R - T - Sonia Regina Martins de Oliveira
R - T - Sonia Regina Martins de Oliveira
R - T - Sonia Regina Martins de Oliveira
CURITIBA
2015
SÔNIA REGINA MARTINS DE OLIVEIRA
CURITIBA
2015
Ao meu amado Thiago.
AGRADECIMENTOS
Throughout the identification of the meaning and the dimension of the term jurist in
Brazilian legal culture in the period from 1873 to 1889, the thesis aims to compose an
overview of jurists in late years of the Brazilian Empire, following the publication of the
legal journal O Direito and extending the research up to the end of the monarchy.
The use of the Journal O Direito as a primary source in this study because of its
frequency, continuity and variety both in themes and in authorship, considering also its
representativeness among other legal journals at the time, allowed, based on the
analysis of academic articles published in the journal, the definition of a group of jurists
who actively integrated the doctrinal debate in the pre-Republican Brazil.
The research of their common features enabled the definition of a tripartite profile of
Brazilian jurists in the second half of the nineteenth century: the jurists as literate men,
polyvalent in their professional activities, but also in their studies, and whose distinctive
feature of other actors in the same legal context was the recognition by his peers as
such.
In the second phase of the work, emphasis was given to private law, in particular, civil
law, due to its "universal" character to regulate the most intimate human relationships,
able to offer a distinct glimpse into the society than the public law.
The legal discourse from this period was investigated from the survey of the doctrinal
quotations in the articles published in the magazine using of content analysis
methodology outlined by António Manuel Hespanha for the History of Law. Although
the speech is an elusive element in its entirety, the doctrinal texts were analyzed in
their style and content, using as a case study, the speech of civilists about slavery.
Finally, it is proposed to overcome the traditional bacharelismo explanation in Brazil
and a hybrid model for the interpretation of the role of juristis in the Brazilian legal
culture nineteenth century is presented, taking advantage of proposed models for
nineteenth-century Europe, especially in Spain and Italy, articulated by Carlos Petit
and Pasqualde Beneduce.
Figura 1: Temas dos artigos de doutrina da Revista O Direito (volume 1 a 50). ....... 79
Figura 2: Ensaio d’um Quadro Estatístico da Província de São Paulo. São Paulo:
Tipografia de Costa Silveira, 1838. ........................................................................... 89
Figura 3: Divisão de temas dos artigos de Direito Civil. .......................................... 145
Figura 4: Augusto de Souza Leão, bacharel em 1851. ........................................... 203
Figura 5: Francisco Xavier Paes Barreto, ministro do império e bacharel em 1842.
................................................................................................................................ 204
Figura 6: João Augusto de Souza Leão, bacharel em 1844. ................................... 205
Figura 7: José Antonio de Pinho Borges, bacharel em 1865. ................................. 206
Figura 8: Paulo Martins de Almeida, bacharel em 1860 e magistrado. ................... 207
Figura 9: Vitoriano de Sá e Albuquerque, bacharel em 1842. ................................. 208
Figura 10: Abdias de Oliveira, bacharel em 1882 e desembargador....................... 210
Figura 11: Feliciano dos Santos Pontual, advogado, bacharel em 1868................. 211
Figura 12: Gaspar de Menezes Vasconcelos Drumond Filho, bacharel em 1875. .. 212
Figura 13: Gonçalo Paes de Azevedo Faro, bacharel em 1870 e magistrado. ....... 213
Figura 14: Henrique Afonso de Miranda Leal, bacharel em 1871. .......................... 214
Figura 15: Lourenço Augusto de Sá e Albuquerque, bacharel em 1874. ................ 215
Figura 16: Retrato de Clemente Falcão de Souza Filho, 1888. ............................... 216
Figura 17: Retrato do Dr. Prudente de Morais, 1890............................................... 217
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Autores mais citados nos artigos selecionados de doutrina (Direito Civil). 88
Tabela 2: Autores que mais publicaram na Revista O Direito entre 1873 e 1889. .... 92
Tabela 3: Citações a Savigny. ................................................................................. 129
Tabela 4: Artigos sobre a escravidão no Direito Civil brasileiro............................... 149
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
3.3.2 Tipos não ideais dos discursos sobre a escravidão ............................... 161
1 INTRODUÇÃO
como fonte primária de uma das principais publicações jurídicas da época – a Revista
O Direito. O caminho percorrido é, em certa medida, o inverso daquele tomado na
pesquisa tradicional que estuda um tema, desenvolvendo-o a partir da pesquisa
bibliográfica e, ao final, investigando sua aplicação em um estudo de caso. Parte-se
aqui do “estudo de caso”.
Por estudo de caso, entende-se a manipulação de fontes primárias, no caso
a publicação jurídica, entendida como um conjunto de textos capazes de representar
uma parte da cultura jurídica do final do século XIX, os artigos doutrinários ali
publicados apresentam uma variedade significativa de autores e temas, além da
regularidade e periodicidade da publicação – um tanto raras para a época. O “caso”
tratado na presente tese, portanto, é o corpo textual formado pelos artigos
doutrinários, restritos ao direito civil, publicados entre 1873 e 1889.
Além da pesquisa bibliográfica, uma das principais ferramentas de pesquisa
utilizadas foi a análise de conteúdo. O método permitiu sintetizar os dados obtidos por
uma pesquisa de cunho inicialmente quantitativo (quantos e quem eram os articulistas
da revista, que autores citavam, quantas vezes, em que temas) em uma análise do
discurso. A interpretação dos dados recolhidos d’O Direito permitiram conhecer quais
eram os juristas e as doutrinas que efetivamente circulavam no meio jurídico dos
oitocentos, quem participava do debate em torno da doutrina brasileira e, por meio
desses, quais outras fontes e outras correntes doutrinárias eram incluídas.
Dentre outros objetivos, a pesquisa busca identificar – obviamente não a
gênese – mas o fomento de uma cultura jurídica com autonomia suficiente para se
denominar brasileira na segunda metade do século XIX.
A aproximação de um objeto tão vasto como é o estudo dos juristas que
compuseram o debate jurídico na segunda metade do século XIX teve partida na
percepção das mudanças que a ideia de jurista teve ao longo dos séculos. Sem a
intenção de criar uma linha temporal, mas apenas pontuar alguns indícios da estreita
relação entre dos juristas e a formação, consolidação ou organização do poder estatal.
Conforme explica António Manuel Hespanha 1, no Antigo Regime os juristas
compunham um corpo social com função específica na sociedade, destacado dos
demais. Possuíam uma autoimagem de sacerdotes, pontífices entre o direito e a
sociedade. Essa visão se relaciona à própria noção de justo e injusto desse período.
A ordem das coisas estava em diferentes níveis e a justiça plena era divina, os juristas
então deveriam traduzir o divino para o humano, mundano. Apenas no século XVII o
advogado passa a ser necessariamente um técnico formado nas escolas 2.
As expectativas e o próprio imaginário do jurista no Antigo Regime
extrapolavam o aspecto intelectual, o caráter de predestinação, de vocação do jurista
prescrevia inclusive sua aparência física 3. Ainda de acordo com Hespanha, Antonio
de Souza Macedo, na obra Doctor in jure perfectus de 1643 retrata o jurista com dedos
longos, testa larga, olhos negros, brancos mas levemente rosados. O autor do século
XVII descrevia, em verdade, os lombardos da região onde surgiram as primeiras
faculdades de direito italianas. Além disso, ele deveria ser bom, ser capaz de entender
a ordem do mundo e estar de olhos abertos.
O caráter sacerdotal foi se transformando com a paulatina valorização da
formação acadêmica e com a crescente profissionalização. O momento pós-
pombalino em Portugal teve movimentos antagônicos na composição de uma nova
ordem. Houve uma forte reação aos pontos centrais das reformas de Pombal, quais
sejam, o antijesuitismo, a reforma do ensino e o mercantilismo econômico. Entretanto,
algumas das mudanças derivadas da administração pombalina já estavam a tal ponto
consolidadas que “continuava impondo-se a necessidade de reformas e, por
decorrência, do assessoramento do Estado por homens competentes, tecnicamente
preparados e politicamente comprometidos com os interesses da Monarquia
2 HESPANHA, António Manuel. História das instituições: épocas medieval e moderna. Coimbra:
Almedina, 1982. p. 377.
3 Descrição também encontrada por Petit: “Al menos, el abogado combina mejor que nadie ciertas dotes
naturales (un pecho robusto, una fisonomía digna, una hermosa voz: Sainz de Andino, pp. 10 y
siguientes; genio, buena memoria, buena figura, voz sonora y agradable: Joaquín María López I, pp.
30 ss. utilísimas para lograr eficaz presencia pública mediante la palabra, con la práctica continuada de
aquellos deberes y facultades Morales (probidad, veracidad, desinterés, firmeza de carácter, amor a la
justicia: Sainz de Andino, pp. 13 y siguientes; honradez, laboriosidad, virtud, independencia y firmeza
de carácter, valentía, prudencia, memoria, desprendimiento, sobre todo veracidad y `calma fría':
Joaquín María López, I, pp. 229 ss.) de los que pende la conservación de la república: en la convicción
de quien se sabe al servicio de una causa justa se resume la distancia que distingue al buen orador del
puro sofista (ibd. I, pp. 18-19). (PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la
cultura jurídica da la España liberal (lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio
de publicaciones Universidad de Huelva, 2000. p. 61-62). Como comparação, o estatuto do Colégio De
Advogados de Madrid, já no século XVII, que se aplicava também no México, trazia as seguintes
disposições: “estatuímos y mandamos que para ser recibidos cualesquiera abogados en nuestro
colegio, haya de ser de buena vida, y costumbres, hijos legítimos, o naturales de padres conocidos, y
no bastardos, o espurios; que así los pretendientes como sus padres, y abuelos paternos, y maternos,
sean y hayan sido cristianos viejos, limpios de toda mala raza, y infección, y sin nota alguna de moros,
judíos, ni recién convertidos a nuestra Santa Fe Católica” (SALVADOR, Rodolfo Aguirre. El Mérito y la
Estrategia: clérigos, juristas y médicos en Nueva España. México, D.F.: UNAM, 2003. p. 428).
16
4 SILVA, Ana Rosa Cloclet. Inventando a Nação: Intelectuais Ilustrados e Estadistas Luso-Brasileiros
na Crise do Antigo Regime Português (1750-1822). 1. ed. São Paulo: HUCITEC, 2006. p. 103.
5 SILVA, Ana Rosa Cloclet. Inventando a Nação: Intelectuais Ilustrados e Estadistas Luso-Brasileiros
na Crise do Antigo Regime Português (1750-1822). 1. ed. São Paulo: HUCITEC, 2006. p. 115.
6 SILVA, Ana Rosa Cloclet. Inventando a Nação: Intelectuais Ilustrados e Estadistas Luso-Brasileiros
na Crise do Antigo Regime Português (1750-1822). 1. ed. São Paulo: HUCITEC, 2006. p. 115.
7 SALVADOR, Rodolfo Aguirre. El Mérito y la Estrategia: clérigos, juristas y médicos en Nueva
letrados, sin vocación por la Iglesia, persistían en ascender por la burocracia real compitiendo con
tenacidad entre ellos por los cargos disponibles” (SALVADOR, Rodolfo Aguirre. El Mérito y la
Estrategia: clérigos, juristas y médicos en Nueva España. México, D.F.: UNAM, 2003. p. 396).
(tradução nossa).
17
9 PERDOMO, Rogelio Pérez. Los juristas como intelectuales y el nacimiento de los estados naciones
en América Latina. In: ALTAMIRANO, Carlos (org.). Historia de los intelectuales en América Latina:
La ciudad letrada, de la conquista al modernismo. Buenos Aires: Katz Editores, 2008. p. 168-183. p.
173.
10 LOPES, José Reinaldo Lima. O Oráculo de Delfos: o Conselho de Estado no Brasil-Império. São
13 PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica da la España
liberal (lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio de publicaciones Universidad
de Huelva, 2000.
14 BOSI, Alfredo. Cultura. In: CARVALHO, José Murilo (org.). A construção nacional (1830-1889). Rio
Assim, ato contínuo, foi essa geração de Coimbra que redigiu os códigos
legais do período imperial: Código Criminal e Comercial, Constituição de 1824 e
subsequentes reformas, a Lei de Terras de 1850, evidenciando a interdependência do
Estado brasileiro e dos juristas.
16 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Teatro de sombras:
a política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
17 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
18 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2011. p. 65.
19 A configuração dos profissionais que movimentavam a justiça oitocentista no Brasil, resumidamente,
era composta por magistrados, juízes de paz, promotores públicos, advogados, solicitadores,
advogados provisionados e rábulas. A partir de 1841 o poder judiciário se organizava,
esquematicamente, da seguinte forma: cada termo contava com um juiz municipal, júri, promotor
público, escrivão e oficiais de justiça. Cada distrito com um juiz de paz eleito, oficiais de justiça e
inspetores. Promotores e juízes de direito eram nomeados pelo Imperador, que, na prática, acolhia a
indicação do Ministro da Justiça. Os desembargadores compunham os Tribunais da Relação (quatro
até 1873 quando foram criados mais sete) e dentre os mais antigos eram nomeados os ministros do
Supremo Tribunal de Justiça. “Os cargos de promotor, de juiz municipal, de juiz de direito e dos tribunais
superiores eram ocupados exclusivamente por bacharéis em direito, os únicos remunerados pelo
governo central” (KOERNER, Andrei. Judiciário e cidadania na constituição da República brasileira
(1841-1920). Curitiba: Juruá, 2010. p. 37). Quanto aos advogados, o diploma de bacharel era suficiente
para exercer a advocacia em qualquer dos Tribunais. Os advogados provisionados eram aqueles que
não tinham o grau mas submetiam-se a exames teóricos e práticos de jurisprudência aplicados pela
presidência dos tribunais da Relação. Podiam apenas advogar perante os juízos de primeira instância
e nos lugares onde não houvesse advogado formado em número suficiente. Os solicitadores tampouco
detinham o grau de bacharel e prestavam exame apenas sobre a prática do processo perante os juízes
de direito. Mas havia bastante incerteza sobre quem poderia ou não se manifestar no foro, pois alguns
atos poderiam ser exercidos pela própria parte ou por qualquer procurador ou rábulas, como ficaram
conhecidos (COELHO, Eduardo Campos. As profissões imperiais: medicina, engenharia e advocacia
no Rio de Janeiro – 1822-1930. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 167 e seguintes). Por fim, quanto à
jurisdição civil na qual se foca a segunda parte desse trabalho, a reforma de 1871 criou comarcas gerais
e especiais, estas eram as sedes das Relações. Em ambas os juízes de paz julgavam causas de até
100$000. Nas comarcas gerais, as causas de 100$000 até 500$000 ficam a cargo dos juízes municipais
e aos juízes de direito cabia o julgamento de causas de mais de 500$000 e dos recursos dos juízes
inferiores. Nas comarcas especiais, todas essas incumbências cabiam aos juízes de direito
(KOERNER, Andrei. Judiciário e cidadania na constituição da República brasileira (1841-1920).
Curitiba: Juruá, 2010. p. 95-96).
21
século XIX. Propõe-se interpretá-lo como parte do modelo possível e de tal modo
aglutinado à cultura jurídica de quase todo o século que domina o imaginário da época
e a historiografia posterior.
Todavia, ainda que se efetivamente o trabalho perpasse por conceitos como
elite, inteligência, intelectuais, além de fazer menção aos já conhecidos “grandes
jurisconsultos” da história, propõe-se superar a dualidade de uma historiografia
tradicional – mas, felizmente, já não mais unânime – entre uma baixa e uma alta
cultura.
20 “Ciertamente que en el caso brasileño – marcadamente inculto y que recibió las primeras facultades
de derecho solamente a partir de 1828 – la frontera entre el derecho “erudito” y “popular” es bastante
móvil e indefinida. Pero además de eso hay también la relación (en el marco del así llamado “derecho
erudito”, donde se busca producir una “cultura jurídica”) entre una así llamada “alta cultura jurídica”
(compuesta por los famosos juristas imperiales) y una “baja cultura jurídica” (compuesta por una serie
de autores “menores” y hoy menos recordados). […] Por esa razón, “cultura jurídica brasileña”, aquí,
no puede ser contrastada consonante criterios de “mejor” o “peor”, de “más” o “menos” refinamiento
intelectual, pero sí como un conjunto de patrones y significados que circulaban y prevalecían en las
instituciones jurídicas brasileras del imperio (facultades, institutos profesionales de abogados y
magistrados, el foro, Consejo de Estado y en algunos casos, en el parlamento). Ese procedimiento
podría eventualmente indicar que aquello que consideramos un refinado y notable “jurisconsulto” puede
eventualmente impactar y circular menos (y por tanto, grabar con menor fuerza el ambiente de la cultura
jurídica) de lo que un eventual superficial “praxista” que sea muy buscado por la eficacia “didáctica” de
sus anotaciones” (FONSECA, Ricardo Marcelo. La cultura jurídica brasileña del siglo XIX entre
hibridismos y tensiones en la tutela de los derechos: algunas hipótesis de trabajo. Forum Historiae
Iuris. (18 de agosto 2014). Disponível em: <http://www.forhistiur.de/2014-08-fonseca/>. Acesso em: 16
de janeiro de 2015).
22
Além disso, os próprios intelectuais tomam a data por marco: se bem que
deitando raízes em um passado pouco mais longínquo, é a partir desse
momento que ganham corpo as novas ideias do século – positivismo,
darwinismo, materialismo, etc. –, a “reação científica”, enfim, para usar de
uma expressão empregada por Clóvis Beviláqua. 25
Assim, o recorte temporal foi realizado considerando, além dos fatores acima
delineados, a data de início da publicação do periódico jurídico O Direito: Revista
Mensal de Legislação, Doutrina e Jurisprudência em 1873. A publicação manteve-se
regular durante todo o período investigado. Ademais, tratava-se de uma publicação
23 Em 1871 a França fora derrotada pelos prussianos e proclamara a sua terceira República. No Brasil,
as consequências desses acontecimentos terão imediata repercussão. O Manifesto Republicano e o
germanismo da escola do Recife – que nos revelaria as novas tendências da filosofia alemã – estão,
em parte, ligados a essas transformações que se passaram na Europa (COSTA, João Cruz.
Contribuição à História das Ideias no Brasil. Rio de Janeiro: José Olimpio Editora, 1956. p. 130).
24 COSTA, João Cruz. Contribuição à História das Ideias no Brasil. Rio de Janeiro: José Olimpio
26 “[…] uma das principais características da elite política imperial, à semelhança de outras elites de
países de capitalismo retardatário ou frustrado, era seu estreito relacionamento com a burocracia
estatal. Embora houvesse distinção formal e institucional entre as tarefas judiciárias, executivas e
legislativas, elas muitas vezes se confundiam na pessoa dos executantes, e a carreira judiciária se
tornava parte integrante do itinerário que levava ao Congresso e aos conselhos de governo
(CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2011. p. 145).
25
Desta feita, o ano de 1889 encerra formalmente o período imperial e com isso
algumas discussões pertinentes ao regime político, como as teorizações sobre Poder
Moderador e Conselho de Estado 28 deixam de ter razão de existir. Mas ainda que
pouco mude a essência das problematizações abordadas, o início do período
republicano implica em mudança de perspectiva e de direcionamento das discussões
jurídicas no nível técnico. Dentre outras razões pela nova carta constitucional, pela
criação do Supremo Tribunal Federal e pelo fim formal da escravidão.
A publicação O Direito foi o eixo de desenvolvimento do trabalho, dada sua
periodicidade, continuidade e variedade de autores e temáticas abordadas. Não era
uma publicação de nicho, ademais, é claro, do jurídico. A partir do levantamento de
dados feitos nos primeiros cinquenta volumes da revista e na centena de artigos
selecionados, primeiramente foi formado um universo de autores, artigos, frequência
de publicação, intervalo de publicação, dados que certamente darão ensejo à
continuidade da pesquisa. E, ademais, foi realizado o levantamento das fontes dos
juristas, de suas influências estrangeiras ou nacionais, com o objetivo de investigar o
impacto, a repercussão, enfim, a dispersão dos discursos. Sejam eles reproduções de
discursos recepcionados de doutrinadores estrangeiros ou reproduções com um quê
de criatividade e adaptação. A pesquisa em fonte primária é instrumental para a
composição do discurso jurídico, é o que permitirá enfrentar o principal problema da
pesquisa, qual seja, a aproximação aos modelos de juristas no período.
27 CARVALHO, José Murilo de. As Marcas do Período. In: ___. A Construção Nacional: 1830-1889
(História do Brasil Nação: 1808-2010). v. 2. Rio de Janeiro: Editora Objetiva/Fundação Mapfre, 2011.
p. 28.
28 Ao menos até a proposta de um “poder coordenador” de Alberto de Seixas Martins Torres em 1914,
que pretendia uma modernização por meio de reformar, inclusive constitucional, capaz de encerrar a
permissividade do federalismo implantado em 1891 e centralizar o poder no governo federal. “Esse
novo arcabouço institucional seria encimado por um quarto poder – poder coordenador – que teria
como órgão principal um conselho de estadistas, não apenas encarregado do planejamento, em longo
prazo, das diretrizes dessa nova ordem, como o de decidir acerca de uma série de questões
fundamentais da vida política nacional, como a autorização da intervenção federal, o controle
concentrado de constitucionalidade, a elaboração da legislação trabalhista e a verificação da lisura das
eleições. […] No fim das contas, Torres propunha conceder a um conselho de estado as atribuições
interventoras de um poder moderador ativo, sujeitando a esse conselho uma gigantesca burocracia que
o permitisse exercer suas atividades modernizadoras nos menores vilarejos do país. De ‘moderador’,
o poder coordenador era na verdade um poder interventor” (LYNCH, Christian. Entre a jurisdição
constitucional e o estado de sítio: o fantasma do poder moderador no debate político-constitucional da
Primeira República. Revista Brasileira de Estudos Constitucionais, v. 23, p. 601-653, 2012.
Disponível em: <https://goo.gl/RkPdGx>. Acesso em: 15 de julho de 2015).
26
29 A opção inicial de analisar todos os volumes da revista publicados até 1889 revelou-se hercúlea.
Assim, foram elencados de forma inédita nos apêndices da tese todos os artigos escritos, respectivos
autores e temática principal, além de localizar volume e ano de cada texto. Entretanto, para a segunda
parte da análise foi imprescindível a seleção de um universo um pouco mais reduzido. A escolha do
direito civil deu-se por entender que “[...] a tradição privatista no Brasil é mais clara e contundente do
que a prática no direito público: seus conceitos e categorias ainda estiveram implicados, ao menos na
primeira metade do século XIX, com as ordenações portuguesas, ao passo que a cultura jurídica de
direito público no Brasil partiu da negação às tradições até então consolidadas” (SOUZA, André Peixoto
de. Direito público e modernização jurídica: elementos para compreensão da formação da cultura
jurídica brasileira no séc. XX. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências
Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2010. p. 1). Feito o recorte, dentre os
ramos do direito privado o direito civil aparecia com maior variedade de temas e maior quantidade de
artigos, tendo sido utilizada uma abordagem “inclusiva”, abarcando todos os assuntos que não
pertencessem ao direito comercial ou ao processo civil. Aquele pela diferença entre as condições
legislativas, a existência do Código Comercial de 1850 muda o cenário doutrinário brasileiro com
relação ao direito comercial, e, este, por serem tanto o processo civil como o processo penal
considerados temas de direito público, confundindo-se, por vezes, com as consultas acerca da estrutura
organizacional do poder judiciário.
30 REALE, Miguel. Prefácio. In: MACHADO NETO, Antônio Luiz. História das Ideias Jurídicas no
representação, não se traduzindo em uma mera percepção da realidade, mas também em uma
dimensão criativa (FONSECA, Ricardo Marcelo. A noção de imaginário jurídico e a história do direito.
27
participavam do debate entre seus pares. Ao traçar um perfil dos juristas oitocentistas
pretende-se elucidar qual era sua postura diante do Direito: profissional, engajada,
uma escolha de carreira, vocação ou uma forma de ascensão social ou alavanca
política. A análise dos artigos de doutrina permitiu a delimitação de um grupo de
juristas que ativamente integraram o debate doutrinário no Brasil pré-republicano e
suas características em comum, resultando em um perfil tripartido: o jurista como um
homem letrado, plural em suas atividades profissionais, mas também em seus
estudos, e, cujo traço distintivo dos outros atores do mesmo contexto jurídico era,
justamente, o reconhecimento por seus pares como tal.
Diante das conclusões acerca do perfil 32, foi dado um passo subsequente para
a localização desse jurista na sociedade, trabalhando com o jogo entre expectativa e
realidade, incluindo em expectativa não apenas a expectativa social ao redor do
jurista, mas a sua própria. O perfil relaciona-se fortemente com a aludida transição de
gerações. O que se esperava do jurista no século XIX? Era a função que o jurista
desempenhava no espaço social que impunha sobre sua fala uma posição de
autoridade e legitimidade. Trata-se de investigar portanto a forma como o jurista
exercia seu papel na sociedade e, principalmente, na cultura jurídica. Foram os
juristas brasileiros também 33 os protagonistas do processo de mudança de regime
político ou foram somente os organizadores e articuladores jurídicos do Estado?
A Revista O Direito como fonte primária revelou um grupo de juristas muito
mais amplo que se poderia prever. Além disso, seu estudo como fonte principal
também se deu por ser um meio de divulgação mensal de artigos de doutrina além da
publicação de jurisprudência e legislação corrente. Logo, em um primeiro momento,
ainda que não se possa automaticamente concluir que a doutrina brasileira era o foco
da vida jurídica do país ou que a publicação de textos doutrinários no periódico
convertia todos os articulistas em expoentes doutrinadores, os cinquenta volumes
analisados entre os anos de 1873 a 1889, trouxeram à lume mais de duas centenas
In: ___. Nova história brasileira do direito: ferramentas e artesanias. Curitiba: Juruá, 2012. p. 19-30).
Imaginário não apenas como percepção de uma realidade um tanto afastada temporalmente – e
portanto incompleta – e logo sobreposta à expectativa dessa mesma realidade.
32 Dadas na primeira parte do capítulo 3.
33 Sobre os juristas na América espanhola: “De allí la enorme importancia de la instrumentalización
jurídica de la independencia, de los congresos, las constituciones y las leyes que acompañaron el
proceso. Esto es lo que confiere importancia a los juristas en el proceso de la independencia. Fueron
los grandes ideólogos del nuevo régimen y también los organizadores de los nuevos estados”.
PERDOMO, Rogelio Pérez. Los juristas como intelectuales y el nacimiento de los estados naciones en
América Latina. In: ALTAMIRANO, Carlos (org.). Historia de los intelectuales en América Latina: La
ciudad letrada, de la conquista al modernismo. Buenos Aires: Katz Editores, 2008. p. 168-183. p. 172.
28
[…] nem sempre obteve uma fiel e automática aplicação prática, antes
sofrendo mais ou menos significativas adaptações aquando do seu confronto
com a realidade da vida. Por outro lado, os próprios juristas não construíam
"no ar'': eles construíram tendo em conta as normas jurídicas positivas
(consuetudinárias ou legislativas) e a partir da leitura que faziam da realidade
social e da sensibilidade que tinham acerca da forma mais ajustada de regular
as tensões sociais; ora estas leitura e sensibilidade, longe de radicarem
apenas ou sobretudo em características ou capacidades puramente
individuais, decorriam antes de condições objetivas; nomeadamente, da
forma como estava institucionalmente organizada a profissão jurídica e a
atividade dos juristas, dos contatos com a realidade social e política que este
arranjo ilhes facultava ou impedia, etc. 34
34 “Novo” pois sua configuração se dá a partir do fim da Idade Média. HESPANHA, António Manuel.
História das instituições: épocas medieval e moderna. Coimbra: Almedina, 1982. p. 440.
35 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
proferidos nos púlpitos dos grandes institutos, esse veículo era acessível e colocava
em igualdade de “tribuna” o advogado praxista com um pequeno despacho em sua
cidade natal e os nomes de maior impacto na época, como Teixeira de Freitas, João
Viera de Araújo, Ruy Barbosa. Foi possível verificar que a Revista cumpria sua
promessa de ser um espaço aberto que contava com “o conselho dos eruditos, a
benevolencia do publico e o concurso de todas as intelligencias que, adherindo ao
nosso proposito, quizerem honraI-a com seus escriptos” (grifo nosso), conforme texto
inaugural.
Ainda assim, quantitativamente, o grupo que se pretende delimitar é uma
pequena parcela dentre os juristas, letrados, homens, cuja atuação profissional
transcendia a cotidiana prática do direito, capazes de influenciar ainda que
indiretamente as decisões de governança do Estado. Em agrupamentos concêntricos
do maior para o menor, o jurista que se pretende desvelar é o letrado, bacharel em
ciências jurídicas, que ademais da profissão jurídica exercida ocupava outros espaços
de comunicação e debate na doutrina jurídica brasileira dessas duas décadas do final
do Império.
Em um segundo momento, analisa-se um objeto de pesquisa um tanto quanto
inapreensível: o discurso. Justamente, para os fins aqui propostos, discurso será toda
forma de reflexão exarada pelos próprios juristas, enquanto prática discursiva que se
relaciona com as práticas não discursivas, com a existência material de institutos
como a escravidão, conflitos pelo domínio da propriedade, em outros termos, discurso
na intersecção formadora do próprio Direito, que é prática, fato, vida e também norma,
legislação e ciência. Como afirma contundentemente Hespanha, a história se faz de
atos e não de palavras, entretanto “esses homens que agem também pensam e
também falam” 37. Ao argumento de que os discursos não falam por si, mas que sua
autonomia e criatividade são absorvidas pelos interesses sociais relacionados, que os
discursos são portanto apropriados socialmente, Hespanha afirma que, ainda que
evidentemente haja uma sobredeterminação de sentido local sobre o sentido geral,
essa redefiniçao não deixa de ser mediada por representações particulares. Assim,
perde sentido e importância afirmar que o direito deve ser interpretado unicamente
através de suas práticas, posto que práticas são em última instância coisas, e, se
essas coisas possuírem em seu interior uma intenção, uma palavra, um significado,
elas já se tornam representação 38. Em complemento, pode-se dizer que:
Ricardo Marcelo (org.). Nova história brasileira do direito: ferramentas e artesanias. Curitiba: Juruá,
2012. p. 81-98. p. 93.
31
40 “O século XIX marca, a meu ver, pontos de ruptura em duas ordens de questões. […] A segunda
relaciona-se ao papel mais restrito do doutrinador jurista especialmente na aplicação do direito. Em
oposição ao doutor em leis dos séculos anteriores, o jurista do século XIX gozaria de menos autonomia
e liberdade e se confundiria mais intimamente com a máquina do Estado. Pelo menos, esta era uma
real possibilidade e um desejo que vinha da parte dos soberanos desde a monarquia ilustrada até os
novos poderes constitucionais” (LOPES, José Reinaldo de. Consultas da Seção de Justiça do Conselho
de Estado (1842-1889). A formação da cultura jurídica brasileira. Almanack Braziliense, n. 5, p. 4-36.
São Paulo: 2007. p. 7).
32
41 LOPES, José Reinaldo Lima. O Oráculo de Delfos: o Conselho de Estado no Brasil-Império. São
Paulo: Saraiva, 2010. p. 100.
42 Por exemplo as obras História das Ideias Jurídicas no Brasil de Antonio Luiz Machado Neto e
46 “Che sia tale lo prova l’attuale contesto storico con le sue vocazioni universalistiche, con giuristi
protagonisti nella elaborazione e fissazione di principii, con giuristi protagonisti del fenomeno
globalizzatorio. Oggi, questo stregone tenuto con i suoi alambicchi in una segreta del castello a servile
disposizione del potente, si mostra con un suo ruolo ingigantito. Non è più il tecnico che gestice modesti
apparecchi ortopedici per sopperire alle claudicanze dell’omnipotente legislatore, mas è, lui, ultimo
anello di una catena bimillenaria di tradizioni culturali, quale percettore di valori universali e altresì
capace di tradurli in regole, il personaggio cui può essere confidato l’ufficio impegnativissimo di tessere
quella rete di cui abbiamo bisogno. Il nuovo protagonismo dei giuristi non risponde a superbia di ceto,
ma a una richiesta del nostro tempo storico” (GROSSI, Paolo. La formazione del giurista e l'esigenza di
un odierno ripensamento metodologico. Quaderni Fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno. Milão: Giuffrè, XXXII (2003). p. 53-54).
47 “A presença do chamado bacharelismo tem sido objeto de crítica acerca dos estudiosos da vida
pública brasileira, minada pela retórica e contraminada por um permanente elitismo” (grifo do autor)
(BOSI, Alfredo. Cultura. In: CARVALHO, José Murilo (org.). A construção nacional (1830-1889). Rio
de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 260).
48 Pasquale Beneduce também traz as definições do Nouveau Dictionaire de August Wahlen, que faz
uso indiviso de jurista e jurisconsulto, definido como um homem de uma sagacidade pouco comum,
apaixonado pela meditação e pelo estudo. Nesse mesmo dicionário, o termo jurista aparece como uma
expressão mais nova, derivada do alemão e, jurisconsulto como a palavra “antiga”. Nesta obra, destaca
Beneduce, a expressão jurista indica em síntese “toda pessoa que se ocupa do direito, sobretudo em
teoria”, portanto, há um caráter prático no ofício do jurista também (BENEDUCE, Pasquale. Il corpo
eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p. 11).
49 BLUTEAU, Rafael. Diccionario da lingua portuguesa. Disponível em: <http://www.ieb.usp.br/>.
50 SILVA, Antônio de Morais. Diccionario da lingua portugueza composto pelo padre D. Rafael
Bluteau, reformado, e accrescentado por Antonio de Moraes Silva natural do Rio de Janeiro
(Volume 1: A-K). 1755-1824. Disponível em: http://www.brasiliana.usp.br/. Acesso em: 2 de março de
2015.
51 Diccionario contemporaneo da língua Portuguesa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1881,
dirigido por Santos valente e precedido de Plano da autoria de Caldas Aulete. Disponível em:
http://www.aulete.com.br/. Acesso em: 2 de março de 2015.
52 Diccionario contemporaneo da língua Portuguesa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1881,
dirigido por Santos valente e precedido de Plano da autoria de Caldas Aulete. Disponível em:
http://www.aulete.com.br/. Acesso em: 2 de março de 2015.
53 Diccionario contemporaneo da língua Portuguesa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1881,
dirigido por Santos valente e precedido de Plano da autoria de Caldas Aulete. Disponível em:
http://www.aulete.com.br/. Acesso em: 2 de março de 2015.
36
José Murilo de Carvalho explica que uma carreira típica para o político,
iniciava na magistratura – isso quando a família não dispunha de influência suficiente
para alçá-lo diretamente à Câmara. Uma vez nomeado como promotor ou juiz
municipal pelo Ministro da Justiça, o “candidato” aguardava a oportunidade de
conseguir uma boa localização. Havia então, após a eleição a possibilidade de
abandonar a magistratura ou, “como muitos o faziam, se eleito, continuar como
magistrado como garantia de futuras eleições ou simplesmente como fonte alternativa
e segura de rendimento” 57.
57 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2011. p. 122.
58 ENGELMANN, Fabiano. Sociologia do campo jurídico: juristas e usos do direito. Porto Alegre: S.A.
de sua carreira política foi o Visconde de Guaratinguetá, com quem Rodrigues Alves possuía relações
de parentesco. Após o bacharelado em letras no Colégio Pedro II, ingressa na Faculdade de Direito de
São Paulo, obtendo o grau em 1870. “Por influência de seu tio, o visconde de Guaratinguetá, ascendeu
no mesmo ano à condição de promotor interino de sua cidade natal, vindo a tornar-se efetivo poucos
meses depois. Em 1872, patrocinado pelo tio visconde, foi eleito deputado provincial por São Paulo.
Em fins de 1873, já no término da legislatura provincial, o bacharel paulista foi nomeado juiz de direito
de Guaratinguetá, cargo que exerceria até 1874” (AZEVEDO, André Nunes de. Rodrigues Alves: a
legitimação política pelo progresso material. In: PRADO, Maria Emília. (org.) Intelectuais e ação
política. Rio de Janeiro: Revan, 2011. p. 123-140. p. 126).
60 BARMAN, Roderick, BARMAN, Jean. The Role of the Law Graduate in the Political Elite of Imperial
Brazil. Journal of Interamerican Studies and World Affairs. v. 18, n. 4. Novembro de 1976.
Disponível em: <http://www.jstor.org/>. Acesso em: 3 de julho de 2014. p. 424.
38
Mas, como alerta Carvalho, no Brasil “nem a elite era tão homogênea nem o
Estado tão forte” 63, não havia uma perfeita integração entre elite política e burocracia,
havendo maior divisão entre a representação dos interesses do Estado e a
representação dos interesses de classes. Ou ainda, os interesses pessoais se
sobrepunham aos interesses de classes quando equacionada também a dependência
financeira do emprego público.
Daí não terem sido raros os casos de traição ao que se poderia definir como
o interesse de sua classe de origem. O próprio Joaquim Nabuco é um
exemplo dessa traição ao tornar-se, sob a influência de ideias e ideais
bebidos em fontes francesas e inglesas, campeão do abolicionismo. A
dependência financeira era em parte responsável pelo fato de que os
61 Ainda assim, não se pode considerar o caso brasileiro como excepcional. “Poucas terras, por
exemplo, parecem ter sido tão infestadas pela ‘praga do bacharelismo’ quanto o foram os Estados
Unidos, durante os anos que se seguiram à guerra da independência: é notória a importância que
tiveram os graduates na Nova Inglaterra, apesar de todas as prevenções do puritanismo contra os
legistas […]. E aos que nos censuram por sermos uma terra de advogados, onde apenas os cidadãos
formados em direito ascendem em regra às mais altas posições e cargos públicos, poder-se-ia observar
que, ainda nesse ponto, não constituímos uma singularidade: advogados de profissão foram em sua
maioria membros da Convenção da Filadélfia […]; advogados têm sido todos os presidentes da
República norte-americana que não foram generais, com as únicas exceções de Harding e de Hoover.
Exatamente como entre nós” (HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995. p. 156-157).
62 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
64 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2011. p. 113.
65 GROSSI, Paolo. História da propriedade e outros ensaios. Tradução Luiz Ernani Fritoli, Ricardo
Trabalhar-se-á com essa conceituação ampla, mas há trabalhos de maior fôlego que discorrem sobre
o tema com imensa superioridade. Vide: GROSSI, Paolo. La cultura del civilista italiano. Milão:
Giuffrè Editore, 2002; SOUZA, André Peixoto de. Direito público e modernização jurídica: elementos
para compreensão da formação da cultura jurídica brasileira no séc. XX. Tese (doutorado) –
Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito.
Curitiba, 2010; STAUT JÚNIOR, Sérgio Said. A posse no direito brasileiro da segunda metade do
século XIX ao Código Civil de 1916. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Paraná, Setor de
Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2009; e FONSECA, Ricardo
Marcelo. A formação da cultura jurídica nacional e os cursos jurídicos no Brasil: uma análise preliminar
(1854-1879). Cuadernos del Instituto Antonio de Nebrija de Estudios sobre la Universidad. v. 8.
n. 1. Madrid, 2005.
67 GROSSI, Paolo. História da propriedade e outros ensaios. Tradução: Luiz Ernani Fritoli, Ricardo
A partir dos fins da Idade Média, a história do sistema jurídico vai sofrer um
deslocamento. Vai lidar, por um lado, sobretudo com normas jurídicas criadas
não espontaneamente pela comunidade, não autoritariamente pelo Estado,
mas, progressivamente, pela atividade "científica" (ou, melhor, dogmática,
doutrinal) dos juristas eruditos, nas universidades, nos conselhos palatinos,
nos tribunais. O direito (no sentido de sistema de normas jurídicas) identifica-
se, então, com a doutrina dos juristas e a sua história afasta-se da história
sócio-política e aproxima-se da história cultural, nela ecoando os grandes
temas da história filosófico-cultural e da história das formas de pensar e
discorrer. 71
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 112.
70 GROSSI, Paolo. História da propriedade e outros ensaios. Tradução: Luiz Ernani Fritoli, Ricardo
72 Referindo-se apenas a codificação civil neste caso no sentido etimológico, mas também e
principalmente no sentido de ideia de Código, no sentido originário, proposto pelo exemplo francês
(GROSSI, Paolo. Mitologias jurídicas da modernidade. 2. ed. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2007.
p. 99).
73 SOUZA, André Peixoto. Pensamento jurídico brasileiro, ensino do direito e a constituição do
FONSECA, Ricardo Marcelo (org.). As formas do direito: ordem, razão e decisão (experiências
jurídicas antes e depois da modernidade). Curitiba: Juruá, 2013. p. 212-213.
42
Ainda assim, o século XIX brasileiro não é ainda uma era legislativa, em
especial no âmbito do direito privado. Trata-se de um período de articulação e
coexistência entre um direito do antigo regime manifestamente aplicado através das
Ordenações, por exemplo, um direito forçosamente influenciado pelas doutrinas
europeias principalmente as francesas e inglesas em razão das relações comerciais.
Essas duas forças, modernizadora e tradicional, acabavam por moldar o direito
imperial.
76 FONSECA, Ricardo Marcelo. A cultura jurídica brasileira e a questão da codificação civil no século
XIX. Quaderni Fiorentini per la storia del pensiero giuridico moderno. Milão: Giuffrè, XXXIII/XXXIV
(2004/2005).
