SLIDE 1 Aula Unidade 1 - Mecanismos de Identificação de Pacientes Servico Saude

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Curso de Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de

Saúde
Objetivo do Módulo

Minimizar riscos inerentes ao processo do cuidado por meio da adoção


de mecanismos de identificação corretos para a segurança e qualidade
em serviços de saúde.
Importância da Correta
Identificação do Paciente
A identificação correta do paciente é
importante para:

✓ a segurança do paciente, impactando na


qualidade do cuidado oferecido em
instituições de atendimento à saúde;

✓ Diminuição do risco potencial para


ocorrência de erro na emissão de resultados
ou laudos atribuídos a paciente.

“Quality in practice: implementation of hospital guidelines for


patient identification in Malawi International Journal for Quality
in Health Care 2012; pp. 1–8 (Disponível na biblioteca).”
Diminuição de erros:

• Durante o processo de administração de medicamentos;


• Administração de hemocomponentes;

• De identificação de amostras de exames;


• Em procedimentos cirúrgicos;
• Na oferta de nutrição;
• Durante realização de procedimentos ou tratamentos repetidos
no mesmo paciente.
Principais Pontos Críticos do
Processo de Identificação
Diversos fatores podem contribuir para a ineficácia no processo de
identificação do paciente, como:

• Pacientes com identificadores similares,


como nomes, datas de nascimento, nomes das
mães.
• Nascimento de gemelares ou adultos
gêmeos hospitalizados no mesmo período.
• Readmissão do mesmo paciente com
diferente número de registro de internação
anterior, devido à mudança de endereço ou
grafia diferente do nome.

• Uso de apenas um identificador.


• Transcrição incorreta de nomes ou números de identificação.
• Ausência de padronização para o uso das pulseiras de
identificação, como forma de preenchimento, tipo de pulseira, local
de instalação.
• Perda de pulseiras de identificação.
• Identificação incorreta, incompleta, rasurada,
ilegível ou apagada nas pulseiras de identificação.
• Pacientes inconscientes, confusos, crianças desacompanhadas.
• Pacientes de outras nacionalidades que não compreendem a
língua portuguesa.
• Protocolos de identificação do paciente inadequados
ou inexistentes.
• Não cumprimento do protocolo de verificação da identificação
do paciente.
• Cultura organizacional deficiente, com ausência de protocolos
e capacitação dos profissionais.
Mecanismos de Identificação

✓ Identificação de todos os pacientes deve ser realizada em sua


admissão no serviço, por meio de pulseira de identificação, ou
etiquetas de identificação.
• em regime de hospital dia
• internação ou atendidos no serviço de emergência ou no
ambulatório
✓ Os frascos dos exames devem ser identificados e rotulados na
presença direta do paciente utilizando os dois identificadores do
paciente adotados na instituição;
✓ A participação ativa do paciente ou familiar é fundamental, a
partir da informação do nome e data de nascimento;
✓ À admissão, pacientes e familiares devem ser informados
sobre os riscos envolvidos com a não utilização da
identificação enquanto hospitalizados;

✓ Deve-se solicitar aos pacientes ou familiares que verifiquem


os identificadores para confirmar que estejam corretos;

✓ Pacientes e familiares devem ser sempre estimulados a


participarem ativamente da identificação, expressando
preocupações acerca de sua segurança, erros e sobre
ações corretas de seu cuidado.

A pulseira só deve ser removida no momento da alta.


Monitoramento e Indicadores da
Identificação do Paciente
• Monitoramento
- Finalidade - manter uma vigilância constante dos processos,
- Objetivo - detectar precocemente os desvios dos padrões
da prática esperados, e corrigi-los prontamente, adotando
uma postura pedagógica e não punitiva.

• Indicadores
- São ferramentas utilizadas para a
avaliação do desempenho de um
determinado processo e podem ser
usadas para medir o alcance ou
não de metas previamente
estabelecidas.
• Monitoramento de indicadores
- pode ser definido como uma atividade planificada e
sistemática para identificar problemas ou situações que devem
ser estudadas de forma profunda ou ser objeto de intervenção
para melhorar.
- considerada uma porta de entrada para a dinâmica dos
ciclos de melhoria e um componente inevitável das atividades
de desenho ou planificação da qualidade.

