Processo de Mumificação

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A crença na vida após a morte, desde que o corpo do morto fosse conservado

para receber a nova vida, levou várias culturas do passado a conservar,


através da mumificação, os corpos de seus mortos. No Egito, a prática surgiu
há 5.000 anos e durou até 1.700 anos atrás, quando desapareceu por várias
razões, dentre elas a influência do Cristianismo, religião com outras ideias
sobre a vida após a morte.

Nem só os seres humanos viravam múmias na Antiguidade. Animais, como


cachorros, pássaros e gatos, também participavam da tradição no Egito Antigo,
onde o povo acreditava que os bichos eram representações dos deuses
sagrados. Ao serem mumificados, os animais serviam de símbolo ao culto
dessas divindades. Mas também havia alguns casos em que a mumificação de
um animal era simplesmente uma homenagem a um bicho de estimação muito
querido.

Até quem não era rei ou rainha poderia ser mumificado no Egito Antigo. O
preço era alto, mas bastava pagar pelo ritual e qualquer pessoa comum podia
virar uma múmia.

As múmias egípcias são as mais conhecidas, mas não são as únicas nem as
mais antigas. Há múmias incas (povo que viveu em regiões da América do Sul,
como o Peru) feitas por volta de 5000 antes de Cristo. E outras foram
encontradas na Europa, Oceania, Ásia e regiões da África, além do Egito.

O processo de mumificação começava pelo processo de uma limpeza geral. O


ritual acontecia em tendas às margens do rio Nilo, em uma região onde ficavam
os cemitérios. O corpo que se tornaria uma múmia era colocado em uma mesa
e lavado com água do rio. Depois, para evitar a decomposição do corpo, os
órgãos internos eram removidos. Só ficava o coração, pois os egípcios
acreditavam que ele era o centro da inteligência e a força da vida dos homens.
Somente alguns órgãos eram guardados em vasos, com símbolos
representando os quatro filhos de Hórus, deus dos céus: Duamutef (cachorro)
cuidava do estômago; Qebehsenuf (falcão), dos intestinos; Hapi (babuíno), dos
pulmões; e Amset (humano), do fígado.

Em seguida começava a desidratação, processo que evitava o apodrecimento


da múmia. Para isso, o corpo era preenchido com natrão, um sal comum na
época, e permanecia assim por 40 dias. Durante esse tempo, o sal sugava o
líquido do corpo. Após a desidratação, o corpo era lavado outra vez e recebia
óleos e ervas perfumadas. Depois, seu interior era recheado com serragem e
plantas secas para não deformar. Só então o corpo começava a ser enfaixado
com tiras de linho, que chegavam a até 20 camadas.

A sequência para enrolar o linho pelo corpo começava na cabeça e seguia para
as mãos, pés e só depois o resto do corpo. Nessa etapa, o sacerdote que
comandava o ritual usava uma máscara de Anúbis, o deus dos mortos. Ao final,
a múmia ia para o sarcófago e, depois, para o túmulo, que podia variar de
covas bem simples às grandes pirâmides.
Os Ushabtis eram estatuetas funerárias egípcias em formato mumiforme,
destinadas a substituirem o falecido na execução dos seus afazeres após a
morte. Também era comum encontrar estatuetas representando seus
assistentes e servos, destinados a trabalharem nos férteis campos do além
depois de o seu proprietário ter passado exitosamente pelo decisivo julgamento
no tribunal de Osíris.

Estatuetas funerárias egípcias chamadas pelos seus proprietários originais de


shabtis, chauabtis ou, a partir da XXI dinastia, uchebtis, podem ser
consideradas como um dos artefatos mais comuns dentre os deixados pelos
egípcios antigos, sobretudo no contexto funerário

Tutankamon, também conhecido como o “Faraó Menino”, nasceu por volta de


1341 a.C, casou-se aos 08 anos, tornou-se rei aos 09 e morreu com,
aproximadamente, 18 anos de idade. Era filho do faraó Akhenaton. Foi o
primeiro faraó da 18ª dinastia. A importância atribuída para este faraó está
relacionada ao fato de sua tumba, situada numa pirâmide no Vale dos Reis, ter
sido encontrada intacta. Nela, o arqueólogo inglês Howard Carter encontrou,
em 1922, uma grande quantidade de tesouros. O corpo mumificado de
Tutankamon também estava na tumba, dentro de um sarcófago, coberto com
uma máscara mortuária de ouro. O caixão onde estava a múmia do faraó
também é de ouro maciço. Após a tumba do faraó Tutankamon ter sido aberta,
ocorreram várias mortes de pessoas envolvidas no processo. A notícia que se
espalhou foi que qualquer pessoa que viole a múmia de um faraó do Antigo
Egito cairá em maldição e morrerá em breve.

Ramsés II (o Grande) foi um faraó egípcio, permanecendo no trono entre os


anos de 1279 a 1213 a. C. Seu império foi considerado o mais próspero do
Egito. Ramsés II era descendente de uma família de militares, seu avô chegou
ao trono egípcio quando era general do faraó Horemheb, que ao morrer não
deixou herdeiros e nomeou o general para iniciar uma nova dinastia. Ramsés
era filho do faraó Sehti I e da rainha Tuya. Foi o terceiro faraó da XIX dinastia
egípcia. Ramsés II se tornou o faraó que mais construiu obras de grande porte.
Das grandes construções que realizou, são conhecidos seis templos na Núbia,
dois deles encravados na rocha, em Abul-Simbel, com quatro estátuas
colossais do rei. O templo de Abul-Simbel permaneceu soterrado pelas areias
do deserto até 1812, quando foi descoberta por Jean-Louis Burckhardt.

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