Quem Mexeu No Meu Queijo

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Uma maneira fantástica de lidar com as

mudanças em seu trabalho e em sua vida.

Quem mexeu
no meu
Queijo?

Spencer Johnson, M. D.
Prefácio de Kenneth Blanchard, Ph.D. Co-autores de
O Gerente-Minuto
Quem mexeu
no meu
Queijo?
Outras obras do autor publicadas pela Editora Record

O gerente-minuto (com Kenneth Blanchard)


O gerente-minuto em ação (com Robert Lorber)
A liderança e o gerente-minuto
A mãe-minuto
Um minuto para mim
O pai-minuto
O presente precioso
O professor-minuto (com Constantce Johnson)
O vendedor-minuto (com Larry Wilson)
CIP – Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de
Livros, RJ.

Johnson, Spencer

J65 Quem mexeu no meu Queijo?/ Spencer Johnson;


1ª ed. tradução de Maria Clara de Biase. – 4ª tiragem – Rio de Janeiro:
Record, 2000.

Tradução de: Who moved my Chese?


Contém dados biográficos
Inclui apêndices
ISBN 85 – 01 – 05402 – X
1. Motivação (Psicologia). 2. Mudança (Psicologia) 3. Autorrealização.
1.Título CDD – 158.1 CDU – 159.947.5
98.1429

Título original norte-americano WHO MOVED MY CHEESE?

Copyright @1998 by Spencer Johnson, M.D.

Publicado mediante acordo com G.P. Putnam´s Sons, uma subdivisão da


Penguin Putnam Inc.

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, no todo ou em parte,


através de quaisquer meios.

Direitos exclusivos de publicação em língua portuguesa para o Brasil


adquiridos pela DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIÇOS DE
IMPRENSA S.A.
Rua Argentina, 171 - Rio de Janeiro, RJ - 20921 – 380 – tel.: 585 – 2000
que se reserva a propriedade literária desta tradução

Impresso no Brasil

ISBN 85-01-05402 – X

PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL


Caixa Postal 23.052

Rio de Janeiro, RJ - 20922 – 970


Este livro é dedicado ao meu amigo Dr. Kenneth Blanchard, cujo
entusiasmo me

incentivou a escrevê-lo e cuja ajuda o levou a tantas pessoas.


Sumário
A História por Trás da História por Kenneth Blanchard, Ph.D.
Uma Reunião: Chicago
A História
Um Debate: Mais Tarde, Naquele Mesmo Dia

Apêndice:

Sobre o Autor
Os melhores planos
de ratos de homens
costumam dar errado.

Robert Burns. 1759 - 1796


A História por Trás da História por Kenneth
Blanchard, Ph.D.
Fico emocionado em contar para você "a história por trás história" de
Quem mexeu no meu Queijo?,porque isso significa que o livro já foi
escrito, pode ser lido repetidamente e partilhado com outras pessoas.

Isso é algo que eu sempre quis que acontecesse desde que ouvi pela
primeira vez Spencer Johnson contar a sua clássica e ótima história do
"Queijo", anos atrás, antes de escrevermos juntos nosso livro O gerente-
minuto. Lembro-me de que naquela época achei a história muito boa e
desde então tenho colocado em prática as lições que tirei dela.

Esta é uma história de mudança que ocorre em um Labirinto em que


quatro personagens engraçados procuram pelo "Queijo", uma metáfora
para o que queremos ter na vida: seja um emprego, um relacionamento,
dinheiro, uma casa grande, liberdade, saúde, reconhecimento, paz
espiritual ou até mesmo uma atividade como corrida ou golfe.

Cada um de nós tem a sua própria idéia do que é um Queijo, e o


procuramos porque acreditamos que nos fará felizes. Se o obtemos,
freqüentemente ficamos ligados a ele. E se o perdemos, ou se nos é tirado,
isso pode ser traumático.

O "Labirinto" na história representa onde você gasta tempo procurando o


que quer. Pode ser a organização em que trabalha, a sociedade em que vive
ou os relacionamentos que tem em sua vida.

Eu conta a história do Queijo que você está prestes a ler em minhas


palestras ao redor do mundo, e depois as pessoas me dizem que diferença
isso fez para elas.
Acredite ou não, esta curta história tem salvado carreiras, casamentos e
vidas!

Um dos muitos exemplos vem de Charlie Jones, um respeitado


comentarista da NBC – TV, que revelou que ouvir a história de Quem
mexeu no meu Queijo? salvou sua carreira. Seu emprego é único, mas os
princípios podem ser usados por qualquer pessoa.

Eis o que aconteceu: Charlie se esforçara muito e fizera um ótimo trabalho


comentando as competições no Campo em uma apresentação anterior dos
Jogos Olímpicos, por isso ficou surpreso e aborrecido quando seu chefe
lhe disse que ele não comentaria mais esses eventos e havia sido
designado para Natação e Saltos Ornamentais.

Sem conhecer bem esses esportes, ele se sentiu frustrado e desvalorizado,


o que o deixou furioso. Aquilo não era justo! Sua raiva começou a afetar
tudo que fazia.

Então, ouviu a história de Quem mexeu no meu Queijo?.

Depois de ouvi-la, ele disse que riu de si mesmo e mudou de atitude.


Viu que seu patrão apenas "mexera no seu Queijo". Por isso se adaptou,
instruiu-se sobre os dois novos esportes e descobriu que fazer algo novo o
fazia sentir-se jovem.

Não demorou muito para seu patrão reconhecer sua nova atitude e energia,
e logo lhe deram trabalhos melhores. Ele teve mais sucesso do que nunca,
e mais tarde foi incluído na lista dos comentaristas de futebol famosos.

Essa é apenas uma das muitas histórias baseadas em fatos reais que
ouvimos sobre o impacto desta história nas vidas profissionais e amorosas
das pessoas.

Todos nós trabalhamos e vivemos em tempos de mudança, e por isso estão


sempre mexendo no nosso "Queijo".
Nos negócios, as empresas familiares acabaram. Essas empresas queriam
lealdade; as de hoje precisam da sua ajuda, de pessoas flexíveis no que diz
respeito a "como as coisas são feitas por aqui".

A adaptabilidade às mudanças é uma condição indispensável para a


sobrevivência de pessoas e organizações, e mais ainda para seu sucesso na
economia global de hoje. Quem consegue se adaptar é recompensado.

A maioria dos gerentes bem-sucedidos sabe disso e tenta criar ambientes


que ajudem as pessoas a mudar e apreciar as mudanças. Quando a
velocidade da mudança aumenta, mais do que nunca todos nós precisamos
nos adaptar.

As mudanças inesperadas – no trabalho ou na vida – podem , como você


sabe, ser estressantes, a menos que você tenha um modo de encará-las que
o ajude a compreendê-las, que é o que faz a história do "Queijo". A leitura
desta breve parábola toma pouco tempo, mas os insights que proporciona
podem ser-lhe úteis durante toda a sua vida.

À medida que você for virando as páginas, encontrará as três partes deste
livro. Na primeira, "Uma reunião", antigos colegas de turma falam em
uma reunião de sua classe sobre a tentativa de lidar com as mudanças que
estão ocorrendo em suas vidas. A Segunda é "A História de Quem mexeu
no meu Queijo?", a parte central do livro. E na terceira, "Um debate",
várias pessoas discutem o que tiraram de "A história", e como planejam
usá-lo em suas vidas.

Alguns leitores do manuscrito deste livro preferiram parar no final de "A


história", e interpretar seu significado sozinhos. Outros leram "Um debate"
até o final, porque isso estimulava seu pensamento a respeito de como
poderiam aplicar o que haviam aprendido.

Seja como for, espero que sempre que você reler Quem mexeu no meu
Queijo? encontre, como eu, algo novo e útil no livro, e que isso o ajude a
lidar com as mudanças e a ter sucesso, independente do que o sucesso
represente para você.
Espero que goste do que vai descobrir e desejo-lhe boa sorte.

Ken Blanchard
San Diego, 1998
Quem mexeu no meu Queijo?
Uma Reunião : Chicago

Em um domingo ensolarado em Chicago, vários antigos colegas de turma


encontraram-se para almoçar, tendo ido à reunião em sua escola
secundária na noite anterior. Eles queriam ouvir mais sobre que estava
acontecendo nas vidas uns dos outros. Depois de muitas brincadeiras e
uma boa refeição, começaram a conversar.

