Segurança Do Paciente em Âmbito Hospitalar

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SEGURANÇA DO PACIENTE EM ÂMBITO HOSPITALAR: A

Importância da adesão às metas no cuidado prestado.

André Coelho Caldeira1; Plínio Gustavo dos Santos de O. Novaes2; Dieniffer Wendy Monteiro
Cabrelli3*.

1 Graduando em Enfermagem; Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS


2 Especialista em Urgência e Emergência e Especialista em Enfermagem do Trabalho – INDEP;
Docente das Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS
3 Pós Graduanda em Geriatria e Gerontologia e Mestranda em Enfermagem – UFMS/CPTL; Docente

das Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS*

RESUMO
Atualmente a Segurança do Paciente representa uma das maiores importância na promoção à saúde
com prestação de serviço de qualidade. Além da enfermagem, todos os envolvidos na assistência ao
paciente são encarregados de manter confiabilidade e segurança nas etapas de processo de
atendimento. A dinâmica das metas de segurança do paciente sendo: identificação correta do paciente,
comunicação efetiva entre os profissionais de saúde, melhoria na prescrição e administração
medicamentosa, cirurgia segura, higienização das mãos, e risco de quedas e úlceras de lesão por
pressão, garante que os perigos envoltos do cliente seja supervisionado pela assistência, e através de
programas de qualidade torna-se um trabalho em excelência. Para essa cultura no dia a dia das
instituições, um programa de gestão, fiscalização e acreditação visita as instituições participantes do
Programa de Segurança do Paciente avaliando e certificando com selos de qualidade as metas
implantadas.

PALAVRAS-CHAVE: segurança do paciente, enfermagem, qualidade, eventos adversos.

1 INTRODUÇÃO

Das problemáticas enfrentadas em um âmbito hospitalar, a segurança do


paciente vem se tornando destaque na atenção da assistência e cuidado prestado,
onde os princípios são a qualidade de atendimentos livres de eventos adversos, com
ações embasadas em protocolos específicos, e estabelecimentos com barreiras de
segurança na sistematização da gestão, com intuito de diminuir esses eventos, assim
prevenindo riscos e danos na oferta do cuidado. (BRASIL, 2018).
Para contribuir com a qualidade dos serviços prestados nas instituições de
saúde, foi criado o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
A Segurança do Paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado e tem
adquirido em todo o mundo, grande valor para os pacientes, famílias, gestores, e
profissionais de saúde, com a finalidade de oferecer uma assistência segura.
(BRASIL, 2019).
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) estabelece seis
protocolos com a visão de reduzir a incidência de eventos adversos nas instituições
de saúde, sendo; identificação correta do paciente, melhorar a comunicação entre
profissionais de saúde, melhoria na segurança da prescrição, no uso e na
administração de medicamento, cirurgia segura em local de intervenção,
procedimento e paciente, higienização das mãos, e riscos de queda e úlceras por
pressão. Esse processo de implantação, requer capacitação de um grande número
de profissionais, visando sua preparação para execução das funções de liderança e a
revisão da organização dos processos de trabalho instituídos nos serviços. (SILVA, et
al., 2017).
Um dos indicadores formidáveis para qualidade é a ferramenta de notificação
de evento adverso, sendo importantíssima a implantação nas instituições de saúde,
contribui para segurança dos pacientes, e possibilita monitorizar as falhas que podem
ser tratadas através de plano de ação. Os eventos adversos graves esses são
obrigatório sua notificação no sistema NOTIVISA - Sistema Nacional de Notificação
de Eventos Adversos, programa desenvolvido para receber as notificações de
eventos adversos que ocorreram com os pacientes durante a internação/ atendimento
em serviços e estabelecimentos assistenciais de saúde do país, ou durante o uso de
tecnologias de saúde (medicamentos, artigos médico-hospitalares, etc.). Este
formulário pode ser preenchido por profissionais, pacientes, familiares,
acompanhantes e cuidadores. (IBSP, 2018).
Esclarecendo o que o evento adverso oferece, quando há um dano, uma
ocorrência a um paciente, é denominado de evento, onde se resulta em um prejuízo
desnecessário na saúde do mesmo. Mesmo sendo de leve a grave, a notificação
contribui para o desenvolvimento de medidas corretivas que possam evitar o mesmo
dano a um outro paciente que possa estar em risco no serviço de saúde. (SANTOS,
et al., 2014).

