4 - Introduçao A Fisica Termica
4 - Introduçao A Fisica Termica
4 - Introduçao A Fisica Termica
PROPÓSITO
Estudar, a partir da Física Térmica, a noção, as limitações e as aplicações do calor, além de
suas formas de propagação e dos fenômenos relacionados à variação de temperatura nos
corpos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
A construção de máquinas térmicas e o aperfeiçoamento de equipamentos que funcionavam
com base nos efeitos causados pela variação de temperatura, tais como os termômetros, no
século XVIII, mostraram que, nessa época, havia a necessidade de uma atenção maior sobre
as propriedades do calor.
Nesse período, havia duas linhas de pensamento que dividiam a comunidade acadêmica: o
modelo mecânico e o modelo do calórico .
O modelo mecânico defendia a ideia de que o calor é uma forma de energia existente devido
ao movimento das inúmeras partículas microscópicas que compõem qualquer matéria.
Se há movimento, há energia cinética e choques entre partículas, e entre as últimas e o
recipiente que as compreende, o que dá origem à pressão. Essa teoria foi desenvolvida por
daniel bernoulli e é aceita até os dias de hoje.
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DANIEL BERNOULLI
Já o modelo calórico defendia a ideia de que o calor é um tipo de matéria, com massa
desprezível, cujas moléculas que a compõem são responsáveis por interagir com as de todas
as outras substâncias e, assim, repassar sua energia.
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James Prescott Joule (1818-1889) - Físico irlandês. Descobriu relações entre o calor e a
energia mecânica, levando ao desenvolvimento da Primeira Lei da Termodinâmica.
Trabalhou com Lord Kelvin na elaboração da escala absoluta de temperatura. Após sua
morte, foi estabelecida, como homenagem, a nomenclatura Joule para unidades de
trabalho, tal como a Lei de Joule, que aborda as relações entre o fluxo de corrente por
meio da resistência elétrica e o calor dissipado.
Os estudos acerca do calor intensificaram-se após a Revolução Industrial – com a criação das
máquinas a vapor – e foram a base para as três Leis da Termodinâmica que vieram em
seguida.
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Neste tema, estudaremos, primeiramente, os conceitos de calor e a teoria aceita hoje (modelo
mecânico). Em seguida, conheceremos as Leis da Termodinâmica, os efeitos de dilatação e
contração dos corpos a partir da variação de temperatura e as formas de propagação de calor.
MÓDULO 1
CONCEITOS
A primeira pergunta que faremos (e responderemos) neste módulo é a seguinte:
O QUE É CALOR?
Quando pensamos em calor, vem logo à mente um dia quente, não é mesmo? Isso tem uma
razão. Popularmente, é comum ouvirmos frases do tipo:
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No dicionário Aurélio (in. FERREIRA, 2004), algumas das definições de calor são: “Sensação
que se experimenta, em ambiente aquecido, ou junto de um objeto quente e/ou que se
aquece”, “Qualidade ou estado de quente; quentura”.
TEMPERATURA
Você consegue explicar o que é temperatura sem recorrer aos conceitos populares de quente e
frio?
É importante que você tenha em mente essa definição para não cometer o erro de seguir o
conceito de temperatura a partir de sensações táteis.
A movimentação das moléculas define seu estado térmico, ou seja, a temperatura de um corpo
está associada à energia cinética média das moléculas que o constituem.
SAIBA MAIS
Escalas termométricas
ESCALA CELSIUS
Utilizada na maioria dos países, inclusive no Brasil. Definida a partir do valor 0° para a fusão do
gelo e 100° para a ebulição da água, por anders celsius, em 1742.
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ANDERS CELSIUS
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ESCALA FAHRENHEIT
Utilizada em alguns países de língua inglesa, tais como EUA e Inglaterra, e definida a partir do
valor 32o para a fusão do gelo e 212o para a ebulição da água, por daniel fahrenheit, em
1724.
DANIEL FAHRENHEIT
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WILLIAM THOMSON
CALOR
Diferente do que foi apresentado por algumas definições do dicionário Aurélio e por seu uso
corrente no senso comum, em termos físicos, calor não é uma sensação, experimentação ou
estado de algo quente.
Por exemplo, quando decide tomar banho e a água está muito fria, o que você faz? Abre a
torneira da água quente, não é? Mas e se ficar muito quente? Simples: você diminui a vazão da
água quente ou, então, abre mais a água fria, certo?
Outro exemplo comum é o fato de você sair na rua em um dia frio e “sentir” frio. A sensação de
frio na pele existe porque seu corpo está cedendo calor para o ambiente.
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ATENÇÃO
Calor é uma forma de energia transitória, que existe, espontaneamente, somente enquanto há
diferença de temperatura entre corpos. O “sentido” dessa transferência de energia é sempre do
corpo de maior temperatura para o de menor temperatura.
Equilíbrio térmico é definido como a condição final obtida após dois ou mais corpos trocarem
calor entre si e, então, atingirem a mesma temperatura.
Na prática, essa lei nos afirma que, se tivermos um sistema com diversos corpos, com
temperaturas diferentes, haverá fluxo de calor no sistema (alguns corpos cedendo e outros
recebendo calor), até que o equilíbrio térmico seja alcançado.
Podemos dizer então que, quando há fluxo natural de calor, as temperaturas dos corpos são
diferentes? Sim, isso é verdade.
E o efeito do calor será sempre o de mudar a temperatura dos corpos? Bem, isso nem sempre
é verdade!
Veremos a seguir que um outro efeito possível do calor é mudar o estado de agregação de
um corpo. Assim, para facilitar o entendimento, podemos dividir o calor em dois tipos: calor
sensível e calor latente.
ESTADO DE AGREGAÇÃO
Estado definido pelas ligações intermoleculares em que determinado corpo se apresenta.
Podemos citar três estados: sólido, líquido e gasoso. Cada um deles apresenta
características particulares. Existe, também, um quarto estado, não muito comum,
chamado de plasma.
O calor latente é responsável por mudar o estado de agregação dos corpos.
Mais adiante, no próximo módulo, veremos que o calor também pode ser responsável por
realizar trabalho mecânico. Essa é a base das máquinas a vapor que revolucionaram a forma
de produção no século XVIII e no início do século XIX.
CALOR SENSÍVEL
Chamamos de calor sensível aquele usado para variar a temperatura de um corpo sem alterar
seu estado de agregação. Esse calor pode ser recebido ou cedido para outro corpo.
Se colocarmos uma panela com 1 litro de água e outra com 2 litros para esquentar no fogão,
ambas à mesma temperatura, qual precisará de mais calor para atingir uma temperatura
comum no final? Com certeza, quanto mais água, mais calor precisará ser fornecido,
concorda?
Veja outro experimento parecido, porém, agora, com 1 litro de água em uma panela e 1 litro de
leite.
