Relatório - Qualidade Ar Interior UNi Aveiro
Relatório - Qualidade Ar Interior UNi Aveiro
Relatório - Qualidade Ar Interior UNi Aveiro
2012
.
Palavras-chave Relatório profissional, qualidade do ar interior, saúde,
contaminantes do ar interior, exposição, fontes de
emissão, certificação
ÍNDICE DE QUADROS IV
1 INTRODUÇÃO 1
3 PUBLICAÇÕES E COMUNICAÇÕES 36
4 PARTICIPAÇÃO OU REPRESENTAÇÕES 38
5 QUALIDADE DO AR INTERIOR 40
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 76
ANEXOS
i
Anexo II – Exemplar de folheto de divulgação de atividades da unidade de ambiente e
laboratórios do CBE
Anexo III – Listagem dos principais trabalhos realizados no âmbito das funções exercidas
no CBE
ii
ÍNDICE DE FIGURAS
iii
ÍNDICE DE QUADROS
iv
Quadro 5.6 – Concentrações máximas de referência dos poluentes e
microorganismos, constantes no no RSECE 57
Quadro 5.7 – Objetivos de QAI para escritórios e locais públicos estabelecidos e
valores de concentração de poluentes do RSECE (adaptado de URL10) 58
Quadro 5.8 – Objetivos de QAI para os COV individualizados para a classe de
QAI, Boa (URL10) 59
Quadro 5. 9 - Valores-guia da OMS para exposição ao CO 61
Quadro 5.10 – Concentrações máximas de referência do RSECE e valores-guia
da OMS 63
Quadro 5.11 – Valores-guia, propostos pela ANSES, para cada substância
considerada e ano do seu estabelecimento (adaptado de URL11) 64
Quadro 5.12 – Valores limite de exposição recomendados no Canadá, períodos de
amostragem e data de publicação (adaptado de URL 12) 65
Quadro 5.13 – Valores-guia da OMS, linhas orientadoras estabelecidas em
França e Canadá e níveis de concentração da OSHA e concentrações
máximas de referência do RSECE 66
Quadro 5.14 – Níveis dos VLE para exposições em ambientes ocupacionais 67
Quadro 5.15 – Valores limite de exposição em ambientes ocupacionais, não industriais
e valores do RSECE 69
v
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS QUÍMICOS
Abreviaturas
vi
IA – Instituto do Ambiente
IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação
IARC - International Agency for Research on Cancer
IGAOT – Inspeção Geral do Ambiente e Ordenamento do Território
IMIT – Iniciativa para a Modernização da Indústria Têxtil
IPAC - Instituto Português de Acreditação
IPQ – Instituto Português da Qualidade
ISO - International Organization for Standardization
LMAT – Linhas de Muito Alta Tensão
MIE – Ministério da Indústria e Energia
MARN – Ministério do Ambiente e Recursos Naturais
MASA – Methods of Air Sampling and Analysis
MTD – Melhor Tecnologia Disponível
NIOSH – National Institute for Ocupacional Safety
NP – Norma Portuguesa
OMS – Organização Mundial de Saúde
OSHA - Occupational Safety & Health Administration
PAC-QAI - Plano de Ações Corretivas da QAI
PAH - hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos
PCIP – Prevenção e Controlo Integrado da Poluição
PEA - Pilha Estática Arejada
PEDIP – Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa
PEScC – Pequenos Edifícios de Serviços com Climatização
PESsC – Pequenos Edifícios de Serviços sem Climatização
PM – Matéria Particulada
PME – Pequenas e Médias Empresas
POPH - Programa Operacional Potencial Humano
PQ – Perito Qualificado
PQ RSECE-QAI – Perito Qualificado no âmbito do Regulamento do sistema energético e
da Qualidade do ar interior, vertente qualidade do ar interior
PRTR - Pollutant Release and Transfer Register
QAI – Qualidade do Ar Interior
QIPME - Quadros Inovadores para PME
RCCTE – Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios
REAI – Regulamento de Exercício da Atividade Industrial
RELACRE – Rede de Laboratórios Acreditados
RILEI – Regulamento de Instalações e Laboração dos Estabelecimentos Industriais
RSECE – Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos Edifícios
RSU - Resíduos Sólidos Urbanos
SCE – Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior
SED – Síndroma do Edifício Doente
SGA - Sistema de Gestão Ambiental
SGCIE – Sistema de Gestão de Consumos Intensivos de Energia
vii
SIQA - Sistema Integrado de Gestão da Qualidade e Ambiente
SOCOGEF - Sociedade de Contabilidade e Gestão Financeira, Lda
SV – Sólidos Voláteis
TPE - Tratamento Primário de Efluentes
UE – União Europeia
USEPA - United States Environmental Protection Agency
UTA – Unidade de Tratamento de Ar
VLE – Valor Limite de Emissão
WHO - World Health Organization
viii
Símbolos químicos
Cl2 - cloro
CO – monóxido de carbono
CO2 – dióxido de carbono
HBr – brometo de hidrogénio
HCl – ácido clorídrico
HCOH – formaldeído
H2S – sulfureto de hidrogénio
NO2 – dióxido de azoto
NOx – óxidos de azoto
O2 - oxigénio
O3 – ozono
SO2 – dióxido de enxofre
ix
1 Introdução
Este relatório tem por objetivo descrever o percurso académico e profissional de Ema
Maria Monteiro de Matos, para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do
grau de mestre em Engenharia do Ambiente, ao abrigo do despacho nº 7047/2011, de 9/5,
que estabelece o regulamento de creditação de formação e de reconhecimento de
experiência profissional na Universidade de Aveiro.
Exerceu ainda funções no Centro da Biomassa para a Energia (CBE), durante um período
de catorze anos, tendo sido responsável pela formação da unidade de ambiente e pela sua
implementação no mercado e, posteriormente, após fusão das unidades de ambiente e
laboratórios, pela coordenação da unidade de ambiente e laboratórios.
Mais recentemente tem atuado como consultora na área de gestão ambiental, qualidade
do ar e resíduos, sendo também responsável por algumas ações de formação na área da
gestão ambiental, nomeadamente em ações dirigidas a gestores de Pequenas e Médias
Empresas (PME), integradas em programas de formação ação do Instituto de Apoio às
1
Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), nomeadamente nos programas
Quadros Inovadores para PME (QIPME) e Academia PME.
De facto, a qualidade do ar interior assume, nos nossos dias, cada vez mais, um papel
relevante na saúde, no ambiente e na economia, podendo ser definida como a natureza do
ar que afeta a saúde e o bem-estar dos ocupantes de determinado espaço fechado. Não
engloba apenas a existência de poluentes, mas também o nível de conforto e a perceção
que cada utilizador tem da qualidade do ar que se respira (URL2).
2
problemas de saúde. É um termo usado para descrever situações de desconforto laboral
e/ou de problemas agudos de saúde referidos pelos trabalhadores, que parecem estar
relacionados com a permanência no interior de alguns edifícios, em que nem sempre é
possível estabelecer-se um diagnóstico específico ou identificarem-se as eventuais causas
do desconforto ou problema de saúde (URL3), Traduz-se por um estado doentio transitório
dos utilizadores em que os sintomas, normalmente, são aliviados quando o ocupante
afetado sai do edifício, podendo as queixas estarem relacionadas com um compartimento
ou área específica, ou com a totalidade do edifício.
O SCE integrou a medida relativa à linha de orientação política sobre eficiência energética
contemplada na Resolução do Conselho de Ministros nº 169/2005, de 24 de outubro, que
aprova a Estratégia Nacional para a Energia e o Programa Nacional para as Alterações
Climáticas, constante na Resolução do Conselho de Ministros nº 119/2004, de 31 de julho,
nomeadamente no que respeita à eficiência energética nos edifícios. Visa
fundamentalmente aumentar a eficiência energética média do sector dos edifícios,
reduzindo a dependência externa da União Europeia (UE) e contribuindo para o
cumprimento dos objetivos do Protocolo de Quioto.
3
Refere-se, porém, que uma visão mais abrangente da proteção da saúde pública contra os
efeitos adversos da exposição aos poluentes existentes no ar interior, também implica
abordar a qualidade do ar interior em ambientes ocupacionais, em espaços industriais.
Este relatório compreende seis capítulos, o presente capítulo introdutório, onde se define o
objetivo do relatório e se descreve de forma resumida o percurso académico e profissional.
Faz-se também neste capítulo o enquadrando do tema selecionado para aprofundar.
4
2 Percurso académico e profissional
Este trabalho teve como objetivo o estudo da biodegradabilidade das lamas do tratamento
primário do fabrico de pasta para papel, com vista ao seu aproveitamento para uso
agrícola. Consistiu na realização de ensaios de compostagem, em três reatores tipo batch,
com taxas de arejamento de 1, 5 e 14 L/min, para determinação da taxa de consumo
específico de oxigénio da matéria orgânica, em função da temperatura, caudal de
5
arejamento e composição do substrato, mediante análise de parâmetros como a análise
imediata dos sólidos (humidade, cinzas e sólidos voláteis - SV), temperatura e composição
da fase gasosa (dióxido de carbono - CO2 e oxigénio - O2) ao longo do processo reacional.
6
do estudo da compostagem dessas lamas. A sua atividade como bolseira do DAOUA
desenvolveu-se no âmbito desse protocolo.
De acordo com a informação científica existente na época, para além dos processos em
pilhas com arejamento natural (com remeximento) ao ar livre (Gotaas, 1956; Golueke,
1977) e em reator fechado com arejamento forçado (Haug, 1980), também se desenvolveu
nos Estados Unidos da América (EUA) um processo intermédio de compostagem em pilha
estática com arejamento forçado (Epstein et al., 1976; Finestein et al., 1980).
Assim, com base nesta informação, ao longo dos três anos em que permaneceu no DAUA
foram efetuados diversos ensaios de compostagem, quer em sistemas fechados, reatores
laboratoriais de pequeno porte, quer em pilhas estáticas, ao ar livre, com e sem arejamento
forçado (Figuras 2.1 e 2.2), que permitiram testar diferentes condições, como taxa de
arejamento, controlo de temperatura, razão carbono azoto e agente de porosidade (vide
Quadro 2.2). Os ensaios em sistemas fechados, cilíndricos ou paralelepipédicos
reproduziam o processo de compostagem numa pilha de maior porte, permitindo acelerar
esse mesmo processo de cerca de 2 meses para 16 a 20 dias.
7
Figura 2.2 - Sistema de compostagem em reator e formação de uma pilha estática
De um modo geral, e tal como descrito em Pereira et al. (1988), nos ensaios realizados,
verificou-se que:
8
do composto. Foi também possível a compostagem daquelas lamas sem qualquer
agente de porosidade, desde que se utilizassem taxas de arejamento adequadas.
Este trabalho deu origem a várias publicações científicas, quer sob a forma de relatórios
internos da Universidade, quer sob a forma de artigos em literatura da especialidade (vide
capítulo 3).
9
Figura 2.3 - Ciclo de transformação no fabrico de pasta de papel (Vaz et al., 1990)
10
Pilha D Testemunha Pilha A Pilha C
Destes ensaios concluiu-se que era possível substituir a terra, em ensaios de sementeira,
por algumas das modalidades testadas com vantagens significativas. Os compostos com
maiores percentagens de lamas proporcionaram melhores substratos para as plantas, com
menor tendência para a acama e com crescimentos mais uniformes (Vaz et al., 1990).
11
Figura 2.5 - Esquema da estação de compostagem projetada
Este projeto não teve seguimento, porque se resolveu aguardar pela verificação das
alterações introduzidas com as obras de remodelação da fábrica e, fundamentalmente com
as alterações às características e quantidades disponíveis introduzidas pelo tratamento
secundário de efluentes e pelo aproveitamento energético de biomassa.
12
do licenciamento enviadas ao requerente. Nessa altura, e em situações normais, o
cumprimento da legislação relativamente aos efluentes líquidos era verificado pela Direção
dos Serviços Hidráulicos competente, funcionando a DRARNC, nesta matéria, como elo de
ligação com a entidade responsável pelo licenciamento.
13
Figura 2.6 - Área de intervenção do GAT (adaptado de URL4)
Sever do Vouga era, na altura, um dos municípios do agrupamento com menor taxa de
população servida por abastecimento de água, tendo a Câmara Municipal como um dos
seus principais objetivos dotar a generalidade da população do concelho com
abastecimento de água potável, a médio ou curto prazo.
Os principais projetos realizados para estes dois municípios, integrados nos contratos de
colaboração estabelecidos com o GAT, estão listados no Quadro 2.3.
14
Quadro 2 3 - Principais projetos realizados no âmbito das funções de técnica superior do GAT de
Águeda
Como apoio à tomada de decisão nos processos de concurso de execução das estações
de tratamento de águas residuais do concelho de Oliveira do Bairro foram efetuadas visitas
a várias estações de tratamento de águas residuais na zona de Barcelona, Espanha. Esta
deslocação incluiu também a visita à principal estação de tratamento de águas de
abastecimento público a Barcelona.
15
Projeto de execução do abastecimento de água à zona Desportiva de Oliveira do
Bairro;
Elaboração do Caderno de Encargos para o tratamento das águas de abastecimento
do concelho de Oliveira do Bairro;
Projeto de execução da nova rede de abastecimento de água à Mamarrosa
(Estrada Nacional, EN 335);
Participação na Comissão de análise das propostas do concurso para fornecimento
e construção de estações de tratamento das águas de abastecimento do concelho
de Oliveira do Bairro.
