@perigosasnacionais Test Drive - Carlie Ferrer
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PERIGOSAS ACHERON
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CAPA
Arte: Mirella Santana
http://mirellasantana.com.br/
Imagens: ©Shutterstock
DIAGRAMAÇÃO
Carlie Ferrer
Imagens: ©Shutterstock/Freepik
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Introdução
— Era uma vez, uma doce e solitária garota,
perdida na cidade grande em busca do seu próprio
caminho. Ela não tinha nome, nem um passado que
pudesse ser compartilhado, e nem a esperança de
um futuro. Seus dias se resumiam a conservar sua
fama, que ganhara por pura sorte, já que era
péssima praticando a profissão que lhe garantia seu
sustento. Seus maiores medos se resumiam a três
coisas. A terceira: que sua farsa fosse descoberta
tirando assim todos os seus clientes e qualquer
possibilidade de manter-se na grande maçã onde
tentava viver. A segunda: que seu passado fosse
descoberto. Fora muito difícil para ela enterrá-lo, e
se qualquer pessoa o trouxesse à tona, não restaria a
ela um futuro para se preocupar. E a primeira,
aquela coisa que ela mais temia no mundo, era
apaixonar-se por Stephen Ryan.
— Ah, cale a boca, Brin e me deixa dormir!
Tenho que acordar cedo! — ralha Tyler, meu
colega de quarto, irritado.
— Você está estragando o que pode ser um
novo clássico dos cinemas, sou a nova Julia
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Capítulo 1
Brin
Apesar dos vários clientes a quem já atendi,
um frio na barriga antes de encontrar um deles, é
algo que simplesmente não consigo evitar.
Trabalho com diversos tipos de pessoas, e pessoas
são sempre imprevisíveis. Aprendi há muito tempo
que não se conhece alguém de maneira alguma pela
aparência, pelo que ela diz ser e nem mesmo pelo
que falam dela. Você conhece alguém através das
suas escolhas. E nesta parte, bem, eu sou sempre
surpreendida. Como o cara que apareceu com uma
cobra e me pediu para deixá-la à espreita, nos
observando. Tínhamos que fazer devagar porque
um movimento brusco, e ela nos picaria. Claro que
isso não funcionou para mim, sou medrosa mesmo,
admito. Eu fui a responsável pelo movimento
brusco: gritei e pulei da cama em desespero. E isso
acabou com o estranho cliente sendo a vítima da
cobra, que só depois descobri não ser venenosa,
graças a Deus.
Adicionei esse cliente à minha lista de não
atender nunca mais.
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Querida Brin,
Preciso dos seus serviços com o máximo de
urgência e sigilo. Isso exigirá de você que se
concentre em apenas um cliente, mas prometo
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Capítulo 2
Stephen
Leio pela terceira vez a mesma frase até
aceitar que não vou mesmo conseguir ler este livro.
O jogo sobre a mesa irritado e não me dirijo à
minha próxima aula. Talvez não queira mais fazer
direito. Não estou ansioso para defender culpados.
Não estou nada satisfeito por um futuro onde
tratarei de divórcios. Não quero ter que brigar por
direitos de trabalhadores mal pagos e vê-los perder,
mesmo estando certos, porque estas empresas são
as que movimentam a capital do país. Não, não
quero. Nada em direito me atrai. Sei que não é
apenas isso que um advogado faz, estou focando
nas coisas ruins, coisas que tanto vejo acontecer nas
firmas do meu pai, que é o lugar onde vou passar o
resto da minha vida quando concluir isso. Devia ter
concluído meu curso de fotografia, ao invés de ter
decidido ser um bom filho e trancado meu sonho
para realizar o do meu pai. Assim como devia ter
ficado na minha, esperando a pessoa certa cair de
paraquedas na minha vida, ao invés de procurar me
apaixonar pela melhor amiga do meu maior
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inimigo.
Caitlin partiu meu coração. E isso tem um
significado muito maior do que aparenta.
Decidido a salvar pelo menos o dia de hoje,
saio da faculdade e sigo para o Central Park. Este é
o lugar preferido da Caitlin, mas não é por ela que
estou aqui hoje. É por mim. Observo as pessoas à
minha volta, mães brincando cansadas com seus
filhos, crianças correndo e fazendo novas amizades,
casais apaixonados se pegando. Tiro a câmera da
mochila e começo a fotografar. Passo a manhã toda
fotografando até que me dou por satisfeito e volto
para casa.
Gosto de avaliar as pessoas nas fotos que tiro.
Fico horas imaginando a vida de cada uma delas, o
que faz para viver, o que gosta, o que pensava no
momento da foto. São pessoas aleatórias que sequer
sabiam que estavam sendo fotografadas, e isso é o
que mais gosto. Passeando pelos rostos de cada
pessoa capturada, um em especial me chama
atenção. É a garota que caiu de moto. Ela também
estava no Luck na outra noite. Aproximo seu rosto
na tela e noto que olha diretamente para a câmera,
diretamente para mim. Por algum motivo, nesses
últimos dias, este foi o terceiro lugar em que eu
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Capítulo 3
Brin
Um filme romântico bobo passa pela décima
vez e mesmo assim sou incapaz de mudar de canal.
Gosto de rever filmes que já assisti muitas vezes,
testo minha memória assim, o quanto decorei das
falas. Há filmes em que já sei de cor todas as falas,
e os adoro por isso. Somos amigos íntimos. Mas
desta vez não estou prestando atenção às falas, não
saberia nem mesmo dizer qual é o nome do filme.
Meus pensamentos, geralmente livres, se
encontram todos aprisionados ao mesmo tema:
Stephen Ryan.
Ele foi legal comigo. Ele é legal. E tão
bonito! E me parece errado não contar a ele porque
comecei a segui-lo de verdade. Quando foi que me
tornei uma dessas garotas que se preocupa em fazer
o certo, nem eu mesma sei dizer.
A pipoca no balde no meio das minhas pernas
esfriou há muito tempo, e seu cheiro começa a
enjoar meu estômago. Sentindo-me uma farsante
solitária, choro com ela, contando os segundos para
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trapaceira!
— É o meu nome, Tyler, olha a minha
identidade. Olhe a minha certidão. Você perdeu!
Ele se levanta irritado com o dedo em riste na
minha cara enquanto o presenteio com minha risada
diabólica da vitória.
— A conta é sua!
A distração foi muito bem-vinda, porém,
quando ele se afasta irritado, volto a me questionar.
Eu sei que vou seguir com isso, mesmo porque
estou curiosa sobre a masculinidade de Stephen
Ryan, mas será que tenho mesmo que mentir para
ele?
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sorriso de lado.
— Ainda sou uma donzela em perigo —
garanto.
— Você veio até aqui para me ver, certo?
Faço uma careta.
— Que convencido, senhor Ryan! — Ele
cruza os braços enquanto aguarda por minha
resposta e a contragosto, porque seus olhos verdes
estão cravados demais em mim, acabo dizendo a
verdade. — Por acaso, eu vim sim.
— Então vem comigo, vamos para outro
lugar.
Opa que o suculento de gay não tem nada!
Deduzo animada e cedo demais. Ele me guia até
seu carro e abre a porta para eu entrar. Por um
momento me sinto a própria Julia Roberts e até me
pergunto porque não pintei meu cabelo de
vermelho. Já começo a imaginar onde ele vai me
levar, não espero que seja nenhum restaurante legal
ou caro. Claro que não! Onde um homem levaria
uma garota como eu? Algum motel legal e caro,
talvez? Ele parece legal. Talvez eu tenha sorte,
afinal de contas. Olho para seu semblante calmo ao
meu lado em seu carro e sou invadida pelos meus
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agradável.