Assim, podemos concluir que o calor para variar a temperatura de um corpo, chamado de calor
sensível, depende da quantidade e tipo de matéria que compõe o corpo e de quanto é a
variação de temperatura.
Q = m c Δ T
Onde:
c = calor específico da substância que compõe o corpo [J/kgK ou cal/g oC] → propriedade de
cada material;
EXEMPLO
Precisamos aquecer uma chapa de ferro de 1,0 m2, fazendo sua temperatura passar de 20 oC
para 120 oC. Conseguimos calcular a quantidade de calor necessária para a realização dessa
tarefa?
Sabendo a densidade superficial do ferro (necessário para encontrarmos a massa que tem
nessa chapa) e o calor específico do ferro, conseguimos, sim. Basta aplicarmos a equação do
calor sensível.
FIQUE ATENTO
Caso a variação de temperatura seja negativa, o valor de Q será negativo (m e c são sempre
positivos). Isso indica que o corpo está cedendo calor para outro corpo ou sistema.
Consequentemente, sua temperatura diminuirá. Por outro lado, se a variação de
temperatura for positiva, o valor de Q será positivo. Isso indica que o corpo está
recebendo calor de outro corpo ou sistema.
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CALOR LATENTE
Chamamos de calor latente aquele usado para alterar as ligações intermoleculares de
determinado corpo, fazendo com que seu estado de agregação seja modificado. Esse calor
pode ser recebido ou cedido para outro corpo.
Em geral, para substâncias puras, enquanto seu estado de agregação está sendo mudado, sua
temperatura se mantém constante. Assim, o calor latente só depende da quantidade e do tipo
de matéria que compõem o corpo.
Q = m L
Onde:
ATENÇÃO
O calor latente de transformação pode ser positivo ou negativo, a depender se o corpo está
recebendo ou cedendo calor.
Para transformar gelo em água líquida, o gelo precisa receber calor, e, portanto, o calor latente
de fusão é positivo.
Para transformar água líquida em gelo, a água líquida precisa ceder calor, e, portanto, o calor
latente de solidificação é negativo.
Para levar o corpo ao sentido de maior liberdade das moléculas (sólido para líquido, líquido
para gasoso), é preciso fornecer calor. Logo, L é positivo. No sentido contrário, é preciso ceder
calor. Logo, L é negativo.
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Quando colocamos água para ferver, normalmente, ela está à temperatura ambiente no
momento em que vai ao fogo, correto? A água entra em ebulição (começa a ferver) a 100 oC
ao nível do mar (isso dependerá da pressão atmosférica – quanto maior a pressão, maior será
a temperatura de ebulição).
O calor envolvido nessa operação, primeiramente, é do tipo calor sensível – fazendo a água
Quando a água alcança essa temperatura, todo calor fornecido a partir desse ponto é usado
para transformar água líquida em vapor de água. Nesse caso, o calor latente entra em ação
até que toda água tenha virado vapor d’água.
Se colocarmos um termômetro dentro d’água, veremos que ele indicará um aumento de
temperatura até o ponto de ebulição. A partir desse ponto, a temperatura indicada pelo
termômetro permanecerá constante, até que toda água vaporize.
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CAPACIDADE TÉRMICA
Um parâmetro bem útil no estudo de calor é a capacidade térmica, que nos fornece a
quantidade de calor necessário para determinado corpo variar sua temperatura de 1 oC.
Utilizando a equação do calor sensível, podemos definir capacidade térmica (C) como:
Q = mc Δ T = C Δ T C = mc
Note que a capacidade térmica é uma propriedade que depende da massa, e não somente da
substância, como o calor específico. Em termos práticos, podemos dizer que:
A capacidade térmica é o grau de resistência de um corpo em variar sua temperatura.
Esse parâmetro é muito útil quando usamos calorímetros que não são ideias, ou seja, que
cedem ou recebem calor das substâncias contidas nele.
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre o assunto, leia o texto Efeito Joule e unidade de calor.
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O Efeito Joule é um fenômeno físico em que um sistema elétrico transforma energia elétrica
em energia térmica (calor). Existem diversos equipamentos que utilizam o efeito Joule em seu
funcionamento.
Podemos citar como exemplos o ferro, a torradeira e o chuveiro elétricos. Em todos eles, o
princípio básico é de uma corrente passando por uma resistência que tem sua temperatura
aumentada devido à transformação de energia elétrica em térmica.
Com a temperatura aumentada, essa resistência transfere calor para os corpos que estão em
temperaturas inferiores em contato com ela.
Como calor é energia em trânsito, sua unidade é a mesma de energia, independente se é calor
sensível ou calor latente. No SI, sua unidade é o Joule [J], em que:
Uma unidade bem comum no estudo de calor é a caloria [cal]. Isso porque 1,0 cal (que
equivale a 4,18 J) é o calor necessário para variar em 1,0 °C 1,0 grama de água, ou seja, o
calor específico da água é 1,0 cal/g °C.
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Então, quando um nutricionista lhe passar uma dieta de 2.000 Calorias, significa que você
poderá consumir alimentos que lhe garantam 2.000 kcal ou 8.360KJ de energia.
Experimento mostrando a troca de calor entre duas substâncias até o atingimento do equilíbrio
térmico.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CALOR É UMA ENERGIA QUE PODE SER ARMAZENADA EM UM RECIPIENTE E TRANSFORMADA EM TRABALHO
MECÂNICO.
CALOR É UMA ENERGIA EM MOVIMENTO E OCORRE QUANDO HÁ DIFERENÇA DE TEMPERATURA ENTRE
CORPOS.
A) 100 m3
B) 200 m3
C) 300 m3
D) 250 m3
A) I, II e III
B) II e IV
C) I, III e IV
D) I, II, III e IV
B) 60 cal/oC
C) 90 cal/oC
D) 100 cal/oC
DADOS:
A) 57.500 cal
B) 92.500 cal
C) 275.000 cal
D) 367.500 cal
DADOS:
GABARITO
Calor é uma energia que pode ser armazenada em um recipiente e transformada em trabalho mecânico.
Calor é uma energia em movimento e ocorre quando há diferença de temperatura entre corpos.
Falso - Apesar do calor poder ser transformado em trabalho mecânico, trata-se de uma
energia em trânsito, logo, por definição, não é possível armazená-la.