77 FONSECA, Ricardo Marcelo. A formação da cultura jurídica nacional e os cursos jurídicos no Brasil:
uma análise preliminar (1854-1879). Cuadernos del Instituto Antonio de Nebrija de Estudios sobre
la Universidad. v. 8. n. 1. Madrid, 2005. p. 106.
43
78 FONSECA, Ricardo Marcelo. A formação da cultura jurídica nacional e os cursos jurídicos no Brasil:
uma análise preliminar (1854-1879). Cuadernos del Instituto Antonio de Nebrija de Estudios sobre
la Universidad. v. 8. n. 1. Madrid, 2005. p. 109.
79 “De 1870 a 1872, surgiram pelo país mais de vinte jornais republicanos, tais como o Opinião Liberal,
de Lafayette Rodrigues Pereira e Limpo de Abreu, também no Rio de Janeiro; O Argos, no Amazonas;
O Futuro, no Pará; O Amigo do Povo, no Piauí; O Voluntário da Pátria, na Paraíba; A República
Federativa, O Seis de Março e O Americano, em Pernambuco; A República, em Alagoas; O Horizonte,
na Bahia; o Correio Paulistano, a Gazeta de Campinas, no qual colaborava Campos Sales, O Paulista,
O Comércio de Santos, O Ipanema e O Sorocabano, em São Paulo; O Jequitinhonha e O Farol, em
Minas Gerais; O Antonina, no Paraná; Democracia e O tempo, no Rio Grande do Sul” (RAMOS,
Henrique Cesar Monteiro Barahona. A Revista “O Direito” – Periodismo Jurídico e Política no final
do Império do Brasil. Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídicas e Sociais. Programa de Pós-
Graduação em Sociologia e Direito. Universidade Federal Fluminense: Niterói, 2009).
80 “[…] o jornalismo foi tanto o espaço que possibilitou a inserção do acadêmico/bacharel em loci
diversos daqueles exclusivamente ditados pela ciência do Direito, quanto o espaço destinado à criação
44
Este aspecto crítico de um jornalismo político, por assim dizer, diferia de uma
atividade jornalística doutrinária cuja intenção era divulgar artigos científicos, que são,
em evidência, as revistas especializadas fundadas nesse período e que serviram de
fontes primárias para a presente pesquisa, inclusive algumas como a Revista Jurídica,
fundada e editada por estudantes da Faculdade de Direito de São Paulo. E, por sua
vez, também distinto do que pode se considerar uma atividade jornalística literária,
que pode parecer mais acessória ou supérflua, na qual juristas, publicavam crônicas,
contos e poesias, justamente porque esse exceder às fronteiras do direito compunha
o que se esperava de um jurista culto no período, alguém que além de se dedicar às
letras jurídicas deveria ser letrado também em conhecimentos acessórios.
Para a finalidade atual convém destacar que o estudo acadêmico das letras
e a assídua leitura de poesia por parte dos advogados nunca funcionou como
modo de adorno erudito nem como mera manifestação de status. Pelo
contrário, a fruição literária supunha o cumprimento de um dever
profissional, arraigado na tradição eloquente […]. 83 (grifo nosso).
83 “A nuestros fines actuales conviene destacar que el estudio académico de las letras y la asidua
lectura de poesía por parte de los abogados nunca funcionó a modo de adorno erudito ni como una
mera manifestación de status. Por el contrario, la fruición literaria suponía el cumplimiento de un deber
profesional, arraigado en la tradición elocuente […]”. PETIT, Carlos. Discurso sobre el Discurso:
oralidad y escritura en la cultura jurídica de la España liberal. Huelva: Universidad de Huelva, 2000. p.
66.
84 Entre Ruy e Rui optou-se pela grafia que aparece no artigo por ele escrito para a Revista O Direito.
85 FONSECA, Ricardo Marcelo. Vias da modernização jurídica brasileira: a cultura jurídica e os perfis
dos juristas brasileiros do século XIX. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos. v. 98, 2008. p. 291.
86 FONSECA, Ricardo Marcelo. A formação da cultura jurídica nacional e os cursos jurídicos no Brasil:
uma análise preliminar (1854-1879). Cuadernos del Instituto Antonio de Nebrija de Estudios sobre
la Universidad. v. 8. n. 1. Madrid, 2005. p. 110.
87 Esse ponto será detalhado especialmente no capítulo cinco.
46
na História do Direito do Brasil, na qual os juristas são reconhecidos por seus méritos
individuais.
88 LOPES, José Reinaldo Lima. O Oráculo de Delfos: o Conselho de Estado no Brasil-Império. São
Paulo: Saraiva, 2010. p. XV.
89 “Substantivos como ciencia, técnica o investigación, adjetivos como lo técnico o lo científico
ciò che sta dietro il giurista e i suoi attrezzi. L’immersione della scienza giuridica nel proprio tempo, la
sua specularità rispetto al proprio tempo, sarà rivelata unicamente da una decrittazione della cifra
tecnica, alle sole elementari condizione che lo storico sia disponibile a fársene interprete e sia sopratutto
capace di fársene interprete” (GROSSI, Paolo. Scienza giuridica italiana: un profilo storico: 1860-
1950. Milão: Giuffre, 2000. p. XVI). (tradução nossa).
47
Brazil. Journal of Interamerican Studies and World Affairs. v. 18, n. 4. Novembro de 1976.
Disponível em: <http://www.jstor.org/>. Acesso em: 3 de julho de 2014.
48
94 “While considerable theoretical difficulties surround any abstract definition of an elite, the practical
restraints of research resolve most of the problems by making membership in certain institutional bodies
the equivalent of membership in the elite. In the case of Imperial Brazil, our own research and our own
qualitative knowledge of the period suggests the adoption of a working model composed of three
concentric circles. The innermost circle is the core of the Brazilian Empire-members of the Imperial
Family, the Council of State, the Senate, and the Council of Ministers. The second circle, the middle
elite, is composed of the members of the Chamber of Deputies, of the High Command of the Army and
Navy, of the Supreme Tribunal of Justice, of the presidents of the most important provinces, and of
those elected to the ‘triple list’ for a Senate vacancy. Members of these institutions usually but not
invariably belonged to the elite. The outermost circle contains the peripheral elite, such as the judges of
the Courts of Appeal, the presidents of the minor provinces, and the substitute deputies” (BARMAN,
Roderick, BARMAN, Jean. The Role of the Law Graduate in the Political Elite of Imperial Brazil. Journal
of Interamerican Studies and World Affairs. v. 18, n. 4. Novembro de 1976. Disponível em:
<http://www.jstor.org/>. Acesso em: 3 de julho de 2014. p. 424). (tradução nossa).
95 A homogeneidade da formação de uma elite intelectual brasileira, para Lúcia Maria Bastos Pereira
Neves, iniciava-se ainda no Imperial Colégio Pedro II, fundado em 1837, “única instituição oficial capaz
de habilitar aqueles que aspiravam aos estudos superiores, passava a constituir um instrumento de
homogeneização para as futuras elites intelectuais, cujo futuro dependeria em grande parte dos lugares
que encontrariam na burocracia” (NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira. Intelectuais brasileiros nos
oitocentos: a constituição de uma família sob a proteção do poder imperial (1821-1828). In: PRADO,
49
Em segundo lugar, nunca existiu uma única elite brasileira. Uma elite
nacional, baseada geograficamente no Rio de Janeiro, se conectou e
dominou as elites locais de importâncias variadas. O sucesso na elite
nacional foi socorrido por um forte posicionamento na elite local. Levar
membros das importantes elites locais – essas da província do Rio de
Janeiro, Bahia, Pernambuco e Sul de Minas Gerais – poderia normalmente
garantir a entrada na elite nacional, se assim desejado e se houvesse para
tanto a inciativa. Uma importante limitação decorria de que a associação
efetiva a elite nacional normalmente envolvia residência no ou perto do Rio
de Janeiro. Membros das elites locais das províncias menores e mais fracas,
em particular do Mato Grosso, Espírito Santo e Amazonas tinham pouca
probabilidade de obter uma associação a elite nacional, salvo se
excepcionalmente talentosos. 96
Maria Emília (org.). O Estado como vocação. Rio de Janeiro: Access, 1999. p. 9-32. p. 26). José
Murilo de Carvalho compartilha essa visão acerca do papel formador do da instituição, afirmando que
o colégio tornara-se uma escola-modelo que preparava os filhos de uma elite abastada
economicamente para a formação universitária. Pela instituição teria passado boa parte da elite cultural
do país, estudando ou ensinando (CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite
política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011).
96 “Second, a single Brazilian elite never existed. A national elite, based geographically on Rio de
Janeiro, was linked to and dominated local elites of varying importance. Success in the national elite
was aided by a strong position in a local elite. Leading members of the important local elites – those of
Rio de Janeiro province, Bahia, Pernambuco, and Southern Minas Gerais – could usually secure entry
into the national elite if they so desired and took initiative. An important constraint was that effective
membership in the national elite normally entailed residence in or near Rio de Janeiro. Members of local
elites of the smaller and weaker provinces, in particular Mato Grosso, Espírito Santo, and Amazonas,
were unlikely to obtain national elite membership unless unusually talented” (BARMAN, Roderick,
BARMAN, Jean. The Role of the Law Graduate in the Political Elite of Imperial Brazil. Journal of
Interamerican Studies and World Affairs. v. 18, n. 4. Novembro de 1976. Disponível em:
<http://www.jstor.org/>. Acesso em: 3 de julho de 2014. p. 425). (tradução nossa).
97 “The numerical superiority of the law graduates and the preeminence held by them in the Portuguese
administrative tradition helped to establish their dominance of the key political institutions of the Empire,
[…] the dominance of the law graduates gradually increased so that in the middle years of the Empire
fully seven out of every ten ministers and senators were law school graduates” (BARMAN, Roderick,
BARMAN, Jean. The Role of the Law Graduate in the Political Elite of Imperial Brazil. Journal of
Interamerican Studies and World Affairs. v. 18, n. 4. Novembro de 1976. Disponível em:
<http://www.jstor.org/>. Acesso em: 3 de julho de 2014. p. 426). (tradução livre).
50
98 CARVALHO, José Murilo de. Political Elites and State Building: The Case of Nineteenth-Century
Brazil. Comparative Studies in Society and History, v. 24, n. 3. Julho de 1982. Cambridge University
Press. p. 378-399. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/178507>. Acesso em 3 de janeiro de
2015.
99 Nos demais países da América Latina, um estudo conduzido por Rogelio Perdomo retrata um cenário
não muito distinto do que se apresentava também no Brasil. O direito era estudado nas faculdades –
com a diferença de terem sido fundadas universidades na América espanhol desde séculos antes que
no Brasil – mas os graduados não eram vistos apenas como profissionais, como técnicos do direito,
eram os letrados por excelência. E, entre eles, a categoria de intelectual se reservaria ao “jurista
acadêmico”, aqueles “que piensan sobre el derecho y escriben sobre él, que generalmente se
desempeñan como profesores universitarios y que frecuentemente también escriben ensayos o
artículos de opinión sobre temas considerablemente generales” (PERDOMO, Rogelio Pérez. Los
juristas como intelectuales y el nacimiento de los estados naciones en América Latina. In:
ALTAMIRANO, Carlos (org.). Historia de los intelectuales en América Latina: La ciudad letrada, de
la conquista al modernismo. Buenos Aires: Katz Editores, 2008. p. 168-183. p. 169). O processo de
ingresso nas faculdades fazia uma seleção social dos ingressos, revelando um caráter elitista: “El
origen social de estos hombres (las mujeres estaban excluidas de los estudios jurídicos y tenían
prohibido el ejercicio de la abogacía) era muy elevado: por lo general, se trataba de familias criollas
acomodadas. Para ingresar a la universidad se requería un certificado de pureza de sangre y ser
cristiano viejo, con lo cual se excluía a las personas de origen indígena, africano, moro o judío. (…) Los
estudios universitarios y el título de abogado podían elevar la posición social, lo que le permitía al
graduado posicionarse mejor para un buen matrimonio que incrementaría su fortuna personal.” Ainda
segundo o autor, a independência latino-americana, portanto significou não apenas a separação da
Espanha mas também a busca de um novo tipo de legitimidade jurídico-democrática. Daí, afirma o
autor, a enorme importância da instrumentalização jurídica da independência na forma dos congressos,
das constituições e das leis que acompanharam o processo, conclui que foram os juristas os grandes
ideólogos do novo regime e também os organizadores dos novos estados (PERDOMO, Rogelio Pérez.
Los juristas como intelectuales y el nacimiento de los estados naciones en América Latina. In:
ALTAMIRANO, Carlos (org.). Historia de los intelectuales en América Latina: La ciudad letrada, de
la conquista al modernismo. Buenos Aires: Katz Editores, 2008. p. 168-183. p. 172-173).
100 E antes da independência também. Coimbra fora o grande centro de formação de juristas do Império
priests trained in the colony, were more influenced by the subversive ideas of the time and more willing
51
to put them into practice trough political action than were their Coimbra fellows. It might not be an
exaggeration to say that it was easier to have access to the philosophes in the captaincy of Minas
Gerais, four hundred miles to the interior of Brazil, than at Coimbra” (CARVALHO, José Murilo de.
Political Elites and State Building: The Case of Nineteenth-Century Brazil. Comparative Studies in
Society and History, v. 24, n. 3. Julho de 1982. Cambridge University Press. p. 378-399. Disponível
em: <http://www.jstor.org/stable/178507>. Acesso em 3 de janeiro de 2015. p. 388).
102 Como ficou conhecido o período pós-pombalino em Portugal e as ações de “reversão” das políticas
do Marquês de Pombal.
103 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
Brazil. Comparative Studies in Society and History, v. 24, n. 3. Julho de 1982. Cambridge University
Press. p. 378-399. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/178507>. Acesso em 3 de janeiro de
2015. p. 397.
52
O próprio contexto político e económico era diferente, já que havia no ar, mais
do que nunca houvera antes, o desejo de inserir o Brasil numa modernidade
política e jurídica. Já do ponto de vista da cultura, a partir da década de 1850
o estofo necessário para aflorar um pensamento jurídico brasileiro – separado
da matriz portuguesa, que lhe fizera sobra até então – parecia estabelecido.
Havia novas gerações de professores e de juristas que haviam sido formados
nas academias brasileiras, sendo que alguns deles já gozavam de amplo
prestigio nacional. […] E foi também neste ano – mudança deveras
importante – que a Faculdade de direito de Olinda se transfere
definitivamente para o Recife. 106
O ciclo também fora rompido, na opinião de Carvalho 107, pela drástica redução
no número de funcionários públicos que o Estado consegui absorver refletindo no
aumento do número de advogados. Essa nova geração pressionava por mudanças
que resultassem em uma maior representação de seus interesses dentro do Estado,
reivindicando, por exemplo, o afastamento dos funcionários públicos quando no
exercício de mandatos representativos, especialmente magistrados. Suas
reinvindicações no entanto, visavam a acumulação e ascensão ao poder, não a
consolidação ou ampliação de suas bases sociais 108.
Ao contrário da geração anterior, na qual a probabilidade de pertencimento à
elite recortada por Barman e Barman era conferida pelo mero ato da graduação em
direito, na segunda metade do século XIX, o grau de bacharel não era mais
uma análise preliminar (1854-1879). Cuadernos del Instituto Antonio de Nebrija de Estudios sobre
la Universidad. v. 8. n. 1. Madrid, 2005. p. 104-105.
107 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
109 Há de se ressalvar que o bacharelismo, como se pode observar em Sérgio Buarque de Holanda,
não se reduz à formação em direito, apesar de ela ser a mais significativa: “bacharel, durante o Segundo
Reinado, aos poucos transformou-se em um termo que carregava, além de uma qualificação, um capital
simbólico fundamental. Na prática o bacharel era alguém com diploma em direito – dentro ou fora do
país. Todavia, jovens formados em matemática ou letras também podiam portar o título e disputar as
cada vez mais escassas vagas de emprego público” (SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do
imperador. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 119).
110 MOTA, Carlos Guilherme; FERREIRA, Gabriela Nunes (coord.). Os juristas na formação do
letrado, a bacharel, the possessor of an academic degree. The holders of postsecondary degrees fairly
can be said to have constituted the elite pool of the Brazilian Empire” (BARMAN, Roderick, BARMAN,
Jean. The Role of the Law Graduate in the Political Elite of Imperial Brazil. Journal of Interamerican
Studies and World Affairs. v. 18, n. 4. Novembro de 1976. Disponível em: <http://www.jstor.org/>.
Acesso em: 3 de julho de 2014. p. 425-426). (tradução nossa).
54
O estudo do jurídico, como atenta Paolo Grossi 113, deve ser realizado a partir
do interno, o que poderia ser criticado como um isolacionismo dos juristas, é na
verdade, o único procedimento autenticamente historicístico capaz de conseguir
posicionar a reflexão jurídica no percurso histórico.
Entretanto, o que faz dos juristas um grupo consistente e diferenciado é a
identificação por seus pares. Essa identificação passa pela análise em dois passos
sugerida anteriormente, de início a identificação do que liam, das referências culturais
e teóricas que possuíam, os círculos que frequentavam, quais obras estrangeiras
recepcionavam e, principalmente, de que forma. E, em segundo lugar, que discursos
reproduziam, o que e onde publicavam, de que forma atuavam na sociedade. O que
se busca, ressalte-se, não é o idêntico, o unânime, mas o típico, o que vai permitir a
diferenciação deste grupo de juristas em particular do universo de juristas,
funcionários públicos, bacharéis etc.
112 FONSECA, Ricardo Marcelo. A formação da cultura jurídica nacional e os cursos jurídicos no Brasil:
uma análise preliminar (1854-1879). Cuadernos del Instituto Antonio de Nebrija de Estudios sobre
la Universidad. v. 8. n. 1. Madrid, 2005.
113 GROSSI, Paolo. Scienza giuridica italiana: un profilo storico: 1860-1950. Milão: Giuffre, 2000.
55
114 FONSECA. Ricardo Marcelo. Os juristas e a cultura jurídica brasileira na segunda metade do
século XIX. Disponível em: < http://goo.gl/MZeJDk>. Acesso em 15 de novembro de 2009.
115 FONSECA, Ricardo Marcelo. A formação da cultura jurídica nacional e os cursos jurídicos no Brasil:
uma análise preliminar (1854-1879). Cuadernos del Instituto Antonio de Nebrija de Estudios sobre
la Universidad. v. 8. n. 1. Madrid, 2005. p. 107-108.
116 GUANDALINI JR., Walter. Gênese do direito administrativo brasileiro: formação, conteúdo e
função a ciência do direito administrativo durante a construção do Estado no Brasil imperial. Tese
(doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-
Graduação em Direito. Curitiba, 2011. RAMENZONI, Gabriela Lima. A construção de uma cultura
jurídica: Análise sobre o cotidiano do bacharel na Academia do Largo de São Francisco entre 1857-
1870. Dissertação de mestrado. Faculdade de Direito da Universidade De São Paulo. São Paulo, 2014.
DIAS, Rebeca Fernandes. Pensamento Criminológico na Primeira República: O Brasil Em Defesa
Da Sociedade. Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas,
Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba. 2015.
56
A meu juízo não foi obstáculo a que houvesse, fora dos estritos muros da
academia, um pensamento jurídico, nem que dentro da academia se
produzisse alguma coisa. Convivemos tradicionalmente com juristas fora de
posições de cátedra há muito tempo no Brasil (e fora do Brasil): Rui Barbosa
não foi professor, nem Pimenta Bueno, Visconde do Uruguai, Teixeira de
Freitas, ou Nabuco de Araújo; não o foi tampouco décadas depois João
Mangabeira. Foram, porém, juristas e deixaram sua marca nas doutrinas
nacionais. Escreveram comentários à legislação, manuais práticos, textos de
polêmica, leis e projetos de lei e reforma de leis, regulamentos e decretos. 119
117 RAMENZONI, Gabriela Lima. A construção de uma cultura jurídica: Análise sobre o cotidiano do
bacharel na Academia do Largo de São Francisco entre 1857-1870. Dissertação de mestrado.
Faculdade de Direito da Universidade De São Paulo. São Paulo, 2014.
118 HESPANHA, António Manuel. Um poder um pouco mais que simbólico: juristas e legisladores em
luta pelo poder de dizer o direito. In: FONSECA, Ricardo Marcelo e SEELAENDER, Airton Cerqueira
Leite (orgs.). História do Direito em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá,
2008. p. 149-199. p. 181.
119 LOPES, José Reinaldo Lima. O Oráculo de Delfos: o Conselho de Estado no Brasil-Império. São
120 HESPANHA, António Manuel. Um poder um pouco mais que simbólico: juristas e legisladores em
luta pelo poder de dizer o direito. In: FONSECA, R. M,; SEELAENDER, A. C. L. (orgs.). História do
Direito em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá, 2008. p. 149-199. p. 180.
121 ENGELMANN, Fabiano. Sociologia do campo jurídico: juristas e usos do direito. Porto Alegre:
122 Instituição fundada em 1843 também estendia suas funções para além da representação da classe
profissional, atuando como órgão cultural e como um órgão governamental, com caráter consultivo pelo
Imperador, como também pelos tribunais e ministérios. Em 1882 os estatutos do Instituto são
reformados, passando a se descrever como uma “associação científica de Advogados Brasileiros”,
seus objetivos passam a ser: “1) O estudo do Direito na sua história, no seu mais amplo
desenvolvimento, nas suas aplicações práticas e comparação com os diversos ramos da legislação
estrangeira; 2) A defesa dos réus desvalidos; 3) A organização da Ordem dos Advogados Brasileiros”.
123 HESPANHA, António Manuel. Tomando a história a sério - os exegetas segundo eles mesmos. In:
FONSECA, Ricardo Marcelo (org.). As formas do direito: ordem, razão e decisão (experiências
jurídicas antes e depois da modernidade). Curitiba: Juruá, 2013. p. 214.
124 HESPANHA, António Manuel. Tomando a história a sério - os exegetas segundo eles mesmos. In:
FONSECA, Ricardo Marcelo (org.). As formas do direito: ordem, razão e decisão (experiências
jurídicas antes e depois da modernidade). Curitiba: Juruá, 2013. p. 214.
59
contraria o senso comum de que citar o direito legislativo era mais moderno, enquanto
recorrer aos jurisconsultos era algo mais antigo.
125 HESPANHA, António Manuel. Tomando a história a sério - os exegetas segundo eles mesmos. In:
FONSECA, Ricardo Marcelo (org.). As formas do direito: ordem, razão e decisão (experiências
jurídicas antes e depois da modernidade). Curitiba: Juruá, 2013. p. 215.
126 No Brasil, essa disposição foi posta no artigo 8º da Lei de 11 de agosto de 1827: Os estudantes,
que se quiserem matricular nos Cursos Juridicos, devem apresentar as certidões de idade, porque
mostrem ter a de quinze annos completos, e de approvação da Lingua Franceza, Grammatica Latina,
Rhetorica, Philosophia Racional e Moral, e Geometria.
60
E o Sr. Candido Mendes, Jurisconsulto como é, tanto conheceu que não tinha
assento nas nossas leis os defensores espontaneos, que procurou inculcar-
se defensor por parte da justiça, dizendo: ‘Eu e meu collega estamos aqui
como se o proprio Tribunal nos tivesse designado; consideramos-nos
perfeitamente nomeados e não defensores espontaneos. 129 (grifo do autor).
admittir defensor espontaneo ao Réo que não quer defender-se. O Direito. v. 3, 1874. p. 601.
61
130 COELHO, Eduardo Campos. As profissões imperiais: medicina, engenharia e advocacia no Rio
de Janeiro – 1822-1930. Rio de Janeiro: Record, 2003.
131 BARBOSA, Samuel Rodrigues. Complexidade e meios textuais de difusão e seleção do direito civil
Quaderni Fiorentini Per la Storia del Pensiero Giuridico Moderno, 35 (2006), 255-338.
133 A Revista O Direito também foi usada como referência acerca de notícia da publicação de livros,
entretanto o volume e a variedade de autores que publicavam livros era muito inferior ao número de
articulistas da revista, o que confirmou essa suposição inicial para seleção da fonte primária de
pesquisa.
62
134 PETIT, Carlos. Revistas españolas y legislación extranjera. El hueco del derecho comparado.
Quaderni Fiorentini Per la Storia del Pensiero Giuridico Moderno, 35 (2006). p. 258.
135 “En otras palabras, la revista no solamente se convirtió en el texto de la nueva época; no sólo supo
cubrir las necesidades de un ordenamiento construido día tras día sobre las ruinas de un régimen
antiguo. La revista fue también el instrumento ideado por juristas para elaborar un discurso común en
torno a las normas y otorgarle así la categoría de ciencia” (PETIT, Carlos. Revistas españolas y
legislación extranjera. El hueco del derecho comparado. Quaderni Fiorentini Per la Storia del
Pensiero Giuridico Moderno, 35 (2006). p. 258). (tradução nossa).
63
136 “Las revistas jurídicas son el nervio del orden jurídico del siglo XX, tienen una labor editorial
generalizada en el campo de las ciencias, las artes y las letras. Permite tomar el pulso a la vida del
Derecho. Reside en ellas la libertad que no poseen los tratados y los manuales. En ellas encontramos
el pasado, el presente y el futuro, sean obras frustradas sean capítulos de futuras publicaciones (TAU
ANZOÁTEGUI, 1997, 8). Ellas contienen la creación jurídica del jurista con independencia del
absolutismo legal o como nacimiento del conocimiento jurídico. En ellas se ve brotar nuevas disciplinas,
en un rápido proceso de especialización. Muestran el complejo del pensamiento jurídico en diferentes
niveles de expresión (GROSSI, 1997, 24)” (ANZOÁTEGUI, Víctor Tau. GROSSI, Paolo. La revista
jurídica en la cultura contemporánea, Buenos Aires, Ediciones Ciudad Argentina, 1997. Apud:
FRONTERA, Juan Carlos. El Desarrollo De La Filosofía Del Derecho Y Su Enseñanza A Través De La
Revista Jurídica Y De Ciencias Sociales (1884-1910). Revista Electrónica del Instituto de
Investigaciones "Ambrosio L. Gioja". Ano II, n. 2, 2008). (tradução nossa).
137 “Una Rivista può anche essere un contenitore innocuo e insignificante di materiali che si accatastano
al suo interno senza ordine e garbo, ma dovrebbe invece essere – e spesso lo è – collettività intenta
nel laboro comune, e pertanto laboratorio sperimentale, e pertanto progetto in azione. Come tale, come
manifestazione intensamente speculare del gioco di forze e del dibattito circolante in un’area
disciplinare, la Revista è tema e problema investigato da tempo con attenzione e dovizia d’indagini in
parecchi territorii culturali; si può anche constatare tuttavia che è stato pressoché ignorato dai giuristi.
Eppure, siamo convinti che, ieri como oggi, ieri – senza dubbio – più che oggi, questo costituisca uno
dei temi più espressivi della cultura giuridica, che ha trovato nella pubblicistica periodica l’officina
adeguada per tracciare disegni programmatici e cimentarsi, nello stesso tempo, a realizzarli. Anche in
questa circostanza i giuristi rivelano d’essere quel che tropo spesso sono: dei personaggi distratti e dei
pessimi amministratori del loro patrimonio culturale; pessimi amministratori soprattutto perché ignorante
della entità e rilevanza di quel patrimonio” (GROSSI, Paolo. Pagina Introduttiva. Quaderni Fiorentini
per la storia del pensiero giuridico moderno: Riviste giuridiche italiane (1865-1945), 8 v. 16 (Milão,
1987). p. 1-5. p. 1). (tradução nossa).
64
138 “Spesso – certamente non sempre, ma spesso - è una cultura locale che affiora, soprattutto a
cavaliere fra Ottocento e Novecento,[…] mostra chiare le tracce di un inserimento nel dibattito culturale
a largo raggio, rivela sensibilità e disponibilità nello ‘elargamento’ del discorso dalla bassa corte degli
accorgimenti tecnici al più ampio spazio dei problemi squisitamente teoretici, alle costruzioni
sistematiche, alle idealità ideologie opzioni filosofiche che circolano nell’affollato quadrivio fra i due
secoli. È una selva dimenticata di minuscole ‘Temi’ e piccoli ‘Fori’ locali, dimenticati sì tutti ma forse non
tutti dimenticabili; […] Come per certe dimenticate soffitte, crediamo che non mancherebbero ‘sorprese’
gratificanti” (GROSSI, Paolo. Pagina Introduttiva. Quaderni Fiorentini per la storia del pensiero
giuridico moderno: Riviste giuridiche italiane (1865-1945), 8 v. 16 (Milão, 1987). p. 1-5. p. 4). (tradução
livre).
139 Neste colóquio é proposta a interessantíssima questão acerca das revistas como formadores da
cultura jurídica ou apenas um meio de transmissão e fomento. GROSSI, Paolo. Chiarimenti preliminar.
In: La "cultura" delle riviste giuridiche italiane: Atti dell'incontro di studio. v. 13. Milão: Giuffrè, 1984.
140 “Intendiamo cioè assumere la Rivista come strumento che superi i termini limitati, anche se
dimensão crítica, nem receptiva, nem passiva, mas incisiva enquanto tentativa de
interpretação da realidade complexa seja pela de sua linguagem própria e peculiar ou
pela sua perspectiva que capta a realidade em certos valores autônomos.
Essa realidade, ao final do século XIX, era, por natureza, plural. A
efervescência causada pelo surgimento de nações soberanas, direito nacional,
legislador estatal, códigos, convivendo harmonicamente nessas décadas, indica um
processo maior do que uma mera coincidência cronológica, conforme explica Petit.
Para o autor, todos esses fatores foram estudados nas páginas das revistas jurídicas
e era em suas páginas que se elaboraram novos modos de expressão e de
pensamento que a nova ordem nacional exigia 141.
Sobretudo, o professor italiano explica que a revista se apresenta como uma
comunidade operante dedicada a um fim, sendo para ele o ambiente ideal para a
promoção cultural – ao menos enquanto seu arquétipo ideal142.
141 PETIT, Carlos. Revistas españolas y legislación extranjera. El hueco del derecho comparado.
Quaderni Fiorentini Per la Storia del Pensiero Giuridico Moderno, 35 (2006), 255-338.
142 GROSSI, Paolo. Chiarimenti preliminar. In: La "cultura" delle riviste giuridiche italiane: Atti
144 BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha:
Il Mulino, 1996. p. 44-45.
145 “La rivista - soprattutto nei primi anni della sua pubblicazione – può essere, considerata come un
culturale delle antiche “società di discorsi” – le accademie e i giornali forensi – rappresentative di limitate
soggettività di ceto e di particolari interessi professionali, ma prefigura con sempre maggiore chiarezza
(…) la sua vocazione di revista nazionale, di dottrine e di discipline, indirizzata all'inter cultura giuridica
italiana e all'unificazione dei suoi maggiori gruppi intellettuali. Contemporaneamente infatti si fa strada
l'immagine e l'egemonia di un nuovo giurista, professore universitario e scienziato, studioso e
67
funzionario pubblico che occupa da posizione dominante la scena nazionale” (BENEDUCE, Pasquale.
Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p. 110).
(tradução nossa).
147 FORMIGA, Armando Soares de Castro. Periodismo jurídico no Brasil do século XIX. História do
Em 1862 foi lançada sob direção de José da Silva Costa, à época estudante
do 5º ano da Faculdade de Direito de São Paulo e por José Carlos Rodrigues,
estudante do 3º ano da mesma faculdade, a Revista Jurídica: Doutrina Jurisprudência
e Bibliografia que trazia artigos, julgados e resenhas bibliográficas. Na
apresentação 153 do periódico, escrita por Ernesto Ferreira França, expõe que o
objetivo principal da publicação é superar as contradições notadas dos arestos aos
Tribunais derivadas, segundo o autor, do isolamento decorrente da amplitude do
território nacional.
152 FORMIGA, Armando Soares de Castro. O periodismo jurídico oitocentista na órbita das academias
brasileiras. Revista de Integração Universitária, v. 1. Palmas, Faculdade Católica do Tocantins, 2007.
p. 108.
153 FRANÇA, Ernesto Ferreira. A Revista Jurídica. Revista Jurídica: Doutrina Jurisprudência e
Bibliografia. N. 1. Volume 1. São Paulo, 1862. Disponível em: < http://goo.gl/0mBHuz>. Acesso em: 2
de março de 2015.
154 FORMIGA, Armando Soares de Castro. O periodismo jurídico oitocentista na órbita das academias
como a Questão Religiosa 155, não havia qualquer óbice em publicar posições
contrárias à sua.
Para evitar equívocos, cumpre-nos declarar que a redação do Direito não tem
responsabilidade ou solidariedade alguma nos artigos ou críticas assignadas
por qualquer dos membros da redacção. Cada um responde pelo que escreve
e assigna, e não a redacção.
Ao inverso das publicações políticas, que precisão de que haja
homogeneidade de ideias entre seus redactores, uma Revista jurídica deve
ser um campo neutro em que se discutão com isenção todas as theses no
interesse da sciencia e da jurisprudência.
No templo da sciencia do direito podem ser sacerdotes maçons,
ultramontanos, liberaes, conservadores e republicanos. Para que tirar-lhe
esta majestosa tolerancia, a que devemos o aperfeiçoamento das leis?
Fica, pois, entendido que pelos artigos do “Direito” responde só quem os
assigna, e que esta Revista é um porto aberto a todos, menos aos piratas.
Monte Junior. 156
155 Forma como ficou conhecido o episódio que resultou no processo dos bispos s, Dom Vital e Dom
Macedo Costa, por aplicarem ordenações papais não aprovadas pelo governo e desobedecerem ordem
imperial direta em sentido contrário. A questão, obviamente, foi parte de um processo do agravamento
dos conflitos e animosidades envolvendo a Igreja, a maçonaria e o Estado com antecedentes e
repercussões que excedem os limites desse texto.
156 O Direito. v. 3, 1874, p. 607.
157 LOPES, José Reinaldo de Lima. O direito na história: lições introdutórias. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2008. p. 310.
158 LOPES, José Reinaldo de Lima. O direito na história: lições introdutórias. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2008. p. 310.
71
ao Código Civil de 1916. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências
Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2009.
162 FERREIRA, Breezy Miyazato Vizeu. O direito matrimonial na segunda metade do século XIX:
uma análise histórico-jurídica. 2008. 138f. Dissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná,
Setor de Ciencias Jurídicas, Programa de Pós-Graduaçao em Direito. Curitiba, 2008.
163 “Las revistas eran una magna colección documental de actos verbales y de escritos apoyados muy
tesis mantenidas en una lección doctoral de derecho penal, mediante unas pocas páginas (370-378)
así inspiradas por dicha actuación oral precedente; una de esas lecciones, ahora sobre la sucesión por
causa de muerte (343- 363); la polémica literaria con un orador académico, cuya tesis se refuta en una
suerte de diálogo servido por la imprenta […]” (PETIT, Carlos. Discurso sobre el Discurso: oralidad y
escritura en la cultura jurídica de la España liberal. Huelva: Universidad de Huelva, 2000. p. 129).
164 RAMOS, Henrique Cesar Monteiro Barahona. A Revista “O Direito” – Periodismo Jurídico e Política
166 RAMOS, Henrique Cesar Monteiro Barahona. A Revista “O Direito” – Periodismo Jurídico e
Política no final do Império do Brasil. Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídicas e Sociais.
Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito. Universidade Federal Fluminense: Niterói, 2009.
p. 67.
167 RAMOS, Henrique Cesar Monteiro Barahona. A Revista “O Direito” – Periodismo Jurídico e
PRADO, Maria Emília (org.). Obras políticas do Brasil Imperial: Dicionário do Pensamento Brasileiro.
1ed. Rio de Janeiro: Revan, 2012, v. 1, p. 133-139.
169 LYNCH, Christian. Joaquim Saldanha Marinho, 1816-1895: O Rei e o Partido Liberal, 1869. In:
PRADO, Maria Emília (org.). Obras políticas do Brasil Imperial: Dicionário do Pensamento Brasileiro.
1ed. Rio de Janeiro: Revan, 2012, v. 1, p. 133-139. p. 138.
74
170 RAMOS, Henrique Cesar Monteiro Barahona. A Revista “O Direito” – Periodismo Jurídico e Política
no final do Império do Brasil. Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídicas e Sociais. Programa de
Pós-Graduação em Sociologia e Direito. Universidade Federal Fluminense: Niterói, 2009. p. 59-60.
171 RAMOS, Henrique Cesar Monteiro Barahona. A Revista “O Direito” – Periodismo Jurídico e Política
172RAMOS, Henrique Cesar Monteiro Barahona. A Revista “O Direito” – Periodismo Jurídico e Política
no final do Império do Brasil. Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídicas e Sociais. Programa de
Pós-Graduação em Sociologia e Direito. Universidade Federal Fluminense: Niterói, 2009. p. 91.
76
É justamente esta percepção subjetiva que deve ser hoje controlada por
processos que, com todos os défices que possam ter, nos informem sobre o
que os próprios textos, eles mesmos, nos transmitem. Um destes métodos é
o da análise de conteúdo que, tomando o próprio texto e prescindindo das
intenções dos autores ou dos enviesamentos da leitura, extrai a informação
bruta que o texto nos pode dar. 175
173 RAMOS, Henrique Cesar Monteiro Barahona. A Revista “O Direito” – Periodismo Jurídico e Política
no final do Império do Brasil. Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídicas e Sociais. Programa de
Pós-Graduação em Sociologia e Direito. Universidade Federal Fluminense: Niterói, 2009. p. 56.
174 HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX:
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010.
175 HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX:
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 110.
176 HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX:
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 11.
77
importante questão de pesquisa, nos termos colocados pelo próprio autor, a questão
de saber qual era o direito efetivamente aplicado. Quais eram os atores sociais
envolvido efetivamente no debate jurídico do século XIX e o que efetivamente
circulava e fomentava seu discurso?
Para o presente estudo foram considerados todos os volumes disponíveis 177
publicados entre 1873 e 1889. A revista, que a partir do sexto volume alterou o
subtítulo para O Direito: revista mensal de legislação, doutrina e jurisprudência,
dividia-se em quatro partes: Doutrina, Jurisprudência, Legislação e Bibliografia.
Eventualmente eram publicadas outras sessões como Variedades, na qual eram
lançados dados sociais e institucionais, por exemplo os nomes de todos os bacharéis
por São Paulo até então.
A parte de Doutrina sempre trazia um ou mais artigos com tema variado. Com
a pesquisa foi possível comprovar a variedade temática a que se propunha a revista.
A classificação dos temas levada a cabo no Apêndice 1 foi feita com base na leitura
superficial dos textos, buscando-se a mais geral possível. Assim que sucessões,
direitos reais e divórcio, por exemplo, foram incluídos sob o ramo do Direito Civil.
Artigos acerca de regimentos de custas, competências de escriturários, formas de
organização do poder judiciário, por sua vez, foram colocadas sob o rótulo
Administração da Justiça. Artigos destinados à crítica contemporânea, à magistratura
enquanto corpo social e à jurisprudência foram assim classificados.
A classificação não se destina a determinar qual dos ramos do direito era mais
difundido ou fomentava mais questões dos doutrinadores, mas permite uma
aproximação às principais problemáticas dos juristas. Quais eram as questões que os
moviam? Economia ou Direito Canônico ou Natural tinham presença menor que
preocupações acerca dos direitos sucessórios de órfãos, para citar um exemplo
bastante recorrente. Ainda nessa seara é importante lembrar que se tratava de uma
publicação técnica, destinada a ser material de consulta para juristas e para
advogados e não advogados que operavam o sistema judicial178. A “utilidade” da
177 Apenas o volume 2 não foi localizado, entretanto, o volume 1 contempla todos os números de 1873
e os volumes 3, 4 e 5 os números de 1874, assim que a ausência do volume 2 pode ser reflexo da
mudança de organização da publicação no decorrer de sua existência.
178 Semelhante ao Archivio giuridico italiano, estudado por Pasquale Beneduce: “L’Archivio giuridico’
presenta ai suoi esordi un atteggiamento inclusivo e pragmatico indirizzato verso il mondo italiano degli
avvocati e dei magistrati del foro e nei confronti dei modelli a cui quest'ultimo fa ancora riferimento, in
primo luogo la cultu ra francese e le sue maggiori riviste a contenuto misto. I contatti dell'«Archivio» con
i giuristi pratici delle varie città italiane intendono infatti assicurare al periodico, oltre a un numero
consistente di collaboratori e lettori, anche un costante alimento finanziario e ideale” (BENEDUCE,
78
Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p.
58).
79
179
O Direito. v. 1, 1873, p. 2.
80
180 A sugestão de tal metodologia foi afortunadamente feita pelo professor António Manuel Hespanha
e que fora também objeto de uma das sessões de seu curso em Curitiba no ano de 2013, do material
de apoio utilizado nas aulas se extrai: “A análise de conteúdo é um método largamente usado de
tratamento – hoje frequentemente automatizado – da informação. O seu objectivo é o de, por meios
tendencialmente objectivos, captar os sentidos dos textos - incluindo as suas dimensões performativas
e as suas relações com o ambiente cultural em que são produzidos - utilizando elementos do próprio
texto. Pode revestir várias modalidades, desde as mais simples (contagem das ocorrências – ou co-
ocorrências - de certas palavras) a análises mais complicadas, como a da descoberta de estruturas de
argumentação ou organização textual” (HESPANHA, António Manuel. Breve Nota Introdutória à
Análise do Discurso Jurídico. Disponível em: <https://goo.gl/XZ8OVq”>. Acesso em 3 de março de
2015). Além disso também devem ser consideradas as limitações da análise de conteúdo, a simples
contagem da ocorrência de certos termos informa muito menos do que sua contextualização e que sua
análise combinada (HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e
brasileira do século XIX: Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del
pensiero giuridico moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 109-151).