Angela, que fora uma das mais populares da turma, disse:

- Minha vida foi diferente do que achei que seria quando estávamos na
escola. Muitas coisas mudaram.

- Certamente que sim – concordou Nathan. Seus colegas sabiam que ele se
dedicara ao negócio de sua família, que conduzira sem grandes alterações,
e fora parte da comunidade local desde que podiam se lembrar. Por isso,
ficaram surpresos quando pareceu preocupado. Ele continuou: - Mas vocês
perceberam como não queremos mudar quando as coisas mudam?

- Acho que isso ocorre porque temos medo das mudanças – disse Carlos.

- Carlos, você foi capitão do time de futebol – disse Jessie. – Nunca achei
que o ouviria falar em medo!

Todos riram quando perceberam que, embora tivessem seguido rumos


diferentes – desde trabalhar em casa a gerenciar empresas –, tinham
sentimentos parecidos.

Eles estavam tentando lidar com as mudanças inesperadas com que


haviam se deparado nos últimos anos. E a maioria admitia que não sabia
lidar bem com elas.

- Eu costumava ter medo de mudar – disse Michael. – Quando havia uma


grande mudança em nosso negócio, não sabíamos o que fazer. Por isso, não
fazíamos nada diferente, e quase o perdíamos. Foi assim, até que ouvi uma
história engraçada que mudou tudo.

- Como? – perguntou Nathan.

- Bem, a história me fez ver as mudanças de um modo diferente, e depois


que a ouvi as coisas melhoraram rapidamente para mim: no trabalho e em
minha vida.

"Então a contei para algumas pessoas em nossa empresa, e elas a contaram


outras, e logo o nosso negócio começou a melhorar, porque todos nós nos
adaptamos melhor às mudanças. E, como eu, muitas pessoas disseram que
essa história as ajudou em suas vidas pessoais.

- Qual é a história? - perguntou Angela.

- Seu nome é: Quem mexeu no meu Queijo?

O grupo riu.

- Acho que já gosto dela – disse Carlos. – Pode contá-la para nós?

- É claro que sim - respondeu Michael. - Ficaria feliz em fazer isso. Não é
muito longa. E então ele começou:
A História
Há muito tempo, em um país muito distante, quando as coisas eram
diferentes, havia quatro pequenos personagens que corriam através de um
labirinto à procura de queijo para alimentá-los e fazê-los felizes.

Dois eram ratos, chamados Sniff e Scurry, e dois duendes - seres tão
pequenos quantos os ratos, mas que se pareciam muito com as pessoas de
hoje, e agiam como elas. Seus nome eram Hem e Haw.

Devido ao seu pequeno tamanho, era fácil não notar o que os quatro
faziam. Mas se olhasse bem de perto, descobri-se-iam as coisas mais
surpreendentes!

Todos os dias os ratos e os duendes procuravam no labirinto seu próprio


queijo especial.

Sniff e Scurry, possuindo apenas cérebros simples de roedores, mas


instintos aguçados, procuravam pelo queijo duro de roer de que gostavam
como os ratos costumam fazer.

Os dois pequenos duendes, Hem e Haw, usavam seus cérebros, cheios de


muitas crenças, para procurar um tipo muito diferente de Queijo – com Q
maiúsculo – que achavam que os tornaria felizes e bem-sucedidos.

Embora os ratos e duendes fossem diferentes, tinham algo em comum:


todas as manhãs vestiam roupas de correr e tênis, saíam de suas pequenas
casas e corriam para o labirinto à procura de seus queijos favoritos.

O labirinto era um emaranhado de corredores e divisões, algumas


contendo um queijo delicioso. Mas também havia cantos escuros e becos
sem saída. Era um lugar fácil para se perder.

Contudo, para aqueles que encontravam seu caminho, o labirinto tinha


segredos que lhes permitiam ter uma vida melhor.
Os ratos, Sniff e Scurry, usavam o método simples, porém ineficiente, das
tentativas de encontrar queijo. Eles corriam por um corredor e, se o
encontrassem vazio, viravam-se e corriam por outro.

Sniff farejava a direção do queijo, usando seu grande focinho, e Scurry


corria na frente. Como se poderia esperar, eles se perdiam, seguiam pelo
corredor errado e freqüentemente se chocavam nas paredes.

Mas os dois duendes, Hen e Haw, usavam um método diferente e


confiavam em sua capacidade de pensar e aprender com suas experiências,
embora às vezes ficassem confusos com suas crenças e emoções.

Finalmente, usando seus próprios métodos, todos eles descobriram o


que estavam procurando – um dia, encontraram seu próprio tipo de queijo
no final de um dos corredores no Posto C de Queijo.

Depois disso, todas as manhãs os ratos e os duendes vestiam suas roupas


de correr e seus tênis e se dirigiam ao Posto C.

Não demorou muito para uma rotina ser estabelecida.

Sniff e Scurry continuaram a acordar cedo todos os dias e correr pelo


labirinto, seguindo sempre o mesmo caminho.

Quando chegavam a seu destino, os ratos tiravam os tênis, amarravam o


cadarço de um dos pés no do outro e os penduravam nos pescoços – para
ser possível calçá-los rapidamente sempre que necessário. Então comiam
o queijo.

Uma rotina diferente foi estabelecida pelos duendes. Hem e Haw


acordavam todos os dias um pouco mais tarde, vestiam-se sem muita
pressa e caminhavam até o Posto C. Afinal de contas, agora sabiam onde o
Queijo estava e como chegar lá.

Eles não tinham idéia de onde o Queijo vinha. Simplesmente presumiam


que estaria naquele lugar.
Todas as manhãs, logo que chegavam ao Posto C, eles se instalavam ali
sem a menor cerimônia. Penduravam as roupas de correr e tiravam os
tênis, porque achavam que não precisariam deles de novo, agora que
haviam encontrado o Queijo.

- Isso é ótimo – dizia Hem. – Há Queijo suficiente aqui para nos alimentar
para sempre. – Os duendes sentiam-se felizes e bem-sucedidos, e achavam
que agora estavam seguros.

Logo Hem e Haw passaram a considerar o Queijo que encontravam no


Posto C seu Queijo. O estoque era tão grande, que eles acabaram se
mudando para mais perto do Posto C, e criaram uma vida social ao seu
redor.

Para se sentir mais em casa, decoraram as paredes com frases e até mesmo
as contornaram com desenhos do Queijo, que os faziam sorrir.

Umas das frases dizia:

Ter Queijo
O faz
Feliz.
Às vezes Hem e Haw levavam seus amigos para ver sua pilha de Queijo no
Posto C e apontavam para ela com orgulho, observando:

- É um Queijo muito bom, não é? – Às vezes o ofereciam a eles, às vezes


não.

- Nós merecemos este Queijo – disse Hem. – Tivemos de nos esforçar


muito para encontrálo. – Ele pegou um pedaço de queijo fresco e o comeu.

Então caiu no sono, como costumava fazer.


Todas noites os duendes andavam bamboleando para casa, cheios de
Queijo, e todas as manhãs voltavam confiantemente para pegar mais.

Isso aconteceu durante algum tempo.

Pouco a pouco a confiança de Hem e Haw se transformou em arrogância.


Logo eles passaram a se sentir tão tranqüilos que nem mesmo perceberam
o que estava acontecendo.

Enquanto o tempo passava, Sniff e Scurry mantinham a sua rotina.


Chegavam cedo todas as manhãs, farejavam o queijo, arranhavam-no e
corriam pelo Posto C, inspecionando a área para saber se tinha havido
mudanças desde o dia anterior. Então se sentavam para roer o queijo.

Uma manhã eles chegaram ao Posto C e descobriram que o queijo havia


desaparecido.

Sniff e Sucurry não ficaram surpresos. Desde que perceberam que o


estoque estava diminuindo a cada dia, prepararam-se para o inevitável e
sabiam instintivamente o que fazer.

Eles olharam um para o outro, pegaram os tênis que tinham pendurado nos
pescoços e os calçaram e amarraram.

Os ratos não analisavam demais as coisas. E não tinham muitas crenças


complexas.

