Relatório Final Psicodiagnóstico - Eduarda, Fernanda e Letícia.

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Eduarda Muzy - RGM 1749108-8

Fernanda Maria Martins de Souza - RGM 1743528-5


Letícia Mayumi de Menezes - RGM 1728492-9
Turma: 8º Semestre

PSICODIAGNÓSTICO

Universidade Cruzeiro do Sul


Área de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Psicologia
2020

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Eduarda Muzy - RGM 1749108-8
Fernanda Maria Martins de Souza - RGM 1743528-5
Letícia Mayumi de Menezes - RGM 1728492-9
Turma: 8º Semestre

PSICODIAGNÓSTICO

Relatório de Avaliação Neuropsicológica apresentado


ao curso de Psicologia na área de Ciências
Biológicas e da Saúde, atendendo parte das
exigências para aprovação na disciplina de
Psicodiagnóstico, sob orientação da Professora
Camila Campanhã.

São Paulo
2020

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1 IDENTIFICAÇÃO

I - Título: Relatório de Avaliação Neuropsicológica

II - Dados do Participante
Nome: J.O.F
Sexo: Masculino
Data de nascimento: 30/08/1980
Idade: 40a, 3m, 28d.
Escolaridade: Pós Graduado.
Período da avaliação: seis encontros realizados em seis dias, tendo cada
sessão duração de 50 minutos.

III - Solicitante: J.O.F

IV - Finalidade: investigação de hipótese diagnóstica para TDAH.

V – Autores: Eduarda Muzy RGM 1749108-8; Fernanda Maria Martins de


Souza RGM 1743528-5; Letícia Mayumi de Menezes RGM 1728492-9.
.

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2 DESCRIÇÃO DA DEMANDA

O paciente tomou conhecimento da triagem através de uma amiga


psicóloga, que viu o post em uma rede social Instagram e indicou a ele. O
mesmo relata que possui alguns sintomas que ele suspeita estar relacionado
ao TDAH, como dificuldade de concentração, sente-se frequentemente agitado,
costuma fazer mais de uma tarefa simultaneamente, procrastinar, entre outros.
Mencionou ter realizado testes que encontrou na internet para verificar
se possuía TDAH, além de informar que seus colegas de trabalho apresentam
sintomas parecidos e tomam metilfenidato (ritalina), e pela percepção que tem
dos efeitos do medicamento sobre seus colegas, não gostaria de tomar
nenhum medicamento. Portanto, tem expectativa que o nível de seu TDAH seja
“baixo”.

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3 PROCEDIMENTO

A triagem foi realizada em um total de seis sessões através do


atendimento remoto. Porém, uma delas não foi possível atender, pois o
candidato estava sem microfone. O candidato foi inicialmente convocado pelo
NEAP através de e-mail, no qual foi agendado o encon tro e encaminhado o link
do Blackboard onde ocorreria a sessão. No primeiro encontro (22/09) foi lido
juntamente ao voluntário o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE).
Foi também realizado o enquadre, em que foi definido junto ao sujeito
que os encontros aconteceriam sempre às terças-feiras, às 20h com duração
de 50 minutos, utilizando o mesmo link encaminhado. Além disso, foi informado
que a câmera e microfone eram imprescindíveis para a realização da triagem, e
que o mesmo poderia desistir do projeto a qualquer momento, sem nenhum
prejuízo.
Na segunda sessão (06/10) os participantes acessaram o link no horário
acordado, porém o voluntário apresentou dificuldades técnicas com em sua
máquina, impedindo que seu microfone funcionasse. Foi tentado contato com o
NEAP para orientações, porém sem sucesso. As tentativas de ativar o
microfone foram continuadas até às 20h40, em que foi acordado com o sujeito
de encerrar o encontro naquele momento e dar prosseguimento na semana
seguinte.
O início do terceiro encontro foi utilizado para investigar melhor algu mas
questões trazidas pelo sujeito na sessão anterior, em seguida iniciado a
entrevista DIVA, sendo totalmente aplicado em três sessões.
O início do quarto encontro foi novamente utilizado para investigar
alguns pontos trazidos durante a entrevista DIVA na sessão anterior, e dado
continuidade na aplicação da entrevista, porém não foi possível finalizar.
A entrevista foi finalizada na quinta sessão, sendo em seguida aplicado
a escala de impulsividade Barrat. Para a aplicação deste, foi encaminhado ao
paciente um link do Google Forms, contendo o questionário para o sujeito
responder individualmente.
O sexto e último encontro foi utilizado para realização da devolutiva ao
sujeito, informando que o mesmo havia preenchido os critérios mínimos para

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diagnóstico de TDAH de acordo com os instrumentos aplicados, portanto havia
a hipótese diagnóstica de efetivamente possuir TDAH. A partir disto, os
encaminhamentos foram realizados, reforçando as consequências de seguir,
ou não, as orientação.

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4 ANÁLISE

4.1 Observação Comportamental


Na primeira sessão, foi observado que o cliente estava inquieto sentado
na cadeira, apresentou fala acelerada, antecipou o preenchimento do TCLE,
sem aguardar as informações restantes, além de ser notório que o cliente
estava realizando outras atividades durante a sessão.
Na segunda sessão, foi possível observar novamente que o paciente
estava realizando outras atividades durante a sessão, porém após a solicitação
para que o mesmo se concentrasse somente ao atendimento, notou -se que o
mesmo acatou e focou sua atenção somente ao atendimento.
A partir da terceira sessão em diante, mesmo com os problemas
técnicos em sua câmera e microfone que apareceram em algumas sessões, o
sujeito se mostrava tranquilo e sempre pronto para tentar solucionar o
problema.
Por fim, na última sessão em que foi realizada a devolutiva ao voluntário,
o mesmo mostrou-se atento à todas informações passadas, aparentando
absorver, compreender e concordar com os resultados que foram encontrados
nas ferramentas utilizadas, DIVA 2.0 e Escala de Impulsividade de Barrat,
concluindo a hipótese diagnóstica de apresentar sintomas do TDAH.

4.2 Entrevista Inicial


A entrevista foi iniciada pela a estagiária Fernanda com o Rapport, que
apresentou as estagiárias e fez a leitura do TCLE juntamente com o cliente.
Diante do aceite, a estagiária perguntou ao sujeito como ele tomou ciência da
triagem, relatou que uma amiga psicóloga mandou o post do Instagram.
Então a estagiária realizou o enquadre, passando ao paciente todas as
regras, quanto às faltas, a duração das sessões, a importância de estar num
local tranquilo onde possa se expressar sem que ninguém o incomode, a
questão do sigilo, a importância do fone de ouvido de ambas as partes, a
importância da câmera sempre ligada e que o mesmo irá receber o link das
sessões toda semana por e-mail.

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Foi perguntado ao cliente o motivo de procurar o atendimento,
respondeu que os colegas do serviço tomam medicação (Ritalina) para TDAH e
surgiu a dúvida, pois identificou alguns comportamento semelhantes ao dos
colegas, o que impulsionou pesquisar na internet sobre informações do TDAH.
Realizou testes/questionários extraídos de sites de universidades, que
indicaram que poderia ter TDAH.
Fora isso, o mesmo disse que se distrai frequentemente quando está
fazendo as atividades diárias, se perde no tempo com as atividades e que faz
várias coisas ao mesmo tempo. Disse ainda que faz pós-graduação em Hacker
Ético e que muitas vezes perde o dia de entregar trabalhos, além de sua pós
graduação ter duração de seis meses, porém acabou estendendo esse tempo.
Trabalha com tecnologia - segurança da informação, está neste trabalh o
há dois anos e está a procura de outro trabalho, relata está em busca de outro
por dois fatores a jornada 12X36 impossibilita que ele tenha momentos de lazer
com sua família e também a questão salarial.
Afirmou ter iniciado há um mês a prática de meditação para ajudar com
os sintomas, e que tem a expectativa que seu nível de TDAH seja baixo,
explicando que gostaria de não precisar tomar medicação igual aos seus
colegas do trabalho. A estagiária então explicou sobre a triagem diagnóstica e
deu como exemplo, a triagem que acontece em um hospital. Disse também
sobre os benefícios sobre um possível encaminhamento para serviços fora ou
dentro da faculdade, além de explicar brevemente sobre a entrevista DIVA 2.0
e a Escala de Impulsividade de Barratt.

4.3. Funções Executivas


A triagem teve como objetivo coletar dados para a avaliação de uma
hipótese diagnóstica de TDAH, contribuindo com a desmistificação do TDAH e
proporcionar uma proximidade com o tema, sendo os adultos essencialmente
os mais prejudicados por desenvolverem estratégias compensatórias e, com
isso, criar a falsa sensação de cura.
O TDAH se caracteriza pelo trio de desatenção, hiperatividade e
impulsividade que surgem de forma exagerada, considerando a idade e o nível
de desenvolvimento do sujeito. Por se tratar de um transtorno do

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neurodesenvolvimento, a dificuldade em manter a atenção, o controle dos
impulsos, podem trazer prejuízos ao comportamento funcional do sujeito,
interferindo em sua esfera familiar, social, profissional e acadêmica, ainda
podendo levar a apresentar baixa autoestima, conflitos familiares e de
relacionamentos conjugais, entre outros.
Em virtude da pandemia, os atendimentos foram realizados de forma
remota, através de link disponibilizado pelo NEAP. Foram utilizados dois
instrumentos para investigação da hipótese de TDAH, sendo eles a Entrevista
para o Diagnóstico do TDAH em adultos (DIVA 2.0) e a Escala de
Impulsividade de Barrat.
A entrevista DIVA 2.0 investiga apenas sintomas-chave do TDAH,
importantes para o diagnóstico, e não outros sintomas, síndromes ou
transtornos mentais comórbidos, é de suma importância associar uma
avaliação psiquiátrica, para investigar episódios dos sintomas, síndromes e
transtornos tais como transtornos de ansiedade, depressivos, transtornos
bipolares, abuso de substâncias, transtornos do sono e transtornos da
personalidade (KOOIJ; FRANCKEN, 2010).
A DIVA 2.0 é dividida em três partes, através de um questionário
estruturado investiga-se as fases adulta e na infância. A parte I consiste na
análise dos sintomas de déficit de atenção, a parte II está relacionada aos
sintomas de hiperatividade/impulsividade e a parte III consiste nos prejuízos
aos sintomas.
A triagem foi concluída com a hipótese diagnóstica de TDAH, pois o
sujeito preenche dos 18 critérios, 13 na fase adulta e 15 da infância. O DSM-5
determina que é necessário preencher no mínimo seis critérios, justificando a
hipótese diagnóstica.

Critérios Presente na vida Presente na infância


adulta

Déficit de Atenção 6/9 8/9

Hiperatividade/Impulsividade 7/9 7/9

Total 13/18 15/18

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Na fase adulta é esperado uma redução desses critérios de diagnóstico,
uma vez que já possui uma maturação do córtex pré-frontal e foram
desenvolvidas estratégias compensatórias. Por se tratar de um distúrbio do
desenvolvimento, apesar das estratégias compensatórias, o TDAH não some
ou cura. Portanto, para ter rotina mais funcional, as estratégias compensatórias
são desenvolvidas (BARKLEY, 2011, apud SOBRAL, 2018).
Os sintomas do sujeito caracterizam o subtipo do TDAH em combinado,
pois preencheu os critérios tanto de hiperatividade/impulsividade, quanto de
desatenção nos últimos seis meses. É possível relacionar este resultado as
falas do sujeito, em que afirma sentir-se irrequieto com frequência, comete
erros regularmente por não prestando atenção a detalhes, tem dificuldades em
finalizar uma tarefa sem iniciar outra (AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION et al., 2014).
O DSM-5 (2014) ainda define a gravidade, e o paciente enquadrou -se
melhor na moderada, pois apresenta prejuízos decorrentes dos sintomas tanto
“leve” como os esquecimentos rotineiros, como onde guardou seus objetos
pessoais, quanto “grave” como o divórcio e a delonga na finalização da pós-
graduação.
O outro instrumento utilizado foi a Escala de Impulsividade Barratt, que
mensura o grau de impulsividade controle inibitório bem como a capacidade de
planejamento (MALLOY-DINIZ et al., 2010).
Os resultados encontrados na Escala de Impulsividade Barratt foram:
Controle Inibitório 48, atingindo percentil de 85, enquanto no critério Falta de
Planejamento o mesmo apresenta escore de 20, atingindo percentil 65. O
paciente apresenta escore geral de 68, atingindo na tabela de Performance em
brasileiros adultos percentil de 75.