O oponente dele é chamado de Trovão, é
mais baixo que ele, porém bem mais musculoso.
Stephen é musculoso estilo sarado e gostoso, e esse
cara, seu oponente, estilo bizarro e assustador.
Duvido que ainda consiga enxergar o próprio pênis
no meio de tantos músculos em suas coxas.
— Confia em mim — Stephen pede baixinho
e dá uma piscadela antes de um sino soar e a luta
começar.
Percebo rapidamente as regras da luta: não há
regras. O Trovão tenta acertar perto demais do
pênis de Stephen e me desespero.
— Por favor, o pênis não. Quebra a cara dele,
mas não mexa no pênis! — peço baixinho quase
como uma prece.
E sem muito esforço, com sua total
concentração em seu oponente, Stephen consegue
desviar de quase todos os golpes de Trovão, como
se estivesse prevendo-os. E consegue acertá-lo
sempre que faz isso. Começo a entender porque
Stephen vence lutas com o cérebro, ele entende o
adversário, memoriza os golpes deles e os evita. E
percebe com grande facilidade suas fraquezas,
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faculdade.
— Na verdade, pensei em levá-la a um lugar
mais reservado, se não se importar.
Por que será que ele está corando?
— Tudo bem, sou toda sua, leve-me onde
quiser.
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Argentina.
— Sério? Terei que consultar um mapa da
próxima vez. Minha vez, qual seu tipo preferido de
mulher?
Ele olha diretamente em meus olhos ao
responder:
— Virgens.
Meu choque inicial me faz prender o ar, até
que ele ri alto, de dobrar seu corpo sobre a mesa e
encher seus olhos. E eu não consigo achar a mesma
graça.
— Sua cara foi impagável — diz gabando-se.
— Não tenho um tipo preferido de mulher. Mas se
tenho que escolher uma palavra, eu diria
interessante.
— Isso é muito vago. Pessoas sempre são
interessantes, se não por uma coisa, são por outra
— reclamo.
— Você é muito interessante, Brin Vega —
diz de repente enquanto prova a sobremesa e sinto
meu ar falhar por um segundo. Quero dar uma
resposta à altura, que o faça perder o ar por mim,
mas não consigo pensar em nada. A maneira como
me olha e o sorriso tímido que exibe antes de voltar
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afastando-me.
Sinto-me extremamente confusa. Havia todo
um clima entre a gente no restaurante, quando ele
disse que eu sou o tipo de mulher que ele gosta,
quando me deu seu casaco e abriu a porta para
mim. Esse clima existiu desde o momento em que
me chamou para sair do Luck com ele e decidiu
que eu merecia jantar em um restaurante caro e
legal. Então por que está me recusando agora?
— Brin — sussurra meu nome abaixando a
cabeça e percebo sua dificuldade em encontrar
palavras para me dar um fora.
— Tudo bem, Stephen, me desculpe. Eu
entendi tudo errado. Vou pra casa agora.
Viro-me de costas e mal dou um passo
quando ele fala:
— Você é incrivelmente linda, e tem o
sorriso mais gostoso e bonito que eu já vi.
Olho para ele esperando a conclusão de sua
declaração. Completamente perdida sobre o que
virá a seguir.
— Você é engraçada e forte, e sabe ser sexy
como eu nunca vi antes. Até seu jeito de comer é
sensual. A maneira como se move, como fala e
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Capítulo 4
Stephen
A luz do sol penetra aos poucos pela janela
aberta e ainda não preguei os olhos. Desde o beijo
em Brin há algo rondando cada pensamento meu,
algo que não consigo definir entre boa ou má ideia.
Se uma coisa ficou clara para mim na noite passada
foi que gosto da companhia dela. Ela é divertida,
misteriosa e muito interessante. Achei que
estivéssemos caminhando para uma amizade
improvável, mas duradoura, quando de repente ela
tentou me beijar. E agora, analisando as coisas que
eu disse, percebo que posso ter, sem a menor
intenção, dado em cima dela. Dizendo que ela é
meu tipo preferido de mulher, por exemplo.
Dar um fora nela não foi uma tarefa fácil,
nunca é. Principalmente porque ela cravou aqueles
olhos castanhos brilhantes nos meus, e é muito fácil
perder-me neles enquanto tento desvendá-la.
Interagir com a Brin é como adivinhar uma
fotografia ambulante. Não sei nada sobre ela, e
tampouco saberei por ela, já que nunca consigo
identificar quando responde uma verdade e quando
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Para: [email protected]
De: [email protected]
Brin, só quero saber se está tudo bem.
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Para: [email protected]
De: [email protected]
Brin, preciso do seu endereço. Temos que
conversar, é muito importante.
Para: [email protected]
De: [email protected]
Não tenho tempo para palavras. Quero
saber o que vai fazer se vier aqui, e não o que vai
dizer.
respondo apenas:
Para: [email protected]
De: [email protected]
O que você quer que eu faça?
Logo, a resposta.
Para: [email protected]
De: [email protected]
Você realmente não consegue pensar em
nada que queira fazer comigo? Eu consigo fazer
uma lista em menos de trinta segundos de tudo o
que quero fazer com você.
Para: [email protected]
De: [email protected]
Por que não está atendendo seus clientes
esta semana?
Para: [email protected]
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De: [email protected]
Também tenho direito a dar um tempo de
vez em quando. Principalmente, quando meu
corpo só pede por um único homem. E ele quer o
meu endereço para conversar. Não chega a ser
irônico?
Para: [email protected]
De: [email protected]
Você suspendeu os seus serviços por minha
causa?
Para: [email protected]
De: [email protected]
Suspendi porque quero apenas você.
Para: [email protected]
De: [email protected]
Você está apaixonada por mim, Brin?
Para: [email protected]
De: [email protected]
Jamais afirmo isso antes de conhecer
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Para: [email protected]
De: [email protected]
Eu quero o seu endereço.
Para: [email protected]
De: [email protected]
NÃO É ESSE ENDEREÇO.
QUERO O SEU ENDEREÇO.
Para: [email protected]
De: [email protected]
Não passo esse endereço para ninguém. Se
vier até aqui, vai ter que fazer valer a pena,
Stephen.
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Para: [email protected]
De: [email protected]
ME PASSA O SEU ENDEREÇO!
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— Você é inacreditável!
Há um resquício de raiva em mim por sua
confissão, algo similar a frustração por tê-la
interpretado tão erroneamente. Mas no minuto
seguinte a assimilar tudo o que disse, estou rindo.
Porque apesar do quão ridículo tudo isso possa
parecer, eu a entendo perfeitamente. Eu sou o
babaca que está sempre sozinho porque todas as
garotas que se aproximam de mim enxergam
apenas o sobrenome do meu pai, ou o status de
campeão do Luck.
— Acho que não vamos ser amigos —
admito por fim.
— Não vamos. Você não tem que se
preocupar com meus sentimentos, eu não os tenho.
Mas, se um dia você quiser alguém aleatório para
uma transa casual, este é o meu endereço.
— Boa sorte com isso. Tomara que você
encontre alguém.