181 Interessante observar que muitos artigos principalmente nos primeiros anos da revista não eram
intitulados. Por vezes os autores enumeravam as principais teses que pretendiam abordar em alguns
pares de tópicos. Nos resultados da pesquisa, esse pequeno texto foi apresentado à guisa de título
para identificação do texto. Essa estética era encontrada em outros textos, citando Hespanha o curioso
caso do livro de Jean Guillaume: Esprit du Code Napoléon, tiré de la discussion, ou, Conférence
historique, analytique et raisonnée du projet de Code civil, des observations des tribunaux, des procès-
verbaux du Conseil d'état, des observations du tribunat, des exposés de motifs, des rapports et discours,
&c, &c.
81
182 “Desde la perspectiva del colaborador que las realiza, las notas de bibliografía documentan um
interesante momento profesional que conjura vínculos, refuerza o relaja contatos, asegura la
distribución de libros, difunde modelos, estimula la práctica del comentário recíproco… En uma palabra,
la vía para renovar um meritorio, mas envejecido, periódico también es el médio de formar una
comunidad de disciplina y, en fin, de realizar el diseño ‘científico’ del saber jurídico en un ámbito
dominado hasta entonces por el ‘modelo forense’ descrito más arriba” (PETIT, Carlos. Revistas
españolas y legislación extranjera. El hueco del derecho comparado. Quaderni Fiorentini Per la Storia
del Pensiero Giuridico Moderno, 35 (2006), 255-338. p. 315).
183 O professor português, no texto citado, trabalha com as fontes citadas de “propósito”, pois lhe
interessa relacionar as fontes utilizadas enquanto “razões de decidir”, já que por vezes não citadas
autoridades rejeitadas ou leis revogadas ou razões divergentes do autor do texto, mas também
possíveis. (HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do
século XIX: Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero
giuridico moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 109-151).
82
que, em razão da facilidade que se procura dar às transações, o rigor do antigo direito
se tem modificado" 184.
A classificação em referência foi utilizada quando o articulista apenas indicava
outras referências sobre o tema, sem paráfrase ou sem discorrer sobre a fontes
especificamente. Como exemplo, a nota 2 do texto de Francisco Peixoto de Lacerda
Werneck: “(2) Ord., liv. 4°, tit. 19, princ. - Teixeira de Freitas, Consolidação das Leis
Civis, art. 366 e nota; Mourlon, Répétition sur le Cod. (mesmo § ns. 1035 w 1482;
Laurent, Cours de Droit Civil, ns. 468, e neste Merlin, Repertoire, vb. Loi, § 6°, n. 7;
vb. Nullité, § 1º, n. 5”185. Por fim, ainda foram diferenciadas as meras menções ou
alusões a obras, autores, autoridades ou pensadores. Nessa categoria incluíram-se
citações simples, como exemplo: "Não podemos, porém, deixar de reconhecer que,
se esta é a opinião de Olegário (Prática das Correições) e Barroso (Questões Práticas
de Direito Criminal), opinião contrária é seguida por autoridades como M. da Cunha
(Observações sobre o Código do Processo Criminal), e Ramalho (Elementos do
Processo Criminal)" 186.
Outras informações quanto à referência bibliográfica da obra (como ano de
publicação e idioma) foram colacionadas sempre que localizadas no texto analisado.
O estilo da época não obrigada a um padrão na forma de citação, nem mesmo ao que
hoje se considera uma convenção mínima e atribuir autoria e citar a obra utilizada.
Portanto, são comumente observadas citações como “ensina o ilustrado autor das
Primeiras Linhas do Processo Orphanológico”, sem que seja necessário apontar que
o ilustrado autor foi José Pereira de Carvalho. Outras muitas não há citação a uma
obra específica, mas referência a linha seguida pelo autor: “Só sendo o fiador judicial
pôde executar-se a sentença contra o devedor (Guerreiro, Moraes, Phebo), porque
ahi está o Codigo, na fiança judicial até as testemunhas de abonação são
184 Extrato do texto: 1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se declara o
preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode opor embargos infringentes do julgado,
é valiosa?, de autoria de João Damasceno Pinto de Mendonça, publicado no primeiro volume da
Revista O Direito em 1873.
185 WERNECK, Francisco Peixoto de Lacerda. 1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens
sujeitos a anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de hypotheca, constitue
nullidade de pleno direito absoluta?... O Direito. v. 46. P. 13.
186 Extrato do texto: O perdão do ofendido miserável isenta seu defensor das penas, não sendo o crime
d'aqueles em que cabe ação pública?, de autoria de Antonio de Ferreira França, publicado no terceiro
volume da Revista O Direito em 1874.
83
187 SILVEIRA, Luiz de Souza da. Os fiadores commerciaes gozam do beneficio de ordem. O Direito, v.
5, 1874. p. 172.
188 MENDONÇA, João Damasceno Pinto de. As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno
alheio não podem por si sós ser objecto de hypotbeca. O Direito. v. 9. P. 429-430.
189 SOUZA, André Peixoto de. Direito público e modernização jurídica: elementos para compreensão
da formação da cultura jurídica brasileira no séc. XX. Tese (doutorado) – Universidade Federal do
Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2010. p. 1. De
qual também trata: HESPANHA, António Manuel. Tomando a história a sério - os exegetas segundo
eles mesmos. In: FONSECA, Ricardo Marcelo (org.). As formas do direito: ordem, razão e decisão
(experiências jurídicas antes e depois da modernidade). Curitiba: Juruá, 2013.
84
190 Carlos Petit trata da relação estreita entre direito civil e identidade nacional. Em que pese o autor
tratar unicamente da Espanha, o caráter “universal” do direito civil por regular as relações humanas
mais íntimas também o faz, sem contradição, profundamente “nacional”. “Así nos explicamos por fin (i)
el confesado iusnaturalismo del célebre civilista: la nacionalidad (española) del derecho civil coexiste
sin contradicciones con la universalidad del derecho natural, pues el primero declinaría nacionalmente
las directrices del segundo; de hecho, sin poner nunca en riesgo su repercusión universal, el contenido
‘espiritual’ del derecho español ofrecía, en sí mismo, un insoslayable componente identitario. Y por
supuesto, los principios generales del viejo art. 6, “unos para toda España” según advierte DE CASTRO
Y BRAVO (1949, p. 411), serían en gran parte “los principios de Derecho natural”. (PETIT, Carlos.
Derecho civil e identidad nacional. Revista para el Análisis del derecho. Barcelona, Julho de 2011.
p. 6. Disponível em: <www. Indret.com>. Acesso em: 18 de fevereiro de 2014.
191 FONSECA, Ricardo Marcelo. Teixeira de Freitas: um jurista "traidor" na modernização jurídica
brasileira. Revista do Instituto Histórico e Geographico Brazileiro, v. 452, p. 341-354, 2011. p. 344.
85
192 BARBOSA, Samuel Rodrigues. Complexidade e meios textuais de difusão e seleção do direito civil
brasileiro pré-codificação. In: FONSECA, R. M,; SEELAENDER, A. C. L. (orgs.). História do Direito
em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá, 2008. p. 361-373. p. 362.
193 BARBOSA, Samuel Rodrigues. Complexidade e meios textuais de difusão e seleção do direito civil
dar às transações, o rigor do antigo direito se tem modificado" 194. Ainda, foram
diferenciadas as meras menções ou alusões a obras, autores, autoridades ou
pensadores. Nessa categoria incluíram-se referências como exemplo: "Não podemos,
porém, deixar de reconhecer que, se esta é a opinião de Olegário (Prática das
Correições) e Barroso (Questões Práticas de Direito Criminal), opinião contrária é
seguida por autoridades como M. da Cunha (Observações sobre o Código do
Processo Criminal), e Ramalho (Elementos do Processo Criminal)" 195. Por fim, foram
nomeadas referências aquelas de caráter meramente bibliográfico, sem remissão a
trechos específicos da obra foram classificadas dessa forma quando apenas
indicavam outros textos complementares à leitura, em geral em notas de rodapé.
A forma de citação, à falta de um conjunto de regras, pode parecer, aos
pesquisadores de hoje, incompleta. Ainda que fosse possível pelo contexto e pela
temática deduzir o restante da referência bibliográfica da obra citada, a apresentação
dos resultados anexa manteve apenas os dados que apareciam no corpo do próprio
texto analisado. Ainda que incompletas citações como “ensina o ilustrado autor das
Primeiras Linhas do Processo Orphanológico”, eram suficientes aos interlocutores o
texto, sem que fosse necessário apontar que o ilustrado autor foi José Pereira de
Carvalho. Ainda é importante destacar que, com o objetivo de evitar “falsos positivos”
nos resultados da pesquisa, foram omitidos em cada texto resultados duplicados.
Essa foi uma opção de pesquisa em razão das perguntas feitas às fontes, no intuito
de compor um universo de fontes dos juristas. Pesquisas diferentes comportam outro
método. Assim se, em um mesmo texto o autor cita reiteradamente o mesmo autor e
mesma obra, foi elencada na tabela apenas uma citação, entretanto, se as citações
eram diferentes quanto à forma, direta, indireta ou simples menção, essa distinção foi
mantida nos resultados.
Resta ainda esclarecer que embora seja de conhecimento geral a data de
publicação de muitas das obras ali citadas, manteve-se o ano da publicação indicada
nos artigos e o idioma em que foi feita a citação quando direta. O ano foi mantido com
a intenção de apresentar a edição a que o articulista teve acesso e não
194 Extraído do texto: 1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se declara o
preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode opor embargos infringentes do julgado,
é valiosa?, de autoria de João Damasceno Pinto de Mendonça, publicado no primeiro volume da
Revista O Direito em 1873.
195 Extrato do texto: O perdão do ofendido miserável isenta seu defensor das penas, não sendo o crime
d'aqueles em que cabe ação pública?, de autoria de Antonio de Ferreira França, publicado no terceiro
volume da Revista O Direito em 1874.
87
Tabela 1: Autores mais citados nos artigos selecionados de doutrina (Direito Civil).
Considerado no quadro acima a soma dos artigos que citam alguma doutrina
portuguesa, os autores lusitanos ainda, na segunda metade do século XIX,
representam a maioria das fontes citadas. Isso leva à conclusão lógica que a maior
influência dos juristas brasileiros seguia sendo de doutrinadores portugueses.
Entretanto, ainda que essa seja uma dedução possível a partir dos dados coletados,
outros fatores como idioma e acesso às obras também podem ter contribuído.
Ademais, são autores familiares aos juristas, alguns estudados desde a faculdade
como é o caso de Pascoal José de Mello Freire, cujas obras eram indicadas como
compêndios ainda na década de 1830 na Faculdade de Direito de São Paulo.
89
Figura 2: Ensaio d’um Quadro Estatístico da Província de São Paulo. São Paulo: Tipografia de
Costa Silveira, 1838.
196 STAUT JÚNIOR, Sérgio Said. A posse no direito brasileiro da segunda metade do século XIX
ao Código Civil de 1916. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências
Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2009.
197 FERREIRA, Breezy Miyazato Vizeu. O direito matrimonial na segunda metade do século XIX:
uma análise histórico-jurídica. 2008. 138f. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná,
Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-graduação em Direito. Curitiba, 2008.
198 GRINBERG, Keila. O Fiador dos Brasileiros. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
90
199 Autores e títulos foram indicados no Apêndice 1, juntamente com o volume da revista em que
aparecem para localização e a classificação discricionária do principal tema abordado.
200 Da necessidade de se fundamentarem as sentenças. O Direito. v. 21. 1881. p. 36.
91
Tabela 2: Autores que mais publicaram na Revista O Direito entre 1873 e 1889.
Todos os demais 171 autores publicaram duas ou apenas uma vez na revista
durante o período investigado 201. O que confirma a diversidade de autores e a abertura
da publicação a um variado conjunto de juristas.
Dentre aqueles que mais escreveram, estão quase todos os membros do
conselho editorial da própria revista: Francisco Balthazar da Silveira, Tristão de
Alencar Araripe, Olegário Herculano d’Aquino e Castro e Antonio Joaquim Ribas, já
brevemente biografados anteriormente. João José do Monte Júnior escreveu três
201A relação completa de autores e quais artigos publicaram individualmente na revista está no
Apêndice 1 ao final do trabalho.
93
artigos e Joaquim Saldanha Marinho apenas um, embora tenha tido pareceres e
decisões enquanto membro do Conselho de Estado publicadas com frequência.
Outro ponto inicial a se destacar é distribuição da participação dos articulistas
ao longo do período estudado. Antonio Joaquim Macedo Soares, Tertuliano
Henriques, Antonio Herculano de Sousa Bandeira Filho e outros publicavam com
regularidade ao longo dos anos. Outros, dentre os quais se destaca Augusto Teixeira
de Freitas publicou doze artigos em apenas dois anos, em mais de uma ocasião
portanto, publicou mais de um artigo por volume da revista (lembrando que os volumes
continham quatro números).
O grupo de 53 juristas acima foi responsável portanto por sessenta por cento
do total de artigos publicados na revista até a última edição de 1889. Portanto, para
analisar o perfil dos articulistas do periódico analisado, em que pese serem a minoria,
é possível considerá-los uma minoria qualificada.
202 http://www.stf.jus.br/portal/ministro/verMinistro.asp?periodo=stf&id=154
94
203CARMO, Anderson Braga do. A Sociedade Brasileira No Século Xix: Uma Construção Léxico
Discursiva Da História. Anais do X Encontro do CELSUL – Círculo de Estudos Linguísticos do Sul
UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel-PR, 24 a 26 de outubro de 2012,
ISSN 2178-7751.
95
tem no seio da sua legislação esse monumento, e, pela bocca dos seus
representantes, inquire: -Pois essa lei salvadora não tem tido execução? pois
só agora é que o Poder Judiciário se lembra de executa l-a? E o Governo, os
Governos de 52 annos decorridos não viram que a lei não era executada?
como não promoveram a sua execucão, pois é este o seu dever
constitucional? E, pelo decurso de tão longo tempo, Dão terá ella cahido em
desuso? não é uma lei morta'? não está ipso facto revogada? - Não! (houve
felizmente ministro que o dicesse, porque si o não dicera bocca de ministro
ninguem acreditara; e esse ministro foi o eminente jurisconsulto Sr.
Conselheiro Lafayette); não! a lei está em vigor, sempre esteve, nem ha razão
por que não esteja. Os magistrados que a vão applicando obram na orbita
das suas funcções proprias; e o Poder Executivo nada tem que fazer si não
respeitar a independência do Poder Judicial, tão soberano como elle. 204
204 SOARES, Antonio Joaquim de Macedo. A Lei de 7 de Novembro de 1831 está em vigor. O Direito,
v. 32, 1883. p. 321.
205 “Salvo melhor juízo, parecer ter sido no ano de 1883 que, de fato, começou-se a disseminar com
maior alcance e intensidade, nos periódicos jurídicos, precedentes acatando esse entendimento, como
duas sentenças do juiz municipal de São João da Barra, Amphilopho B. Freire de Carvalho, nas causas
propostas pelo preto Leandro e por Antonio e Rufino (O Direito, v. 33, jan./abril 1884, p. 283-284 e p.
565-585). Na segunda delas, analisa-se detidamente as diversas posições pró e contra a vigência das
regras de extinção do tráfico, com a conclusão, enfim, de que “O decreto de 7 de novembro de 1831
não está, nem jamais esteve em desuso”. Conquanto a predisposição do magistrado para aceitar tão
peremptoriamente a aplicação desses dispositivos como “favor legal à liberdade” fosse quase tão
exótica quanto era seu nome, os editores da revista pareciam empenhados em fazer prevalecer tal
interpretação. Os volumes seguintes conteriam inúmeros exemplos de julgados semelhantes sob a
rubrica” (HOSHINO, Thiago de Azevedo Pinheiro. Entre o "espírito da lei" e o "espírito do século":
a urdidura de uma cultura jurídica da liberdade nas malhas da escravidão (Curitiba, 1868-1888).
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de
Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2013. p. 101).
206 Disponível em: <https://goo.gl/2qQDVF>. Acesso em: 2 de março de 2015.
96
direito judiciário, em 1878 em si, ano de seu falecimento, quando ocupava o cargo de
desembargador na Relação de Ouro Preto.
Olegario Herculano D´Aquino e Castro, parte do grupo do conselho editorial
da revista, publicou artigos em temas bastante variados: em Direito Comercial,
Criminal e assuntos relacionados à atividade na magistratura, dos quais se destacam
os textos: Prisão preventiva dos Desembargadores, Os Juizes de Direito são,
competentes para nomearem solicitadores provisorios, quando haja em sua comarca
provisionados pelo Presidente da respectiva Relação, independente de exame de
suficiência e Tribunaes correccionaes.
Além dos artigos acima relacionados, Aquino e Castro publicou
individualmente outros sete artigos sobre a Reforma Judiciária e outros dois em
conjunto com o deputado Leandro de Chaves Mello Ratisbona. Ambos juntamente
com Lafayette Rodrigues Pereira integraram a comissão imperial formada em 1882
para elaborar o projeto de Reforma Judiciária. Como se vê em nota do artigo Reforma
Judiciaria: Projectos apresentados pela commissão nomeada pelo governo em 1882
e precedidos de uma exposição de motivos, Aquino e Castro indica que a reforma foi
em verdade um trabalho individual seu ao invés de conjunto:
207 AQUINO E CASTRO, Olegario Herculano de. Reforma Judiciaria: Projectos apresentados pela
commissão nomeada pelo governo em 1882 e precedidos de uma exposição de motivos. O Direito,
volume 31, 1883. p. 161.
97
209 SOUZA, Ioneide Piffano Brion de. Verbete OTONI, Carlos Honório Benedito. Dicionário histórico-
biográfico da Primeira República 1889-1930. Disponível em http://cpdoc.fgv.br/dicionario-primeira-
republica. Acesso em 3 de março de 2015.
210 KOERNER, Andrei. Judiciário e cidadania na constituição da República brasileira (1841-1920).
pressão cada vez maior por participação nos cargos políticos de elementos não
ligados à burocracia estatal212. José Murilo de Carvalho afirma ainda que:
212 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2011. p. 175.
213 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
artigos publicados, como o texto Filiação Legitima, resposta de Teixeira de Freitas aos
comentários feitos na seção Bibliographia da Gazeta Jurídica de agosto de 1876.
Na carta publicada logo após a apresentação do proprietário da revista,
Teixeira de Freitas apresenta seus próprios termos de participação na Revista:
Para ele, o Sr. Dr. Ribas, o contrato escrito da locação de serviços torna-se
inútil cautela, não livrará das exceções de incompetência, visto como resta o
sigilo do caráter mercantil dos serviços contratados. […] Além de que, o
estimável Jurisconsulto, arguindo ao Art. 226 do nosso Cód. do Com. uma
forma vaga de redação, tirou de si o pecado, em que só ele incorreu. […] Se
tal explicação é redondamente inaceitável, se o Sr. Dr. Ribas não quer o
extremo da locação de serviços com os dois requisitos da certeza de tempo
e preço, e se provavelmente não quererá por amplíssimo o outro extremo dos
contratos lucrativos ou onerosos em relação aos contratos benéficos ou
gratuitos; cairemos no absurdo imoral, ou da lesão constante em locações de
serviços, ou da miséria avarenta de locadores de serviços sem
necessidade! 218
O Direito é a vida presente, toda-inteira, com a sua luta do mal contra o bem;
e será também a vida futura neste mundo com suas instituições novas, que
aos nossos Juristas incumbe descortinar nas vigentes, como figuras do que
tem de ser, e deve ser. Se ainda não estais na posse do bem, se o buscais
de reformas em reformas; nada mais injusto, para não o dizer inconsiderado,
que recusardes, ou censurardes, trabalhos concienciosos, a pretexto de
reformadores, inovadores, metafísicos, ininteligíveis! Não quereis reformas
direitas, inovações direitas, metafísica direita, inteligências direitas? A
existência não é campo dividido, para que alguma de suas partes escape ao
Direito. Alargai vossos espíritos, é a ignorância e o erro que devem subir à
ciência e à verdade; e não estas, que devem descer ao contentamento dos
paladares, ou por medo de continuadas injustiças, ou para aplacar juízos
desfavoráveis. Apesar de tudo, mereceis muito, esperai a dedicação de meus
esforços! 219
Mais adiante:
Por fim, ainda que não se pretenda construir a história apenas dos “grandes
juristas”, a quantidade de autores identificados nos apêndices pode fazer com que
passem desapercebidas as participações esporádicas de certos juristas. Lafayette
Rodrigues Pereira escreveu sobre a sucessão dos filhos naturais no quarto volume
em 1874. Saldanha Marinho, em comparação com os demais membros do conselho
editorial da revista, foi o que teve a presença mais discreta, publicando apenas O
Regulamento n. 5581 de 31 de Março dê 1874, ante o Direito Internacional Privado,
em 1886, no 41º volume. O jurista aparece ainda com a publicação de seus pareceres
no âmbito do Conselho de Estado.
Tobias Barreto De Menezes escreveu Qual a extenção da ideia do mandato
de que trata o art 4º do Codigo Criminal?, publicado em 1883. E, Ruy Barbosa,
Escravos de Filiação Desconhecida, em 1887.
226A ideia de corpo será detalhada no capítulo final sob as considerações da obra Il Corpo Eloquente
de Pasquale Beneduce.
106
227 Sobre o Partido Republicano Paulista: “[…] os paulistas produziram apenas dois documentos
doutrinários importantes. O primeiro destinava-se a fixar a posição do partido em relação ao problema
da escravidão. […] Em relação ao problema da escravidão, o partido tomou uma posição sibilina.
Reconhecia, de um lado, a importância do problema, mas de outro lado, declarava se tratar de uma
questão social cuja solução era de responsabilidade dos partidos monárquicos e não deles,
republicanos. Na realidade, a decisão correspondia a uma negativa em tomar posição a favor da
abolição” (CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 209).
228 “Positivismo e evolucionismo – Comte e Spencer – foram correntes de pensamento que, diversas
entre si, […] operaram de modo convergente no combate pela modernização cultura da nação. A
hipótese de um progresso linear é comum a ambas. […] As distorções ideológicas de cada uma dessas
doutrinas não se fizeram esperar. Propondo-se a organizar a sociedade, os discípulos de Comte
pregavam formas de governo de conotação virtuosa que recuperava o seu significado no contexto da
antiga Roma. No polo oposto, os evolucionistas pendiam para o liberalismo puro e duro, pois julgavam
que o Estado não deveria intervir na trama social onde os mais fortes e hábeis entrariam em competição
para alcançar a primazia. Em compensação, cada uma das posições trouxe algum benefício: aos
positivistas caberia a prioridade nas propostas relativas aos direitos sociais; aos liberais, na luta pelos
direitos políticos” (BOSI, Alfredo. Cultura. In: CARVALHO, José Murilo (org.). A construção nacional
(1830-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 259).
107
Ademais, essa grande dicotomia (da qual derivam outras, como “centro” X
“periferia”, por exemplo) tem outras fragilidades. Como afinal definir a Europa
(ou mesmo a tradição da cultura jurídica europeia)? Pois certamente os
juristas mais lidos pelos professores e juristas do Brasil eram os portugueses
– que a sua vez, até sua própria codificação civil em 1867, construíam seu
sistema fazendo usos dos modelos das outras ”nações polidas e civilizadas”
de Europa, para usar a linguagem da já referida “Lei da Boa Razão” de 1769.
Então quando se fala de tradição europeia se está falando de França? Ou de
Alemanha? Ó também da Espanha ou Itália? O problema não se faz menor
quando devemos referirmos a Brasil. Pois afinal, a qual Brasil estamos nos
referindo? Ao Brasil da Corte Imperial no Rio de Janeiro, sede do Instituto dos
Advogados Brasileiros e de um Tribunal de relações? Ao Brasil do Recife, já
decadente economicamente, mas também sede de uma das faculdades de
direito economicamente, mas também sede de uma das faculdades de direito
que se assumia germanófila? Ou de Curitiba, uma pequena vila (como tantas
e tantas outras do interior do brasil), com instituições municipais rudimentares
e majoritariamente iletradas? 230
229 “La relativización de todas las dualidades hasta aquí enumeradas puede llevar, con un poco de
exageración retórico calculada, a otra conclusión tal vez un tanto más radical: tal vez la frontera entre
aquello que los juristas brasileños del siglo XIX pudiesen llamar de una genuina y pura “ciencia jurídica
europea” y aquello que sería una “ciencia jurídica brasileña” sea de tal modo imprecisa al punto de
tornarse indefinible” (FONSECA, Ricardo Marcelo. La cultura jurídica brasileña del siglo XIX entre
hibridismos y tensiones en la tutela de los derechos: algunas hipótesis de trabajo. Forum Historiae
Iuris. (18 de agosto 2014). Disponível em <http://www.forhistiur.de/2014-08-fonseca/>. Acesso em 16
de janeiro de 2015). (tradução nossa).
230 “Además, esa gran dicotomía (de la cual derivan otras, como “centro” x “periferia”, por ejemplo) tiene
otras fragilidades. Como al final definir a Europa (o lo mismo la tradición de la cultura jurídica europea)?
108
Do ponto de vista jurídico, Portugal faz parte, desde o século XIII aos meados
do século XIX, de um vasto espaço dominado pela tradição jurídica do direito
comum (ius commune). A história do direito português – considerada a
expressão no seu sentido mais restrito – é, portanto, a história do direito
comum europeu, com algumas especialidades do direito do reino, mais
visíveis nos domínios da organização político-administrativa (da coroa, dos
concelhos, dos senhorios), do direito penal (em que Portugal dispõe da
compilação global mais antiga da tradição jurídica europeia, o Livro V das
Ordenações Afonsinas, de 1446) e de alguns ramos do direito contratual. Mas
mesmo estas esparsas áreas da tradição jurídica mais específicas são
continuamente corroídas por um discurso letrado que ia buscar toda
utensilagem doutrinal no direito comum. 232
Pues ciertamente los juristas más leídos por los profesores y juristas de Brasil eran los portugueses –
que a su vez, hasta su propia codificación civil en 1867, construían su sistema haciendo usos de los
modelos de las otras “naciones pulidas y civilizadas” de Europa, para usar el lenguaje de la ya referida
“Ley de la buena razón” de 1769. Entonces cuando se habla de tradición europea se está hablando de
Francia? Ó de Alemania? Ó también de España ó Italia? El problema no se hace menor cuando
debemos referirnos a Brasil. Pues al final, a cual Brasil nos estamos refiriendo? Al Brasil de la Corte
Imperial, en Río de Janeiro, sede del Instituto de los Abogados Brasileños y de un Tribunal de
relaciones? El Brasil de Recife, ya decadente económicamente, pero también sede de una de las
facultades de derecho que se asumía germanófila? Ó de Curitiba, una pequeña villa (como tantas y
tantas otros del Brasil profundo), con instituciones municipales rudimentarias y mayoritariamente
iletradas?” (FONSECA, Ricardo Marcelo. La cultura jurídica brasileña del siglo XIX entre hibridismos y
tensiones en la tutela de los derechos: algunas hipótesis de trabajo. Forum Historiae Iuris. (18 de
agosto 2014). Disponível em <http://www.forhistiur.de/2014-08-fonseca/>. Acesso em 16 de janeiro de
2015). (tradução nossa).
231 “Outro cenário dogmático é, em Portugal, a legitimidade doutrinal da importação atomística da
legislação estrangeira, sem curar de verificar se isso conduzia ou não a um sistema coerente. Por
razões substanciais, mas tendo subjacente à mesma ideia de coerência intra-sistemática, a importação
de códigos estrangeiros era também contestada por aqueles que preferiam continuar o trabalho da
pandectística, integrando o direito tradicional com o trabalho que sobre ele tinha sido feito pelo
racionalismo. Como já foi notado, verifica-se, de fato, uma ulterior fratura entre os civilistas que seguem
a tradição da pandectística, trabalhando o direito tradicional do reino com os contributos doutrinais e
metodológicos do usus modernus e do jusracionalismo e os que importam diretamente os conteúdos
dos códigos das nações cultas, seguindo uma outra das vias abertas pela Reforma Pombalina dos
estudos jurídicos. Os primeiros, na verdade, estão mais próximos de um iluminismo doutrinal, ele
mesmo subsidiário de um conceito tradicional de “Boa Razão”, tido como um patrimônio doutrinal
permanente, induzido das manifestações concretas do direito pátrio. Pascoal de Melo Freire assume
claramente esta posição […]” (HESPANHA, António Manuel. Um poder um pouco mais que simbólico:
juristas e legisladores em luta pelo poder de dizer o direito. In: FONSECA, Ricardo Marcelo e
SEELAENDER, Airton Cerqueira Leite (orgs.). História do Direito em Perspectiva: do Antigo Regime
à Modernidade. Curitiba: Juruá, 2008. p. 149-199. p. 184).
232 HESPANHA, António Manuel. O direito dos letrados no Império português. Florianópolis:
233 FONSECA, Ricardo Marcelo. La cultura jurídica brasileña del siglo XIX entre hibridismos y tensiones
en la tutela de los derechos: algunas hipótesis de trabajo. Forum Historiae Iuris. (18 de agosto 2014).
Disponível em <http://www.forhistiur.de/2014-08-fonseca/>. Acesso em 16 de janeiro de 2015.
234 FONSECA. Ricardo Marcelo. Os juristas e a cultura jurídica brasileira na segunda metade do
De outra parte, parece que nos anos que começam a partir de 1870 existe
um novo influxo de ideias que assola o meio acadêmico brasileiro. Lilia
Schwarcz assinala como a década de 70 do século XIX assinala um marco
para a história das ideias no Brasil, já que representa o momento da entrada
de todo um novo ideário positivista evolucionista de base racional. Venâncio
Filho, retomando reflexão de Roque Spencer Maciel de Barros, chega a dizer
que o ano de 1870 marca o início da assim chamada “ilustração brasileira”,
que iria até o início da primeira guerra mundial. Antonio Paim, ao analisar o
movimento chamado “escola do Recife”, vai igualmente chamar a atenção
para o ‘surto de ideias novas’ na referida década. E parece possível, de fato,
notar uma alteração no modo como a cultura jurídica está se colocando no
Brasil neste período. 236
235 ALONSO, Angela. Crítica e contestação: o movimento reformista da geração 1870. Revista
Brasileira de Ciências Sociais, 15(44), 35-55. 2000. Disponível em: <http://goo.gl/uqRlgJ>. Acesso
em: 23 de julho de 2015.
236 FONSECA. Ricardo Marcelo. Os juristas e a cultura jurídica brasileira na segunda metade do
Ainda segundo Fonseca 237, há quem sustente que no Brasil era feita uma
mera cópia, uma transposição mais ou menos literal dos modelos institucionais e
intelectuais portugueses, franceses e alemães que se presumia que tivessem
disseminação entre os juristas brasileiros, numa demonstração do mimetismo cultural
brasileiro. Em contrapartida, outros autores um tanto encantados pelas peculiaridades
do sistema jurídico nacional vislumbram a cultura jurídica brasileira como
absolutamente independente e destacam a originalidade e a pluralidade jurídica,
resultando em uma jabuticaba, única no mundo.
237 FONSECA, Ricardo Marcelo. Tra mimesi e jabuticaba: recezioni e adattamenti della scienza giuridica
europea nel Brasile del XIX secolo. In: SORDI, Bernardo (org.). Storia e diritto: esperienze a confronto
(atti dell'incontro internazionale di studi in occasione del 40 anni dei Quaderni Fiorentini (Firenze, 18-19
ottobre, 2012). v. 1. Milão: Giuffré, 2013. p. 415-425.
238 SOUZA, André Peixoto de. Direito público e modernização jurídica: elementos para compreensão
da formação da cultura jurídica brasileira no séc. XX. Tese (doutorado) – Universidade Federal do
Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2010. p. 33.
239 “Le idee facevano (e fanno) parte di un gioco storico complesso — che si alimenta di transizione, di
tensione, di circolazione culturale, in cui la scienza giuridica europea visse, in un terreno molto peculiare,
una rilettura e una ricreazione — che però non deve essere ritenuta una distorsione; avrà piuttosto il
significato di aver assicurato una nuova vita alla scienza giuridica europea” (FONSECA, Ricardo
Marcelo. Tra mimesi e jabuticaba: recezioni e adattamenti della scienza giuridica europea nel Brasile
del XIX secolo. In: SORDI, Bernardo (org.). Storia e diritto: esperienze a confronto (atti dell'incontro
internazionale di studi in occasione del 40 anni dei Quaderni Fiorentini (Firenze, 18-19 ottobre, 2012).
v. 1. Milão: Giuffré, 2013. p. 415-425. p. 424). (tradução nossa).
112
240 HESPANHA, António Manuel. O direito dos letrados no Império português. Florianópolis:
Fundação Boiteux, 2006. p. 120-121.
241 HESPANHA, António Manuel. O direito dos letrados no Império português. Florianópolis:
O discurso, então, não será mais definido pela identidade do objeto, pela
forma comum, pela repetição dos conceitos ou pela persistência dos temas,
mas pelas condições a que tais elementos estão submetidos ao serem
empregados em uma prática discursiva concretamente existente. 245
243 FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Tradução Roberto Machado e Eduardo
Morais. Rio de Janeiro: NAU Editora, 2005. p. 9.
244 Terminologia delineada por Michel Foucault “traduzida” para a história do direito no texto:
GUANDALINI JR, Walter. O Direito Etéreo: trilhas para um explorador do intangível. In: FONSECA,
Ricardo Marcelo (org.). Nova história brasileira do direito: ferramentas e artesanias. Curitiba: Juruá,
2012. p. 81-98.
245 GUANDALINI JR, Walter. O Direito Etéreo: trilhas para um explorador do intangível. In: FONSECA,
Ricardo Marcelo (org.). Nova história brasileira do direito: ferramentas e artesanias. Curitiba: Juruá,
2012. p. 81-98. p. 85.
246 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
Ou seja, nem tudo se pode invocar. E, mais do que isso, invocar certas razões
pode ter consequências indesejadas e indesejáveis. De onde, as intenções
políticas de quem dala – as “razões dos políticos”, colhidas na história política
conjuntural – podem não ser a única instância decisiva do que é dito. A lógica
interna do próprio discurso em que elas se exprimem fornece, seguramente,
outra leitura. Os seus argumentos existem previamente nas memórias tópicas
– no senso comum – de uma cultura local (por exemplo, a cultura política, ou
a cultura parlamentar); os argumentos têm competências demonstrativas
limitadas e organizam-se entre si segundo relações objetivas. 249
249 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
de antigo regime. São Paulo: Annablume, 2010. p. 21.
250 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
agrupar sob o nome de ritual; o ritual define a qualificação que devem possuir os indivíduos que falam
(e que, no jogo de um diálogo, da interrogação, da recitação, devem ocupar determinado tipo de
enunciados); define os gestos, os comportamentos, as circunstâncias e todo o conjunto de signos que
devem acompanhar o discurso; fixa, enfim, a eficácia, suposta ou imposta das palavras, seu efeito
sobre aqueles aos quais se dirigem, os limites de seu valor de coerção. Os discursos religiosos,
judiciários, terapêuticos e, em parte também, políticos, não podem ser dissociados dessa prática de um
ritual que determina para os sujeitos que falam, ao mesmo tempo, propriedades singulares e papéis
preestabelecidos” (FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso: aula inaugural no Collège de France,
pronunciada em 2 de dezembro de 1970. São Paulo: Loyola, 1996. p. 38-39).
252 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
253 Beneduce aponta ainda outra função, além da performativa, do juramento, que consistiria, no
imaginário forense do século XIX em uma forma de continuidade da cultura do Antigo Regime. O objeto
do juramento seria conotativamente a qualidade pública do advogado ou procurador, parte de uma
estratégia disciplinadora imposta ao corpo forense da Itália liberal em confronto com o aparato do
estado nacional (BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia
liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p. 141 e ss). Ademais, sobre a secularização do juramento ver:
BOTERO, Andrés. Da religião do juramento ao juramento secularizado: conclusões de um estudo sobre
a evolução do juramento processual na Colômbia durante o século XIX. Revista da Faculdade de
Direito UFPR, [S.l.], v. 60. n. 1. p. 215-246. Março de 2015. ISSN 2236-7284. Disponível em: <
http://goo.gl/EETXo4>. Acesso em: 13 de agosto de 2015.
254 Pode-se considerar que havia uma relação diferente dos juristas para com a escrita e a oralidade,
que perpassava também as considerações feitas acerca de prática e da doutrina. Os artigos da revista
encontram-se no centro dessa dicotomia, pois, ainda que se encaixem sob o título “doutrina” em muitos
textos se destinam a relatar determinada “prática”. A distância e a inexistência de outros possíveis
canais de diálogo, tornava a revista jurídica um híbrido, como é possível perceber no seguinte excerto:
“O meu fim, relatando o que se deu no tribunal, de que sou membro, na sessão de 15 deste mez, e
fazendo estas ligeiras considerações, é chamar a attenção do Sr. ministro da justiça para esta especie,
que ainda não está prevista no regulamento das relações, e pedir aos meus illustrados colegas que,
dando o seu parecer sobre o facto expendido, exponhão a praxe seguida nos tribunaes, em que
funccionão” (CARDOSO, Sebastião. Como procederão as relações, quando lhes forem enviados pelos
presidentes de provincia, papeis, nos quaes se encontre crime de responsabilidade? O Direito. v. 20.
1879. p. 7).
255 Remete-se ao debate entre Teixeira de Freitas e Antonio Joaquim Ribas nas páginas da Revista O
Direito.
256 OLIVEIRA, José Rubino. Sobre quem recahem os impostos lançados sobre os gêneros produzidos
Sobre questão assim formulada fez meu illustrado colega o Sr. Ouvidio
Loureiro publicar, á pag. 387 deste volume do Direito, um artigo seu, com que
pretende justificar seu voto dissidente dos da maioria dos julgadores do
recurso eleitoral á que se referio, desenvolvendo os fundamentos que
addicionou á sua assignatura, por vencido.
Houve demasiada pressa em remetter o seu trabalho ao Direito, antes de
assignado o acordão, como se conhece pela minha assignatura impressa,
como anteposta á do Sr. Desembargador Silva Guimarães, e pela falta, do
que escrevi em seguimento á minha, reclamando contra a redacção do
acordão; porque não me baseei em argumento de autoridades (que aliás
estimo estejão de accôrdo com meu voto), mas em considerações de
raciocínio proprio, que, contestando o digno collega Sr Loureiro, expendi na
discussão do feito, em tribunal. 259
257 ARARIPE, Tristão de Alencar. Julgamento dos Bispos. O Direito. v. 5. 1874. p. 169.
258 MAZZACANE, Aldo. O jurista e a memória. In: PETIT, Carlos (org.). Paixões do Jurista: Amor,
Memória, Melancolia, Imaginação. Curitiba: Juruá, 2011. p. 81-118.
259 LEAL, Luiz Francisco da Camara. O prazo marcado para decisão, pelos tribunaes da relação, de
recursos eleitoraes sobre irregularidades que importem nulidade das qualificações, interrompe-se pela
interposição de férias? O Direito. v. 15. 1878. p. 601.
117
Não; fique certo de que lucto com muitos obstaculos para manter a pequena
reputação scientifica com que alguns me honrão, e não posso deixar passar
sem reclamação o que indirectamenteme póde affectar, com facilidade de
crença, prestando-se aos bem ou mal desenvolvidos commentarios dos que
vivem ou achão prazer em deprimir a tôrto e a direito por mero egoismo.
Leia o collega o que ultimamente têm manifestado contra mim certos
escriptores, ostensiva ou anonymamente, depois de me haverem honrado
tanto os Rebouças, Thomaz Alves, Perdigão Malheiros, Silveira da Motta,
Fernandes de Loureiro, Macedo Soares, Monte, Pessoa, Ferreira Corrêa e
alguns outros, com expressões que tanto me penhorão; e reconhecerá
justificada a minha não pretenciosa reclamação. 260 (grifo nosso)
260 LEAL, Luiz Francisco da Camara. O prazo marcado para decisão, pelos tribunaes da relação, de
recursos eleitoraes sobre irregularidades que importem nulidade das qualificações, interrompe-se pela
interposição de férias? O Direito. v. 15. 1878. p. 604-605.
261 Tratou-se anteriormente da necessidade de nomeação do Ministro da Justiça para a magistratura,
da estreita relação entre elites locais e magistrados, da cooptação de Saldanha Marinho pelo governo
imperial com sua nomeação a Conselheiro do Estado.
118
262 O caminho inverso, ou seja, a tradução dos escritos a uma maioria iletrada, e, especialmente, a
forma como esse translado fora feito, leva aos estudos sobre o imaginário jurídico popular. “Esta
osmose entre a tradição jurídica letrada e a prática jurídica quotidiana efetuava-se por meio de uma
série de mediações. As obras da tradição literária não chegavam à vida quotidiana na sua forma integral
e original. Elas eram, de resto, escritas numa língua e num estilo que impedia a sua difusão nos meios
não letrados. Por isso, as suas vias de vulgarização eram mediadores jurídicos não letrados que, não
dominando de qualquer modo o sistema e as especificidades do direito erudito, dele colhiam ditos,
regras muito simples, fórmulas tabeliônicas que iam incorporando na vida jurídica quotidiana,
nomeadamente em função da progressiva utilização da escrita nos atos jurídicos. Esta camada de
mediadores produzia, ela mesma, uma literatura própria (v. g., ars notariae), que vulgarizava o direito
erudito e o vasava em broearda ou dieta simplificados, acessíveis, por tradição escrita ou oral, à
generalidade da população. […] Foi por essas vias que se foi criando uma cultura jurídica vulgar que
passo a condicionar fortemente, […] o imaginário popular sobre o direito, sobre a justiça, sobre os
processos sociais […]” HESPANHA, António Manuel. O direito dos letrados no Império português.
