pesquisa qualitativa tenha
como característica a busca por:

“Uma espécie de representatividade do grupo maior dos sujeitos que


participarão no estudo. Porém, não é, em geral, a preocupação dela a
quantificação da amostragem. E, ao invés da aleatoriedade, decide
intencionalmente, considerando uma série de condições (sujeitos que sejam
essenciais, segundo o ponto de vista do investigador, para o esclarecimento do
assunto em foco; facilidade para se encontrar com as pessoas; tempo do
indivíduo para as entrevistas, etc.)” (Segundo Gil (1999, p. 43)

Segundo Gil (1999, p. 45), afirma que “uso dessa abordagem propicia o
aprofundamento da investigação das questões relacionadas ao fenômeno em estudo e
das suas relações, mediante a máxima valorização do contato direto com a situação
estudada, buscando-se o que era comum, mas permanecendo, entretanto, aberta para
perceber a individualidade e os significados múltiplos”

Segundo Gil (1999, p. 47), enfatiza que:

“A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o


pesquisador como seu principal instrumento. Segundo os autores, a pesquisa
qualitativa supõe o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente
e a situação que está sendo investigada via de regra, por meio do trabalho
intensivo de campo. Os dados coletados são predominantemente descritivos.

O material obtido nessas pesquisas é rico em descrições de pessoas, situações,


acontecimentos, fotografias, desenhos, documentos, etc. Todos os dados da realidade
são importantes”.

Segundo Gil (1999, p. 50), afirma que:

“Assim, a pesquisa qualitativa ou naturalista, envolve a obtenção de dados


descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada,
enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a
perspectiva dos participantes. Entre as várias formas que pode assumir uma
pesquisa qualitativa, destacam-se a pesquisa do tipo etnográfico e o estudo de
caso”.

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4.2.Pesquisa Quantitativa

Segundo Richardson (1999, p. 120), afirma que “a pesquisa quantitativa é


caracterizada pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de
informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”.

Para Mattar (2001, p. 10), enfatiza que “a pesquisa quantitativa busca a


validação das hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com
análise de um grande número de casos representativos, recomendando um curso final da
ação. Ela quantifica os dados e generaliza os resultados da amostra para os
interessados”.

Segundo Malhotra (2001, p.155), afirma que “a pesquisa qualitativa proporciona


uma melhor visão e compreensão do contexto do problema, enquanto a pesquisa
quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise estatística”.
A pesquisa qualitativa pode ser usada, também, para explicar os resultados obtidos pela
pesquisa quantitativa”.

Malhotra (2001, p.155), estabelece que:

“Na pesquisa quantitativa, a determinação da composição e do tamanho da


amostra é um processo no qual a estatística tornou-se o meio principal. Como,
na pesquisa quantitativa, as respostas de alguns problemas podem ser inferidas
para o todo, então, a amostra deve ser muito bem definida; caso contrário,
podem surgir problemas ao se utilizar a solução para o todo”.

4.3.Pesquisa Mista

Deve-se destacar que alguns autores têm argumentado sobre a inconveniência de


definir limites entre os estudos ditos qualitativos e quantitativos nas pesquisas, devendo
ser afastada a idéia de que somente o que é mensurável teria validade científica.

Segundo Morreria (2002, p. 43), estabelece que “Nesse sentido, dentro das
ciências sociais e, por influência da perspectiva positivista, “a tradição quantitativa
condenava a pesquisa qualitativa como sendo impressionista, não objetiva e não
científica já que não permite mensurações, supostamente objetivas”

Morreria (2002, p. 45), enfatiza que “A perspectiva positivista “aprecia números


pretende tomar a medida exata dos fenômenos humanos e do que os explica”, na busca
da objetividade e da validade dos saberes construídos”.
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De acordo com Demo (2002, p.7), afirma que “a ciência prefere o tratamento
quantitativo porque ele é mais apto aos aperfeiçoamentos formais: a quantidade pode ser
testada, verificada, experimentada, mensurada”.

Demo (2002, p. 9), estabelece que:

“Já os adversários da perspectiva positivista e quantitativa “propõem respeitar


mais o real” e abrem caminho para a pesquisa qualitativa em que se busca
abdicar, total ou quase totalmente, das abordagens matemáticas no tratamento
dos dados, trabalhando, preferencialmente, com a compreensão das motivações,
percepções, valores e interpretações das pessoas, além de procurar extrair novos
conhecimentos”.

Entretanto, esse debate parece frequentemente inútil e até falso Inútil, porque os
pesquisadores aprenderam, há muito tempo, a conjugar suas abordagens conforme as
necessidades”. Assim, para o pesquisador, não faz nenhum sentido desprezar o lado da
quantidade, desde que bem feito”.

Segundo Demo (2002, p. 11), enfatiza que “Em vez disso, só tem a ganhar a
avaliação qualitativa que souber se cercar inteligentemente de base empírica, mesmo
porque qualidade não é a contradição lógica da quantidade, mas a face contrária da
mesma moeda”.

Demo (2002, p. 14), afirma que:

“É essencial que a escolha da abordagem esteja a serviço do objeto da pesquisa,


e não o contrário, com o propósito de daí tirar, o melhor possível, os saberes
desejados. Parece haver um consenso, pois, quanto à ideia de que as abordagens
qualitativas e quantitativas devem ser encaradas como complementares, em vez
de mutuamente concorrentes”.

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5. Conclusão

Em concernente ao término do trabalho, conclui-se que A pesquisa qualitativa


não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da
compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os pesquisadores que
adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo
único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua
especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria.

Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa


podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas
representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um
retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na
objetividade.

Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser


compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de
instrumentos padronizados e neutros.

Os métodos mistos de pesquisa são definidos como um processo de


recolhimento, análise e “mistura” de dados quantitativos e qualitativos durante
determinado estágio da pesquisa em um único estudo. O método misto tem por objetivo
compreender melhor o problema de pesquisa.

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6. Referência bibliográfica
1. Castro, C. M. (1976). Estrutura e apresentação de publicações
científicas. São Paulo
2. Demo, P. (2002). Avaliação qualitativa. São Paulo
3. Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo
4. Marconi, E. & Lakatos. A. (2001). Fundamentos metodologia científica.
São Paulo
5. Malhotra, N. (2001). Pesquisa de marketing. Porto Alegre
6. Mattar, F. N. (2001). Pesquisa de marketing. São Paulo

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