Para ele o problema e a solução eram simples. A situação no Posto C havia


mudado. Por isso, Sniff e Scurry decidiram mudar.

Ambos olharam para o labirinto. Então Sniff ergueu o focinho, farejou e


fez um sinal afirmativo com a cabeça para Scurry, que começou a correr
pelo labirinto, enquanto Sniff o seguia apressadamente.

Eles partiram logo à procura do novo queijo.


Mais tarde, Hem e Haw chegaram ao Posto C. Eles não haviam prestado
atenção às pequenas mudanças que ocorriam diariamente, por isso tinham
como certo que seu Queijo estaria lá.

Não estavam preparados para o que descobriram .

– O quê? Não há Queijo? – gritou Hem. Ele continuou a gritar: – Não há


Queijo? Não há Queijo? – como se gritando muito alguém fosse colocá-lo
novamente no Posto C.

– Quem mexeu no meu Queijo? – berrou.

Finalmente, Hem pôs as mãos nos quadris, seu rosto foi ficando vermelho,
e gritou o mais alto que pôde:

– Isso não é justo!

Haw apenas balançou a cabeça, incrédulo. Ele também havia achado que
encontraria Queijo no Posto C. durante muito tempo, ficou paralisado com
o choque. Simplesmente não estava preparado para o que ocorrera.

Hem estava gritando algo, mas Haw não queria ouvi-lo. Não queria
enfrentar a situação, por isso apenas "saiu do ar".

Embora o comportamento dos duendes não fosse muito correto ou


produtivo, era compreensível.

Encontrar Queijo não era fácil, e aquilo significava muito mais para os
duendes do que apenas ter o suficiente para comer todos os dias.

Encontrar Queijo era o seu modo de obter o que achavam que os tornaria
felizes. Tinham suas próprias idéias do que o Queijo significava para eles,
dependendo de seu sabor.
Para alguns, encontrar Queijo era ter coisas materiais. Para outros era ter
boa saúde, ou uma sensação de bem-estar espiritual.

Para Haw, encontrar Queijo significava apenas sentir-se seguro, ter um dia
uma família amorosa e viver em um chalé confortável na rua Cheddar.

Para Hem, significava alcançar o sucesso, ser responsável por outras


pessoas e ter uma grande casa no topo da Colina Camembert.

Como o Queijo era importante para os dois duendes, eles passaram muito
tempo tentando decidir o que fazer. Tudo em que podiam pensar era em
continuar olhando para o Posto C vazio para ver se o Queijo realmente não
estava mais lá.

Enquanto Sniff e Sucurry seguiam rapidamente em frente, Hem e Haw


continuavam indecisos. Eles reclamavam da injustiça daquilo tudo. Haw
começou a ficar deprimido. O que aconteceria se o Queijo não estivesse no
Posto C no dia seguinte? Ele fizera planos para o futuro baseado naquele
Queijo.

Os duendes não conseguiram acreditar naquilo. Como podia ter


acontecido? Ninguém os prevenira. Não estava certo. Não era assim que as
coisas deviam ser.

Naquela noite, Hem e Haw foram para casa famintos e desencorajados.


Mas antes de partir, Haw escreveu na parede:

Quanto mais importante


seu Queijo é para você menos
você deseja abrir mão dele.

No dia seguinte Hem e Haw saíram de suas casas e voltaram ao Posto C,


onde ainda esperavam encontrar o seu Queijo.
A situação não mudara. O Queijo desaparecera. Os duendes não sabiam o
que fazer. Hem e Haw apenas ficaram em pé no Posto C, imóveis como
duas estátuas.

Haw fechou os olhos o máximo que pôde e colocou as mãos sobre as


orelhas. Só desejava tirar aquilo tudo da mente. Não queria admitir que o
estoque havia pouco a pouco diminuído. Acreditava que tinha sido
subitamente tirado do lugar.

Hem analisou muitas vezes a situação e finalmente seu cérebro


complicado com seu enorme sistema de crenças assumiu o comando.

- Por que fizeram isso comigo? – perguntou. – O que está realmente


acontecendo aqui?

Finalmente, Haw abriu os olhos, olhou ao redor e disse:

- Onde estão Sniff e Scurry? Você acha que eles sabem algo que nós não
sabemos?

Hem zombou dele:

- O que poderiam saber?

- São apenas ratos. Só reagem ao que acontece. Nós somos duendes.


Somos especiais. Deveríamos ser capazes de entender esse fato. Além do
mais. Merecemos o melhor.

- Isso não deveria ter acontecido conosco, ou se acontecesse, pelo menos


deveríamos obter alguns benefícios.

- Por quê? – perguntou Haw.

- Porque temos direito – respondeu Hem.

- Direito a quê? – quis saber Haw.


- Ao nosso Queijo.

- Por quê? – perguntou Haw.

- Porque não causamos este problema – disse Hem. – Alguém o causou, e


deveríamos tirar algum proveito disso.

- Talvez devêssemos parar de analisar tanto a situação e ir procurar um


Novo Queijo – sugeriu Haw.

- Ah, não – argumentou Hem. – Vou tirar isso a limpo.

Enquanto Hem e Haw ainda tentavam decidir o que fazer, Sniff e Scurry já
estavam longe. Vasculhavam os corredores do labirinto, procurando queijo
em todos os Postos de Queijo que encontravam.

Eles não pensavam em nada além de encontrar um novo queijo.

Durante algum tempo não encontraram nenhum, até que finalmente


entraram em uma área do labirinto onde nunca haviam estado: o Posto N
de Queijo.

Eles chiaram de alegria. Descobriram o que estavam procurando: um


grande estoque de um novo queijo.

Os ratos mal podiam acreditar em seus olhos. Aquele era o maior estoque
de queijo que tinham visto.

Nesse meio tempo, Hem e Haw ainda estavam no Posto C, analisando a


situação. Agora sofriam os efeitos da falta do Queijo. estavam ficando
frustrados e irritados, culpando um ao outro pelo que acontecera.

De vez em quando Haw pensava em seus companheiros, Sniff e Scurry, e


se perguntava se eles haviam encontrado algum queijo. Ele achava que os
ratos poderiam estar passando por momentos difíceis, porque correr pelo
labirinto geralmente causava alguns aborrecimentos. Mas também sabia
que isso durava pouco tempo.

Às vezes Haw imaginava Sniff e Scurry encontrando um novo queijo e


saboreando-o. Pensava em como seria bom aventurar-se no labirinto e
encontrar um Novo Queijo fresco. Quase podia sentir seu sabor.

Quanto mais claramente Haw via a sua imagem encontrando e saboreando


o Novo Queijo, mais se via saindo do Posto C.

– Vamos! – exclamou de repente.

– Não – respondeu rapidamente Hem. – Eu gosto daqui. É confortável e


familiar. Além disso, é perigoso lá fora.

– Não, não é – argumentou Haw. – Já corremos por muitas partes do


labirinto outras vezes, e podemos correr novamente.

– Estou ficando velho demais para isso – disse Hem. – E não quero me
perder e fazer papel de bobo. Você quer?

Ao ouvi-lo, Haw sentiu novamente medo de fracassar e perdeu as


esperanças de encontrar um Novo Queijo.

Então todos os dias os duendes continuavam na sua rotina. Iam para o


Posto C, não encontravam o Queijo e voltavam para casa, levando suas
preocupações e frustrações com eles.

Hem e Haw tentaram negar o que estava acontecendo, mas a cada dia
tinham mais dificuldade para dormir e menos energia, e se irritavam mais
facilmente.

Suas casas não eram os lugares acolhedores que um dia haviam sido.

Mas eles ainda voltavam ao Posto C e esperavam lá todos os dias.


– Nós vamos apenas nos sentar e ver o que acontece – dizia Hem. – Cedo
ou tarde vão colocar o Queijo aqui de volta.

Haw queira acreditar nisso. Então os duendes simplesmente iam para casa
e voltavam para o Posto C. Eles chegavam mais cedo e saíam mais tarde,
mas era sempre igual. O Queijo nunca reaparecia.

A essa altura, eles estavam enfraquecidos devido à fome e ao estresse, e


Haw estava ficando cansado de apenas esperar que as coisas melhorassem.
Sabia que quanto mais tempo ficassem sem Queijo, pior seria.

Haw sabia que eles estavam perdendo o controle da situação.