Ela não diz nada e deixo seu quarto, e seu
apartamento. Enquanto dirijo de volta à cidade, não
consigo deixar de sentir esse incômodo por não ser
o objeto dos sentimentos dela. Essa frustração por
ela não ser nada do que pensei que seria. E esse
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Capítulo 5
Brin
As luzes, a sirene, um monte de policiais, o
corpo coberto de sangue. Tudo me vem à mente de
novo. É sempre assim. Sempre volto a ser a
garotinha fugindo, com medo da polícia, tentando
me esconder. Sempre me transformo na mulher
sem alma quando ouço as malditas sirenes.
— Brin! Fale comigo! Ei, responda! — a voz
de alguém chamando meu nome me tira aos poucos
do meu transe, e é como se meus olhos estivessem
fechados e eu os abrisse devagar. Começo a ver aos
poucos as coisas à minha volta. Percebo que não
faço a mínima ideia de onde estou. A última coisa
que me lembro é o idiota paranoico do Bruce
tentando me arrastar até seu carro. — Ei, você está
bem?
A voz doce de Stephen me faz levantar em
um pulo. Observo bem onde estou e o local grande
demais para um quarto, muito bem equipado, uma
coleção de câmeras e vários livros indica que estou
em seu quarto.
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gritando.
— Não estou irritada é que isso é... isso é...
— Não consigo pronunciar a quantidade de
palavras que me vem à mente, entre coisa de
mulherzinha, gay, ridículo, covarde, e por fim,
apenas uma permanece porque é como realmente
vejo essa decisão dele. — Isso é muito fofo!
Merda! Imagina a garota que conseguir conquistar
você, se der certo, ela vai saber que a vida toda
você só pertenceu a ela. Se não der, vai saber que
não importa o que aconteça entre vocês e quanto
tempo passe, você nunca irá esquecê-la. Você não
pode fazer isso! É crueldade com garotas comuns
como eu, que nunca serão essa garota perfeita que
você procura!
— Você pode ser qualquer coisa, Brin, mas
comum não é uma delas.
A contragosto, ainda mantendo minha careta,
como quem não quer nada, pergunto:
— Então eu tenho uma chance?
Ele ri alto como resposta, e nunca um homem
rir quando você diz que quer transar com ele é uma
coisa boa.
— Você é um grosso, Stephen Ryan! Eu vou
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embora.
Antes que eu alcance a maçaneta da porta, ele
me segura pelo braço.
— Não vai, não. Está pensando que vai fugir?
Eu te contei meu maior segredo, é sua vez,
espertinha.
Merda! Ele já não vai transar comigo porque
não serei eu a garota perfeita dele. Se ainda souber
que sou ruim de cama é que não vai mesmo! Que
homem vai querer sua primeira vez com uma
mulher incapaz de sentir?
Derrotada, aponto para a cama dele e
pergunto no meu tom choroso:
— Posso me deitar?
— Pode fazer o que quiser, sinta-se em casa,
Brin. Você vai passar a noite aqui, você aceitou,
lembra?
Assinto e tiro minha roupa. Mal termino de
tirar a blusa, ele segura minhas mãos.
— O que está fazendo?
— Ficando à vontade, eu nunca durmo de
roupa.
Ele resmunga alguma coisa que não escuto e
se vira de costas enquanto fico apenas de lingerie.
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e durmo.
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Capítulo 6
Stephen
Ao voltar para casa depois de deixar Brin no
apartamento dela, ao qual fui desconvidado a
entrar, ainda chego a tempo para o café da manhã
em família. Lanço meu olhar suplicante de irmão
mais velho a Seth, meu irmão caçula, mas devia
saber que ele não manteria a língua na boca. Como
em todas as manhãs, Serena não toma café
conosco, está sempre ocupada com alguma amiga,
em algum lugar. Minha mãe está absorta ao que
acontece ao seu redor e meu pai mantém sua pose
de pai de família, enquanto me lança olhares
questionadores. Esses olhares vivem em seu rosto
quando o direciona a mim.
E como em todas as manhãs, ninguém fala
nada à mesa. É apenas por este motivo que não
penso em matar o pequeno Seth, quando ele dá com
a língua nos dentes.
— O Stephen estava com uma garota no
quarto dele.
Espero a reprimenda de mamãe, a senhora
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de lado.
— Stephen Ryan, certo? — pergunta
arrastando meu nome, e, apesar do medo que
começa a me tomar, aceito seu convite para entrar.
— A Brin está?
— Está quase chegando, foi se encontrar com
alguém. Ela sabia que você viria hoje?
— Saberia, se tivesse me dado o número do
telefone dela.
— Essa é minha Brin, sempre tão reservada.
— Ah, você é namorado dela?
Ele me encara sério por um momento, depois
cai na gargalhada.
— E desde quando quenga tem namorado,
garoto? E não, não sou cliente dela também.
Apenas seu colega de apartamento. Tyler, ao seu
dispor. — Ele me estende a mão para que eu a
beije, como se fosse uma donzela e preciso me
segurar para não rir quando a aperto ao invés de
beijá-la e sua expressão se transforma em
decepção.
A porta abre e Brin aparece, seu rosto
vermelho e seus cabelos uma bagunça. Parece
surpresa por me ver ali, mas sorri.
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perigosa, diabinha.
Ela solta uma gargalhada deliciosa e se afasta
porque a luta da noite já vai começar. Hoje sou
apenas expectador. Quero ver os lutadores,
conhecê-los, antecipá-los.
— Ei, eu já não vi você naquele clubinho de
luta? — pergunta um dos lutadores, que nunca
havia visto aqui antes.
— Não frequento nenhum clube de luta —
respondo.
Ele me avalia por um momento e percebo que
a atenção de todos os caras se volta para mim.
— Até parece que um daqueles modelinhos
daquele clube de merda iria sobreviver a isso aqui!
— diz outro com uma careta.
— Esses babacas do Luck estão muito
ocupados no campeonato de merda deles agora.
Não se atreveriam a aparecer por essas bandas,
espero por isso desde que o idiota do Thor me
expulsou de lá, anos atrás. Se eu vir qualquer um
deles por aqui, farei questão de mandar um recado
para o chefe na cara do intruso — diz Adrian, o
organizador das lutas, o chefe, como o chamam.
Olho para Brin e nem preciso dizer nada, ela
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Capítulo 7
Brin
A porta é aberta e levo um susto ao dar de
cara com Tyler no centro da sala, avaliando-me
com surpresa e descrença.
— O que aconteceu? Por que você não estava
contando os segundos para eu chegar?
Suspiro tentando amenizar esse aperto que
sinto no peito desde que o pai do Stephen deixou
claro que sabe a verdade sobre o meu passado,
desde que disse que aquele infeliz adoraria saber
onde estou. Decidi a ir para a cama com Stephen e
fazer o serviço ao qual fui contratada para fazer,
mas então teve aquele jantar, e a noite de hoje. E
tudo parece fora dos eixos de novo.
— Brin, você está calada a tempo demais,
estou ficando preocupado! O que aquele deus grego
fez com você?
Essa deve ser a primeira vez que falo sério
com Tyler sobre alguma coisa.
— Ty, eu tenho um dilema moral.
Ele fica sério por um tempo, depois cai na
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pergunta e responde:
— Claro que sim! Ele jamais lutaria sem ela!
— Esses idiotas apaixonados — o cara
chamado Dirk comenta e percebo algo diferente em
seu olhar, uma excitação pela informação que
acabou de receber. — Quem é a garota?
— Por que vocês querem saber? — pergunto
interrompendo a resposta de Stephen.