Score Percentil Classificação

Controle Inibitório 48 85 Média superior

Falta de Planejamento 20 65 Média

Total 68 75 Média superior

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Analisando os dados apresentados na Escala de Barratt (BIS-11), o
candidato apresenta um resultado expressivo de percentil de 85 no quesito
controle inibitório, ou seja, está 85% acima da média geral, indicando pouco
controle inibitório. Este dado corrobora com os resultados da entrevista DIVA
2.0 em que o paciente preencheu os critérios diagn óstico para
hiperatividade/impulsividade.
No quesito planejamento, o resultado atingido é de 20 sob uma análise
da tabela, de 0 - 99, o percentil é de 75, demonstrando que também acima da
média populacional, apresentando grandes dificuldades no que refere-se à
planejamento. É possível identificar esta dificuldade na fala do paciente em que
afirma conseguir manter seus planos de longo prazo, por apenas um ou dois
dias.
Diante dos resultados apresentados nos instrumentos, o preenchimento
dos critérios de desatenção é evidente na dificuldade do paciente de manter o
foco, como durante as sessões que foi preciso chamar a atenção do sujeito
algumas vezes para focar apenas ao atendimento, no comportamento de iniciar
mais de uma tarefa sem finaliza a anterior, não realizar as atividades que não
considera relevante, desenvolvimento de estratégia compensatória de manter
seus objetos pessoais sempre no mesmo local para não esquecer ou perder.
Os critérios de hiperatividade/impulsividade e baixo controle inibitório
preenchidos corroboram com os comportamentos apresentados pelo paciente
durante as sessões, em que preencheu o TCLE antes mesmo de dado esta
instrução, falar excessivamente, além dos comportamentos do dia a dia, como
sentir-se sempre irrequieto, possuir dificuldade em esperar sua vez,
interromper a fala e/ou atividade dos outros.
.

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5 CONCLUSÃO

O objetivo deste trabalho foi de realizar uma triagem de hipótese


diagnóstica de TDAH em adultos, por ser uma população negligenciada quanto
à referenciais teóricos e tratamentos.
Conforme já mencionado, os instrumentos utilizados nesta triagem foram
a entrevista DIVA 2.0 e a Escala de Impulsividade Barratt. A DIVA 2.0 é uma
entrevista baseada nos critérios diagnósticos do DSM-IV, desenvolvida para
diagnosticar TDAH em adultos, e utiliza exemplos de comportamento, em
ambas as fases da vida, infância e adulta, para facilitar a verificação da
presença ou ausência dos sintomas (KOOIJ; FRANCKEN, 2010).
Já a Escala de Impulsividade de Barratt é um questionário designado a
avaliar a personalidade e o constructo comportamental da impulsividade. Utiliza
dois parâmetros para realizar a avaliação: Controle inibitório e Falta de
planejamento (MALLOY-DINIZ et al., 2010).
A partir dos resultados, foram realizados os encaminhamentos à
psicoterapia, com enfoque na Teoria Cognitiva-Comportamental (TCC), e à
psiquiatria para avaliação da necessidade de tratamento medicamentoso.

A TCC auxilia o portador de TDAH a redirecionar sua atenção, a


reestruturar suas crenças, modificado o modo como se sente, se
comporta e a desenvolver habilidades sociais. Eles aprenderão,
durante as sessões de terapia, estratégias de resolução de
problemas, automonitoria, manejo de tempo, técnicas de
organização, controle da raiva e agressividade. (MESQUITA et
al., 2009, apud MONTEIRO, 2014)

Reforçado ainda com o sujeito a importância da avaliação psiquiátrica,


objetivando minimizar os preconceitos com tratamento medicamentoso e
esclarecer que, dependendo do caso, o acompanhamento psicológico apenas
não terá efeito. Esclarecido que o psiquiatra também é o profissional indicado
para avaliar a possibilidade de compulsão sexual trazida pelo sujeito em uma
das entrevistas.

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Por fim, foi colocado que seguir as orientações propostas, aderindo ao
tratamento psicológico, em conjunto com o acompanhamento psiquiátrico, irá
resultar em melhor qualidade de vida, pois irá atuar diretamente nos pontos
trazidos como problemas, fazendo com que aprenda e desenvolva novos
comportamentos e técnicas. Foi ainda reforçado ao paciente que ignorar as
orientações trará consequências, não apenas da permanência dos prejuízos,
como a possibilidade de aumento dos mesmos.

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REFERÊNCIAS

AGOSTINI, Vera Lúcia Miranda Lima; SANTOS, Wenner Daniele Venâncio


dos. Transtorno desafiador de oposição e suas comorbidades: um desafio da
infância à adolescência. Psicologia. pt. fevereiro, 2018.

ALVARENGA, Marco Antônio Silva; FLORES-MENDOZA, Carmen E.;


GONTIJO, Daniel Foschetti. Evolução do DSM quanto ao critério categorial de
diagnóstico para o distúrbio da personalidade antissocial. J. bras. psiquiatr.,
Rio de Janeiro , v. 58, n. 4, p. 258-266, 2009 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-
20852009000400007&lng=en&nrm=iso>.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico


e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.

DA COSTA MONTEIRO, Bárbara Cristina. TDAH: Proposta de tratamento


clínico para crianças e adolescentes através da terapia cognitivo-
comportamental. Saúde e Desenvolvimento Humano, v. 2, n. 1, p. 101-108,
2014.

KOOIJ, J. J. S.; FRANCKEN, M. H. DIVA 2.0. Diagnostic Interview Voor


ADHD in Adults bij volwassenen [DIVA 2 0 Diagnostic Interview ADHD in
Adults]. DIVA Foundation (http://www. divacenter. eu/DIVA. aspx), 2010.

LARROCA, L. M.; DOMINGOS, N. M. TDAH-Investigação dos critérios para


diagnóstico do subtipo predominantemente desatento. Psicologia Escolar e
Educacional, v. 16, n. 1, p. 113-123, 2012.

MALLOY-DINIZ, Leandro Fernandes et al. Tradução e adaptação cultural da


Barratt Impulsiveness Scale (BIS-11) para aplicação em adultos
brasileiros. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 59, n. 2, p. 99-105, 2010.

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SEDIYAMA, Cristina YN et al. Factor analysis of the Brazilian version of UPPS
impulsive behavior scale. Frontiers in psychology, v. 8, p. 622, 2017.

SOBRAL, Catarine de Jesus Barros. O TDAH em Adultos. 2018. Tese de


Doutorado. PUC-Rio.

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____________________________________
Eduarda Muzy
RGM: 1749108-8

_____________________________________
Fernanda Maria Martins de Souza
RGM: 1743528-5

_____________________________________
Leticia Mayumi de Menezes
RGM 1728492-9

___________________________________________
Professora Supervisora Camila Campanhã

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ANEXOS

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PORTUGUÊS
(BRASIL)

DIVA 2.0

Entrevista para o Diagnóstico do TDAH

em Adultos (DIVA)

D iagnostisch I nterview V oor A DHD bij volwassenen

J.J.S. Kooij, MD, PhD & M.H. Francken, MSc


2010, DIVA Foundation, Holanda
Créditos Introdução

A Entrevista para o Diagnóstico Para fazer o diagnóstico do TDAH no adulto, segundo o DSM-IV, é necessário
do TDAH em Adultos (DIVA) é confirmar a presença de sintomas do TDAH tanto na infância como na vida
uma publicação da Fundação adulta.
DIVA, em Haia, Holanda.
Traduções e retroversões para o São condições necessárias para o diagnóstico que os sintomas de TDAH
português de Portugal foram tenham tido início na infância e que tenham persistido ao longo da vida até o
feitas pelo CADIn – Centro de momento da presente avaliação. Os sintomas devem estar associados a
Apoio ao Desenvolvimento prejuízo clinico ou psicossocial significativo e devem afetar o indivíduo em dois
Infantil, Cascais, Portugal. A ou mais contextos da vida diária1.
tradução original de Holandês Dado o fato de o TDAH em adultos ser um transtorno crônico com início na
para Português foi realizada por infância, é necessário diagnosticar os sintomas, a evolução dos mesmos e o
Veerle Grommen, a retroversão nível dos prejuízos que eles causaram, através de, entre outros, uma entrevista
para Holandês foi realizada retrospectiva sobre os comportamentos na infância. Se possível, a informação
por Lut Caenen. Revisões de do paciente deve ser complementada pela informação de pessoas que o
Prof. Carlos Filipe (MD, PhD), conheceram quando criança (geralmente os pais ou familiares próximos)2 .
CADIn, Cascais, T.I. Annet Bron
(MSc), dr. J.J. Sandra Kooij (MD, Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos (DIVA)
PhD) e Mariëlle van Bussel A Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos (DIVA) é baseada nos
(MSc), DIVA Foundation, 2014. critérios da DSM-IV e é a primeira entrevista estruturada, desenvolvida em
Holandês, para diagnosticar TDAH em adultos. A DIVA foi desenvolvida por
A adaptação para o Português do J.J.S. Kooij e M.H.Francken, sendo esta a sucessora da entrevista semi-
Brasil foi feita por Dra. Anny estruturada de diagnóstico do TDAH em adultos2,3.
Karinna P. M. Menezes (MD), Para facilitar a pesquisa da presença ou ausência de cada um dos 18 sintomas
Psicóloga Maria Ângela Gobbo e de TDAH, tanto na infância como no adulto, são sempre utilizados exemplos
Prof. Dr. Mário Rodrigues Louzã concretos e realistas do comportamento em ambas as fases da vida. Os
(MD, PhD), do Programa de exemplos baseiam-se em descrições habituais dos comportamentos de
Déficit de Atenção e pacientes adultos com TDAH, recolhidas pela equipe de TDAH em adultos PsyQ
Hiperatividade no Adulto de Haia, Holanda. São utilizados exemplos concretos de prejuízos provocados
(Prodath) do Instituto de pelos sintomas em cinco contextos da vida quotidiana: área profissional e
Psiquiatria do Hospital das acadêmica, relacionamentos e vida familiar, interação social, tempo livre e
Clínicas da Faculdade de hobbies, e autoconfiança e autoimagem.
Medicina da Universidade de São
Paulo, São Paulo, Brasil Sempre que possível, a DIVA deve ser aplicada aos pacientes adultos na
presença do parceiro(a) e/ou de familiares, para permitir que informações do
Esta publicação foi realizada com paciente (anamnese subjetiva) e de terceiros (anamnese objetiva) sejam
todo o cuidado, mas com o verificadas simultaneamente. O tempo necessário para aplicar a entrevista é de
passar do tempo partes da cerca de uma hora e meia.
publicação podem mudar. Por
esta razão, não poderão ser A DIVA investiga apenas os sintomas-chave do TDAH, necessários para o
imputados direitos à mesma. Para diagnóstico segundo a DSM-IV, e não outros sintomas, síndromes ou
mais informações e futuras transtornos mentais comórbidos. No entanto, comorbidades são frequentes,
atualizações da DIVA acesse tanto nas crianças como nos adultos, em cerca de 75% dos casos. É importante,
www.divacenter.eu. por isso, realizar também uma avaliação psiquiátrica, para investigar a possível
ocorrência dos sintomas, sindromes e transtornos comórbidos mais frequentes.
Reimpressão com autorização de: Os transtornos comórbidos do TDAH mais frequentes são os Transtornos de
DSM-IV-TR Manual de Ansiedade, Depressivos, Transtornos Bipolares, Abuso de Substâncias,
Diagnóstico e Estatística das Transtornos do Sono e Transtornos da Personalidade. Todos estes Transtornos
Transtornos Mentais - Quarta devem ser investigados. Este procedimento é indispensável para compreender
Edição, Texto Revisto (2000) toda a variedade de sintomas que uma pessoa com TDAH pode apresentar,
American Psychiatric Association assim como para o diagnóstico diferencial do TDAH na idade adulta e para a
(APA). exclusão de outros transtornos mentais como possível causa primária dos
“sintomas do TDAH” nos adultos2.