2 OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é demonstrara importância sobre os propósitos que


um Núcleo de Segurança do Paciente garantem dentro de uma unidade hospitalar,
trabalhando junto a uma equipe multidisciplinar e de Gestão de Qualidade; mostrar
sua eficiência e riscos de sua inexistência dentro do serviço de saúde; expor quais
são seus princípios, funcionalidades de cada ação aplicada, e os procedimentos
tomados pela equipe.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para busca e obtenção de informações na construção deste trabalho foram


utilizados artigos científicos publicados em fontes virtuais como Scielo, UFSM, UFPR
dentre outras instituições, onde utilizou-se informações de fontes embasadas com
clareza ao tema do material, construídos em diretrizes de vários artigos científicos
atualizados, e em literaturas como livros, protocolos, e regimentos de instituições
hospitalares que regem o Núcleo de Segurança do Paciente com selos de
Acreditações como Organização Nacional de Acreditação (ONA), Consórcio Brasileiro
de Acreditação (CBA), e Joint Commission on Accreditation of Healthcare
Organizations (JCAHO). Ao longo das buscas notou-se quão inovador é o assunto,
enriquecido de instruções modernas e atuais que facilitaram o encontro de instruções
atualizadas. Esta pesquisa bibliográfica foi realizada no período de fevereiro e maio
de 2021, onde priorizou-se didáticas de 2004 a 2020.

4 A SEGURANÇA DO PACIENTE

Desde 2013 quando o PNSP foi criado pela portaria MS/GM n° 529 em 1° de
Abril, seu objetivo é garantir a qualidade do serviço prestado e manter o paciente
seguro a fim de evitar riscos e a integridade do ser humano em seu estado de
enfermidade, na qual precisa de cuidados de profissionais, que por sua vez, podem
ocorrer falhas por diversas consequências; junto à isso a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) vem desenvolvendo uma sistemática interligando suas
informações de notificações de segurança do paciente com as unidades hospitalares
tendo a missão de vigiar, promover e investir na promoção da saúde da população,
se aperfeiçoando com levantamentos de dados para intervir nos riscos, controle,
regulação, e monitoramento dos serviços prestados à saúde. Isso tornou-se mais
dinâmico a partir do momento que a Anvisa incorporou suas ações com a Organização
das Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil faz parte, e desde então, a Anvisa
intensifica seus meios de campo para abranger o máximo necessário de suas práticas
através dos eventos adversos, assegurando as Metas Internacionais de Segurança
do Paciente. (REGIMENTO, 2014).
Em uma unidade de saúde, por décadas foram notados diversos erros na
assistência ao paciente, onde muitas das vezes por escassez de materiais, atenção
deficiente no trabalho por carga horária demasiada, contaminações cruzadas, tanto
em procedimentos como em sítios cirúrgicos, falha em passagem de informações
precisas e importantes sobre quadros clínicos, erros de medicações por ausência de
checagens como nomes, lotes, validades e vias, acidentes de trabalho ou com
paciente por inexistência em casos de quedas seja lá por pisos escorregadios, ou
leitos sem grades de proteções ou desdém no acompanhamento de paciente em suas
atividades, entre diversas intercorrências que podemos imaginar, ou mesmo informar-
se em sites, literaturas, e matérias que percorrem a mídia que rodeiam a área de
saúde. (FRANCISCATTO, et al., 2011).
Frente ao exposto representado pelos erros chamados de eventos adversos,
e para parte que foi principalmente atingida sendo enfermeiros e médicos, estando
envolvidos intermitente no cuidado do cliente à sua prática administrativa, gestão, e
assistencial com intuito de prevenção, e tratamento terapêutico em sua devida
enfermidade, a segurança do Paciente traz grandes desafio no ato do cuidar
diariamente. (PEREIRA; SOUZA; FERRAZ, 2014).
Sua importância tornou-se tão necessária ao âmbito hospitalar, que após
identificar as melhorias de processos tomados pelas ações das metas aplicadas nas
rotinas de trabalhos dos profissionais, como diminuição de tempo de estadia de
hospitalização, melhora de status, reputação, e imagem empresarial aos clientes que
procuram serviços clínicos, urgentes, e estéticos, rapidez no processo de
atendimentos médico e enfermagem, aumento de sensação de bem estar e segurança
por ambas as partes presentes que compõem a instituição e a quem necessita de
seus serviços, pois no que se diz cuidar do próximo, muitos fatores podem ocasionar
em danos aos pacientes, terminando prestação de assistência ineficaz.
(FORTUNATO; CARVALHO; QUEIROZ., 2020).
4.1 Gestão da Qualidade Hospitalar e Núcleo de Segurança do Paciente