— Estamos curiosos, afinal de contas dois
dos campeões deste lugar brigaram por ela. Só
estamos intrigados. O que será que ela tem de
mais?
Absolutamente nada! Penso em responder,
mas dou de ombros e Stephen os avalia
desconfiado.
— É uma mulher sensacional, a Caitlin. Se
falassem com ela por cinco minutos entenderiam o
que ela tem de mais. Está parada li, perto da
entrada — diz e aponta o dedo para onde Caitlin
está.
Eles avaliam, mas há muita gente e ao
contrário de Stephen, não a localizam com tanta
facilidade. E eu posso sentir a dor dele, o pesar por
estar mostrando a eles a garota do Colin, a garota
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Capítulo 8
Stephen
Pergunto-me mais uma vez o que caralho
estou fazendo aqui. Por que vim para a casa dela?
O que eu estava pensando? Que ela estaria
acordada à minha espera para me ver acabado
como estou agora?
Eu corrigi meu erro. Sabia onde eles
estariam, chegamos a tempo de algo mais grave
acontecer e a libertamos. E ela se arriscou por ele.
Caitlin foi até ele quando ele parecia fora de
controle, e o amor dos dois era tão nítido, que não
havia mais nada que eu pudesse fazer ali. Ele não
vai pisar na bola com ela, e isso deveria me
enlouquecer, ao invés de me deixar tão
conformado!
A porta do meu carro abre e Brin senta-se ao
meu lado. Sua expressão cansada entrega que não
dormiu nada.
— O que está fazendo parado aqui? —
pergunta.
— Criando coragem para ir embora.
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quente.
— Isso vai ajudar você a relaxar. Parece
muito tenso — explica.
Assinto, meus olhos presos a ela, da
massagem leve que faz nos meus pés com toda
paciência, ao sorrisinho travesso quando foca seus
olhos por tempo demais no volume na minha calça
e morde o lábio. Fazendo-me rir sem graça.
— Quer a massagem só nos pés? — provoca.
— Acho que assim é mais seguro.
Ela dá de ombros e se levanta.
— Onde você se machucou? Nós vamos
brincar de médico.
Sorrio de seu tom malicioso e sua fala de
duplo sentido e tiro a camisa, para que ela veja o
hematoma no meu abdômen, onde fui chutado. E
ao invés de analisar o machucado, ela analisa meu
corpo, abre um pouco do zíper do imenso roupão
felpudo que usa, como se sentisse calor.
— Você deveria ser pecado — comenta
baixinho.
— O quê?
Ela se ajoelha na cama e vem em direção a
minha barriga, seus olhos fixos na direção do meu
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embora?
— Não, você deveria ficar, está muito tarde e
não é seguro sair a esta hora. Você pode dormir na
minha cama.
Avalio sua cama de solteiro, pequena demais
para nós dois. Pequena demais até mesmo para
mim.
— E onde você vai dormir? — pergunto e
finalmente seu rosto se vira na direção do meu
desde que interrompeu o beijo, um sorriso quase
diabólico surge ali e começo a pensar que estarei
mais seguro se for embora.
Ela caminha devagar em minha direção e
passeia sua mão por meu peito e barriga,
contornado os músculos e tatuagens, com um
sorriso malicioso, de um jeito que quase me faz
puxá-la agora mesmo para essa cama pequena.
— Vou dormir aqui. Nesse colchão duro —
sussurra a última frase descendo com as unhas por
minha barriga e tocando meu pau por sobre a calça.
— Brin! — alerto tão logo percebo o quão
perto estou de ceder. Perto como nunca estive
antes.
Não sei o que ela faz comigo, é essa sintonia
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depois.
— Não, você não está. É a melhor mentirosa
que conheço — provoco.
— Sinto que você está tentando me ofender,
mas você disse a palavra melhor, então me
comprou. Do que você precisa? Uma historinha
erótica de ninar?
— Da garota de programa ruim de cama?
— Ah, cale essa boca seu virgem! O que
você quer?
— Os brutamontes do beco estão indo ver a
final do campeonato no Luck.
— Putz! Acho que você vai se foder hoje.
— Estou falando sério, Brin, de alguma
forma o Thor descobriu que estou lutando aqui,
veio falar com o Adrian. Ele não sabe que o lutador
de quem o Thor falou, era eu. Precisamos impedir
que descubra.
— Ok, isso é péssimo. Vão matar você se
descobrirem e não estou afim de defendê-lo hoje.
Nos encontramos lá então, tudo bem?
Vou ter mesmo que pisar lá de novo? Para
ver o Colin ser campeão, ainda por cima? Meu
silêncio é o bastante para que ela perceba, do outro
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Capítulo 9
Brin
Estou entediada e sentindo-me bem. Tenho
uma luxação no pé que não é nada demais, um
machucado bobo no cotovelo, porque parece que
caí, e não acho que nada disso seja motivo para me
manter presa neste lugar, quando poderia estar na
minha casa, na minha cama, sendo mimada por
esse deus grego que não quer sair de perto de mim.
Um enfermeiro magricela passa pela quarta
vez no corredor em frente à minha porta, ele
desacelera o passo e me observa, e quando nota que
estou olhando, sai apressado. Até que finalmente
ele entra para tirar o acesso do meu braço.
— Você me conhece? — pergunto e o sinto
tremer levemente.
— Não, senhorita.
— Então por que está passando para lá e para
cá olhando pra mim? Há alguma coisa errada na
minha cara?
— Não senhorita, absolutamente nada.
Seguro sua mão quando ele pressiona o
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posso ajudá-la.
Olho para os olhos verdes tão preocupados e
pela primeira vez na vida tenho vontade de falar
sobre esse passado. Essa parte da minha vida da
qual nunca falei, a que tento sequer pensar, uma
garotinha assustada que nem existe mais, eu a
enterrei, e nunca quis revivê-la até este momento.
Até ter alguém tão disposto a me ajudar com isso.
O que você está fazendo, Brin? Vocês não
vão ser os melhores amigos. Você tem um trabalho
que precisa ser feito, irá cumpri-lo se quiser
continuar viva, não irá vê-lo quando ele descobrir
a verdade e odiá-la. Não se aproxime dele desse
jeito ou tudo será mais difícil.
— Eu não quero falar sobre isso.
— Você precisa falar com alguém. Precisa
dividir isso.
— Não! Não preciso. Eu cresci nas ruas,
alguns policiais foram malvados comigo uma vez, e
fiquei com uma espécie de trauma. Não é nada
demais. Por que não falamos de você?
Ele parece derrotado, lança-me seu olhar
cansado, mas não insiste.
— O que mais quer saber sobre mim?
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quer.
— Eu senti tudo o que você fez comigo,
Stephen. Cada toque, seu beijo, sua língua, o
quanto foi bom quando você me tocou, eu senti
tudo.
Ele me encara e não diz nada, sua expressão
tão impassível que é impossível decifrá-lo. Ele não
vai ceder, não sei por que ainda estou aqui
insistindo.
— Acho que eu preciso ir embora, e
descobrir se eu não fantasiei tudo isso.
Não digo como pretendo descobrir isso, mas
fica claro. Tenho que transar com alguém diferente
dele, talvez um cliente desses que está sempre
disponível quando preciso de uma graninha, só para
saber se o que eu senti foi apenas com ele. Se com
o toque de outro homem, também terei prazer. Eu
sei que não fantasiei e esta é a verdade eu estou
ocultando dele, o meu medo não é ter fantasiado, e
sim descobrir que apenas ele é capaz de me fazer
sentir desse jeito.