2 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos


Instruções para a aplicação da DIVA

A DIVA é composta por três partes, sendo cada uma As informações do(a) parceiro(a) e da família servem
dirigida para ambas, a infância e a idade adulta: principalmente como complemento da informação dada
n Critérios de Déficit de Atenção (A1) pelo paciente, para se conseguir uma compreensão mais
n Critérios de Hiperatividade/Impulsividade (A2) exata do comportamento atual e na infância. As
n Idade de Início e prejuízos provocados pelos sintomas informações dos membros da família são principalmente
do TDAH. úteis para o comportamento durante a infância. Muitos
pacientes têm dificuldade de lembrar do seu próprio
Comece pelo primeiro conjunto de critérios da DSM-IV, comportamento, retrospectivamente. Muitas pessoas têm
para o Déficit de Atenção (A1), seguindo-se o segundo uma boa memória do período entre os 10 e os 12 anos,
conjunto de critérios, para Hiperatividade/ mas têm dificuldade em recordar o período inicial da
Impulsividade (A2). Pergunte sucessivamente todos os 18 escola fundamental.
sintomas. Para cada item proceda da seguinte forma:
Para cada sintoma, o entrevistador deve decidir se este
Pergunte em primeiro lugar sobre a presença de sintomas está presente ou ausente em ambos os estágios da vida,
na idade adulta (sintomas presentes nos últimos 6 meses considerando as informações de todas as pessoas
ou mais) e em seguida sobre a presença do mesmo envolvidas. No caso de não ser possível a anamnese
sintoma na infância (sintomas presentes no período entre baseada nas informações dadas por familiares ou
os 5 e os 12 anos)4-6. Leia em voz alta e por completo terceiros, o diagnóstico é baseado na anamnese do
cada questão, pergunte a seguir ao paciente se este paciente. Caso existam relatórios escolares, estes podem
reconhece ter esse sintoma e peça para dar um exemplo. dar uma ideia sobre a existência de sintomas que tenham
Os pacientes indicarão muitas vezes um dos exemplos sido evidenciados no decorrer das aulas durante a
que constam na lista da DIVA, que pode ser assinalado infância e podem ser utilizados para dar suporte ao
com um visto. Se o paciente não reconhecer o sintoma, diagnóstico. Os sintomas são considerados clinicamente
ou se você não tem certeza se o exemplo pertence ao significativos quando se manifestaram com mais
sintoma que está examinando, utilize e leia então os frequência e/ou com maior intensidade nessa pessoa do
exemplos da lista um a um. O comportamento-problema que nas pessoas da mesma idade, ou quando foram
ou sintoma é considerado presente quando ocorrer com prejudiciais ao indivíduo.
mais frequência ou maior intensidade nessa pessoa do
que num grupo semelhante em idade e Q.I., ou quando é Idade de início dos sintomas e prejuízo
claramente associado a prejuízos. Assinale com um visto A terceira parte, referente à Idade de Início e Prejuízos
todos os exemplos que o paciente descrever ou associados aos sintomas de TDAH, é um componente
reconhecer. Se forem dados outros exemplos aplicáveis essencial dos critérios de diagnóstico. Verifique se o
ao critério, anote-os na seção “outros”. Para considerar paciente sempre apresentou os sintomas e, no caso de a
um sintoma como presente não é necessário que o resposta ser afirmativa, se alguns dos sintomas já se
paciente reconheça todos os exemplos, trata-se apenas manifestavam antes dos sete anos de idade. Se os
de o investigador perceber claramente a presença ou sintomas se manifestaram pela primeira vez mais tarde,
ausência de cada sintoma. indique em que idade.
Em seguida leia sempre os exemplos para as diferentes
Pergunte, para cada sintoma, se o(a) parceiro(a) e o situações às quais os sintomas estão associados a
familiar estão de acordo e se conseguem indicar outros prejuízos, primeiro na idade adulta e, em seguida, na
exemplos relacionados com cada um dos sintomas. O(A) infância. Assinale com um visto os exemplos que foram
parceiro(a) informará em geral sobre os sintomas na reconhecidos pelo paciente e indique se o total de
idade adulta e a família (geralmente os pais ou um situações em que o prejuízo se manifesta é igual ou
membro mais velho da família) sobre a infância. O superior a dois, tanto na infância como na idade adulta.
investigador utiliza a sua opinião clínica para chegar a Para validar o diagnóstico é necessário existir prejuízo em
uma conclusão sobre a relevância de cada resposta. No pelo menos dois dos contextos de vida: vida profissional/
caso de respostas contraditórias, a regra geral é a de acadêmica, relacionamentos/vida familiar, interação
considerar o paciente como sendo o melhor informante7 social, tempo livre/hobbies, autoconfiança/auto-imagem e
o prejuízo ser, pelo menos, moderado.

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 3


Resumo de Sintomas e Folha de Pontuação Bibliografia
Indique no Resumo de sintomas de Déficit de Atenção (A)
e de Hiperatividade/Impulsividade (H/I) quais dos 18
sintomas foram observados em ambas as fases da vida e 1. American Psychiatric Association (APA):
some o total dos sintomas de Déficit de Atenção e de DSM-IV-TR Manual de Diagnóstico e Estatística
Hiperatividade/Impulsividade separadamente. das Transtornos Mentais - Quarta Edição, Texto
Por fim, assinale na Folha de Avaliação se o total de Revisto, Climepsi Editores, Lisboa, 2002.
critérios em cada um dos domínios, Déficit de Atenção (A) 2. Diagnostic Interview for ADHD in Adults 2.0
e Hiperatividade/Impulsividade (H/I), é igual ou superior a (DIVA 2.0), in: Kooij JJS. Adult ADHD.
seis. Indique para cada um dos domínios se há evidência Diagnostic assessment and treatment. Springer,
de um desenvolvimento crônico dos sintomas, se os 2012.
sintomas são acompanhados de prejuízos, se os 3. Kooij JJS, Francken MH: Entrevista para o
prejuízos ocorrem em pelo menos dois contextos da vida Diagnóstico do TDAH em Adultos (DIVA).
diária e se não podem ser atribuídos a outro transtorno Acessível em
mental. Indique em que medida o diagnóstico é validado www.kenniscentrumadhdbijvolwassenen.nl,
pelas informações obtidas com familiares ou terceiros e 2007 e publicado em Inglês na referência 2.
possíveis relatórios escolares. Conclua por fim se o 4. Applegate B, Lahey BB, Hart EL, Biederman J,
diagnóstico de TDAH é válido e a qual subtipo pertence o Hynd GW, Barkley RA, Ollendick T, Frick PJ,
paciente (incluindo o código do DSM-IV). Greenhill L, McBurnett K, Newcorn JH, Kerdyk
L, Garfinkel B, Waldman I, Shaffer D: Validity of
Explicação prévia a ser dada ao paciente the age-of-onset criterion for ADHD: a report
Através desta entrevista são investigados os sintomas de from the DSM-IV field trials. J Am Acad Child
TDAH apresentados por você, tanto no decorrer da Adolesc Psychiatry 1997; 36(9):1211-21.
infância como na idade adulta. As perguntas baseiam-se 5. Barkley RA, Biederman J: Toward a broader
nos critérios oficiais do TDAH segundo o DSM-IV. Para definition of the age-of-onset criterion for
cada critério vou perguntar se você reconhece ter esse attention-deficit hyperactivity disorder. J Am
problema. Para ajudá-lo durante a entrevista darei alguns Acad Child Adolesc Psychiatry 1997;
exemplos que ilustram a forma como as crianças e os 36(9):1204-10.
adultos podem sentir as dificuldades provocadas por cada 6. Faraone SV, Biederman J, Spencer T, Mick E,
um dos sintomas do TDAH. Em primeiro lugar as Murray K, Petty C, Adamson JJ, Monuteaux
perguntas são dirigidas a você e, em seguida, ao seu(sua) MC: Diagnosing adult attention deficit
companheiro(a) e familiares. O seu companheiro(a) hyperactivity disorder: are late onset and
conhece-a(o) provavelmente só desde a idade adulta e subthreshold diagnoses valid? Am J Psychiatry
será pedido a ele(a) que nos informe sobre este período; 2006; 163(10):1720-9.
os seus familiares provavelmente têm uma melhor 7. Kooij JJS, Boonstra AM, Willemsen-Swinkels
memória da sua infância. Ambas as fases da vida devem SHN, Bekker EM, Noord Id, Buitelaar JL:
ser investigadas para que se possa fazer o diagnóstico de Reliability, validity, and utility of instruments for
TDAH. self-report and informant report regarding
symptoms of Attention-Deficit/Hyperactivity
Disorder (ADHD) in adult patients. J Atten
Disorders 2008; 11(4):445-458.

Reimpressão com autorização de: DSM-IV-TR


Manual de Diagnóstico e Estatística dos
Transtornos Mentais - Quarta Edição, Texto Revisto
(2000) American Psychiatric Association (APA).

4 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos


Nome do Paciente: J.F.

Data de Nascimento: 30/08/1980

Sexo: ❑ M / ❑ F

Data da Entrevista:
29/09

Nome do entrevistador: Letícia Mayumi de Menezes

Número do paciente:

Parte 1: Sintomas de Déficit de Atenção (DSM-IV critério A1)

Instruções: os sintomas na idade adulta devem estar presentes há pelo menos seis meses. Os sintomas na infância
referem-se à idade entre os 5 e os 12 anos. Para um sintoma ser atribuído ao TDAH, este tem que ter um curso crônico
e não episódico.

A1 Você com frequência não presta atenção suficiente aos detalhes ou comete erros por distração, no
trabalho ou em outras atividades? Como era durante sua infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Comete erros por distração ❑ Cometia erros por distração nos trabalhos escolares
❑ Tem que trabalhar devagar para evitar erros ❑ Cometia erros devido a uma leitura errada das
❑ Não lê as instruções com atenção perguntas
❑ Não é bom em trabalhos detalhados ❑ Deixava perguntas sem responder, por não tê-las lido
❑ Precisa de muito tempo para os detalhes corretamente
❑ Perde-se nos detalhes ❑ Deixava sem responder as perguntas do verso da
❑ Trabalha muito rápido e, por isso, cometer erros página nas provas
❑ Outros: ❑ Os outros comentavam sobre o seu trabalho
desleixado
❑ Não revia as respostas dos trabalhos feitos em casa
❑ Precisava de muito tempo para os trabalhos
Sim,erros corriqueiros no trab q ñ deveria detalhados
acontecer. Faculdade nao atençao ❑ Outros:

Fazia reforço porque não prestava


atenção, entre 8-9 anos

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 5


A2 Você com frequência tem dificuldade em manter-se concentrado durante a realização de tarefas ou
atividades? Como era durante sua infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Não consegue manter a atenção nas tarefas durante ❑ Tinha dificuldade em prestar atenção nos trabalhos
muito tempo* escolares
❑ Distrai-se facilmente com as próprias associações/ ❑ Tinha dificuldade em manter-se atento aos jogos*
pensamentos ❑ Distraía-se facilmente
❑ Tem dificuldade em ver um filme ou ler um livro até o ❑ Tinha dificuldade em concentrar-se*
fim* ❑ Precisava de um ambiente muito estruturado para não
❑ Fica rapidamente entediado com os assuntos* se distrair
❑ Faz perguntas sobre assuntos que já foram discutidos ❑ Ficava rapidamente entediado com os assuntos*
❑ Outros: ❑ Outros:
Médio. Inicia uma tarefas e para pra Sim. Sempre foi aluno mediano na
fazer coisas aleatórias. escola.