Para que as rotinas sejam aplicadas nos processos de atendimento,


primeiramente é necessário a formação de um Núcleo de Segurança do Paciente
(NSP), com componentes que atuam na instituição como líderes, regendo a
segurança e disseminando as informações a todos que participam do cuidado desde
a área assistencial administrativa e até gestão. Essa equipe é composta pela Gerência
Administrativa, Diretor Clínico, Diretor Técnico, Membros Executores como
Coordenadores de Gestão de Qualidade, e Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar, Membros Consultores para representar Hotelaria, Farmácia, Agência
Transfusional, Engenharia Clínica, Enfermagem Clínica, Enfermagem Cirúrgica,
Educação Continuada, Recursos Humanos, Unidade de Terapia Intensiva, Financeiro,
Tecnologia da Informação, Segurança do trabalho, dentre outros que possam
pertencer a empresa. (HINRICHSEN; et al. 2011).
Dado a composição de equipe, é necessário a implantação de protocolos
dessas Metas de Segurança do Paciente, onde será esboçado todas as informações
necessárias para adesão dessas metas, feitas pelo próprio comitê do NSP, após
concluídos esses protocolos, através da Educação Continuada, é preciso realizar o
treinamento dos colaboradores, onde será passado as informações de forma didática,
e através da Gestão de Qualidade, realizar fiscalização de forma precisa paciente por
paciente, prontuário por prontuário, se a adesão do treinamento e rotinas foram
aderidos com excelência. Isso é necessário para apresentação a qualquer tipo de
fiscalização que visita a instituição como Vigilância Sanitária, Epidemiológica, e
Anvisa, comprovando através de gráficos e indicadores, o que o hospital vêm
adotando para melhoria do tratamento. (SILVA; et. al. 2016).