Ingressou no Centro da Biomassa para a Energia em agosto de 1994, tendo como principal
objetivo a formação da Unidade de Ambiente, bem como a sua coordenação e gestão. A
fim de atingir o objetivo proposto, colaborou na definição e execução da missão e
estratégia da Unidade, constituiu a equipa de trabalho, foi responsável pela definição de
metodologias, implementação dos métodos de amostragem e análise, fundamentalmente
nas áreas de ar e ruído, pelo planeamento e realização das atividades, pela divulgação dos
serviços e formação de parcerias com outras empresas.
Coordenou esta Unidade de Ambiente até maio de 1999, altura em que devido a
reformulação interna do CBE se procedeu à fusão da Unidade de Ambiente e da Unidade
de Laboratórios, numa única unidade, Unidade de Ambiente e Laboratórios, a qual passou
a coordenar até ao final do exercício de funções no CBE (junho de 2008).
No âmbito das suas funções no CBE estavam incluídas ainda a elaboração de orçamentos
e o estabelecimento de contatos com clientes e fornecedores.
A Unidade funcional em que estava inserida, para além do apoio técnico às restantes
unidades dedicava-se à prestação de serviços na área de ambiente. Esses serviços eram
variados, conforme ilustrado no folheto de divulgação que se inclui no Anexo II, estando
listados no Quadro 2.4 os principais serviços em que participou e/ ou coordenou e
apresentando-se seguidamente a sua descrição mais detalhada, com indicação do
envolvimento na sua realização.
16
Quadro 2 4 – Lista dos principais serviços da Unidade em que se inseriu no CBE
Principais trabalhos
Diagnósticos ambientais
Análise da situação ambiental
Acompanhamento do licenciamento ambiental
Avaliação das emissões de ruído para o exterior
Avaliação da incomodidade ao ruído
Avaliação da exposição ao ruído
Avaliação da exposição a substâncias nocivas no ar de locais de trabalho
Caracterização de efluentes gasosos em fontes fixas
Planos de gestão de solventes
Calibração de opacímetros
Cálculo de altura de chaminés
Análise de resíduos
Diagnósticos ambientais
Com a finalidade de obter informações sobre o desempenho ambiental das empresas com
quem colaborou, participou na realização de diagnósticos ambientais a empresas de vários
setores de atividade, como indicado no Quadro 2.5 e cuja listagem se anexa (Anexo III,
ponto 1).
17
Dado que os diagnósticos ambientais constituem uma ferramenta de apoio à gestão da
organização / empresa, fornecendo indicações à administração sobre a sua performance
ambiental, os relatórios de diagnóstico contemplavam também um plano de ações
tendentes a corrigir as não conformidades encontradas e/ou indicação de medidas para a
melhoria do desempenho ambiental da empresa, relacionadas com boas práticas
reconhecidas para o sector de atividade onde estava inserida.
A grande maioria dos diagnósticos efetuados visava integrar projetos de investimentos das
organizações, nomeadamente candidaturas ao Programa Estratégico de Dinamização e
Modernização da Indústria Portuguesa (PEDIP) e foram realizados ao abrigo do Despacho
conjunto IIDD03, dos Ministérios da Indústria e Energia (MIE) e do Ambiente e Recursos
Naturais (MARN), de 9 de Agosto de 1994.
Para a sua execução, para além da coordenação técnica da equipa, realizou toda a
atividade de auditoria, incluindo visita às instalações, recolha de informação complementar
e preenchimento de lista de verificação elaborada para o efeito, efetuou o plano de ação de
não conformidades e oportunidades de melhoria e a verificação dos relatórios.
Relativamente às monitorizações necessárias à realização do diagnóstico, apenas
participou ocasionalmente e, com maior frequência, nas medições das emissões de ruído
para o exterior, ou recolha de amostras de efluentes líquidos e resíduos, quando aplicável.
18
Quadro 2 6 - Relação das análises e caracterizações ambientais efetuadas por setor de atividade
19
físicos, em vez de favorecer a proteção do ambiente no seu todo, com a preocupação da
aplicação do princípio do desenvolvimento sustentável, surgiu a Diretiva nº 96/61/CE, do
Conselho, de 24 de setembro (Diretiva relativa à Prevenção e Controlo Integrado da
Poluição, PCIP), que veio dar origem ao Decreto-lei nº 194/2000, de 21 de setembro.
Este diploma legal reconhece o controlo integrado da poluição como uma forma de
obtenção de um equilíbrio mais duradouro entre a atividade humana e o desenvolvimento
socioeconómico, por um lado, e os recursos e a capacidade regeneradora da natureza, por
outro, tendo em conta a evolução das tecnologias utilizadas nas atividades produtivas. É
aplicável a determinadas atividades e integra o princípio da licença ambiental para
atividades poluidoras, consagrado na Lei de Bases do Ambiente, Lei, nº 11/87, de 7 de
abril.
20
Os relatórios ambientais anuais visam demonstrar o desempenho ambiental anual da
instalação, bem como o grau de cumprimento da licença ambiental atribuída, incluindo
todas as dificuldades encontradas para atingir as metas estabelecidas para o ano a que se
referem. Assim, no relatório elaborado destacam-se os seguintes pontos:
21
cumprimentos dos valores limite de emissão e execução das medidas constantes no plano
de exploração.
Avaliação de ruído
Esta área das avaliações de ruído engloba a avaliação das emissões de ruído para o
exterior, a avaliação da incomodidade ao ruído e a avaliação da exposição dos
trabalhadores ao ruído durante o trabalho.
Ao longo do tempo, em que exerceu funções no CBE e em que colaborou neste tipo de
avaliações, ocorreram diversas alterações aos documentos legislativos referentes ao ruído,
o que se refletiu também em alterações nas metodologias utilizadas.
As alterações à legislação relativa às emissões de ruído para o exterior, para além dos
parâmetros a medir em cada amostragem, incluíram também alterações dos valores limite
a considerar e encontram-se sistematizadas, de forma resumida no Quadro 2.7.
Quadro 2. 7 – Alterações introduzidas na metodologia utilizada na avaliação das emissões de ruído para
o exterior.
22
Entendendo-se, para facilitação da leitura do Quadro anterior, o seguinte:
Ruído ambiente: ruído global observado numa dada circunstância num determinado
instante, devido ao conjunto das fontes sonoras que fazem parte da vizinhança próxima ou
longínqua do local considerado.
Ruído residual: ruído ambiente a que se suprimem um ou mais ruídos particulares, para
uma situação determinada.
Participou na grande maioria das campanhas de medição de ruído ambiente (vide relação
no Anexo III, ponto 4), para além da estruturação dos relatórios e elaboração das folhas de
cálculo necessárias.
De forma a obter os níveis de higiene e segurança, exigidos por lei nos locais de trabalho,
efetuaram-se diversas campanhas de avaliação das exposições diárias dos trabalhadores
ao ruído durante o trabalho, em estabelecimentos industriais e de serviços, vide listagem
em anexo (Anexo III, ponto 6). Com estas campanhas pretendia-se verificar o cumprimento
da legislação em vigor, primeiro o Decreto-lei nº 72/92, de 28 de abril e, posteriormente, o
Decreto-lei nº 182/2006, de 6 de setembro. As amostragens seguiam a metodologia
descrita no Decreto Regulamentar nº 9/92 de 28 de abril, ou, na fase posterior, a
metodologia descrita no Anexo I do Decreto-lei nº 182/2006, de 6 de setembro, relativo às
prescrições mínimas de segurança e de saúde em matéria de exposição dos trabalhadores
aos riscos devidos ao agente físico ruído.
• - Nível sonoro contínuo equivalente (LAeq., T) num intervalo de tempo T, por local
de trabalho/máquina;
• - Valor máximo do pico de pressão sonora (MaxCPICO), por local de
trabalho/máquina;
• - Análise espectral do ruído por bandas de oitavas nos casos em que o LAeq, T
fosse igual ou superior a 80 dB(A);
• - Exposição pessoal diária de cada trabalhador ao ruído durante o trabalho, LEX,8h e
despectivo valor máximo do pico de nível sonoro MaxCPICO;
23
• - Exposição pessoal diária efetiva, LEX,8h,efect, para o trabalhador que se encontre na
situação mais desfavorável em termos de exposição ao ruído utilizando vários
modelos de protetor de ouvido existentes no mercado, de modo a que a empresa
possa selecionar o protetor de ouvido adequado, ou verificação da adequação do
protetor de ouvido já selecionado;
• - Cálculo do LEP,d Efetivo para todos os trabalhadores utilizando o protetor de
ouvido selecionado e preenchimento das fichas individuais nos casos em que o
LEP,d for igual ou superior a 85 dB(A).
Também foram introduzidas alterações ao nível dos valores limite relativos à "exposição
pessoal diária de um trabalhador", que passou de 90 dB(A) para 87 dB(A). Igualmente em
relação ao nível de ação da "exposição pessoal diária de um trabalhador ao ruído durante
o trabalho", nível acima do qual, devem ser tomadas medidas com vista à redução dos
níveis de exposição ao ruído, que era igual a 85 dB(A), houve alterações. Englobou os
valores de nível de pressão de pico e passaram a considerar-se dois valores de ação que
são os seguintes:
24
para tratamento dos resultados das medições, quando aplicável, e elaboração das fichas
de exposição ao ruído. Sempre que possível, participou também na realização das
campanhas de amostragens.
Para verificação das condições de higiene do trabalho e como forma de controlar os riscos
potenciais para a saúde, foram efetuadas diversas campanhas de caraterização em
ambientes industriais, abarcando, quando não expressamente definidos pelo cliente, os
agentes que se consideravam mais relevantes em cada caso. A seleção dos agentes a
analisar era efetuada tendo em conta a informação existente sobre o setor em causa e a
avaliação feita na sequência de contatos com os responsáveis da empresa a auditar.
25
Quadro 2 8 - Setores de atividade da indústria e serviços e agentes químicos analisados
26
Decreto-lei nº Decreto-lei nº Decreto-lei nº Decreto-lei nº
290/2001, de 16 de 274/89, de 21 de 273/89, de 21 de 266/2007, de 24 de
novembro agosto agosto julho
(valores limite (exposição ao (exposição a agentes (riscos da exposição
indicativos de chumbo) cancerígenos ou ao amianto)
exposição a agentes mutagénicos)
químicos)
Figura 2.7 – Principal legislação específica utilizada para exposição a agentes químicos em contexto de
higiene do trabalho.
Para além dos poluentes indicados no Quadro 2.8 foram ainda estudados e implementados
métodos de amostragem e análise para diversos outros poluentes, como acetato de etilo,
acetato de metilo, amianto, benzeno, bromofórmio, butanona (metiletilcetona), cetonas
ciclohexano, cloreto de benzilo, cloreto de metileno (diclorometano), clorobenzeno,
clorobromometano, clorofórmio, cumeno, o-diclorobenzeno, p-diclorobenzeno, dicloreto de
etileno, 1,1-dicloroetano, 1,2-dicloroetileno, dioxane, etilbenzeno, ferro, metanol,
metiletilcetona, n-heptano, n-pentano, níquel, percloroetileno (tetracloroetileno), tetracloreto
de carbono, tetrahidrofurano, tricloroetileno, 1,1,2-tricloroetano e propilenoglicol, para
verificar a viabilidade da sua execução, e elaboração dos orçamentos, na sequência de
solicitação dos clientes. A maioria dos métodos de amostragens e análise eram efetuadas
de acordo com os métodos do National Institute for Ocupacional Safety (NIOSH),
constantes no NIOSH Manual of Analytical Methods.
Faziam parte das suas funções nesta área da qualidade do ar interior (locais de trabalho) a
colaboração na implementação dos métodos de amostragem e análise, a maioria das
amostragens e a elaboração de relatórios.
27
Caracterização de efluentes gasosos em fontes fixas
Esta foi a principal área, em termos de volume de trabalho, em que interveio como técnica
da Unidade de Ambiente e Laboratórios do CBE, tendo efetuado amostragens e
caracterização de efluentes gasosos em inúmeras fontes fixas de emissão, em
estabelecimentos industriais e de serviços (vide Anexo III,
ponto 8), para verificação da conformidade com a
legislação vigente. Estas amostragens incidiram sobre
exaustões de fontes de combustão que utilizavam diversos
combustíveis, abrangendo fuel (heavy fuel e light fuel),
carvão, diversos tipos de biomassa (bagaço de azeitona,
aparas de madeira, casca de pinho, serrim, etc.), gasóleo,
óleos usados, carvão, gás propano e gás natural, sobre
exaustões de processos de fabrico diversificados e também
exaustões de sistemas de aspiração.
28
Portaria nº 286/93, de 12 de março
Figura 2.9 - Principais diplomas legais utilizados para verificação do cumprimento dos VLE em fontes
fixas de emissão
Alguns destes diplomas já foram atualizados, porém essas atualizações não foram
incluídas na Figura 2.9, devido à sua entrada em vigor ser posterior ao período de trabalho
considerado e, por isso, não terem sido utilizados. Contudo é feita uma referência às
atualizações na listagem de legislação que se anexa (Anexo IV)
29
recolhidos, em solução de absorção, filtro ou saco, e analisados em laboratório, como
indicado no Quadro 2.9.