* A não ser que o assunto seja considerado muito * A não ser que o assunto fosse considerado muito
interessante (ex. jogar no computador ou passatempos) interessante (ex. jogar no computador ou passatempos)

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

A3 Você com frequência parece não estar ouvindo, quando alguém lhe dirige a palavra?
Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Divaga ou parece ausente ❑ Não se lembrava do que os pais/professores diziam


❑ Tem dificuldade de concentrar-se numa conversa ❑ Estava frequentemente “sonhando” ou ausente
❑ Não sabe do que se falou depois de uma conversa ❑ Ouvia apenas quando olhavam nos seus olhos ou
❑ Muda frequentemente o assunto de uma conversa levantavam a voz
❑ Os outros dizem que está com a cabeça em outro ❑ Com frequência precisava ser chamado mais de uma
lugar vez
❑ Outros: ❑ As perguntas precisavam ser repetidas
❑ Outros:
Não com muita frequencia

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

6 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos


A4 Você com frequência não segue as instruções ou não termina as tarefas ou obrigações no trabalho?
Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Faz várias coisas ao mesmo tempo sem terminar ❑ Tinha dificuldade em seguir a sequência das tarefas
nenhuma delas ❑ Tinha dificuldade com enunciados que envolvessem
❑ Tem dificuldade para finalizar as tarefas quando já não vários passos
são mais novidade ❑ Não completava as tarefas
❑ Necessita de prazos-limite para terminar as tarefas ❑ Não acabava ou não entregava os trabalhos que
❑ Tem dificuldade em terminar tarefas administrativas levava para casa
❑ Tem dificuldade em seguir instruções de um manual ❑ Precisava de um ambiente muito estruturado para
❑ Outros: finalizar as tarefas
❑ Outros:
Algumas vezes, quando obrigado
Pouco menos

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

A5 Você com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades? Como era durante a
infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Tem dificuldade para planejar as tarefas diárias ❑ Tinha dificuldade em estar pronto na hora
❑ A casa e/ou local de trabalho ficam desarrumados ❑ Quarto/mesa de trabalho ficavam desarrumados
❑ Planeja coisas demais ou de modo ineficiente ❑ Tinha dificuldade de brincar sozinho
❑ Tem frequentemente dois compromissos à mesma ❑ Tinha dificuldade de planejar as tarefas ou o trabalho
hora de casa
❑ Chega atrasado ❑ Fazia várias coisas ao mesmo tempo
❑ Não utiliza a agenda de maneira consistente ❑ Chegava com frequência atrasado
❑ É inflexível, está “preso” a esquemas ❑ Tinha pouca noção do tempo
❑ Tem pouca noção do tempo ❑ Tinha dificuldade em prestar atenção
❑ Faz planos e não os completa/realiza ❑ Outros:
❑ Precisa de outras pessoas para estruturar as próprias
coisas Tinha dificuldade em organizar com os
❑ Outros: estudos.

Sim. Mantém apenas por 1-2 dias

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 7


A6 Você com frequência evita, tem aversão ou reluta em envolver-se em tarefas que requeiram um
esforço mental continuado? Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Faz primeiro o que é o mais fácil ou divertido ❑ Evitava ou detestava os trabalhos de casa
❑ Adia sucessivamente as tarefas entediantes ou árduas ❑ Lia poucos livros ou não gostava de ler por isso exigir
❑ Adia as tarefas e, em consequência, não cumprir esforço mental
prazos ❑ Evitava coisas que exigiam muita concentração
❑ Evita os trabalhos monótonos como, por exemplo, os ❑ Detestava disciplinas que exigiam muita concentração
de natureza administrativa. ❑ Adiava sucessivamente tarefas entediantes ou árduas
❑ Não gosta de ler porque exige esforço mental ❑ Outros:
❑ Evita coisas que exigem muita concentração
❑ Outros:
Sim. Projetos que nao sao obrigatorios.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

A7 Você com frequência perde objetos necessários para as tarefas ou atividades? Como era durante a
infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Perde a carteira, as chaves ou a agenda ❑ Perdia a agenda, as canetas, equipamentos de


❑ Deixa frequentemente coisas para trás ginástica ou outras coisas
❑ Perde papéis do trabalho ❑ Perdia roupa, brinquedos ou trabalhos de casa
❑ Perde muito tempo procurando as coisas ❑ Perdia muito tempo procurando as coisas
❑ Entra em pânico quando os outros mudam as coisas ❑ Entrava em pânico quando os outros mudavam as
de lugar coisas de lugar
❑ Arruma coisas no lugar errado ❑ Recebia comentários dos pais/professores sobre o fato
❑ Perde listas, números de telefone, anotações de perder as coisas
❑ Outros: ❑ Outros:
Não Sim, perdia e não encontrava mais.
Lapis, caneta, cadarço.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

8 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos


A8 Você com frequência se distrai facilmente com estímulos externos? Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Tem dificuldade em ignorar estímulos externos ❑ Durante as aulas olhava muitas vezes para fora da
❑ Depois de se distrair, tem dificuldade em voltar ao janela
assunto ❑ Distraía-se facilmente com barulhos ou com o que
❑ Distrai-se facilmente com barulhos ou com o que acontecia à sua volta
acontece à sua volta ❑ Depois de se distrair, tinha dificuldade em voltar ao
❑ Escuta as conversas dos outros assunto
❑ Tem dificuldade em filtrar/selecionar informação ❑ Outros:
❑ Outros:
Não muito

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

A9 Você com frequência se esquece das atividades do dia a dia? Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Esquece dos compromissos/outras obrigações ❑ Esquecia de compromissos/marcações


❑ Esquece agenda, chaves, etc ❑ Precisava, muitas vezes, de ser lembrado das coisas
❑ Precisa, muitas vezes, ser lembrado de compromissos ❑ Durante uma tarefa esquecia do que era preciso fazer
❑ Precisa voltar à casa para buscar coisas esquecidas ❑ Esquecia de levar o material escolar
❑ Utiliza um método/rotina para não se esquecer das ❑ Esquecia coisas na escola ou nas casas dos amigos
coisas ❑ Outros:
❑ Esquece de marcar ou de consultar a agenda
❑ Outros: Procastinador

Procastinador

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

Complemento critério A
Idade adulta: Apresenta os sintomas acima mencionados de Déficit de Atenção com maior intensidade ou com mais
frequência do que as outras pessoas? ❑ Sim / ❑ Não

Infância: Apresentava os sintomas acima mencionados de Déficit de Atenção com maior intensidade ou com mais
frequência do que as outras crianças da sua idade? ❑ Sim / ❑ Não

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 9


Parte 2: S
 intomas de Hiperatividade/Impulsividade
(DSM-IV critério A2)

Instruções: os sintomas na idade adulta devem estar presentes há, pelo menos, seis meses. Os sintomas na infância
referem-se à idade entre os 5 e os 12 anos. Para um sintoma ser atribuído ao TDAH, este tem que ter um curso crônico
e não episódico.

H/I 1 Você com frequência mexe de forma irrequieta as mãos e os pés ou remexe-se na cadeira
quando está sentado? Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Tem dificuldade em ficar quieto/a sentado/a ❑ Os pais diziam muitas vezes para se sentar quieto/a
❑ Balança as pernas ou algo parecido
❑ Bate com a caneta ou brinca com qualquer coisa ❑ Balançava as pernas
❑ Roi as unhas ou mexe no cabelo ❑ Batia com a caneta ou brincava com qualquer coisa
❑ Consegue controlar a inquietação motora, mas isso faz ❑ Roía as unhas ou mexia no cabelo
com que fique ainda mais tenso(a) ❑ Não conseguia ficar sentado/a normalmente numa
❑ Outros: cadeira
❑ Conseguia controlar a inquietação motora mas isso
Não o(a) fazia ficar ainda mais tenso(a)
❑ Outros:

Um pouco, como toda criança.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

H/I 2 Você com frequência se levanta do lugar em situações em que é esperado que permaneça
sentado? Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Evita reuniões, conferências, igreja, etc. por ter de ficar ❑ Levantava-se muitas vezes durante as refeições ou
sentado nas aulas
❑ Prefere andar a pé do que ficar sentado ❑ Tinha muita dificuldade em ficar sentado quieto nas
❑ Não fica parado por muito tempo, está sempre em aulas ou durante as refeições
movimento ❑ Era chamado/a à atenção para ficar sentado/a
❑ Fica tenso por ter dificuldade em ficar quieto sentado ❑ Inventava desculpas para poder andar
❑ Inventa desculpas para poder andar ❑ Outros:
❑ Outros:
Não muito
Não

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não


10 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos
H/I 3 Você com frequência se sente irrequieto? Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Sente-se irrequieto ou agitado por dentro ❑ Estava sempre correndo


❑ Tem a sensação de precisar estar ocupado ❑ Subia nos móveis ou saltava em cima dos bancos
❑ Tem dificuldade em relaxar ❑ Subia nas árvores
❑ Outros: ❑ Sentia-se agitado por dentro
❑ Outros:
Não muito

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

H/I 4 Você com frequência tem dificuldade em dedicar-se tranquilamente a atividades de lazer?
Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Fala durante atividades quando isto é inapropriado ❑ Era barulhento durante os jogos ou durante as aulas
❑ Em público tende a ser arrogante ou chamar atenção ❑ Não conseguia ver televisão ou filmes
❑ É barulhento em várias situações sossegadamente
❑ Tem dificuldade em fazer atividades sossegadamente ❑ Era repreendido para ficar mais quieto/sossegado
❑ Tem dificuldade em falar baixo ❑ Em público tendia a destacar-se/chamar atenção
❑ Outros: ❑ Outros:
Não. Faz sempre, gosta de relaxar. Brincava muito na rua, subia em árvores
e gostava de desenhar.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 11


H/I 5 Você com frequência “está a mil por hora” ou age como se estivesse “ligado a um motor”?
Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Está sempre em ação ❑ Estava sempre ocupado


❑ Tem muita energia, nunca para ❑ Era ativo na escola ou em casa de maneira incomum
❑ Vai além dos próprios limites ❑ Tinha energia em excesso
❑ Tem dificuldade em “deixar as coisas acontecerem”, ❑ Estava “sempre a mil por hora”, sempre fazendo algo
sempre está fazendo algo ❑ Outros:
❑ Outros:
Dormia tarde
Quase sempre.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

H/I 6 Você com frequência fala excessivamente? Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Fala de maneira tão agitada que os outros o acham ❑ Tinha fama de ser tagarela
cansativo ❑ Os professores e os pais mandavam-no
❑ Tem fama de ser muito falador frequentemente calar-se
❑ Tem dificuldade em parar de falar ❑ Nos relatórios da escola tinha comentários acerca de
❑ Tem a tendência de falar excessivamente falar demais
❑ Não deixa os outros falarem numa conversa ❑ Era castigado por falar em demasia
❑ Precisa de muitas palavras para dizer qualquer coisa ❑ Distraía os outros com conversas, quando faziam os
❑ Outros: trabalhos escolares
❑ Não deixava os outros falarem durante as conversas
Sim. ❑ Outros:

Sim. Sempre falante.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

12 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos


H/I 7 Você com frequência dá as respostas antes que as perguntas tenham acabado?
Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Fala impulsivamente, fala sem pensar ❑ Falava impulsivamente, falava sem pensar no que
❑ Diz o que lhe vem à cabeça dizia
❑ Responde sem deixar o outro acabar a frase ❑ Queria ser o primeiro a responder às perguntas na
❑ Completa as frases das outras pessoas escola
❑ É indelicado, grosseiro, sem tato ❑ Dizia a primeira resposta que lhe vinha à cabeça,
❑ Outros: mesmo que estivesse errada
❑ Interrompia os outros antes de acabarem a frase
Sim. ❑ Era conhecido por ser indelicado, grosseiro, sem tato
❑ Outros:

Sim, com menor frequência.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

H/I 8 Você com frequência tem dificuldade em esperar pela sua vez? Como era durante a infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Tem dificuldade em esperar nas filas e passar à frente ❑ Tinha dificuldade em esperar pela sua vez nos
das pessoas esportes/jogos/brincadeiras
❑ Tem dificuldade em manter a calma no trânsito e em ❑ Tinha dificuldade em esperar pela sua vez na turma
esperar pacientemente nas filas de trânsito ❑ Queria ser sempre o primeiro
❑ Tem dificuldade em esperar por sua vez nas conversas ❑ F icava impaciente com facilidade
❑ É impaciente ❑ Atravessava a rua sem olhar
❑ Inicia subitamente relações e/ou empregos, ou os ❑ Outros:
deixa de repente, por impaciência
❑ Outros: Sim, menos frequencia

Sim, frequentemente.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 13


H/I 9 Você com frequência interrompe ou interfere nas atividades dos outros? Como era durante a
infância?