Dou um passo para sair de dentro do box,
quando ele me impede, fechando a porta do box.
— Você quer sentir? — pergunta
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burra!
Ele parece aceitar minha resposta e começo
imediatamente a repetir para mim mesma que não
estou apaixonada por ele. Repetir como faço com
todas as mentiras que acabam se tornando verdade,
na esperança que esta também se torne, porque
estou mesmo me apaixonando por ele, e este seria o
pior castigo que eu poderia infringir a mim mesma.
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Capítulo 10
Stephen
A tarde se arrasta e as pessoas à minha volta
não têm a menor graça. Desligo a câmera irritado,
nem mesmo a geralmente bela Bow Bridge tem
graça hoje. Ligo mais uma vez para ela, mas dessa
vez o celular vai direto para a caixa postal. Ela deve
tê-lo desligado, e o fez para não falar comigo. O
quanto deve estar envergonhada e humilhada pela
maneira rude e indesculpável como meu pai a
tratou, nem consigo imaginar. Por várias vezes no
dia de hoje, pensei em ir até ela, fazê-la conversar
comigo, pedir perdão por meu pai. Mas entendi que
talvez não seja a hora certa para isso, que ela pode
precisar de um tempo para que as palavras cruéis
do meu pai saiam de sua cabeça.
Enquanto vejo uma pedra deslizar sobre a
água antes de afundar, começo a imaginar um
futuro onde ela e eu estamos juntos, e percebo o
quão impossível ele seria. O quanto nós dois
teríamos que nos sacrificar a cada dia por um
relacionamento. Por que mesmo estou pensando em
um relacionamento com ela?
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cuzão.
Ela me abraça e deseja boa sorte e diferente
do que achei que aconteceria, não sinto medo
quando cruzo a porta da casa em que fui criado,
para viver algo novo, algo meu, algo sozinho.
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ela.
Sorrio.
— Como eu faço para que ela venha ao meu
encontro? Se eu for buscá-la, ela não vem.
— Me diz que alguma coisa trágica
aconteceu na sua vida para ativar a mania de cuidar
dos outros dela. Aquela ali não consegue ver
alguém em sofrimento, ela é muito boa com
pessoas assim — diz ele.
— Tudo bem, você consegue colocar o
celular no viva voz perto dela?
— Com certeza! Dê o seu melhor!
Ouço passos, uma porta sendo aberta e ele a
chamando, ela responde irritada e ele me dá o sinal:
— Apenas escute isso, sua quenga egoísta!
— Brin — faço minha melhor voz de choro
— eu briguei com meu pai, ele me colocou para
fora de casa, estou em um hotel, sozinho. Nunca
estive sozinho antes, não sei cozinhar nada. O que
faço?
Há o silêncio como resposta e começo a
temer que não tenha funcionado, quando sua voz
baixa e desconfiada diz:
— Você pode sair para comer ou pode pedir
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alarmada e ansiosa.
— Te dar o seu presente de aniversário. Você
me pediu uma coisa, e eu não gosto de deixar uma
garota esperando.
Ela apenas assente, e abro o zíper de seu
moletom devagar, revelando aos poucos sua pele
macia, o sutiã vermelho em perfeito contraste com
a pele branca, e o volume de seus seios
pressionados para cima. Abro seu sutiã com
facilidade e admiro o quão linda ela é. E finalmente
a toco de novo, finalmente a tenho em minha boca,
seu mamilo intumescido em minha língua, e
enquanto o sugo com todo o desejo e descontrole
que ela me faz sentir, amo a sensação do quanto ela
se contorce e chama meu nome. Amo seus dedos
passeando por meus cabelos, mantendo-me ainda
mais perto dela. Desço meus lábios e língua por sua
barriga, mordiscando de leve conforme abro sua
calça e a tiro.
Quando me afasto para tirar sua roupa, o que
vejo em seu olhar, a entrega, desejo, paixão ali, é
exatamente o que eu busquei a vida toda.
Exatamente os sentimentos que eu queria ver. E o
que ela me faz sentir é muito mais do que eu
esperei sentir.
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Eram irmãs?
— Os Green não tiveram duas filhas. Eles
tiveram apenas a Emily. As pessoas que
reconheceram a garota na foto, não reconheceram a
Brin, o que quer dizer que não estudaram juntas.
Mas no ano em que Theresa Vega formou-se no
nono ano, Sabrine estava na cidade. Uma pessoa a
reconheceu. Uma senhora de idade de um abrigo
para menores. Disse que ela esteve neste abrigo por
quase um ano, as datas que deu batem com o
período em que a Theresa estudou aqui. E ela
reconheceu a foto que mostrei de Theresa, disse
que este era o nome dela e que ia ver a sua garota
de vez em quando.
— Então elas se conheciam. Temos algo com
o que trabalhar, certo?
— Sim, mas é aí que fica mais estranho.
Sabrine permaneceu no abrigo com o nome de
Emaline Fontes. E segundo seu cadastro no local,
ela nasceu no Rio de Janeiro, Brasil.
— Brasil? Será que Emaline é o verdadeiro
nome dela?
— Difícil, já que Emaline Fontes foi
assassinada dois meses depois que a Brin fugiu do
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Capítulo 11
Brin
— Você está ficando maluca, Brin? Recusar
uma quantia obscena dessas! Amor, se ele me
oferecesse metade disso não teria buraco no meu
corpo que eu não daria pra ele. Se eu fosse seu
cafetão, estaria a ponto de matá-la agora!
— Só que você não é meu cafetão. E não
posso fazer isso, você sabe do meu acordo com o
pai do Stephen.
Tyler me encara com as sobrancelhas
arqueadas e sua melhor cara de bosta.
— É isso o que a está impedindo? Tem
certeza? Por que esse acordo acaba no final de
semana, ou com você recebendo a bolada e ficando
livre, ou com nós dois fugindo do que quer que ele
vá expor sobre o seu passado! Você pode combinar
com o gato alemão para semana que vem!
— Ty, acorda! Não estamos em um filme!
Quando que um homem como ele vai simplesmente
me oferecer um valor desses por uma semana de
sexo?
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estava enganando.
— Sinto muito que tenha passado por isso —
digo, e o que não digo em voz alta é: “Seu pai é do
mal!”
Ele aperta minha mão antes de continuar, e
aperto a sua de volta, encorajando-o.
— Um dia, eu não aguentei mais, tinha doze
anos na época, contei tudo a minha mãe. Pensei que
eles fossem se separar, e nós ficaríamos com ela e
seríamos mais felizes sem meu pai. Mas não foi o
que aconteceu, ela aceitou calada, perdoou mesmo
que ele nem tenha se preocupado em desculpar-se.
E deixou de ser ela, tornou-se fria e triste, sempre
triste. Por anos carreguei essa culpa, por anos
pensei que a culpa fosse minha.
— Mas nunca foi sua. Você era uma criança
e seu pai não tinha o direito de acabar com sua
família desse jeito. É por isso que você espera essa
mulher certa para transar?
— Em parte, sim. Se uma mulher não
consegue me conquistar de verdade, não acho que
valha a pena entregar-me a ela. Não quero ser como
ele, buscando prazer em diferentes mulheres, não se
contentando com nenhuma delas. Quero amar
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jeito certo.