2. Seja uma piscina retangular de 600 m3, cuja temperatura encontra-se a 15 oC. A
piscina tem água até a metade da altura possível. No intuito de deixar a água da piscina
morna, a uma temperatura de 25 oC, uma pessoa precisa despejar uma quantidade M de
Sabendo que a densidade da água é de 1.000 kg/m3 e o calor específico é de 1.000 cal/kg
oC, o volume de água a 40 oC necessário é dado por:
Pelo enunciado, há, inicialmente, 300 m3 de água na piscina. Como o sistema é composto por
água a 40 oC e água a 15 oC, então, a água a 40 oC fornecerá calor para água a 15 oC, até
que toda água dentro da piscina atinja a mesma temperatura – temperatura de equilíbrio igual a
25 oC. Assim:
Calor fornecido pela água a 40 oC:
6
Qcedido = 1000V40 ⋅ 1000 ⋅ (25 − 40) ∴ Qcedido = − 15x10 V40 cal
6
Qrecebido = 1000V15 ⋅ 1000 ⋅ (25 − 15) ∴ Qrecebido = 10x10 V15 cal
Como no sistema, só existem esses dois corpos (água a 40 oC e água a 15 oC), podemos dizer
que o calor recebido por um é igual ao calor cedido pelo outro. Logo, temos:
| Qcedido | = | Qrecebido |
6 6 3
15x10 V40 10x10 ⋅ 300 ∴ V40 = 200m
Para minimizar o erro, uma dica interessante é somar todos os calores envolvidos, sem se
preocupar com qual corpo está cedendo e qual está recebendo calor, e igualar a zero. Ficaria
assim:
ΣQtrocados = 0
mc Δ T + mc Δ T = 0
á gua a 15 o
C á gua a 40 o
C
3
300 ⋅ (25 − 15) + V40 (25 − 40) = 0 ∴ V40 = 200m
Em outros termos, o calor específico é dado pela quantidade de calor necessária para variar
O calor latente de determinada mudança de fase que está diretamente relacionado à mudança
de fase.
temperatura de 10 oC. Após certo tempo, nota-se que o conjunto se encontra a uma
temperatura de 60 oC.
O calorímetro, não ideal, passou calor para a água. Dessa forma, temos:
Ccalorimetro Δ T = mc Δ T
í
calor metro á gua
∣ í
calor metro ∣ calorímetro o
C (60 − 90) =|30 ⋅ 1 ⋅ (60 − 10)|∴ C = 50cal/ C
∣ ∣
5. Cinco pedras de gelo, cada uma com 100g, foram retiradas do congelador a uma
Dados:
Note que a massa não muda. Então, a massa total que receberá esse calor é de cinco vezes
100 g, que é M = 500 g. Logo, temos:
I.
Q1 = M cgelo Δ T
II.
Q2 = M Lf usao
Q2 = 500 ⋅ 80 → Q2 = 40000cal
III.
Q3 = M cagua Δ T
IV.
Q4 = M Lebulicao
V.
Q5 = M cvapor Δ T
Qtotal = Q1 + Q2 + Q3 + Q4 + Q5
Qtotal =
2500+40000+50000+270000+5000→QTOTAL=367500CAL
Dados:
superior a 450 cal, então, o gelo não chegará a 0 oC. Se a quantidade de calor necessária for
inferior a 450 cal, então, o gelo começará a derreter.
Encontre a quantidade de calor necessária para derreter todo o gelo – calor latente.
Assim, teremos gelo e água a 0 oC no final. Se a quantidade de calor necessária for inferior a
450 cal menos o que foi gasto no item 1, todo o gelo se derreterá.
Seguindo esses passos, você concluirá que haverá água e gelo no final. É possível constatar
que o sistema final será composto por 5 g de água e 15 g de gelo. Tente verificar isso!
MÓDULO 2
CONCEITOS
Agora, chegou a hora de vermos como o calor, sendo uma forma de energia, pode ser
transformado em energia mecânica e, assim, realizar trabalho mecânico.
RUDOLF CLAUSIUS
Como o calor é energia térmica em trânsito, se fornecermos calor a um sistema, parte desse
calor será usada para realizar trabalho mecânico, e parte para variar a energia interna do
sistema. Basicamente, essa energia interna está relacionada à variação de temperatura do
sistema.
ΔU = Q − W
Onde:
ATENÇÃO
Se o sistema recebe calor, o calor é positivo. Se o sistema cede calor, o calor é negativo.
Se a temperatura do sistema diminui, a energia interna deste diminui. Se a temperatura do
sistema aumenta, a energia interna deste aumenta.
SADI CARNOT
Em seus estudos sobre as máquinas a vapor já existentes na época, Carnot queria encontrar o
limite máximo de rendimento de uma dessas máquinas, visto que, naquele período, esse
rendimento era muito baixo, e as construções, baseadas no motor a vapor (já aprimorado) de
James Watt, eram feitas mais de forma empírica do que baseadas em teorias sobre calor e
trabalho mecânico.
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RENDIMENTO
Razão entre o trabalho realizado pela máquina e a energia total fornecida para ela.
Considerando o mesmo intervalo de tempo, a razão pode ser dada entre potências:
Carnot idealizou uma máquina (teórica) e conseguiu descobrir qual seria o máximo rendimento
de uma máquina dadas as condições de contorno de sua operação.
Mais tarde, a Segunda Lei da Termodinâmica foi enunciada tanto por Rudolph Clausius quanto
por Lorde Kelvin, porém ambos se baseavam nas ideias de Carnot.
Os dois enunciados parecem definir pontos diferentes, mas são oriundos da mesma lei.
Vejamos a seguir:
Enunciado de Clausius
Nenhum sistema pode realizar qualquer processo cíclico, cujo único efeito seja retirar calor (
QF) de uma fonte fria (Temperatura TF) e fornecê-lo a uma fonte quente (Temperatura TQ, com
TQ > TF).
Enunciado de Kelvin
Nenhum sistema pode realizar qualquer processo cíclico, cujo único efeito seja retirar calor
de uma fonte (QQ) e transformá-lo completamente em trabalho útil (W).
Em nosso dia a dia, percebemos essas impossibilidades indicadas tanto por Clausius quanto
por Kelvin.
É possível, por exemplo, que um ar-condicionado ou refrigerador operem sem estar ligados à
tomada (ou a uma bateria)?
Ou, então, é possível que um carro transforme 100% da queima do combustível em trabalho
mecânico no motor?
Essa lei é a base de funcionamento das máquinas térmicas. Essas máquinas trabalham em
ciclo (voltando sempre ao ponto inicial) e podem ser basicamente de dois tipos: motor térmico
ou refrigerador.
MOTOR TÉRMICO
Esta máquina funciona recebendo calor de um compartimento (QQ) chamado de fonte quente
Parte do calor recebido é rejeitado para outro compartimento (QF) chamado de fonte fria. O
segundo compartimento está a uma temperatura inferior ao compartimento que fornece o calor.
Você já deve ter visto documentários ou filmes épicos em que escravos jogam carvão em uma
caldeira para que o barco ou qualquer outra engrenagem funcione. O mecanismo envolvido é o
de uma máquina térmica. O vapor que sai pela queima do carvão realiza trabalho.