Exemplos na idade adulta Exemplos na infância

❑ Intromete-se facilmente nos assuntos dos outros ❑ Intrometia-se nos jogos dos outros
❑ Interrompe os outros ❑ Interrompia as conversas dos outros
❑ Interrompe as pessoas nas suas atividades sem pedir ❑ Reagia a tudo
licença ❑ Não era capaz de esperar
❑ Os outros comentam sobre ser intrometido ❑ Outros:
❑ Tem dificuldade em respeitar os limites dos outros
❑ Tem uma opinião sobre tudo e a expressa Menos frequente.
imediatamente
❑ Outros:

Trabalho e na vida social.

Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não Sintoma presente? ❑ Sim / ❑ Não

Complemento critério A

Idade adulta:
Apresenta os sintomas acima mencionados de Hiperatividade/Impulsividade com maior intensidade ou com mais
frequência do que as outras pessoas? ❑ Sim / ❑ Não

Infância:
Apresentava os sintomas acima mencionados de Hiperatividade/Impulsividade com maior intensidade ou com maior
frequência do que as outras crianças da sua idade? ❑ Sim / ❑ Não

Parte 3: P
 rejuízos devido aos sintomas
(DSM-IV critérios B, C e D)

Critério B

Sempre apresentou os sintomas acima mencionados de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade/impulsividade?

❑ Sim (alguns sintomas já estavam presente antes dos sete anos de idade)
❑ Não
Se respondeu não, o início dos sintomas foi a partir dos anos de idade.

14 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos


Critério C

Em que contextos de vida os sintomas acima mencionados são, ou foram, causadores de disfunção?

Idade adulta Infância

Vida profissional/acadêmica Vida acadêmica


❑ A(s) formação(ções) necessária(s) para o trabalho não ❑ Grau mais baixo de formação do que o QI faria
foi(foram) concluída(s) esperar
❑ Tem emprego abaixo do grau de formação ❑ Repetições de ano devido a problemas de
❑ Fica farto facilmente num posto de trabalho concentração
❑ Padrão de vários empregos temporários ❑ Formação não concluída/desistiu da escola
❑ Dificuldade em realizar tarefas administrativas/planejar ❑ Precisou de muito mais tempo do que o normal para
❑ Não consegue ser promovido terminar a formação escolar
❑ Rende abaixo da sua capacidade no trabalho ❑ Conseguiu uma formação compatível com o QI com
❑ Sai do emprego/é despedido por causa de uma muita dificuldade
discussão ❑ Tinha dificuldade em fazer os trabalhos de casa
❑ Encontra-se em afastamento médico (prolongado) ❑ Frequentou o ensino especial devido aos sintomas
devido às incapacidades provocadas pelos sintomas ❑ Recebia comentários dos professores sobre
❑ Prejuizo limitado por conseguir compensar com um QI comportamento/concentração
elevado ❑ Prejuizo limitado por conseguir compensar com um QI
❑ Prejuizo limitado por conseguir compensar com apoio elevado
de estrutura externa ❑ Prejuizo limitado por conseguir compensar com apoio
❑ Outros: de estrutura externa
❑ Outros:
Rendimento sente que pode ser melhor e
não consegue. Ficou 2 anos na escola particular e
reprovou ambos. Faltava muito

Relacionamentos e/ou vida familiar Vida familiar


❑ Fica facilmente aborrecido nos relacionamentos ❑ Discutia frequentemente com os irmãos/irmãs
❑ Impulsivamente começa/rompe relacionamentos ❑ Era frequentemente castigado ou apanhava
❑ Relacionamentos desequilibrados devido aos sintomas ❑ Tinha pouco contato com a família devido a conflitos
❑ Problemas de relacionamento, várias discussões, falta ❑ Precisou ter a vida organizada pelos pais durante mais
de intimidade tempo do que o que seria normal
❑ Divorciado devido aos sintomas ❑ Outros:
❑ Problemas com a sexualidade devido aos sintomas
❑ Dificuldade na educação dos filhos, resultante dos
sintomas
❑ Dificuldade nas tarefas domésticas e/ou de
administração
❑ Problemas financeiros/jogar apostando dinheiro
❑ Tem medo de começar um relacionamento
❑ Outros:

Compulsividade sexual; Admistração da


casa ex: fazer compras

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 15


Idade adulta (continuação) Infância (continuação)

Interação social Interação social


❑ Fica rapidamente aborrecido nos contatos sociais ❑ Tinha dificuldade em manter contatos sociais
❑ Dificuldade em manter contatos sociais ❑ Teve conflitos devido a problemas de comunicação
❑ Conflitos devido a problemas de comunicação ❑ Tinha dificuldades em iniciar contatos sociais
❑ Dificuldade em iniciar contatos sociais ❑ Tinha comportamento pouco assertivo como resultado
❑ Comportamento pouco assertivo como resultado de de experiências negativas
experiências negativas ❑ Tinha poucos amigos
❑ Não é atencioso (esquece de mandar postal, de enviar ❑ Era importunado
pêsames, de telefonar etc.) ❑ Era excluído ou não era admitido para fazer parte dos
❑ Outros: grupos
❑ Foi ‘bully’ (praticava bullying)
❑ Outros:

Tempo livre/hobbies Tempo livre/hobbies


❑ Não consegue relaxar no tempo livre ❑ Não conseguia relaxar no tempo livre
❑ Precisa praticar muito esporte para conseguir relaxar ❑ Precisava praticar muito esporte para conseguir
❑ Tem lesões resultantes da prática excessiva de relaxar
esportes ❑ Teve lesões resultantes da prática excessiva de
❑ Não consegue ver um filme ou ler um livro até ao fim esportes
❑ Está sempre ativo e, por isso, sente-se exausto ❑ Não conseguia ver um filme ou ler um livro até o fim
❑ Perde interesse rapidamente pelos hobbies ❑ Estava sempre em ação e, por isso, andava exausto
❑ Acidentes ao dirigir e/ou tem a carta de motorista ❑ Perdia rapidamente interesse pelos hobbies
apreendida devido a condução imprudente ❑ Buscava sensações intensas/arriscava demais
❑ Busca de adrenalina/arriscar demais ❑ Problemas com a polícia ou a justiça
❑ Problemas com a polícia ou a justiça ❑ Teve muitos acidentes
❑ Come compulsivamente ❑ Outros:
❑ Outros:



Autoconfiança/auto-imagem
Autoconfiança/auto-imagem ❑ Era inseguro devido aos comentários negativos que
❑ É inseguro devido aos comentários negativos que recebia dos outros
recebe dos outros ❑ Tinha baixa auto-estima devido aos erros frequentes
❑ Tem baixa auto-estima devido aos erros frequentes ❑ Tinha medo de falhar quando começava algo novo
❑ Tem medo de falhar quando começa algo de novo ❑ Reagia exageradamente a críticas
❑ Reage exageradamente a críticas ❑ Era perfeccionista
❑ É perfeccionista ❑ Outros:
❑ Sente-se triste, por causa dos sintomas de TDAH
❑ Outros: Denegria as pessoas com palavras de
baixo calão quando recebia críticas.
Tinha sempre que ser o melhor

16 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos


Idade adulta: Evidência de prejuízo em 2 ou mais contextos? ❑ Sim / ❑ Não

Infância: Evidência de prejuízo em 2 ou mais contextos? ❑ Sim / ❑ Não

Fim da entrevista. Proceda agora ao resumo.

Quaisquer pormenores:

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 17


Resumo de Sintomas A e H/I

Indique quais os critérios que foram marcados na parte


1 e 2 e some-os

Critério Sintoma Presente Presente


DSM-IV na idade na
TR adulta infância
A1. Com frequência não presta atenção suficiente aos pormenores ou comete
A1a
erros por descuido, no trabalho ou em outras atividades S S
A2. Com frequência tem dificuldade em manter-se concentrado durante a
A1b
realização de tarefas ou atividades S S
A3. Com frequência parece não estar ouvindo, quando alguém lhe dirige a
A1c
palavra N S
A4. Com frequência não segue as instruções ou não termina as tarefas ou
A1d
obrigações no trabalho S S
A1e A5. Com frequência tem dificuldade em organizar tarefas e atividades S S
A6. Com frequência evita, tem aversão ou sente relutância em envolver-se
A1f
em tarefas que requerem esforço mental contínuo S S
A1g A7. Com frequência perde objetos necessários para as tarefas ou atividades N S
A1h A8. Com frequência distrai-se facilmente com estímulos externos S S
A1i A9. Esquece-se com frequência das atividades do dia a dia N N
Total de critérios de Déficit de Atenção 6 8
/9 /9

H/I 1. Com frequência mexe de forma irrequieta as mãos e os pés ou


A2a
remexe-se na cadeira quando está sentado S N
H/I 2. Com frequência levanta-se do lugar em situações em que é
A2b
esperado que permaneça sentado N S
A2c H/I 3. Com frequência sente-se irrequieto S S
H/I 4. Com frequência tem dificuldade em dedicar-se tranquilamente a atividades
A2d
de lazer N N
H/I 5. Com frequência “anda a mil” ou age como se estivesse “ligado a um
A2e
motor” S S
A2f H/I 6. Com frequência fala excessivamente S S
H/I 7. Com frequência responde precipitadamente antes que as perguntas
A2g
tenham acabado S S
A2h H/I 8. Com frequência tem dificuldade em esperar pela sua vez S S
A2i H/I 9. Com frequência interrompe ou interfere nas atividades dos outros S S
Total de critérios de Hiperatividade/Impulsividade 7 7
/9 /9

18 DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos


Folha de Pontuação

DSM-IV Infância
critério A total de características A é ≥ 6? ❑ Sim / ❑ Não
total de características H/I é ≥ 6? ❑ Sim / ❑ Não

Idade adulta*
total de características A é ≥ 6? ❑ Sim / ❑ Não
total de características H/I é ≥ 6? ❑ Sim / ❑ Não
DSM-IV Há indicações de se tratar de um padrão crônico de sintomas ❑ Sim / ❑ Não
critério B e de prejuizos?
DSM-IV Os sintomas e os prejuízos ocorrem em pelo menos dois
critérios C e contextos da vida diária
D
Idade adulta ❑ Sim / ❑ Não
Infância ❑ Sim / ❑ Não
DSM-IV Os sintomas não podem ser mais bem explicados pela ❑ Não
critério E presença de outro transtorno mental
❑ Sim, por:
O diagnóstico é confirmado por anamnese baseada nas
informações dadas por familiares ou terceiros?