Quadro 2 9 - Parâmetros analisados e métodos de amostragem utilizados em fontes fixas, considerando
as últimas versões das normas utilizadas, e indicação do local de análise
30
Cada trabalho culminava na elaboração de um relatório que atestava o grau de
cumprimento dos VLE aplicáveis a cada fonte fixa de emissão, em concentração e caudal
mássico.
Para a realização destes trabalhos, elaborou as folhas de cálculo para o tratamento dos
dados, procedeu à implementação dos métodos de amostragem e à verificação dos
relatórios. Nos dois primeiros anos participou em todas as campanhas de amostragem; nos
anos seguintes, apenas em situações de formação, em situações de maior complexidade,
ou quando integradas em inspeções da responsabilidade da Inspeção Geral do Ambiente e
Ordenamento do Território (IGAOT).
Visa-se com este diploma, reduzir as emissões totais, provenientes das instalações
abrangidas, a uma determinada percentagem das emissões anuais de referência,
designada por objetivo de emissão, devendo o operador aplicar um plano de redução de
emissões especialmente concebido para a sua instalação, que incluísse, nomeadamente, a
redução do teor médio de solvente utilizado e/ou uma maior eficiência na utilização dos
sólidos.
31
opacímetros, em fontes fixas cujo caudal mássico de emissão de partículas ultrapassava o
limiar mássico máximo que determina a obrigatoriedade de monitorização em contínuo.
Análise de resíduos
Na área dos resíduos, referem-se apenas alguns dos trabalhos desenvolvidos, integrados
em projetos que visavam a utilização desses resíduos para fins energéticos e o apoio
técnico para seleção do destino de resíduos.
32
Nesta área dos resíduos, e relativamente aos projetos acima mencionados apenas não
participou nas determinações analíticas, embora tenha participado na definição dos
ensaios analíticos a realizar.
- Gestão de fornecedores.
Constituiu também uma das suas funções a orientação de estágios profissionais para
recém-licenciados e estágios curriculares. Os estágios curriculares orientados (ver Quadro
2.10) integraram-se no âmbito de protocolos existentes com as seguintes instituições:
33
Quadro 2. 10 - Tipo de estágios proporcionados pela unidade de ambiente do CBE, duração e indicação
do estabelecimento de ensino
Com exceção de dois dos estágios, um profissional que abrangeu toda a área de
consultoria ambiental e outro da Escola Tecnológica e Profissional de Sicó, relacionado
com as condições de higiene e segurança, os estágios tiveram como objetivo a
monitorização e caracterização de efluentes gasosos. As durações destes estágios foram
variadas, dependendo do tipo de estágio, conforme indicado no Quadro 2.10.
ELVA - Establishing Local Value Chains For Res. Heat. in Local Communities – com o
objetivo de contribuir para o desenvolvimento local da cadeia de fontes renováveis de
energia, para produção de calor transferindo o conhecimento dos países com larga
experiência neste campo (Áustria) para os países com menos experiência (Noruega,
Irlanda, Reino Unido, Portugal, Grécia e Eslovénia).
EUBIONET II – Efficient Trading of Biomass Fuels And Analysis of Fuel Supply Chains and
Business Models for Market Actors by Networking - o principal objetivo deste projeto era
incrementar o desenvolvimento dos biocombustíveis no mercado Europeu e disseminar as
inovações tecnológicas relacionadas com a bioenergia.
BIORREG – Floresta: Avaliação das Potencialidades dos Recursos Renováveis: atlas dos
resíduos da floresta e aplicação da biomassa no espaço atlântico – visando a quantificação
de resíduos florestais produzidos em Regiões do Espaço Atlântico de Portugal, Espanha,
Irlanda e Inglaterra e a aplicação de biomassa para aquecimento de pequenos edifícios e
em aquecimento centralizado (district-heating).
34
- Consultora do projeto Dinamizar do programa QIPME, programa de formação Ação do
Programa Operacional Potencial Humano (POPH), dirigido a gestores de Pequena e
Médias Empresas. Procedeu à análise e definição do enquadramento ambiental de uma
empresa do sector de ar condicionado e refrigeração, efetuando o levantamento dos
aspetos ambientais da empresa, a análise pormenorizada, em conjunto com o gestor da
empresa, dos diplomas legais mais relevantes, a verificação do cumprimento, pela
empresa, da legislação aplicável, a formação sobre sistemas de gestão ambiental e
sistemas integrados de gestão e a preparação de uma lista de tarefas necessárias para a
certificação ambiental da empresa.
35
3 Publicações e Comunicações
As publicações de divulgação pública referem-se principalmente às atividades de
investigação no DAOUA e na Portucel e ao período compreendido entre novembro de
1985 e maio de 1991. Diferenciam-se as publicações em apresentações em conferências,
congressos e seminários e em relatórios internos, distinguindo-se as seguintes:
Pereira, F.; Valente, C.; Matos, E.; Vaz, A. (1987): Compostagem de Lamas do Tratamento
Primário do efluente do Fabrico de Pasta para Papel, in 2º Encontro Nacional de
Saneamento Básico, 13 a 16 de dezembro 1997, Matosinhos, Associação Portuguesa de
Estudos para Saneamento Básico, p. 491-519.
Pereira, F.; Valente, C.; Matos, E.; Vaz, A.; Guedes, L. (1988): Tratamento de Lamas do
Tratamento Primário do Fabrico de Pasta para papel - Compostagem em Pilhas com
Arejamento Forçado, in 1ª Conferência Nacional sobre a Qualidade do Ambiente, 22 a 24
de fevereiro 1988, Aveiro, Universidade de Aveiro, Vol. 2, p. 817-827.
Pereira, F; Valente, C.; Matos, E.; Vaz, A.: Guedes, L. (1988): A Compostagem de Lamas
do Tratamento Primário da Indústria de Papel - Um caso de Estudo, in III Congresso
Ibero-Americano de Resíduos Sólidos, 26 a 29 setembro 1988, Lisboa, Laboratório
Nacional de Engenharia Civil.
Pereira, F.; Valente, C.; Matos, E.; Vaz, A.; Guedes, L. (1989): Pulp Mill Sludge
Composting, in 5th Europeean Conference Biomass for Energy and Industry, 9 a 13 de
outubro 1989, Lisboa, p. 2368-2372.
Vaz, A.; Matos, E.; Guedes, L. (1990): Estação de Compostagem de Lamas do Tratamento
Primário do Centro Fabril de Setúbal da Portucel, in IV Encontro Nacional de Saneamento
Básico, junho 1989, Aveiro.
Relatórios internos
Pereira, F.; Matos, E..; Valente, C.; Vaz, A. (1986): Compostagem de lamas do tratamento
primário de efluentes do fabrico de pasta de papel, AMB-RS-1/86, Universidade de
Aveiro.
Pereira, F.; Matos, E..; Valente, C.; Vaz, A. (1986): Compostagem de lamas primárias do
fabrico de pasta de papel: Ensaio PEA-2, AMB-RS-3/86, Universidade de Aveiro.
Pereira, F.; Matos, E..; Valente, C.; Vaz, A. (1986): Compostagem de Lamas Primárias do
Fabrico de Papel: Ensaios: PEA 3 (Efeito do agente de porosidade, AMB-RS-4/86,
Universidade de Aveiro.
36
Pereira, F.; Matos, E..; Valente, C.; Vaz, A (1986): Compostagem de Lamas Primárias do
Fabrico de Papel: Ensaios PEA 4 (Controlo de temperatura), AMB-RS-5/86, Universidade
de Aveiro.
Pereira, F.; Matos, E..; Valente, C.; Vaz, A (1987), Compostagem de Lamas Primárias do
tratamento de efluentes do fabrico de pata para papel: Ensaios PEA 6 (Efeito da altura da
pilha), AMB-RS-2/87, Universidade de Aveiro.
Foram ainda efetuados diversos relatórios técnicos, no âmbito das funções exercidas no
CBE, nas áreas de ruído, qualidade do ar, gestão ambiental e resíduos, que não
resultaram em publicações internas, mas que constituíam parte integrante do contrato com
os clientes, estando abrangidos pelas regras de confidencialidade. No Quadro 3.1
apresenta-se um resumo do tipo de relatórios técnicos efetuados.
Quadro 3 1 - Tipo de relatórios técnicos efetuados no âmbito das funções exercidas no CBE
37
4 Participação ou representações
Como membro eleito da Ordem dos Engenheiros para o colégio regional de ambiente do
centro, uma das suas tarefas consiste na apreciação de relatórios dos estágios de
candidatos a admissão, como membros efetivos desta especialidade, apresentando-se no
Quadro 4.1 uma relação dos estágios apreciados, com indicação do tipo e âmbito do
estágio.
A admissão como membro efetivo da Ordem dos Engenheiros pode configurar dois tipos
de estágio, um estágio curricular, cujo relatório reflita a atividade profissional do candidato
ao longo de pelo menos dois anos e um estágio formal, em que não é condição necessária
ter o candidato exercido atividade profissional anteriormente, devendo o estagiário
desenvolver um trabalho específico, sob orientação de um patrono.
38
Quadro 4 1 – Relação dos relatórios de estágios apreciados para admissão como membro efetivo da
Ordem dos Engenheiros
Número de estágios
Área do estágio Estágio Estágio Ano Observações / âmbito do estágio
formal curricular
Águas e águas 2 2008 Qualidade e monitorização de águas e
residuais águas residuais;
2011 Apoio técnico à atividade de exploração
Certificação 1 2011 Colaboração com os peritos qualificados
energética na emissão de certificados energéticos e
elaboração de relatórios de auditorias
energéticas
Engenharia do 1 4 2007, Atividades desenvolvidas diversificadas,
ambiente 2008, abrangendo várias áreas do ambiente
2011 como solos, água, ar, resíduos e
biodiversidade e intervenção em
instrumentos de política agroambiental;
Consultoria ambiental
Gestão 5 3 2007, Implementação do Sistema de Gestão
ambiental / 2009, Ambiental (SGA) e/ou Acompanhamento
Gestão 2010, Ambienta de Obra (AAO):
ambiental de 2011, - Sub-lanço Marinha Grande / Monte
obra 2012 Redondo da A 17;
- Linha do Norte – Troço Quintãs –
Aveiro;
- Linhas de Muito Alta Tensão (LMAT);
- Ligação CRIMA III – Ligação da EN 9 à
EN 16;
– Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro
- Obras diversas
Resíduos 2 2010 Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos
sólidos (RSU) do concelho de Aveiro - otimização
da recolha de resíduos passíveis de
valorização;
Projeto e acompanhamento de uma
unidade de compostagem.
39
5 Qualidade do ar interior
Atendendo à relevância do trabalho desenvolvido nos últimos anos na área da qualidade
do ar, incluindo a monitorização de efluentes gasosos em fontes fixas de emissão e a
avaliação da exposição a agentes poluentes em locais de trabalho, privilegiou-se, como
tema de desenvolvimento deste relatório, a qualidade do ar interior.
40
A qualidade do ar interior pode ser definida como a natureza do ar que afeta a saúde e o
bem-estar dos ocupantes de determinado espaço fechado e engloba, para além da
existência de poluentes, o nível de conforto e a perceção que cada utilizador tem da
qualidade do ar que respira (URL2).
São diversos os contaminantes do ar interior, podendo alguns deles não serem percetíveis,
como o radão. No Quadro 5.1 listam-se os contaminantes considerados no Regulamento
dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (RSECE), relacionando-os com as
suas principais fontes emissoras e/ou origem, em ambientes não industriais.
41
Quadro 5.1 - Principais contaminantes do ar interior considerados no RSECE e suas principais fontes
emissoras e/ou origem no interior
42
A importância relativa de cada uma das fontes de contaminação do ar interior é
dependente da concentração do poluente e do seu grau de perigosidade. Além disso, o
grau de libertação dos poluentes também pode variar com o tipo de fonte emissora.
Existem fontes com emissão quase contínua, como alguns ambientadores e materiais de
construção, e outras fontes, principalmente as relacionadas com certas atividades
desenvolvidas nos espaços, como limpeza com solventes, que têm libertação intermitente,
podendo as suas emissões em, determinadas situações, atingir valores de concentração
muito elevadas. Alguns dos materiais utilizados na construção e revestimentos podem
originar grandes emissões iniciais, de caráter contínuo e temporário, que vão decaindo ao
longo do tempo, incluindo-se neste grupo as tintas e vernizes.
Para além de edifícios cada vez mais fechados, o seu grau de automatismo também
aumentou. Este facto veio trazer uma generalização no recurso a sistemas forçados de
ventilação e sistemas de ar condicionado, especialmente nos edifícios de serviços.
43
Figura 5.1 – Identificação dos principais problemas na qualidade do ar interior (Santos, 2006)
Como já atrás referido os problemas de poluição do ar, ambiente e interior, são o fator
ambiental com maior impacte na saúde dos Europeus, sendo responsáveis pela maior
percentagem de doenças com causas ambientais (URL1). Acresce ainda que a qualidade
do ar no interior dos edifícios, para além de ser um dos fatores básicos no conforto dos
utilizadores, é um vetor com importante influência na saúde dos seus ocupantes.
Se por um lado a deficiente qualidade do ar interior durante curtos períodos (horas) pode
causar desconforto, diminuição da atenção e redução da capacidade de aprendizagem, por
outro, exposições prolongadas (dias e semanas) a poluentes do ar interior podem originar
sérios problemas de saúde, tais como doenças respiratórias ou alérgicas.