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Como o sistema trabalha em ciclo, para cada ciclo, pela conservação de energia, temos:
W = QQ - QF
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TODA ENERGIA QUE ENTRA NO SISTEMA É
IGUAL À QUE SAI.
REFRIGERADOR
Essa máquina funciona retirando calor de um compartimento (QF) chamado de fonte fria,
Parte do calor retirado é rejeitado para outro compartimento (QQ) chamado de fonte quente. O
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Como o sistema trabalha em ciclo, para cada ciclo, pela conservação de energia, temos:
W = QQ - QF
Toda energia que entra no sistema é igual à que sai.
ATENÇÃO
Se o calor entra no sistema (esfera central no esquemático), o sinal é positivo (calor recebido).
Se o calor sai do sistema (esfera central no esquemático), o sinal é negativo (calor cedido).
O trabalho já é diferente. Se ele sai do sistema, é porque este realiza trabalho, ou seja,
trabalho positivo (trabalho gerado). Se entra no sistema, é porque este precisa receber trabalho
externo, ou seja, trabalho negativo (trabalho forçado).
Isso significa que, como o calor é energia térmica em trânsito e está relacionado com o
movimento das micropartículas que compõem uma substância, a 0 kelvin (ou zero absoluto),
os movimentos das micropartículas cessariam. Essa temperatura equivale a -273,15 oC.
Alguns cientistas já puderam presenciar os efeitos causados nos corpos em temperaturas bem
próximas disso. A temperatura mais baixa já atingida artificialmente é de cerca de 5 x 10 ,
−8
K
TEORIA NA PRÁTICA
Veja agora o experimento com o esquema de uma central de potência simples a vapor d’água.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 0,2 J/s
B) 0,3 J/s
C) 0,5 J/s
D) 0,7 J/s
A) A Segunda Lei da Termodinâmica não impede a possibilidade de haver uma máquina com
100% de eficiência.
B) A Segunda Lei da Termodinâmica nos diz que é possível retirar calor de uma fonte fria e
passar para uma quente, mas não de maneira espontânea.
C) A Primeira Lei da Termodinâmica nos diz que, se o calor é fornecido a um sistema, sempre
há trabalho mecânico realizado.
DADOS:
A) 2.000 J
B) 3.600 J
C) 6.800 J
D) 10.000 J
A) -50 kJ
B) 150 kJ
C) 50 kJ
D) -150 kJ
A) 1/2
B) 1/4
C) 1/3
D) 2/3
GABARITO
1. Apesar de a temperatura de um corpo não ter um limite superior, ela tem um limite
inferior, ou seja, há uma temperatura mínima abaixo da qual qualquer corpo não
consegue alcançar. Essa afirmação está relacionada à:
A Terceira Lei da Termodinâmica nos diz que nenhum corpo poderá alcançar a temperatura de
0 kelvin ou zero absoluto.
2. Uma máquina térmica pode transformar calor em trabalho mecânico. Isso significa
que o calor pode ser transformado em energia potencial ou energia cinética, fazendo
algo ser suspenso ou passar a se movimentar.
SABENDO QUE O CALOR REJEITADO POR CICLO PARA FONTE FRIA É DE 2 J, E QUE
CADA CICLO LEVA 10 SEGUNDOS PARA ACONTECER, A TAXA DE CALOR ENVIADA
PELA FONTE QUENTE A CADA CICLO É DADA POR:
Trata-se de um motor térmico, pois a máquina realiza trabalho. O trabalho a cada ciclo é dado
por:
W = mgh → W = 1, 0 ⋅ 10 ⋅ 0, 5 ∴ W = 5, 0J
∣
∣QQ ∣
∣ = W +|QF |
∣
∣QQ ∣
∣ = 5 + 2 = 7 J
Como é pedido o fluxo de calor em J/s, e cada ciclo leva 10 segundos para acontecer,
realizamos o seguinte cálculo:
∣
∣ QQ ∣
∣
∅Q = = 0, 7 J /s
t
a) Falsa - Pelos enunciados de Clausius e Kelvin, é impossível ter uma máquina com 100% de
eficiência.
c) Falsa - Pela Primeira Lei da Termodinâmica, um processo pode ocorrer com W = 0, ou seja,
todo calor envolvido é usado na variação de energia interna.
DADOS:
<|QF | = mL
|QF | = 8400j
ΔU = Q − W
6. Para determinado motor térmico poder operar, é preciso fornecer calor ao sistema a
uma taxa de 126 J/s, ou seja, uma potência de 126 W. Sabe-se que esse motor rejeita
para o ambiente 1.200 calorias por minuto.
min 4,2
∣ ∣ cal 1 J
QF = 1200 ⋅ ⋅
∣ ∣ min 60 s 1 cal
J
∣QF ∣ = 84
∣ ∣ s
Pela conservação de energia, podemos dizer que a potência útil (trabalho realizado a cada
segundo) é dado por:
DILATAÇÃO TÉRMICA
Você já reparou que, entre um trilho e outro em uma linha férrea, há certa separação? Ou que,
na construção de determinadas pontes ou alguns viadutos, também há separação entre
grandes blocos de concreto? Por que esses detalhes na construção são necessários?
Observando tais inquietações, assista ao vídeo que apresenta exemplo de dilatação térmica
existente.
DILATAÇÃO DE SÓLIDOS
Voltemos ao caso do trilho em uma linha férrea. A separação entre trilhos existe, basicamente,
por dois motivos.
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Devido ao segundo motivo: eles não são encostados porque, com o aumento da temperatura
do trilho, principalmente em dias muito quentes, este se dilata, e pode acontecer uma quebra
do trilho ou, então, um entortamento.
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que o constitui, criando uma relação diretamente proporcional entre dilatação, ou seja, variação
no tamanho do corpo ( ∆ L ) e a variação de temperatura ( ∆ T )
Assim, temos:
FÓRMULAS MATEMÁTICAS
Perceba, na figura, que o novo comprimento L0 será dado pela soma do comprimento L0 com
Imagem:
Você já sabe que a letra Δ, em Física, significa (em 99% dos casos) variação de algo. Dessa
forma, se a temperatura diminuir em vez de aumentar, o fator ∆ T será negativo, concorda?
ATENÇÃO
A relação encontrada entre dilatação (ou contração) e variação de temperatura também é
válida para as dimensões de área e dimensões de volume. Só há um detalhe:
No caso de dilatação de áreas, o fator α é multiplicado por 2 (por serem duas dimensões). No
caso de dilatação de volumes, o fator α é multiplicado por 3 (por serem três dimensões).
Duas chapas metálicas, uma de aço e outra de alumínio, ambas de 1,0 m², são colocadas no
chão de uma avenida. Quando as chapas foram construídas, suas temperaturas eram de 20
°C.