Não faço ideia do que ele quer dizer, do que
seria jeito certo para ele, mas me acomodo em sua
poltrona para esperá-lo dispensar quem quer que
seja o infeliz que nos interrompeu. É aí que ela
entra, a mulher elegante que estava com ele mais
cedo. Que ele disse ser amiga de seu pai.
Ela o abraça e olha diretamente para sua
ereção, então olha para mim com desdém. Mas
aproxima-se e me estende a mão, fazendo-se de
educada.
— Você é Sabrine Vega, certo?
Assinto tocando sua mão macia demais e isso
me irrita.
— Sou Rebecca Thornton. Amiga do
Stephen. Nossos pais sempre disseram que a gente
ia se casar um dia — diz com um sorriso de aviso
para mim e sorrio de volta.
— Pais e seus grandes enganos. Quem pode
culpá-los por serem tão idiotas?
Seu sorrisinho falso some e Stephen me lança
seu olhar de aviso para frear minha língua.
— Um amigo meu estava interessado em
você, Sabrine. Dei o endereço do seu site para que
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proposta.
— Oi Brin, desculpe vir sem avisar. A
interrompi?
— Não, eu estava sozinha. O que você quer?
— Saber se pensou na minha proposta. Você
não me ligou, então decidi vir até aqui.
Seus olhos percorrem todo meu corpo com
malícia, e não consigo esquecer essa sensação de
que algo está errado.
— É muito dinheiro, Simon. Muito para uma
garota de programa com quem você nunca dormiu.
— Ouvi maravilhas sobre você. Inclusive que
não atende mais por conta do Ryan. Só quero te
colocar na ativa de novo.
— Então é por isso que está insistindo assim?
Porque quer esfregar na cara dele que o venceu em
algo? Que tirou a prostituta particular dele de sua
cama?
— É algo assim, mas não me referiria a você
desse jeito, Brin. Sim, você me chamou a atenção
por estar com ele, e este é um dos motivos porque
quero tanto tê-la. E o outro motivo é que você é
realmente linda. E sabe o que faz.
Abro um imenso sorriso.
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Capítulo 12
Stephen
— E aí, cara? Vai à festa no Campus hoje?
— Johnny pergunta do outro lado da linha. —
Devia ir, levar sua garota. Ver como vai ser sua
vida social se ficar com ela.
— Estarei mais preocupado com minha vida
sexual, pode ter certeza.
— Ih! O cara está mesmo apaixonado! Tudo
bem, seu porra! Pegue sua garota e leve aquela
bundinha linda para a festa. Você precisa se
divertir, está se tornando uma cópia da sua mãe,
preso em casa o dia todo.
Não confirmo, mas penso na hipótese de sair
com ela, para nos divertimos um pouco,
dançarmos, bebermos algo e quem sabe
conversarmos mais sobre o seu passado. Depois do
que me confessou, pensei em contar ao Dylan que
ela tinha quatorze anos quando chegou à Espanha,
que provavelmente foi parar no abrigo depois de ter
suas coisas roubadas e que algum funcionário de
um bar local se aproveitou dela, e poderia ajudar
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Está delicioso!
— Que bom que gostou, Brin, minha
intenção foi mesmo seduzi-la.
— Você conseguiu. O que quer aqui?
— Convidá-la para ir a uma festa comigo.
— Festa? No campus? De jeito nenhum!
— Qual é, vem comigo! Quer mesmo me
deixar sozinho a noite toda?
— Você já é bem crescido, é bem grande
mesmo, sabe se virar — brinca e noto o tom de
malícia e provocação em sua voz.
— Ia convidá-la a dormir comigo depois da
festa.
Ela me encara pensativa, mas nega com a
cabeça.
— Você é muito bom de barganha, devo
admitir. Mas não vou a uma festa no local onde fui
expulsa por ser puta. E você não deveria querer ser
visto comigo neste local.
— É a sua chance de esfregar na cara das
garotas que te expulsaram que o crime compensa.
Ela ri alto, aquela gargalhada gostosa e tão
linda. Aquela que capturei e me fez ver um novo
sentido em tudo. A que faz meu peito se aquecer e
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provocadora.
E ela está tão entregue a mim, ao meu toque e
meu corpo que não posso simplesmente afastar-me.
É quando um barulho alto nos assusta e Tyler diz
decepcionado:
— Você não é gay mesmo, não é? Vou
superar. Mas vocês não vão se pegar agora, temos
uma festa para ir. Sabrine, pare de ser quenga e
vista-se!
Completamente sem graça, enquanto ela
apenas ri, afasto-me e tento ajeitar meu pau na
calça. Tento não olhar para ela enquanto veste o
vestido brilhante e colado demais. Vou até sua
geladeira tomar algo gelado e quando ela deixa o
quarto, tem uma maquiagem leve no rosto, ao
contrário de como faz normalmente. E não poderia
estar mais perfeita. Seus longos cabelos caem em
ondas bagunçadas, cobrindo suas costas nuas.
— Então? Muito quenga para ir à festa? —
pergunta com um sorriso.
— Você está absolutamente maravilhosa —
digo babando e ela vem até mim e me abraça. É
como um agradecimento, um sinal do carinho que
nutre por mim, um gesto que me diz tanto sobre ela
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saem de graça.
Rebecca dá um passo na direção de Brin, mas
entro na frente, segurando a mão de Brin, que está
realmente irritada, pelo tanto que aperta meus
dedos.
— Rebecca, eu gostaria que você não falasse
mais comigo. O que você fez, a pessoa que tem
mostrado ser, não é o tipo de atitude, ou de caráter
que espero de um amigo.
Ela fica tão boquiaberta quanto Brin, que
volta a si para pedir-me para irmos embora.
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responde de má vontade.
Preparo o golpe que irá desmaiá-lo, quando
sou surpreendido por ele, ele tem uma faca, escapo
por pouco de ser atingido nas costas, apenas porque
Brin grita e consigo desviar. Ele tenta se levantar
com a faca em riste, dou-me conta de que o juiz
não irá impedi-lo nem desclassificá-lo por isso, e
preciso me virar sozinho.
Ele segura meu pé e corta minha perna, mas
não consegue cravar a faca, os gritos desesperados
de Brin aumentam e quando olho em sua direção,
dois brutamontes a seguram, ela deve ter tentado
invadir o ringue. Antes que um deles a machuque
iniciando assim uma nova luta, acerto meu outro pé
na mão de Jordan, lançando a faca longe, e em
seguida, lanço-me sobre ele prendendo seu pescoço
com os braços, levando-o ao desmaio.
O sino soa três vezes, sou declarado o
campeão, mesmo não conseguindo me levantar do
chão. Brin se joga sobre mim aos prantos. Entre rir
e chorar, beija meu rosto machucado e faço um
esforço do caralho para levantar meus braços e
abraçá-la.
Pouco depois, Jordan está de pé, olhando-me
com sua expressão assassina. A mesma que está na
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não faria mais isso, que você não era gay e não
queria mais, mas ele não me deixou desistir. Ele
descobriu coisas sobre o meu passado, coisas que
não podem vir à tona e me ameaçou. Ele me pediu
uma prova de que cumpri minha parte do nosso
acordo e meu prazo para entregá-la se encerrou
ontem.
Ela me encara e não sei o que dizer, não
consigo reagir. Enquanto processo tudo o que está
dizendo e vejo as coisas se encaixarem.
— Eu me apaixonei por você de verdade.
Eu... não posso fazer isso. Sinto muito, Stephen.
Ela tenta aproximar-se de mim, mas me
afasto.