4.2 Metas Internacionais de Segurança do Paciente

Essas metas abordadas através da Educação Continuada aos profissionais


de saúde atuante, hoje é considerada importante aplicar excelência no trabalho
prestado, embasados em conhecimentos científicos com intuito de alcançar o
esperado minimizando riscos e incidentes, e tempo de estadia no hospital. De forma
dinâmica e constantes customizações conforme a necessidade que os fluxos de
serviço solicitam para atender a demanda, essas metas devem ser seguidas à risca,
mas podendo ser manuseada conforme a instituição necessita, e para isso é preciso
participação dos colaboradores da ponta e averiguar o que é abordado para atender
as intercorrências e facilitar os processos do atendimento, destacando quais as áreas
problemáticas e apresentando soluções para o caso. (ROSA; et al. 2017).
A primeira meta abordada pela segurança do paciente é sobre identificação
correta do paciente, sendo a primeira ferramenta de trabalho ao seu atendimento
importante para locomoção dentro do ambiente, encaminhamento para exames,
medicações, internações, transferências e demais serviços necessários na prestação
do cuidado. A quebra desse processo acarretam em riscos como mudança de leito
inesperada, trocas de medicações, aplicação de medicação indevida, troca de
resultados de laudos de imagens e exames laboratoriais, ausência de comunicação
do paciente de acordo com seu nível de consciência, troca de acompanhantes,
exposição ao perigo em crianças e bebês, dentre outros. Assegura-se que é
necessário que a identificação tenha dados pessoais do paciente como nome
completo, nascimento, idade, nomes da mãe, código de atendimento, com letras
claras e legíveis, e checar a identificação do paciente comparando com identificação
de pulseira preferível fixada ao punho direito, no caso de impossibilidade desse
membro seja por amputação ou edemas no local, pode ser colocar em outro punho,
tornozelos ou até mesmo fixada na grade do leito em que paciente está acomodado,
identificação de placa parede ou leito, ficha de atendimento, e solicitando ao paciente
que confirme seus dados, isso antes de qualquer procedimento que será feito, por
qualquer profissional responsável à atende-lo. (RODRIGUES; et, al. 2020).
De acordo com a segunda meta, melhorar a comunicação entre profissionais
de saúde, o hospital é um emaranhado de informações de diversos casos, pacientes,
exames, internações, processos assistenciais e administrativos, fluxos, e outros
serviços que precisam funcionar todos os dias para que não aconteça erros de
processos. Para isso é necessário que a comunicação de forma clara e sucinta,
carregada de documentações e trâmites do processo assegure que a rotina não caia
em desordem, indicando reuniões para ser discutidos implantações e correções de
rotinas, evoluções para melhorar o trabalho como passagens de plantões, relatórios
contínuos dos profissionais, prescrições, registros formais em e-mails da corporação,
feedbacks, e uma das mais escolhidas técnicas, a SBAR, (Situação, do problema
presente, Background, informação acerca do problema gerado, Avaliação, para definir
as opções de resolução da intercorrência, e por fim, Recomendação, o que foi definido
de ação para uma resolutiva). (NASCIMENTO; et, al. 2020).
Prosseguindo pela meta três, a melhoria na segurança da prescrição, no uso
e na administração de medicamento, é de interesse ao profissional responsável pela
avaliação desses itens que verifique se as informações exigidas estão presentes como
os dados correto do paciente, prescrição do medicamento com nome e dose de acordo
com o desejado pelo médico, legibilidade de letras e assinaturas com carimbo médico,
estar claro se a medicação está indicado ao paciente a fim de evitar administrações
em casos de relatos de alergias medicamentosas ou composições existentes,
excluindo realizar qualquer tipo de terapia medicamentosa sem prescrição em mãos
ou solicitado pelo médico de forma verbal, sanando possíveis transtornos. Caso itens
anteriores estiverem de acordo seguir ao próximo exercício em relação ao preparo
correto da medicação de acordo com dose, volume, diluição, tempo de infusão e
gotejamento, e via de administração ideal ao fármaco como intramuscular,
intravenosa, via oral, sublingual, retal, ocular, tópica, subcutânea, inalatória, seguindo
sempre os onze certos de preparo e administração de medicação como data, validade,
paciente, medicamento, via, hora, dose, registro, orientação, forma terapêutica, e
resposta, preparado de forma segura com técnica seguida de identificação das
seringas, comprimidos e soros com informações do medicamento, data, hora,
paciente, leito ocupante, e nome do profissional responsável pelo preparo, e por fim
registrando checagem na prescrição e relatando sobre a ação realizada em prontuário
do paciente. (STORTI; et al. 2020).
De acordo com a quarta meta, assegurar cirurgia em local de intervenção,
procedimento e pacientes corretos, é necessário além de profissionais atualizados e
especialização em área de atuação formada por equipe de médicos, enfermeiros,
instrumentadores, e serviços de apoio como farmácia, higienização, e central de
materiais esterilizados, para manter uma cirurgia segura é importante o seguimento
de etapas do processo enquanto o paciente está em arco cirúrgico. Esses processos
são necessários para delimitar tempo de cirurgia e evolução do caso clínico/cirúrgico,
pela primeira etapa, antes do procedimento cirúrgico, para checar identificação do
paciente, jejum, adornos, orientação, profilaxia antimicrobiana, higiene geral do
paciente como pele e regiões de tricotomia, e garantia de leito pós cirúrgico, a segunda
etapa é verificado novamente a identificação do paciente, o local (sítio) a ser operado,
termo de consentimento cirúrgico devidamente preenchido, a terceira etapa, chamada
de time out é realizada antes do início da cirurgia sendo apresentada todos os
participantes do procedimento e novamente as etapas anteriores fortalecendo a
comunicação efetiva e identificação do paciente, contagem de compressas, possíveis
complicações durante o processo, e averiguar se os materiais solicitados para o arco
estejam presentes para início, continuando para quarta etapa chamada de checkout
presente antes da saída do paciente do ambiente cirúrgico, novamente é verificado
materiais utilizados, contagem de pinças, compressas, gases, com intuito de evitar
transtornos como algo deixando na cavidade do paciente, realização de raio x para
visualização de garantia da cirurgia, e finalmente a quinta etapa localizada na
Recuperação Pós Anestésica (RPA), onde é avaliado quadro de paciente para
encaminhamento a unidade de internação ou de terapia intensiva, é importante o
preenchimento desse check list e anexar no prontuário para segurança do processo.
(RODRIGUES; et al. 2020).
Seguindo às etapas, a quinta meta implantada refere a higienização das mãos
evitando riscos de infecções relacionadas à falta da prática dessa ação. Uma medida
simples e visto por muitos como um dos mais costumes realizados diariamente por
todos, a qualquer momento em qualquer ocasião, a higienização das mãos em âmbito
hospitalar deve ser feita com alta frequência e fiscalizada, treinada, abordada sempre
que necessária, levando em consideração a levantar indicadores sobre uso de
soluções de clorexidina degermante e álcool em gel ou spray, referente a quantidade
utilizada nos setores em pacientes/dia, assegurando que profissionais mantém a
rotina em seus serviços. É indicado seguir etapas de lavagem das mãos
rigorosamente como lavar as palmas e dorso das mãos, pontas e entre dedos,
polegares, e punho, seguir os cinco momentos da higienização das mãos como antes
do contato ao paciente, antes da realização do procedimento asséptico, após o risco
de exposição a fluídos, após contato com paciente e após contato com áreas próximas
ao mesmo. (SILVA; et. al 2013).
Finalmente a sexta meta rege a reduzir os riscos de queda e úlceras por
pressão, que segundo VACCARI (et al. 2016), “A inadequação das instituições
hospitalares para atender os idosos compromete a segurança e predispõe a riscos
inerentes no processo de cuidar. Desse modo, precisam de maior atenção da equipe
de saúde, devido à vulnerabilidade que apresentam aos riscos decorrentes da
internação, particularmente ao risco de quedas.”, e apesar da melhor idade serem
mais predispostos ao risco, toda a clientela estão sujeitos devido possíveis mal estar
ou queda do nível de consciência, distração, piso molhado e escorregadio, dentre
outros, e para prevenir esse risco é necessário implantação de identificação como
placas de higienização de pisos, construções, rampa, corrimão, escadinhas, leitos
equipados com grades de proteção, acompanhamento do paciente ao andar ou auxílio
com cadeira de rodas, e avaliação do enfermeiro por meio de Escala de Morse, uma
ferramenta que avalia o quadro clínico e o grau de risco de queda que o mesmo está
sujeito. Em relação a úlceras por pressão inicialmente ao ser internado na unidade, o
critério de avaliação do enfermeiro, assegurando sobre a úlcera adquirida em
ambiente hospitalar ou provindo externamente com a mesma á existente, a ferramenta
de Escala de Braden, pontua as chances do paciente adquirir tal risco, indicando o
tempo de mudança de decúbito, e mobilidade para cadeira de repouso, ou até mesmo
a deambulação com ajuda de profissionais. (FASSINI; HAHN. 2012).