Pais/irmão/irmã/outros ** ❑ N/A ❑ 0 ❑ 1 ❑ 2

Parceiro(a)/bom amigo(a)/outros ** ❑ N/A ❑ 0 ❑ 1 ❑ 2

Relatórios escolares ❑ N/A ❑ 0 ❑ 1 ❑ 2


N/A= não se aplica
0 = sem/pouca confirmação Explicação:
1 = alguma confirmação
2 = confirmação clara

Diagnóstico TDAH*** ❑ Não

Sim, subtipo
❑ 314.01 Subtipo misto
❑ 314.00 Subtipo
predominantemente desatento
❑ 314.01 Subtipo
predominantemente hiperativo/
impulsivo

* Investigações mostram que na idade adulta a identificação de 4 ou mais características de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade/
Impulsividade são suficientes para o diagnóstico de TDAH. Kooij et al. Internal and external validity of Attention-Deficit Hyperactivity Disorder in
a population-based sample of adults. Psychological Medicine 2005; 35(6):817-827. Barkley RA: Age dependent decline in ADHD: True recovery
or statistical illusion? The ADHD Report 1997; 5:1-5.
** Indique quem esteve presente na anamnese baseada nas informações dadas por familiares ou terceiros.
*** Se os subtipos constatados na infância e na idade adulta diferem, o subtipo atual adulto prevalece no diagnóstico.

DIVA 2.0 Entrevista para o Diagnóstico do TDAH em Adultos 19


DIVA 2.0

PORTUGUÊS (BRASIL)
Escala de Impulsividade de Barra - BIS 11
Instruções: As pessoas divergem nas formas em que agem e pensam em diferentes situações. Esta é uma
escala para avaliar algumas das maneiras que você age ou pensa. Leia cada afirmação e preencha o
círculo apropriado no lado direito da página. Não gaste muito tempo em cada afirmação. Responda de
forma rápida e honestamente.

1. Eu planejo tarefas cuidadosamente. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempree/sempre

2. Eu faço coisas sem pensar. *

Raramente ou nunca

De vez em quado

Com frequência

Quase sempre/sempre
3. Eu tomo decisões rapidamente. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

4. Eu sou despreocupado (confio na sorte, "desencanado"). *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

5. Eu não presto atenção. *

Raramete ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
6. Eu tenho pensamentos que se atropelam. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

7. Eu planejo viagens com bastante antecedência. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

8. Eu tenho autocontrole. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
9. Eu me concentro facilmente. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

10. Eu economizo (poupo) regularmente. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

11. Eu fico me contorcendo na cadeira em peças de teatro oupalestras *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
12. Eu penso nas coisas com cuidado. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

13. Eu faço planos para me manter no emprego (eu cuido paranão perder meu emprego). *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

14. Eu falo coisas sem pensar. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
15. Eu gosto de pensar em problemas complexos. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

16. Eu troco de emprego. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

17. Eu ajo por impulso. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
18. Eu fico entediado com facilidade quando estou resolvendoproblemas mentalmente. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

19. Eu ajo no “calor” do momento. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

20. Eu mantenho a linha de raciocínio (“não perco o fio dameada”). *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
21. Eu troco de casa (residência). *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

22. Eu compro coisas por impulso. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

23. Eu só consigo pensar em uma coisa de cada vez. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
24. Eu troco de interesses e passatempos (“hobby”). *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

25. Eu gasto ou compro a prestação mais do que ganho. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

26. Enquanto estou pensando em uma coisa, é comum que outrasidéias me venham à cabeça
ou ao mesmo tempo. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
27. Eu tenho mais interesse no presente do que no futuro. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

28. Eu me sinto inquieto em palestras ou aulas. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

29. Eu gosto de jogos e desafios mentais. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre
30. Eu me preparo para o futuro. *

Raramente ou nunca

De vez em quando

Com frequência

Quase sempre/sempre

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 Formulários
APÊNDICES

Página 18 de 18
Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

CAMPUS ​LIBERDADE
Curso: Psicologia Semestre 8°
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico
Alunos: Eduarda Muzy​ ​RGM 1749108-8
​Fernanda Maria Martins de Souza RGM 1743528-5
Leticia Mayumi de Menezes RGM 1728492-9
Supervisora: Camila Campanhã
Voluntário (a): J.O.F​ ​Sexo: Masc.​ ​Idade: 40 anos
Data do Atendimento: 22/09/2020 Dia da semana: Terça-feira
Horário: 20hrs.

1ª SESSÃO
I – Relato de Avaliação​:
O paciente entrou na sessão às 20h05. A estagiária Fernanda iniciou o
Rapport, apresentou as estagiárias Eduarda e Letícia. A estagiária leu o TCLE, junto
com o cliente e mesmo concordou e assinou o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
Diante do aceite a estagiária perguntou ao cliente, como ele tomou ciência da triagem
e o mesmo relatou que uma amiga psicóloga lhe mandou o post do Instagram. Então a
estagiária seguiu para o enquadre e passou ao cliente todas as regras, quanto às
faltas, a duração da sessão, a importância de estar em um local tranquilo onde possa
se expressar sem que ninguém o incomode, a importância do fone de ouvido de
ambas as partes, a importância da câmera sempre ligada e que o mesmo irá receber o
link das sessões toda semana por e-mail.
Em seguida a estagiária perguntou ao cliente porque procurou o atendimento,
o mesmo relatou que os colegas do serviço já tomam medicação (ritalina) para TDAH
e surgiu a dúvida pois, identificou alguns comportamento semelhantes ao dos colegas,
o que impulsionou pesquisar na internet sobre informações do TDAH, informou que
realizou testes/questionários extraídos de sites de universidades, que indicaram que
pode ter TDAH. Fora isso, o mesmo disse que se distrai frequentemente quando está
fazendo as atividades diárias, se perde no tempo com as atividades e que faz várias
coisas ao mesmo tempo. Disse que faz pós-graduação em Hacker Ético e que muitas
vezes perde o dia de entregar trabalhos e que sua Pós Graduação teria duração de
seis meses e que acabou estendendo esse tempo. O mesmo trabalha com tecnologia
- segurança da informação, está neste trabalho há dois anos e está a procura de outro
trabalho, relata está em busca de outro por dois fatores a jornada 12X36 impossibilita
que ele tenha momentos de lazer com sua família e também a questão salarial.

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Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

Disse que faz meditação há um mês e meio para ajudar e que tem a
expectativa que seu nível de TDAH seja baixo, explicando que gostaria de não
precisar tomar medicação, igual aos seus colegas do trabalho. A estagiária então
explicou sobre a triagem diagnóstica e deu como exemplo, a triagem que acontece em
um hospital, disse também sobre os benefícios sobre um possível encaminhamento
para serviços fora ou dentro da faculdade e explicou um pouco sobre a entrevista
DIVA e a Escala de Impulsividade de Barratt.
Diante do fim do horário da sessão a estagiária aproveitou para reforçar o dia
da próxima sessão e o horário e o mesmo confirmou sua participação. As estagiárias
agradeceram sua presença e a sessão foi encerrada. Por fim, observamos que o
cliente estava um pouco inquieto durante a sessão.

II – Observações comportamentais
O que pudemos perceber foi sobre sua inquietação na cadeira, sua fala rápida,
e quando foi solicitado a leitura conjunta e preenchimento, embora as orientações
fosse que fizessem juntos, o mesmo já se antecipou inseriu os dados e enviou as
informações, sem aguardar as informações restantes. Além disto, em alguns
momentos pareceu estar realizando outras atividades no computador enquanto a
estagiária estava falando.

III – Comentários pessoais


Eduarda: ​Percebi que hoje em dia, a internet pode ajudar ou atrapalhar o
desempenho das pessoas e que nem sempre, o que procuramos e achamos na
internet, pode ser levado a sério, pois muita das vezes, a internet nos traz um falso
diagnóstico e ai começam a partir de nós mesmos os famosos “rótulos”. Por isso,
devemos saber que caso tenhamos algum sintoma, ou acharmos qualquer coisa, o
melhor a se fazer é passar com um especialista e não ir procurar informações que
podem ser fornecidas por quaisquer pessoas na internet. Por fim, foi notório o
interesse do cliente em saber se ele tem ou não o TDAH.
Fernanda: ​Esse primeiro atendimento, se mostrou interessante, pois, sempre
tivemos a oportunidade de atender pessoalmente, o que nos proporciona uma
amplitude de observação maior, e no espaço remoto, nos limita um pouco, sobre esse
aspecto, porém foi possível realizar a sessão, perceber a ansiedade de saber se o
mesmo possui TDAH, e claro mitigar a possibilidade de tomar um medicamento para

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Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

um tratamento que ajude a melhorar. Vejo que também aprendemos nesse momento
que estamos vivendo, mais uma experiência para nossa atuação.

Leticia: ​Ao mesmo tempo que a internet está nos proporcionando realizar o estágio,
evitando maiores impactos na nossa graduação, impossibilita o ambiente controlado
que o laboratório proporciona. Isto porque observei que o cliente em diversas vezes
estava realizando outras atividades enquanto a estagiária estava passando
informações e/ou orientações. Como o próprio paciente informou assim que ingressou
na sessão, trabalha com dois monitores e que há diversos alarmes tocando na tela o
tempo todo, além de colegas o chamando, impactando no foco e concentração. Isto
pode causar possíveis impactos na assertividade das atividades.

V - Orientações após a supervisão


Abordar questões referente ao sono e planejamento com o cliente. Falar sobre
a importância de se desconectar das atividades (computador e telefone), do serviço na
hora do atendimento e focar somente no que está sendo falado na sessão.

____________________________________
Eduarda Muzy
RGM: 1749108-8

____________________________________
Fernanda Maria Martins de Souza
RGM: 1743528-5

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Leticia Mayumi de Menezes
RGM 1728492-9

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Professora Supervisora Camila Campanhã
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Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

CAMPUS L​IBERDADE
Curso: Psicologia Semestre 8°
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico
Alunos: Eduarda Muzy​ ​RGM 1749108-8
​Fernanda Maria Martins de Souza RGM 1743528-5
Leticia Mayumi de Menezes RGM 1728492-9
Supervisora: Camila Campanhã
Voluntário (a): J.O.F​ ​Sexo: Masc.​ ​Idade: 40 anos
Data do Atendimento: 29/09/2020 Dia da semana: Terça-feira
Horário: 20hrs.

2ª SESSÃO
I – Relato de Avaliação​:
O paciente entrou na sessão às 20h05. Inicialmente, a estagiária Fernanda
solicitou ao cliente desligar-se de tudo relacionado ao trabalho, ou qualquer outra
atividade para que pudesse estar com toda a sua atenção voltada para o
atendimento.O cliente revelou que naquele dia, estava de folga de suas atividades
laborais, portanto não haveriam distrações.
Desta forma foi iniciado a sessão, a estagiária abordou algumas questões que
ficaram pendentes na sessão do dia 22/09. Uma dessas questões é referente ao sono
do cliente. A estagiária perguntou sua escala é 12X36?. O mesmo relatou que por sua
escala ser diurna, seu sono é perfeito, que dorme em média 8 horas por dia e que
atualmente não tem nenhum problema. Questionado sobre esse “atualmente”, o
mesmo disse que antes de arrumar esse emprego, trabalhava em outro emprego, no
período da manhã, tarde e noite e quando chegava em casa por volta das 10hrs, não
conseguia dormir, por conta do barulho.
Outra questão que foi abordada pela estagiária, foi sobre o planejamento do
cliente. O mesmo relatou que consegue guardar todos os seus planejamentos na
cabeça e que até tem um quadro em casa, onde faz marcações importantes.
Após finalização das questões que ficaram pendentes na última sessão, será
finalizada a parte 3: Prejuízos devido aos sintomas (DSM-IV critérios B,C e D) e
também a Escala de Barrat​.
Por fim, ​as estagiárias agradeceram a presença do cliente e reforçaram a
questão da próxima sessão que será dia 06/10/2020 às 20hrs, onde o mesmo
confirmou sua presença.