Florianópolis: Fundação Boiteux, 2006. p. 126-127.
263 A Impressão Régia foi criada em 13 de maio de 1808 e “já nasceu com o trabalho atrasado. […]
Para ter uma ideia do trabalho acumulado e do que se juntou no percurso, basta dizer que, até 1822
foram publicados 1427 documentos oficiais. Mais: pequenas brochuras, folhetos, opúsculos, sermões,
prospectos, obras científicas, literárias, traduções de textos franceses e ingleses versando sobre
agricultura, comércio, ciências naturais, matemática, história, economia política […], enfim, ali se
imprimia de tudo um pouco, desde que tivesse passado pela peneira da censura. Foram 720 títulos,
até 1822. (SCHWARCZ, Lilia Moritz. A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis – Do terremoto de
Lisboa à Independência do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002).
264 “A Revista Jurídica, importantissima publicação á que a sciencia do direito e a jurisprudencia pátria
já devem relevantíssimos serviços, desde Janeiro que acha-se distribuida por seus assignantes, e
exposta á venda. Continua a ser dirigida sua redacção pelo nosso illustrado collega o Sr. Dr. José da
Silva Costa, o que importa dizer que ainda d'esta vez apresenta-se com o mesmo brilhantismo, com
que sempre se tem revelado na discussão das theses de direito, offerecendo importante e escolhida
collecção de decisões dos Tribunaes, e uma valiosa compillações de leis e decisões do Governo, cuja
divulgação é de summa importancia para os que se empregão no fôro, que nem todos, ou melhor, muito
poucos podem comprar as custosas collecções de leis, cujo preço, hoje, já attinge a somma não
pequena. MONTE JUNIOR. Bibliographia. O Direito. v. 3. 1874. p. 192.
265 As bibliotecas públicas se desenvolveram no Brasil no século XIX, ainda que existissem bibliotecas
antes disso, em geral, estavam vinculadas a conventos e ordens religiosas (como a própria biblioteca
da Faculdade de Direito de São Paulo) e seu acesso era restrito. As bibliotecas particulares também
eram raras, estimando-se que menos de 20% dos profissionais como médicos e advogados
possuíssem livros em suas casas. Na década de 1870, no Rio de Janeiro havia a Biblioteca Nacional,
as bibliotecas da Faculdade de Medicina, Escola da Marinha, Academia de Belas Artes, do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro, o Gabinete Português de Leitura e algumas outras vinculadas a
119
conventos ou instituições de caridade. O cruzamento dos dados de pesquisa nessas bibliotecas com
as fontes citadas nos textos pelos respectivos autores completaria o quebra-cabeça sobre o momento
e a forma de recepção das fontes doutrinárias europeias no Brasil. Por exemplo, os registros da
Biblioteca Nacional de 1853 descrevem que “Perdigão Malheiro compareceu em 22 de novembro e
solicitou 8 obras, em francês e latim, sobre viagens, descobrimentos e descrições das Índias. No ano
seguinte, já no dia 2 de janeiro, o mesmo Perdigão solicitou História abreviada das viagens, por Laharpe
[…] (FERREIRA, Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz. As bibliotecas cariocas: o Estado e a
constituição do público leitor. In: PRADO, Maria Emília (org.). O Estado como vocação: ideias e
práticas políticas no Brasil oitocentista. Rio de Janeiro: Access, 1999. p. 59-79. p. 66). Ademais, as
bibliotecas ofereceriam outra luz sobre a interação social pois tornaram-se também espaços de
sociabilidade.
266 PINHEIRO, Luiz Ferreira Maciel. Distribuição das Collecções da Legislação. O Direito. v. 18. 1879.
p. 26.
267 “Para o público acadêmico, porém, a sua obra prima são os comentários que escreveu, com um
sensível pendor crítico, às Institutiones iuris civilis, em que, acolhendo embora muitas das soluções do
120
processo de Coimbra, lhe opõe frequentemente as fontes doutrinais tradicionais ou, pelo menos, as
cita como antecedentes das doutrinas mais modernas. O seu estilo é tradicionalista, pouco elegante,
nem sempre claro e carregado de citações. Mas, como haveria de escrever Coelho da Rocha, ‘as suas
obras para o uso do foro suprem uma livraria’. Dele escreveu Alexandre Herculano: ‘Houve na Beira
um letrado de custa inteligência e nenhuma filosofia, chamado por alcunha o Lobão. […] Este homem
escreveu nas primeiras décadas deste século, em ódio da gramática e da língua, uma pilha de volumes
refertos de erudições gravíssimas, pesadíssimas, pedantíssimas, onde o pró e o contra das opiniões
dos jurisconsultos se acham acumulados por tal arte, que a leitura dessas dezenas de in quartos é o
meio mais seguro de se não saber qual é o verdadeiro direito na maior parte das matérias jurídicas.
São os livros de Lobão tesouro precioso, mina inesgotável de alegações eternas e contraditórias, para
advogados medíocres” (HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e
brasileira do século XIX: Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del
pensiero giuridico moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 120).
268 HESPANHA, António Manuel. História das instituições: épocas medieval e moderna. Coimbra:
269 “Correia Telles, pelo menos no plano do direito, era um conservador, como mostrara seu famoso
Commentario critico à lei da boa razão, em data de 18 de Agosto de 1769. No seu arquivo entra mal,
não apenas a legislação pós revolucionária, como a doutrina a que ela dá origem. Em contrapartida, o
uso moderno na prática de Antigo Regime é-lhe familiar e palatável, bem como aqueles códigos que,
como o ALR prussiano ou mesmo o Cedo civil francês, representam menos um início do que uma
ratificação legislativa da tradição. O recurso à praxística do reino, além de corresponder ao perfil
forense do autor, como magistrado, contribui para atenuar os exageros e perigos que ele via no sistema
de fontes da Lei da Boa razão e, seguramente ainda mais, na transplantação do seu conteúdo
‘internacionalista’ para um período pós-revolucionário” (HESPANHA, António Manuel. Razões de
decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX: Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni
fiorentini per la storia del pensiero giuridico moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 135).
270 HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX:
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 119-120.
122
Segundo José Reinaldo de Lima Lopes, “suas Instituições de dirieto civil português
formaram uma inteira geração de juristas” 271.
Entre Correa Telles e Coelho da Rocha se delineavam perfis bastante
diferentes. Como coloca Hespanha, “no aspecto profissional, um era advogado, o
outro lente da Universidade. Um tinha-se acomodado a todos os regimes. O outro fora
afastado da Universidade pelos absolutistas e reposto nela pelos liberais” 272.
Do autor Manuel Borges Carneiro (1774-1833) foi mencionada a obra Direito
civil de Portugal. Esta obra restou incompleta, a publicação de três dos cinco tomos
foi iniciada em 1826, mas em 1827 enquanto ocupava o cargo de desembargador
ordinário da Cada da Suplicação foi novamente preso com o regresso dos absolutistas
ao poder e demitido do cargo. Faleceu de cólera no cárcere. O quarto tomo da obra
foi publicado postumamente em 1840.
A obra portanto, foi concluída sob a normativa da constituição monárquica
portuguesa, previamente a codificação civil.
271 LOPES, José Reinaldo Lima. O Oráculo de Delfos: o Conselho de Estado no Brasil-Império. São
Paulo: Saraiva, 2010. p. 82.
272 HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX:
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 136.
273 LOPES, José Reinaldo Lima. O Oráculo de Delfos: o Conselho de Estado no Brasil-Império. São
275 HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX:
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 115.
276 SILVA, Inocêncio Francisco da. Diccionário bibliographico portuguez: estudos de Innocêncio
Francisco da Silva aplicáveis a Portugal e ao Brazil. Lisboa: Imprensa Nacional, 1858. p. 247.
124
277 HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX:
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 134-135.
278 HESPANHA, António Manuel. Razões de decidir na doutrina portuguesa e brasileira do século XIX:
Um ensaio de análise de conteúdo. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico
moderno, ISSN 0392-1867, v. 39, n. 1, 2010. p. 139.
279 HESPANHA, António Manuel. O direito dos letrados no Império português. Florianópolis:
São obras nas quais é feita uma minuciosa exegese das Ordenações, os quatorze
tomos de Pegas se encontram nesse gênero. Nas Decisiones), os juristas, geralmente
aqueles que tinham feito carreira nos tribunais superiores, apontavam soluções às
questões postas pela prática. Deste gênero, além de Álvaro Vaz, Jorge Cabedo
também aparece dentre os autores citados. Além desses gêneros, foram importados
também as obras de cunho prático notariais e processuais, os tratados (obras
monográficas) e os repertórios. Estes últimos, serão substituídos ao largo do século
XIX por obras sistematicamente organizadas, dos quais o exemplo mais patente é a
própria revista jurídica pesquisada, criada com esta finalidade. Segundo Hespanha,
esse gênero “representa a incapacidade da doutrina para transcender a fase analítica
da indicação dispersa das opiniões e se encaminhar para aquela síntese orgânica de
regras e de definições em que por tudo estar "no seu lugar" 280.
280 HESPANHA, António Manuel. História das instituições: épocas medieval e moderna. Coimbra:
Almedina, 1982. p. 523.
281 Ainda que se refira a recepção do direito romano pelos sistemas jurídicos europeus, António Manuel
Hespanha traça algumas linhas gerais do estudo da recepção de textos alienígenas por uma
determinada cultura. “[a] Não existe ainda uma suficiente investigação histórica para equacionar, de
forma global, o problema das causas da recepção; na verdade, explicar a recepção pressupõe uma
prévia descrição exaustiva deste fenómeno em todas as suas implicações jurídicas, sociais e culturais
(nomeadamente, nó plano das modificações que ela causou nos conteúdos da ordem jurídica, da
influência que teve nos equilíbrios sociais de poder e do seu alastramento espacial). Assim, a tentativa
de determinar as causas da recepção, deve ser substituída por um esforço de descrição rigorosa e
exaustiva do próprio fenómeno. [b] A explicação da recepção não se deve preocupar tanto com os
aspectos "internos" da construção jurídica como com o "contexto" da recepção, nomeadamente os
contextos cultural e político-social (HESPANHA, António Manuel. História das instituições: épocas
medieval e moderna. Coimbra: Almedina, 1982. p. 448).
126
Ainda que se refira à elite política 283 e cultural, englobando além dos juristas,
médicos e outros profissionais liberais e artistas em geral, como já referido
anteriormente, o analfabetismo atingia a enorme maioria da população, restringindo o
círculo de letrados em geral, aproximando-os em suas características.
Trabalhando com a noção de centro e periferia, o eurocentrismo do século
XIX na cultura brasileira se refletia no discurso dos juristas daqui. Como bem coloca
Juliano Rodriguez Torres:
282 CARVALHO, José Murilo de. As Marcas do Período. In: ___. A Construção Nacional: 1830-1889
(História do Brasil Nação: 1808-2010). v. 2. Rio de Janeiro: Editora Objetiva/Fundação Mapfre, 2011.
p. 34-35.
283 A aproximação entre elite política e juristas é pertinente na medida em que são grupos que não se
confundem totalmente, mas se entrelaçam, reforçado pelo abismo entre essa elite e o restante da
população em termos educacionais gerais, desde a alfabetização até a formação superior. “O que
acontecia com a burocracia brasileira acontecia também com a elite política, mesmo porque a última
em boa medida se confundia com o os escalões mais altos da primeira. Surgia, então, uma situação
propícia à geração de interpretações contraditórias sobre a natureza da elite, da burocracia e do próprio
Estado. Houve, assim, quem visse na elite imperial simples representante do poder dos proprietários
rurais e no Estado simples executor dos interesses dessa classe. Outros, ao contrário, veriam na
burocracia e na elite um estamento solidariamente estabelecido que se tornava, por via do Estado,
árbitro da nação e proprietário da soberania nacional. (CARVALHO, José Murilo de. A Construção da
Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 41).
284 TORRES, Juliano Rodriguez. A ordem e a fera: o fenômeno jurídico no pensamento de Clovis
É possível afirmar que a Lei da Boa Razão deu ensejo a uma maior
complexidade do direito civil. Permitiu a remissão ao direito estrangeiro e
conferiu posição de destaque à literatura jusracionalista e do usus modernus.
Em consequência, deixa de surpreender a frequência, entre os nossos
doutrinadores dos Oitocentos, de referências aos Códigos prussiano, francês,
português; a autores como Heineccius, Stryk, Pufendorf, Savigny, Pothier e
não desaparecem Valasco, Cabedo, Mello Freire e outros – o estudo de como
se deu a recepção dessas obras por aqui está para ser feito. 285
285 BARBOSA, Samuel Rodrigues. Complexidade e meios textuais de difusão e seleção do direito civil
brasileiro pré-codificação. In: FONSECA, R. M,; SEELAENDER, A. C. L. (orgs.). História do Direito
em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá, 2008. p. 361-373. p. 365.
286 Além de Savigny, são fontes comuns entre os dois juristas brasileiros: Antonio Ribeiro de Liz
Teixeira, Bartolo, Borges Carneiro, Charles Gustave Maynz, Coelho da Rocha, Demolombe, Joaquim
José Caetano Pereira e Sousa, José Homem Corrêa Telles, Manuel de Almeida e Sousa de Lobão,
Massé, Ovídio Fernandes Trigo de Loureiro, Pardessus, Pascoal José de Mello Freire, Philippe Antoine
Merlin e Ulpiano.
128
287 “O uso moderno do direito romano se mostra presente em sua obra, sendo constante o recurso a
encontra-se gente a favor e contra sua (de Savigny) opinião. Paula Baptista (1811-1881), autor do
manual clássico de hermenêutica no Brasil oitocentista, declara-se contrário à posição de Savigny;
Antonio Joaquim Ribas (1819-1890), autor do manual clássico de direito civil, a seu favor. Mesmo em
meio às mudanças, outros continuaram a ser citados e a reproduzir muito do patrimônio tradicional dos
juristas a respeitos da interpretação” (LOPES, José Reinaldo de. Consultas da Seção de Justiça do
Conselho de Estado (1842-1889). A formação da cultura jurídica brasileira. Almanack Braziliense, n.
5, p. 4-36. São Paulo: 2007. p. 72).
289 VENÂNCIO FILHO, Alberto. Das arcadas ao bacharelismo: 150 anos de Ensino Jurídico no Brasil.
Tratado das obrigações, Tratado da posse, Tratado das Substituições e Tratado das
doações testamentárias.
A obra mais citada de Raymond-Théodore Troplong (1795-1869) foi Des
donations entre vifs et des testaments, em geral referida apenas como Des
Testaments, as demais obras foram citas em número menor de vezes: Du contrat de
mariage et des droits respectifs des époux, De la vente ou commentaire du titre VI du
livre III du Code civil, citada apenas como De la Vente, De l'influence du christianisme
sur le droit civil des Romains, e, De la prescripcion, cujo título completo é De la
prescription ou Commentaire du titre XX du livre III du Code civil.
De Charles Gustave Maynz (1812-1882) cita-se ao menos em metade das
vezes a obra Elements de Droit Romain de 1845, entretanto, não é possível precisar
todas as referências que por várias vezes indicam como título apenas Droit Romain
que pode se referir também ao texto Cours de droit romain de 1876.
Philippe Antoine Merlin (1754-1838), das dezessete vezes em que é
mencionado em diferentes artigos, dez citações são da obra Répertoire universel et
raisonné de jurisprudence e quatro da obra Recueil alphabétique des questions de
droit.
Jean-Charles Florent Demolombe (1804-1887), mais conhecido como Charles
Demolombe foi citado pela obra Cours de Code Napoleon, ainda que esta, apesar de
extensa tenha restado inacabada mesmo superando os trinta volumes.
De Ferdinand Mackeldey (1784-1834) foi citado apenas seu Manuel de Droit
Romain.
De Désiré Dalloz (1795-1869) 290 foi citado o Repertoire de Jurisprudence
générale du royaume, cuja primeira edição foi publicada em 1832. Em 1845, Désire
Dallooz fundou a editora Dalloz, que atualizou o Repertório entre 1845 e 1870. A casa
de publicações talvez seja, dentre as fontes analisadas, o único resquício ainda vivo
do período estudado. Por sua notoriedade o próprio nome Dalloz adquiriu o sentido
popular para designar códigos publicados ou repertórios de jurisprudência.
Charles Bonaventure Marie Toullier (1752-1835) a única obra a qual se fez
referência foi o Le Droit Civil Français, título completo, Le droit civil français suivant
l'ordre du Code.
Troplong e Demolombe são identificados como parte da Escola da Exegese.
290 http://www.larousse.fr/encyclopedie
131
292 LOPES, José Reinaldo Lima. O Oráculo de Delfos: o Conselho de Estado no Brasil-Império. São
Filho, João Pereira Monteiro, Francisco Alves Branco, Joaquim Alves Carneiro de Campos, Augusto
Teixeira de Freitas, Francisco Vilhena, Luiz Francisco da Camara Leal, Joaquim Augusto Ferreira Alves,
Antonio Tiburcio Figueira, João Joaquim Fonseca de Albuquerque, G. Lima, Francisco de Paula Sales,
Eduardo Gomes Ferreira Vellozo, Candido Borges Da Fonseca, M. Jorge Rodrigues, Vicente Ferrer De
Barros Wanderley Araujo, Joaquim Antunes de Figueiredo Junior, Tarquinio de Souza Filho,
Hermenegildo Militão de Almeida, Antonio Dino da Costa Bueno, Antonio Carneiro Antunes Guimarães,
Antonio Xavier Freire, Miguel Bernardo Vieira D'Amorim, M. I. Carvalho de Mendonça, Ruy Barbosa,
Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, Carlos Honorio Benedicto Ottoni, F. de C. Figueira de Mello e
Joaquim Felicio dos Santos. Teixeira de Freitas foi citado em todo o período analisado da publicação.
133
Pode ser um truísmo dizer que a Consolidação das Leis Civis não seja um
Código, na medida em que não é um direito novo. O contrato com o governo
Imperial definia o objetivo: ‘consiste a consolidação em mostrar o último
estado da Legislação’. Porém, a importância racionalizadora da Consolidação
tem a ver com características codificadoras que estão presentes. Tal meio de
difusão e seleção da complexidade do direito civil tem, pois, uma importante
peculiaridade: a Consolidação fez às vezes de um Código com validade
empírica. 294
Sob esta ótica em que pese não ter havido ainda no século XIX o ato de
autoridade estatal quando da promulgação de um código civil, a sistematicidade e,
principalmente, a naturalidade do uso e desenvolvimento de doutrina sobre o projeto
294 BARBOSA, Samuel Rodrigues. Complexidade e meios textuais de difusão e seleção do direito civil
brasileiro pré-codificação. In: FONSECA, R. M,; SEELAENDER, A. C. L. (orgs.). História do Direito
em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá, 2008. p. 361-373. p. 369).
295 PETIT, Carlos. Derecho civil e identidad nacional. Revista para el Análisis del Derecho. Barcelona,
julio 2011. p. 10. Disponível em: <www.Indret.com>. Acesso em: 18 de fevereiro de 2014.
134
de Teixeira de Freitas fez com que esse código antes do código preenchesse a linha
científica proposta por Tarello em boa medida.
De Ovídio Fernandes Trigo de Loureiro (1828-1904) a obra citada em 60%
das ocorrências é Instituições de Direito Civil Brasileiro, pelos seguintes autores: João
Damasceno Pinto de Mendonça, Joaquim Augusto de Camargo, João Pereira
Monteiro, Francisco Alves Branco, Antonio Joaquim Ribas, Joaquim Alves Carneiro
de Campos, Manoel Martins Torres, Augusto Teixeira de Freitas, Luiz Francisco da
Camara Leal, Joaquim Corrêa de Araújo, Antonio V. Menezes de Drummond, G. Lima,
Democrito Cavalcante de Albuquerque, Vicente Ferrer de Barros Wanderley Araújo,
Hermenegildo Militão de Almeida, Tarquinio de Souza Filho, Antonio Dino da Costa
Bueno, Francisco Peixoto de Lacerda Werneck e Mileno de Torres Bandeira. Com
exceção de poucos anos (1878, 1879 e de 1884 a 1887), também é citado em todo
período analisado.
Lafayette Rodrigues Pereira (1834-1917) é citado por quatorze articulistas
diversos, dentre os quais João Damasceno Pinto de Mendonça, João Pereira
Monteiro, Augusto Teixeira de Freitas e Francisco Peixoto de Lacerda Werneck.
Antonio Joaquim Ribas (1818-1890): a obra Consolidação das leis do
processo civil, publicada em 1880 foi resultado da sistematização da legislação
processual brasileira a ele encarregada pelo governo imperial296. Além de Teixeira de
Freitas outros dois autores fazem referência ao artigo publicado no primeiro volume
da Revista O Direito, Aureliano de Souza e Oliveira e Luiz Francisco da Camara Leal.
Ruy Barbosa menciona Consolidação das leis do processo civil e Curso de Direito
Civil Brazileiro. Além dessas obras, é citada também o livro Direito administrativo
brasileiro.
De Joaquim Ignacio Ramalho (1809-1902) são citadas Praxe Brazileira e
Instituições Orphanologicas.
Agostinho Marques Perdigão Malheiro (1824-1881) é citado, dentre outros,
por Lafayette Rodrigues Pereira, Souza Bandeira Filho, Augusto Teixeira de Freitas,
Carlos Honorio Benedicto Ottoni, Ruy Barbosa e Francisco Peixoto de Lacerda
Werneck. Em uma ocasião é feita referência a artigo publicado na Gazeta Jurídica.
Destaca-se que, em pese ser A escravidão no Brasil sua obra mais notória, a obra
mais citada na Revista foi Commentario a lei n. 463 de 2 de setembro de 1847 sobre
296 LOPES, José Reinaldo de. Consultas da Seção de Justiça do Conselho de Estado (1842-1889). A
formação da cultura jurídica brasileira. Almanack Braziliense, n. 5, p. 4-36. São Paulo: 2007. p. 72.
135
successão dos filhos naturaes e sua filiação. Novamente isso comprova o caráter
técnico da revista que, por vezes, como se verá a seguir, pode sugerir uma forma de
escapismo ou de artificialidade proposital do discurso jurídico.
De Antonio Joaquim Gouvêa Pinto (1777-1833) foi citada somente a obra
Tratado dos Testamentos e Successões, pelos seguintes autores João Damasceno
Pinto de Mendonça, José Luiz de Almeida Nogueira, Lafayette Rodrigues Pereira,
Augusto Teixeira de Freitas, Joaquim Augusto Ferreira Alves, Joaquim Antunes de
Figueiredo Junior, Hermenegildo Militão de Almeida, M. I. Carvalho de Mendonça e F.
de C. Figueira de Mello.
Candido Mendes de Almeida (1818-1881). O Código Philippino é o texto mais
citado em pelo menos 60% das menções ao autor (novamente a forma de citação
impede que o resultado seja preciso), pelos autores João Damasceno Pinto de
Mendonça, Francisco Alves Branco, Joaquim Alves Carneiro de Campos, Vicente
Ferrer de Barros Wanderley Araujo, Hermenegildo Militão de Almeida, Ruy Barbosa e
Francisco Peixoto de Lacerda Werneck.
Assim como a Consolidação de Teixeira de Freitas teve um caráter paliativo
enquanto a codificação civil não acontecia, a obra de Candido Mendes também teve
um caráter além do doutrinário.
297BARBOSA, Samuel Rodrigues. Complexidade e meios textuais de difusão e seleção do direito civil
brasileiro pré-codificação. In: FONSECA, R. M,; SEELAENDER, A. C. L. (orgs.). História do Direito
em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá, 2008. p. 361-373. p. 366.
136
Explica ainda Samuel Barbosa que, ao citar uma obra como a de Candido
Mendes havia nela intrinsecamente todo um repertório de juristas, desde os tratadistas
como Valasco e Cardozo do Amaral, decisionistas como Gama Pereira e Rodrigues
Cordeiro. Além disso, outro recurso utilizado por Candido Mendes, evidenciando
justamente o caráter de uma obra que substituía diversas outras, é a reprodução dos
“prolegômenos” de Dupin ou dos “axiomas e brocardos” de diferentes fontes, até
mesmo de Lobão.
Assim que, as citações contadas, ainda que consideradas um dado objetivo,
uma quantidade certa, necessitam também de interpretação posto que a citação de
Dupin ou de Lobão pode ter passado pela mediação de Candido Mendes ou outros
autores que executavam tarefa semelhante.
De José Antonio Pimenta Bueno (1808-1878) citam-se principalmente Direito
internacional privado e Direito Publico Brazileiro.
Francisco de Paula Baptista (1811-1882), professor da Faculdade de Direito
do Recife, “tendo publicado, segundo Clóvis Beviláqua (1927), apenas dois livros:
Theoria e pratica do processo civil e Hermenêutica Jurídica. Os livros serviram de
compêndio aos cursos, mas adquiriram grande notoriedade em todo o Império e se
tornaram clássicos no Brasil” 299. Na revista, a obra mais citada foi Hermenêutica
Jurídica, publicado em 1860. A primeira edição datada de 1855, do Compendio de
Teoria e Prática do Processo Civil, destinava-se a servir de compêndio nas aulas das
Faculdades de Direito do Império do Brasil. Em 1872, as duas obras são publicadas
conjuntamente. No prólogo desta terceira edição da obra de Paula Baptista, percebe-
se o contraponto entre uma cultura baseada na oralidade e a valorização do texto
escrito, pois o autor julga necessário justificar a apresentação de seu trabalho na
forma-livro e destacar as vantagens do impresso no ensino 300.
298 BARBOSA, Samuel Rodrigues. Complexidade e meios textuais de difusão e seleção do direito civil
brasileiro pré-codificação. In: FONSECA, R. M,; SEELAENDER, A. C. L. (orgs.). História do Direito
em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá, 2008. p. 361-373. p. 369.
299 LOPES, José Reinaldo de. Consultas da Seção de Justiça do Conselho de Estado (1842-1889). A
formação da cultura jurídica brasileira. Almanack Braziliense, n. 5, p. 4-36. São Paulo: 2007. p. 72.
300 OLIVEIRA, Sônia Regina Martins de. Entre a retórica e a ciência: um estudo sobre os juristas
brasileiros do século XIX José Maria de Avellar Brotero e Francisco de Paula Baptista. In: FONSECA,
137
Ora, para que os professores de direito bem instruão seus alumnos nos
princípios geraes da sciencia, e d'ahi possão bem explicar as leis, que
methodo de ensino deverão seguir? No ensino oral ideas de real interesse
quasi sempre fogem imediatamente á memória dos ouvintes; ao passo que,
quando deduzidas em notas escriptas, permanecem para facilidade e
adiantamento do estudo, ficando o autor sujeito á esclarecida critica, donde
possão provir melhores apreciações e combinações para a inteligência e
applicação das leis e progresso da sciencia. 301
Ricardo Marcelo (org.). Nova história brasileira do direito: ferramentas e artesanias. Curitiba: Juruá,
2012. p. 197-208. p. 204.
301 BAPTISTA, Francisco de Paula. Compêndio de Theoria e Prática do Processo Civil Comparado
com o Comercial e de Hermenêutica Jurídica para Uso das Faculdades de Direito do Brazil. 6.
ed. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1901. p. VI.
138
Até aqui foi cartografado o perfil dos autores dos artigos e as principais fontes
em circulação, configurando de certa maneira o panorama intelectual dos juristas do
século XIX – dentro da amostra estudada, certamente. Resta analisar como se
articulava o discurso desses juristas diante das fontes e em relação ao meio. Para
tanto, o discurso deve ser investigado tomando-o como um fenômeno próprio,
influenciado por uma rede de relações – de citações – e referências mais ou menos
implícitas. Ademais, desse “ambiente textual” também participa o entorno social302.
Por esta razão, ao menos como ambição, pretende-se seguir a perspectiva
do professor Hespanha, investigando o impacto e a disseminação das doutrinas, mais
a forma geral de como as ideias se relacionavam nem panorama geral, do que como
cada autor, corrente de pensamento ou ideologia – política, social etc. – se destacava.
Busca-se uma aproximação com o que o autor nomeia de “jurista coletivo”, mais
impessoal e mais difuso.
302 HESPANHA, António Manuel. Una história de texto. In: TOMÁS Y VALIENTE, F. et. al. Sexo
304 HESPANHA, António Manuel. Una história de texto. In: TOMÁS Y VALIENTE, F. et. al. Sexo
barroco y otras transgresiones premodernas. Madrid: Alianza Editorial, 1990. 188.
305 Hespanha sintetiza essa multiplicidade de relações que permeiam o texto, dividindo-as em relações
sintáticas, situada no nível da língua, relações semânticas, na qual é possível verificar no interior do
texto seus temas, conceitos, significados, e, relações pragmáticas, que por sua vez, estabelecem as
relações entre signos e sujeitos discursivos (autor e receptor) (HESPANHA, António Manuel. Una
historia de texto. In: TOMÁS Y VALIENTE, F. et. al. Sexo barroco y otras transgresiones
premodernas. Madrid: Alianza Editorial, 1990. p. 189).
306 “Aquí la idea central es la intertextualidad, es decir, la de que cada unidad textual “física” forma parte
de un gran texto, de un intertexto, constituido por todas aquellas realidades textuales que mutuamente
se invocan – expresa e intencionadamente – o suscitan – implícita y objetivamente-. El intertexto es,
así, una red de referencias mutuas, continuas y mutables, en el ámbito de la que cada elemento textual
se transforma, adquiriendo nuevos significados, en virtud de una incesante corriente de incorporación
de elementos significativos (heterointegración)” (HESPANHA, António Manuel. Una historia de texto.
In: TOMÁS Y VALIENTE, F. et. al. Sexo barroco y otras transgresiones premodernas. Madrid:
Alianza Editorial, 1990. p. 190-191). (tradução nossa).
140
Com esse elenco de fontes, verifica-se que não há, em todo o conjunto de
textos analisado, uma tendência que ofusque as demais ou uma única corrente
dominante sobre o pensamento jurídico como um todo. Essa conclusão era esperada,
posto que, “em todos os momentos históricos a existência de uma forma de pensar
hegemônico não se estabelece sem que sobreviva algo da forma anterior, com a qual
continua um certo diálogo” 308.
Diante dessas considerações, o século XIX no Brasil é um período complexo
no qual estão em jogo a tradição europeia – reminiscências do período colonial e da
primeira geração de juristas pós-independência – e a influência da novidade vinda da
Europa, mas no qual também podem florescer elementos locais do Estado recém-
independente. A partir das fontes, das citações e dos textos estudados, a cultura
jurídica brasileira se mostra verdadeiramente peculiar. Como explica Fonseca 309, a
307 “Este movimiento permanente de invocación de un gran texto implícito se materializa, rápidamente,
en el obsesivo juego de las citas, que nos remiten expresamente a textos complementarios, tanto formal
como económicamente, integrados en el discurso. Pero la heterointegración no concluye con estas
remisiones expresas e intencionales del autor, pues éste mismo, al utilizar conceptos que aparecen en
otros textos de la tradición, se remite implícitamente a ella y espera, del lector, la capacidad de movilizar
y de subsanar, así, las lagunas o indeterminaciones de su discurso” (HESPANHA, António Manuel. Una
historia de texto. In: TOMÁS Y VALIENTE, F. et. al. Sexo barroco y otras transgresiones
premodernas. Madrid: Alianza Editorial, 1990. p. 191). (tradução nossa).
308 LOPES, José Reinaldo Lima. O Oráculo de Delfos: o Conselho de Estado no Brasil-Império. São
desenvolvimento entre meados do século XVIII e início do século XX: trata-se de um ambiente histórico
em que existem renitentes permanências do direito comum na ordem jurídica privada (como foi
argutamente observado por Ascarelli) mas, de outro lado, que sofre importantes descontinuidades no
tempo. Todavia, tais importantes descontinuidades, que se mostram tão relevantes a ponto de dar à
cultura jurídica brasileira uma marca própria e distintiva (ordenações, ‘Lei da Boa Razão’, intervenções
legislativas do Império, ‘Consolidação das Leis Civis’ de Teixeira de Freitas), não podem, por sua vez,
ser compreendidas unicamente à luz da recepção do direito oficial e de modo isolado da rica realidade
histórica que lhe era subjacente. A compreensão das peculiaridades da formação cultural do direito
privado brasileiro não deve ser destacada das profundas marcas deixadas por uma sociedade agrária,
escravocrata e conservadora que, com engenhosidade ímpar, foi caminhando lentamente na direção
de uma ‘modernização’ jurídica na qual eram equivalentemente importantes alguns modelos
estrangeiros a serem seguidos e a necessidade de sua conformação com as injustas estruturas sociais
141
HOSHINO, Thiago de Azevedo Pinheiro. Entre o "espírito da lei" e o "espírito do século": a urdidura
de uma cultura jurídica da liberdade nas malhas da escravidão (Curitiba, 1868-1888). Dissertação
(mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-
Graduação em Direito. Curitiba, 2013.
313 “Dir-se-á, antes, que a missão cognitiva da história do direito – como a de qualquer outra história –
não se fundamenta no material previamente estabelecido dos dados e fatos históricos e na sua utilidade
para o presente, mas na historicidade da nossa própria existência. Na medida, porém, em que a história
142
do direito acaba por recorrer necessariamente, quanto a esta questão, à própria experiência do direito,
tornam-se seu objeto quaisquer domínios da história em que, possa ser encontrada a experiência
humana do direito. Ela acaba por ser História, sob o ponto de vista da experiência humana do direito”.
(WIEACKER, Franz. História do Direito Privado Moderno. Tradução: António Manoel Hespanha.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 4-5).
314 COSTA, Pietro. Discurso jurídico e imaginação: hipóteses para uma antropologia do jurista. In:
PETIT, Carlos (org.). Paixões do Jurista - Amor, Memória, Melancolia, Imaginação. Curitiba: Juruá,
2011. p. 167-226. p. 196.
315 GUANDALINI JR, Walter. O Direito Etéreo: trilhas para um explorador do intangível. In: FONSECA,
Ricardo Marcelo (org.). Nova história brasileira do direito: ferramentas e artesanias. Curitiba: Juruá,
2012. p. 81-98. p. 94-95.
143
316 TORRES, Juliano Rodriguez. A ordem e a fera: o fenômeno jurídico no pensamento de Clovis
Beviláqua. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas,
Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2013. p. 63.
317 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
Sabe-se bem que não se tem o direito de dizer tudo, que não se pode falar
de tudo em qualquer circunstância, que qualquer um, enfim, não pode falar
de qualquer coisa. Tabu do objeto, ritual da circunstância, direito privilegiado
ou exclusivo do sujeito que fala: temos aí o jogo de três tipos de interdições
que se cruzam, se reforçam ou se compensam, formando uma grade
complexa que não cessa de se modificar. 320
318 TORRES, Juliano Rodriguez. A ordem e a fera: o fenômeno jurídico no pensamento de Clovis
Beviláqua. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas,
Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2013. p. 65.
319 “O jurista produz seu discurso como sujeito pertencente a uma específica comunidade profissional,
como sujeito definido por uma densa rede de ações e interações, de conflitos, de solidariedade, de
relações de poder, de esquemas de comportamentos, valores, normas socialmente comuns: está, por
assim dizer, dentro da densa e viscosa amálgama da interação social, na qual o discurso jurídico toma
forma, é lido, usado, produz seus efeitos” (COSTA, Pietro. Discurso jurídico e imaginação: hipóteses
para uma antropologia do jurista. In: PETIT, Carlos (org.). Paixões do Jurista - Amor, Memória,
Melancolia, Imaginação. Curitiba: Juruá, 2011. p. 167-226. p. 195-196).
320 FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em
servidão/escravidão
10%
sucessões/testamento
26%
família
10%
legislação
8%
propriedade/poss obrigações
e/hipoteca 14%
16%
outros
prisão civil 3%
3% estado de pessoa
10%
servidão/escravidão família
legislação obrigações
outros estado de pessoa
prisão civil propriedade/posse/hipoteca
sucessões/testamento
321 GROSSI, Paolo. História da propriedade e outros ensaios. Tradução: Luiz Ernani Fritoli, Ricardo
322 Ainda que se estivesse em período pré-codificação, já haviam sido promulgados importantes
diplomas legislativos sobre a regulamentação da propriedade de terras, como a Lei de Terras de 1850
e a Lei da Reforma Hipotecária de 1864, entretanto, Sérgio Staut identifica em texto de Lafayette
Rodrigues Pereira referência sintomática das persistências do direito romano sob o filtro das
Ordenações mesmo anos após a promulgação dessas leis: “Observa-se o fato desse autor [Lafayette]
estar discorrendo em 1877 sobre a aplicação do direito português recepcionado pelo direito brasileiro
(especialmente as Ordenações Filipinas) justamente em matéria de direito de propriedade,
aproximadamente vinte e sete anos após a promulgação da Lei de Terras de 1850. Isso parece indicar
que, apesar de existir no Brasil uma legislação específica regulamentando o direito de propriedade, a
base do instituto, segundo Lafayette Rodrigues, ainda era o direito romano” (STAUT JÚNIOR, Sérgio
Said. A posse no direito brasileiro da segunda metade do século XIX ao Código Civil de 1916.
Tese (doutorado) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-
Graduação em Direito. Curitiba, 2009. p. 128).
323 IGLÉZIAS, Paola D’Andretta. A legislação comercial e o movimento de codificação civil no Segundo
Reinado. In: MOTA, Carlos Guilherme; FERREIRA, Gabriela Nunes (coord.). Os juristas na formação
do Estado-nação brasileiro (de 1850 a 1930). São Paulo: Saraiva, 2010. p. 182.
147
Ainda que, com as escusas prévias, se deva reconhecer que a tarefa foi
realizada de forma bastante restrita.
324 FONSECA, Ricardo Marcelo. Vias da modernização jurídica brasileira: a cultura jurídica e os perfis
dos juristas brasileiros do século XIX. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos. v. 98, 2008. p. 293.
148
325 Foram pesquisados os volumes da Revista até 1889, entretanto, estranhamente, ao contrário do
que se passou com as demais legislações emancipatórias parciais, após a Lei Áurea, o debate na
Revista cessou.
149
A escravidão nunca se presume, e por isso um individuo, que por seu estado,
e circunstancias possa despertar suspeitas, e attrahir as vistas das
autoridades, não póde, vão deve ser considerado escravo, salvo se o
confessa, ou se se prova em fórma devida; fôra disto é livre. 328
Relata dois casos nos quais atuou como magistrado e critica o decreto 1.896
de 14 de Fevereiro de 1857, “que é referendado por um Ministro que professa
princípios Iiberaes, e cuja illustração é reconhecida” 329 – José Thomaz Nabuco de
Araujo. O referido decreto estabelecia regras aplicáveis aos escravos fugidos àqueles
que, recolhidos à Casa de Correção, excederem o prazo de permanência. De forma
mais veemente, o autor critica o Aviso 318 de 10 de Setembro de 1872, que
determinava que os escravos considerados bens do evento não se enquadravam na
hipótese do artigo 6º, §4º, da Lei do Ventre Livre de 28 de Setembro de 1871 330, “que
é referendado por um Ministro 331, que professa idéas conservadoras, e cuja illustração
é tambem reconhecida” 332.
A crítica a liberais e conservadores de Balthazar Silveira corrobora a
conjectura de que, ao fim e ao cabo, republicanismo, liberalismo e até certas
modulações do positivismo, no Brasil, conviveriam com a escravidão 333. O período
326 CHALHOUB, Sidney. População e sociedade. In: CARVALHO, José Murilo (org.). A construção
senhores.
331 Nesse caso não fica claro se a referência é ao Ministro titular da Justiça no gabinete Rio Branco,
Avista de todas essas considerações, nosso juizo propende a crêr que não
são valiosas as doações, legados ou heranças de escravos, quando se
destinam a compor o pecúlio de outro escravo.
334 CARVALHO, José Murilo de. Teatro de sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2011. p. 314.
335 CARVALHO, José Murilo de. Teatro de sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Civilização
337 NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. O peculio do escravo póde comprehender doações ou legados
que tenham por objecto outros escravos? O Direito. v. 6, 1875. p. 183.
338 “Fallecendo em 1862 um lavrador, deixando testamento no qual legou a sua terça á um menor filho
de uma das suas escravas, baptisado como livre, no inventario que se fez pelo Juizo de Orphãos coube
em partilha ao mesmo menor além de outros bens a escrava que era sua mãi e teve depois mais tres
filhas, irmãs uterinas de seu novo senhor” (ESPINOLA, Manoel José. A mulher escrava de seu proprio
filho, tendo outros filhos menores escravos, deve preferir, na ordem da emancipação das famílias, aos
conjuges de que trata o art. 27 do Reg. De 13 de Novembro de 1872? O Direito. v. 23, 1880. p. 8).
339 Criado pela Lei 2.040 de 28 de setembro de 1871, o Fundo reuniria recursos pecuniários destinados
a libertação de quantos escravos fosse possível. A cada província ou município caberia uma cota
proporcional ao número de escravos residentes, nessas localidades havia também uma Junta
Classificadora, responsável pelos critérios de classificação e de exclusão dos escravos (SANTOS,
Lucimar Felisberto dos. Os bastidores da lei: estratégias escravas e o Fundo de Emancipação. Revista
de História: Universidade Federal da Bahia. Salvador, v. 1, n. 2, 2009, p. 18-39. p. 19).