Foto: Shutterstock.com
Pesquisando em tabelas já conhecidas, encontramos que esses coeficientes valem 1,2 x 10-5
oC-1 e 2,4 x 10-5 oC-1, respectivamente. Logo, percebemos que o alumínio, submetido à
mesma variação de temperatura e tendo a mesma área inicial do aço, irá se dilatar 2 vezes
mais!
VOCÊ SABIA
Para calcular de quanto será a dilatação, basta usar a equação de dilatação já discutida, porém
multiplicar por dois, por se tratar de área!
Agora, o que acontece quando o sólido é oco ou vazado? Você já teve alguma experiência
ruim com anéis em dias frios?
Em objetos ocos ou vazados, como, por exemplo, o objeto vazado da figura a seguir, a regra
para dilatação ou contração é simples:
Em dias frios, os anéis tendem a prender mais no dedo devido a sua contração. Já em dias
mais quentes, eles tendem a ficar mais largos devido a sua dilatação. A parte vazada se dilata
ou contrai, como se fosse feita do mesmo material do anel. Assim, da próxima vez que o anel
não sair, tente aquecê-lo. No entanto, cuidado para não se queimar! Como veremos mais à
frente, o metal é um bom condutor de calor.
Imagem: Shutterstock.com
ATÉ O MOMENTO, ESTUDAMOS A DILATAÇÃO
EM CORPOS SÓLIDOS. MAS COMO ESSE
PROCESSO OCORRE NOS LÍQUIDOS? DA
MESMA FORMA OU TEM ALGUMA DIFERENÇA?
VEJAMOS.
DILATAÇÃO DE LÍQUIDOS
Como já sabemos, por fazerem parte do grande universo dos fluidos, líquidos, em geral, não
possuem forma específica, apesar de terem volume bem definido.
Dois litros de refrigerante, por exemplo, são dois litros de refrigerante, seja em uma garrafa pet,
seja em um vaso de planta. Os líquidos seguem o formato do recipiente que os contêm, porém
mantêm os seus volumes.
Para medirmos qualquer efeito em líquidos, só conseguiremos fazê-lo com o líquido dentro de
algum recipiente, concorda?
Se você jogar o líquido em uma superfície supostamente horizontal e quiser medir qualquer
efeito, a tarefa será difícil, pois a forma que ele terá não será uniforme.
Ela seguirá imperfeições no solo. Logo, há grandes chances de o formato criado ser disforme.
Você já sabe que, na maior parte dos casos, os corpos dilatam com aumento de temperatura.
Como precisamos de um recipiente para medir qualquer coisa em líquidos, quando aquecemos
um recipiente com líquido, há dilatação tanto do líquido quanto do recipiente – este será um
sólido oco, provavelmente.
Assim, o que vemos não é a dilatação real do líquido, mas sim uma dilatação aparente.
DILATAÇÃO APARENTE
Como o próprio nome indica, a dilatação aparente nada mais é que a dilatação do líquido
percebida, ou em outras palavras, o quanto o líquido dilatou em relação à dilatação do
recipiente que o contém.
Como vemos, o líquido extravasado é dado pela diferença entre a variação de volume real do
líquido e a variação de volume do recipiente. Essa diferença é a dilatação aparente! Você
consegue ver isso?
Imagem: Shutterstock.com
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O equipamento mais comum que usa o efeito da dilatação térmica em líquidos é o termômetro
de mercúrio.
Para medir variações de temperatura, coloca-se mercúrio em um recipiente bem fino de vidro
(de coeficiente de dilatação bem inferior ao do mercúrio). Devido à dilatação do mercúrio,
indica-se a temperatura em que se encontra determinado corpo.
Agora que você já conhece os efeitos da dilatação, da próxima vez em que colocar algum
líquido no fogo, evite fazê-lo próximo da boca do recipiente, pois os coeficientes de dilatação
dos líquidos são, em geral, superiores aos dos sólidos. Assim, a chance de derramar é bem
alta.
ATENÇÃO
A dilatação nos líquidos ocorre da mesma forma que nos sólidos. No entanto, o coeficiente de
dilatação fornecido nos líquidos é o coeficiente de dilatação volumétrico (dado pela letra Y),
visto que os fluidos são medidos sempre em unidades de volume. Ou você já viu alguém
comprar 2,0 metros de água mineral?
Etanol 11 x 10-4
Existe uma explicação química relacionada às formas da ligação das moléculas da água. Mas
a explicação mais simples é que a natureza é sábia!
Esse caso irregular permite que, em regiões muito geladas, ainda seja possível ter vida
marítima, pois, como o volume da água diminui com a temperatura (lembre-se: somente entre 0
oC e 4 oC), sua densidade aumenta. Assim, o líquido fica “mais pesado”.
Estando mais pesado, águas com temperaturas mais próximas de 4 °C ficam no fundo, e as
mais frias, próximas a 0 °C, ficam na superfície, a qual congela, isolando o meio externo do
fundo e, assim, não congelando todo o lago.
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TEORIA NA PRÁTICA
Veja agora o experimento que mostra a dilatação linear de uma barra metálica quando se
aumenta a temperatura.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Aquecer o conjunto.
D) Resfriar o conjunto.
A) R$ 50,00
B) R$ 100,00
C) R$ 150,00
D) R$ 250,00
D) (1 − γv /γm )V0
A) 350 m3
B) 355 m3
C) 360 m3
D) 365 m3
A) 2505 cm2
B) 2405 cm2
C) 2503 cm2
D) 2403 cm2
GABARITO
1. Suponha que você esteja com o seguinte problema: um anel de chumbo está travado
em um eixo cilíndrico de ferro. Você sabe que o coeficiente de dilatação do chumbo é
superior ao do ferro.
Comentário
Como o anel dilata mais que o eixo para uma mesma variação de temperatura, a melhor
solução é aquecer o conjunto. Apesar de os dois materiais dilatarem, o diâmetro do anel
dilatará mais que o diâmetro do eixo, pois o coeficiente de dilatação do chumbo é superior ao
do ferro.
Mas, e se os materiais que compõem o anel e o eixo cilíndrico estivessem invertidos? Você
mudaria sua resposta?
Nesse caso, a melhor solução seria resfriá-los. Como o coeficiente de dilatação do chumbo é
maior que do ferro, o chumbo também contrai mais que o ferro quando submetido à mesma
variação de temperatura negativa.
Comentário
Quando aquecemos objetos vazados, a cavidade se dilata como se fosse feita do mesmo
material que compõe o corpo. Dessa forma, haverá aumento no raio do orifício na mesma
proporção que o lado da chapa.
−3
△ V = 5000L ⋅ 10 ⋅(25 − 35) ∴ △ V = −50litros
Comentário
Como o enunciado informa, a parte vazia do vaso de vidro à temperatura T é igual à parte
vazia do mesmo a 0 °C. Isso significa que a variação de volume real do líquido é igual à
variação do volume do vaso de vidro. Assim, temos:
ΔVH g = ΔVV
γV
V0H gγm (T − 0) = V0 γV (T − 0) ∴ V0H g = V0
γm
O galão é feito de aço, e o máximo de petróleo que se costuma armazenar é 350 m3. Na
parte de cima do galão há uma abertura.