44
poluentes considerados no Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos
Edifícios, Decreto-lei nº 79/2008, de 4 de abril, artigo 29º, nºs 8 e 9, incluem-se parâmetros
como a humidade relativa, a temperatura e a circulação do ar, associados a situações de
desconforto ou que podem originar situações de risco para a saúde
A humidade relativa nos espaços interiores pode constituir um fator de risco para a saúde
dos seus ocupantes, uma vez que o teor de água nos espaços é um dos principais fatores
condicionantes da atividade e viabilidade de crescimento dos microrganismos. Quando
num determinado espaço, a humidade relativa atinge níveis elevados (superiores a 70%)
pode originar condensação nas superfícies interiores do edifício, favorecendo o
subsequente desenvolvimento de fungos e bolores.
Por outro lado, valores de humidade relativa num espaço interior muito baixos, inferiores a
25%, estão associados ao aumento do desconforto e à secagem das membranas mucosas
e pele, originando a formação de gretas e irritação. Também pode aumentar a electricidade
estática, o que, além de dificultar as condições de trabalho, como a utilização de
computadores, fotocopiadoras e outros equipamentos, causa ainda desconforto nos
ocupantes.
45
Quadro 5.2. – Efeitos na saúde provocados pelos principais contaminantes do ar interior considerados
no RSECE.
Poluente do ar interior e Efeitos na saúde
caraterísticas
Partículas em suspensão, Níveis excessivos de partículas podem causar reações alérgicas,
PM10 tais como olhos secos, irritações de nariz e pele, tosse, espirros e
dificuldades respiratórias. Os efeitos da exposição às partículas
do fumo do tabaco vão desde as dores de cabeça a irritações de
curta duração nos olhos, nariz e garganta, às doenças do foro
respiratórias e do coração, sobretudo nos grupos alvo mais
sensíveis, como as crianças e as pessoas idosas.
As partículas de menores dimensões apresentam maior
perigosidade, podem provocar a obstrução dos alvéolos e impedir
a função respiratória
Dióxido de Carbono (CO2) Gás não tóxico, mas que pode provocar mal-estar e, em
concentrações muito elevadas pode provocar asfixia (asfixiante
secundário por substituição do oxigénio)
Monóxido de Carbono (CO) Gás altamente tóxico, combinando-se com a hemoglobina no
sangue, reduzindo o transporte do oxigénio para as células do
corpo.
Os sintomas de exposição a níveis elevados incluem dores de
cabeça, diminuição do estado de vigília, sintomas análogos aos
da gripe, náuseas, fadiga, respiração rápida, dor no peito,
confusão, e raciocínio diminuído
Ozono (O3) Fragiliza as defesas do pulmão. É irritante para as vias aérea e
pulmões, pode causar inflamações, bronqueoconstrições e
hipersensibilidade das vias respiratórios
Formaldeído (HCHO) Irritações dos olhos, nariz e garganta, lacrimação, queimadura no
nariz, tosse, espasmos bronquiais, irritação pulmonar, dermatite,
dores de cabeça, fadiga, náuseas, vertigens, problemas de
memória e concentração e falta de ar, é considerado uma
substância carcinogénica.
Compostos orgânicos voláteis Podem provocar efeitos de curto ou longo prazo como: irritação
totais ocular, congestão nasal, rinites, dores de cabeça, perda de
coordenação motora, danos no fígado, danos no sistema nervoso
central, náuseas e vómitos, sendo alguns COV considerados
carcinogénicos
Radão Quando respirado, as partículas radioativas depositam-se nos
pulmões continuando a emitir radiação, pelo que é cancerígeno.
A sua associação com o fumo de tabaco é particularmente
perigosa. Quanto maior a concentração de radão no ar, maior é o
potencial de desenvolver cancro nos pulmões.
Contaminantes Efeitos irritantes (olhos, nariz, pele), reações alérgicas (asma,
microbiológicos (bactérias, rinite), infeções (pneumonias, tuberculose e reações tóxicas
fungos, bolores e esporos) (micotoxinas).
Legionella Febre de Pontiac e doença do Legionário
Estão incluídos no Material Particulado (PM) existente no ar, para além das partículas na
fase sólida, também os aerossóis em suspensão no ar. A classificação da matéria
particulada é baseada nas suas propriedades aerodinâmicas, uma vez que estas são
determinantes no seu transporte e remoção na atmosfera, assim como na capacidade de
46
penetração no trato respiratório (WHO, 2006). A Figura 5.2. apresenta a classificação das
partículas em função do nível de penetração no trato respiratório.
Figura 5.2 Classificação das partículas em suspensão em função do seu diâmetro e do nível de
penetração no trato respiratório (adaptado de Gameiro, 2008)
47
Reportando ao trabalho efetuado no âmbito das exposições ocupacionais, entre os
compostos orgânicos medidos com maior frequência encontram-se o formaldeído, o
benzeno, o tolueno, o etilbenzeno e o xileno (BTEX). Os BTEX, são utilizados no fabrico de
tintas, vernizes, ceras, diluentes e colas, materiais que, quando aplicados nos edifícios, se
tornam potenciais emissores de COV. O formaldeído é um dos compostos orgânicos
voláteis medido mais frequentemente no ar interior, e um dos primeiros a ter sido medido
(Valente, 2011), estando também incluído de forma individualizada no RSECE.
Associado aos problemas de saúde causados pela poluição do ar interior surgiu ainda o
termo “doença relacionada com edifícios”, definida como uma doença específica de causa
conhecida, resultante da exposição a um agente num espaço interior. Alguns exemplos
são a doença dos Legionários e a febre de Pontiac (APA, 2010).
Como efeitos imediatos incluem-se irritação ocular, irritação do nariz e garganta, dores de
cabeça, tonturas e fadiga. Estes efeitos têm geralmente curta duração e são resolúveis.
Essa resolução pode passar pela eliminação da exposição, quando identificada. Entre os
sintomas desta exposição incluem-se ainda asma, hipersensibilidade pulmonar e suores.
Como os sintomas dos efeitos imediatos à exposição de poluentes se podem assemelhar
aos de uma gripe ou virose é muitas vezes difícil relacioná-los com a exposição.
48
Estas reações dependem de vários fatores, como a idade dos ocupantes e o historial
clínico, mas também do efeito de acumulação, podendo as pessoas tornarem-se sensíveis
aos poluentes biológicos ou químicos após exposição continuada.
Os efeitos na saúde posteriores, a longo prazo, podem ocorrer após exposição prolongada,
incluem doenças respiratórias, problemas cardiovasculares e cancro e podem ser graves
ou fatais.
Sabe-se que os poluentes do ar interior causam diversos riscos para a saúde, contudo há
ainda alguma incerteza sobre as concentrações e os períodos de exposição que conduzem
a determinados problemas específicos de saúde. Contribuem para a dificuldade em
estabelecer esta relação o facto de as pessoas apresentarem reações diferentes à
exposição aos poluentes, a diversidade de poluentes existentes e as reações entre eles, a
utilização de diferentes métodos e a identificação dos sintomas, sendo necessários mais
trabalhos de investigação nesta área (URL6).
49
Com a publicação da legislação referente ao Sistema Nacional de Certificação Energética
e da Qualidade do Ar Interior nos edifícios, a verificação e salvaguarda da qualidade do ar
interior passou a estar consagrada na legislação nacional, prevendo este sistema, para
além da atribuição de uma etiqueta de desempenho energético ao edifício, o controle de
alguns parâmetros fundamentais para a garantia de uma boa qualidade do ar interior,
visando a minimização de potenciais riscos para a saúde pública e a melhoria do conforto
e da produtividade dos seus ocupantes.
5.3.1 Regulamentação
A transposição desta Diretiva para o direito interno veio integrar a medida relativa à linha
de orientação política sobre eficiência energética contemplada na Resolução do Conselho
de Ministros nº 169/2005, de 24 de outubro, que aprova a Estratégia Nacional para a
Energia, integrando também o Programa Nacional para as Alterações Climáticas,
constante na Resolução do Conselho de Ministros nº 119/2004, de 31 de julho,
nomeadamente no que respeita à medida relativa à eficiência energética nos edifícios.
Tem como principal objetivo aumentar a eficiência energética média do sector dos
edifícios, reduzindo a dependência externa da UE e contribuindo para o cumprimento dos
objetivos de Quioto.
50
DL 80/2006, de 6 de abril, que aprova o Regulamento das Características de
Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE)
Do pacote legislativo que constitui o SCE, o diploma que estabelece os requisitos para a
Qualidade do Ar Interior é o RSECE, DL 79/2006, de 6 de abril, relativo à eficiência
energética de edifícios com sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado
(AVAC).
Inclui, para além dos requisitos energéticos, no Capítulo III, e dos requisitos de qualidade
do ar, constantes do artigo 29º, um capítulo (Capítulo IV) referente aos requisitos para a
manutenção da qualidade do ar interior. Este capítulo contempla os termos da conceção
da instalação para garantia das taxas de renovação de ar, nos novos edifícios, prescreve a
metodologia de avaliação da QAI, os valores de referência adotados durante o
funcionamento dos edifícios, bem como o estabelecimento e implementação de medidas
tendentes à resolução das anomalias resultantes das auditorias periódicas, de forma a
minimizar as eventuais situações patológicas. Como parte fundamental na salvaguarda da
QAI estabelece também as condições de condução e manutenção a que devem obedecer
os sistemas de climatização.
51
transações comerciais como referido mais à frente. A verificação dos requisitos da QAI nos
edifícios abrangidos é efetuada em três fases da sua existência, que se indicam no Quadro
5.3.
Quadro 5.3 – Edifícios abrangidos pelo RSECE-QAI e tipo de intervenção para verificação dos
requisitos QAI
Para efeitos de SCE, entende-se como edifício novo um edifício cuja data de entrada do
pedido de licenciamento ou autorização de construção ou edificação na entidade
licenciadora seja posterior à data de entrada em vigor do SCE (1 de julho de 2007 ou 1 de
julho de 2008, respetivamente para edifícios com mais ou menos de 1000 m 2). Edifício
existente é o edifício cuja data de entrada do pedido de licenciamento ou autorização de
construção de edificação na entidade licenciadora seja anterior à data de entrada em vigor
do SCE (1 de julho de 2007 ou 1 de julho de 2008, respetivamente para edifícios com mais
ou menos de 1000 m 2), não necessitando estar construído nas datas referidas.
A metodologia para a verificação dos requisitos QAI é diferente de fase para fase, devendo
as auditorias serem efetuadas por um Perito Qualificado (PQ) no âmbito do Sistema de
Certificação Energética, com a valência de Qualidade do Ar Interior (PQ RSECE-QAI). O
Quadro 5.4 descreve as metodologias a seguir nas fases 1 e 2.
52
Quadro 5.4 – Metodologia para a verificação dos requisitos QAI nos edifícios novos, fases 1 e 2
53
Apenas os edifícios de serviços existentes estão sujeitos a auditorias periódicas à QAI
durante o seu funcionamento normal, e dentro destes edifícios, apenas os grandes
edifícios de serviços (GES) com climatização, com periodicidade variada em função da sua
tipologia e que é a seguinte:
A metodologia para a auditoria periódica à QAI no âmbito do SCE, está descrita numa Nota
Técnica, NT-SCE 02, e deve envolver os seguintes passos:
9 - Interpretação dos resultados das medições e caso algum parâmetro esteja acima do
valor recomendado, identificação da origem do problema, se for clara, ou indicação da
necessidade de estudos adicionais para a elaboração de um Plano de Ações Corretivas
da QAI (PAC-QAI);
10.- Análise detalhada dos registos e prática de manutenção preventiva, de acordo com o
Plano de Manutenção aprovado;
54
11- Emissão de relatório com ações corretivas e/ou preventivas.
Posteriormente deve ser efetuada nova auditoria que comprove que a QAI desse edifício
passou a estar de acordo com as concentrações máximas de referência, no prazo de 30
dias após a implementação do plano.
O PAC-QAI deve incluir, para além de todas as identificações (perito, proprietário, edifício
ou fração, certificado e técnicos responsáveis pelo funcionamento e pela manutenção dos
sistemas de AVAC), medidas para correção da(s) situação(ões) de incumprimento, tais
como:
55
num certificado energético e da QAI aquando da transação (venda ou arrendamento) do
imóvel.
Quanto aos Pequenos Edifícios de Serviços sem Climatização (PESsS) e aos PEScC que
não sejam objeto de transação comercial, sempre que haja uma reclamação ou indício de
uma situação suscetível de colocar em risco a saúde dos utentes poderá ser exigida, ao
proprietário do edifício, pelas entidades competentes, uma auditoria à QAI que evidencie
que não são ultrapassados os valores máximos das concentrações dos agentes poluentes
fixados no RSECE, não havendo para o efeito a emissão do certificado.
De acordo com a nota técnica, para o CO, relativamente aos pontos de amostragem onde,
na sequência das medições, se tenham verificado não conformidades quanto ao
cumprimento do valor do RSECE, o edifício poderá ser considerado conforme se as
excedências relativamente às concentrações máximas de referência, durante o período de
ocupação, forem de curta duração, e em doses não prejudiciais à saúde, o que deve ser
verificado através do cumprimento simultâneo de condições de concentração e períodos
máximos de ocorrência dessas concentrações (URL9). No Quadro 5.5 são apresentadas
56
as condições para verificação da conformidade do CO, em função da concentração e do
período em que essa concentração não deve ser excedida.