340 ESPINOLA, Manoel José. A mulher escrava de seu proprio filho, tendo outros filhos menores
escravos, deve preferir, na ordem da emancipação das famílias, aos conjuges de que trata o art. 27 do
Reg. De 13 de Novembro de 1872? O Direito. v. 23, 1880. p. 10.
153
341 CARVALHO, José Murilo de. As Marcas do Período. In: ___. A Construção Nacional: 1830-1889
(História do Brasil Nação: 1808-2010). v. 2. Rio de Janeiro: Editora Objetiva/Fundação Mapfre, 2011.
p. 26.
342 “Do ponto de vista da estratégia de transição gradual ao trabalho livre, o objetivo da ‘via judicial’ de
mediação dos conflitos entre senhores e escravos era menos efetivo do que ‘moral’ – fortalecer a
submissão dos escravos pela sua esperança de formar um pecúlio e poder comprar a sua liberdade.
Porém, no processo que levou à abolição, advogados e juízes utilizaram esses mecanismos para obter
decisões favoráveis à libertação dos escravos, ampliando-se as situações em que os magistrados eram
chamados a intervir nas relações entre senhores, escravos e abolicionistas. Em síntese, essas
transformações indicam que, por um lado, o Poder Judiciário recebeu atribuições formais de
intervenção nas relações ‘domésticas’ entre senhor e escravo; e por outro, os magistrados tinham
novas condições para julgar a favor da libertação dos escravos. Em primeiro lugar, as mudanças
econômicas, sociais e políticas mais amplas que indicavam a necessidade de transformação do regime
de trabalho; em segundo lugar, a presença de uma opinião pública mais favorável à libertação dos
escravos; em terceiro lugar, novas condições institucionais que permitiam maior autonomia de
julgamento dos juízes, e, enfim, novas doutrinas e novas técnicas de argumentação jurídicas em
favor da liberdade dos escravos” (KOERNER, Andrei. Judiciário e cidadania na constituição da
República brasileira (1841-1920). Curitiba: Juruá, 2010. p. 130). (grifo nosso)
343 NEVES, Antonino. Em face do n. 1 do art. 36 do Reg. que baixou com o Decr. de n. 5135 de 1812,
assiste ao senhor ou ao possuidor o direito de reclamar contra a classificação para o fim de fazer preterir
o seo escravo classificado? O Direito. v. 31, 1883. p. 512.
154
344 OTTONI, Carlos Honorio Benedicto. A liberdade condicional conferida aos escravos estado-livres
Ainda assim, a articulação de leis e doutrina que faz Ottoni para contra-
arrazoar o pedido dos libertandos não é de todo capciosa e coaduna com o dever do
advogado, entretanto há no texto o uso de ironia indica mais uma opinião velada do
que um mero instrumento retórico. Ottoni sugere um conluio entre os libertandos e o
credor hipotecário, Joaquim Christiano de Carvalho, quando foram juntados aos autos
cartas de liberdade condicional dada por este aos libertandos para propor a ação.
Comenta Ottoni: “O requerimento e termo confessão a existencia das cartas e
somente excusão-se da ma fé, que se lhes exproba, allegando que não tem a culpa
que os libertandos se queirão excusar de prestar os serviços obrigados. Pobres
libertandos!” 345 (grifo nosso).
O texto de S. Lima pede uma interpretação mais minuciosa, o artigo, de certa
forma “diz” muito mais nas entrelinhas do que abertamente. O autor inicia com uma
visão lírica do que se seguiria à emancipação dos escravos, que, mesmo levando em
consideração a influência da retórica e o romantismo literário, parece demasiado
ingênua.
Em outro trecho, ainda que faz mea culpa acerca da limitada emancipação
dada pela lei de 1871, como não foi possível precisar o autor do texto, não se
consegue saber qual sua participação na edição da lei – se é que houve, ou se as
escusas são parte de um sentimento coletivo de incômodo:
A lei emancipadora, que fez com que o Brazil agigantasse a sua civilisação,
tem, não obstante, defeitos, e lacunas; attendendo-se, porém, ás condições
em que nos achamos, filhas pela maior parte da própria instituição anomala,
verme roedor da nossa felicidade, que vicia e conspurca os principios mais
puros, aninhado no sanctuario da familia, é forçoso confessar que não se
poderia fazer muito mais do que se fez, promessa de grandes e
beneficos resultados com mais algum esforço. 347
345 OTTONI, Carlos Honorio Benedicto. A liberdade condicional conferida aos escravos estado-livres
Aquelles que têm prestado serviços que de sobejo compensão aos senhores
do quantum despendido com a acquisição da propriedade delles, merecião
que, cortando-se o mal pela raiz (libertação do ventre escravo) fossem
contemplados ao menos em 2° lugar na ordem da classificação, e não devião
ser atirados ao lado como trastes inutilisados, arvores que não dão mais
fructos, on animaes velhos e estropiados; – a educação moral e a
instrucção daquelles que têm de conviver comnosco, que, homens como
nós, pódem um dia auferir grandezas, e galgar posições distinctas, ou que ao
menos tornão-se hábeis para conseguil-as, deverião ser objecto de serias
preoccupações por parte do legislador e do Governo, com a realização
prompta de asylos para esse duplo fim, e collocação dos novos cidadãos que
a lei proporciona á sociedade; – a opção dos serviços dos ingenuos além
dos 8 annos tolhe a educação e a instrucção, e torna os emancipados
máos cidadãos, ou pelo menos pouco proveitosos á sociedade. 348
162.
157
351 “Não só por isso se deve ver com alguma desconfiança o gênero narrativo da lamúria senhorial – o
enredo do senhor abandonado, solitário, supostamente traído por seus dependentes, cujo epítome
literário é Bento Santiago, no Dom Casmurro de Machado de Assis. Pois o que mais impressiona é a
coerência do governo imperial na defesa do interesse dos grandes fazendeiros quanto à propriedade
escrava adquirida por contrabando após 1831. A reinvindicação de indenização pela propriedade
escrava em qualquer passo do governo em direção à emancipação de escravos consistiu em óbice
sério à adoção de medidas a respeito do assunto até a Abolição, que veio porque tinha de vir, já que
no verão de 1887/1888 tomaram o assunto nas próprias mãos e abandonaram em massa as fazendas
de café. No entanto, talvez seja verdade que a monarquia caiu em 1889, entre outros motivos, porque
os cafeicultores se mostraram inconformados com o fato de a lei de Abolição não ter contemplado a
indenização dos proprietários pela libertação dos escravos” (CHALHOUB, Sidney. População e
sociedade. In: CARVALHO, José Murilo (org.). A construção nacional (1830-1889). Rio de Janeiro:
Objetiva, 2012. p. 75-76).
352 CHALHOUB, Sidney. População e sociedade. In: CARVALHO, José Murilo de (org.). A construção
interpretação de acordo nas ações patrocinadas por Antonio Pereira Rebouças: “Mesmo quando atuava
como curador, ele considerava a questão da propriedade de seres humanos como se se tratasse de
um bem qualquer; no caso de escravidão, na qual seus curados já tinham a posse da liberdade, ele
não argumentava que o indivíduo, uma vez liberto, não podia mais ser escravizado. Ao contrário,
discorria sobre as situações em que doações não podiam ser revogadas, referindo-se sempre à
condição do doador, e não do beneficiado. […] Em plena década de 1860, portanto, Antonio Pereira
Rebouças reforçava a sua interpretação sobre a forma pela qual escravos conseguiriam ter acesso a
direitos civil: através da obtenção de propriedade” (GRINBERG, Keila. O Fiador dos Brasileiros. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 216; 219).
158
Á nós tambem não nos importa senão o estudo das Leis portuguezas, nas
quaes a sordida cumplicidade de reis semi-pagãos com os infames
tanganhões africo-Iuzos codificou esse barbaro direito novo de escravidão,
que nem ao menos podia invocar a ferocitatem hostium dos Romanos; vindo
assim a dizer como um protesto em nome da humanidade contra as
tyrannicas Ordenações, o illustre Mello em seu citado Livro que “Servi nigri in
354 HENRIQUES, Tertuliano. “A lei de 7 de Novembro de 1831”. O Direito, volume 33, 1884, p. 486-
487.
355 Como adendo, pode-se citar os estudos de Sidney Chalhoub e Hebe Matos acerca do papel dos
advogados nas ações de liberdade. Esses advogados usaram do recurso à justiça como parte da
estratégia de libertação de vários escravos. Explica Keila Grinberg: “Ambos [os autores] destacaram a
forma como advogados e juízes exploraram a legislação em vigor na época, argumentando que a
multiplicidade de leis existentes foi usada como o objetivo político de favorecer a libertação de escravos.
Neste sentido, foi Chalhoub quem levou mais longe suas afirmações; citando batalhas jurídicas
ocorridas em algumas ações de liberdade para mostrar como se davam os embates entre o direito de
propriedade e os princípios de liberdade nos foros judiciários, ele concluiu que, dadas as várias
possiblidades de entendimento dos textos legais, cada advogado e cada juiz interpretavam estas
normas de acordo com as suas próprias posições políticas” (GRINBERG, Keila. O Fiador dos
Brasileiros. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 234).
356 GUIMARÃES, Antonio Carneiro Antunes. 1. Não ha direito de escravidão. 2. Em causa de liberdade
357 Em tradução nossa a frase de Mello Freire citada: “Escravos negros são tolerados no Brasil e outros
domínios, mas por que direito e com que título, confesso ignorálo completamente” (GUIMARÃES,
Antonio Carneiro Antunes. 1. Não ha direito de escravidão. 2. Em causa de liberdade não se admite
autoria. O Direito. v. 34, 1884. p. 13).
358 GUIMARÃES, Antonio Carneiro Antunes. 1. Não ha direito de escravidão. 2. Em causa de liberdade
361 BARBOSA, Ruy. Escravos de filiação desconhecida. O Direito. v. 44, 1887. p. 17.
362 “O trafico, absorvido na preoccupação exclusiva de reunir e conduzir bestas humanas validas para
a carga do trabalho logo que aportassem ás nossas praias, não transportava senão individuos, cuja
idade fosse compativel com o peso da escravidão. Os tormentos e atrocidades ultra infernaes dessa
viagem dolorosa, desde as regiões devastadas de Africa até as plantações do novo continente, não
permittiam á raça trucidada e arrastada do deserto pelo oceano entre supplcios inenarraveis trazer nos
braços os filhos debeis, incapazes de resistir ao martyrio da travessia, que a imaginação não póde
pintar. Os cinco periodos fataes dessa infinita agonia – o morticinio na luta contra os captores, os
flagellos da marcha pelo areiál, a putrefacção nos armazens da costa africana, o porão da barca
negreira, a phase intermedia ao desembarque e á extincção da ultima esperança sob o látego do
comprador; a fome, a canicula, a infecção, a peste, o açoite, a tortura – eram superiores á energia vital
da infância” (BARBOSA, Ruy. Escravos de filiação desconhecida. O Direito. v. 44, 1887. p. 22).
363 “A idade não se presume, prova-se; presumpções não são em direito provas, são inducções e
deducções, que apenas encaminhão o juizo para descobrimento dos factos. A idade não se prova
unicamente pela certidão de baptismo; ella admitte qualquer prova legal, na qual não se comprehende
a presumpção. (L. de 24 de Setembro de 1829). A matricula nunca servio de prova para a idade dos
escravos; ella não foi instituida como elemento extinctivo da servidão, mas como medida de estatistica
ou, segundo a expressão do ministro da agricultura, como simples remedio compulsorio. […] É, pois.
um attentado, um esbulho feito aos herdeiros, privai-os da posse dos bens inventariados por simples
presunções e conjecturas” (HENRIQUES, Tertuliano. “A lei de 7 de Novembro de 1831”. O Direito,
volume 33, 1884, p. 486-487).
364 BARBOSA, Ruy. Escravos de filiação desconhecida. O Direito. v. 44, 1887. p. 23.
161
Story (Commentaries On the Constitution Of the United States) e quase o único a citar
Dicey (Lectures on the law of the Constitution) e Blackstone (Commentaries On the
laws of England).
365 “No início da década de 80 do séc. XIX, começava a mudar a opinião pública sobre a escravidão e
366 “Alternativamente, temos ainda o impressionante corpus da tradição jurídica em que estão
embebidos, que funcionou no mesmo arcabouço cultural e que engendrou diversos dispositivos
discursivos que permitiram um contínuo intercâmbio entre senso comum e cultura assimilada. Um deles
foi a receptividade permanente, por parte da doutrina jurídica, de valores da vida quotidiana ou sociais,
por meio de conceitos, como equitas (equidade) bonum ou rectum, v. g., bonus paterfamilias, pessoa
comum, recta ratio (razão comum), interest (cf. Barberis, 2000), natura rerum (natureza das coisas), id
quod plerumque accidit (normalidade estatística), enraizamento (v. g. iura radicata), expectativas
sociais radicadas [no tempo ou na tradição], e assim por diante” (HESPANHA, António Manuel. O direito
do início da era moderna e a imaginação antropológica da antiga cultura europeia. Revista Justiça &
História. Volume 2. n. 4. Disponível em: http://goo.gl/UUB4So. Acesso em 3 de junho de 2015. p. 18).
367 HESPANHA, António Manuel. O direito do início da era moderna e a imaginação antropológica da
antiga cultura europeia. Revista Justiça & História. Volume 2. n. 4. Disponível em:
http://goo.gl/UUB4So. Acesso em 3 de junho de 2015. p. 19.
163
Não há dúvida de que houve escravos que souberam tirar partido das
mudanças trazidas pela lei de 1871. Os arquivos cartoriais brasileiros que
lograram escapar até hoje às fogueiras – ou à “reciclagem” - promovidas pelo
Judiciário estão cheios de ações de liberdade de escravos fundamentadas no
artigo 4º. A possibilidade aberta pela lei facilitou iniciativas coletivas para
comprar liberdades, fosse pelos próprios escravos ou, mais tarde, por
abolicionistas e simpatizantes. De qualquer modo, as coisas ficaram um
pouco como eram antes, por a chance de obter pecúlio para comprar alforria
continuou maior nas cidades do que no campo. Na corte, aliás, a
oportunidade com frequência virava risco, pois logo apareceram negociantes
dispostos a emprestar dinheiro aos escravos em troca de serviços
exorbitantes, mal pagos. Contudo, entre 1872 e 1885, um em cada três
escravos na Corte havia ficado libre; em contraste com um em cada nove na
província de São Paulo, um em cada 13 na província do Rio, apenas um em
cada 18 em Minas. No início da década de 1880, o abolicionista Joaquim
Nabuco dizia que, para qualquer escravo brasileiro, a perspectiva de morrer
no cativeiro permanecia maior do que a de atingir a liberdade. 368
368 CHALHOUB, Sidney. População e sociedade. In: CARVALHO, José Murilo (org.). A construção
nacional (1830-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 75.
369 TORRES, Juliano Rodriguez. A ordem e a fera: o fenômeno jurídico no pensamento de Clovis
370 HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.
163.
371 Considerando a mesma problemática a partir do ponto de vista da atividade jurisdicional, Koerner
afirma: “Nos processos em que era julgado o direito de escravos à liberdade, torna-se manifesta a
oposição entre parte dos membros do Poder Judicial e os interesses de parte das classes dominantes
brasileiras. Nas decisões favoráveis à liberdade dos escravos, os magistrados afirmaram a sua
autonomia de julgamento em relação aos interesses daquelas classes. Os magistrados deixavam de
considerar os interesses, as pessoas envolvidas e as circunstâncias especiais de cada caso. A sua
prática judicial dissociava-se do modelo prudencial; eles passavam a utilizar a interpretação formal e
sistemática das leis, fundando-a no princípio da liberdade individual, com o objetivo de expandir a
efetividade da ordem legal” (KOERNER, Andrei. Judiciário e cidadania na constituição da República
brasileira (1841-1920). Curitiba: Juruá, 2010. p. 136).
165
372 TORRES, Juliano Rodriguez. A ordem e a fera: o fenômeno jurídico no pensamento de Clovis
Beviláqua. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas,
Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2013. p. 73.
373 HESPANHA, António Manuel. O caleidoscópio do direito: o direito e a justiça nos dias e no mundo
Esta atitude explica tanto o formalismo do discurso dos juristas, como a sua
arrogância em relação à vida, que os leva frequentemente a descurar, no
traçado das políticas jurídicas, tanto quanto na resolução dos casos
concretos, os dados da experiência cotidiana (…). 377
375 “Primeiramente, uma análise da posição dos intelectuais e dos artistas na estrutura da classe
dirigente (ou em relação a esta estrutura nos casos em que dela não fazem parte nem por sua origem
nem por sua condição). Em segundo lugar, uma análise da estrutura das relações objetivas entre as
posições que os grupos colocados em situação de concorrência pela legitimidade intelectual ou artística
ocupam num dado momento do tempo na estrutura do campo intelectual. Em termos metodológicos
rigorosos, a construção da lógica peculiar a cada um dos sistemas imbricados de relações
relativamente autônomas (o campo do poder e o campo intelectual) constitui a condição prévia de
construção da trajetória social como sistema dos traços pertinentes de uma biografia individual ou de
um grupo de biografias. O terceiro e último momento corresponde à construção do habitus como
sistema das disposições socialmente constituídas que, enquanto estruturas estruturadas e
estruturantes, constituem o princípio gerador e unificador do conjunto das práticas e das ideologias
características de um grupo de agentes. Tais práticas e ideologias poderão atualizar-se em ocasiões
mais ou menos favoráveis que lhes propiciam uma posição e uma trajetória determinadas no interior
de um campo intelectual que, por sua vez, ocupa uma posição determinada na estrutura da classe
dominante” (BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva,
1987).
376 HESPANHA, António Manuel. O caleidoscópio do direito: o direito e a justiça nos dias e no mundo
Hespanha entrevê nesse estilo formalista dos discursos a luta simbólica entre
juristas acadêmicos e juristas comprometidos com a prática do foro. Nesse caso, estes
sacrificariam “a consistência teórica a uma prossecução mais direta dos interesses
práticos dos seus clientes”. Nesse sentido devem ser observados os textos acima,
que distorcem a legislação de forma a dar interpretação favorável à liberdade.
Certamente a articulação do discurso jurídico, seja no sentido de manutenção
da escravidão ou seja um discurso abolicionista merece uma pesquisa mais extensa.
Todavia, como provocação, questiona-se os danos dessa às vezes tardia, às vezes
esparsa, às vezes sutil ao invés de enérgica tomada de posição dos juristas frente ao
instituto da escravidão.
378 SALLES, Ricardo. Nostalgia Imperial: escravidão e formação da identidade nacional no Brasil do
Segundo Reinado. Rio de Janeiro: Editora Ponteio, 2013. p. 37.
379 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
380 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
de antigo regime. São Paulo: Annablume, 2010. p. 39.
381 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
383 HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas. As bem aventuranças da inferioridade nas sociedades
de antigo regime. São Paulo: Annablume, 2010. p. 18.
384 ADORNO, Sérgio. Os aprendizes do poder: o bacharelismo liberal na política brasileira. Rio de
foi possível investigar, não existiu no Brasil 385, haja vista não ter sido localizado jurista
brasileiro que não tenha sido também advogado, parlamentar, jornalista – ainda que
se admita prova em contrário, o padrão não se localiza aí. Entretanto, se por um lado
Adorno exclui, de antemão, esse rol de profissionais do grupo de juristas ou
jurisconsultos, ele também deixa de fora desse elenco de profissões, os professores.
Todavia, a formação acadêmica do bacharel deveria direcionar-se para a construção
do direito pátrio, capaz de “modificar o comportamento do corpo discente e lhe
propiciar, através de um plano pedagógico definido, uma formação profissional,
qualquer que ela tenha sido, sólida ou não”386.
O modelo de referência do jurista ideal para Adorno – e também para aqueles
que creem no bacharelismo como explicação uníssona para a formação do corpo
coletivo de juristas desse período – é o jurista alemão, um cientista de molde
385 Seria estender excessivamente a pesquisa investigar o que o sociólogo Sérgio Adorno entedia como
jurisconsulto, ciência e qual seria a real função da universidade. Entretanto, parece evidente que esses
conceitos foram anacronicamente transplantados para o século XIX brasileiro. Em síntese, Adorno
atribui um valor negativo ao que considerados inerente à própria condição de ser jurista nos oitocentos.
A franca influência portuguesa encarnada na Universidade de Coimbra, em verdade, trouxe também
um modelo de ensino universitário que, possivelmente, divergia do modelo de comparação do autor.
“Durante todo o século XIX e na primeira metade do século XX, a Europa conviveu com uma imensa
multiplicidade de modelos de formação superior. Praticamente cada país do continente europeu adotou
sua versão de sistema universitário diretamente gerado da universidade elitizada do século XVIII. A
universidade de pesquisa inspirada na Reforma Humboldt consolidou-se na Alemanha e no Reino
Unido. Na França, a rede de universidades convivia com os collèges (muito distintos dos colleges norte-
americanos), com as écoles supérieures e com as écoles polytechniques. Nos países mediterrâneos,
em especial na Itália, seguiam-se ainda formatos setecentistas de formação profissional bacharelesca.
Em Portugal, além disso, as diretrizes estruturais da universidade francesa pré-Reforma Bonaparte
eram respeitadas. […] Na América espanhola, a instituição universitária chegou precocemente e, no
final do século XVI, numa iniciativa conjunta do Estado Colonial e da Igreja, seis delas já haviam sido
implantadas. Todas essas instituições copiavam o modelo da metrópole oferecendo os mesmos
estudos e adotando a mesma estrutura. Em 1800, existiam 20 universidades ibero-americanas do
México ao Chile. No século XIX, generalizou-se no continente o padrão francês de universidade
napoleônica, voltada para a formação de quadros profissionais, organizadas num complexo de
unidades autárquicas” (Santos BS, Almeida Filho N. A Universidade no século XXI: para uma
universidade nova. Coimbra: Almedina; 2008. Disponível em: http://goo.gl/o8n8U0. Acesso em 5 de
agosto de 2015. p. 126-127). Portanto, o sentido, a orientação de uma universidade não fora voltada
para o que Adorno chama de “produção do conhecimento”, as condições materiais e culturais eram
muito diferentes do modelo anglo-saxão. A ampliação da doutrina jurídica para outros espações que
não a academia, não pode ser caracterizado como demérito da cultura jurídica brasileira.
Compreendendo as afirmações de Adorno apenas como um descompasso entre o modelo franco-
italiano seguido pelas universidades locais versus o modelo alemã. “Algumas destas características do
discurso jurídico têm efeitos também no seio do próprio campo dos juristas, hierarquizando as
profissões que nele convivem. O estilo formalista, abstrato e neutral contribui para o prestigio dos
juristas acadêmicos, desfavorecendo, como contrapartida, os juristas práticos. Por isso, o
desenvolvimento deste “método jurídico" na Alemanha do séc. XIX coincidiu como a época em que
direito era considerado como sendo um assunto para Professores (Professorenrecht)” (HESPANHA,
António Manuel. O caleidoscópio do direito: o direito e a justiça nos dias e no mundo de hoje. 2. ed.
Coimbra: Almedina, 2009. p. 308).
386 ADORNO, Sérgio. Os aprendizes do poder: o bacharelismo liberal na política brasileira. Rio de
387 FONSECA, Ricardo Marcelo. Vias da modernização jurídica brasileira: a cultura jurídica e os perfis
dos juristas brasileiros do século XIX. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos. v. 98, 2008. p. 291.
388 ADORNO, Sérgio. Os aprendizes do poder: o bacharelismo liberal na política brasileira. Rio de
390 Essa formação “acessória” também era a base do ensino no Imperial Colégio Pedro II, apontado
como única instituição oficial de ensino capaz de preparar os alunos ao ensino superior e,
posteriormente, para cargos na burocracia estatal. Descreve Lúcia Maria Bastos Pereira Neves, que “o
ensino que o colégio propiciava tendia a revestir-se de um caráter essencialmente literário, livresco e
ornamental, com o intuito de formar os oradores retóricos que ocuparam o parlamento do segundo
Reinado” (NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira. Intelectuais brasileiros nos oitocentos: a constituição
de uma família sob a proteção do poder imperial (1821-1828). In: PRADO, Maria Emília (org.). O Estado
como vocação. Rio de Janeiro: Access, 1999. p. 9-32. p. 26).
391 VENÂNCIO FILHO, Alberto. Das arcadas ao bacharelismo: 150 anos de Ensino Jurídico no Brasil.
jurídica, mas de uma cultura letrada em geral. Venâncio Filho percebe essa
multiplicidade como dissimulação:
394 VENÂNCIO FILHO, Alberto. Das arcadas ao bacharelismo: 150 anos de Ensino Jurídico no Brasil.
São Paulo: Perspectiva, s.d. p. 143.
395 “As práticas das aulas lidas’ eram, também comuns, João Silveira de Sousa adotava esse sistema,
tradição ornamental, fabricadora de humanistas para as duas faculdades de Direito do país e que estar
devolviam depois à administração e à política imperial” (COSTA, João Cruz. Contribuição à História
das Ideias no Brasil. Livraria José Olimpio Editora: Rio de Janeiro, 1956. p. 144).
175
Essa tese 400 quando utilizada como vetor de interpretação dos juristas no
século XIX, minimiza, para não dizer anula, outras formas de participação e
398 RAMENZONI, Gabriela Lima. A construção de uma cultura jurídica: Análise sobre o cotidiano do
bacharel na Academia do Largo de São Francisco entre 1857-1870. Dissertação de mestrado.
Faculdade de Direito da Universidade De São Paulo. São Paulo, 2014. p. 31.
399 RAMENZONI, Gabriela Lima. A construção de uma cultura jurídica: Análise sobre o cotidiano do
Gabriela Lima Ramenzoni: “O autor Aurélio Wander Bastos, em seu trabalho “O Estado e a formação
dos currículos jurídicos do Brasil”, esmiúça este tema tratado por Faoro de uma forma mais específica
sobre a instituição das faculdades de Direito no Brasil a fim de formarem tão-somente burocratas.
Nessa linha de pensamento, ele considera que a organização dos cursos jurídicos no Brasil foi
absolutamente voltada a fim de atender os interesses e demandas do Estado em detrimento das
expectativas judiciais da sociedade. Formariam burocratas estatais e não advogados. Nesse sentido,
o sistema preparava escolas para gerar letrados e bacharéis, necessários à burocracia, regulando a
educação de acordo com suas exigências sociais. Assevera, também, que a formação dos cursos
jurídicos no Brasil estava estritamente ligada à consolidação do Estado imperial e era resultado das
expectativas das elites, bem como das contradições sociais. Mas em contrapartida, não desconsidera
a possibilidade de produção de cultura jurídica para outros fins. Por exemplo, este autor dá uma
orientação mais específica sobre como se dava o cotidiano de construção de pensamento jurídico por
parte do bacharel, pois delimita que o chamado “advogado” deveria ser um bacharel mais voltado para
as questões da origem do conhecimento jurídico, portanto era incentivado para o aprendizado do Direito
Romano. Não obstante, quando se pretendia abrir a formação do bacharel para as questões gerais do
176
Estado e da sociedade, era incentivado o aprendizado do direito público” (RAMENZONI, Gabriela Lima.
A construção de uma cultura jurídica: Análise sobre o cotidiano do bacharel na Academia do Largo
de São Francisco entre 1857-1870. Dissertação de mestrado. Faculdade de Direito da Universidade
De São Paulo. São Paulo, 2014. p. 35-36).
401 FONSECA, Ricardo Marcelo. Vias da modernização jurídica brasileira: a cultura jurídica e os perfis
dos juristas brasileiros do século XIX. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos. v. 98, 2008. p. 288.
402 FONSECA, Ricardo Marcelo. Vias da modernização jurídica brasileira: a cultura jurídica e os perfis
dos juristas brasileiros do século XIX. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos. v. 98, 2008. p. 289.
177
403 FONSECA, Ricardo Marcelo. Vias da modernização jurídica brasileira: a cultura jurídica e os perfis
dos juristas brasileiros do século XIX. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos. v. 98, 2008. p. 290.
404 “Não parece um procedimento adequado, por isso, separar o conhecimento do jurista do século XIX
405 Optou-se por usar o denominador comum latino para expandir a matriz colonial portuguesa, para
um primeiro degrau de influência ibérica em razão do domínio do liberalismo na Espanha do século XIX
que possibilita para futuros estudos estabelecer os pontos de contato com o liberalismo brasileiro, e,
em um segundo degrau, permite incluir a interessante comparação com a Itália, cuja “estatização”
também nesse século. Por fim, a marcação dada pelo termo “latino” permite separar definitivamente a
cultura jurídica brasileira nos aspectos aqui abordados – frise-se ensino jurídico e modo de ser dos
juristas – de uma tradição alemã. Aliás, como complemento, cabe pontuar o estranhamento de Jhering
e Savigny diante dos juristas italianos. Jhering observa com certa complacência os juristas italianos
constrangidos a deixar a cátedra para dedicar-se à advocacia, enquanto que na Alemanha a rigorosa
separação das profissões tidas como inconciliáveis era considerada uma garantia dos professores
alemães. Savigny, em viagem pela Itália, entendia como um desvio da atividade espiritual do jurista
essa razão prática que impelia os juristas italianos a exercer outra atividade além da cátedra. Ademais,
Beneduce pontua que “La Francia è innanzitutto il luogo di una esperienza politica e giuridica
paradigmatica, che esercitava nei fatti uma potente forza di attrazione sulle vicende italiane”
(BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il
Mulino, 1996. p. 26 e 151). Ademais, “A título de comparação, a vida dos juristas do século XIX, mesmo
em França, é ainda uma vida híbrida: parte do tempo dedicam-se à academia, parte do tempo são
chamados a exercer funções de governo ou de legislação e parte do tempo gastam na advocacia (Dupin
[1783-1865], Cormenin [1788-1868] etc.). Alguns dos mais mencionados, como é o caso de Dalloz
(1795-1869) em França, não são mesmo acadêmicos no sentido contemporâneo, mas profissionais
que se dedicam a tarefas práticas, como a edição de revistas e coletâneas de decisões judiciais. Outros
transitam de um lado para outro da vida jurídica, ora como professores, ora como legisladores ou
homens de Estado” (LOPES, José Reinaldo de. Consultas da Seção de Justiça do Conselho de Estado
(1842-1889). A formação da cultura jurídica brasileira. Almanack Braziliense, n. 5, p. 4-36. São Paulo:
2007. p. 7-8). E, em favor dessa análise comparativa, citamos ainda Carlos Petit: “Sin poder
entretenerme aquí en consideraciones comparativas, al menos debo advertir que cuanto se viene
diciendo para España, gracias a la condición 'universal' de la elocuencia latina podría sin duda aplicarse
a otros ámbitos geográficos y aun a tradiciones jurídicas muy distintas; no ocuparse de estas cosas
cuando interesaba el análisis comparado de la profesión forense en varias experiencias nacionales es
error que comete, en mi opinión, la por demás apreciable y ambiciosa obra de Hannes Siegrist, Advokat,
Bürger und Staat” (PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la cultura
jurídica da la España liberal (lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio de
publicaciones Universidad de Huelva, 2000.p. 111).
406 Comparativamente, Paz Alonso descreve a Universidade de Salamanca em termos bem próximos
do contexto brasileiro: “No es nada nuevo decir que las universidades, y la de Salamanca en particular
para los siglos modernos, fueron criaderos de burócratas regios, y que muchos de los que ocuparon
los más altos cargos se reclutaron entre sus catedráticos. Que las cátedras eran un excelente trampolín
para, desde ellas, acceder a los organismos superiores de la Monarquía es algo aceptado por todos”
(ALONSO ROMERO, María Paz, Salamanca, escuela de juristas. Estudios sobre la enseñanza del
Derecho en el Antiguo Régimen. Madrid: Universidad Carlos III de Madrid - Editorial Dykinson, 2012. p.
235-236).
179
cultura em geral 407 – na qual os juristas também se inseriam – pode-se apontar uma
ruptura, ao longo de todo o século XIX com a Europa.
Tal qual o Brasil, também o ensino jurídico na Espanha liberal foi uma “escola
de tribunas” que configurava ambiente próprio para recriar e transmitir a cultura
eloquente que dominava os saberes e profissões de então. Petit retrata as
prestigiadas lições inaugurais nas universidades espanholas como vetor de
interpretação para a passagem do paradigma da oralidade para o predomínio da
escritura e, a reboque, de um modelo de jurista a outro.
A publicação posterior da lição inaugural era o registro fiel da cerimônia, desde
a posição dos lugares dos convidados de honra até a transcrição integral do discurso
incluindo quando começou e que horas acabou, constituindo-se em gênero literário
próprio. As aulas deveriam, por sua vez, ser públicas e em lugar que garantisse a boa
audição. “El flujo de mensajes orales constituye desde luego la base de las actividades
didácticas, pues las explicaciones del catedrático se completan diariamente con
preguntas”408.
Os discursos proferidos no âmbito das universidades – Petit trata da década
de 1850 – sejam eles aulas inaugurais ou exames para concessão do grau eram
eventos e ainda que, com o passar dos anos o caráter escrito dos exames tomasse
espaço, a natureza do ritual se mantinha oral. Esses discursos, afirma o autor,
407 José Murilo de Carvalho explica que a relação das elites culturais com a cultura europeia refletia-se
em sua produção e em seu pensamento, fazendo-se notar no mundo das artes, mas também no mundo
das ideias filosóficas e políticas. Mas é importante ressalvar que ainda que fossem estreitos os laços
com a matriz cultural europeia, não é correto interpretar essa influência em termos de mera cópia. Na
literatura e nas artes plásticas, por exemplo, explica Carvalho, o modo e os padrões eram europeus,
mas os temas e as propostas eram brasileiros. O mesmo vale para o campo das ideias, nas quais
tornamos a incluir as ideias jurídicas e soluções para o Direito Brasileiro (CARVALHO, José Murilo de.
As Marcas do Período. In: ___. A Construção Nacional: 1830-1889 (História do Brasil Nação: 1808-
2010). v. 2. Rio de Janeiro: Editora Objetiva/Fundação Mapfre, 2011. p. 34-35).
408 PETIT, Carlos. Discurso sobre el Discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica de la España
donde el ejercicio elocuente no deja mucho espacio para la ciencia; con tales, frecuentísimos discursos
más bien podía tratarse de evocar a los nombres más célebres del claustro local, de hacer presente
('de viva voz') a la corporación ante la sociedad y los periódicos” (PETIT, Carlos. Discurso sobre el
Discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica de la España liberal. Huelva: Universidad de Huelva,
2000. p. 31). (tradução nossa).
180
Essa transição de uma cultura tipicamente oral para a escrita, para a presente
pesquisa, não é meramente acessório, mas é o que possibilita a comparação entre os
juristas de diferentes tradições410. Não apenas pela conclusão lógica de preservação
e acesso ao discurso mesmo com a distância temporal e espacial, mas porque o
reconhecimento de que o meio impresso poderia conter o discurso jurídico diante de
uma paulatina e crescente valorização da escrita, foi uma das razões que levou os
juristas da segunda metade do século XIX a publicarem seus textos.
O que se propõe é estabelecer que a distinção entre juristas e demais – sejam
internos ao campo do direito (bacharéis, magistrados, advogados, professores) ou
externos (médicos, políticos) – não é uma diferenciação de classe hierarquizadas.
Embora a atuação como jurista seja diversa do seu agir como advogado ou professor,
essa aparente dissociação é inerente ao próprio jurista latino. O que se propõe é uma
definição de jurista relacionada à atuação conforme o ambiente ou a finalidade do
discurso, uma vocação 411 para ao invés de configurar uma profissão autônoma.
Beneduce 412 fala de um paradigma “impessoal e indivisível” do jurista.
Portanto, retoma-se também a distinção entre o bacharel e o jurista. Igualar a
situação de bacharel com a vocação do jurista é reduzir o todo pela parte. O que
diferencia portanto o jurista do bacharel e de outras profissões jurídicas é sua postura
enquanto tal. E essa postura, esse modo de agir tomava diferentes contornos no
período estudado, é isto que se denomina modelos para os fins desse trabalho. E, por
isso é importante diferenciar os ambientes que modificavam a finalidade da
comunicação dos juristas.
Já foram apontadas as aproximações e contingências entre juristas e
bacharéis e juristas e magistrados e, ainda que de forma breve, juristas e políticos.
Cabe aqui uma ponderação mais detalhada acerca da relação entre juristas e
advogados. Apesar do necessário distanciamento ou desconexão entre profissão e
vocação, no caso dos advogados, ao menos no que concerne aos estudos realizados
na Europa por Carlos Petit e Beneduce, essa separação não sobrevive na sua
integralidade.
410 Importante salientar que essa mudança não implica no abandono da transmissão oral do
conhecimento ou que antes disso não se fizesse uso da escrita, apenas se destaca o privilégio e a
necessidade de domínio de um meio em relação ao outro.
411 Vocação entendida como orientação do agir, como interesse e inclinação, assim como um médico
O advogado não apenas resulta assim no jurista por excelência; não apenas
seria seu discurso a expressão mais acabada da palavra posta ao serviço
coletivo. […] O homem eloquente, e somente ele, encarna ainda o tipo ideal
de cidadão politicamente ativo, o que agora significa confiar no advogado
para que chegue a se ouvir da voz do público. Uma sublime missão
representativa, certamente, que nos explicaria o frequentíssimo desempenho
de dignidades parlamentares por advogados em qualquer Estado liberal
europeu e a difícil distinção entre a causa da advocacia e a causa da política:
“a profissão do orador é um ministério respeitável, que requer para seu bom
desempenho grandes virtudes e nobres sacrifícios. Ora advogue frente os
tribunais… era na tribuna defenda os interesses dos povos e o decoro
nacional; ora predique no púlpito a moral evangélica; ora derrame na cátedra
a luz do ensino, sempre a missão do orador é árdua, importante e fecunda. 414
413 “Si la universidad liberal ha producido antes algún libro u obra de consulta se trata, como acontece
también con los cursos del Ateneo, de apuntes y notas que pasan directamente del auditorio a la
imprenta: subproductos de ‘textos vivos' que no saben ni quieren renunciar a su primitiva expresión
oral, con las imaginables consecuencias” (PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y
escritura en la cultura jurídica da la España liberal (lección inaugural, curso académico 2000-2001).
Huelva: Servicio de publicaciones Universidad de Huelva, 2000. p. 57). (tradução nossa).
414 “El abogado no sólo resulta así el jurista por excelencia; no sólo sería su discurso la expresión más
acabada de la palabra puesta al servicio colectivo. […] El hombre elocuente, y sólo él, encarna aún el
tipo ideal del ciudadano políticamente activo, lo que ahora significa confiar en el abogado para que
llegue a oírse la voz del público. Una sublime misión representativa, ciertamente, que nos explicaría el
frecuentísimo desempeño de dignidades parlamentarias por abogados en cualquier Estado liberal
europeo y la difícil distinción entre la causa de la abogacía y la causa de la política: "la profesión del
orador es un ministerio respetable, que requiere para su buen desempeño grandes virtudes y nobles
sacrificios. Ora abogue ante los tribunales... ora en la tribuna defienda los intereses de los pueblos y el
decoro nacional; ora predique en el púlpito la moral evangélica; ora derrame en la cátedra la luz de la
enseñanza, siempre la misión del orador es ardua, importante y fecunda” (PETIT, Carlos. Discurso
sobre el discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica da la España liberal (lección inaugural,
curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio de publicaciones Universidad de Huelva, 2000. p. 60-
61). (tradução nossa).
182
415 Em outro trabalho, Petit indica a pesquisa de Jesús Martínez, que ao estudar as bibliotecas
particulares, destaca o caso de Joaquín Maria López – proprietário de uma biblioteca que se encaixava
dentro dos parâmetros da época (Composição geral das bibliotecas de juristas profissionais, políticos
e burocratas em Madri: Literatura e língua: 21,80; Arte e ciência: 7,57; História e geografia: 15,45;
Direito e política: 17,59; Economia: 5,44; Filosofia e pensamento: 3,98; Teologia, moral e religião: 12,23,
várias: 12,64). A pesquisa concluiu que os livros tinham uma dupla utilidade, completamente diferentes
mas complementares que tipificam as características do típico jurista do período: (i) os livros eram
suporta às atividades profissional e política e (ii) relacionavam-se com suas atividades de lazer e
vocação literária. “[…] en efecto, este abogado y político progresista, parlamentario de verbo
celebérrimo desde las cortes del Estatuto, dos veces presidente del Consejo de ministros, autor de
libros jurídicos (Lecciones de elocuencia general, de elocuencia forense, de elocuencia parlamentaria
y de improvisación, I-II, 1849-1850; Curso político-constitucional, 1856) y famoso letrado ejerciente en
Alicante y Madrid fue además un creador literario tan prolífico que la edición íntegra de sus obras y
discursos cubre nada menos que siete tomos”. Outra pesquisa citada por Petit, desenvolvida por
Mariano Peset y Johannes-Michael Scholz, oferece uma explicação complementar, a de que o cultivo
das letras pelos advogados isabelinos seria um adorno erudito obrigatório, ou em uma expressão
melhor: em uma manifestação de status (PETIT, Carlos. El legislador y la biblioteca. Los fondos de
Andino en la Universidad de Sevilla. Glossae: European Journal of Legal History, ISSN 0214-669X, n.
10. 2013. p. 489-506. Disponível em: < http://goo.gl/vHsAQj>. Acesso em: 15 de janeiro de 2015.)