Finalmente, um dia, Haw começou a rir de si mesmo.

- Haw, olhe para você. Faz sempre as mesmas coisas e se pergunta por que
elas não melhoram. Se isso não fosse tão ridículo, seria ainda mais
engraçado.

Haw não gostava da idéia de ter de correr de novo pelo labirinto, porque
sabia que ficaria perdido e não tinha a mínima idéia de onde iria encontrar
algum Queijo. Mas teve de rir de sua insensatez quando percebeu o que o
medo estava fazendo com ele.

- Onde nós colocamos nossas roupas de correr? – perguntou-lhe Haw.

Eles demoraram muito tempo para encontrá-las, porque as tinham


colocado de lado quando encontraram seu Queijo no Posto C, achando que
não precisaram mais delas.

Quando Hem viu o amigo se vestindo, disse:

- Você não vai para o labirinto de novo, não é? Por que simplesmente não
espera que coloquem o Queijo ali de volta?
- Você não entende – disse Haw. – Eu também não queria aceitar esse fato,
mas agora percebo que O Velho Queijo nunca reaparecerá. Esse foi o
Queijo de ontem. É hora de procurar o Novo Queijo.

- Mas e se não houver Queijo lá fora? – argumentou Hem. – Ou, e se


houver, e você não encontrá-lo?

- Eu não sei – disse Haw. Ele se fizera aquelas mesmas perguntas muitas
vezes e começava a sentir novamente o medo que o paralisava.

Então ele pensou em encontrar o Novo Queijo e em tudo de bom que


adviria disso, e reuniu coragem.

– Às vezes – disse Haw – as coisas mudam e nunca mais são as


mesmas. Essa parece ser uma dessas ocasiões, Hem. É a vida! A vida
segue em frente, e nós também deveríamos fazer o mesmo.

Haw olhou para o emaciado companheiro e tentou chamá-lo à razão, mas o


medo de Hem se transformara em raiva, e ele não quis ouvi-lo.

Haw não desejava ser rude com o amigo, mas teve de rir do quanto os dois
pareciam tolos.

Ao se preparar para partir, Haw começou a se sentir mais vivo, sabendo


que finalmente era capaz de rir de si mesmo, libertar-se e seguir em frente.

– É hora do labirinto! – anunciou ele.

Hem não riu e tampouco respondeu.

Haw apanhou uma pedra pequena e pontiaguda e escreveu um pensamento


na parede que poderia induzir Hem à reflexão. Como de costume, até
mesmo fez o desenho de um queijo ao seu redor, esperando que aquilo
ajudasse Hem a sorrir, animar-se e ir procurar o Novo Queijo. Mas o
companheiro não quis vê-lo.
Ele escreveu:

Se Você Não Mudar, Morrerá.


Então Haw esticou o pescoço e olhou atenta e ansiosamente para o
labirinto, pensando em como havia ficado naquela situação de não ter
queijo.

Ele achara que poderia não haver Queijo algum no labirinto, ou que talvez
não o encontrasse. Essas crenças assustadoras o estavam paralisando e
matando.

Haw sorriu. Sabia que Hem estava se perguntando: "Quem mexeu no meu
Queijo?", mas Haw se perguntava: "Por que eu não me mexi e fui procurar
o Queijo mais cedo?"

Quando começou a entrar no labirinto, Haw olhou para o local de onde


viera e se deu conta do seu conforto. Podia se sentir sendo arrastado de
volta para o território familiar – embora não encontrasse Queijo lá havia
algum tempo.

Haw ficou mais ansioso e teve dúvidas a respeito de se realmente queira


entrar no labirinto. Ele escreveu uma frase na parede à sua frente e ficou
olhando-a durante alguns minutos:

O que Você Faria se Não Tivesse Medo?


Ele refletiu sobre o que havia escrito.

Olhou para a direita, para a parte do labirinto em que nunca estivera, e


sentiu medo.

Então respirou profundamente, virou para a direita e caminhou bem


devagar para o desconhecido.
Ao tentar encontrar o caminho, Haw a princípio se preocupou com a
possibilidade de ter esperado demais no Posto C. Ficara sem Queijo havia
tanto tempo que agora se sentia fraco. Caminhava mais lento e era-lhe
mais penoso do que de costume percorrer o labirinto. Ele decidiu que, se
tivesse novamente a chance, adaptar-se-ia mais cedo à mudança. Aquilo
tornaria as coisas mais fáceis.

Então Haw esboçou um sorriso ao pensar: "Antes tarde do que nunca".

Durante ao dias seguintes, Haw encontrou um pequeno pedaço de Queijo


aqui e ali, mas nada que durasse muito. Esperara encontrar Queijo
suficiente para levar até Hem e encorajá-lo a sair para o labirinto.

Mas Haw ainda não se sentia bastante confiante. Tinha de admitir que o
labirinto o confundia. As coisas pareciam ter mudado desde a última vez
em que estivera ali.

Quando ele achava que estava seguindo em frente, perdia-se nos


corredores. Parecia que dava dois para frente e um para trás. Aquilo era
um desafio, mas teve de admitir que estar de volta no labirinto,
procurando pelo Queijo, não era tão ruim quanto imaginara.

Com o correr do tempo, começou a ter dúvidas a respeito de se estava


sendo realista ao esperar encontrar um Novo Queijo. Perguntou-se se havia
abocanhado mais do que poderia mastigar. Então riu, percebendo que não
tinha o que mastigar naquele momento.

Sempre que começava a ficar desencorajado, lembrava-se de que o que


estava fazendo, independente do quanto fosse desagradável no momento,
na verdade era muito melhor do que ficar sem Queijo. Estava assumindo o
controle, em vez de simplesmente deixar que as coisas lhe acontecessem.

Então Haw se lembrou de que se Sniff e Scurry podiam seguir em frente,


ele também era capaz!
Mais tarde, ao pensar sobre o que tinha acontecido, ele percebeu que o
Queijo do Posto C não tinha desaparecido da noite para o dia, como uma
vez imaginara. Sua quantidade tinha diminuído pouco a pouco, e o que
sobrara ficara velho. Não tinha mais um gosto bom.

O Velho Queijo poderia até mesmo ter começado a mofar, embora ele não
o tivesse notado. Contudo, tinha de admitir que, se quisesse,
provavelmente teria percebido o que iria acontecer. Mas ele não quis.

Haw agora se dava conta de que a mudança provavelmente não o teria


apanhado de surpresa se ele tivesse observado o tempo todo o que estava
acontecendo, e a antecipa. Talvez tivesse sido isso que Sniff e Scurry
haviam feito.

Ele parou para descansar e escreveu na parede do labirinto:

Cheire o Queijo com Freqüência


Para saber quando ele está ficando velho.
Algum tempo depois, sem ter encontrado Queijo durante o que pareceu
uma eternidade, Haw finalmente viu um enorme Posto de Queijo que
parecia promissor. Contudo, quando entrou, ficou muito desapontado ao
descobrir que estava vazio.

"Tenho tido essa sensação de vazio com muita freqüência", pensou. Teve
vontade de desistir.

Haw sentiu que sua força física diminuía. Sabia que estava perdido e tinha
medo de não sobreviver. Pensou em dar meia-volta e se dirigir ao posto C.
Uma vez que Hem estava lá, se conseguisse voltar, pelo menos não ficaria
sozinho. Então ele se fez novamente a mesma pergunta: "O que você faria
se não tivesse medo?"

Ele tinha medo mais freqüentemente do que gostaria de admitir, até para si
mesmo. Nem sempre sabia do que, mas, enfraquecido como estava, agora
sabia que tinha medo de seguir sozinho. Haw não tinha consciência disso,
mas estava ficando para trás porque carregava o peso de suas crenças
assustadoras.

Haw desejou saber se Hem havia se mexido, ou se ainda estava paralisado


por seus medos. Então se lembrou das vezes em que se sentira melhor no
labirinto – quando estava seguindo em frente.

Escreveu uma frase na parede, sabendo que era tanto um lembrete para si
mesmo, como uma orientação que esperava que seu companheiro seguisse:

O Movimento em uma Nova


Direção Ajuda-o a
Encontrar um Novo Queijo.
Haw olhou para o corredor escuro e teve consciência do seu medo. O que
havia à sua frente? O corredor estava vazio? Ou pior, havia ali perigos
ocultos? Ele começou a imaginar todos os tipos de coisas assustadoras que
poderiam acontecer-lhe. Estava apavorado.