Concentrações
Poluente Unidade
máximas de referência
A nota técnica relativa à QAI recomenda também que cada registo de leitura, para todos os
poluentes, seja efetuado num período mínimo de 5 minutos e que o período de
57
amostragem seja representativo do perfil normal de ocupação, utilização ou funcionamento
do edifício, quando se tiverem atingido as condições de equilíbrio do período de ocupação.
Quadro 5.7 – Objetivos de QAI para escritórios e locais públicos estabelecidos e valores de
concentração de poluentes do RSECE. (adaptado de URL10)
Os valores das concentrações máximas de referência fixadas pelo RSECE são superiores,
aos valores considerados pelo Departamento de proteção ambiental de Hong Kong para
QAI da classe boa para os parâmetros radão, ozono e CO. Os valores de formaldeído
partículas em suspensão, CO2 e COV totais enquadram-se na classificação de ar de boa
qualidade e os restantes (velocidade do ar e bactérias) na categoria de excelente
qualidade.
58
Este sistema estabelece ainda valores individualizados para alguns COV, para a classe de
QAI Boa. Esses valores apresentam-se no Quadro 5.8.
Quadro 5.8 – Objetivos de QAI para os COV individualizados para a classe de QAI, Boa. (Fonte: URL10)
59
controlada, estudos ocupacionais, estudos e dados mais relevantes sobre os efeitos de
níveis baixos de exposição, nomeadamente em populações vulneráveis, e a relevância da
exposição ao ar interior, para além da cinética e metabolismo e das concentrações
habitualmente existentes no ar interior e exterior. As fontes de informação incluíram
estudos conduzidos pela OMS, International Agency for Research on Cancer (IARC) e por
algumas agèncias nacionais. O resultado do trabalho desse grupo técnico culminou na
formulação de níveis aceitáveis de exposição da população, em termos de concentração e
tempo médio de exposição, sendo esses níveis considerados como orientações ou
valores-guia. Na Figura 5.4 está representado o esquema de formulação dos valores-guia.
Identificação dos estudos e dados mais relevantes sobre os efeitos de níveis baixos de
exposição considerando:
força das evidências
população vulnerável
relevância da exposição ao ar interior
60
frequentemente existem no ar interior em concentrações que podem proporcionar um
potencial risco para a saúde, o radão e o dióxido de azoto. Refira-se que estes poluentes
refletem sobretudo a realidade em ambiente residencial, podendo não ser os mais
representativos para ambientes não residenciais, de serviços, como os consignados no
RSECE. A título de exemplo pode justificar-se a inclusão do naftaleno em ambientes
residenciais, devido à utilização de bolas anti-traça e anti-mofo e ao fumo de tabaco,
enquanto em ambientes de serviço, com a entrada em vigor da lei de proibição de fumar
em espaços interiores, as concentrações deste poluente não serão tão significativas em
muitos dos edifícios abrangidos.
Os valores estabelecidos para a maioria dos poluentes, como se baseiam nos efeitos da
toxicidade na saúde, têm frequentemente em consideração os picos e os períodos de
exposição e definem diferentes valores-guia em função da dose e do tempo de exposição.
61
Os principais efeitos do naftaleno na saúde estão relacionados com as lesões do trato
respiratório. Para evitar efeitos adversos resultantes de exposição continuada à inalação
de naftaleno e para proteção das vias áreas, a OMS estabeleceu como valor-guia 0,01
mg/m3, considerado como valor médio anual.
Com base na consistência entre a ocorrência de certos cancros nos animais e nos
humanos, principalmente o cancro do fígado, devido à exposição ao tricloroetileno e
atendendo aos estudos epidemiológicos e à possibilidade do risco de cancro no homem, a
OMS não estabeleceu limiares para a exposição ao tricloroetileno. Considerou que a
concentração de tricloroetileno no ar associada a risco de cancro de 1/10000, 1/100000 e
1/1000000 é, respetivamente, de 230, 23 e 2,3 μg/m3.
Relativamente ao tetracloroetileno não foi com base no seu efeito carcinogénico que se
estabeleceu a diretriz, uma vez que os tumores detetados nos estudos com animais não
foram considerados relevantes nos humanos e não se obtiveram indicações da
genotoxicidade do tetracloroetileno. Mesmo havendo incerteza sobre os estudos
epidemiológicos e a relevância para os humanos dos efeitos carcinogénicos nos animais,
com o objetivo de proteção da saúde é recomendado como valor-guia 0,25 mg/m3.
Para as partículas, para o ozono e para o CO2, a OMS não estabeleu ainda valores-guia
para o ar interior.
O dióxido de azoto, embora tenha sido considerado pela OMS para o estabelecimento de
valores-guia não está contemplado no RSECE, embora se preveja a sua inclusão na
revisão do diploma, em curso.
De forma simplificada, e para facilitar uma análise comparativa com a legislação sobre a
certificação energética e da QAI em Portugal, resumem-se no Quadro 5.10 os valores-guia
estabelecidas pela OMS e os valores constantes no RSECE.
62
Quadro 5.10 – Concentrações máximas de referência do RSECE e valores-guia da OMS
63
Relativamente ao estabelecimento de valores-guia, ou diretrizes por outros organismos, há
ainda a considerar o seguinte:
Exposições de 24 horas: 25 µg.m -3 para PM2.5 e 50 µg.m-3 para PM10
Longa duração: 10 µg.m-3 para PM2.5 e 50 µg.m-3 para PM10
Quadro 5. 11 - Valores-guia, propostos pela ANSES, para cada substância considerada e ano do seu
estabelecimento (adaptado de URL11).
64
No Canadá foram estabelecidas algumas linhas de orientação para garantia da QAI
residencial. Existem poluentes com dois limites de exposição, de longa duração e curta
duração. Para além dos valores limite de exposição, há indicações acerca dos períodos de
amostragem e de resolução de problemas como bolores. No Quadro 5.12 apresentam-se
essas recomendações. A duração do período de amostragem é apresentada entre
parêntesis retos.
A Occupational Safety & Health Administration (OSHA) não estabeleceu valor-guia para os
COV, no seu conjunto, em ambientes não industriais. Contudo, considera o formaldeído
como carcinogénico estabelecendo um nível permissível de concentração (PEL) de 75 ppm
e um nível de ação de 0,5 ppm (URL13), valor superior ao valor do RSECE (0,08 ppm).
65
Quadro 5.13 – Valores-guia da OMS, linhas orientadoras estabelecidas em França e Canadá e níveis de concentração da OSHA e concentrações máximas
de referência do RSECE
Concentrações
Nível permissível de
Poluente do ar Valores limite de exposição máximas
Unidade Valores-guia da OMS Valores estabelecidos pela ANSES concentração (PEL) e
interior recomendados no Canadá admissíveis
nível de ação da OSHA
RSCE
100 (15 minutos) 100 (15 minutos)
Monóxido de 3 35 (1 hora) 60 (30 minutos) 11,5 (24 horas)
mg/m 12,5
Carbono (CO) 10 (8 horas) 30 (1 hora) 28,6 (1 hora)
7 (24 horas) 10 (8 horas)
Formaldeído 0,05 (2 horas) 0,123 (1 hora) PEL – 93,8
mg/m3 0,1 (30 minutos) 0,1
(HCHO) 0,01 (> 1 ano) 0,05 (8 horas) Nível de ação – 0,6
3
COV totais mg/m 0,6
30 (1 a 14 dias)
20 (14 dias a 1 ano)
Benzeno µg/m3 mínimo possível
10 (> 1 ano)
2 a 20 (vida inteira)**
Naftaleno mg/m3 0,01 (média anual) 0,01 (> 1 ano)
PAH mínimo possível
800 (14 dias a 1 ano)
Tricloroetileno µg/m3 mínimo possível
2 a 20 (vida inteira)**
1380 (1 a 14 dias)
Tetracloroetileno µg/m3 0,25 20 (> 1 ano)
15 (8 hora)
Tolueno mg/m³
2,3 (24 horas)
Radão Bq/m3 100 / 300 400*
PM2.5:
Partículas em PM2.5 - 25; PM10 - 50 (24 horas)***
µg/m3 100 (1 hora) 150
suspensão PM2.5 – 10; PM10 – 50 (longa duração)***
40 (24 horas)
Ozono (O3) µg/m3 40 (8 horas) 200
Dióxido de carbono 3
mg/m 1800
(CO2)
Dióxido de azoto 200 (1 hora) 100 (24 horas)
µg/m3
(NO2) 40 (1 ano) 480 (1 hora)
* - A sua pesquisa apenas é obrigatória em edifícios construídos em zonas graníticas, nomeadamente nos distritos de Braga, Vila Real, Porto, Guarda, Viseu e Castelo;
** - Dependendo do nível de risco;
*** - Valores recomendados
66
Não foram incluidos nesta análise comparativa os objetivos de QAI para escritórios e
locais públicos considerados pelo Centro de informação do Departamento de proteção
ambiental de Hong Kong, por não se tratarem de valores limite ou valores-guia para
poluente no ar interior.
De forma a considerar uma visão integrada da proteção da saúde pública contra os efeitos
adversos da exposição aos poluentes existentes no ar interior, apesar da ênfase na
qualidade do ar interior nos edifícios, no âmbito do sistema nacional de certificação
energética e da qualidade do ar interior, inclui-se neste capítulo uma ligeira abordagem à
qualidade do ar interior em ambientes ocupacionais, baseada fundamentalmente na
indicação dos valores limite de emissão recomendados.
67
Para além da norma acima referida, existe legislação nacional para alguns poluentes,
nomeadamente para algumas substâncias carcinogénicas, resultante da transposição para
direito interno de diversas diretivas europeias:
68
Quadro 5.15 – Valores limite de exposição em ambientes ocupacionais, não industriais e valores do
RSECE
Agente contaminante Unidade VLE VLE- VLE- Efeito na saúde, que Valores
(8h) / CD CM fundamentou o VLE, do
MP segundo a NP 1796 RSECE
Poeiras de algodão em 3 Doença do pulmão,
mg/m 0,2
bruto** bissinose
(1) 3 Fibrose pulmonar,
Carvão (poeiras) mg/m 0,4
função pulmonar
3
Cimento Portland** mg/m 10 Irritação, dermatose
3 Asma, função
Partículas de farinha** mg/m 0,5
pulmonar, bronquite
Partículas Cancro, irritação, 0,15
3
Pó de madeiras duras mg/m 1 mucostase,
dermatose
3 Irritação, dermatose,
Pó de madeiras macias mg/m 5
pulmão
3 Irritação, bronquite,
Poeiras de cereais mg/m 4
função pulmonar
1 3
Partículas insolúveis( ) mg/m 3 Pulmão
69
5.5 Observações ao RSECE
5.5.1 Ventilação
Contudo, esta incompatibilidade entre eficiência energética e QAI não está associada
apenas aos sistemas com ventilação forçada, consumidores de energia, pode estar
também associada a sistemas com ventilação natural, que não necessitando consumir
energia para o suprimento das taxas de renovação, podem necessitar de maiores gastos
energéticos para o aquecimento e arrefecimento das instalações .
70
interior, constituindo um maior risco para o projetista. Apesar do grau de incerteza
relativamente ao resultado final ser maior (Gameiro, 2010), pode trazer vantagens
económicas, energéticas e ambientais, levando a uma instalação menos onerosa em
termos de operação, instalação e manutenção e com menores consumos energéticos.
Sempre que a única opção de ventilação viável seja o recurso a sistemas de ventilação
exclusivamente mecânicos é necessário estabelecer um equilíbrio e considerar as
diferentes necessidades de renovação de ar para remoção de poluentes e garantia da QAI
e para efeitos de melhoria da eficiência energética, verificando a possibilidade de contribuir
para a melhoria da eficiência energética através de outros mecanismos que compensem
os dispêndios de energia com a ventilação.
71
Dos edifícios de serviços existentes, desde que não sejam alvo de transação comercial e /
ou reclamação apenas os GES (com área útil superior a 1.000 m 2, ou 500 m2 no caso de
centros comerciais, supermercados, hipermercados e piscinas aquecidas cobertas) estão
sujeitos à obrigatoriedade de efetuar auditorias periódicas à QAI. Atendendo às
caraterísticas do parque imobiliário, relativo aos edifícios de serviços em Portugal,
constata-se que existem muitos edifícios como creches, escolas, apesar da tendência para
os grandes agrupamentos escolares, centros de saúde, clínicas, etc., alguns deles com
grandes taxas de ocupação, com períodos de permanência dos ocupantes muito elevados
(podendo atingir 12 horas diárias, nalgumas escolas) e destinados a grupos que são
particularmente vulneráveis, devido ao seu estado de saúde e/ou idade. É por isso
desejável avaliar periódica e sistematicamente a qualidade do ar interior, antes que surjam
problemas de saúde pública, otimizando o balanço entre funcionamento dos equipamentos
de ventilação, a saúde e o conforto dos ocupantes.
Nesta perspetiva é fundamental, sempre que possível, não optar por soluções de
ventilação exclusivamente mecânicas, privilegiando a opção por soluções de ventilação
natural ou híbrida. Quando as soluções adotadas envolvem a instalação de sistemas
mecânicos de ventilação é necessário evitar o recurso a sistemas complexos de
ventilação, frequentemente com consumos energéticos mais intensivos, difíceis de operar
e de manter, e, por isso, podendo potenciar maiores riscos para a QAI.