Dados:
Comentário
Para que não se derrame petróleo em nenhum caso, vamos imaginar o pior caso possível.
O galão está com a maior quantidade possível de petróleo (350 m3), e a temperatura varia de
10 °C para 60 °C. Assim, para que não derrame, o volume final do líquido, no limite, deverá ser
igual ao volume do galão. Logo, temos:
Vgalao = Vliquido
ΔVgalao ΔVpetroleo
−5 −4
V0galao (1 + 3 ⋅ 1, 2 × 10 ⋅ (60 − 10)) = 350(1 + 9, 0 × 10 ⋅ (60 − 10))
350⋅1,045
3
V0galao = = 365, 1 m
1,0018
6. Retira-se de uma chapa de aço quadrada, com 50 cm de lado, um pedaço de 100 cm2.
Inicialmente, essa chapa se encontrava a uma temperatura igual a 20 °C. Em seguida,
essa chapa, já cortada, foi submetida a uma temperatura de 70 °C.
Dado: Coeficiente de dilatação linear do aço = 2,0 x 10-5 °C-1.
Comentário
A dilatação de partes vazadas ou ocas em determinado material acontece como se essas
partes fossem feitas do próprio material que a circunda. Assim, após serem retirados 100 cm2
de uma chapa cuja área é 50 cm x 50 cm, a área inicial da chapa é igual a:
2 2 2
A0 = (50 × 50)cm − 100cm = 2400cm
Note que o coeficiente de dilatação fornecido é o linear, e não o superficial. Dessa forma, é
necessário multiplicá-lo por 2. Assim, a variação de área na chapa é dada por:
2 2 2
A0 = (50 × 50)cm − 100cm = 2400cm
ΔA = A0 (2α)ΔT
−5
ΔA = 2400 ⋅ (2 ⋅ 2, 0 × 10 ) ⋅ (70 − 20)
−5 2
ΔA = 2400 ⋅ 4 ⋅ 50 × 10 = 4, 8cm
MÓDULO 4
CONCEITOS
No módulo anterior, vimos os efeitos da variação de temperatura nos corpos, mas sem nos
preocuparmos em entender como o fluxo de calor aplicado (ou retirado) se propaga nesses
corpos.
Por exemplo, se aquecermos continuamente uma das extremidades de um trilho de trem, em
algum momento, todo o trilho estará com sua temperatura aumentada, e, assim, ocorrerá a
dilatação.
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Por exemplo, se você coloca a mão na parte metálica de uma panela recém-tirada do fogo,
provavelmente, queimará sua mão. Mas, se colocar a mão no cabo da panela – feito,
geralmente, de polímero, tal como baquelite, madeira ou plástico –, não irá.
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BAQUELITE
Resina sintética estável e resistente ao calor, que tem como características principais
dureza e durabilidade. Por essas características, ela é, atualmente, bastante usada na
confecção de cabos de panela.
PROPAGAÇÃO DE CALOR
Independente da forma de transferência de calor a que estivermos nos referindo, esta
sempre ocorrerá, de forma espontânea, do corpo mais quente para outro mais frio.
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CONDUÇÃO
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CONVECÇÃO
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RADIAÇÃO
CONDUÇÃO
Em um dia frio...
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Quando você segura com a mão direita uma maçaneta de metal da porta.
De acordo com o conceito de calor, nosso sentido tátil pode nos pregar algumas peças.
Teoricamente, não haveria motivo para sentir a maçaneta mais fria que a madeira, visto que,
como estão em contato (desde que a maçaneta foi presa à porta), suas temperaturas são
iguais.
Mas, se perguntarmos a qualquer pessoa, diríamos, com base na informação obtida e sentida
por nossas respectivas peles, que a temperatura da maçaneta está menor, quando, de fato,
não está.
A EXPLICAÇÃO PARA ESSA CONFUSÃO
SENSORIAL É QUE O METAL CONDUZ CALOR
DE FORMA MAIS EFICIENTE QUE A MADEIRA.
Em outras palavras, se a porta e a maçaneta estão em uma temperatura menor que a nossa,
nosso corpo transfere calor para a maçaneta de forma mais rápida que para a porta, dando a
sensação de a primeira estar a uma temperatura menor.
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Pegue um prego grande. Coloque uma das extremidades em um copo com gelo e segure a
outra por um tempo. Você demora muito para sentir a diferença de temperatura em seus
dedos?
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Agora, faça a mesma experiência segurando um tubo de plástico (pode ser um tubo externo de
caneta) de tamanho parecido com o do prego. Você levou mais, menos ou o mesmo tempo
para sentir a temperatura de seus dedos mudar?
Esse fluxo de calor dependerá do tipo de material que compõe o corpo, da seção reta e do
comprimento. A relação entre essas grandezas é conhecida como Lei de Fourier.
LEI DE FOURIER
Em 1807, o cientista jean baptiste joseph fourier apresentou suas descobertas acerca da
propagação de calor em um trabalho intitulado Mémoire sur la propagation de la chaleur
(Dissertação sobre a propagação de calor). No entanto, a publicação de seu trabalho só
ocorreu em 1822, no qual Fourier descrevia um modelo físico para explicar o mecanismo de
condução do calor.
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De forma empírica, ele descobriu que a taxa de calor fornecida entre dois pontos em um corpo,
devido à diferença de temperaturas entre eles, é dada por:
kA(T 1−T 2)
∅ =
L
Quanto maior o valor dessa constante k, maior será o calor transferido entre pontos de
diferentes temperaturas em um mesmo corpo, em um mesmo intervalo de tempo.
ATENÇÃO
Em geral, materiais que são condutores elétricos tendem a ser bons condutores de calor, ou
seja, possuem altos valores de condutividade térmica.
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CONVECÇÃO
A maior parte dos fluidos é má condutora de calor, ou seja, a transferência de calor por
condução é ineficiente, apesar de ocorrer.
O processo de convecção ocorre devido a uma maior liberdade de movimento das moléculas
(comparado com sólidos) que compõem o fluido.
A água é colocada em uma panela, cujo fundo está em contato com o fogo, ou seja, a uma
temperatura de centenas de graus Celsius. A água está, inicialmente, a uma temperatura bem
inferior à do fogo. Logo, há transferência de calor por condução entre o fogo e a água, em que
o meio de condução é o fundo da panela.
Se o processo fosse única e exclusivamente esse, só conseguiríamos aquecer a água que está
no fundo da panela inicialmente, e teríamos de esperar bastante tempo para que a própria
água conduzisse calor (por meio da condução) para as camadas mais altas dentro da panela.