Então riu de si mesmo. Percebeu que seus temores estavam tornando as


coisas piores. Então fez o que faria se não tivesse medo. Seguiu em uma
nova direção.

Ao começar a correr pelo corredor escuro, Haw sorriu. Ainda não se dera
conta disso, mas estava descobrindo o que alimentava a sua alma. Estava
se libertando e acreditando que havia algo de bom à sua frente, embora
não soubesse exatamente o que era.

Para surpresa sua, começou a gostar cada vez mais do que estava
fazendo. "Por que eu me sinto tão bem?", perguntou-se. "Não tenho
nenhum Queijo e não sei para onde estou indo." Não demorou muito para
saber o motivo pelo qual se sentia bem.

Parou para escrever novamente na parede:


Quando Você Vence
o seu Medo,
Sente-se Livre.
Haw sentiu a brisa fresca que soprava naquela parte do labirinto. Respirou
profundamente várias vezes e se sentiu revigorado. Depois que venceu o
seu medo, aquilo se revelou mais agradável do que achara que poderia ser.

Não se sentia assim havia muito tempo. Quase se esquecera do quanto era
divertido.

Para tornar as coisas ainda melhores, Haw começou a pintar um quadro em


sua mente. Ele se viu em grandes detalhes, sentado no meio de uma pilha
de todos os seus queijos favoritos – de Velveeta a Brie! Viu-se comendo os
muitos queijos de que gostava, e gostou do que viu. Então imaginou o
quanto apreciaria todos os seus ótimos sabores.

Quanto mais claramente ele via a imagem do Novo Queijo, mais real se
tornava, e mais sentia que iria encontrá-lo.

Escreveu:

Imaginar-me
Saboreando o Novo Queijo ,
Antes Mesmo de Encontrá-lo,
Conduz-me a Ele.

"Por que eu não fiz isto antes?", perguntou-se Haw.

Então correu pelo labirinto com mais energia e agilidade. Logo avistou um
Posto de Queijo e ficou animado ao notar pequenos pedaços do Novo
Queijo perto da entrada.
Eram tipos de Queijo que ele nunca havia visto, mas pareciam ótimos.
Haw os experimentou e descobriu que eram deliciosos. Comeu quase todos
os pedaços de Novo Queijo que pôde encontrar e colocou alguns no bolso
para comer depois e talvez dividir com Hem. Começou a recuperar suas
forças.

Haw entrou no Posto de Queijo com grande excitação. Mas, para sua
tristeza, descobriu que estava vazio. Alguém estivera lá e deixara apenas
os pequenos pedaços.

Ele percebeu que se tivesse saído de onde estava antes, poderia ter
encontrado muito Novo Queijo ali.

Haw decidiu ir ver se Hem estava pronto para se unir a ele.

Ao voltar sobre seus passos, parou e escreveu na parede:

Quanto mais rápido você


se esquece do Velho Queijo
Mais rápido encontra um Novo.
Depois de algum tempo Haw acertou o caminho para o Posto C e
encontrou Hem. Ele lhe ofereceu pedaços do Novo Queijo, mas ficou
decepcionado.

Hem apreciou o gesto do amigo, mas disse que não sabia se gostaria do
Novo Queijo. Simplesmente não era aquele a que estava acostumado.
Ainda iria esperar o Velho Queijo ser recolocado no Posto.

Haw apenas balançou a cabeça desapontado e, relutantemente, voltou ao


labirinto sozinho. Ao chegar ao ponto mais distante que alcançara, sentiu
falta do amigo, mas percebeu que gostava do que estava descobrindo.
Mesmo antes de encontrar o que esperava que fosse um grande estoque do
Novo Queijo, soube que apenas ter Queijo não era o que o tornava feliz.

Haw estava feliz com o que estava fazendo agora.


Ele percebeu novamente, como um dia havia percebido, que aquilo que se
teme nunca é tão ruim quanto se imagina. O medo que você deixa
aumentar em sua mente é pior do que a situação que realmente existe.

Sabendo disso, Haw não se sentia tão fraco como quando permaneceu no
Posto C, sem Queijo. O simples fato de decidir que não deixaria seu medo
fazê-lo parar, saber que tinha tomado uma nova direção, alimentava-o e o
fortalecia.

Agora sabia que encontrar o que precisava era apenas uma questão de
tempo. Na verdade, sentia que já havia encontrado.

Ele sorriu, ao se dar conta de que:

É Mais Seguro Procurar no Labirinto do que


Permanecer Sem Queijo.
Haw sabia que seu antigo modo de pensar fora afetado por suas
preocupações e seus medos. Ele costumara pensar em não ter Queijo
suficiente, ou em não tê-lo durante o tempo que desejaria. Pensara mais no
que poderia dar errado do que no que poderia dar certo.

Mas aquilo mudara desde que saíra do Posto C.

Ele costumara acreditar que o Queijo nunca poderia ser tirado do lugar, e
que a mudança não era certa.

Agora percebia que era natural que a mudança ocorresse continuamente,


sendo ou não esperada. Ela só poderia surpreendê-lo se não a esperasse e
procurasse.

Haw mudara as sua crenças.

Ele parou para escrever na parede:


Velhas Crenças Não o Levam ao Novo Queijo.
Haw ainda não encontrara Queijo algum, mas, correndo pelo labirinto,
pensou no que havia aprendido.

Tinha algumas novas crenças e notou que estava se comportando de modo


diferente de quando ficava correndo para o mesmo Posto sem queijo.

Ele sabia que quando você muda suas crenças, pode mudar o que faz.

Pode acreditar que a mudança irá prejudicá-lo, e resistir a ela. Ou que


encontrar um Novo Queijo o ajudará, e aceitá-la.

Tudo depende daquilo em que escolhemos acreditar.

Ele escreveu na parede:

Quando Você Acredita que


Pode Encontrar e
Apreciar um Novo Queijo,
Muda de Direção.
Haw tinha consciência de que estaria em melhor forma agora se tivesse
aceitado a mudança e saído do Posto C mais cedo. Sentir-se-ia mais forte
física e espiritualmente, e poderia ter enfrentado melhor o desafio de
encontrar um Novo Queijo. De fato, provavelmente já o teria encontrado
se tivesse esperado a mudança, em vez de perder tempo negando que
ocorrera.

Reuniu coragem e decidiu entrar nas partes mais desconhecidas do


labirinto. Encontrou uns poucos pedaços de Queijo aqui e ali e começou a
recuperar sua força e confiança.

Ao pensar no lugar de onde viera, Haw ficou feliz por ter escrito em
muitas paredes. Achou que suas frases serviriam como uma pista para
Hem seguir através do labirinto, se escolhesse sair do Posto C.

Haw só esperava estar indo na direção certa. Pensou na possibilidade de


Hem ler O Manuscrito na Parede e encontrar o seu caminho.

Ele escreveu na parede o que estava pensando havia algum tempo:

Notar Cedo as Pequenas Mudanças


Ajuda-o a Adaptar-se às
Maiores que Ocorrerão.
Àquela altura, Haw havia se libertado do passado e estava se adaptando ao
futuro.

Ele continuou a percorrer o labirinto com maior força e velocidade. E não


demorou muito para algo acontecer.

Quando parecia que estava no labirinto havia uma eternidade, sua jornada
terminou rápida e alegremente.

Haw encontrou um Novo Queijo no Posto N!

Quando entrou, ficou surpreso com o que viu. Em altas pilhas por toda a
parte estava o maior estoque de Queijo que já encontrara. Haw não
reconheceu todos os tipos de Queijo, porque alguns eram novos para ele.

Por um momento Haw se perguntou se o que via era real ou fruto da sua
imaginação. Então avistou seus velhos amigos, Sniff e Scurry.

Sniff o recebeu inclinando a cabeça em uma saudação, e Scurry acenou-lhe


com a pata. Suas gordas e pequenas barrigas mostravam que estavam ali
havia algum tempo.