• Implementação de indicadores
- exige um esforço coletivo dos profissionais envolvidos,
empenho, dedicação, conhecimento, devendo haver
planejamento bem definido contendo etapas para se alcançar
as metas estabelecidas.
- o envolvimento e apoio dos gestores são fundamentais para
o sucesso do processo.
• Pontos de destaque para implementação

- investir em educação da equipe que compõe o Núcleo de


Segurança revisando a fundamentação teórica e importância do
tema,

- desenvolver propostas de trabalho, no sentido de definir:

• quais indicadores de identificação serão utilizados;

• qual a forma de coleta de dados;

• quem irá colher;

• qual a frequência;

• fluxo de encaminhamento;
• responsáveis pela notificação e análise, quem dará o
feedback e de que forma.
Confirmação da Identidade do
Paciente
• Deve ser realizada antes do início da prestação de cuidados, e
antes de qualquer tratamento ou procedimento.
• O profissional responsável pelo cuidado deverá perguntar:

✓ o nome ao paciente/familiar/acompanhante e conferir as


informações contidas na pulseira do paciente com o
cuidado prescrito, ou com a rotulagem do material que
será utilizado.
• Em caso de recém-nascidos, a confirmação da
informação contida na pulseira e na pulseira da mãe
deve ocorrer em todo o momento que o recém-
nascido for entregue à mãe ou ao responsável legal.
Padronização da Forma de
Preenchimento da Pulseira de
Identificação do Paciente.
• É preferível que as pulseiras de identificação dos
pacientes tenham o mesmo layout, sequência e estilo de
informações, para garantir padronização, tornar a leitura da
pulseira mais fácil e evitar erros;

• Texto preto sobre um fundo branco deve ser


empregado para assegurar que seja claramente legível em
condições de iluminação reduzida, como por exemplo,
enfermarias à noite, e por aqueles com deficiência visual.
A padronização das cores das pulseiras de
identificação também é um importante passo
para a segurança do paciente. Quando uma cor
é padronizada para expressar determinado risco
a nível nacional, a comunicação entre os
profissionais é mais consistente com aumento da
segurança do paciente.
Pacientes Desconhecidos,
Inconscientes ou com o Mesmo Nome

• Nos casos em que a identidade do paciente não está disponível na


admissão e quando não houver a informação do nome completo e
data do nascimento, poderão ser utilizados:

➢ o número do prontuário;
➢ características físicas mais relevantes do paciente,
incluindo sexo e raça.

• Para pacientes inconscientes ou irresponsivos cuja capacidade de


comunicação está abolida, e para os quais momentaneamente não
há como confirmar sua identidade, deve-se atribuir um

➢ “nome temporário” e um número de identificação.


• Outras formas de identificação do paciente podem
incluir:

– o uso de fotografias e crachás.

• Em situações nas quais houver pacientes com o


mesmo nome um protocolo de alerta para esta situação
deve ser estabelecido para toda a equipe com:

– distribuição de etiquetas com este alerta nas


gavetas de medicações, prontuários, leito e porta
do quarto dos pacientes.

– nestas situações também pode ser usado


como estratégia estabelecer uma segunda
pulseira com coloração pré-determinada.
Interfaces Regulatórias dos
Mecanismos de Identificação

• A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é

responsável por elaborar normas de funcionamento, observar seu

cumprimento, estabelecer mecanismos de controle e avaliar riscos

e eventos adversos relacionados à serviços prestados por hospitais,

clínicas de hemodiálise, postos de atendimento, entre outros.

• Devido à preocupação com a Segurança do paciente, em 2011,

a Anvisa publicou a RDC n°. 63, exigindo ações e estratégias para

a correta identificação do paciente pelos serviços de saúde.


Interfaces Regulatórias dos
Mecanismos de Identificação

• Em 2013, foi criado o Programa Nacional de Segurança do

Paciente com o objetivo de promover melhorias relativas à

segurança do paciente, entre elas, os processos de identificação de

pacientes, de forma a prevenir e reduzir a incidência de eventos

adversos no atendimento e internação.

• No mesmo ano foi publicada a RDC n°. 36, que institui ações para

a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade

nos serviços de saúde.

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