Afinal, a água, assim como a maioria dos fluidos, é péssima condutora de calor.
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Como a água que está no fundo fica mais quente que a água na superfície, a do fundo fica
menos densa – aumento de temperatura, de volume (água acima de 4,0 °C) e, assim,
diminuição da densidade – e sobe. A água que está na superfície desce, passando a ficar em
contato com o fundo da panela que está bem quente.
QUANDO A ÁGUA QUE ESTÁ NO FUNDO
ATINGE UMA TEMPERATURA SUPERIOR A QUE
ESTÁ NA SUPERFÍCIE, O PROCESSO SE
REPETE, E ASSIM SUCESSIVAMENTE. CRIA-SE,
ENTÃO, UMA CORRENTE.
Você pode verificar isso colocando algum tipo de pó bem leve na água. Observe que ele ficará
“circulando” dentro da panela.
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Um exemplo claro dessa convecção em gases é a brisa na praia. Quando você chega à praia,
pela manhã, em um dia muito quente, o que estará mais quente: a areia ou a água do mar?
Muito provavelmente, a areia, não é mesmo?
Isso acontece porque o calor específico da areia é menor que o da água. Basta lembrar do
conceito de calor específico, que já vimos aqui quando estudamos calor. Assim, a água demora
mais para aumentar sua temperatura a uma mesma quantidade de calor fornecida pelo Sol em
comparação com a areia. Mais adiante, veremos a forma de propagação de calor proveniente
do Sol.
CORRENTE DE CONVECÇÃO
Assim, o ar próximo à areia está mais quente que o próximo ao mar. Devido a isso, ele
sobe e se desloca em direção ao mar. O ar frio que está em cima do mar desce e se desloca
para o “buraco” deixado pelo ar quente da areia, passando a ficar em contato com ela. Assim,
cria-se a corrente de convecção.
Da próxima vez que você for à praia, pela manhã, note que, estando na areia, você sentirá a
brisa vinda do mar. E se você for nesse mesmo dia à noite? Haverá brisa também. Mas ela
será no mesmo sentido? Pense um pouco.
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Da mesma forma que o mar demora mais que a areia para aquecer, ele também demora mais
para resfriar.
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Você consegue deixar sua mão ao lado de uma vela acesa, mas sem tocá-la, por muito tempo?
E em cima dela? Verifique e tente explicar o resultado obtido.
Agora que você conhece o processo de convecção, se tiver de instalar um ar-condicionado em
seu quarto, em que posição ele será mais eficiente: na parte mais alta da parede ou na parte
mais baixa?
Você deverá instalar na parte mais alta, pois o ar frio (que sai do ar-condicionado) é mais
denso e tende a cair, fazendo com que o ar mais leve e mais quente suba, ficando em contato
com o ar que sai do aparelho. Dessa forma, você facilitará o processo de convecção dentro
do quarto, e, assim, o ambiente não ficará tão quente.
E por que o ambiente estava quente? Como foi transferido o calor para aquecer o quarto? Esse
calor é proveniente do Sol.
Você sabe explicar como o Sol, que está a milhões de quilômetros de distância da Terra,
consegue transferir calor para nós? Isso é o que veremos agora!
PROCESSO DE CONVECÇÃO
Como exemplo, podemos citar a ventoinha (espécie de pequeno ventilador que refrigera
ou ajuda a refrigerar um motor.) dentro de seu computador, que cria uma corrente de
convecção de forma não natural.
RADIAÇÃO TÉRMICA
A forma com que o Sol consegue transferir calor para a Terra e com que você e outros alunos
aumentam, juntos, a temperatura em uma sala de aula fechada, só por estarem presentes nela,
seguem o mesmo processo de transferência de calor.
Diferente dos outros dois, esse processo não envolve matéria, mas é feito por meio da
radiação de ondas eletromagnéticas. A condução ocorre pela transferência de energia entre
moléculas, e a convecção, pela troca de posições das moléculas de um fluido.
Todo corpo com uma temperatura acima do 0 (zero) kelvin, (temperatura limite, como vimos na
Terceira Lei da Termodinâmica) emite radiação. Essa radiação é responsável por transferir
calor, caso haja diferença de temperatura entre dois corpos, mesmo não havendo contato entre
eles ou meio material para o calor se propagar.
Em outras palavras:
Podemos sentir nossa pele aquecer, estando relativamente perto de um corpo bem aquecido,
como um ferro de passar roupa ou um forno, não é mesmo?Podemos sentir nossa pele
aquecer, estando relativamente perto de um corpo bem aquecido, como um ferro de passar
roupa ou um forno, não é mesmo?
Apesar de, nesses casos, haver condução de calor no ar e, também, convecção no ar, o
processo de radiação térmica é considerável!
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Essas imagens são oriundas de câmeras térmicas, cujos sensores captam ondas
eletromagnéticas na faixa de frequência que nós não vemos a olho nu.
E ISSO É ÓTIMO!
IMAGINE SE PUDÉSSEMOS VER, CLARAMENTE,
EM FAIXAS DE FREQUÊNCIAS DENTRO DAS
FAIXAS DA RADIAÇÃO EMITIDA POR CORPOS
EXISTENTES NO COTIDIANO. VOCÊ NÃO
PRECISARIA DE LUZ BRANCA EMITIDA PARA
VER AS COISAS. SEMPRE EXISTIRIA “LUZ”
PARA SEUS OLHOS.
As ondas emitidas pelos corpos devido a suas temperaturas, em temperaturas não muito altas,
estão no infravermelho. A partir de um processamento, são dadas cores visíveis a essas ondas
coletadas pelos sensores, normalmente vermelhas para pontos mais quentes e verdes ou azuis
para pontos mais frios.
Geralmente, não conseguimos ver essa radiação emitida. Por exemplo, não podemos ver o
corpo da pessoa ao nosso lado ou um livro com as luzes artificias totalmente apagadas no
período da noite.
No entanto, conseguimos ver o carvão aceso em uma churrasqueira, assim como o fogo
oriundo de um fogão doméstico, mesmo com todas as luzes apagadas. Isso acontece porque
as temperaturas desses últimos são tão altas que as radiações emitidas por eles conseguem
sensibilizar os sensores ópticos de nossos olhos.
ATENÇÃO
A emissão de calor pelos corpos, por radiação, ocorre de maneira natural e espontânea,
independente da presença de outros corpos.
Vamos analisar o experimento que mostra o vaso de Dewar, comumente conhecido como
garrafa térmica, um objeto de uso cotidiano que utiliza mecanismos para evitar a perda de calor
por meio dos três processos de transferência de calor.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) A lata está realmente mais fria, pois a capacidade calorífica da garrafa é maior que a da
lata.
B) A lata está de fato menos fria que a garrafa, pois o vidro possui condutividade menor que o
alumínio.