Haw os cumprimentou rapidamente e logo pegou pedaços de todos os


seus Queijos favoritos. Tirou os tênis e a roupa de correr, dobrando-a
cuidadosamente e colocando-a à mão, para o caso de precisar delas de
novo. Então se atirou sobre o Novo Queijo. Depois de saciar a fome,
ergueu um pedaço de Queijo fresco e fez um brinde.

- Viva a Mudança!

Enquanto Haw saboreava o Novo Queijo, refletia sobre o que aprendera.

Ele percebeu que quando temera a mudança estivera mantendo a ilusão do


Velho Queijo que não estava mais lá.

Então o que o fez mudar? O medo de morrer de fome? Haw pensou: "Bem,
isso ajudou."

Então ele riu e percebeu que começara a mudar logo que aprendera a rir de
si mesmo e do que fizera de errado. Deu-se conta de que o caminho mais
rápido para mudar é rir de sua própria insensatez – então você pode se
libertar e seguir rapidamente em frente.

Haw soube que tinha aprendido algo útil sobre seguir em frente com seus
companheiros ratos, Sniff e Scurry. Eles simplificavam a vida. Não
analisavam ou complicavam demais as coisas. Quando a situação mudou e
o Queijo foi tirado do lugar, eles mudaram e foram à sua procura. Haw não
se esqueceria disso.

Então Haw usou seu cérebro maravilhoso para fazer o que os duendes
fazem melhor do que os ratos.

Ele refletiu sobre os erros que cometera no passado e os usou para planejar
seu futuro. Haw sabia que você pode aprender a lidar com a mudança:

Pode ter mais consciência da necessidade de simplificar a vida, ser


flexível e se mover rapidamente.

Não precisa complicar demais as coisas ou se confundir com crenças


assustadoras.
Pode notar quando as pequenas mudanças começam, para estar mais
preparado para a grande mudança que pode ocorrer.

Ele sabia que precisava adaptar-se mais rápido, porque se você não se
adapta a tempo, talvez nunca venha a se adaptar.

Haw teve de admitir que o maior obstáculo à mudança está dentro de você
mesmo, e que nada melhora até você mudar.

Talvez mais importante do que tudo, ele percebeu que sempre há um Novo
Queijo em algum lugar, mesmo que você não saiba disso na ocasião. E que
esse queijo é sua recompensa quando você vence o seu medo e passa a
gostar da aventura.

Ele sabia que um pouco de medo deve ser tomado em consideração,


porque pode evitar que você corra um risco real. Mas percebeu que a
maioria dos seus medos era irracional e o impedira de mudar quando a
mudança se mostrava necessária.

Haw não gostou disso na época, mas sabia que a mudança se revelara um
benefício disfarçado, porque o levara a encontrar um Queijo melhor.

Ele até mesmo encontrara uma parte melhor de si mesmo.

Enquanto Haw se lembrava do que havia aprendido, pensava em seu amigo


Hem. Desejou saber se Hem havia lido alguma das frases que escrevera
nas paredes no Posto C e em todo o labirinto.

Hem havia decidido se libertar e seguir em frente? Tinha entrado no


labirinto e descoberto o que podia tornar a sua vida melhor?

Haw pensou em voltar ao Posto C para ver se conseguia encontrar Hem –


aceitando como hipótese que conseguiria encontrar o caminho de volta.
Ele achou que se encontrasse Hem poderia lhe mostrar como sair da
situação desagradável em que se encontrava. Mas Haw se deu conta de que
já tentara fazer o amigo mudar.

Hem tinha de encontrar o seu próprio caminho, deixando para trás a sua
comodidade e os seus medos. Ninguém podia fazer aquilo para ele, ou o
convencer a fazê-lo. De algum modo, Hem tinha de ver a vantagem da
mudança.

Haw sabia que deixara uma pista no labirinto, e que Hem poderia
encontrar o seu próprio caminho, se apenas lesse O Manuscrito na Parede.

Ele escreveu um resumo do que havia aprendido na parede maior do Posto


N. Desenhou um grande pedaço de queijo ao redor de todos os insights que
havia tido, e sorriu ao ver o que aprendera.

O Manuscrito na Parede

A Mudança Ocorre Continuam a Mexer no Queijo

Antecipe a Mudança
Prepare-se para o Caso do Queijo
Não Estar no Lugar

Monitore a Mudança
Cheire o Queijo com Freqüência para
Saber Quando Está Ficando Velho

Adapte-se Rapidamente à Mudança Quanto Mais Rápido Você se Esquece


Do Velho Queijo
Mais Rápido Pode Saborear um Novo

Mudança
Saia do Lugar Assim Como o Queijo!

Aprecie a Mudança
Sinta o Gosto da Aventura
e do Novo Queijo

Esteja Preparado para Mudar


Rapidamente Muitas Vezes
Continuam Mexendo no Queijo

Haw percebeu o quanto tinha ido longe desde que estivera com Hem no
Posto C, mas sabia que seria fácil para ele retroceder caso se sentisse
confortável demais. Todos os dias inspecionava o Posto N para ver qual
era a condição do seu Queijo. Faria todo o possível para evitar ser
surpreendido por uma mudança inesperada.

Enquanto Haw ainda tinha um grande estoque de Queijo, freqüentemente


ia para o labirinto e explorava novas áres para estar ciente do que estava
acontecendo ao seu redor. Ele sabia que era mais seguro ter consciência de
suas verdadeiras escolhas do que se isolar em sua zona de conforto.

Haw ouviu o que achou que era o som de passos no labirinto. Quando o
som se tornou mais alto, percebeu que alguém estava chegando.

Poderia ser Hem? Ele estava prestes a dobrar a esquina?

Haw fez uma pequena oração e esperou – como esperara muitas vezes
antes – que talvez, finalmente, seu amigo tivesse sido capaz de ...

Sair do Lugar
Assim como o Queijo
e Gostar Disso!
Um Debate:
Mais Tarde, Naquele Mesmo Dia
Quando Michael terminou de contar a história, seus antigos colegas de
classe estavam sorrindo. Vários disseram que tinham aprendido muito
com o que haviam ouvido e lhe agradeceram.

Alguns começaram a se despedir, porque desejavam ir embora e refletir


sobre a história e o seu siginificado.

Outros, que preferiam discuti-la, concordaram em se encontrar para tomar


uma bebida naquela noite, antes do jantar.

Mais tarde vários deles se encontraram em uma sala de hotel, e logo


começaram a fazer brincadeiras uns com os outros a respeito de encontrar
o seu "Queijo".

- Bem, estou feliz por nunca ter hesitado quando me deparei com uma
mudança – disse Carlos.

Aqueles que o conheciam bem balançaram sua cabeças zombeteiramente,


indicando com isso que não acreditavam no que ele dizia.

Nathan estava sério.

- Eu queria que a minha família tivesse ouvido essa história antes.


Infelizmente, não quisemos enxergar as mudanças que estavam ocorrendo
em nosso negócio, e agora é tarde demais. Estamos tendo de fechar várias
de nossas lojas.

Aquilo surpreendeu muitos no grupo, porque eles achavam que Nathan


estava em um negócio seguro, com o qual poderia contar ano após ano.
Frank, que havia seguido a carreira militar, acrescentou:

- Detesto admitir isso, mas eu me vi na história. Geralmente tenho um


bom motivo para justificar por que a mudança não deveria acontecer
comigo.

- Eu também não achava que deveria acontecer comigo – disse Angela –,


mas mexeram no meu "Queijo" várias vezes.

Muitos no grupo riram, exceto Nathan, que observou:

- Talvez esse seja o ponto principal. Isso acontece com todos nós.

Elaine, que havia sido a pessoa mais calada da classe, se manifestou:

- Bem, Michael, quero agradecer a você por nos contar essa história
durante o almoço. Já estou me sentido menos estressada. Acho que logo
que eu abrir mão de um pouco do "Velho Queijo", o que não faço há muito
tempo, as coisas vão ficar muito melhores.

- Isso será bom para você – observou Michael.

- Você sabe, acho que é exatamente o que será. Bom para mim – disse
Elaine.

- Você acha que Hem algum dia mudou e seguiu em frente? – perguntou
Angela.

Laura, que entrara para aquela turma no último ano do curso, respondeu:

- Acho que sim.