— Você sente muito? Sente, Brin? Eu sempre
soube que era uma mentirosa profissional, nas
nunca pensei que chegaria a isso!
— Eu tentei ao máximo não mentir para
você, se parar pra pensar e perceber tudo o que
disse, vai ver que...
— Que você é uma prostitua safada e
mentirosa! Que se vende por qualquer dinheiro!
Não só seu corpo, você vende o seu caráter. Você é
inacreditável! Deve ter rido muito da minha cara,
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Capítulo 13
Brin
Há três longos dias estou deitada sobre esta
cama, levantando-me apenas o extremamente
necessário, olhando este teto e vendo os mesmos
canais pornô. Não posso voltar para minha casa
porque Donald Ryan está atrás de mim. É por este
motivo que meu celular está desligado, e a recepção
tem ordens de não dizer a ninguém que estou aqui.
Há três dias não tenho qualquer notícia dele, não
que fosse ter se estivesse em casa e com o celular
ligado, de toda forma. Ele, provavelmente, nunca
mais olhará pra minha cara. E cada vez que fecho
os olhos só consigo ver a decepção naqueles lindos
olhos verdes quando eu disse a verdade.
Sento-me na cama e olho a atriz pornô
fingindo sentir prazer na tela. Converso com ela
como se fôssemos amigas intimas.
— E aí, colega? Está difícil esse fingimento,
não é? Imagine a minha situação! O fato de eu ter
dito a verdade ao invés de ter transado com o
homem que amo, pegado a bolada do pai dele e
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garanto.
— Estou apaixonada pelo meu ginecologista.
Ele acabou de se separar de uma mulher louca.
— Se ele está solteiro, qual é o problema?
Ela olha para minha cara e começa a chorar.
— Ela é louca! Está me deixando louca
também!
— Não chora, o que podemos fazer para
ajudá-la?
Caitlin surge com ideias, eu tenho ideias,
Mackie recusa todas elas e passamos horas
divertidas vendo filmes, comendo pipoca e
invejando a vida amorosa perfeita da Caitlin.
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matadouro.
— Eu não chamo este lugar assim. O chamo
de ganha-pão.
Ele faz uma careta engraçada.
— Acho que prefiro chamá-lo de matadouro.
Você entregou o vídeo ao meu pai e pediu o seu
dinheiro?
— Não, e não vou fazer isso. Mas também
não vou devolvê-lo a você.
— Não precisa. Eu o tenho, mandei para meu
outro número esta manhã.
— Pouco antes de você sair de fininho e
deixar um bilhete de despedida?
— Sim, pouco antes disso.
— O que você quer aqui, Stephen?
Ele parece sem graça, coça a cabeça
desviando seu olhar e percebo que está corando. E
fica tão lindo envergonhado!
— Eu não consigo apenas esquecer o que
você fez e deixar de sentir essa mágoa — confessa.
— Eu sei.
— Acho melhor eu ir embora — diz abrindo
a porta, mas não posso deixar que vá tão rápido.
— Você veio até aqui apenas para me dizer
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Capítulo14
Stephen
Ela está nua diante de mim de novo, e tudo o
que quero é tê-la mais uma vez. É uma necessidade.
Como um viciado, a puxo para meus braços,
beijando-a com toda paixão que ela desperta em
mim. Todo esse sentimento que queria tanto não ter
por ela. Amo a forma como seu corpo pequeno e
curvilíneo se encaixa ao meu, como ela se entrega a
mim quando a abraço e como me olha com olhos
turvos e apaixonados desse jeito.
Ela se afasta e desabotoa minha camisa
devagar, seus olhos em mim e um sorriso travesso
que adoro ver nela. Prende seu lábio nos dentes e
mordisco de leve o lábio superior, fazendo-a rir só
para morder o inferior, prendê-lo em meus dentes,
como sempre quis fazer. Respiro seu cheiro
enquanto ela tira minha roupa, sinto o calor do seu
corpo, e como é bom tê-la assim, tão perto!
Ela passa a mão por toda extensão do meu
pau enquanto tira a última peça de roupa, e
finalmente estamos os dois nus. E então ela pula
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impossível.
— Por que você tem que ir tão cedo?
— Tenho algumas coisas para fazer.
— Ou não quer ser visto saindo do meu
quarto.
— Eu provavelmente fui visto entrando, por
que me importaria em ser visto saindo?
— Você podia ficar um pouco mais, dormir
mais um pouco. O dia ainda nem nasceu. Fica mais.
— Eu não posso. Obrigado pela noite, Brin.
— Você volta essa noite?
— Não. Se cuida.
Pelo menos espero muito que não.
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com ela.
— Não, ele não pode. Mas obrigada por
tentar. Os seguranças que você contratou, mesmo
odiando-me. Valeu.
— Eu não odeio você, Brin.
— Então até quando vai me punir?
— Eu não estou punindo você.
— Não? Você me procura quando quer,
sequer atende quando ligo, vai embora na manhã
seguinte e eu nunca sei se irá voltar. Então passo o
dia na esperança que você apareça, na esperança
que seja diferente dessa vez. Que você me olhe
como olhava antes, que me perdoe e você faz isso.
Você é você de novo. E me trata como se eu fosse
tudo para você, e na manhã seguinte, volto a ser a
garota de programa que você deixa na cama porque
não confia nela o bastante para tentar.
Levanto-me e aproximo-me dela, que se
afasta, mantendo a cabeça baixa.
— É assim que você está se sentindo? Acha
que a estou usando?
— E não está? Por que você me procura?
Porque quer transar comigo e nada mais. Você nem
conversa mais comigo. E não estou reclamando do
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braços.
— Você fez igual o Edward com Vivian —
diz emocionada.
Não faço ideia do que está falando, mas beijo
todo seu rosto sentindo-me finalmente em paz de
novo. Como pode ter sido tão rápido para ela fazer
tudo sumir assim? Afundo meu rosto em seu
pescoço, beijo sua pele macia e a aperto mais em
meus braços.
— Faz amor comigo, minha menina — peço
em seu ouvido e ela sorri.
— Faço, mas vai te custar caro.
— Eu pago o preço que for. Pago para
sempre se for necessário, mas preciso ter você
agora.
Ela me beija, eu me perco nela e nada do que
está acontecendo lá fora importa.
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Capítulo 15
Brin
Quando ele me suspende do chão e me apoio
em seu peito, passando meus braços por seu
pescoço, sentindo seu cabelo macio sob meu toque,
mal posso acreditar que esteja mesmo vivendo isso.
Esta tarde jurei a mim mesma que não me
entregaria mais a Stephen Ryan, e não me
permitiria ser usada por ele, por mais que fosse tão
bom enquanto ele estava. Porque não queria sentir
mais aquela dor de quando ele ia embora pela
manhã. Ao tomar esta decisão, tinha absoluta
certeza que seria impossível executá-la. Que no
momento em que ele batesse na minha porta, eu
cederia, a abriria e me jogaria em seus braços.
Fiquei muito orgulhosa de mim mesma por
não ter feito isso. Eu resisti. Bravamente. Até o
momento em que ele foi meu Edward de Uma linda
mulher, subindo pelas escadas e me perguntou o
que eu queria dele. Aí virei a Brin apaixonada,
derretida e só faltou eu dizer que queria até a cueca
que ela está usando. Mas foi bom ser sincera, pra
variar. Porque ele mostrou isso de volta. E não me
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suplicantes ao dizer:
— É você quem deve decidir o seu destino,
ninguém mais. Mas se me permite dar a você uma
opção, venha morar comigo, deixe-me tratá-la
como a princesa que é, deixe-me cuidar de você
como você merece.