416 Acerca do repertório dos juristas: “Uns, mais próximos das posições românticas e doutrinárias –
como Basílio Alberto de Sousa Pinto – com declarações rotundas sobre o primado da razão, da
“natureza” e do temperamento dos povos, sobre as decisões de efêmeros arranjos políticos nas
Câmaras. Outros, embora perfilhando ideais políticos mais próximos das posições democráticas –
como Vicente Ferrer Neto Paiva (1798-1886) – reclamando os direitos da “filosofia” na conformação do
direito. Outros, por fim, com perfis mais “técnicos” do que “ideológicos”, invocando ou a tradição
dogmática, desde os praxistas até aos autores portugueses pós-liberais – como é o caso de Manuel de
Almeida e Sousa (Lobão), J. H. Correia Teles –, ou o consenso dos códigos modernos das nações
mais polidas, nomeadamente a lição do Code Napoléon – como é o caso de Manuel António Coelho
da Rocha (1793-1850) ou José Dias Ferreira (1837-1907)” (HESPANHA, António Manuel. Tomando a
história a sério - os exegetas segundo eles mesmos. In: FONSECA, Ricardo Marcelo (org.). As formas
do direito: ordem, razão e decisão (experiências jurídicas antes e depois da modernidade). Curitiba:
Juruá, 2013. p. 165-166).
417 PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica da la España
liberal (lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio de publicaciones Universidad
de Huelva, 2000. p. 66.
183
tradição eloquente, a poesia oferecia a gente do foro palavras e estilos utilizados para
contrabalançar a aridez dos materiais legais e somente assim eles poderiam
desempenhar sua função.
Portanto, tem-se que o jurista romântico era aquele que propunha, talvez mais
do que propunha, aquele que vivia uma possibilidade romântica de leitura do direito e
da política.
418 “Vigente un ‘paradigma elocuente' del saber, codificado en los tratados sobre oratoria, la inclinación
a las letras de los hombres de leyes liberales tuvo mucho que ver con el cursus studiorum que
emprendían al educarse como oradores y al ejercer como ciudadanos de provecho. Los conocimientos
de latín, moral e historia, también de lengua y literatura, previstos en los planes universitarios y
reclamados por la preceptiva del arte forense reflejaron y aportaron la base y los estímulos necesarios
para que el jurista elocuente frecuentara unos géneros que nadie llamaría hoy jurídicos […] pero que
determinaban una forma mentis y una manera literaria de concebir el ejercicio profesional”(PETIT,
Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica da la España liberal
(lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio de publicaciones Universidad de
Huelva, 2000. p. 73). (tradução nossa).
419 PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica da la España
liberal (lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio de publicaciones Universidad
de Huelva, 2000. p. 91.
184
420 PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica da la España
liberal (lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio de publicaciones Universidad
de Huelva, 2000. p. 125.
421 “Y es muy fuerte la tentación de deducir de las posibles diferencias de forma también diferencias
que interesan al contenido. Aunque los cronistas de la época insistieron en las reglas discursivas que
185
Ainda no século XIX a lei escrita era escassa, uma das justificativas das várias
iniciativas de revistas jurídicas na década de 1870 era justamente proporcionar aos
leitores uma cópia da legislação vigente atualizada a um preço acessível 422423. Petit
relata que era comum ao início do processo as partes levarem a lei correspondente
para o tribunal, posteriormente solicitando seu “desentranhamento” pois a lei era
necessária em outros processos.
Ainda que impressa, o processo de publicização das leis dependia da
oralidade para alguma divulgação. As leis deveriam ser lidas em praças públicas e
depois os alcaides as deveriam reproduzir em seus municípios para dar ciência a
todos.
imponía la tribuna, donde pudo fallar algún conocido abogado precisamente por ser, en tanto
profesional (del foro) demasiado elocuente, también es cierto que la preceptiva contemporánea diluye
algo aquella distinción, levantando acta a su manera de la condición exquisitamente política, esto es,
pública que ostentaba el jurista en el Estado liberal” (PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso:
oralidad y escritura en la cultura jurídica da la España liberal (lección inaugural, curso académico 2000-
2001). Huelva: Servicio de publicaciones Universidad de Huelva, 2000. p. 131-132). (tradução nossa).
422 “[…] encetamos a presente publicação, a qual é nosso intuito que contenha a legislação brazileira
mas também pelos funcionários da justiça responsáveis também por aplica-la, interessante o relato de
Andres Botero Bernal, acerca do alcaide de uma cidade colombiana na primeira metade do século XX.
O alcaide deixa de aplicar a legislação vigente alegando que só não o fizer pois não sabia ler nem havia
ninguém na cidade que soubesse (BOTERO, Andrés. Matizando o Discurso Eurocêntrico Sobre a
Interpretação Constitucional na América Latina. Revista da Faculdade de Direito - UFPR, Curitiba, n.
49, p. 109-126, 2009).
424 “De manera que el verbo forense daba vida a una legislación escrita y publicada que nadie sabía
muy bien cómo determinar. Sin jerarquía normativa que valiese, sin noticia clara de la vigencia del
derecho, sin sujeción efectiva del juez a la norma (aun tras la trabajosa conquista de la motivación), en
fin, sin atención a la publicación como requisito legal que fuera más allá de las meras conveniencias
comunicativas sentidas por la Administración, el corpus de las leyes liberales se nos presenta con un
déficit permanente de elementos formales y de garantías de procedimiento, a beneficio así de aquella
concepción 'sustancialista' del derecho y la ley (ante todo distinta por su ratio, esto es, por valores
religiosos de justicia) que había caracterizado la larguísima experiencia jurídica preliberal” (PETIT,
Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica da la España liberal
(lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio de publicaciones Universidad de
Huelva, 2000. p. 144). (tradução nossa).
186
425 “Pero sobre todo encontramos muchísimas ‘consultas', un peculiar género del periodismo jurídico
de entonces acentuadamente `verbal', pues nace de las preguntas de lectores/subscriptores que la
revista contesta, por lo común mediante redactores especializados, con publicación de aquéllas de
interés más amplio; en nuestra muestra son abundantes las páginas de esta clase que firma un Acacio
Charrin, jurista práctico y enciclopédico que lo mismo demuestra estar al corriente de las últimas
reformas del proceso criminal (235- 238) que sabe deslindar las responsabilidades del porteador en el
contrato de transporte (378-383) o precisar aún la condición sucesoria del hijo extramatrimonial de un
colega de profesión (441-444). Tan notable resulta la presencia de consultas en este (como en tantos
otros) tomo, así como, en general, el estilo dubitativo de muchas colaboraciones iusperiodísticas que
la imagen del derecho liberal reflejada en las revistas corresponde a un verdadero "derecho entre
interrogantes" de inciertas normas, proyectos inconclusos y cuestiones disputadas. Un terreno
jurídicamente pantanoso, en fin, que sólo tolera el peso ligero del incesante diálogo forense a la
búsqueda de tópicos firmes donde agarrar un discurso corporativo” (PETIT, Carlos. Discurso sobre el
Discurso: oralidad y escritura en la cultura jurídica de la España liberal. Huelva: Universidad de Huelva,
2000. p. 129-130).
187
426 PETIT, Carlos. Revistas españolas y legislación extranjera. El hueco del derecho comparado.
Quaderni Fiorentini Per la Storia del Pensiero Giuridico Moderno, 35 (2006). p. 259.
427 “Por otra parte tenemos a especialistas de la pasta de Pacheco: un gran letrado y político
conservador, conocido por sus brillantes discursos y autor de obras impresas... que, en rigor, jamás
fueron escritas. Pacheco es una muestra del que pudiéramos llamar modelo oratorio o forense de
entender el Derecho, un conocimiento ahora más cercano de la tradicional civilis sapientia que de la
emergente Rechtswissenchaft. El palacio de justicia y la tribuna parlamentaria serían sus ámbitos
naturales; la cátedra y los libros resultaban, como mucho, una actividad secundaria, dependiente de
prestaciones profesionales ante todo orales y “codificadas” en una pujante literatura. Dentro de tal
contexto el afán periodístico del abogado liberal - un auténtico hombre público que concedía con su
elocuencia valor y calor al texto muerto de las leyes – respondió a la cercanía existente entre la
reposada actividad forense y el trabajo frenético del diarista: pues los periódicos eran el ágora donde
resonaba el verbo de estos nuevos tribunos” (PETIT, Carlos. Revistas españolas y legislación
extranjera. El hueco del derecho comparado. Quaderni Fiorentini Per la Storia del Pensiero
Giuridico Moderno, 35 (2006). p. 259-260).
188
Mas Petit não limita o modelo oratório ao advogado cuja única preocupação é
com a aplicação da legislação nacional – ou, no caso brasileiro, na decifração da
legislação “nacional”. Tal visão acabaria por reduzir o jurista eloquente a um advogado
totalmente alheio às inovações técnicas estrangeiras ou ao direito comparado, quando
pelo contrário, os práticos foram partícipes ativos de uma comunidade internacional e
acompanhavam a produção intelectual estrangeira. Este parece ser um ponto de
grande diferença para com os brasileiros. Ainda que as citações a autores
estrangeiros sejam frequentes, a recíproca não é verdadeira. Já nessa época
tampouco se percebe a interlocução com autores latino-americanos, levando à
necessária ponderação no caso brasileiro de um possível isolamento brasileiro frente
ao mundo estrangeiro jurídico. A exceção da Consolidação das Leis Civis de Teixeira
de Freitas e sua influência no Código Civil argentino de 1871 confirmaria a regra.
Ainda que, como posto anteriormente, essa recepção das doutrinas europeias, ainda
que unilateral, não se resumia a cópia passiva.
Outro ponto importante do trabalho desenvolvido por Petit é a compreensão
da ressignificação do termo ciência durante a última etapa do século XIX. Quando se
trata de ciência nos artigos publicados no período em torno das décadas de 1860 até
final de 1880, a noção adotada em a acepção comum, de mera noção das coisas
como igualmente de perícia, no sentido de ser ciência o que segue regras e princípios.
De modo que ciência do Direito se resume a formação letrada de classes ou profissões
jurídicas, se maior complexidade. As palavras ciência e técnica permaneceram
dissociadas das normas acadêmicas, nem a tese nem o discurso doutoral comportam
compromissos científicos. A própria ascensão à cátedra não era dotada de muito rigor,
dependendo da capacidade de lecionar algumas vezes, tampouco o grau de doutor:
“concedido honorificamente a todos os magistrados”.
428 “En realidad, la divergencia se día entre los dos principales modelos de ser y actuar como jurista,
vigentes en la Europa del siglo XIX. Por una parte, encontramos la posibilidad savignyana de ejercer la
profesión jurídica y publicar en la prensa periódica […]. Según esta primera orientación, el Derecho
sería aquel saber científico – por ende universal – que, gracias a las revistas y a un reflexivo programa
de inexorable ejecución, presupone la existencia de una comunidad intelectual en principio ilimitada.
Para el profesional à la Savigny, que tiene en la cátedra el espacio de trabajo más idóneo, los periódicos
ofrecieron un vehículo de expresión necesario al avance científico mediante la discusión y el debate”
(PETIT, Carlos. Revistas españolas y legislación extranjera. El hueco del derecho comparado.
Quaderni Fiorentini Per la Storia del Pensiero Giuridico Moderno, 35 (2006). p. 259). (tradução
nossa).
189
429 “[…] pero la ecuación existente entre la ciencia del derecho, la comparación jurídica y la investigación
profesoral que enuncia la Revista de los Tribunales se traza con mayor nitidez en un artículo del
responsable de su vocación internacional. Y así, cuando Manuel Torres Campos disertaba en ella sobre
‘La reforma de los estudios jurídicos’ (1878), su objetivo confesado era repudiar la formación
estereotipada propia de las aulas españolas, una experiencia docente exquisitamente oral – congruente
con el ‘modelo forense’ de ser y trabajar como jurista – que ya no satisfacía las exigencias doctrinales
ni las prácticas. Tanta atención a los estudios desplegada desde la prensa jurídica nos resulta un
fenómeno ciertamente novedoso, índice del triunfo de un ‘modelo’ alternativo pero también del papel
que los órganos periódicos estaban llamados a desempeñar a la vuelta de pocos años” (PETIT, Carlos.
Revistas españolas y legislación extranjera. El hueco del derecho comparado. Quaderni Fiorentini Per
la Storia del Pensiero Giuridico Moderno, 35 (2006). p. 300-301).
430 “Conservó sus canales y modos, cultivo el respeto por sus mayores figuras, mantuvo intacta, incluso,
el ‘alma de la toga’. Sin embargo, la presencia pública del orador como quintaesencia del jurista perfecto
ya había pasado a mejor vida […]” (PETIT, Carlos. Revistas españolas y legislación extranjera. El hueco
del derecho comparado. Quaderni Fiorentini Per la Storia del Pensiero Giuridico Moderno, 35
(2006). p. 338). (tradução nossa).
190
431 “In particolare l'immaginazione giuridica poteva identificare l'avvocato senza scandalo come l'autore
di una performance linguistica e letteraria, lo scrittore delle sue allegazioni, assoggettandolo ora alle
norme preunitarie sulla libertà di stampa ora alle disposizioni della legge del 1865 sulle produzioni
dell'ingegno. Questo stesso avvocato sapeva all'occorrenza, con le parole di Antonio Scialoja, «lasciare
la divisa» del pratico, autore di memorie per la clientela, e divenire «indiferente scrittore» per amore
della verità e della scienza. L'interpellazione dell'avvocato e del giurista come autore privato dei suoi
generi letterari riproponeva per suo conto gli anacronismi e le appartenenze del lavoro giuridico: fra la
proprietà pubblica e quella individuale, il privilegio e il servizio, la «soggettività» tradizionale del
giureconsulto e dell'uomo di lettere e quella nuova del funzionario e dello scienziato” (BENEDUCE,
Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p.
21). (tradução nossa).
432 Ver nota 386.
433 “È in nome di questa incompiuta separatezza del sapere giuridico, del suo mancato ritrarsi dalla
“confusione degli affari”, che l'immaginazione italiana si sofferma a volte sulle figure struggenti e
melanconiche di avvocati, assorti nella causa privata. La loro vita intellettuale coincideva con la parola
eloquente, senza lasciare - alla lettera - alcuna traccia di sé in opere letterarie e scientifiche”
(BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il
Mulino, 1996. p. 27). (tradução nossa).
434 BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha:
435 “Le scissioni e le polarità di cui sono risonanza visibile questi frammenti di storia del lavoro
intellettuale del giurista nell'Ottocento, nell'imporre una nuova cadenza periodizzante nella storia della
cultura giuridica del secolo, sganciata da ogni stringente prospettiva di progresso necessario verso la
superiore identità del giurista universitario, si proiettano anche, di diritto, in un movimento di
razionalizzazione ben più generale, quello della disciplina della condotta intellettuale investita nelle varie
passioni disciplinari, in bilico fra i molti dilemmi della modernità: appartenenza privata e sfera pubblica,
'improduttività' e servizio, professione e Stato, disimpegno e azione política” (BENEDUCE, Pasquale. Il
corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p. 35).
(tradução nossa).
436 Embora o autor também faça menção aos “paglietti”, que no dialeto napolitano significava advogado
'non legislativo' del corpo forense che, con le sue tradizioni retoriche e abitudini linguistiche, si colloca
trasversalmente nell'universo ottocentesco dominato dlal primato del codice, delle libertà economiche
e degli Statti nazionali. Si è infatti più volte affermato come l'immaginario forense considerasse questo
quadro, costituito dal repertorio di virtù e dalle regole di condotta dettate all'avvocato dalla sua stessa
tradizione, come il supplemento necessario, costituito dai profili dell'urbanità del mestiere, alla
razionalizzazione della professione per via legislativa, che pure si svolgeva parallelamente all'interno
dello Stato liberale. L'anomalia, più volte avvertita, del corpo eloquente, l'eccezione ammessa della
professione del – l' avvocato trovava la sua giustificazione nell'Italia dell'Ottocento in un nuovo reticofo
di prescrizioni della condotta” (BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista
nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p. 289).
439 BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha:
442 “Al tempo stesso la rappresentazione dell'avvocato come depositário di un ufficio pubblico e dunque
specie fra le numerose possibili varianti della categoria di funzionario, diviene un elemento costitutivo
dell'antropologia forense. Questa rappresentazione raggiungeva risultati molteplici: conferiva alla stessa
opera intellettuale dell'avvocato, autore di discorsi per la causa, una qualità pubblica; riclassificava
puntualmente, con tenace pazienza definitoria, a partire da questi discorsi e atti del mestiere forense, a
vario titolo inclusi nell'amministrazione della giustizia, le soggettività del procuratore e dell'avvocato, cui
corrispondeva - ancora uma volta invocando l'analogia con l'esperienza francese – uma diversa misura
di «indole pubblica» e di esposizione nella vita civile; giustificava l'anomalia del corpo eloquente della
professione nel secolo dell'individualismo, della libertà di industria e degli Stati nazionali; imponeva
infine una nuova cadenza periodizzante del paradigma dell'avvocato nella storia giuridica del paese”
(BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il
Mulino, 1996. p. 119). (tradução nossa).
443 “Si potrebbe concludere che la professione con la sua involontaria esposizione pubblica appare - e
guarda a se stessa - anche come una eccezione significativa, proprio a partire dalla sua eminente
risorsa retorica, rispetto alla mancanza di passione pubblica e alla debolezza di progetto […] che
comprimevano la vita civile e politica italiana dell'Ottocento” (BENEDUCE, Pasquale. Il corpo
eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p. 211). (tradução
nossa).
195
444 “L'immagine del giurista resta in bilico tra la figura dell'autore e del possesso privato dei suoi discorsi
e la destinazione pubblica della produzione «immateriale» dell'opera, tra la devozione alla causa privata
e la dedizione esclusiva allo Stato. Si divide in eguale misura tra i suoi differenti universi di
appartenenza: il corpo eloquente, pratico e prescientifico dell'avvocato, e la nuova identità
dell'insegnante di diritto nelle università, scienziato e professore della scuola nazionale” (BENEDUCE,
Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p.
289). (tradução nossa).
445 “Tale carattere riguarda l'immagine stessa del giurista, diviso e irrisolto tra professione e Stato, opera
di autore da un lato e compiti del funzionario pubblico dall'altro, dedizione alla causa privata e devozione
allo Stato, contribuendo, per suo conto, a indicare il passaggio di una conversione intellettuale imperfetta
del giurista allo Stato, piuttosto che l'idea di una naturale identificazione del giurista fin dall'origine con
gli apparati statualistici” (BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista
nell’Italia liberale. Bolonha: Il Mulino, 1996. p. 300). (tradução nossa).
196
446 “La causa profonda della crescente potenza sociale delle professioni immateriali – in particolare degli
avvocati – era iscritta così nella singolare vocazione pubblica e impolitica dela loro “capacità di cultura”,
di ceti possessori di “beni spiritual” entrati con l'unificazione nel circuito costituzionale e civile del paese”
(BENEDUCE, Pasquale. Il corpo eloquente: identificazione del giurista nell’Italia liberale. Bolonha: Il
Mulino, 1996. p. 396).
447 COSTA, Pietro. Discurso jurídico e imaginação: hipóteses para uma antropologia do jurista. In:
PETIT, Carlos (org.). Paixões do Jurista - Amor, Memória, Melancolia, Imaginação. Curitiba: Juruá,
2011. p. 167-226. p. 217-218.
197
448 SOUZA, André Peixoto. Pensamento jurídico brasileiro, ensino do direito e a constituição do
449 SOUZA, André Peixoto de. Direito público e modernização jurídica: elementos para compreensão
da formação da cultura jurídica brasileira no séc. XX. Tese (doutorado) – Universidade Federal do
Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Curitiba, 2010. p. 76.
450 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
conjunto, relevando – sem deixar de reconhecer – as diferenças e particularidades de cada uma dessas
correntes para evitar os caminhos que desde a introdução não pretendíamos percorrer.
452 COSTA, Pietro. Discurso jurídico e imaginação: hipóteses para uma antropologia do jurista. In:
PETIT, Carlos (org.). Paixões do Jurista - Amor, Memória, Melancolia, Imaginação. Curitiba: Juruá,
2011. p. 167-226. p. 172.
199
453 COSTA, Pietro. Discurso jurídico e imaginação: hipóteses para uma antropologia do jurista. In:
PETIT, Carlos (org.). Paixões do Jurista - Amor, Memória, Melancolia, Imaginação. Curitiba: Juruá,
2011. p. 167-226. p. 172.
454 COSTA, João Cruz. Contribuição à História das Ideias no Brasil. Livraria José Olimpio Editora:
que provenientes de uma aristocracia escravocrata mudavam durante o curso jurídico, ou, ao menos,
enfrentavam a contradição entre as ideias humanistas que estudavam e a realidade do país: “Em geral,
quando o estudante recebia sua carta de bacharel, outorgava ao seu fiel criado a carta de liberdade.
Perdia o escravo, mas conservava o amigo” (VENÂNCIO FILHO, Alberto. Das arcadas ao
bacharelismo: 150 anos de Ensino Jurídico no Brasil. São Paulo: Perspectiva, s.d. p. 132).
456 COSTA, João Cruz. Contribuição à História das Ideias no Brasil. Livraria José Olimpio Editora:
457 “O Exército só voltou a agir politicamente na Questão Militar após a Guerra do Paraguai. […] desde
a década de 1850 já se formava entre os jovens oficiais uma mentalidade que entrava em aberto conflito
com a elite dos bacharéis. […] Diferentemente do que aconteceu com magistrados e padres, o setor
militar da burocracia não só pôde ser absorvido e eliminado como constituiu o principal elemento da
destruição do sistema imperial, agindo de dentro do próprio Estado” (CARVALHO, José Murilo de. A
Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 190).
458 Alguns em ascensão como os médicos e militares outros em declínio como os sacerdotes, enquanto
no século XX. Portanto, diante dos limites da pesquisa, adota-se um conceito fraco, à semelhança do
prescrito por Bobbio: “Embora com nomes diversos, os intelectuais sempre existiram, pois sempre
existiu em todas as sociedades, ao lado do poder econômico e do poder político, o poder ideológico
que se exerce não sobre os corpos como o poder político, jamais separado do poder militar, não sobre
a posse de bens materiais, dos quais se necessita para viver e sobreviver, como o poder econômico,
mas sobre as mentes pela produção e transmissão de ideias, de símbolos, de visões do mundo, de
ensinamentos práticos, mediante o uso da palavra (o poder ideológico é extremamente dependente da
natureza do homem como animal falante)” (BOBBIO, Norberto. Os intelectuais e o poder: dúvidas e
opções dos homens de cultura na sociedade contemporânea. São Paulo: Editora UNESP, 1997. p. 11).
201
O olhar autero era quase que uma exigência, uma verdadeira norma: apesar
de estereotipado, era entendido e recebido como indicador de sua posição
social e de sua idoneidade moral. Tal atitude se observa nos daguerreótipos
461 “[…] o que sobreviveu para a presente análise foi justamente o testemunho visual de uma atitude
individual do homem, qualquer que fosse sua posição na escala social de imortalizar-se “com a melhor
aparência possível”, de preferência ‘nobremente’” (KOSSOY, Boris. Fotografia e História. São Paulo:
Ática, 1998. p. 112).
462 KOSSOY, Boris. Fotografia e História. São Paulo: Ática, 1998. p. 95.
463 A digitalização dos vastos acervos pelas Fundações Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, disponível
466 KOSSOY, Boris. Fotografia e História. São Paulo: Ática, 1998. p. 110-111.
203
467 Dados da imagem: Augusto de Souza Leão, Barão de Caiará, Engenho Capibaribe, São Lourenço
da Mata, Pernambuco. Autor: Alberto Henschel & Cia. Notas: Coleção Francisco Rodrigues. carte de
visite, 8,7 x 5,4 cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil. Palavras-chave: Traje Masculino, Homem,
Cartola, Barba, Cena Interna, Mobiliário, Livro. Fonte: FR-03655. Idioma: Português. Propriedade:
Fundaj. Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-03655. Fundo Documental: Coleção
Francisco Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em 26 de janeiro de 2015.
204
Figura 5: Francisco Xavier Paes Barreto, ministro do império e bacharel em 1842. 468
468Dados da imagem: Francisco Xavier Paes Barreto. Autor: J. P. Joannes & Cia. Notas: Coleção
Francisco Rodrigues, carte de visite, 10,4 x 6,3cm. Fonte: FR-00927. Idioma: Português. Propriedade:
Fundaj. Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-00927. Fundo Documental: Coleção
Francisco Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em 26 de janeiro de 2015.
205
469 Dados da imagem: João Augusto de Souza Leão, Juiz de Paz (Engenho Caraúna-Jaboatão,
Pernambuco). Autor: Eugenio & Mauricio. Notas: Coleção Francisco Rodrigues. carte de visite, 9,4 x
5,6 cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil. Palavras-chave: Traje Masculino, Homem, Mobiliario, Fonte:
FR-02527. Idioma: Português. Propriedade: Fundaj. Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico:
FR-02527. Fundo Documental: Coleção Francisco Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/.
Acesso em 26 de janeiro de 2015.
206
470Dados da imagem: José Antonio de Pinho Borges, Engenho Entre Rios, Jaboatão, Pernambuco.
Autor: Alberto Henschel & Cia. Notas: Coleção Francisco Rodrigues. carte de visite, 8,8 x 5,6 cm. Local:
Recife, Pernambuco, Brasil. Fonte: FR-01067. Idioma: Português. Propriedade: Fundaj.
Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-01067. Fundo Documental: Coleção Francisco
Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em 26 de janeiro de 2015.
207
471Dados da imagem: Paulo Martins de Almeida. Autor: F. Villela. Notas: Coleção Francisco Rodrigues,
carte de visite, 8,9 x 5,5cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil. Fonte: FR-00528. Idioma: Português
Propriedade: Fundaj. Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-00528. Fundo Documental:
Coleção Francisco Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em 26 de janeiro de
2015.
208
472 Dados da imagem: Vitoriano de Sá e Albuquerque. Autor: Alberto Henschel & Co. Notas: Coleção
Francisco Rodrigues, carte de visite, 8,8 x 5,4cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil. Fonte: FR-00501
Idioma: Português. Propriedade: Fundaj. Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-00501.
Fundo Documental: Coleção Francisco Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em
26 de janeiro de 2015.
209
473 KOSSOY, Boris. O relógio de Hiroshima: reflexões sobre os diálogos e silêncios das imagens.
momento, registra a aparência dos fatos, das coisas, das histórias privadas e públicas, preservando,
portanto, a memória desses fatos, e que, no momento seguinte, e ao longo de sua trajetória
documental, corre o risco de significar o que não foi” (KOSSOY, Boris. O relógio de Hiroshima:
reflexões sobre os diálogos e silêncios das imagens. Revista Brasileira de História, v. 25, n. 49. p. 39).
(grifo do autor).
210
476Dados da imagem: Abdias de Oliveira. Autor: Alberto Henschel & Cia. Notas: Coleção Francisco
Rodrigues. carte de visite, 9,5 x 5,7 cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil. Palavras-chave: Traje
Masculino, Homem, Bigode, Livro, Relógio de lgibeira. Fonte: FR-03995. Idioma: Português.
Propriedade: Fundaj. Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-03995. Fundo Documental:
Coleção Francisco Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em 26 de janeiro de
2015.
211
Figura 11: Feliciano dos Santos Pontual, advogado, bacharel em 1868. 477
477Dados da imagem: Feliciano dos Santos Pontual. Autor: A. Henschel & Cia. Notas: Coleção
Francisco Rodrigues. carte de visite, 9,1 x 5,8 cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil. Palavras-chave:
Traje Masculino, Homem, Mobiliário, Livro. Fonte: FR-03804. Idioma: Português. Propriedade: Fundaj.
Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-03804. Fundo Documental: Coleção Francisco
Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em 26 de janeiro de 2015.
212
Figura 12: Gaspar de Menezes Vasconcelos Drumond Filho, bacharel em 1875. 478
478Dados da imagem: Gaspar de Menezes Vasconcelos Drumond Filho. Autor: J. dos Santos Pereira.
Notas: Coleção Francisco Rodrigues. carte de visite, 10,5 x 6,3 cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil.
Fonte: FR-01748. Idioma: Português. Propriedade: Fundaj. Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local
Físico: FR-01748. Fundo Documental: Coleção Francisco Rodrigues. Disponível em
http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em 26 de janeiro de 2015.
213
Figura 13: Gonçalo Paes de Azevedo Faro, bacharel em 1870 e magistrado. 479
479Dados da imagem: Gonçalo Paes de Azevedo Faro. Autor: Alberto & Henschel & Cia. Notas: Coleção
Francisco Rodrigues. carte de visite, 9,1 x 5,4 cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil. Palavras-chave:
Traje Masculino, Homem, Mobiliário. Fonte: FR-02536. Idioma: Português. Propriedade: Fundaj.
Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-02536. Fundo Documental: Coleção Francisco
Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em 26 de janeiro de 2015.
214
480 Dados da imagem: Henrique Afonso de Miranda Leal. Autor: Léon Chapelin. Notas: Coleção
Francisco Rodrigues. carte de visite, 9,3 x 5,5 cm. Local: Recife, Pernambuco, Brasil. Fonte: FR-02443.
Idioma: Português. Propriedade: Fundaj. Disponibilidade: Fundaj – Cehibra. Local Físico: FR-02443.
Fundo Documental: Coleção Francisco Rodrigues. Disponível em http://www.fundaj.gov.br/. Acesso em
26 de janeiro de 2015.
215
482 Dados da imagem: Retrato de Falcão de Souza Filho. Data: 1888. Autor: José Ferraz de Almeida
Júnior. Óleo sobre tela, 230X 142 cm. Acervo Faculdade de Direito USP. Fonte: Lourenço, Maria Cecília
França. Almeida Júnior: um criador de imaginários. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2007. Apud:
ARAÚJO, Raquel Aguilar de. Desmistificando Almeida Júnior: a modernidade do caipira. 19&20, Rio de
217
Janeiro, v. IX, n. 1, jan./jun. 2014. Disponível em: < http://goo.gl/qo3P8L >. Acesso em 10 de fevereiro
de 2015.
483 Dados da imagem: Retrato do Dr. Prudente de Morais. Data: 1890. Autor: José Ferraz de Almeida
Júnior. Óleo sobre tela, 235 X 144 cm. Acervo: Museu Paulista USP. Fonte: Lourenço, Maria Cecília
França. Almeida Júnior: um criador de imaginários. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2007. Apud:
ARAÚJO, Raquel Aguilar de. Desmistificando Almeida Júnior: a modernidade do caipira. 19&20, Rio
de Janeiro, v. IX, n. 1, jan./jun. 2014. Disponível em: < http://goo.gl/qo3P8L >. Acesso em 10 de
fevereiro de 2015.
218
Nisso a elite dos advogados traía menos um desvelo ético do que uma
apreciação estética dos valores do trabalho numa Corte povoada por
escravos e por comerciantes semiletrados. Tratava-se para nossos
advogados e juristas de “aristocratizar” a advocacia simultaneamente criando
uma “aristocracia” de indivíduos cultos, de cultores da “ciência” do Direito.
Como isto envolvia também o cultivo de um estilo de vida “aristocrático”,
criava-se a ambiguidade que nem mesmo a retórica de Rui Barbosa podia
dissolver. 484
484 COELHO, Eduardo Campos. As profissões imperiais: medicina, engenharia e advocacia no Rio
de Janeiro – 1822-1930. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 299.
485 ADORNO, Sérgio. Os aprendizes do poder: o bacharelismo liberal na política brasileira. Rio de
ahora significa confiar en el abogado para que llegue a oirse la voz del público. ‘Una sublime misión
representativa, ciertamente, que nos explicaría el frecuentísimo desempeño de dignidades
parlamentarias por abogados en cualquier Estado liberal europeo y la difícil distinción entre la causa de
219
la abogacía y la causa de la política: "la profesión del orador es un ministerio respetable, que requiere
para su buen desempeño grandes virtudes y nobles sacrificios. Ora abogue ante los tribunales... ora
en la tribuna defienda los intereses de los pueblos y el decoro nacional; ora predique en el púlpito la
moral evangélica; ora derrame en la cátedra la luz de la enseñanza, siempre la misión del orador es
árdua, importante y fecunda”. PETIT, Carlos. Discurso sobre el discurso: oralidad y escritura en la
cultura jurídica da la España liberal (lección inaugural, curso académico 2000-2001). Huelva: Servicio
de publicaciones Universidad de Huelva, 2000. p. 61.
487 COSTA, Pietro. Discurso jurídico e imaginação: hipóteses para uma antropologia do jurista. In:
PETIT, Carlos (org.). Paixões do Jurista - Amor, Memória, Melancolia, Imaginação. Curitiba: Juruá,
2011. p. 167-226. p. 218.
220
É nesse caldo que se forma o jurista. Diante de tudo isso, faz sentido
apresentar o jurista como um personagem de transição como faz Fonseca com
Teixeira de Freitas 492.
488 CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2011. p. 101.
489 Não que a diferença não existisse, apenas essa não era nem a única diferença entre as academias
nem determinante para a carreira dos juristas após o grau. Tampouco era exclusivo do Brasil e essas
diferenças geraram estudos mais profundos quando observados como não determinantes. A saber: “A
imaginária centralidade científica de Coimbra e a sua neutralidade em relação aos jogos políticos de
Lisboa constituíam também um eficaz biombo em relação aos estreitos laços que os seus professores
mantinham com a política da capital. De fato, não poucos dos professores de Direito desempenharam
lugares políticos, como conselheiros de Estado ou dos Supremos Tribunais, como Pares, como
membros de Comissões governamentais várias, como deputados e até como chefes partidários”.
(HESPANHA, António Manuel. Um poder um pouco mais que simbólico: juristas e legisladores em luta
pelo poder de dizer o direito. In: FONSECA, Ricardo Marcelo e SEELAENDER, Airton Cerqueira Leite
(orgs.). História do Direito em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá, 2008.
p. 149-199. p. 191).
490 SCHWARCZ. Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil
tomado indubitavelmente de uma mentalidade legalista no que diz respeito à teoria das fontes,
mostrando-se, neste sentido, como alguém sintonizado com o modo de apreciar o direito que se
inaugura na era liberal/burguesa. […]Em suma: por um verso, Teixeira de Freitas é um personagem de
tran¬sição e, nessa medida, representativo do período de tensão entre modelos opostos por que
passava o próprio direito privado brasileiro do século XIX. Mostrava-se nos limites da adesão ao canto
da sereia legocêntrico e estatólatra, mas não pagava tributos a uma perspectiva meramente exegé¬tica
passiva do intérprete com relação ao ordenamento jurídico. De outro lado – e nesse ponto fazia jus à
influência que teve de toda a doutrina do “ius commune” – atribuía à ciência um papel protagonista e
221
É por esta razão e diante desse “contexto de transição (com raízes fortemente
arcaicas e pré-modernas, mas muito desejosa de modernização jurídica)” 493, que se
propõe um modelo híbrido para o jurista brasileiro. As características desse modelo
seriam justamente a persistência de uma presença eloquente nas diferentes esferas
de comunicação – imprensa 494, parlamento, Instituto dos Advogados etc., pois no
período estudado aparecem indícios da presença de um paradigma “eloquente” do
saber jurídico, como exemplificam Ambrosini, e Fernandes:
Além da já mencionada pluralidade dos juristas, que não eram apenas juristas
e magistrados ou juristas e advogados, mas eram juristas, advogados, políticos,
jornalistas e, em um exemplo de perfeito exagero, cartógrafo e professor de Geografia,
como foi Cândido Mendes 496.
Mas esse mesmo jurista ingressava, a partir da década de 1870 no Brasil,
num processo acentuado no decorrer do período estudado no presente trabalho, em
um novo paradigma com ideais modernizantes e cientificistas. Então o jurista modelo
do final do século XIX simultaneamente se preocupa com o aspecto teórico do direito,
conformador. Personagem complexo, como se vê” (FONSECA, Ricardo Marcelo. Teixeira de Freitas:
um jurista "traidor" na modernização jurídica brasileira. Revista do Instituto Histórico e Geographico
Brazileiro, v. 452, p. 341-354, 2011. p. 346).
493 FONSECA, Ricardo Marcelo. Teixeira de Freitas: um jurista "traidor" na modernização jurídica
brasileira. Revista do Instituto Histórico e Geographico Brazileiro, v. 452, p. 341-354, 2011. p. 346.
494 Citando dados de A. L. Machado Neto (Estrutura Social da República das Letras), José Murilo de
Carvalho destaca que 41% dos intelectuais (jornalistas, advogados, professores, médicos e
engenheiros – profissionais liberais capazes de crítica dos valores e instituições vigentes) eram também
jornalistas (CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 101).
495 AMBROSINI, D.; FERNANDES, M. Elite política, abolicionismo e Republicanismo. In: MOTA, Carlos
era dedicado aos alunos de escolas públicas, principalmente do Colégio Pedro II. O autor, jurista e
professor de geografia, buscava ativamente utilizar a geografia para promover o patriotismo
(CARVALHO, José Murilo de. A vida política. In: CARVALHO, José Murilo (org.). A construção
nacional (1830-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 87).
222
497 HESPANHA, António Manuel. Um poder um pouco mais que simbólico: juristas e legisladores em
luta pelo poder de dizer o direito. In: FONSECA, Ricardo Marcelo e SEELAENDER, Airton Cerqueira
Leite (orgs.). História do Direito em Perspectiva: do Antigo Regime à Modernidade. Curitiba: Juruá,
2008. p. 149-199. p. 150.
498 Maciel de Barros pontua essa resistência ademais de conservadora, católica: “A reação católico-
conservadora contra as ideias liberais e cientifistas faz-se agora, incansavelmente, pelos jornais, na
tribuna parlamentar, nas cátedras das faculdades, nos livros. Organiza-se o ‘laicato’ católico,
frequentemente mais ortodoxo, mais ultramontano do que o clero: na Câmara dos Deputados, Leandro
Bezerra e Tarquínio de Souza terçam armas com Silveira Martins, Pinheiro Guimarães, Florêncio de
Abreu, etc., expoentes do liberalismo; no Senado, Cândido Mendes de Almeida, Zacarias, Figueira de
Mello, Rodrigues Silva, Francisco de Paula Silveira Lobo, etc. fazem-se paladinos do Syllabus; no norte,
Soriano de Souza e, no sul, pouco depois, Sá e Benevides, em livros e nas cátedras, fazem a apologia
223
Ainda que seja bastante correta a divisão entre tipos ideais feita por Maciel de
Barros para o período 499, é ainda mais acertada a indeterminação reconhecida pelo
autor entre um liberalismo clássico e um cientificismo:
dos ideais ultramontanos” (BARROS, Roque Spencer Maciel de. A ilustração brasileira e a ideia de
universidade. São Paulo: Editora Convívio, 1986. p. 33).
499 Do que se aproveita da excelente síntese feita por Paulo Henrique Dias Drummond: “[…] Maciel de
Barros identifica três tipos ideais de intelectual que podem ser vistos como modelos explicativos desse
momento de transformação do ideário nacional: trata-se dos tipos cientificista, liberal e católico-
conservador. O primeiro e o segundo são marcados pela indiscriminada crença na ciência (que, afinal,
é nota caracterizadora e aglutinadora no movimento novo); o que os distingue, no entanto, é o
significado específico dessa crença: o cientificista vê a ciência como caminho necessário, como único
instrumento capaz de indicar quais os valores e ideais humanos devem ser perseguidos; assim, mais
do que limite a valores e ideais, a ciência é o próprio centro gerador desses elementos. Ao passo que
o liberal, calcado no ideário contratualista, vê a ciência como “simples auxiliar na luta pela efetivação
dos sonhos humanos”, os quais não podem derivar da ciência, mas sim da razão, que encontra tais
sonhos gravados na própria essência humana. O terceiro, católico-conservador, encontra na religião a
hierarquização dos valores: as conquistas da ciência dela dependem” (DRUMMOND, Paulo Henrique
Dias. Ciência e ensino da cultura jurídica paranaense: direito penal e filosofia do direito no Curso de
Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade do Paraná (1913-1953). Dissertação (mestrado) -
Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito.
Curitiba, 2011. p. 45).
500 BARROS, Roque Spencer Maciel de. A ilustração brasileira e a ideia de universidade. São Paulo:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
501 COELHO, Eduardo Campos. As profissões imperiais: medicina, engenharia e advocacia no Rio
ouviam e sua fala era transcrita em ata para ser preservada. Que autoridade detinha
e sobre o que ela se fundava.
Portanto, considerando que:
A cultura jurídica brasileira não se limitaria aos aspectos aqui abordados. Não
é possível explicá-la apenas por seus aspectos humanos, ainda que se acredite que
o aspecto humano – os juristas – estejam em uma posição central, privilegiada. As
diferentes facetas da cultura jurídica brasileira, em especial a oitocentista carecem de
um estudo que, a partir de uma análise interna, verifique seus efeitos na sociedade.
Uma análise eminentemente histórica, como coloca Fonseca, é menos a busca pelas
pedras fundamentais da cultura jurídica brasileira e menos ainda um rol de juristas
célebres do que um procedimento genealógico que seja avesso à “pretensão de
construir uma essencialidade que resista ao desgaste dos tempos. […] A cultura
jurídica é aquilo que circula, funciona e produz efeitos dentro de um determinado
contexto histórico social” 503.
Ao longo do texto, evitou-se ao máximo, não se sabe com qual índice de
sucesso, incorrer nos pecados da historiografia moderna apontados por Hespanha:
502 FONSECA, Ricardo Marcelo. Vias da modernização jurídica brasileira: a cultura jurídica e os
perfis dos juristas brasileiros do século XIX. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos. v. 98, 2008. p.
260.
503 FONSECA, Ricardo Marcelo. Vias da modernização jurídica brasileira: a cultura jurídica e os
perfis dos juristas brasileiros do século XIX. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos. v. 98, 2008. p.
261.