A) I e II
B) I, II e III
C) II e III
D) I, III e IV
A) I – F; II – C; III – F; IV – C.
B) I – F; II – C; III – C; IV – C.
C) I – F; II – F; III – F; IV – C.
D) I – F; II – F; III – F; IV – F.
A) Radiação e condução.
B) Radiação e convecção.
C) Convecção e condução.
D) Radiação e dispersão.
GABARITO
1. (ENEM - 2006) Uma garrafa de vidro e uma lata de alumínio, cada uma contendo 330
mℓ de refrigerante, são mantidas em um refrigerador pelo mesmo longo período de
tempo. Ao retirá-las do refrigerador com as mãos desprotegidas, temos a sensação de
que a lata está mais fria que a garrafa.
Como o enunciado informa, tanto a garrafa de vidro quanto a lata de alumínio foram mantidas
por um longo período de tempo em um refrigerador. Por isso, esperamos que suas
temperaturas sejam iguais ao final do processo. Dessa forma, as alternativas (A) e (B) são
descartadas.
A alternativa (C) está incorreta, pois, apesar de a garrafa e a lata estarem à mesma
temperatura no final do processo, suas condutividades térmicas são diferentes.
Como o alumínio possui condutividade térmica maior que a do vidro, a sensação de a lata estar
mais fria é percebida. Isso acontece porque a quantidade de calor que as mãos desprotegidas
fornecem para a lata será maior do que a que as mãos desprotegidas fornecem para o vidro
em um mesmo intervalo de tempo.
II. OS ESQUIMÓS FAZEM SUAS CASAS (IGLUS) DE GELO, POIS ESSA SUBSTÂNCIA
TEM BAIXA CONDUTIVIDADE TÉRMICA, OU SEJA, O GELO É UM ISOLANTE TÉRMICO.
III. A CONDUÇÃO ENTRE DOIS CORPOS NÃO OCORRE SE ELES ESTIVEREM À MESMA
TEMPERATURA.
I. Falsa
O processo de radiação térmica não precisa de meio material para propagar calor. É o único
processo possível de ocorerr no vácuo.
II. Verdadeira
O gelo é considerado um isolante térmico, sendo sua condutividade térmica de
aproximadamente 1,6 W/mK. Comparando, o alumínio, que é um ótimo condutor térmico,
possui condutividade térmica de aproximadamente 200 W/mK.
III. Verdadeira
Pela Lei de Fourier, somente haverá fluxo de calor se ΔT ≠ 0
IV. Falsa
A convecção só ocorre em fluidos. Assim, não é possível ocorrer convecção entre corpos
sólidos.
II. Correta
A convecção pode acontecer de forma natural, através da corrente de convecção gerada por
diferença de densidades dentro de um mesmo fluido ou, então, forçada, onde a corrente de
convecção é criada artificialmente.
III. Falsa
A radiação existe em todos os corpos com temperaturas maiores que 0 K.
IV. Correta
A propagação de calor por convecção existe devido à diferença de densidades no mesmo
fluido.
4. Em casas (ou chalés) localizadas em locais mais frios, é comum o uso de lareiras nos
quartos ou na sala. A lareira funciona com a adição de lenha em sua base, onde coloca-
se fogo, e a fumaça é expelida através de uma chaminé. O objetivo do uso da lareira é
aquecer o ambiente e quem estiver nele.
Você percebe que há radiação térmica ou irradiação, principalmente, por sentir calor quanto
mais perto está da lareira e sem tocá-la. O processo da convecção ajuda a aquecer o cômodo
inteiro, visto que o ar quente está embaixo, próximo à lareira, e passa para cima, empurrando o
ar frio para baixo, criando, assim, a corrente de convecção.
5. A figura a seguir mostra uma barra submetida a duas temperaturas, que se mantêm
constantes, T1 e T2, sendo T1 > T2
III. SE SUBSTITUIRMOS A BARRA POR OUTRA DE SEÇÃO RETA DUAS VEZES MAIOR,
O FLUXO DE CALOR CAIRÁ PELA METADE.
I. Falsa
O fluxo de calor será constante, mas sempre do ponto de maior temperatura para o de menor
temperatura, logo, de T1 para T2.
II. Verdadeira
Segundo a Lei de Fourier, a temperatura varia de forma linear com o comprimento. Logo,
temos:
kAΔT ϕL
ϕ = → ΔT =
L kA
III. Falsa
Se a seção reta aumentar duas vezes, o fluxo também aumentará duas vezes. De acordo com
a Lei de Fourier, são diretamente proporcionais.
IV. Verdadeira
Se a condutividade térmica aumentar duas vezes, o fluxo também aumentará duas vezes. De
acordo com a Lei de Fourier, são diretamente proporcionais.
I. Convecção
O ar quente, menos denso, sobe, enquanto o ar frio, mais denso, desce.
II. Radiação
No processo de propagação de calor por radiação, o calor é transmitido através de ondas
eletromagnéticas e, assim, independe de matéria. Logo, é o único processo possível de ocorrer
no vácuo.
III. Condução
Como o processo de condução precisa de um meio material para se propagar, ao se colocar
vácuo entre as paredes duplas, esse processo é evitado.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo da Física Térmica, apresentamos, primeiramente, o conceito de calor, além da
chamada Lei Zero, que trata do equilíbrio térmico entre os corpos. Em seguida, foram
abordadas as três Leis da Termodinâmica. Com base nessas leis, é possível relacionar calor
com trabalho mecânico. Essa relação é utilizada em grande parte das Engenharias.
Por fim, estudamos o efeito físico de dilatação e contração de corpos sólidos e líquidos, devido
à variação de temperatura, e os três mecanismos de propagação de calor: condução,
convecção e radiação térmica.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BORGNAKKE, C.; SONNTAG, R. E. Fundamentos da Termodinâmica. São Paulo: Blucher,
2018.
HALLIDAY, D.; WALKER, J.; RESNICK, R. Fundamentos de Física 1. 9. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2012. v. 2.
HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve história da humanidade. São Paulo: L&PM, 2015.
MCPHEE, I. Physics – everyday science at the speed of light. Rio de Janeiro: Metro Books,
2010.
PIFER, A.; AURANI, K. M. A teoria analítica do calor de Joseph Fourier: uma análise das
bases conceituais e epistemológicas. In : Revista brasileira de ensino de Física. v. 37. n. 1.
2015.
ROONEY, A. A história da Física: da filosofia ao enigma da matéria negra. 1. ed. São Paulo:
M. Books, 2013.
EXPLORE+
Pesquise e assista ao documentário:
Nos dois primeiros episódios – O mundo material e Criando maravilhas –, são mostradas
as mudanças tecnológicas e científicas durante o período da Revolução Industrial,
quando se intensificaram os estudos do calor.
CONTEUDISTA
Bruno Suarez Pompeo
CURRÍCULO LATTES