- Eu acho que não – replicou Cory. – Há pessoas que nunca mudam. E elas
pagam um preço por isso. Vejo muitas como Hem no exercício da minha
profissão médica. Elas acham que merecem o seu "Queijo". Ficam
zangadas quando lhes é tirado e culpam os outros. E quanto mais ficam
zangadas, mais adoecem.
Jessie, que tivera muitos empregos diferentes e agora era vendedora, disse:

- Tenho observado a mesma coisa. Uma vez, no escritório, eles nos


reuniram e anunciaram que um programa importante, no qual todos nós
havíamos trabalhando muito, havia sido subitamente cancelado. Eu vi
várias pessoas em pé formando um círculo, com as mãos nos quadris e
suas bocas abertas, como Hem na história. Uma delas literalmente gritou:
"Isso não é justo!"

Muitos do grupo sorriram, mas Carlos comentou:

- É engraçado quando você vê alguém fazendo isso, mas eu gostaria


de saber quanto de nós são como Hem e simplesmente não conseguem rir
de si mesmos. Hem me fez lembrar de um amigo cujo departamento
estava fechando, mas que não queria enxergar isso. Estava havendo um
remanejamento do pessoal. Todos nós tentamos conversar com ele sobre as
muitas outras oportunidades que existiam na empresa para quem queria
ser flexível, mas ele não achava que tinha de mudar. Foi o único que ficou
surpreso quando seu departamento fechou. Agora está tendo dificuldade
em se adaptar.

- Acho que é muito melhor dar início à mudança quando você pode, do que
apenas tentar reagir e se adaptar a ela – disse Nathan. – Talvez nós
devêssemos mexer no nosso próprio Queijo.

- Eu sei que nem sempre a mudança é boa – observou Frank. – E algumas


coisa nunca mudam. Por exemplo, eu não quero mudar os meus valores
básicos. Mas agora percebo que me sairia melhor se tivesse ido procurar o
"Queijo" muito mais cedo em minha vida.

- Bem, Michael, essa foi uma bela história – disse Richard, o cético da
classe –, mas como você colocou isso em prática na sua empresa?
O grupo ainda não sabia, mas o próprio Richard estava passando por
algumas mudanças. Recém-divorciado, tentava conciliar sua carreira com
a criação de seus filhos adolescentes.

- Você sabe – respondeu Michael –, eu achei que o meu trabalho se


resumia em resolver os problemas diários que surgiam, quando devia ter
olhado adiante e prestado atenção aonde estávamos indo .

"E puxa vida, eu resolvia aqueles problemas vinte e quatro horas por dia.
Não era muito devertido. Estava em uma situação de estresse da qual não
conseguia sair.

" Mas quando ouvi pela primeira vez a história Quem mexeu no meu
Queijo? e vi como Haw havia mudado, percebi que meu trabalho era pintar
um quadro do 'Novo Queijo'. e pintá-lo tão clara e realisticamente que eu e
meus colegas de trabalho pudéssemos apreciar a mudança e o sucesso
juntos.

- Isso é interessante – disse Angela. – Já que, para mim, a parte melhor da


história foi quando Haw venceu o seu medo e pintou um quadro em sua
mente em que encontrava o "Novo Queijo". Correr através do labirinto se
tornou menos assustador e mais agradável.

Richard, que estivera carrancudo durante a discussão, observou:

- Minha gerente anda dizendo que nossa empresa precisa mudar. Creio que
o que está realmente me dizendo é que eu preciso mudar, mas nunca quis
ouvi-la. Acho que de fato nunca soube o que era o "Novo Queijo", na
direção do qual ela tentava nos levar. Ou como poderia me beneficiar indo
procurá-lo.

Richard esboçou um sorriso, ao dizer:

- Tenho de admitir que gosto dessa idéia de ver o "Novo Queijo", e me


imaginar saboreandoo. Torna tudo mais fácil. Diminui o meu medo e me
faz ficar mais interessado em que a mudança ocorra.
"Talvez eu pudesse usar isso em minha vida familiar. Meus filhos
parecem achar que nada em suas vidas deve mudar. Estão irritados. Creio
que têm medo do que o futuro lhes reserva. Talvez eu não tivesse pintado
um quadro realístico do 'Novo Queijo' para eles. Provavelmente porque eu
mesmo não o vejo.

O grupo ficou calado, enquanto várias pessoas pensavam em suas próprias


vidas familiares.

Então Jessie disse:

- Bem, o que aprendi com a história é que a mudança vai acontecer, goste
eu ou não disso.

" Lembro-me de quando a nossa empresa estava vendendo uma


enciclopédia. Uma pessoa tentou nos dizer que deveríamos colocá-la em
um único CD de computador e vendê-la bem mais barato, porque seu custo
seria muito menor e um número maior de pessoas poderia comprá-la. Mas
todos nós resistimos a essa idéia.

- Por quê? – perguntou Nathan.

- Porque achávamos que o que sustentava o nosso negócio era o grande


número de pessoas que realizavam vendas de porta em porta. Mantê-lo
dependia das altas comissões que elas ganhavam com o nosso produto
caro. Fazíamos isso com sucesso havia muito tempo e achávamos que
continuaríamos fazendo eternamente.

"Quando penso no que aconteceu conosco, começo a perceber que 'nosso


Queijo não foi apenas mexido', mas que o 'Queijo' tem uma vida própria e
um dia acaba.

"Seja como for, nós não mudamos. Mas um competidor mudou, e agora
nossas vendas estão caindo muito. Acho que em breve estarei fora do
negócio.
- É hora de ir para o labirinto! – gritou Carlos. Todos riram, inclusive
Jessie.

Michael a elogiou:

- É bom você conseguir rir de si mesma.

- Foi isso que eu aprendi com a história – acrescentou Frank. – Costumo


me levar muito a sério. Notei como Haw mudou quando finalmente riu de
si mesmo.

- Bem – disse Elaine –, a maioria das pessoas aqui está falando sobre
empregos, mas quando ouvi a história, pensei em minha vida pessoal.
Acho que meu relacionamento é um "Velho Queijo" que está bastante
mofado.

Cory riu, concordando:

- O meu também. Provavelmente terei de abrir mão dele.

- Ou – retrucou Angela –, talvez o "Velho Queijo" sejá apenas o antigo


comportamento. Na verdade, temos de abrir mão do comportamento que
causa o relacionamento ruim. E então procurar ter um modo melhor de
pensar e agir.

- É mesmo! – disse Cory. – Você tem razão!

- Eu não percebi isso quando ouvi a história pela primeira vez –


observou Richard –, talvez porque não estivesse no estado espírito certo,
mas estou começando a achar que pode haver mais nela do que pensei.
Gosto da idéia de abrir mão do antigo comportamento, no lugar do
relacionamento. Repetir o mesmo comportamento apenas fará você obter
os mesmos resultados.

- Eu concordo – disse Laura. – Como dizem, "Se você fizer o que sempre
fez, obterá os mesmos resultados." Não sei se devo rir ou chorar quando
ouço essa história. Acabei de largar o meu emprego e agora acho que
talvez devesse ter continuado e ajudado minha empresa a mudar. Se
tivesse feito isso, provavelmente teria um emprego melhor agora.

Então Nathan falou em voz baixa, como se falasse consigo mesmo:

- Acho que a questão é: Do que precisamos abrir mão e o que é necessário


para seguir em frente?

Todos se calaram durante algum tempo. Então a conversa continuou com


as pessoas mencionando várias coisas que tinham aprendido com a
história.

Michael prestou atenção ao que diziam e ficou feliz por elas terem
aprendido algo com a história do Queijo na primeira vez em que a
ouviram. Acreditava que, ao refletirem sobre ela, aprenderiam ainda mais
ao longo dos anos, como ele aprendera.

Então Becky, que morava em outra cidade mas voltara para a reunião,
disse:

- Quando eu ouvi a história e os comentários de todos aqui, tive de rir de


mim mesma. Sou como Hem há muito tempo, fico hesitante e com medo
da mudança. Não tinha me dado conta de quantas pessoas também são
assim. Talvez tenha até mesmo passado esse medo para meus filhos, sem
perceber.

"Quando penso sobre isso, vejo que a mudança realmente pode levá-lo a
um lugar novo e melhor, embora no momento que ocorre você ache que
não.