72
perdas energéticas mas, por outro lado, poderão originar problemas de saúde dos
ocupantes, quer por disseminação de infeções, quer por necessitarem dos equipamentos
sempre em funcionamento, o que poderá ser impossível em caso de falhas de energia.
73
6 Considerações finais
Mais recentemente tem atuado como consultora na área de gestão ambiental, qualidade
do ar e resíduos, sendo também responsável por algumas ações de formação em gestão
ambiental.
74
Com a entrada em vigor do Regulamento para a certificação energética e da qualidade do
ar interior, decreto-lei nº 78/2006, de 4 de Abril, e tendo em consideração a experiência
adquirida na área da qualidade do ar, frequentou com êxito a formação como perito
qualificado na vertente de qualidade do ar interior. O trabalho que desenvolveu neste
relatório profissional baseia-se precisamente nesta atividade mais recente.
75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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do Ambiente.
EEA (2011): Air quality in Europe, European Environment Agency, EEA Technical report Nº
12/2011, pp 1725-2237.
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for composting wastewater sludge, in Journal Water. Pollution Control Federation, 48 (4),
p.688-94.
Finestein, M.; Cirello, J.; et al, (1980): Discussion, in Journal Water Pollution Control
Federation, Vol. 52, nº 7.
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Health Organizatiom, Copenhaga.
Haug, R. (1980): Compost engineering principles and practices, Ann Arbor Science.
NIOSH Manual of Analytical Methods (2004), National Institute for Ocupacional Safety.
76
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químicos, junho 2004
Pereira, F.; Valente, C.; Matos, E.; Vaz, A.; Guedes, L. (1988): Tratamento de Lamas do
Tratamento Primário do Fabrico de Pasta para papel - Compostagem em Pilhas com
Arejamento Forçado, in 1ª Conferência Nacional sobre a Qualidade do Ambiente, 22 a 24
de fevereiro 1988, Aveiro, Universidade de Aveiro, Vol. 2, p. 817-827.
Vaz, A.; Matos, E.; Guedes, L. (1990): Estação de Compostagem de Lamas do Tratamento
Primário do Centro Fabril de Setúbal da Portucel, in IV Encontro Nacional de Saneamento
Básico, junho 1989, Aveiro.
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review of health aspects of air pollution in Europe, Copenhaga: World Health
Organization.
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Office for Europe, World Health Organization, ISBN 92 890 2192 6.
WHO (2009a) - WHO guidelines for indoor air quality: dampness and mould; Copenhaga,
World Health Organization, ISBN 978 92 890 4168 3.
WHO (2009b): Handbook on indoor radon: a public health perspective (2009). Geneva,
World Health Organization, ISBN 978 92 4 154767 3.
WHO (2010): WHO guidelines for indoor air quality, selected pollutants, Copenhaga, WHO
Regional Office for Europe, World Health Organization, ISBN 978 92 890 0213 4.
77
Sítio na internet consultados
URL1 – WHO: Development of WHO Guidelines for Indoor Air Quality, Bona, World Health
Organization, Report on a Working Group Meeting, EUR/05/5067585, WHO Regional
Office for Europe, World Health Organization, 23-24 October 2006, consultado em março
de 2012, disponível na internet: <URL: www.euro.who.int.
URL5 - Efa Thade Report, 2004, European Federation of Alllery and Arway Diseases
Patients Associations, consultado em março de 2012, disponível em www.efanet.org/.
URL8 - Adene, Agência de Energia: Perguntas & Respostas Regulamento dos Sistemas
Energéticos de Climatização em Edifícios – Qualidade do Ar Interior, versão 2.0, maio
2011, consultado em abril 2012, disponível na internet: <URL: www.adene.pt.
URL10 - Hong Kong Special Administrative Region Government, A Guide on Indoor Air
Quality Certification Scheme for Offices and Public Places, The Government of the Hong
Kong Special Administrative Region, Indoor Air Quality Management Group, September
2003, consultado em abril 2012, disponível na internet: <URL:http://www.iaq.gov.hk.
78
Anexos
Anexo I
Participações em workshops, seminários, congressos, conferências e
cursos
Anexo II
Exemplar de folheto de divulgação de atividades da unidade de
ambiente e laboratórios do CBE
Anexo III
Listagem dos principais trabalhos realizados no âmbito das funções
exercidas no CBE
Anexo IV
Documentos legislativos consultados e utilizados - índice descritivo
Anexo V
Estrutura de um relatório de caracterização da situação ambiental
Anexo VI
Índice de relatório de avaliação da exposição dos trabalhadores ao
ruído durante o trabalho
79
Anexo I
Participações em workshops, seminários, congressos,
conferências e cursos
1989 5th European Conference Biomass for Energy and Industry, 9 a 13 de outubro,
Lisboa;
80
2002 Workshop “Experiências e Potencialidades da Digestão Anaeróbia na Europa”,
CBE, Miranda do Corvo, 18 e 19 de abril;
1994 Curso de Ruído Industrial, 1994, Bruel & Kjaer Portugal, Alfragide, Lisboa, 20 e 21
setembro
1995 Curso de Ruído Ambiental, Bruel & Kjaer Portugal, Alfragide, Lisboa, 11 e 12 de
abril;
81
2003 Curso de Gestão Integrada da Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança no
Trabalho (150 horas), Significado, Coimbra, outubro a dezembro;
2005 Curso de Auditorias a Laboratórios (49 horas), Relacre, Coimbra, 22, 23, 26, 27, 28,
29 e 30 de setembro;
2006 Curso de Higiene e Segurança no trabalho (12 horas), CBE, Miranda do Corvo, 24
de novembro a 7 de dezembro;
2008 Formação para Perito Qualificado RSECE-QAI - Módulo técnico RSECE – QAI,
Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios – vertente
Qualidade do Ar Interior, (28 horas), FCTUC - DEM, Coimbra, 15, 16, 22 e 23 de
fevereiro;
2009 Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores (100 horas), FDTI, Coimbra,
de 3 de agosto a 4 de setembro;
82
Anexo II
Exemplar de folheto de divulgação de atividades da unidade de
ambiente e laboratórios do CBE
83
84
Anexo III
Listagem dos principais trabalhos realizados no âmbito das
funções exercidas no CBE
1. Diagnósticos ambientais
85
▪ C. M. Praça de Almeida, Lda. - Oliveira de Azeméis;
▪ CAIACA – Cooperativa Abastecedora dos Industriais de Alimentos Compostos Para
Animais – Coimbra;
▪ Carlos de Castro Sousa – Gondomar;
▪ Carlos Vieira & Cª, Lda. - Vila do Conde;
▪ Carpintaria Mecânica Fernandes – Lousã;
▪ Castanheira & Dantas, Lda. – S. Martinho (Galegos) - Barcelos;
▪ Ciência Gráfica - Artes Gráficas, Lda. – Lisboa;
▪ Clipinho - Vila Chã – Vila do Conde;
▪ CONFAX - Malhas e Confecções, Lda. – Guimarães;
▪ David Santos Poças & Filhos, Lda. – Gondomar;
▪ Decalarte, Lda. – Vagos;
▪ Duarte & Oliveira, Lda. – Penacova;
▪ Egrapu – Artes Gráficas e Publicidade, Lda. – Pombal;
▪ Eugénio de Sousa Vieira – Gondomar;
▪ EuroRalex - Ralex Confecções, Lda. - Carregal do Sal;
▪ Fábrica de Pastelaria e Confeitaria Ideal Malveirense, Lda. – Malveira;
▪ Fapsur – Sociedade Industrial de Malhas, S.A. – Soure;
▪ Faria & Irmãos, Lda. – Braga;
▪ Fernando José Rodrigues Garcez – Paredes;
▪ Ferreira & Pinto, Lda. – Braga;
▪ GINT Consultores, Lda. – Matosinhos;
▪ Glassarte Decorações - Sociedade Unipessoal – Mem Martins;
▪ Irmade – Indústrias de Revestimentos de Madeira, S.A.- Ourém;
▪ Irmãos Cadimas, Lda. – Leiria;
▪ Jaime Queirós & Ribeiros, Lda. – Espadanedo – Cinfães;
▪ Joaquim Batista de Freitas - Caldas de S. Jorge;
▪ José António Carvalho Pinheiro, Lda. – Lousã;
▪ José Pereira Carnide, Herdeiros, Lda. - Paranhos da Beira;
▪ Lamap – Lamelados de Madeira de Pinho, Lda. – Mortágua;
▪ Losamar - Lopes, Santos e Marques, Lda. –
▪ Luís Martins Catarino & Filhos, Lda. - Proença a Nova;
▪ M. Loureiro da Silva & Filhos, Lda. – Rebordosa;
▪ Manuel da Silva Sala & Filhos, Lda. – Gondomar;
▪ Manuel Dias & Filhos, Lda – Lousã;
▪ Manuel Monteiro Pereira – Castro Daire;
▪ Marques & Costa, Lda – Esposende;
▪ Mediconfex – Confecções, Lda – Monção;
▪ MELF - Indústria e Exportação de Mobiliários, Lda – Rebordosa;
▪ Metalização Moreiras & Oliveira, Lda - Vila Nova de Famalicão;
▪ Mundial de Cortiças, Lda – Lourosa;
86
▪ Pinumadeira – Comercialização e Transformação de Madeiras, Lda – Pontão – Avelar;
▪ ROTAL - Sociedade de Madeiras Rodrigues e Tavares, Lda – Oliveira de Azeméis;
▪ Santos & Ferreiras - Grocinas – Penela;
▪ Serração Bairrista, Lda - Castelo de Paiva;
▪ Serração Central de Santa Marta - Vila Meã – Amarante;
▪ Silva & Vales, Lda – Castelo de Paiva;
▪ Sociedade de Madeiras do Vouga - Albergaria a Velha;
▪ Sousa Silva & Babo – Amarante;
▪ Varinco - Ferragens, Lda – Gueifães;
▪ Vaz Gomes & Amaral – Sátão;
▪ VEMIGOD Consultadoria, Lda - Dep. Estudos e Projectos – Lisboa;
▪ Vetagri Alimentar, S.A. – Cantanhede;
87
5. Avaliação da incomodidade ao ruído
88
▪ Irsil – Silva & Irmãos, Lda- Oliveira do Hospital
▪ J.A.P. Ferramentas Agrícolas e Cutelarias, Lda – Lousã
▪ José Carlos Santos Pais - Miranda do Corvo
▪ KERAMUS – Produtos Cerâmicos, Lda - Condeixa
▪ Leca Portugal - Argilas Expandidas, Ldª – Avelar
▪ LECOMAD – Portas e Derivados de Madeira, Lda - Carregal do Sal
▪ Macropeças – Recuperação de Peças, Lda - Vila Nova de Poiares
▪ Madeicosta, Indústria e Derivados de Madeira, Lda - Sever do Vouga
▪ Manuel Dias & Filhos, Lda - Miranda do Corvo
▪ Mármores e Estores Vidal & Vidal, Lda – Góis
▪ Miguel Muns Py – Têxtil, S.A. - Vila Nova de Gaia
▪ Miran-arte - Cerâmica Artística de Miranda, Lda - Miranda do Corvo
▪ Nemoto Portugal - Química Fina Lda. – Pombal
▪ Nurite – Indústria e Componentes de Madeira, Lda - Costa do Valado
▪ Offsetarte – Artes Gráficas, Lda - Figueira da Foz
▪ Pedro Santos & Filhos, Lda - Sever do Vouga
▪ Santos & Ferreira, Lda - Grocinas - Penela
▪ Santos & Morais, Lda - Condeixa
▪ Sasel – Sociedade de àguas da Serra da Estrela - Gouveia
▪ Socer – Sociedade Central de Resinas, S.A. – Pombal
▪ Tornomoita, Tornearia de Granitos da Moita, Lda – Tábua
89
▪ Fucoli Somepal – Fundição de Ferro, S.A. – Coimbra (partículas totais, SO2, CO e NOx);
▪ Gist Brocades – Matosinhos (COV totais);
▪ Iberonurite – Indústria de Madeiras, S.A – Costa do Valado – Aveiro – (xileno e tolueno);
▪ Johnson Controls de Portugal – Nelas (partículas totais);
▪ Lecomad,- Portas e Derivados de Madeira, Lda - Carregal do Sal (partículas totais e COV
totais);
▪ Lusaico - Indústria Cerâmica, Lda - Torre de Vilela – Coimbra (partículas totais e sílica);
▪ Miguel Muns Py – Têxtil, S.A. - Vila Nova de Gaia (particulas totais);
▪ Nemoto Portugal – Química Fina, Lda – Pombal (partículas totais, CO, álcool isopropílico,
cobre. óxidos de alumínio e óxidos de zinco);
▪ Nurite – Indústria e Componentes de Madeira, Lda - Costa do Valado (partículas totais,
xileno, crómio e tolueno);
▪ Obe & Carmen, Lda – Águeda (partículas totais e COV – estireno);
▪ Poceram – Produtos Cerâmicos, S.A – Cernache – Coimbra (partículas totais e sílica);
▪ Rechapal, S.A. – Alvaiázere – (xileno, tolueno, hexano, partículas, COV, temperatura e
humidade relativa);
▪ Santosil - Carpintaria Mecânica, Lda - Ermida – Lixa (partículas totais e COV totais);
▪ Secil Martingança – Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, Lda - Maceira
Liz (partículas totais e sílica);
▪ Segurambiente, Lda – Coimbra (partículas totais);
▪ Selenis – Indústria de Polímeros, S.A.- Portalegre (partículas totais);
▪ Socer – Sociedade Central de Resinas, S.A. – Ermesinde (partículas, tolueno e xileno);
▪ Socer – Sociedade Central de Resinas, S.A. – Pombal (partículas e COV totais);
▪ Sociedade de Porcelanas – Coimbra (partículas totais e sílica).