226
504 HESPANHA, António Manuel. O direito do início da era moderna e a imaginação antropológica da
antiga cultura europeia. Revista Justiça & História. v. 2. n. 4. Disponível em: <http://goo.gl/UUB4So>.
Acesso em: 3 de junho de 2015.
505 “Não se tratava, no entanto, de um estamento, mas de uma elite política formada em processo
bastante elaborado de treinamento, a cujo seio se chegava por vários caminhos, os principais sendo
alguns setores da burocracia, como a magistratura. Ao longo do período imperial outros caminhos se
abriram além da burocracia, como as profissões liberais – advocacia e medicina -, o jornalismo, o
magistério, quando não o simples favor imperial. O segredo da duração dessa elite estava, em parte,
exatamente no fato de não ter estrutura rígida de um estamento, de dar a ilusão de acessibilidade, isto
é, estava em sua capacidade de cooptação de inimigos potenciais” (CARVALHO, José Murilo de. A
Construção da Ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 151).
227
506 COSTA, João Cruz. Contribuição à História das Ideias no Brasil. Livraria José Olimpio Editora:
Rio de Janeiro, 1956. p. 138.
507 HESPANHA, António Manuel. Cultura jurídica européia: síntese de um milénio. Florianópolis:
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VASQUEZ, Pedro Karp. A fotografia no Império. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
APÊNDICES
1877 14º Quaes são os effeitos da revista ? José Maria Leitão Processo civil
Volume Da Cunha
Emydio Joaquim
Dos Santos,
Eduardo Pires
Ramos, Frederico
M. De Araujo
1878 17º O testamenteiro, pessoa estranha à Didimo Junior Civil
volume herança, nomeado inventariante o
tutor de orphãos, herdeiros escriptos,
prefere, para a inventariança, ao
herdeiro legitimo, que não se achava,
porém, na posse material da herança,
nem em companhia do finado, na
época da morte deste?
1878 17º PROCESSO CIVIL. Antonio Joaquim Processo Civil
volume DO RECURSO CONTRA O ERRO De Macedo Soares
DA CONTA DAS CUSTAS FEITA
PELO CONTADOR DO JUIZO
1879 18º O habeas-corpus no Brazil Antônio Herculano Penal
volume De Sousa Bandeira
Filho
1879 18º Em que consiste o contencioso José Joaquim Administrativo
volume administrativo, e quaes os limites Seabra
divisorios entre elle e o contencioso
judiciario
1879 18º DISTRIBUICÃO DAS COLLECCÕES Luiz Ferreira Maciel Administração
volume DA LEGISLAÇÃO Pinheiro da justiça
1879 18º Fallencia de sociedades anonymas Olegario Herculano Comercial
volume d´Aquino e Castro
1879 18º É nullo o testamento se a cedula não D. A. Civil
volume estiver cerrada e cosida quando fizer- (ANÔNIMO)
se dela tradição ao oficial publico,
para lavrar o instrumento de
aprovação?
Intelligencia do Assento de 10 de
Junho de 1817.
As formalidades a que estão sujeitas
as diversas espécies de testamentos,
devem ser observadas, sob pena de
nullidade – Art. 1001 do Cod. Civ.
Franc.
1879 18º A quem compete nas comarcas Francisco De Paula Civil
volume geraes a concessão de licença para Lacerda De
casamento de orphãos nos termos da Almeida
Ord, do li v. 1º, tit. 88 § 19? (Vide O
Direito anno IV. Vol. IX, pag. 40).
1879 18º Competencia para a partilha nas F. P. Araujo E Silva Processo Civil
volume comarcas geraes.
AGGRAVO NO AUTO DO
PROCESSO
1879 19º O decreto de 16 de Novembro de Tertuliano Processo penal
volume 1878 Henriques
1879 19º Custas das intimações T. Pinheiro Administração
volume da justiça
1879 19º INTERPRETAÇÃO DO ART. 205 DO Antonio Joaquim Processo Penal
volume COD. CRIM. De Macedo Soares
1879 19º E' o juiz municipal, e não o de direito, José da Cunha Processo
volume competente para conceder vista o Teixeira
processar o recurso de embargos as
sentenças pelos mesmos juizes de
direito proferidas, CONSULTA
1879 19º Sobre a publicação das sentenças Antonio Joaquim Processo
volume De Macedo Soares
1879 19º Ação rescisória. Supremo Tribunal de F. P. Araujo e Silva Processo
volume Justiça
1879 19º Appellação não dá-se da sentença, Aristides Augusto Penal
volume proferida contra escravo, accusado Milton
como incurso no art. 113, ou no art.
192, ou ainda no art. 271 do Codigo
Criminal. Mas, quando é absollutoria
a sentença, tem logar o recurso.
Intelligencia da lei de 10 de Junho de
1835, e do art. 80 da lei de 3 de
Dezembro de 1841.
1879 19º Dever-se-ha dar curador ou interprete (ANÔNIMO) Penal
volume a um mudo assassino, que resistio a
prisão?
Será elle culpado, ou estará no
Dumero daquelles quo são
contemplados, no §20 do artigo 10 do
Codigo Criminal?
1879 19º Julgamento de nulidades na Relação Tristão De Alencar Penal
volume Araripe
1879 19º Produz effeito contra os José Joaquim Comercial
volume administradores ou directores da Seabra
sociedade anonyma, a sentença que
qualifica-culposa ou fraudulenta - a
fallencia della ?
1879 19º Analyse do premio dos Eduardo Gomes Civil
volume testamenteiros, sua lei e pratica Ferreira Vellozo
1879 19º Direito Civil João Manoel Carlos Civil
volume Existe o direito de accrescer nas De Gusmão
heranças e nos legados, perante o
nosso direito?
1879 20º Como procederão as relações, Sebastião Cardoso Penal
volume quando lhes forem enviados, pelos
presidentes de provincia, papeis, nos
quaes se encontre crime de
responsabilidade?
1879 20º Impedimento dos jurados o do Juiz de Antonio Augusto Processo penal
volume direito, que serviram no primeiro Ribeiro de Almeida
julgamento de uma causa, para
servirem no segundo, indo a causa a
novo jury
1879 20º Competencia do fôro “rei sitoe” nas M. Jorge Rodrigues Processo
volume demarcações e divisões
1879 20º O réo, processado por crime de Sebastião Cardoso Penal
volume ferimentos graves, e condemnado
272
1879 20º Effeitos das leis positivas em relação Vicente Ferrer De Constitucional.
volume ao espaço, ou dos conflitos entre as Barros Wanderley Internacional.
leis nacionaes e estrangeiras. Araujo
DISSERTAÇÃO
1880 21º Para que o réo, maior de 13, e menor Aristides Augusto Penal
volume de 14 annos, possa ser julgado isento Milton
de toda responsabilidade pelo juiz
formador da culpa, não carece ser
provada a casualidade do facto. O
discernimento do menor é que precisa
de prova, e, verificado e11e, ao
mesmo juiz cabe proceder de accôrdo
com o art. 13 do Codigo Criminal.
Intelligencia dos arts. 10 §§ 1 e 4 do
mesmo codigo, e 20 da lei n. 2ú3:.l de
20 de Setembro de 1871
1880 21º A installação da sessão do jury póde Joaquim De Mello Penal
volume ter lugar com 36 jurados; não ó Rocha
essencial o maximo de 48 jurados,
OBSERVAÇÕES EM MAPAS DA
ESTATISTICA JUDlCIARIA
1880 21º O condemnado em crime de acção M. Jorge Rodrigues Penal
volume puramente privada, e de alçada
policial, em quanto não é requerida a
execução da pena, pode exercer as
funcções de jurado.
1880 21º A sentença proferida em paiz Manoel Joaquim Da Internacional.
volume estrangeiro é exequivel no imperio? Silva Filho Civil
1880 21º 1. Ha recurso dos despachos dos J. Brigido Penal
volume juizes de direito das comarcas geraes
confirmando as pronuncias proferidas
pelos juízes municipaes nos crimes
communs?
2. O art. 17 ~ lo da lei de 20 de
Setembro de 1871 abolio o recurso de
pronuncia instituido pelo art. 291 do
Código do Processo e conservado
pelo art. 69 §3º da lei de 3 de
Dezembro de 1841?
1880 21º Competencia do preparo dos Tristão De Alencar Penal
volume processos de crimes policiaes Araripe
1880 21º Da necessidade de se Anônimo Crítica a
volume fundamentarem as sentenças magistratura
1880 21º Antigualhas Forenses (1) Antonio Joaquim Administração
volume II OS TABELLIÃES DO PUBLICO, De Macedo Soares da justiça
JUDICIAL E NOTAS
1880 21º Pode dar-se appellação ex-ofticio da Joaquim De Mello Penal
volume sentença que condemnar a galés Rocha
perpetuas o réo submettido á
segundo julgamento? Intelligencia da
lei de 3(\e Dezembro de 1811-arts.
79,81 e 82, c do Reg. de 31 de Janeiro
de 1842, arts. 449 e 502.
1880 22º Intelligencia do art. 322 do Cod. do Antonio Joaquim Processo Penal
volume Proc. Crim De Macedo Soares
1880 22º Podem os Juizes Municipaes Luiz Da Silveira Penal
volume conceder habeas-corpus?
1880 22º O que é tutela administrativa? Fernando Mendes Administrativo
volume Quaes sao os seus limites? De Almeida
274
1884 33º Quem é o proprietario dos bens da Theophilo Dias De Canônico. Civil
volume Egreja? Mesquita
1884 33º A lei de 7 de Novembro de 1831 Tertuliano Civil
volume Henriques (escravidão)
1884 34º Como se entendem as expressões do Eugenio De Paula Eleitoral
volume art. 4º n. 12 da lei n. 3029 de 9 de Ferreira
Janeiro de 1881 e do art. 1º ~ 9·,
membro 20, do Dec. n.3122 de 7 de
Outubro de 1882-os cidadãos
qualificados jurados na revisão feita
no anno de 1879; os cidadãos
qualificados jurados nas revisões dos
annos de 1878 e 1879 ?
1884 34º 1.' Não ha direito de escravidão. Antonio Carneiro Civil
volume 2.· Em causa de liberdade não se Antunes (escravidão)
admite autoria Guimarães
1884 34º A classificação dos escravos Luiz Ferreira Maciel Civil
volume libertandos Pinheiro
1884 34º Qualificação dos Jurados Antonio Joaquim Eleitoral
volume As novissimas Leis eleitoraes De Macedo Soares
derogaram a de 3 de Dezembro, art.
27, que definiu as condições para ser
qualificado jurado?
1884 34º Bens da Egreja Candido Mendes Canônico. Civil
volume De Almeida
1884 34º Connexidade dos crimes Tertuliano Penal
volume Henriques
1884 34º Quando um libello inepto é recebido, Aristides Augusto Penal
volume e não se pode por isto cumprir o que Milton
determina. a lei para a organisação
dos quesitos; deve o presidente do
tribunal do jury redigil-os de accordo
com as provas do processo e os
debates, afim de ser classificado
devidamente o crime.
Ao réu que, absolvido pelo jury, tem
de ser posto imediatamente em
liberdade, não carece passar-se ai
vara de soltura.
Declarando o réu no tribunal ter
advogado, conquanto este na ocasião
esteja ausente não deve o juiz
nomear defensor ex-officio; salvo si a
parte concorda.
InteIligencia dos arts. 59 da lei e 3 de
dezembro 1841. art. 17 §§ 4 e 5 da lei
de 20 de setembro 1871, e art. 322 do
codigo do processo criminal.
1884 34º Questão eleitoral Ignacio Antonto Eleitoral
volume Póde-se proceder á eleição de Fernandes
vereadores e juizes de paz nas
parochias e districtos creados
posteriormente á 31 de Dezembro de
1879 ?
1884 35º Póde ser fundamento da boa fé para Brazilio Rodrigues Processo civil
volume prescripçio da propriedade e Dos Santos
prescripção dos fructos tanto o erro de
direito, como o erro sobre a existencia
do titulo?
282
31 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Lafayette Rodrigues Pereira Direitos de Família Indireta
A B C D E F G H I
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
32 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Pothier Traité des obligations Indireta
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e Manuel de Almeida e Sousa de
33 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Lobão português direta
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
34 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Emmanuelis Alvarez Pegas Ad. Ord. menção
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
35 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Pothier Des. Test. referência
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e Des Testaments (Des donations entre vifs et
36 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Troplong des testaments) apud
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
37 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Demolombe Des Testaments francês direta
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
38 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Preameneu menção
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e Des Testaments (Des donations entre vifs et
39 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Troplong des testaments) português direta
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e Ovídio Fernandes Trigo de
40 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro Indireta
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
41 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Pomponio menção
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
42 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Paulo menção
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e De la Vente (De la vente ou commentaire du
43 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Troplong titre VI du livre III du Code civil) referência
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
44 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Larombiére Theor. Et. Prat. Des Obligs. referência
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
45 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Philippe Antoine Merlin Recueil alphabétique des questions de droit Indireta
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
46 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Blondeau Introd. À l'étude du Dr. francês direta
Não são permitidos pelo nosso direito os testamentos de mão comum e
47 1 1873 recíprocos, entre os conjuges João Damasceno Pinto de Mendonça Marcadé Inst. De Testam. ord.
48 1 1873 Escravos entre bens do evento D. F. B. da Silveira nenhuma
49 1 1873 Locação de serviços civil Aureliano de Souza e Oliveira nenhuma
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
50 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Coelho da Rocha Instituições do Direito Civil Portuguez Indireta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
51 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Fresquet Trait. Elem. De Dir. Rom. Indireta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode De la Vente (De la vente ou commentaire du
52 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Troplong titre VI du livre III du Code civil) francês direta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode Apontamentos sobre as formalidades do
53 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Pimenta Bueno Processo Civil português direta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
54 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Larombiére Theor. Et. Prat. Des Obligs. francês direta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
55 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez apud de Pothier
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
56 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Silva Ad. Ord. Liv. latim direta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode Manuel de Almeida e Sousa de
57 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Lobão Fasciculo de Dissertações Juridico-Practicas Indireta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
58 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Paulo Sent. latim direta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
290
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode Manuel de Almeida e Sousa de
59 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Lobão Indireta
A B C D E F G H I
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
60 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
61 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Candido Mendes Codigo Philippino Indireta
1º A cessão de uma execução, por termo nos autos, em que não se
declara o preço, é nula? 2º A cessão de uma execução, em que se pode
62 1 1873 opor embargos infringentes do julgado, é valiosa? João Damasceno Pinto de Mendonça Pothier De la Vente latim direta
Primeiras Linhas sobre o Processo
63 3 1874 Arrolamento Manoel Lopes da Cunha Maciel José Pereira de Carvalho Orphanologico Indireta
64 3 1874 Arrolamento Manoel Lopes da Cunha Maciel Nova guia dos juízes municipais menção
Provimento da Cidade de Campos, publicado
65 3 1874 Arrolamento Manoel Lopes da Cunha Maciel João José de Andrade Pinto na Revista Jurídica vol 8 menção
Acórdão de 12 de agosto de 1851 publicado em
66 3 1874 Arrolamento Manoel Lopes da Cunha Maciel Gazeta dos Tribunais Indireta
67 3 1874 Arrolamento Manoel Lopes da Cunha Maciel Prática das Correições menção
68 3 1874 Arrolamento Manoel Lopes da Cunha Maciel Roteiro dos Orphãos menção
69 3 1874 Arrolamento Manoel Lopes da Cunha Maciel Código das leis Orphanologicas menção
A instituição dos ônus reais só deve ser transcrita para poder ser oposta
70 3 1874 aos credores hipotecários Antonio José Rodrigues Torres Netto nenhuma
É válida a hipoteca que, compreende só escravos, sendo posterior à
publicação da Lei 1237 de 24 de setembro de 1864, porém anterior ao
regulamento, que baixou para execução d'essa lei com o Decreto n 3453
71 3 1874 de 26 de abril de 1865? Manoel Martins Torres nenhuma
O foreiro tem a respeito do subemphyteuta os mesmos direitos que
72 4 1874 pertencem ao senhorio. Conselheiro Paula Baptista José Homem Corrêa Telles Doutrina das Acções menção
O foreiro tem a respeito do subemphyteuta os mesmos direitos que Manuel de Almeida e Sousa de Tratado Pratico e Citico de todo Direito
73 4 1874 pertencem ao senhorio. Conselheiro Paula Baptista Lobão Ephyteutico menção
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
74 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Coelho da Rocha Direito Civil referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
75 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples Ovídio Fernandes Trigo de
76 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
77 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Conselheiro Treilhard Tit. 1º do Liv. 3º do Codigo Civil Francez direta
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
78 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Mazerat e Chabot Commentaire sur la loi des successions direta
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples Exposé des motifs du Titre II, Livre III do Code
79 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Bigôt-Préameneu Civil Indireta
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
80 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Justiniano Novella Constitutio X VIlI Indireta
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
81 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Antonio Caetano do Amaral memoria III direta
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples Manuel de Almeida e Sousa de Tractado Pratico Compendiario de todas as
82 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Lobão ações Summarias referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
83 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Coelho da Rocha Direito Civil referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
84 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Alvaro Valasco Praxis Partitionum et Collationum referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
85 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Digesto Portuguez referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
86 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Gama Decisionum Sup. Senat. Lusitanoe referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
87 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Consolidação das leis civis referência
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
88 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Charles Gustave Maynz Elements de Droit Romain Indireta
Quaes as differenças em ordem, caracteres e efeitos entre a simples
89 4 1874 incapacidade de succeder e a incapacidade por indignidade? Joaquim Augusto de Camargo Callistratus Digesto Indireta
291
130 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Jacques Berriat-Saint-Prix apud
131 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Deputado Junqueira transcrição de debate
A B C D E F G H I
132 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Moura Magalhães transcrição de debate
133 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira França Leite transcrição de debate
134 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Mendes da Cunha transcrição de debate
135 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Ferraz transcrição de debate
136 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Souza Martins transcrição de debate
137 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Rebouças transcrição de debate
138 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Vasconcellos menção
139 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Mello Mattos menção
140 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Junqueira menção
Commentario a lei n. 463 de 2 de setembro de
1847 sobre successão dos filhos naturaes e sua
141 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Perdigão Malheiro filiação direta
142 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Pascoal José de Mello Freire livro 4 Indireta
Manuel de Almeida e Sousa de Segundas Linhas sobre o Processo Civil de
143 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Lobão Pereira e Souza Indireta
Joaquim José Caetano Pereira e
144 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Sousa referência
145 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Coelho da Rocha referência
146 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Joaquim Ignacio Ramalho referência
147 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Zacharie referência
148 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Borges Carneiro direta
149 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Mourlon livro 1 direta
Esposicion rasonada y estudo comparado del
150 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Jacintho Chacon Codigo Civil chileno direta
151 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Troplong menção
152 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Toullier menção
153 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Demolombe menção
154 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Valete menção
155 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Proudhon menção
156 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Dalloz menção
157 4 1874 Successao de filhos naturaes Lafayette Rodrigues Pereira Blondeau menção
Dada a consolidação por commisso e ao mesmo tempo o adimplemento de
uma hypotheca sobre terreno foreiro, deve o credor hypothecario ser Manuel de Almeida e Sousa de Tratado Pratico e Citico de todo Direito
158 4 1874 preferido ao senhorio. A. H. de Souza Bandeira Filho Lobão Ephyteutico Indireta
Dada a consolidação por commisso e ao mesmo tempo o adimplemento de
uma hypotheca sobre terreno foreiro, deve o credor hypothecario ser
159 4 1874 preferido ao senhorio. A. H. de Souza Bandeira Filho Silva Ord. menção
Dada a consolidação por commisso e ao mesmo tempo o adimplemento de
uma hypotheca sobre terreno foreiro, deve o credor hypothecario ser
160 4 1874 preferido ao senhorio. A. H. de Souza Bandeira Filho Coelho da Rocha menção
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão,
161 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Domat Les lois civiles dans leur ordre naturel francês direta
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão,
162 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Pothier Des droits de successions francês direta
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão, Répertoire universel et raisonné de
163 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Medin jurisprudence francês direta
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão,
164 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Accursio menção
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão, Manuel de Almeida e Sousa de Notas de Uso Practico e Criticas as Instituições
293
165 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Lobão de Mello Freire direta
A B C D E F G H I
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão, Manuel de Almeida e Sousa de
166 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Lobão Tractado Pratico de Morgados Indireta
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão,
167 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Pascoal José de Mello Freire menção
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão,
168 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Ulpiano Fragment. latim direta
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão,
169 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças Pascoal José de Mello Freire apud
Os sobrinhos, filhos de irmãos predefuntos co-herdão a seus tios por direito
proprio e in capita, não in stirpes por privilegio ou ficção do direito de
representação, com quando concorrem com tios sobreviventes ao irmão, Primeiras Linhas sobre o Processo
170 4 1874 de cuja herança se trata. Antonio Pereira Rebouças José Pereira de Carvalho Orphanologico Indireta
Julgamento dos bispos. Foi legal a condemnação dos bispos de Olinda e
do Pará, e elles não podem continuar a desempenhar no Brazil o múnus
171 5 1874 episcopal. Tristão de Alencar Araripe nenhuma
Repertório ou indice alfabético da reforma
hypothecaria e sobre as sociedades de credito
172 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Perdigão Malheiro rural Indireta
173 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Silva Ramos Curso de direito hypothecario Indireta
174 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Teixeira de Freitas Projectos e Pareceres direta
175 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Nabuco de Araújo menção
176 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Paranaguá menção
177 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Francisco José Furtado menção
Organization du credit foncier, publicado no
178 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Wolowski Jornal des Economistes direta
179 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Troplong Indireta
180 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
181 5 1874 A reforma hypothecaria e os creditos privilegiados. A. H. de Souza Bandeira Filho Bacon direta
182 5 1874 Da conciliação no cível e no commercial. Antonio Joaquim Ribas Jacques Berriat-Saint-Prix Indireta
Joaquim José Caetano Pereira e
183 5 1874 Da conciliação no cível e no commercial. Antonio Joaquim Ribas Sousa Dir. Adm. Bras. Indireta
184 5 1874 Da conciliação no cível e no commercial. Antonio Joaquim Ribas Silva Indireta
185 5 1874 Da conciliação no cível e no commercial. Antonio Joaquim Ribas Moraes Indireta
186 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Gama Decisão 252 direta
187 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Cordeiro Dubitatio direta
188 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Pinheiro Disput. direta
189 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Guerreiro Recent. direta
190 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Antonio Joaquim Gouvêa Pinto Tratado dos Testamentos e Successões Indireta
191 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira José Homem Corrêa Telles menção
192 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Coelho da Rocha menção
193 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Blois Ordonnance francês direta
194 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Demolombe Indireta
195 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Troplong Indireta
196 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Mackeldey Droit Romain Indireta
Manuel de Almeida e Sousa de
197 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Lobão Dissert. direta
198 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Dumoulin menção
199 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira De Thou direta
200 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Solon Nullités direta
Répertoire universel et raisonné de
5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Philippe Antoine Merlin jurisprudence direta
294
201
202 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Zacharie Le Droit Civil Français direta
A B C D E F G H I
203 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Emmanuelis Alvarez Pegas menção
204 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Jasão menção
205 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Mantica menção
206 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Cardoso menção
207 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Coelho da Rocha Instituições do Direito Civil Portuguez direta
208 5 1874 Nullidade de testamento. Lafayette Rodrigues Pereira Pascoal José de Mello Freire Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
209 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Montesquieu Esprit des lois Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
210 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Giraud Hist. Du droit Romain Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
211 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro De just. et jur. Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
212 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Pellat Dir. Priv. des Rom. Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
213 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Pimenta Bueno Direito Publico Brazileiro Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
214 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Arhens Phil. du Droit Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
215 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
216 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Leibnitz menção
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
217 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Charles Gustave Maynz Elements de Droit Romain Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
218 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Savigny Traité de droit romain Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
219 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Hegel menção
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
220 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Alfed Fouillé Ré. De Deux Mond. (1 juin 1874) Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
221 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Charles Gustave Maynz Cours de droit romain Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os De l'influence du christianisme sur le droit civil
222 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Troplong des Romains Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os Ovídio Fernandes Trigo de
223 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
224 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Celestino I Decr. de Grac. menção
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
225 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro S. Agostinho menção
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
226 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Pio VI menção
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
227 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Lafayette Rodrigues Pereira Direitos de Família Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
228 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Alvaro Valasco Praxis Partitionum et Collationum Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os Manuel de Almeida e Sousa de Notas de Uso Practico e Criticas as Instituições
229 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Lobão de Mello Freire Indireta
A constituição da família, segundo o direito patrio, conforma-se com os
230 6 1875 principios reguladores do direito privado? João Pereira Monteiro Pascoal José de Mello Freire menção
A acção rescisoria não póde ser indistinctamente admittida no nosso
231 6 1875 processo civil. Tristão de Alencar Araripe Paula Baptista Compendio do processo civil Indireta
232 6 1875 Prisão por custas. Olegario Herculano d´Aquino e Castro Pimenta Bueno Indireta
233 6 1875 Prisão por custas. Olegario Herculano d´Aquino e Castro Ed. Desprez Abol. Da prisão 1868 Indireta
234 6 1875 Prisão por custas. Olegario Herculano d´Aquino e Castro Praxe forense direta
235 6 1875 Prisão por custas. Olegario Herculano d´Aquino e Castro Souza Pinto Primeiras linhas sobre o processo civil brazileiro Indireta
236 6 1875 Prisão por custas. Antonio Pereira Rebouças nenhuma
O peculio do escravo póde comprehender doações ou legados que tenham
237 6 1875 por objecto outros escravos? J. L. de Almeida Nogueira Ferreira Borges Dicc. Jur. Comm. Indireta
295
298 7 1875 appellavel. Joaquim Alves Carneiro de Campos Lobão ações Summarias Indireta
A B C D E F G H I
O despacho que obriga assignar termo de tutela tem a pena de prisão. Até
quando se estende a prisão? O despacho que obriga assignar termo é
299 7 1875 appellavel. Joaquim Alves Carneiro de Campos Silva Pereira Rep. das Ords. Indireta
O despacho que obriga assignar termo de tutela tem a pena de prisão. Até
quando se estende a prisão? O despacho que obriga assignar termo é
300 7 1875 appellavel. Joaquim Alves Carneiro de Campos Candido Mendes Codigo Philippino Indireta
301 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Emmanuelis Alvarez Pegas monografia Indireta
Manuel de Almeida e Sousa de
302 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Lobão monografia Indireta
303 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Emmanuelis Alvarez Pegas Tractatus de competentiis inter archiepiscopos Indireta
Manuel de Almeida e Sousa de Notas de Uso Practico e Criticas as Instituições
304 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Lobão de Mello Freire Indireta
305 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Pascoal José de Mello Freire Institutas Indireta
306 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Instit. de Gaio IV referência
307 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Instit. Justin referência
308 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Pothier Traité de la possession 1772 referência
309 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas A. J. Cuperi Observationes selectae de natura possessionis referência
Traité théorique et pratique des actions
310 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Caron possessoires 1842 referência
311 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Isidore Alauzet Histoire de la possession 1849 referência
312 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Molitor La possession, la reivindication 1851 referência
313 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Miroy Theorie des actions possessoires 1853 referência
314 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Desiré Beauvois De la possession en Droit Romain 1858 referência
315 8 1875 Da natureza da posse. Antonio Joaquim Ribas Savigny Tratado da Posse 1865 referência
1º É valida a doação feita por mulher casada á um filho sem intervenção do Ovídio Fernandes Trigo de
316 8 1875 marido? 2º Não sendo, é de mistér sentença que declare nulla a doação? Manoel Martins Torres Loureiro Dir. Civ Indireta
339 8 1875 Analyse da Ord. Liv. 4º Tit. 103 § 8º Joaquim Alves Carneiro De Campos Lafayette Rodrigues Pereira Direitos de Família Indireta
340 8 1875 Analyse da Ord. Liv. 4º Tit. 103 § 8º Joaquim Alves Carneiro De Campos Coelho da Rocha Direito Civil Indireta
A B C D E F G H I
341 8 1875 Analyse da Ord. Liv. 4º Tit. 103 § 8º Joaquim Alves Carneiro De Campos Borges Carneiro Indireta
342 8 1875 Analyse da Ord. Liv. 4º Tit. 103 § 8º Joaquim Alves Carneiro De Campos José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez Indireta
343 8 1875 Analyse da Ord. Liv. 4º Tit. 103 § 8º Joaquim Alves Carneiro De Campos Pascoal José de Mello Freire Indireta
Primeiras Linhas sobre o Processo
344 8 1875 Analyse da Ord. Liv. 4º Tit. 103 § 8º Joaquim Alves Carneiro De Campos José Pereira de Carvalho Orphanologico Indireta
345 8 1875 Analyse da Ord. Liv. 4º Tit. 103 § 8º Joaquim Alves Carneiro De Campos Samuel Stryk Indireta
Manuel de Almeida e Sousa de Tractado Pratico dos Interdictos o Remedios
346 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Lobão Possessorios Indireta
347 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Savigny Indireta
348 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Marciano Indireta
349 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Paulo Indireta
350 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Ulpiano Indireta
351 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Sabino Indireta
352 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Trebatius Indireta
353 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Schneidewin Indireta
354 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Labeon Indireta
355 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Charles Gustave Maynz Elements de Droit Romain Indireta
356 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Pothier Indireta
357 8 1875 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Direito Civil Brazileiro Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
358 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Pothier Pandectas Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
359 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Gaio direta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
360 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Paulo direta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
361 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Mackeldey D. Romain Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
362 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Ortolan Instit Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
363 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Charles Gustave Maynz Elements de Droit Romain Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
364 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Cassio Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
365 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Minicio direta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
366 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Juliano Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
367 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Modestino referência
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
368 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Pomponio referência
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
369 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Pascoal José de Mello Freire Direito Civil Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
370 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
299
371 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo José Homem Corrêa Telles Doutrina das Acções Indireta
A B C D E F G H I
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
372 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Ulpiano direta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
373 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Marcello Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
374 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Coelho da Rocha Direito Civil direta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
375 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Sabino Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
376 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Mucio Indireta
A Theoria da divisibilidade e indivisibilidade das cousas serve de
fundamento á doutrina sobre a divisibilidade e indivisibilidade das
377 8 1875 obrigações? Joaquim Augusto de Camargo Papiniano direta
378 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani direta
Manuel de Almeida e Sousa de
379 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Lobão Tractado Pratico de Morgados direta
380 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Antonio Ribeiro de Liz Teixeira direta
381 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Antonio Joaquim Gouvêa Pinto Tratado dos Testamentos e Successões direta
382 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Coelho da Rocha Indireta
Répertoire universel et raisonné de
383 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Philippe Antoine Merlin jurisprudence indireta
384 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Furgole Dir. Rom. indireta
385 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Troplong Dir. Franc. indireta
Des Testaments (Des donations entre vifs et
386 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Troplong des testaments) indireta
Joaquim José Caetano Pereira e Esboço de hum diccionario juridico, theoretico,
387 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Sousa e practico indireta
388 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Dicc. de Mor. indireta
389 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Montesquieu Esp. Das leis direta
390 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Carta de Aguesseau Indireta
391 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
392 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas P. Raulica ensaio Poder Público Indireta
393 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Layerdiére Agricultura e População Indireta
394 9 1876 Substituição Fideicommissaria Augusto Teixeira de Freitas Borges Carneiro Direito Civil Indireta
O Aviso de 27 de Outubro do corrente anno comprehende somente o caso
da concessão ou denegação de licença para o casamento do menor,
395 9 1876 supprido o consentimento do pai ou tutor. Annibal F. Fernandes da Cunha Rocha nenhuma
396 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Philippe Antoine Merlin Recueil alphabétique des questions de droit direta
397 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Scachia direta
398 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Ulpiano direta
399 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Antonio Joaquim Ribas artigo publicado na Revista O Direito, vol 1 direta
400 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Pardessus Indireta
401 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Massé Indireta
402 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Dalloz Indireta
403 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
404 9 1876 Em que a locação do serviços mercantil se-distingue da civil ? Augusto Teixeira de Freitas Savigny Traité de droit romain Indireta
Des Testaments (Des donations entre vifs et
405 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Troplong des testaments) Indireta
406 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Proudhon Usufr. Indireta
407 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez direta
408 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Coelho da Rocha Direito Civil Indireta
Ovídio Fernandes Trigo de
409 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro direta
300
410 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Demolombe Usufr. Indireta
411 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Villargues Livro das Substituições Indireta
A B C D E F G H I
412 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Pascoal José de Mello Freire Indireta
413 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas José Homem Corrêa Telles Indireta
414 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Martinus Gosias Indireta
415 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Placentino apud
416 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Bassiano apud
417 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Savigny Indireta
418 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Schneidewin Indireta
419 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Bartolo Indireta
420 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Baldo Indireta
421 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Cujacius (Jacques Cujas) Indireta
422 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Pothier Indireta
423 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Vinnius Indireta
424 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Domat Indireta
425 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Cuperus Indireta
426 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Struvio Exereist. Thes. Indireta
427 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Thomasius Not. ad Pand Indireta
428 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Emmanuelis Alvarez Pegas Tractatus de competentiis inter archiepiscopos Indireta
429 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani Indireta
430 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Ulpiano direta
431 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Marciano De probat. Indireta
432 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Paulo Indireta
433 9 1876 DA POSSE (continuação) Antonio Joaquim Ribas Charles Gustave Maynz Indireta
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
434 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Dias Ferreira Comment. Indireta
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
435 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Demolombe francês direta
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
436 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Mourlon Répétition écrites sur le Code Napoléon Indireta
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
437 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Verdier Transcription Hypothécaire direta
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
438 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Dalloz Rep. verbo PIev. e hyp. Indireta
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
439 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Flandin Indireta
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
440 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Duranthon menção
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
441 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Delvincourt menção
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE Répertoire universel et raisonné de
442 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Philippe Antoine Merlin jurisprudence francês direta
As construcções e bemfeitorias (immoveis) em terreno alheio não podem JOÃO DAMASCENO PINTO DE
443 9 1876 por si sós ser objecto de hypotbeca. MENDONÇA Persil Quest. sur les previl. et hypoth. Indireta
444 9 1876 EMPHYTEUSE NO BRAZIL Augusto Teixeira de Freitas Franscisco de S. Luiz Ensaio de Synonimos direta
445 9 1876 EMPHYTEUSE NO BRAZIL Augusto Teixeira de Freitas José Homem Corrêa Telles Doutrina das Acções direta
446 9 1876 EMPHYTEUSE NO BRAZIL Augusto Teixeira de Freitas Almeida Trat. dos Praz. Indireta
447 9 1876 EMPHYTEUSE NO BRAZIL Augusto Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
448 9 1876 EMPHYTEUSE NO BRAZIL Augusto Teixeira de Freitas Savigny Indireta
449 9 1876 EMPHYTEUSE NO BRAZIL Augusto Teixeira de Freitas Nabuco de Araújo Annaes do Senado Indireta
450 9 1876 EMPHYTEUSE NO BRAZIL Augusto Teixeira de Freitas Azevedo Castro Elemento Servil Indireta
451 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Montesquieu Indireta
452 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Tracy Indireta
453 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Savigny Traité de droit romain Indireta
454 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Chassat Trat. dos Stat. Indireta
455 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Ahrens Dir. Nat. Part. Es. Indireta
456 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Savigny Obrig. Indireta
457 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Demolombe Usufr. Indireta
301
458 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Charles Gustave Maynz Droit Romain Indireta
A B C D E F G H I
459 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
460 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Bartolo Indireta
461 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Cunha Miranda Est. do Dir. de Usufr. Indireta
462 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Cunha Miranda Usufr. Indireta
463 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Proudhon Usufr. Indireta
Des Testaments (Des donations entre vifs et
464 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Troplong des testaments) Indireta
465 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Coelho da Rocha Direito Civil Indireta
Joaquim José Caetano Pereira e Esboço de hum diccionario juridico, theoretico,
466 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Sousa e practico Indireta
Répertoire universel et raisonné de
467 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Philippe Antoine Merlin jurisprudence Indireta
468 9 1876 SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMMISSARIA Augusto Teixeira de Freitas Esboço do Cod. Civ. Indireta
o herdeiro que prefere ficar com os bens, que recebeu em dote, nào está JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE Manuel de Almeida e Sousa de Tractado Pratico Compendiario de todas as
469 9 1876 obrigado á collação ? BULHÕES CARVALHO Lobão ações Summarias Indireta
o herdeiro que prefere ficar com os bens, que recebeu em dote, nào está JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
470 9 1876 obrigado á collação ? BULHÕES CARVALHO Gama Decis. 33 Indireta
471 10 1876 Retrospecto. Apólices da dívida pública Augusto Teixeira de Freitas Rebouças Livro das Observações Indireta
472 10 1876 Retrospecto. Apólices da dívida pública Augusto Teixeira de Freitas Lafayette Rodrigues Pereira Direitos de Família Indireta
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
473 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Antonio Ribeiro de Liz Teixeira Indireta
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
474 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Pascoal José de Mello Freire menção
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
475 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Emmanuelis Alvarez Pegas menção
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
476 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Silva menção
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
477 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Guerreiro menção
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
478 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Pellat Indireta
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
479 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Coelho da Rocha Instituições do Direito Civil Portuguez 1852 Indireta
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em Manuel de Almeida e Sousa de Notas de Uso Practico e Criticas as Instituições
480 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Lobão de Mello Freire Indireta
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
481 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Pascoal José de Mello Freire livro 2 Indireta
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
482 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Compendio da Faculdade Indireta
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em
483 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Borges Carneiro Direito Civil Indireta
É valido o pacto, em que a mulher dá ao marido o direito de succeder em Consultationum ac rerum judicatarum in regno
484 10 1876 seu dote, se ella não tiver herdeiros necessarios? Aprigio Justiniano Da Silva Guimarães Alvaro Valasco Lusitaniae Indireta
485 10 1876 DA POSSE. § 8º - Posse justa e injusta. Antonio Joaquim Ribas Ulpiano latim direta
486 10 1876 DA POSSE. § 8º - Posse justa e injusta. Antonio Joaquim Ribas Pamponio Indireta
487 10 1876 DA POSSE. § 8º - Posse justa e injusta. Antonio Joaquim Ribas Labeon Indireta
488 10 1876 DA POSSE. § 8º - Posse justa e injusta. Antonio Joaquim Ribas Juliano direta
489 10 1876 DA POSSE. § 8º - Posse justa e injusta. Antonio Joaquim Ribas Cujacius (Jacques Cujas) Indireta
490 10 1876 DA POSSE. § 8º - Posse justa e injusta. Antonio Joaquim Ribas Savigny Indireta
491 10 1876 DA POSSE. § 8º - Posse justa e injusta. Antonio Joaquim Ribas Papiniano Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
492 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Lafayette Rodrigues Pereira Direitos de Família direta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e Manuel de Almeida e Sousa de Notas de Uso Practico e Criticas as Instituições
493 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Lobão de Mello Freire Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
494 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Demangeat notas á Felix, Direito Internacional Privado Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
495 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Savigny Traité de droit romain Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
302
496 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Pimenta Bueno Direito internacional privado Indireta
A B C D E F G H I
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
497 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Pimenta Bueno Direito Publico Brazileiro Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
498 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Felix Dir Intern. Privado Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
499 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Wachter tomo 2º Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
500 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e
501 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Coelho da Rocha Indireta
Casamento mixto celebrado sem as formalidades do concilio de Trento' e Joaquim José Caetano Pereira e
502 10 1876 não revalidado. FRANCISCO VILHENA Sousa Indireta
503 11 1876 Incapacidade Dos Loucos Augusto Teixeira de Freitas Perdigão Malheiro artigo publicado na Gazeta Jurídica direta
504 11 1876 Incapacidade Dos Loucos Augusto Teixeira de Freitas Savigny Traité de droit romain direta
Despejo. - Distincções quanto aos embargos a ella oppostos, e effeitos Joaquim José Caetano Pereira e
505 11 1876 destes. Luiz Francisco da Camara Leal Sousa Primeiras linhas sobre o processo civil Indireta
Despejo. - Distincções quanto aos embargos a ella oppostos, e effeitos Manuel de Almeida e Sousa de
506 11 1876 destes. Luiz Francisco da Camara Leal Lobão menção
Despejo. - Distincções quanto aos embargos a ella oppostos, e effeitos
507 11 1876 destes. Luiz Francisco da Camara Leal José Homem Corrêa Telles menção
Despejo. - Distincções quanto aos embargos a ella oppostos, e effeitos
508 11 1876 destes. Luiz Francisco da Camara Leal Silvestre Pinheiro menção
Despejo. - Distincções quanto aos embargos a ella oppostos, e effeitos
509 11 1876 destes. Luiz Francisco da Camara Leal Coelho da Rocha menção
Despejo. - Distincções quanto aos embargos a ella oppostos, e effeitos Ovídio Fernandes Trigo de
510 11 1876 destes. Luiz Francisco da Camara Leal Loureiro menção
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
511 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Ulpiano latim direta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
512 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Pothier Indireta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
513 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Gaio Indireta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
514 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Blumenthal Diss. de datione in sulutum referência
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
515 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Anton. direta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
516 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas DiocI. E Maxim. Const. latim direta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
517 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Hermogen. latim direta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
518 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Paulo latim direta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
519 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Dir. Civ. Bras.