"Eu me lembro de uma época em que nosso filho estava no segundo ano da
escola secundária. O emprego de meu marido exigiu que nós nos
mudássemos de Illinois para Vermont, e nosso filho ficou aborrecido
porque teve de deixar seus amigos. Ele era um ótimo nadador, e a escola
secundária em Vermont não tinha uma equipe de natação. Então ele sentiu
raiva de nós porque o fizemos sair de Illinois.
"Nosso filho acabou adorando as montanhas de Vermont e entrando para a
equipe de esqui de seu colégio, e agora vive feliz no Colorado.

"Se todos nós tivéssemos ouvido essa história do Queijo juntos, tomando
uma xícara de chocolate quente, poderíamos ter evitado muito estresse em
nossa família.

– Essa é uma história que você poderia contar a crianças mais novas –
disse Jessie –, talvez em uma versão ainda mais simples. Só sei que
gostaria de ter tido um maior conhecimento dessas coisas quando era mais
jovem.

Então Frank comentou:

- Acho que vou ser como Haw, mudar de lugar assim como o Queijo e
gostar disso! E vou contar essa história para meus amigos que estão com
medo de deixar a carreira militar e do que a mudança significará para eles.
Isso poderia levar a alguns debates interessantes.

- Foi assim que melhoramos o nosso negócio – disse Michael. –


Debatemos várias vezes o que tínhamos aprendido com a história do
Queijo e como poderíamos aplicá-las a nossa própria situação. Esse foi um
modo divertido de nos comunicarmos, porque nos forneceu uma
linguagem fácil. E também muito eficaz, porque teve uma grande
penetração na empresa.

- Como assim? Perguntou Nathan.

- Bem, quando fomos mais longe em nossa organização descobrimos que,


compreensivelmente, as pessoas que se consideravam com menos poder
tinham mais medo do que a mudança poderia significar para elas.

"Quando a história do Queijo foi contada em nossa organização, as pessoas


que estavam resistindo à mudança se tornaram mais flexíveis porque
viram a vantagem de mudar. Elas até mesmo ajudaram a promover a
mudança.

"Nós também contamos a história às pessoas com quem queríamos


realizar negócios. Então sugerimos que poderíamos ser o seu 'Novo
Queijo', o que levou a algumas novas vendas.

Aquilo deu a Jessie várias idéias e a fez lembrar de que tinha de dar alguns
telefonemas de vendas bem cedo, na manhã seguinte. Ela olhou para se
relógio e disse:

- Bem, é hora de eu sair deste Posto e procurar um Novo Queijo.

O grupo concordou. Eles gostariam de continuar a conversa, mas


precisavam ir embora.

Ao começarem a sair agradeceram a Michael, que disse:

- Estou realmente feliz por vocês terem aprendido algo com a história,
e espero que tenham a oportunidade de contá-la a outras pessoas.
Sobre o Autor
Spencer Johson, M.D., é autor de livros que foram sucesso de vendas no
mundo inteiro e que ajudaram milhões de pessoas a descobrir verdades
simples que podem usar para ter vidas mais sadias e bem-sucedidas, e
menos estressantes.

Ele é o criador e co-autor de O gerente-minutoTM , o best seller nº 1 de


New York Times, escrito com o legendário consultor de gerenciamento
Kenneth Blanchard, Ph.D. o livro continua a aparecer nas listas dos best
sellers na área de negócios e se tornou o método de gerenciamento mais
popular do mundo .

O Dr. Johnason escreveu muitos best sellers, inclusive cinco outros livros
da série Minuto ou não; os populares livras infantis Value Tales e o eterrno
presente favorito, O presente precioso.

Sua educação inclui um B.A. em psicologia da University of Southern


Colifornia, um M.D. do Royal College of Surgeons e trabalhos realizados
para a Harvard Medical School e The Mayo Clinic.

Seus livros freqüentemente são tema de reportagens na mídia, inclusive na


CNN, em USA Today, Oprah Winfrey, The Larry King Show, Associated
Press, The Washington Post e United Press International.

Há mais de onze milhões de cópias dos livros de Johnson publicadas em


vinte e seis idiomas.

QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO?


Um Modo Surpreendente de Lidar com a Mudança
Em seu Trabalho e em sua Vida

"Assim que eu acabei de ler Quem mexeu no Queijo? encomendei cópias


para toda a minha equipe de treinamento e alguns de meus familiares e
parentes ... um livro sobre as verdades simples da vida... fácil de entender
... tão aplicável a mudanças no lar quanto a mudanças no trabalho".

Kathy Cleveland Bull Diretora de Treinamento & Desenvolvimento Ohio


State University

"Bravo! Que maravilhosos insights da mudança! Esse livro tornou a minha


passagem da medicina para a música muito mais significativa. É uma
leitura fascinante!"

Samuel Wong, M.D. maestro assistente New York Philharmonic '90- '94

"Eu havia acabado de saber que nosso conselho decidira inesperadamente


vender a empresa. Sem garantias empregatícias, fiquei deprimido e entrei
em um perigoso jogo de autopiedade. Então li Quem mexeu no meu
Queijo?. A mensagem do livro atingiu-me como um raio! Logo deixei de
me revoltar contra a minha situação, que considerava injusta, e fiquei
cheio de confiança e vontade de encontrar meu Novo Queijo".

Michael Carlson, presidente Edisar Plastics

"Eu estou dando esse livro a colegas e amigos, porque todos nós
precisamos nos adaptar à mudança para ser bem-sucedidos na economia
mutante de hoje, e esse é um livro raro que pode ser lido e compreendido
rapidamente por todos. Sua ótima história e seus insights únicos fazem
você querer aceitar a mudança como uma aliada – e gostar dela!"

Randy Harris, antigo vice-presidente Merry Lynch International

"Quem mexeu no meu Queijo? mudou minha vida. Literalmente salvou


minha carreira e me trouxe sucesso em novas áreas com as quais eu apenas
sonhara".

Charlie Jones, autor de What Makes Winners Win! Comentarista da NBC


TV

"Desde que li a história do 'Queijo', minha equipe e eu começamos a achar


que as muitas mudanças com as quais nos deparamos são como 'se o nosso
Queijo tivesse sido tirado do lugar', e isso nos permite mudar rapidamente
e considerar as novas oportunidades como aventuras estimulantes. Nós
encomendamos cem livros para usar como um componente importante de
nosso Fórum de 1998 de Desenvolvimento Contínuo".

Topper Long, presidente da Divisão Textron, Turbine Engine Components.

"Logo que eu acabei de ler Quem mexeu no meu Queijo?, encomendei


cópias para nossos diretores para nos ajudar a lidar com as inevitáveis
mudanças com que nos deparamos – de fazer parte de equipes que estão
mudando a desenvolver novos mercados - e espero que façam o mesmo
pelas pessoas com quem eles trabalham."

Joan Banks, Especialista em Eficiência do Desempenho Whirlpool


Corrporation
Quem mexeu no meu Queijo?
é usado por homens e mulheres em :

Abbot Labs, Bell South, Bristol Myers Squibb, Exxon, Georgia Pacific,
Guaranty Federal Bank, Lucent Techonolgies, Marriot Hotels, Mead
Johnson, Mobil Oil, National City Bank, Oceaneering, Ohio State
University, State Farm Insurance, Texaco, United Rent-A-Car, U.S.
Military, hospitais, instituições de caridade, órgãos governamentais – e
muitas outras organizações grandes e pequenas.

Quem mexeu no meu Queijo?

É uma parábola que revela verdades profundas sobre mudança. Dois


ratinhos e dois homenzinhos vivem em um labirinto em busca de queijo –
uma metáfora para o que se deseja ter na vida: seja um bom emprego, um
relacionamento amoroso, dinheiro, saúde ou paz espiritual. Um deles é
bem-seucedido e escreve o que aprendeu com sua experiência nos muros
do labirinto. As palavras rabiscadas nas paredes ensinam a lidar com a
mudança para viver com menos estresse a alcançar mais sucesso no
trabalho e na vida pessoal.
Quem mexeu no meu Queijo? é uma leitura rápida mas suas idéias
permanecerão por toda a vida.

Spencer Johnson, M.D.

É o co-autor de O gerente-minuto. Escreveu muitos outros sucessos,


entre eles cinto títulos da série Minuto. Seus livros já venderam mais de
11 milhões de exemplares em todo mundo.

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