8. Efluentes gasosos
90
▪ Condomínio do Edifício Forum Coimbra – Coimbra
▪ IRIS - Móveis Metálicos, Lda – Águeda;
▪ Lusomaple Iris - Mobiliário de Eritório, Lda – Águeda;
▪ MATIBOM - Matadouro e Indústrias de Carnes, Lda –
Pinhel;
▪ Ribeiro & Guimarães, Lda - S. Romão;
▪ Sociedade Têxtil Manuel Carvalho, Lda - S. Romão
Partículas totais em suspensão ▪ António Joaquim da Graça Mirador – Cabrela;
▪ Maguin Promill – França (Jomar);
▪ Sociedade Europeia de Arroz - SEAR, S.A. - Santiago
do Cacém
Partículas totais em suspensão e ▪ Aventis Cropscience Portugal, Lda – Cacém;
COV totais ▪ Basmold – Molduras e Componentes de Madeira, Lda
- Carregal do Sal;
▪ Bulhosas, Irmãos, S.A.- S. João da Madeira;
▪ Fitoquímica – Produtos para a Agricultura – Cacém;
▪ Fitoquímica – Produtos para a Agricultura – Cartaxo;
▪ LECOMAD – Portas e Derivados de Madeira, Lda -
Carregal do Sal;
▪ Selenis Ambiente, S.A. – Portalegre
Partículas totais em suspensão, ▪ FBO Consultores – Lisboa:
óxidos de azoto, e COV totais Aterro de Santa Iria da Azóia
Partículas totais em suspensão, ▪ Amílcar Fernandes da Silva - Caceira de Baixo -
óxidos de azoto, monóxido de Figueira da Foz
carbono e COV totais ▪ António Manuel Veigas Branco - Casal Comba
▪ AREAC - Agência Regional de Energia e Ambiente do
Centro (Piscinas Municipais de Poiares e de Miranda
do Corvo)
▪ Artenius Portugal - Portalegre
▪ ASD – Indústria de Banheiras Acrílicas e Cabines de
Hidromassagem, Lda – Águeda;
▪ Brites, Oliveira & Nogueira – Águeda;
▪ C. M. Praça de Almeida, Lda - Oliveira de Azeméis
▪ Carbovegetal, Lda – Ourém
▪ Carpinhal - Indústria Transformadora de Carnes da
Zona do Pinhal, Lda - Vale da Urra - Vila de Rei
▪ Churrasqueiras Rei dos Frangos, Lda – Leiria;
▪ Decalarte – Decalques Artísticos, Lda – Vagos
▪ Euromadeira – Empresa de Madeiras Industriais, Lda
– Coja;
▪ Fábrica de Alimentos Guadiana, Lda – Moura;
▪ FEB - Fábricas Estrela da Beira Indústrias do Café,
S.A. – Coimbra;
▪ Health Club Portugal - Figueira da Foz;
▪ Horácio de Almeida Pina & Filhos, Lda - Fornos de
Algodres;
▪ Hospital de Santa Luzia – Elvas;
▪ Hospital Doutor José Maria Grande – Portalegre;
▪ IDIT – Instituto de Desenvolvimento e Inovação
91
Tecnológica - IDIT/DAP - Santa Maria da Feira (Philips
Portuguesa, S.A., Amorim Revestimentos, S.A.,
Portocorck, Vinocor, Champcorck, Hélio Têxtil e HUF
Portuguesa, Lda);
▪ IMPERALUM – Sociedade Comercial de
Revestimentos e Impermeabilizações, S.A. – Montijo;
▪ INCARCENTRO – Indústria de Carnes do Centro, Lda
- Vila de Rei;
▪ INCARPO – Indústria e Comércio de Carnes, S.A. -
Condeixa a Nova;
▪ Indústria de Lacticínios Lactisér, Lda - Vendas de
Galizes - Oliveira do Hospital;
▪ Jorge Pedrosa Ramos & Filhos, Lda – Guia;
▪ LABIALFARMA – Laboratório de Biologia Alimentar e
Farmacêutica, Lda - Felgueira – Mortágua;
▪ Lacticínios Carreia & Barreiras, Lda - Santa Eulália –
Seia;
▪ LEAL MENA - Mobiliário e Decorações, Lda – Anadia;
▪ Leopoldino Freitas & Filhos - Formigais – Ourém;
▪ Lindo & Moreira dos Santos, Lda – Mealhada;
▪ MOVICOIMBRA - Móveis e Marcenaria de Coimbra,
Lda – Lousã;
▪ PALSER - Paletes da Sertã, Lda – Sertã;
▪ Panicosta, Lda – Tábua;
▪ Parceria de Azeites, S.A. – Crato;
▪ Preditécnica – Indústria e Comércio de Azeite, Lda –
Montalvão;
▪ PROBAR – Companhia de Produtos Alimentares
Barreiros, S.A. – Cernache;
▪ PROENSAL – Projectos de Engenharia de Segurança,
Lda - Vila Nova de Famalicão;
▪ Prorresina - Produtos Resinosos, Lda. – Alvares;
▪ Recauchutagem Guiense – Guia;
▪ Salsicharia Soares & Damião, Lda - Vilarinho do Alva;
▪ Selenis Energia, S.A. – Portalegre;
▪ Selenis Fibras, S.A. – Portalegre;
▪ Selenis – Indústria de Polímeros, S.A. – Portalegre;
▪ Supertalho Martins - Vinha da Rainha – Soure
Partículas totais em suspensão, ▪ Ancosi - Indústrias Metalúrgicas, Lda - Mourisca do
óxidos de azoto, monóxido de Vouga – Águeda
carbono, COV totais e metais ▪ Andel – Indústria de Ferragens, S.A. – Águeda
▪ Anodil - Extrusão e Distribuição de Alumínios, S.A. –
Cacém
▪ Anodipol- Anodização e Coloração de Alumínios de
Pombal, Lda – Pombal
Aramague - Fábrica de Artigos em Arame, Lda –
Águeda
▪ Camag - Indústria de Ferragens de Águeda, Lda –
Águeda;
92
▪ ECOLOGAL – Produtos Químicos e Equipamentos,
Lda – Fermentelos (Metalúrgica de Lourosa, Trougal,
JVAL, MAP);
▪ EMEF, S.A. – Manutenção de Material de Oeiras –
Oeiras;
▪ Empresa Ciclista Miralago, SA – Águeda;
▪ ESMALTINA - Auto-ciclos, S.A. – Sangalhos;
▪ FEJOSAL – Fábrica de Ferragens, S.A. – Águeda;
▪ Iberonurite – Indústria de Madeiras, S.A. - Costa do
Valado;
▪ LEA – Laboratório de Ensaios da Abimota – Águeda
(IRBAL e MIL);
▪Inferlar – Indústria de Ferragens, Lda – Águeda;
▪ MECAL - Metalúrgica Central de Águeda, Lda;
▪ Miranda & Irmão, Lda – Águeda Lda;
▪ N. BIGOTTE, Lda – Leiria nas empresas Sociedade
Têxteis Moinhos Velhos, Smulders e Madifoz Lda;
▪ Nurite – Indústria e Componentes de Madeira, Lda -
Costa do Valado;
▪ SAPA ANODIL, S.A. – Cacém;
▪ SAPA Portugal - Extrusão e Distribuição de Alumínio,
S.A. – Avintes;
▪ SAPA Portugal - Extrusão e Distribuição de Alumínio,
S.A. – Cacém
Partículas totais em suspensão, ▪ FBO Consultores – Lisboa:
óxidos de azoto, dióxido de Espequímica;
enxofre, monóxido de carbono e Inchemica
trióxido de enxofre
Partículas totais em suspensão, ▪ Carvalhos, Lda – Lousã;
óxidos de azoto, monóxido de ▪ Centralcer - Central de Cervejas, S.A. – Coimbra;
carbono e dióxido de enxofre ▪ Domingos Martins da Silva e Maria do Carmo Vieira
Mendes - Creixomil – Guimarães;
▪ Fábrica de Papel da Matrena – Santa Cita - Tomar;
▪ Fábrica de Papel de Porto de Cavaleiros – Tomar;
▪ FBO Consultores - Lisboa (Hikma Farmacêutica);
▪ Hoechst Fibras, S.A. – Portalegre;
▪ IPT – Indústria de Papéis de Tomar – Tomar;
▪ Irmade – Indústrias de Revestimentos de Madeira,
S.A.- Ourém;
▪ Tecninvest – Lisboa (Hoechst Fibras e Sicromóvel)
Partículas totais em suspensão, ▪ Companhia de Papel do Prado, S.A. – Lousã
óxidos de azoto, monóxido de ▪ Companhia de Papel do Prado, S.A. – Tomar;
carbono, dióxido de enxofre e ▪ Companhia Térmica Compal, ACE – Almeirim;
COV totais ▪ Construções Júlio Lopes - Abiul – Pombal;
▪ Construtora do Lena, S.A.- Foros de Benfica;
▪ Ecosocer – Recuperação de Solventes e Resíduos,
Lda – Pombal;
▪ ENERCAIMA – Produção de Energia, S.A. –
Matosinhos;
93
▪ Fabrióleo – Fábrica de Óleos Vegetais, Lda - Torres
Novas;
▪ F.C.L.: Ferreira & Cª, Lda – Águeda;
▪ GINADO, S.A. - Produção e Comercialização de
Têxteis – Tondela;
▪ Gist Brocades – Matosinhos;
▪ IFM – Indústria Transformadora de Fibras de Madeira,
S.A. – Tomar;
▪ INDUCENTRO - Equipamento e Controlo Industrial de
Centro, Lda – Taveiro (Socibar - Barreiros & Coutinho,
Lda, Sasel, Farmolabor, Proar e Sumolis);
▪ Labesfal - Laboratórios Almiro, S.A. - Campo de
Besteiros;
▪ Lacticínios Progresso do Mileu, Lda;
▪ Madibéria – Transformação e Comércio de Madeiras,
Lda – Nelas;
▪ Nares Resinas Naturais - Montemor - o – Velho;
▪ Renova - Fábrica de Papel do Almonda, S.A. - Torres
Novas;
▪ Sacramento Têxteis, S.A. – Delães;
▪ Socer - Comércio e Indústria de Resinas, S.A. –
Pombal;
▪ Socer – Sociedade Central de Resinas, S.A. – Pombal;
▪ Trevira Fibras, S.A.- Portalegre;
Partículas totais em suspensão, ▪ Centro de Saúde de Seia
óxidos de azoto, monóxido de ▪ Cidacel, S.A. – Lousã;
carbono, dióxido de enxofre, COV ▪ COFISA - Conservas de Peixe da Figueira, S.A. -
totais e metais Figueira da Foz
▪ Fucoli – Fundição Conimbricense, S.A. – Coimbra;
▪ Fucoli – Fundição de Ferro, S.A. – Coimbra;
▪ Fucoli – Fundição de Ferro, S.A. – Pampilhosa;
▪ Gelgurte - Indústrias Alimentares, Lda – Guarda;
▪ Henrique da Piedade Matos, Lda - Vila Nova de
Poiares;
▪ Isidoro Correia da Silva, Lda – Penela;
▪ Lactibar - Lacticínios do Sabugal, S.A. - Rendo –
Sabugal;
▪ LenaAgregados, S.A. – Fundão;
▪ Marques, S.A. - Marques, S.A.;
▪ Matadouro Regional da Beira Serra, S.A. - Chamusca
da Beira;
▪ Rechapal – Sociedade de Rechapagem e
Recauchutagem de Avaiázere, S.A. – Alvaiázere;
▪ Sociedade de Ferragens MINI MOLA, Lda. - Rio Meão;
▪ UNITEFI – Indústrias têxteis da Figueira, S.A. -
Figueira da Foz
Partículas totais em suspensão, ▪ Caima - Empresa de Celulose, S.A. – Constância;
óxidos de azoto, dióxido de ▪ Portucel Tejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. –
enxofre, monóxido de carbono e Vila Velha de Rodão;
94
sulfureto de hidrogénio ▪ Portucel Viana – Empresa Produtora de Papéis
Industriais, S.A.