4.3 Notificações de Eventos Adversos

Com a eficácia de diretrizes para apoiar os protocolos implantados, e após


seguir rotina de treinamento, adesão, e fiscalização dos processos, podemos ainda
sim detectar falhas, assim como diz SOUZA, 2014 (apud, MEDICINE, 1999), “para
melhoria da qualidade dos serviços de saúde. A discussão da temática foi fortalecida
em 1999, a partir da publicação do Instituto de Medicina dos Estados Unidos (IOM)
intitulada Errar é Humano: Construindo um Sistema de Saúde Mais Seguro [To Err is
Human; Building a Sater Health System], em que aponta os danos causados pela
assistência à saúde em pacientes”. É necessária uma formalização quanto ao erro
cometido, visto que é de dever do hospital realizar essa notificação à Anvisa.
São determinados incidentes como evento adversos aqueles não desejados
ocasionados por ações deliberadas omissas, negligentes à assistência onde causam
danos ao paciente Eventos Sentinelas sendo uma ocorrência grave inesperada,
envolvendo morte ou dano grave, e/ou físico como uma perca de órgão ou função,
Quase Falha (Near Miss) quando há evento que não afetou o paciente, porém teve
chances de obter um desfecho não desejado ao mesmo, e Queixa Técnica ou Não
Conformidade, onde a intercorrência não se diz relacionado ao paciente, mas sim ao
processo do trabalho ou material. (HINRICHSEN; et al. 2011).
4.4 Acreditação de Segurança do Paciente