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Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

II – Observações comportamentais
No início do atendimento o paciente estava novamente realizando atividades
paralelas, solicitando que o paciente deixasse demais atividades além da sessão para
focar apenas no atendimento. Após esta solicitação, o paciente aceitou e focou
apenas no atendimento, o que colaborou com a fluidez da sessão e aplicação da
entrevista DIVA.

III – Correção dos instrumentos

Com base na entrevista DIVA, o cliente J. apresentou a maioria dos sintomas


na infância, mesmo não se lembrando muito bem dos fatos ocorridos, porém ao dar os
exemplos que compõem a entrevista, o mesmo relatava se adequar a todos.

Houveram dois pontos na entrevista que chamaram muita a atenção, o primeiro


foi a resposta da pergunta A5, da primeira parte da entrevista que busca identificar os
Critérios de Déficit de Atenção (A1), a seguinte fala do cliente: “Planejamento. Me
programo para estudar e ler e mantenho isso somente por dois dias e depois vira uma
bola de neve” (sic).

Já no Critério C da terceira parte da entrevista que busca identificar a idade de


início e prejuízos provocados pelos sintomas do TDAH, o cliente relatou: “Rendimento.
Sinto que posso ser melhor, mas não consigo. E isso acontece também na faculdade,
já deveria ter finalizado pós-graduação” (sic),.

Na primeira parte Critérios de Déficit de Atenção (A1) da entrevista o cliente


apresentou 4/9 dos sintomas na idade adulta e 7/9 dos sintomas na infância. Já na
segunda parte Critérios de Hiperatividade/Impulsividade (A2) da entrevista o cliente
apresentou 5/9 dos sintomas na idade adulta e 5/9 dos sintomas na infância. Sendo
assim, ainda iremos concluir a terceira parte da entrevista que busca identificar a idade
de início e os prejuízos provocados pelos sintomas do TDAH.

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Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

VI – Comentários pessoais
Eduarda: ​Nesse atendimento o cliente pareceu estar mais centrado, colaborou dando
todas as respostas e exemplos para a entrevista DIVA. O atendimento fluiu bem.
Fernanda: ​Acredito que em virtude da folga, o cliente estava mais disponível e
também por ser a segunda sessão, durante a entrevista, foi caminhando bem, fomos
avançando e alguns questões ele não compreendeu os exemplos, diante disso a
Letícia esclareceu as dúvidas.
Leticia: ​Esta sessão senti que foi mais produtiva quanto à atenção e foco do paciente.
Foi possível verificar que acatou nossa orientação de manter a atenção apenas na
sessão.

V - Orientações após a supervisão

____________________________________
Eduarda Muzy
RGM: 1749108-8

____________________________________
Fernanda Maria Martins de Souza
RGM: 1743528-5

_____________________________________
Leticia Mayumi de Menezes
RGM 1728492-9

_______________________________________________
Professora Supervisora Camila Campanhã

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Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

CAMPUS L​IBERDADE
Curso: Psicologia Semestre 8°
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico
Alunos: Eduarda Muzy​ ​RGM 1749108-8
​Fernanda Maria Martins de Souza RGM 1743528-5
Leticia Mayumi de Menezes RGM 1728492-9
Supervisora: Camila Campanhã
Voluntário (a): J.O.F​ ​Sexo: Masc.​ ​Idade: 40 anos
Data do Atendimento: 06/10/2020 Dia da semana: Terça-feira
Horário: 20hrs.

3ª SESSÃO
I – Relato de Avaliação​:
O paciente entrou na sessão às 20h11, e foi notado que a sua câmera e seu
microfone estavam desligados. Então a estagiária Letícia pediu para o cliente ligar os
mesmos, o mesmo entrou e saiu da sessão diversas vezes, porém sempre sem a
câmera e o microfone desligados. O paciente então apontou que estava com
problemas na internet e que iria trocar o link da internet.
Enquanto o paciente realizava a troca, as estagiárias tentaram contato com o
NEAP via telefone, para coletar orientações de como proceder com a sessão, porém
não obtiveram sucesso. Quando o cliente retornou, ainda estava com os mesmo
problema e solicitou para dar prosseguimento ao atendimento daquele modo, de que
utilizaria o chat, no entanto a estagiária reforçou o enquadre, de que uma das
condições para a sessão, era as câmeras e microfones de todos (paciente e
estagiárias) ligados.
Conforme não foi possível o contato com o NEAP para orientações e o horário
da sessão já estar se encerrando, foi reagendado com o paciente a sessão para a
próxima semana, no dia 13/10/2020 - terça-feira às 20hrs, e foi acordado o cliente.

II – Observações comportamentais
Sem observações.

III – Correção dos instrumentos

Não foram aplicados.

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Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

VI – Comentários pessoais
Eduarda: ​sem comentários.
Fernanda: ​sem comentários.
Letícia: ​sem comentários.

V - Orientações após a supervisão

____________________________________
Eduarda Muzy
RGM: 1749108-8

____________________________________
Fernanda Maria Martins de Souza
RGM: 1743528-5

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Leticia Mayumi de Menezes
RGM 1728492-9

_______________________________________________
Professora Supervisora Camila Campanhã

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Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

CAMPUS L​IBERDADE
Curso: Psicologia Semestre 8°
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico
Alunos: Eduarda Muzy​ ​RGM 1749108-8
​Fernanda Maria Martins de Souza RGM 1743528-5
Leticia Mayumi de Menezes RGM 1728492-9
Supervisora: Camila Campanhã
Voluntário (a): J.O.F​ ​Sexo: Masc.​ ​Idade: 40 anos
Data do Atendimento: 13/10/2020 Dia da semana: Terça-feira
Horário: 20hrs.

4ª SESSÃO
I – Relato de Avaliação​:
O voluntário J.O.F entrou na sessão por volta das 19h57, com a câmera ligada
porém sem o microfone. Ao ser informado deste cenário, o mesmo saiu e entrou na
sessão. No entanto, ao retornar não funcionava nenhuma das duas funções. Orientado
a trocar de navegador e caso não funcionasse, reiniciar o computador, o paciente
informou no chat que reiniciaria a máquina. Retornou às 20h17 com todas as funções
ativas e foi iniciado o atendimento.
A estagiária Letícia informou ao voluntário que daria prosseguimento às
pendências do último atendimento (DIVA e escala de Barrat), porém antes iria
abordar algumas questões que foram trazidas durante a aplicação do DIVA que
necessitavam de maiores investigações.
A aluna estagiária então investigou possíveis aspectos que indicassem
compulsividade sexual, transtorno de personalidade antissocial e transtorno
desafiador de oposição.
Ao solicitar que J.O.F abordasse e explicasse melhor o comentário feito
sobre possível compulsividade sexual, colocou sobre que suas parceiras “não
aguentam” (sic) e acredita ter muita testosterona. Após investigação, o mesmo
esclareceu que, durante seus relacionamentos, sente vontade maior que suas
companheiras, inclusive com a atual, que está há quatro anos juntos, porém, não
sente necessidade a ponto de trair.
Quanto à investigação sobre transtorno de personalidade antissocial, foram
realizadas perguntas sobre a frequência de certos comportamentos como:
impulsividade/imprevisibilidade; envolvimento em brigas e discussões; mentir,
enganar, ludibriar; dificuldade em seguir normas; envolvimento em furtos e/ou
roubos; entre outros.
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Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

Dentre as respostas as de maior impacto foi a admissão de ser impulsivo,


mentir e enganar, envolver-se em brigas e discussões na adolescência, além de
praticar furtos. No entanto, foi observado que tais práticas não são mais tão
frequentes na vida adulta, e quando ocorrem, não há prejuízo ao paciente ou
terceiros.
Por último, foi indagado questões sobre o possível transtorno desafiador de
oposição na infância. Informou apenas que se aborrecia fácil e se considerava
rancoroso, além de certo descontrole emocional. No entanto, não tinha
dificuldades com figuras de autoridade ou em obedecer regras, e era o “mais
tranquilo dos irmãos”.
Em seguida foi realizada ‘Parte 3: Prejuízos devido aos sintomas’ da
entrevista DIVA, porém não foi possível finalizar. Conforme a sessão chegou ao
fim, foi agendado o próximo atendimento para o dia 20/10 às 20h, reforçando que
seria finalizado a entrevista DIVA e a aplicação da escala de Barrat.

II – Observações comportamentais
O voluntário no primeiro momento parecia ansioso e inquieto, no entanto ao
resolver a questão da câmera e microfone, apresentou maior tranquilidade. A sessão
ocorreu com fluidez, sem interrupções ou desfoco do paciente.

III – Correção dos instrumentos

Foi possível abordar apenas uma das duas questões faltantes da ‘Parte 3:
Prejuízos devido aos sintomas’ entrevista DIVA, sobre sua interação social na vida
adulta e na infância. Não demarcou nenhum prejuízo na vida adulta e na infância
constou apenas a opção “Foi ‘bully’ (praticava bullying)”. Não acrescentou nenhum
outro prejuízo em nenhum dos períodos.

VI – Comentários pessoais
Eduarda: ​Apesar de ocorrer novamente problemas com a câmera e o microfone do
cliente, o tempo que tivemos de atendimento fluiu super bem e consegui notar que o
paciente estava bem interessado na sessão, não se dispersando com outros afazeres.

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Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

O atendimento foi enriquecedor para treinarmos a escuta e as habilidades


investigativas.
Fernanda: ​Embora as questões técnicas persistam, o cliente se mostrou interessado,
e envolvido no projeto, nos proporcionando abordar todos os temas necessários,
infelizmente por um por atraso no início, não conseguimos concluir nesta sessão a
DIVA e a Escala de Barrat.
Leticia: ​Este atendimento foi enriquecedor com a coleta de informações sobre as
questões investigadas, permitindo às estagiárias, em foco eu que conduzi, melhor
desenvolvimento da habilidade investigativa e, principalmente, da percepção de
quando e o que é necessário investigar. A perda de tempo no início do atendimento
com as dificuldades técnicas foi sentida com pesar.

V - Orientações após a supervisão

Terminar a entrevista DIVA e fazer a aplicação da Escala de Impulsividade de Barratt


(BIS 11).

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Eduarda Muzy
RGM: 1749108-8

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Fernanda Maria Martins de Souza
RGM: 1743528-5

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Leticia Mayumi de Menezes
RGM 1728492-9

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Professora Supervisora Camila Campanhã

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Alunos: Eduarda Muzy​ ​RGM 1749108-8
​Fernanda Maria Martins de Souza RGM 1743528-5
Leticia Mayumi de Menezes RGM 1728492-9
Supervisora: Camila Campanhã
Voluntário (a): J.O.F​ ​Sexo: Masc.​ ​Idade: 40 anos
Data do Atendimento: 20/10/2020 Dia da semana: Terça-feira
Horário: 20hrs.

5ª SESSÃO
I – Relato de Avaliação​:
O paciente entrou na sessão às 20h05. Inicialmente, a estagiária Fernanda
comunicou ao paciente que a estagiária Letícia não estaria presente na sessão e que
então ela iria dar continuidade à entrevista DIVA. Faltavam quatro tópicos a serem
abordados, durante esse processo J. trouxe novas informações, como começou a
fumar aos doze anos, “É que de acender sempre, logo surgiu o interesse de
experimentar” (sic) e juntamente com o cigarro também começou a beber, relatou que
chegava a fumar um maço de cigarro por dia nesse período.
Logo após a conclusão da entrevista DIVA, a estagiária Eduarda mandou o link
da Escala de Impulsividade de Barratt pelo chat e pediu para o paciente abrir, juntos
eles leram as instruções e o paciente deu início ao preenchimento da escala.
Para finalizar, a estagiária Eduarda conferiu se o paciente havia respondido
todas as questões e assim, com tudo respondido corretamente, a estagiária informou o
paciente que o NEAP encaminhará por e-mail o dia da próxima sessão, pois havia
terminado de aplicar todas os materiais, portanto iriam começar com a elaboração da
devolutiva. O paciente agradeceu, as estagiárias se despediram do mesmo e todos
saíram da sessão.