Partículas totais em suspensão, ▪ Indústrias Jomar - Madeiras e Derivados, S.A. –
óxidos de azoto, dióxido de Matosinhos
enxofre, monóxido de carbono,
COV totais e formaldeído
Partículas totais em suspensão, ▪ António Simões & Filhos, Lda – Miranda do Corvo
óxidos de azoto, dióxido de ▪ Cerâmica de Ferreirós, Lda – Águeda;
enxofre, monóxido de carbono e ▪ Cerâmica de São Paulo – Carregado;
compostos inorgânicos de flúor ▪ Cerâmica Estrela do Pontão - Pontão – Avelar;
▪ Cerâmica Progresso da Lagoa, Lda - Barracão –
Leiria;
▪ Ceres – Fornos – Coimbra (partículas totais em
suspensão, óxidos de azoto, dióxido de enxofre,
monóxido de carbono, metais e compostos inorgânicos
de flúor);
▪ Cipal – Cerâmica Industrial Pombalense, Lda –
Pelariga – Pombal;
▪ Luso - Telha - Cerâmica de Telhas e Tijolos de
Águeda, Lda – Águeda;
▪ LUZALVA - Fábrica de Candeeiros de Cerâmica, Lda –
Góis;
▪ Preceram - Indústria de Construções S.A. – Pombal;
▪ Prefotal - Construções Pré-fabricadas, Lda - Avenal -
Caldas da Rainha;
▪ Ricel - Indústria de Pré-fabricados de Betão e
Cerâmica, Lda - Porto de Mós;
▪ Tecninvest – Lisboa (Alberto Horta & Irmãos, Faiamor
e Barrarte);
Partículas totais em suspensão, ▪ Inspecção Geral do Ambiente:
óxidos de azoto, dióxido de Celbi,
enxofre, monóxido de carbono, Caima,
COV totais e sulfureto de Portucel Industrial – Setúbal
hidrogénio Portucel Viana
Soporcel
Partículas totais em suspensão, ▪ CTCV – Coimbra:
óxidos de azoto, dióxido de Porcelanas da Quinta Nova;
enxofre, monóxido de carbono, Faianças Raul da Bernarda;
compostos inorgânicos de flúor e Ceralfa;
metais António Simões & Filhos, Lda;
J. Umbelino da Silva Monteiro, S.A;
▪ GRESPOR – Fábrica de Grés Porcelânico, S.A. –
Anadia;
▪ Leca Portugal - Argilas Expandidas, Ldª – Avelar;
▪ LUSOGRÉS - Cerâmica de Grés Fino, Ldª – Águeda;
▪ Porcelanas da Costa Verde – Vagos
Partículas totais em suspensão, ▪ A. M. Cacho & Brás, Lda - Condeixa a Nova;
óxidos de azoto, dióxido de ▪ CEREV – Cerâmica de Revestimento, S.A. –
enxofre, monóxido de carbono, Mealhada;
compostos inorgânicos de flúor, ▪ Cometna – Companhia Metalúrgica Nacional –
95
níquel, chumbo, crómio, cádmio, Odivelas;
cobre, arsénio e COV totais ▪ Construtora do Lena, S.A.- Alpalhão;
▪ Construtora do Lena, S.A.- Fundão;
▪ PAVIGRES – Fábrica de Pavimentos e Revestimentos,
S.A.- Anadia;
▪ Santos Barosa, Vidros, S.A. - Marinha Grande
Partículas totais em suspensão, ▪ Auto-Vila – Reciclagem de Resíduos Industriais, S.A –
óxidos de azoto, dióxido de Leiria;
enxofre, monóxido de carbono, ▪ Serdenga Engenheiros, Lda - Requeixo – Aveiro
compostos inorgânicos de flúor, (Fundição de Bustos);
compostos inorgânicos de cloro, ▪ Tijolágueda - Cerâmica de Águeda, Lda – Águeda;
níquel, chumbo, crómio, cádmio,
▪UTS – Unidade de Tratamento de Suspensões, Lda –
cobre, vanádio, arsénio, zinco e
Águeda.
COV totais
Partículas totais em suspensão, ▪ Inspecção Geral do Ambiente:
óxidos de azoto, dióxido de Incineradora dos SUCH;
enxofre, monóxido de carbono, Lipor II;
compostos inorgânicos de flúor, Valorsul;
compostos inorgânicos de cloro, ▪ Nemoto Portugal - Química Fina Lda. – Pombal
níquel, chumbo, crómio, cádmio,
cobre, vanádio, arsénio, zinco,
mercúrio e COV totais
Partículas totais em suspensão, ▪ CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. – Pataias;
óxidos de azoto, dióxido de ▪ Inspecção Geral do Ambiente:
enxofre, monóxido de carbono, Barbosa & Almeida, S.A.;
compostos inorgânicos de flúor, CPPE – Setúbal;
compostos inorgânicos de cloro, Cibra – Pataias;
níquel, chumbo, crómio, cádmio,
Galp Sines;
cobre, arsénio, mercúrio, sulfureto
Galp Porto;
de hidrogénio e COV totais
Recauchutagem Nortenha;
Saint Gobin (Covina);
Santos Barosa Vidros, S.A
Partículas totais em suspensão, ▪ FBO Consultores – Lisboa:
óxidos de azoto, dióxido de – Leca Portugal;
enxofre, monóxido de carbono, ▪ O&M Serviços – Operações e Manutenção Industrial,
COV totais, arsénio, níquel, S.A – Mortágua
chumbo, cobre, crómio, mercúrio,
compostos inorgânicos de cloro e
compostos inorgânicos de flúor
Partículas totais em suspensão, ▪ Secil Martingança – Aglomerantes e Novos Materiais
óxidos de azoto, dióxido de para a Construção, Lda - Maceira Liz
enxofre, monóxido de carbono,
níquel, chumbo, crómio, cádmio,
cobre, arsénio, compostos
inorgânicos de cloro e COV totais
Partículas totais em suspensão, ▪ Sapa Aanodil, S.A. – Avintes
óxidos de azoto, monóxido de
carbono, cádmio, níquel, arsénio,
chumbo, crómio, cobre, hidróxido
de sódio e compostos orgânicos
voláteis totais
96
9. Elaboração de Planos de gestão de solventes
97
Anexo IV
Documentos legislativos consultados e utilizados - índice
descritivo
Ambiente:
Licenciamento industrial
98
• Decreto Regulamentar nº 10/91, de 15 de março, que aprova o Regulamento do
Exercício da atividade Industrial (REAI). Revogado pelo Decreto Regulamentar nº
25/93, de 17/8.
• Despacho conjunto IIDD03, do MIE e do MARN, de 9 de agosto de 1994, define os
critérios a que deve obedecer a análise dos aspetos ambientais a incluir nas
candidaturas do SINDEPEDIP.
• Decreto-lei nº 194/2000, de 21 de agosto, aprova o regime jurídico de prevenção e
controlo integrado da Poluição (PCIP), transpondo para a ordem jurídica interna a
diretiva nº 961/61/CE, do Conselho de 24/9.
• Decreto-lei nº 173/2008, de 26 de agosto, estabelece o regime jurídico relativo à
prevenção e controlo integrados da poluição, transpondo para a ordem jurídica
interna a Diretiva nº 2008/1/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho de 15/1.
Retificado pela Declaração de retificação nº 64/2008, de 24 de outubro. Revoga o
DL nº 194/2000, de 21/8, com as alterações introduzidas pelos DL nºs 152/2002, de
23/5; 69/2003, de 10/4; 233/2004, de 14/12; 130/2005, de 16/8; 178/2006, de 5/9 e
183/2007, de 9/5. Revoga o artigo 41º do DL nº 178/2006, de 5/9 e o nº 1 do artigo
3º e o artigo 4º do DL nº 288/2007, de 17/8. Alterado pelo DL nº 60/2012, de 14 de
março.
Ruído
99
devidos aos agentes físicos (ruído). Revoga o DL nº 72/92, de 28/4 e o Decreto
Regulamentar nº 9/92, de 28/4.
• Decreto-lei nº 9/2007, de 17 de janeiro, que aprova o Regulamento Geral do Ruído
e revoga o regime legal da poluição sonora, aprovado pelo DL nº 292/2000, de
14/11, com as alterações introduzidas pelo DL nº 259/2002, de 23/11. Altera o DL
nº 310/2002, de 18/12. Retificado pela Declaração de Retificação nº 18/2007, de
16/3. Alterado pelo DL nº 278/2007, de 1/8.
• Decreto-lei nº 278/2007, de 1 de agosto, altera o DL nº 9/2007, de 17/1, que aprova
o Regulamento Geral do Ruído.
Exposição ocupacional
100
2009/161/UE, da Comissão, de 17 de dezembro de 2009. São revogados os
seguintes diplomas: o Decreto-lei n.º 274/89, de 21 de agosto, alterado pela Lei n.º
113/99, de 3 de agosto; o Decreto -Lei n.º 275/91, de 7 de agosto, alterado pela Lei
n.º 113/99, de 3 de agosto; o Decreto -lei n.º 290/2001, de 16 de novembro,
alterado pelo Decreto-lei n.º 305/2007, de 24 de agosto.
• NP 1796:2007, Higiene e Segurança no Trabalho, valores limite de exposição
profissional a agentes químicos.
Qualidade do Ar:
101
• Decreto-lei nº 178/2003, de 3 de agosto, que estabelece limitações às emissões
para a atmosfera de certos poluentes provenientes de grandes instalações de
combustão, transpondo para a ordem jurídica nacional a diretiva nº 2001/80/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 23/10. Revoga a Portaria nº 399/97, de
18/6. Alterado pelo DL nº 60/2012, de 14/3.
• Decreto-lei nº 74/2004, de 3 de abril, que estabelece o regime da prevenção e
controlo das emissões de poluentes para a atmosfera. Revoga o DL nº 352/90, de
9/11. Alterado pelo DL nº 126/2006, de 3/7.
• Portaria Nº 263/2005, de 17 de março, que fixa novas regras para o cálculo da
altura das chaminés e define as situações em que devem para esse efeito ser
realizados estudos de poluentes atmosféricos. Retificada pela Declaração de
Retificação nº 38/2005.
• Decreto-lei nº 85/2005, de 28 de abril, que estabelece o regime geral de
incineração e co-incineração de resíduos, transpondo para a ordem jurídica interna
a Diretiva nº 2000/76/CE, do Parlamento e do Conselho de 4/12. Revoga o nº 11,1
do Anexo VI da Portaria nº 286/93, de 12/3, com a redação da Portaria nº 125/97,
de 21/2; o DL nº 273/98, de 2/9 e o artigo 27º e anexo II da Portaria nº 240/92, de
25/3.
• Portaria nº 80/2006, de 23 de janeiro, fixa os limiares mássicos máximos e mínimos
de poluentes atmosféricos. Revoga o nº 6 da Portaria nº 286/93, de 12/3. Alterada
pela Portaria nº 676/2009, de 23 de junho.
• DL nº 126/2006, de 3 de julho, procede à primeira alteração ao regime da
prevenção e controlo das emissões de poluentes para a atmosfera, aprovado pelo
DL nº 78/2004, de 3/4
• Portaria nº 675/2009, de 23 de junho, valores limite de emissão de aplicação geral.
• Portaria nº 676/2009, de 23 de junho, substitui a tabela nº 3 do anexo da Portaria nº
80/2006, de 23/1, relativo aos limiares mássicos máximos e mínimos. Retificada
pelas Declarações de retificação nºs 63/2009, de 21/8 e 66/2009, de 11/9.
• Portaria nº 676/2009, de 23 de junho, que fixa os valores limite de emissão de
aplicação geral (VLE gerais) aplicáveis às instalações de combustão abrangidas
pelo DL nº 78/2004, de 3/4. Revoga o nº 9 do Anexo VI da Portaria nº 286/93, de
12/3 e a Portaria 1058/94, de 2/12. Revoga o Anexo IV da Portaria nº 286/93, de
12/3 (VLE de aplicação geral) para as instalações de combustão, que ficam sujeitas
aos valores constantes na Portaria nº 675/2009, de 23/6 (VLE gerais).
Residuos
• Portaria nº 335/97, de 16 de maio, que fixa as regras a que fica sujeito o transporte
de resíduos dentro do território nacional.
• Decreto-lei nº 239/97, de 9 de setembro, que estabelece as regras a que fica sujeita
a gestão de resíduos. Revoga o Decreto-lei nº 310/95, de 20 de novembro.
102
• Portaria nº 792/98, de 22 de setembro, aprova o modelo de mapa de Registo de
Resíduos Industriais. Revoga a Portaria nº 189/95, de 20/6. Revogada pela Portaria
nº 1408/2006, de 18/12.
• Portaria nº 209/2004, de 3 de março, que aprova a Lista Europeia de resíduos.
Revoga as Portarias nºs 818/97 (CER), de 5/9 e 15/96, de 23/1.
• Decreto-lei nº 178/2006, de 5 de setembro, aprova o regime geral da gestão de
resíduos, transpondo para a ordem jurídica interna a diretiva nº 91/689/CEE, de
12/12. Revoga os DL nºs 239/97, de 9/9 e 268/98, de 28/8; as Portarias nºs 961/98,
de 10/11; 611/2005; 612/2005 e 613/2005, de 27/7 e o despacho nº 24 571/2002,
de 18/11. Alterado pelo DL nº 173/2008, de 26/8; Lei nº 64-A/2008, de 31/12 e DL
nº 73/2011, de 17/6.
• Decreto-lei nº 73/2011, de 17 de junho, procede à terceira alteração ao Decreto-lei
n.º 178/2006, de 5 de setembro, transpondo a Diretiva n.º 2008/98/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro, relativa aos resíduos, e
procede à alteração de diversos regimes jurídicos na área dos resíduos: Decreto-lei
n.º 366 -A/97, de 20 de dezembro; Decreto-lei n.º 111/2001, de 6 de abril; Decreto-
lei n.º 153/2003, de 11 de julho; Decreto-lei n.º 196/2003, de 23 de agosto; Decreto-
lei n.º 3/2004, de 3 de janeiro; Decreto-lei n.º 190/2004, de 17 de agosto; Decreto-
lei n.º 46/2008, de 12 de março e Decreto-lei n.º 210/2009, de 3 de setembro.
103
Anexo V
Estrutura de um relatório de caracterização da situação ambiental
104
Anexo VI
Índice de relatório de avaliação da exposição dos trabalhadores ao
ruído durante o trabalho
105