Com todas as sistemáticas implantadas nas situações em que competem a


proteção do paciente, as instituições cada vez mais vem buscando melhoria e selos
de Qualidade e Acreditação de Organizações onde fiscalizam a garantia do serviço
prestado pela instituição, essa acreditação é realizada por vários tipos de alianças
onde fazem visitas de avaliações, onde averiguam os processos elaborados em
diferentes níveis de satisfação, alegando a garantia de adesão dos protocolos
estabelecidos e qualificações complementares. A Gestão da Qualidade tem o papel
de garantir esse serviço para obtenção dessas acreditações, buscando o chamado
defeito-zero, onde o processo essencialmente é mudar a cultura de “manias” antigas
adquiridas por profissionais e seguir o que rege o hospital. (FELDMAN; GATTO;
CUNHA. 2004).
A ONA, criada no ano de 1999, é uma das principais fontes de acreditação
composta no Brasil, sendo responsável por diversas acreditações de instituições de
saúde por todo o país, por padrões de monitoramento sendo credenciada pela mesma
tendo seus objetivos a normatização, coordenação e implantação dos processos de
Acreditação nas Organizações Prestadoras de Serviço de Saúde Brasileiras, com
visão de aprimorar a qualidade da assistência à saúde em todos os órgãos
fiscalizados. (ANTUNES; RIBEIRO. 2005).
Em 1907, foi fundada a JCAHO na tradução livre se dá por Comissão Conjunta
de Credenciamento de Organizações de Saúde, uma das pioneiras dos Estados
Unidos, contém cerca de dezenove mil redes credenciadas atualmente com selo de
acreditação apenas no país pertencente, uma instituição sem fins lucrativos, com
viailidade em verificar a garantia da qualidade hospitalar, e projetos de estudos
modernizados em prol da saúde pelos hospitaos escolas. (DONAHUE; OSTENERG.
2000)18. No Brasil há uma representante exclusiva da Joint Comission, chamada de
Consórcio Brasileira de Acreditação, que segundo YAMAUCHI (2016), “...constituído
em 1998 é o nome fantasia da Associação Brasileira de Acreditação de Sistemas e
Serviços de Saúde (ABA), que tem como associados efetivos como Colégio Brasileiro
de Cirurgiões, a Fundação Oswaldo Cruz, a Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro e a Fundação Cesgranrio. Sua matriz localiza-se na cidade do Rio de
Janeiro e possui uma filial em São Paulo capital.”
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de segurança do paciente visa em busca constante e diária de


conhecimento e atualizações para aprimoramento e engajamento dos hospitais para
que fiquem a par do que é solicitado para o atendimento ao cliente, colaoração de
todos os envolvidos na prestação do serviço sendo devidamentes treinados e
informados sore as novidades que surgem para assistência, incentivo através do
reconhecimento da empresa, pois são as peças chaves para o que o serviço e os
protocolos possam funcionar, garantindo qualidade e segurança do trabalho, evitando
riscos e danos ao paciente e a imagem da intituição.
O objetivo pode ser concluído de forma satisfatória pois há diversos artigos
científicos, regimentos e livros atualizados sobre o tema abordado, dando firmeza no
que é solicitado, evidenciando os riscos e danos para a parte dos interessados na
qualidade do serviço, as conquistas com o cunprimento das normas, e a diferença da
assistência quando uma equipe segue suas rotinas conforme rege a empresa.
A metodologia desse artígo primordialmente foram encontrados resultados
através de artigos encontrados na rede, através de estudos de campo e de
comportamento por parte de hospital e profissional, feitas por acadêmicos
interessados no mesmo conteúdo, os regimentos detectados de demais instituições
mostram como os hospitais veêm se preocupando com a segurança do paciente
durante sua estadia de internação. Vale destacar sobre os resultados de acordo com
o tempo de publicações notou-se que a partir de 2010 em diante o interesse pela
busca de melhoria da segurança foram mais atenciosas, devidos a erros que não
podem ser admitidos quando o tema é o cuidado com o ser humano, apresentando
uma queda de notícias de mídias com erros hospitalares.
As metas internacionais de segurança do paciente rege processos bem
esclarecidos, com vários passo a passo, onde visualmente parece ser impossível
seguir todos, dando a impressão de que o serviço prestado ocasionalmente pode ser
lento, porém na prática, com uma rotina implantada e adaptação do profissional no
que é pedido pela instituição, os processos podem ser agilizados de acordo com seus
treinamentos e conhecimentos das requisições. Muita dessas fases já existiam e
funcionavam de forma livre e demasiadas, sem protocolos, ou processos
estabelecidos, e com essa conquista, o comportamento por parte dos processos se
torna eficaz e necessário.
Com isso é concluído que hoje em dia não dá pra abordar um paciente sem
estar presentes regras e protocolos estabelecidos, com intuito de assegurar de que
será cuidado em um local de processos seguros, mostrando seriedade por parte do
hospital, isso faz com que a imagem da instituição é bem vista aos olhos de quem
precisam do tratamento, se necessário podendo voltar a procurar pela assistência.

REFERÊNCIAS
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