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
520 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Marcello latim direta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
521 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Pomponio latim direta
DA POSSE. § 9.0-Dos titulos da posse. (Continuação da pag. 641 do 10º
522 11 1876 volume). Antonio Joaquim Ribas Juliano latim direta
O segurador poderá fazer segurar por outrem o objecto do seguro, e
523 11 1876 poderá ser comprehendido no seguro o premio do primeiro seguro? JOÃO ANTONIO DE SOUZA RIBEIRO Bravard direta
O segurador poderá fazer segurar por outrem o objecto do seguro, e
524 11 1876 poderá ser comprehendido no seguro o premio do primeiro seguro? JOÃO ANTONIO DE SOUZA RIBEIRO Pardessus direta
O segurador poderá fazer segurar por outrem o objecto do seguro, e
525 11 1876 poderá ser comprehendido no seguro o premio do primeiro seguro? JOÃO ANTONIO DE SOUZA RIBEIRO Ferreira Borges direta
O segurador poderá fazer segurar por outrem o objecto do seguro, e
526 11 1876 poderá ser comprehendido no seguro o premio do primeiro seguro? JOÃO ANTONIO DE SOUZA RIBEIRO Pothier menção
O segurador poderá fazer segurar por outrem o objecto do seguro, e
527 11 1876 poderá ser comprehendido no seguro o premio do primeiro seguro? JOÃO ANTONIO DE SOUZA RIBEIRO Emerigon menção
O segurador poderá fazer segurar por outrem o objecto do seguro, e
303
528 11 1876 poderá ser comprehendido no seguro o premio do primeiro seguro? JOÃO ANTONIO DE SOUZA RIBEIRO Riviére menção
A B C D E F G H I
O segurador poderá fazer segurar por outrem o objecto do seguro, e
529 11 1876 poderá ser comprehendido no seguro o premio do primeiro seguro? JOÃO ANTONIO DE SOUZA RIBEIRO Estrangin apud
O segurador poderá fazer segurar por outrem o objecto do seguro, e
530 11 1876 poderá ser comprehendido no seguro o premio do primeiro seguro? JOÃO ANTONIO DE SOUZA RIBEIRO Zacharie Trat. de Dir. Civil referência
531 12 1877 CASAMENTO CIVIL ANTONIO CANDIDO DA CUNHA LEITÃO Lerminier Indireta
532 12 1877 CASAMENTO CIVIL ANTONIO CANDIDO DA CUNHA LEITÃO Romulo menção
533 12 1877 CASAMENTO CIVIL ANTONIO CANDIDO DA CUNHA LEITÃO Plinio menção
534 12 1877 CASAMENTO CIVIL ANTONIO CANDIDO DA CUNHA LEITÃO Modestino direta
535 12 1877 CASAMENTO CIVIL ANTONIO CANDIDO DA CUNHA LEITÃO Alexandre Herculano direta
536 12 1877 CASAMENTO CIVIL ANTONIO CANDIDO DA CUNHA LEITÃO Diogo Pereira de Vasconcellos projeto de lei Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
537 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Antonio Joaquim Ribas artigo publicado na Revista O Direito Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
538 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Heineccius menção
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
539 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Petri Waldeck menção
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
540 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Pothier Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
541 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Savigny menção
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
542 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Teixeira de Freitas Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
543 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Mackeldey Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
544 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Coelho da Rocha Instituições do Direito Civil Portuguez Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
545 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Cordeiro Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
546 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Antonio Joaquim Ribas Direito administrativo brazileiro Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
547 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal José Homem Corrêa Telles Indireta
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
304
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o Manuel de Almeida e Sousa de
548 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Lobão Indireta
A B C D E F G H I
Póde ou não dar-se o interdicto de manutenção de posse, conhecido pela
denominação romana de uti possidetis ou retinendae possessionis, quanto
aos direitos que têm aquelles que se achão no estado intermedio entre o
549 12 1877 de liberdade e o de escravidão. Luiz Francisco da Camara Leal Joaquim Ignacio Ramalho Praxe Brazileira Indireta
550 12 1877 Os testamentos serão de direito natural? FRANCISCO PINTO PESSOA Troplong Indireta
551 12 1877 Os testamentos serão de direito natural? FRANCISCO PINTO PESSOA Hilliger direta
552 12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas Savigny Traité de droit romain direta
553 12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas Demolombe Indireta
Joaquim José Caetano Pereira e
554 12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas Sousa Primeiras linhas sobre o processo civil Indireta
555 12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas Pascoal José de Mello Freire livro 2 direta
Manuel de Almeida e Sousa de Notas de Uso Practico e Criticas as Instituições
12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas Lobão de Mello Freire direta
556
557 12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas Borges Carneiro direta
558 12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez Indireta
559 12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas Savigny Dir. Indireta
Joaquim José Caetano Pereira e
560 12 1877 FILIAÇÃO LEGITIMA Augusto Teixeira de Freitas Sousa Primeiras linhas sobre o processo civil Indireta
561 13 1877 DA CONFISSÃO NO JUISO CONCILIATORIO A. J. DE MACEDO SOARES nenhuma
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
562 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Dalloz Repertoire de Jurisprudence Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
563 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Marcadé Explication du Code Nap Indireta
De la prescripcion (De la prescription ou
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser Commentaire du titre XX du livre III du Code
564 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Troplong civil) Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
565 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Bigôt-Préameneu Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
566 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Dunnot Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
567 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Malleville Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
568 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Bremeu Universo Juridico Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser Concordance entre les codes civils étrangers et
569 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Anthoine de Saint Joseph le Code Napoléon Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
570 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Motifs du code civil Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
571 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Mourlon Répétition écrites sur le Code Napoléon Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
572 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Duranthon Cours de Droit Civil Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser Répertoire universel et raisonné de
573 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Philippe Antoine Merlin jurisprudence Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser Joaquim José Caetano Pereira e
574 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Sousa Primeiras linhas sobre o processo civil Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser Manuel de Almeida e Sousa de Segundas Linhas sobre o Processo Civil de
575 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Lobão Pereira e Souza Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
576 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Silva á Ord. Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser Ovídio Fernandes Trigo de
577 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
578 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
579 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Consolidação das leis civis Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
580 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Nouguier Des lettres de change Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
581 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Gouget et Merger Dicionaire de Droit Commerciel Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
305
582 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Isidore Alauzet Dictionaire du Coromerce et Navigatíon Indireta
A B C D E F G H I
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
583 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Ferreira Borges Diccionario juridico commercial Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
584 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Trebutien Droit. criminel Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
585 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO A. Morin Repertoire de droit criminel Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
586 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Carnot Instruction cl'imineUe Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
587 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO F. Helie Instruction criiminelle Indireta
A prescripção não alegada pela parte, mas constante nos autos pode ser
588 13 1877 suprida pelo juiz? JOAQUIM CORRÊA DE ARAUJO Pimenta Bueno direta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
589 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Antonio Ribeiro de Liz Teixeira direta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
590 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Coelho da Rocha Indireta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
591 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Pothier Indireta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
592 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Bigôt-Préameneu Indireta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
593 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Pascoal José de Mello Freire latim direta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
594 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Antonio Joaquim Gouvêa Pinto Tratado dos Testamentos e Successões Indireta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
595 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
596 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Dunois Indireta
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e
597 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Besold apud
Serão permittidos pelo nosso direito os testamentos de mão commum e Manuel de Almeida e Sousa de
598 13 1877 reciprocos entre os conjuges? JOAQUIM AUGUSTO FERREIRA ALVES Lobão Indireta
A liberdade condicional conferida aos escravos estado-livres não impede a
599 13 1877 locação delles... CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Moraes Carvalho Indireta
A liberdade condicional conferida aos escravos estado-livres não impede a Joaquim José Caetano Pereira e
600 13 1877 locação delles... CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Sousa Indireta
A liberdade condicional conferida aos escravos estado-livres não impede a Manuel de Almeida e Sousa de
601 13 1877 locação delles... CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Lobão Indireta
A liberdade condicional conferida aos escravos estado-livres não impede a
602 13 1877 locação delles... CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI José Homem Corrêa Telles Indireta
A liberdade condicional conferida aos escravos estado-livres não impede a
603 13 1877 locação delles... CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Perdigão Malheiro A escravidão no Brasil Indireta
604 13 1877 Emprestimo á risco ou cambio maritimo, e seguro maritimo. J. LIBERATO BARROSO Horacio Bay Indireta
605 13 1877 Emprestimo á risco ou cambio maritimo, e seguro maritimo. J. LIBERATO BARROSO Ferreira Borges Indireta
606 13 1877 Emprestimo á risco ou cambio maritimo, e seguro maritimo. J. LIBERATO BARROSO Pardessus Indireta
Concedida a moratoria pelo tribunal competente, os credores por titulo de
deposito devem ser embolsados immediatamente, ou ficão sujeitos ao
607 14 1877 prazo da moratoria ? ANTONIO TIBURCIO FIGUEIRA Charles Gustave Maynz Indireta
Concedida a moratoria pelo tribunal competente, os credores por titulo de
deposito devem ser embolsados immediatamente, ou ficão sujeitos ao
608 14 1877 prazo da moratoria ? ANTONIO TIBURCIO FIGUEIRA Papiniano Dig. Indireta
Concedida a moratoria pelo tribunal competente, os credores por titulo de
deposito devem ser embolsados immediatamente, ou ficão sujeitos ao
609 14 1877 prazo da moratoria ? ANTONIO TIBURCIO FIGUEIRA Cipelli Elementi di diritto commerciale direta
Concedida a moratoria pelo tribunal competente, os credores por titulo de
deposito devem ser embolsados immediatamente, ou ficão sujeitos ao
610 14 1877 prazo da moratoria ? ANTONIO TIBURCIO FIGUEIRA Crescenzzio Sistema deI diritto civil e romano direta
Concedida a moratoria pelo tribunal competente, os credores por titulo de
deposito devem ser embolsados immediatamente, ou ficão sujeitos ao
611 14 1877 prazo da moratoria ? ANTONIO TIBURCIO FIGUEIRA Teixeira de Freitas direta
Concedida a moratoria pelo tribunal competente, os credores por titulo de
deposito devem ser embolsados immediatamente, ou ficão sujeitos ao
306
612 14 1877 prazo da moratoria ? ANTONIO TIBURCIO FIGUEIRA Savigny Obrig. referência
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João JOAQUIM FONSECA DE
613 14 1877 A lei de 9 de Julho de 1773 § 12, tão citada em nosso foro, é lei patria? ALBUQUERQUE Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
João JOAQUIM FONSECA DE
614 14 1877 A lei de 9 de Julho de 1773 § 12, tão citada em nosso foro, é lei patria? ALBUQUERQUE Pompeu Geogr. Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
615 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Cicero menção
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
616 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Bonnet menção
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
617 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND d'Aguesseau menção
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
618 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Samuel Stryk Specimen usus moderni Pandectarum Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
619 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Fresquet menção
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
620 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Marezoll menção
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
621 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Ortolan menção
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
622 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Thévenot menção
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
623 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Bohemero ad Pandect Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
624 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Amoldi Vinnio Jurisprudenciae contracte sive Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
625 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Coelho da Rocha Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a Manuel de Almeida e Sousa de Notas de Uso Practico e Criticas as Instituições
626 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Lobão de Mello Freire Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a Ovídio Fernandes Trigo de
627 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro direta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
628 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
629 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Borges Carneiro direta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
630 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Philippe Antoine Merlin Recueil alphabétique des questions de droit Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
631 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Hortensius de Saint-Albin Logica Judiciaria Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
632 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Mailler de Chassat Traité d'interpretation des lois Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
633 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Hugues Doneau Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
634 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Thibaut Theoria de interpretaçâo logica Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a Joaquim José Caetano Pereira e
635 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Sousa Primeiras linhas sobre o processo civil Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
636 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Repertorio á Ord. Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
637 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Antonio da Gama Decisões do supremo senado lusitano Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
638 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Phebo Decisões Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
639 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Mendes á Castro Pratica Lusitana Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
640 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
641 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Lima á Ord. Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
642 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Pothier Traité des obligations Indireta
As fianças do marido com outorga da mulher obrigarão os bens desta, nu a
643 14 1877 sua meiação?-Não ANTONIO V. MENEZES DE DRUMMOND Bousquet Dicc. de Dir Indireta
307
Commentario á lei de 2 de Setembro de 1847. Os filhos naturaes podem Ovídio Fernandes Trigo de
646 14 1877 concorrer á herança paterna com os filhos legitimos do mesmo pai? G. LIMA Loureiro direta
673 16 1878 direito de succeder ab intestado e por testamento a cidadãos brazileiros? FRANCISCO DE PAULA SALES Hello direta
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JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE Manuel de Almeida e Sousa de Tractado Pratico dos Interdictos o Remedios
696 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Lobão Possessorios referência
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JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
697 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Ulpiano Indireta
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
698 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Gaio Indireta
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
699 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Paulo Indireta
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
700 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Pomponio Indireta
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
701 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Niebuhr Indireta
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
702 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Molitor La poss. Indireta
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
703 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Van Wetter Cours elementaire de droit romain direta
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
704 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Alvaro Valasco Indireta
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
705 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Bentham menção
JOÃO EVANGELISTA SAYÃO DE
706 16 1878 Natureza da posse e dos interdictos possessorios no direito romano BULHÕES CARVALHO Consolidação das leis civis Indireta
É nullo o testamento se a cedula não estiver cerrada e cosida quando fizer- Manuel de Almeida e Sousa de
708 18 1879 se dela tradição ao oficial publico, para lavrar o instrumento de aprovação? D. A. Lobão menção
É nullo o testamento se a cedula não estiver cerrada e cosida quando fizer- Manuel de Almeida e Sousa de
709 18 1879 se dela tradição ao oficial publico, para lavrar o instrumento de aprovação? D. A. Lobão Indireta
715 19 1879 Analyse do premio dos testamenteiros, sua lei e pratica EDUARDO GOMES FERREIRA VELLOZO Gallileo menção
716 19 1879 Analyse do premio dos testamenteiros, sua lei e pratica EDUARDO GOMES FERREIRA VELLOZO Antonio Joaquim Ribas Tratado de Direito Civil Indireta
717 19 1879 Analyse do premio dos testamenteiros, sua lei e pratica EDUARDO GOMES FERREIRA VELLOZO Savigny Indireta
718 19 1879 Analyse do premio dos testamenteiros, sua lei e pratica EDUARDO GOMES FERREIRA VELLOZO Paula Baptista Indireta
719 19 1879 Analyse do premio dos testamenteiros, sua lei e pratica EDUARDO GOMES FERREIRA VELLOZO Pascoal José de Mello Freire Indireta
720 19 1879 Analyse do premio dos testamenteiros, sua lei e pratica EDUARDO GOMES FERREIRA VELLOZO Antonio Ribeiro de Liz Teixeira Indireta
721 19 1879 Analyse do premio dos testamenteiros, sua lei e pratica EDUARDO GOMES FERREIRA VELLOZO Teixeira de Freitas Indireta
722 19 1879 Analyse do premio dos testamenteiros, sua lei e pratica EDUARDO GOMES FERREIRA VELLOZO Joaquim Ignacio Ramalho Instituições Orphanologicas Indireta
Existe o direito de accrescer nas heranças e nos legados, perante o nosso Manuel de Almeida e Sousa de
723 19 1879 direito? JOÃO MANOEL CARLOS DE GUSMÃO Lobão Dissert. Indireta
Existe o direito de accrescer nas heranças e nos legados, perante o nosso
724 19 1879 direito? JOÃO MANOEL CARLOS DE GUSMÃO Antonio Ribeiro de Liz Teixeira Direito civil Indireta
310
857 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Asão menção
A B C D E F G H I
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
858 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Vinnius menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
859 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Domat menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
860 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Pothier menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os Manuel de Almeida e Sousa de
861 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Lobão menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
862 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Philippe Antoine Merlin menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
863 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Antonio Ribeiro de Liz Teixeira menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
864 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Ducaurroy menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
865 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Pieffé-Lacroix menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
866 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Bruschy menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
867 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Rebouças menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
868 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Macedo Soares menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
869 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Nabuco de Araújo menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
870 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Cujacius (Jacques Cujas) menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
871 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Uldarico menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
872 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Pedro Fabro menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
873 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Zario menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
874 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Duareno menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
875 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Francisco Hottomano menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
876 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Hugues Doneau menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
877 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Balduino menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
878 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Budeo menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
879 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Costalio menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
880 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Bachovio menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
881 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Fachinco menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
882 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Corraz menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
883 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Revardo menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
884 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Pedro Pitheo menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
885 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Charondas menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
886 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Gonçallo menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
887 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Voït menção
Em falta de irmão do defunto succudem-lhe in capita ou in stirpes os
888 28 1882 sobrinhos filhos de irmãos? HERMENEGILDO MILITÃO DE ALMEIDA Samuel Stryk menção
315
953 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Humboldt menção
954 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Quatrefages menção
A B C D E F G H I
955 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Platão menção
956 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Aristoteles menção
957 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Fiore menção
958 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Antonio Joaquim Ribas Direito administrativo brazileiro Indireta
959 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Pasquale menção
960 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO E. Haus Droit Intern Privé Indireta
961 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Massé Droit Comm. Indireta
Ovídio Fernandes Trigo de
962 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro Indireta
963 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Pascoal José de Mello Freire Indireta
964 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Demolombe Indireta
965 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Aubry et Rau Indireta
966 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
967 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Zacharie Indireta
968 28 1882 Condição Civil do Estrangeiro TARQUINIO DE SOUZA FILHO Antonio Joaquim Ribas Curso de Direito Civil Brazileiro Indireta
Errata da nova compilação das leis e
969 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO José Anastacio de Figueiredo Ordenações deste reino de Portugal Indireta
970 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani Indireta
971 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Lafayette Rodrigues Pereira Direitos de Família Indireta
972 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Guerreiro De munere Judicis Orphanorum Indireta
Commentaria ad ordinationes Regni
973 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Emmanuelis Alvarez Pegas Portugalliae Indireta
Ovídio Fernandes Trigo de
974 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro Indireta
975 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Aulus Gellius Noctes Atticae Indireta
976 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Gaii Comment. Indireta
977 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Léopold Auguste Warnkoenig Institutiones iuris Romani privati Indireta
978 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Gaio Indireta
979 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Ulpiano Indireta
980 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Justiniano Indireta
981 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Mackeldey Manuel de Droit Rom Indireta
982 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Heineccius Recitationes in Elem. Jur. Civ. 1824 Indireta
983 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Marcello Indireta
984 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Charles Gustave Maynz De adopt. Indireta
985 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani Indireta
986 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Alvaro Valasco Praxis Partitionum et Collationum 1605 Indireta
Manuel de Almeida e Sousa de
987 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Lobão Indireta
Commentaria ad ordinationes Regni
988 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Emmanuelis Alvarez Pegas Portugalliae Indireta
Consultationum ac rerum judicatarum in regno
989 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Alvaro Valasco Lusitaniae Indireta
990 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Phebo Indireta
991 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Borges Carneiro Direito Civil de Portugal Indireta
992 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Antonio Ribeiro de Liz Teixeira Curso de Direito Civil Portuguez Indireta
993 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Antonio Joaquim Ribas Consolidação das leis do processo civil Indireta
994 30 1883 A adopção que effeitos produz entre nós actualmente? ANTONIO DINO DA COSTA BUENO Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
Como se deve praticar no caso de acharem-se os herdeiros de posse cada FRANCISCO DE PAULA LACERDA DE
999 31 1883 um de certos bens da herança? ALMEIDA Didimo Júnior Notas as Linh. Orphan. direta
A B C D E F G H I
Como se deve praticar no caso de acharem-se os herdeiros de posse cada FRANCISCO DE PAULA LACERDA DE
1000 31 1883 um de certos bens da herança? ALMEIDA Savigny Indireta
Como se deve praticar no caso de acharem-se os herdeiros de posse cada FRANCISCO DE PAULA LACERDA DE
1001 31 1883 um de certos bens da herança? ALMEIDA Alvaro Valasco Praxis Partitionum et Collationum direta
Como se deve praticar no caso de acharem-se os herdeiros de posse cada FRANCISCO DE PAULA LACERDA DE
1002 31 1883 um de certos bens da herança? ALMEIDA Charles Gustave Maynz Droit Romain Indireta
Como se deve praticar no caso de acharem-se os herdeiros de posse cada FRANCISCO DE PAULA LACERDA DE
1003 31 1883 um de certos bens da herança? ALMEIDA José Homem Corrêa Telles Doutrina das Acções Indireta
Como se deve praticar no caso de acharem-se os herdeiros de posse cada FRANCISCO DE PAULA LACERDA DE Manual do Processo civil: supplemento do
1004 31 1883 um de certos bens da herança? ALMEIDA José Homem Corrêa Telles digesto portuguez Indireta
Como se deve praticar no caso de acharem-se os herdeiros de posse cada FRANCISCO DE PAULA LACERDA DE
1005 31 1883 um de certos bens da herança? ALMEIDA Nazareth Elem. Do Proc. Civ. Indireta
1006 32 1883 Estipulação de uma servidão em favor de terrenos de um terceiro Antonio José Rodrigues Torres Netto Van Wetter Direito Romano francês direta
1007 32 1883 Estipulação de uma servidão em favor de terrenos de um terceiro Antonio José Rodrigues Torres Netto Laurent D. Civ. Franc. francês direta
1008 33 1884 A lei de 7 de Novembro de 1831 Tertuliano Henriques Cicero latim direta
1009 33 1884 A lei de 7 de Novembro de 1831 Tertuliano Henriques Toullier Indireta
1010 33 1884 A lei de 7 de Novembro de 1831 Tertuliano Henriques Zacharie Indireta
1011 33 1884 A lei de 7 de Novembro de 1831 Tertuliano Henriques Antonio Joaquim Ribas Consolidação das leis do processo civil Indireta
Commentaria ad ordinationes Regni
1012 33 1884 A lei de 7 de Novembro de 1831 Tertuliano Henriques Emmanuelis Alvarez Pegas Portugalliae Indireta
1013 33 1884 A lei de 7 de Novembro de 1831 Tertuliano Henriques Guerreiro Indireta
1014 33 1884 A lei de 7 de Novembro de 1831 Tertuliano Henriques Barb. a Ord. Indireta
1015 34 1884 A classificação dos escravos libertandos LUIZ FERREIRA MACIEL PINHEIRO nenhuma
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1016 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Saint Augustin La cité de Dieu francês direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1017 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Florent latim direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1018 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Bodin Republ. Indireta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1019 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Accarias Droit Romain francês direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1020 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Ventura Le Pouvoir Politique Chrétien francês direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1021 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Perdigão Malheiro A escravidão no Brasil direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1022 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Pascoal José de Mello Freire latim direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1023 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Gregorio XVI letras apostolicas direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1024 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES P. Constant Le Pape e la liberté 1839 direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1025 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Mansfield direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1026 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Balmes Curso de Filosofia Elemental direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1027 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Rondina Philosophia theorica e pratica referência
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1028 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES P. Liberatore Institutiones Philosophica referência
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1029 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Wallon menção
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1030 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Nabuco de Araújo direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1031 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Macedo Soares Direito Indireta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1032 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Mackeldey menção
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1033 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
319
1034 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Heineccius Elem. Jur. Civ. Secund. Ord. Inst. apud
A B C D E F G H I
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1035 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Petri Waldeck Institutiones juris civilis Heineccianae latim direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1036 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Paulino José Soares de Souza menção
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1037 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES José Thomaz Nabuco de Araújo menção
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1038 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Caetano Alberto Soares menção
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1039 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Martou Privil. Et Hypoth. direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1040 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Savigny Traité de droit romain direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1041 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Zimmern Trat. Das Acções direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES Manuel de Almeida e Sousa de Notas de Uso Practico e Criticas as Instituições
1042 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Lobão de Mello Freire direta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1043 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Gomes Manual Pratico referência
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES Manuel de Almeida e Sousa de Segundas Linhas sobre o Processo Civil de
1044 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Lobão Pereira e Souza referência
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1045 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Joaquim Ignacio Ramalho Praxe Brazileira referência
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES Joaquim José Caetano Pereira e
1046 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Sousa apud
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1047 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Teixeira de Freitas Indireta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1048 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Jhering L'esprit du droit romain Indireta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1049 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Perdigão Malheiro Indireta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1050 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES José Homem Corrêa Telles Doutrina das Acções Indireta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1051 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Coelho da Rocha Indireta
ANTONIO CARNEIRO ANTUNES
1052 34 1884 1.' Não ha direito de escravidão... GUIMARÃES Ortolan Droit Romain Indireta
O credor de hypotheca convencional tem direito de requerer sequestro nos
terrenos adqueridos pelo devedor posteriormente a hypotheca e
1053 37 1885 incorporados ao immovel hypothecado? MANOEL JOAQUIM DA SILVA FILHO nenhuma
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1054 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Ahrens Cours de droit Naturel Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1055 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA P. Didon L'indissolubilité et le divorce Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1056 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Onclair la restauration de vrais principes sociaux Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1057 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Audicio Droit publi. De l'Egl. Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1058 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Emile de Beaussire Etudes de Droit Naturel Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1059 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Kant Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1060 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA S. Thomaz Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1061 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Falcoz le divorce Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1062 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA De Giorgi Esame del Diritto Filosofico Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1063 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA P. Hyacinthe Conferences de 1866 Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1064 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Naquet discurso parlamentar (francês) Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
320
1065 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Carta de Leão XIII aos bispos da Itália Indireta
A B C D E F G H I
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1066 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Liberatore Jus Naturae Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1067 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA Soriano de Souza Elementos de philos Indireta
BRAZILIO AUGUSTO MACHADO DE
1068 39 1886 É LÍCITO O DIVORCIO? OLIVEIRA P. A. Bigoni Analisi degli errori circa la Religione Indireta
1069 42 1887 Emphyteuse ANTONIO XAVIER FREIRE Coelho da Rocha Direito Civil Indireta
1070 42 1887 Emphyteuse ANTONIO XAVIER FREIRE Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
1071 42 1887 Emphyteuse ANTONIO XAVIER FREIRE Lafayette Rodrigues Pereira Direito das Cousas Indireta
Manuel de Almeida e Sousa de Tratado Pratico e Citico de todo Direito
1072 42 1887 Emphyteuse ANTONIO XAVIER FREIRE Lobão Ephyteutico Indireta
1073 42 1887 Emphyteuse ANTONIO XAVIER FREIRE Charles Gustave Maynz Indireta
1074 42 1887 Emphyteuse ANTONIO XAVIER FREIRE Savigny Tratado da Posse Indireta
1075 42 1887 Emphyteuse ANTONIO XAVIER FREIRE Muhlenbruch Indireta
1076 42 1887 Emphyteuse ANTONIO XAVIER FREIRE Mackeldey Indireta
1077 43 1887 Legitimação per subsequens matrimonium MIGUEL BERNARDO VIEIRA D'AMORIM Pascoal José de Mello Freire Direito Civil Indireta
1078 43 1887 Legitimação per subsequens matrimonium MIGUEL BERNARDO VIEIRA D'AMORIM Borges Carneiro Direito Civil Indireta
1079 43 1887 Legitimação per subsequens matrimonium MIGUEL BERNARDO VIEIRA D'AMORIM Perdigão Malheiro Indireta
1080 43 1887 Legitimação per subsequens matrimonium MIGUEL BERNARDO VIEIRA D'AMORIM Lafayette Rodrigues Pereira Direitos de Família Indireta
1081 43 1887 Legitimação per subsequens matrimonium MIGUEL BERNARDO VIEIRA D'AMORIM Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1082 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Borges Carneiro Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1083 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Coelho da Rocha Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo Recueil de I'Academie de Legislation de
1084 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Haltius Vaulouse Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1085 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Giraud Revue de legislation Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1086 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Niebuhr Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1087 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Ortolan Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo De l'influence du christianisme sur le droit civil
1088 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Troplong des Romains Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1089 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Charles Gustave Maynz Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1090 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Gaio Indireta
321
A B C D E F G H I
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1091 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Auguste Comte Polit. Posit. Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1092 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Paul. Sent. Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1093 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Savigny História do Direito romano na Idade Média Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1094 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Wurtemberg Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1095 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Manual do Direito da America do Sul Indireta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1096 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Pascoal José de Mello Freire latim direta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1097 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA José Homem Corrêa Telles direta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1098 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Antonio Joaquim Gouvêa Pinto Tratado dos Testamentos e Successões direta
« o irmão bilateral reconhecido com sua irmã em testamento do pae
commum concorre á herança desta com o conjuge sobrevivente excluidos
os irmãos simplesmente consanguineos - em hora reconhecidos no mesmo
1099 43 1887 testamento? » M. I. CARVALHO DE MENDONÇA Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
Pelo preço da adjudicação devem os bens ser levados á praça, mesmo no
1100 43 1887 juizo commercial JOÃO C. PESTANA DE AGUIAR Paula Baptista Processo Civil Indireta
Pelo preço da adjudicação devem os bens ser levados á praça, mesmo no
1101 43 1887 juizo commercial JOÃO C. PESTANA DE AGUIAR Leite Velho Monographia das execuções Indireta
1102 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani Indireta
1103 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Heineccius Recitationes in Elementa Institutionum Indireta
1104 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Candido Mendes Prim. Lin. Indireta
Addições á Doutrina das Acções de Correa
1105 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Teixeira de Freitas Telles Indireta
1106 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
1107 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Antonio Joaquim Ribas Consolidação das leis do processo civil Indireta
1108 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa James Kent Commentaries on American Law Indireta
1109 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Lim, Vaz e Vasco Axiomas de Direito Indireta
1110 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa José Clemente Pereira discurso parlamentar Indireta
Parecer em nome das comiss. De orçam. E
just. Civ. Acerca do proj. de emancip. Dos
1111 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Ruy Barbosa escravos Indireta
1112 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Paulino José Soares de Souza nota ao ministro da Grã-Bretanha Indireta
1113 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Carvalho Moreira projeto de lei Indireta
1114 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Silva Ferraz discurso parlamentar Indireta
1115 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Nabuco de Araújo discurso parlamentar Indireta
Principes de l'interprétation des lois, des actes,
des conventions entre les parties, et
spécialement, des législations françaises et
étrangères concernant l'étranger en France:
322
1128 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Story Commentar. On the Const. Of the Unit. States Indireta
1129 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Dicey Lectures on the law of the Constit. Indireta
1130 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Giron Le dr. Publ. De la Belgiq Indireta
1131 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Blackstone Commentar. Indireta
1132 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Delolme The Const. Of England Indireta
1133 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Savigny Traité de droit romain português direta
1134 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Mourlon Répétition écrites sur le Code Napoléon Indireta
1135 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Mansfield Appleton's American Cyclop. português direta
1136 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Jhering L'esprit du droit romain português direta
1137 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Antonio Joaquim Ribas Curso de Direito Civil Brazileiro direta
1138 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Buxton The african slave-trade and its remedies Indireta
1139 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Jhering Espr. du dr. rom. Indireta
1140 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Bacon aforismo latim direta
Traité de la publication des effets et de
1141 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Demolombe l'application des lois en général Indireta
1142 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Joaquim Ignacio Ramalho Praxe Brazileira Indireta
1143 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Joaquim Ignacio Ramalho Pratica civil e commercial Indireta
1144 44 1887 Escravos DE FILIAÇÃO DESCONHECIDA Ruy Barbosa Paula Baptista Theoria e pratica do pr. Civ. Indireta
A escriptura publica é da substancia de todas as doações que devam ser FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1145 44 1887 insinuadas? WERNECK Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis Indireta
A escriptura publica é da substancia de todas as doações que devam ser FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1146 44 1887 insinuadas? WERNECK Lafayette Rodrigues Pereira Direitos de Família Indireta
A escriptura publica é da substancia de todas as doações que devam ser FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1147 44 1887 insinuadas? WERNECK Teixeira de Freitas additamentos Indireta
1151 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI M. Soares Tratado de Medição de Terras indireta
1152 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Menezes Juízos Divisórios apud
1153 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI José Maria de Avelar Brotero indireta
1154 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI J. Chrispiniano direta
1155 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI J. da Silva Carrão indireta
323
1156 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Moraes Executtionibus indireta
A B C D E F G H I
1157 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Olegario Aquino artigo publicado na Revista O Direito, vol. 5 indireta
1158 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Pascoal José de Mello Freire Direito Civil indireta
Joaquim José Caetano Pereira e
1159 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Sousa indireta
Primeiras Linhas sobre o Processo
1160 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI José Pereira de Carvalho Orphanologico indireta
1161 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Joaquim Ignacio Ramalho Instituições Orphanologicas direta
1162 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Silva á Ord. indireta
1163 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Emmanuelis Alvarez Pegas indireta
1164 46 1888 DIVISÃO DE TERRAS CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Teixeira de Freitas referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1165 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1166 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Mourlon Répétition écrites sur le Code Napoléon referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1167 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Laurent Cours de Droit Civil referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA Répertoire universel et raisonné de
1168 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Philippe Antoine Merlin jurisprudence referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA Joaquim José Caetano Pereira e
1169 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Sousa Primeiras linhas sobre o processo civil referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1170 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Joaquim Ignacio Ramalho Praxe Brazileira referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1171 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Coelho da Rocha Direito Civil referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1172 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA Ovídio Fernandes Trigo de
1173 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Loureiro Instituições de Direito Civil Brazileiro referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA ASSIGNAÇÁO DE DEZ DIAS, A RESTITUIÇÁo
1174 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Almeida Oliveira IN INTEGRUM e a nova LEI DAS EXECUÇÕES indireta
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1175 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Lafayette Rodrigues Pereira Direito das Cousas indireta
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1176 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK José Homem Corrêa Telles Doutrina das Acções referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1177 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Savigny Traité de droit romain referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1178 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Charles Gustave Maynz Droit Romain referência
1º A omissão da declaração do estarem ou não os bens sujeitos a
anteriores hypothecas legaes, exigida pro substantia na escriptura de FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1179 46 1888 hypotheca, constitue nullidade de pleno direito absoluta?... WERNECK Van Wetter Droit Romain referência
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
324
1180 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Candido Mendes Nota à Ord. direta
A B C D E F G H I
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA Commentaria ad ordinationes Regni
1181 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Emmanuelis Alvarez Pegas Portugalliae apud
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1182 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1183 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK José Homem Corrêa Telles Doutrina das Acções indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA Manual do procurador dos feitos da fazenda
1184 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Perdigão Malheiro nacional nos juizos de primeira instancia indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1185 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Candido Mendes Codigo Philippino indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1186 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Moraes Carvalho Praxe Forense indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA Joaquim José Caetano Pereira e
1187 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Sousa Primeiras linhas sobre o processo civil indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1188 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Pimenta Bueno Direito Publico indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1189 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK José Homem Corrêa Telles Formulario do Tabelionato indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1190 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Levindo F erreira Lopes artigo publicado na Resenha Jurídica indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1191 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Savigny Traité de droit romain indireta
1º Vigora entre nós a nullidade de que tratam o Alv. de 3 de Junho de 1809, FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1192 46 1888 § 8º, e a Ord. liv. 1º, tit. 78, § 14?... WERNECK Moraes Carvalho Praxe Forense indireta
Os fideicomissos modernos em face das
1193 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Ordens do Thesouro indireta
1194 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pothier Traité des Substitutions direta
1195 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pereira e Caldas Quest. For. Recept. Sentent. direta
1196 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO artigo publicado na Gazeta Jurídica indireta
1197 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Coelho da Rocha Direito Cível Patrio direta
1198 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Dalloz Répert. indireta
Joaquim José Caetano Pereira e
1199 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Sousa Primeiras linhas sobre o processo civil indireta
1200 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez indireta
1201 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Introducção aos Fideicommíssos modernos indireta
1202 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Antonio Ribeiro de Liz Teixeira Direito Civil direta
1203 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Fusario de compendiosa substitutione indireta
1204 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Peregrinus de fideicommissis referência
1205 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Marzarius Tractatus de fideicommissaría matería referência
1206 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Censali Observationes et additiones ad Peregrinum referência
1207 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pinheiro Trat. de Testamentis direta
1208 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Ulpiano indireta
1209 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Troplong Des donations entre vifs et des testaments indireta
1210 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pereira Manu Regia referência
1211 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Silva indireta
1212 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Alvaro Valasco Praxis Partitionum et Collationum indireta
1213 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Gama Decis. Supremi Senatus Lusitaniae direta
Manuel de Almeida e Sousa de
1214 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Lobão Fasciculo de Dissertações Juridico-Practicas referência
1215 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pascoal José de Mello Freire menção
1216 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pothier menção
1217 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Philippe Antoine Merlin menção
1218 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Bigôt-Préameneu menção
1219 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Dalloz Substit. menção
1220 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Rogron menção
1221 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Antonio Joaquim Gouvêa Pinto Tratado dos Testamentos e Successões apud
1222 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis indireta
1223 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Savigny menção
325
1224 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Charles Gustave Maynz menção
A B C D E F G H I
1225 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Mackeldey menção
1226 46 1888 Um fideicommisso moderno e cinco accordãos F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Jhering Esprit du Droit Rom indireta
1272 48 1889 Materia de collação-Intelligencia da Ord. liv. 4° tit. 97. CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI José Homem Corrêa Telles Theoria da Interpretação das leis direta
Consultationum ac rerum judicatarum in regno
48 1889 Materia de collação-Intelligencia da Ord. liv. 4° tit. 97. CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Alvaro Valasco Lusitaniae indireta
326
1273
1274 48 1889 Materia de collação-Intelligencia da Ord. liv. 4° tit. 97. CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Pascoal José de Mello Freire livro 3 indireta
A B C D E F G H I
1275 48 1889 Materia de collação-Intelligencia da Ord. liv. 4° tit. 97. CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Paiva e Pona Orphanologia Pratica indireta
1276 48 1889 Materia de collação-Intelligencia da Ord. liv. 4° tit. 97. CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Joaquim Ignacio Ramalho Instituições Orphanologicas indireta
1277 48 1889 Materia de collação-Intelligencia da Ord. liv. 4° tit. 97. CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Antonio Joaquim Ribas Commentarios indireta
1278 48 1889 Materia de collação-Intelligencia da Ord. liv. 4° tit. 97. CARLOS HONORIO BENEDICTO OTTONI Consolidação das leis civis indireta
Sociedade mercantil. -Validade de sua dissolução amigavel effectuada por
procurador, falecendo o socio, constituinte deste (ausente), antes das FRANCISCO PEIXOTO DE LACERDA
1279 48 1889 publicações legaes. WERNECK Orlando Codigo Commercial annotado indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1280 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO José Homem Corrêa Telles Theoria da Interpretação das leis direta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4° Consultationum ac rerum judicatarum in regno
1281 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Alvaro Valasco Lusitaniae direta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1282 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani direta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1283 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Bacon Legum Leg. indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1284 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1285 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Muller indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1286 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Paiva e Pona Orphanologia Pratica direta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1287 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Collações indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1288 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Guerreiro De munere Judicis Orphanorum indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4° Le Droit Civil Français (Le droit civil français
1289 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Toullier suivant l'ordre du Code) francês direta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1290 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO José Homem Corrêa Telles Digesto portuguez direta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1291 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Teixeira de Freitas Consolidação das leis civis indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1292 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Antonio Joaquim Gouvêa Pinto Tratado dos Testamentos e Successões indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1293 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Pascoal José de Mello Freire Instituitiones Juris Civilis Lusitani indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1294 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Carlos Honorio Benedicto Ottoni artigo publicado na Revista O Direito, jan 1889 direta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1295 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO José Homem Corrêa Telles Doutrina das Acções 1841 direta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4° Primeiras Linhas sobre o Processo
1296 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Orphanologico indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1297 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Antonio Joaquim Ribas Consolidação das leis do processo civil indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1298 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO De Partit. et Collat. indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1299 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Lauterbach Dissert. indireta
MATÉRIA DE COLLAÇÕES Interpretação da Ord. liv. 4°, tit. 97, § 4°
1300 48 1889 EXAME DE TRES SYSTEMAS F. DE C. FIGUEIRA DE MELLO Manual Pratico indireta
1301 49 1889 Posthumo o que seja, que direito tem? MILENO DE TORRES BANDEIRA Coelho da Rocha Instituições do Direito Civil Portuguez indireta
1302 49 1889 Posthumo o que seja, que direito tem? MILENO DE TORRES BANDEIRA José Homem Corrêa Telles Theoria da Interpretação das leis indireta
1303 49 1889 Posthumo o que seja, que direito tem? MILENO DE TORRES BANDEIRA Antonio Ribeiro de Liz Teixeira tomo 2º indireta
Ovídio Fernandes Trigo de
1304 49 1889 Posthumo o que seja, que direito tem? MILENO DE TORRES BANDEIRA Loureiro Compendio do Direito Civil indireta
1305 49 1889 Posthumo o que seja, que direito tem? MILENO DE TORRES BANDEIRA Rogron português direta
1306 49 1889 Posthumo o que seja, que direito tem? MILENO DE TORRES BANDEIRA Mourlon francês indireta
Primeiras Linhas sobre o Processo
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1307 49 1889 Posthumo o que seja, que direito tem? MILENO DE TORRES BANDEIRA José Pereira de Carvalho Orphanologico direta
1308 49 1889 DESPEJO DE CASAS FERRER nenhuma
A B C D E F G H I
1309 49 1889 PLANO GERAL DO PROJECTO DE CODIGO CIVIL BRAZILEIRO A. COELHO RODRIGUES Mancini Memoria 1882 indireta
1310 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Pascoal José de Mello Freire menção
1311 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Alvaro Valasco menção
1312 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Phebo menção
1313 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Gama menção
1314 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Carvalho indireta
1315 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Antonio Ribeiro de Liz Teixeira indireta
1316 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Coelho da Rocha indireta
1317 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Borges Carneiro indireta
1318 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Samuel Stryk indireta
1319 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Heineccius indireta
1320 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Phebo menção
1321 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Cabedo menção
1322 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Vasconcellos direta
1323 50 1889 Os filhos legitimados gozam dos mesmos direitos que os legitimos? Anônimo Pedro de Araújo Lima direta
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