— Stephen, eu te amo tanto que isso me
assusta. E você é tão perfeito pra mim que me
assusta também. E eu não pretendia dormir com
mais ninguém depois de ser sua, isso nem passou
pela minha cabeça.
O alívio que vejo em seu rosto chega a ser
engraçado.
— Mas isso é o que fui até agora, é disso que
as pessoas vão se lembrar. Então se vamos fazer
isso, tem que me deixar resguardar você, me deixar
cuidar de você, como vou deixar que faça comigo.
— O que isso quer dizer?
— Não vamos ser vistos juntos em público.
Ele ri alto, e nega imediatamente com a
cabeça.
— De jeito nenhum! Já fomos vistos juntos
muitas vezes, todo mundo sabe que estamos juntos.
— Todo mundo acha que você é meu cliente.
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colo.
— Ele está morto?
— Não, ele foi encontrado. O irmão dele me
ligou agora, ele está bem. Por que você perguntou
isso? O que há no seu passado de tão perigoso?
— Não vou dizer isso a você, você não podia
ter mexido com isso, você não faz ideia do quanto
acabou de ferrar com todos esses planos bobos que
fizemos a manhã toda.
Saio de seu colo sentindo-me desolada pela
vida que sei que serei obrigada a abandonar, justo
agora que me encontrei.
— Brin, me perdoa. Eu prometo que nunca
mais farei algo assim de novo. Eu prometo
recompensá-la. Sei que não fui o melhor dos
homens com você quando precisou do meu perdão,
mas por favor, me puna com o que for preciso, mas
me perdoa.
Olho em seus olhos cheios e arrependidos, e
se tudo se resumisse a eu perdoá-lo seria tão fácil!
Mas ele me colocou em perigo, e a todos a quem
conheço, e terei que entrar em contato com o meu
agente no governo e torcer que ele não me mande
para outro país, com outro nome, porque tenho
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Capítulo 16
Stephen
Posso sentir seu medo pela maneira inquieta
como anda de um lado ao outro ao começar a
contar sua história. Posso sentir que nunca fez isso
antes, está tremendo e mal consegue pronunciar em
voz alta o final de cada frase. E também tenho um
pouco desse pânico em mim. De quando a vi saindo
às escondidas, entrando num carro estranho e indo
embora com alguém. Acho que nunca senti tanto
medo na vida.
— Fala, amor. Estou aqui com você —
encorajo.
— Minha mãe nasceu no Uruguai. Ela foi
sequestrada por uma quadrilha que traficava
meninas e as vendia. Essa quadrilha era enorme e
tinha gente importante de vários países. Ela foi
levada ao Brasil, onde ficou em cativeiro, sendo
abusada e agredida. Por algum motivo não a
venderam, e ela me teve alguns anos depois. E foi
morta quando eu tinha quatro anos. Eu fiquei solta
nas ruas em uma comunidade no Rio de Janeiro.
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vingança.
— Jamais permitiríamos que um de vocês
ficasse com nosso título e com nosso dinheiro.
— Eu devolvo o dinheiro a vocês, sequer
toquei nele.
— Claro que não! Você não precisa disso,
não é? É um playboyzinho filho da puta, podre de
rico e mentiroso! Achou que poderia nos enganar?
Que poderia entrar aqui como quem não quer nada
e vencer nosso campeonato para entregar isso ao
Thor?
— É, na verdade, ele achou e fez — a voz de
Colin me surpreende e sou atingido em cheio em
seguida, Colin também está lutando com eles, são
muitos, batem muito bem, e não lutam limpo.
De repente, ouço um grito e Brin acerta um
deles com um bastão. Ela manobra muito bem a
coisa, acabando sozinha com o brutamontes. Aí
tudo muda de figura. Se eles colocarem as mãos
nela...
Como um louco, luto no nível deles,
acertando-os em cheio, onde mais dói, derrubando-
os um a um, ficando apenas Jordan, intacto,
esperando por mim. Não esmoreço diante dele
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Ep í logo
Brin
Dez anos depois...
— Liam, se você jogar o Louis na piscina de novo eu
vou te colocar de castigo! — Caitlin grita pela
décima vez e rimos.
As coisas estão tão boas quanto poderiam
estar. Estamos na nossa casa, e nossos amigos estão
aqui para comemorar o aniversário de cinco anos
de nossa filha, Emma. Tyler brinca com as crianças
vestido de palhaço, ele se tornou há alguns anos
acompanhante de luxo de um milionário pervertido.
Nunca vimos esse homem, mas Tyler tem tudo do
bom e do melhor e a vida que sempre pediu a Deus.
Stephen e Colin jogam sinuca enquanto as
crianças correm em volta deles, Carter e Daisy,
irmãos de Colin e Caitlin estão cuidando da
churrasqueira, e Seth e sua namorada conversam
animados com eles. Apesar de estar acompanhado e
de Daisy estar com seu futuro namorado, vejo os
olhares safados que Seth lança a ela. Sempre soube
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neta.
Para desespero de Stephen e sorte da nossa
filha, ela puxou a mim no gênio. Sempre feliz, nada
a atinge, faz amizade muito rápido e fala pelos
cotovelos. Também adora ter contato com pessoas
em sofrimento. É mesmo minha filha.
Mackie e eu estamos falando sobre termos
mais filhos, quando Emma surge chorando direto
para o colo do seu pai. Stephen adula nossa
garotinha, curioso sobre o que a fez chorar, e
gaguejando a pequena diz:
— Pa-pai e-le me be-bei-joiu.
Opa!
— O quê? Quem beijou você? — Stephen já
está atingindo seu tom vermelho, e corro para perto
dele na tentativa de acalmá-lo.
Emma aponta para Louis, depois para Liam,
e parece confusa.
— Um deles, não sei quem foi.
— Qual de vocês dois, moleques, beijou a
minha filha? — dirige-se irritado aos gêmeos
Hanson.
— Fala sério, cara. São crianças — alerta
Colin defendendo seus filhos.
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Promoção!!!!
Você que chegou até aqui com Stephen e
Brin, quer saber o que acontece depois com Louis,
Liam e Emma? É muito fácil! Quer ganhar um kit
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e-book em setembro!
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Dedicatória
Este livro é dedicado a alguém que me
acompanha sempre, que me apoia e incentiva a
cada novo trabalho, que está sempre presente com
todo seu carinho! Nadia Nnsmach, obrigada por
tudo sempre!
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Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, por cada
prece atendida, cada milagre realizado e cada sonho
novo que me permite viver.
A minha família pelo apoio incondicional em
todas as horas. Amo vocês!
A Maria Rosa Morais, amiga, você foi a
primeira pessoa a ler este livro. Obrigada pelo seu
amor, carinho, apoio e amizade a cada dia, a cada
momento. E ao nosso príncipe Rafael, obrigada por
deixar a mamãe ajudar a titia, anjinho.
A Danielle e Rayane, porque não sei o que
seria da minha vida sem suas loucuras e amizade
sempre!
A Ellen, por cada dia, cada palavra, todo
apoio e amizade, obrigada sempre, minha amiga!
A Bia Tomaz, minha diva e pessoinha
aleatória, obrigada por cada dia! Todo sucesso
sempre, amiga!
A Míddian Meireles, por ser meu anjo nesses
dias, por todo seu apoio e amizade sempre! Conte
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