II – Observações comportamentais
O paciente estava tranquilo ao responder todas as perguntas. Algumas vezes a
câmera do mesmo desligava e quando pedimos para ligar, ele imediatamente ia
resolver o problema com a câmera.

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Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

III – Correção dos instrumentos


Na correção da entrevista DIVA, o paciente apresentou um total de
características em sua fase adulta um total de 6/9 e 8/9 na fase da infância no
Critério de Sintomas de Déficit de Atenção do DSM-IV. No critério
Hiperatividade/Impulsividade do DSM-IV, apresentou os totais na fase da infância de
7/9 e na idade adulta 7/9. Diante dos dados apurados, o paciente preenche os critérios
dos sintomas de TDAH. em análise ao DSM -V o paciente apresenta TDAH de
gravidade moderada, onde os sintomas e prejuízo funcional “leve” e “grave” estão
presentes.

Os resultados na Escala de Barrat, apresentou os seguintes resultados BIS 11


Controle Inibitório a soma parcial dos scores atingiram 48, atingindo um percentil de
85. E no BIS 11 Falta de Planejamento o mesmo apresenta escores parciais de 20
atingindo um percentil de 65. O paciente apresenta escores total de 68. Onde na
tabela de Performance em brasileiros adultos o mesmo atinge o percentil de 75.

VI – Comentários pessoais
Eduarda: ​O paciente continuou colaborando com as respostas da entrevista DIVA e
com a Escala de Barratt, como nas outras sessões. Mostrou-se participativo e
desligado de outros afazeres.
Fernanda: Observei que o paciente se mostrou interessado em continuar com os
procedimentos da entrevista, e com sua atenção voltada para a sessão.
Leticia: ​Infelizmente não pude comparecer ao atendimento.

V - Orientações após a supervisão

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____________________________________
Eduarda Muzy
RGM: 1749108-8

____________________________________
Fernanda Maria Martins de Souza
RGM: 1743528-5

_____________________________________
Leticia Mayumi de Menezes
RGM 1728492-9

_______________________________________________
Professora Supervisora Camila Campanhã

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Curso de Psicologia
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico

CAMPUS L​IBERDADE
Curso: Psicologia Semestre 8°
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico
Alunos: Eduarda Muzy​ ​RGM 1749108-8
​Fernanda Maria Martins de Souza RGM 1743528-5
Leticia Mayumi de Menezes RGM 1728492-9
Supervisora: Camila Campanhã
Voluntário (a): J.O.F​ ​Sexo: Masc.​ ​Idade: 40 anos
Data do Atendimento: 03/11/2020 Dia da semana: Terça-feira
Horário: 20hrs.

6ª SESSÃO
I – Relato de Avaliação​:
O voluntário J.O.F entrou na sessão às 20h00. A estagiária Letícia começou a
falar ao paciente o que tínhamos levantado conforme os encontros, a Entrevista DIVA
e a Escala de Barratt.
Ao longo do encontro e conforme o que a estagiária falava da devolutiva, a
mesma perguntava se o voluntário estava compreendendo e se estava com dúvidas
referente ao que foi falado e o voluntário dizia que não.
Foi esclarecido ainda sobre os aspectos que levam a indicação ou não de
tomar medicação, e quais os benefícios do mesmo na qualidade de vida do paciente.
Para finalizar, abrimos para o mesmo dar um feedback sobre os encontros e
nos pontuar sobre o que foi dito. Então, ele relatou que compreendeu tudo o que foi
falado e que por conta da pandemia, não iria procurar um profissional no fim deste
ano, mas que, no começo do ano que vem 2021, irá buscar um profissional psicólogo
na área da TCC que possa lhe ajudar, e também irá procurar psiquiatra para fazer um
atendimento em conjunto.
Foi questionado se J.O.F compreendeu as informações passadas, se fazia
sentido a ele, e se gostaria de acrescentar algo, o voluntário apenas agradeceu as
estagiárias por desenvolverem esse trabalho e os encontros. O encontro foi finalizado
com as estagiárias agradecendo a participação de J.O.F, explicando o quanto
contribuiu para o desenvolvimento e conhecimento de cada uma.

II – Observações comportamentais
O participante pareceu atento às informações que estavam sendo repassadas,
aparentando absorver, compreender e concordar com a devolutiva que estava sendo
passada, com sua hipótese diagnóstica de possuir TDAH.

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VI – Comentários pessoais
Eduarda: O encontro ocorreu de forma tranquila. Fiquei feliz em saber que o
voluntário gostou dos encontros e que mesmo com tanta insegurança, medo e talvez
receio de fazer algo errado, consegui junto com as meninas finalizar os encontros de
forma correta.
Fernanda: ​A devolutiva transcorreu tranquilamente, o participante se mostrou atento
aos esclarecimentos apresentados, e reconheceu compreendeu o que estávamos
colocando. Ao longo de nossos encontros fomos aprimorando a forma de investigação,
a busca por preencher e fazer a melhor avaliação possível.
Leticia: ​A devolutiva ocorreu de forma muito fluída e rápida, pois todas as informações
repassadas foram, não apenas compreendidas, como também concordadas pelo
participante. Apesar da afirmação de não procurar o serviço profissional neste ano,
pareceu convincente em sua fala de que o fará ano que vem.

V - Orientações após a supervisão

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Eduarda Muzy
RGM: 1749108-8

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Fernanda Maria Martins de Souza
RGM: 1743528-5

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Leticia Mayumi de Menezes
RGM 1728492-9

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Professora Supervisora Camila Campanhã

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CAMPUS ​LIBERDADE
Curso: Psicologia Semestre 8°
Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico
Alunos: Eduarda Muzy​ ​RGM 1749108-8
​Fernanda Maria Martins de Souza RGM 1743528-5
Leticia Mayumi de Menezes RGM 1728492-9
Supervisora: Camila Campanhã
Voluntário (a): J.O.F​ ​Sexo: Masc.​ ​Idade: 40 anos
Data do Atendimento: 03/11/2020 Dia da semana: Terça-feira
Horário: 20hrs.

DEVOLUTIVA

No Estágio Supervisionado Específico em Psicodiagnóstico foi realizado uma


triagem de voluntários com suspeita de TDAH, com o objetivo de levantar hipóteses
diagnósticas que pudessem reforçar esta suspeita e encaminhar os voluntários aos
devidos atendimentos.
Crianças, adolescentes e adultos, com o Transtorno de TDAH tendem a
apresentar problemas no âmbito social, interpessoal e intrapessoal, como a baixa
autoestima, conflitos familiares, problemas em relacionamentos conjugais, existe a
possibilidade de se envolver em acidentes automobilísticos, práticas sexuais de risco,
substâncias ilícitas e comportamentos antissociais.
De acordo com o DSM o TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade, é caracterizado por Desatenção e/ou Hiperatividade e impulsividade,
sendo necessário obter seis ou mais sintomas persistentes por nos últimos seis meses
ou mais, bem como presentes também na infância, causando prejuízos diários na vida
pessoal, acadêmica e/ou profissional.
Para realização da proposta foram utilizados os instrumentos Entrevista para
Diagnóstico do TDAH em adultos (DIVA), que é dividida em três partes sendo elas,
Sintomas de Déficit de Atenção, Sintomas de Hiperatividade/Impulsividade e Prejuízo
devido aos sintomas, desta forma a DIVA traz modelos concretos e realista do
comportamento em ambas fase da vida (infância e adulta).
Os campos a serem investigados para identificar prejuízos causados pelos
sintomas de TDAH são a vida cotidiana, área profissional e acadêmica,
relacionamentos, vida familiar, interação social, tempo livre/hobbies, autoconfiança e
autoimagem.

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A desatenção se mostra com a dificuldade de manter o foco, ou não realizar as


atividades que não considera relevante, como relatado pelo voluntário em só participar
de reuniões ou cursos, no campo profissional se for obrigatório.
A hiperatividade nos adultos podem se apresentar como inquietude, tem
dificuldade em organizar o tempo, começa cursos e não consegue terminar, tem a
tendência de assumir o mundo, e ‘não dá conta’.
Partindo destes critérios do DSM, as investigações demonstraram que, na fase
adulta, foram preenchidos 13 dos 18 critérios existentes, enquanto que na infância
foram preenchidos 15 dos 18 critérios existentes. Na fase adulta é esperado uma
redução desses critérios de diagnóstico, uma vez que já possui uma maturação do
córtex pré frontal e foram desenvolvidas estratégias compensatórias. Por se tratar de
um distúrbio do desenvolvimento, não diminui com o tempo, portanto ter uma rotina
mais funcional, as estratégias compensatórias são desenvolvidas.
Um exemplo dessas estratégias é o fato de deixar seus materiais (canetas,
blocos de notas, chaves) sempre no mesmo local, para conseguir localizar os mesmos
e não perdê-los.
Outro instrumento utilizado, Escala de Barrat, avalia as dimensões da
impulsividade, que corrobora com a DIVA na construção da hipótese diagnóstica, e
analisa as dimensões da impulsividade, que envolve o Controle Inibitório
(impulsividade), o sujeito atingiu percentil de 85, isto indica que a sua impulsividade é
85% maior que a média geral.
Podemos correlacionar este indicador aos critérios de avaliação do DIVA que
foram preenchidos pelo sujeito: interromper falas e/ou atividades de terceiros,
responder antes da pergunta ser finalizada, sentir-se irrequieto com frequência, falar
excessivamente, sentir-se como se estivesse “a mil”, entre outros.
A outra dimensão avaliada pela escala é a Falta de Planejamento, em que foi
atingido percentil de 65, e sendo sua média geral atingida de percentil 75, na Escala
de Performance em adultos que possui uma variação de 01 á 99. Este indicativo é
perceptível pela dificuldade de organização e planejamento, em que o voluntário
afirma planejar tudo ‘de cabeça’ e ser capaz de manter apenas por no máximo dois
dias.
Diante de todas as informações levantadas e as apresentadas na entrevista
DIVA, bem como a Escala de Barrat, a hipótese diagnóstica é que possua TDAH, em

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que as características latentes são a dificuldade em regular a atenção, controlar os


impulsos e a hiperatividade.
De acordo com os critérios diagnósticos do DSM-V, foi identificado que se
enquadra em nível moderado/misto, onde os sintomas ou prejuízo funcional entre
“leve” e “grave” estão presentes, ou seja, prejuízos leve de esquecimento onde deixou
as chaves, por exemplo, e podendo ser classificado como grave as separações
matrimoniais e atrasos na finalização da pós-graduação decorrente dos sintomas.
Portanto, orientamos que procure um profissional psicólogo para realizar
tratamento através da psicoterapia, com abordagem em Terapia Cognitivo
Comportamental TCC, serão tratadas as questões comportamentais e psicológicas,
porém é de mesma importância a avaliação por um psiquiatra, para que este possa
identificar se há necessidade de tratamento medicamentoso, pois há casos em que o
tratamento com o profissional psicólogo, só é eficaz em conjunto com o tratamento
medicamentoso, e vice-versa. O TDAH é um transtorno neurodesenvolvimento, não
vai melhorar como tempo.
Como nossa triagem se relacionava com os sintomas do TDAH, orientamos a
busca do profissional psiquiatra, ele poderá avaliar a hipótese de compulsão sexual
que foi trazida durante uma das sessões realizadas, enquanto eram abordadas as
questões da entrevista DIVA
Reforçamos que ao seguir os encaminhamentos, irá proporcionar melhor
qualidade de vida, sendo possível atuar nas questões trazidas como problemas e que
trazem impactos negativos na rotina.
Ressaltamos também que não seguir estas orientações irão manter os
prejuízos atuais, podendo serem agravados com o tempo.

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