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O Sistema Nacional de
Introdução
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De acordo com Custódio: “No período da Política Nacional do Bem-Estar do
Menor, implantada a partir de 1964 com o golpe, mais uma vez, há a repressão
institucionalizada, com a criação da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor e a
ideologia da segurança nacional, revigorando as práticas de contenção institucional e
imposição da disciplina.” E ainda assinala que: “O Período do Direito do Menor em
Situação Irregular inaugurado com o Código de Menores de 1979 continuou a
compreender a infância como abandonada, exposta, transviada, delinqüente,
infratora ou libertina, ou seja, concentrando todas as discriminações em uma única
categoria jurídica: a menoridade. Na verdade, o Direito do Menor nada mais foi que
a institucionalização jurídica da Política Nacional do Bem-Estar do Menor orientada
para o controle, a vigilância e a repressão das classes populares.” CUSTÓDIO,
André Viana. Direitos Fundamentais da Criança e do Adolescente e Políticas
Públicas: limites e perspectivas para a erradicação do trabalho infantil doméstico. In:
CUSTÓDIO, André Viana; CAMARGO, Mônica Ovinski de. (orgs.) Estudos
contemporâneos de direitos fundamentais: visões interdisciplinares. Curitiba:
Multideia, 2008. p. 105.
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Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às
normas da legislação especial.
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I – advertência;
IV – liberdade assistida;
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Art. 101, I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de
responsabilidade; II – orientação, apoio e acompanhamento temporários; III –
matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de estudo
fundamental; IV – inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família,
à criança e ao adolescente; V – requisição de tratamento médico, psicológico ou
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI – inclusão em programa
oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
toxicômanos;
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Conclusão
Abstract
The full protection doctrine as disposed in the Constitution of the
Federal Republic of Brazil of 1988 and in law 8.069/90 elevates children and
adolescents to the condition of subjects of right, recognizes them as persons
in development, and gives the family, the State and society the duty of
ensuring their fundamental rights and rights of protection with absolute
priority. To study the infractional act and the social-educational measures
implies in analysing thoroughly the theory of the full protection doctrine.
The social-educational measures have specifically pedagogical purposes and
take into consideration the vulnerability of the public it’s aimed at. It’s
important to clarify the distinction between the statutary responsibility and
the repressive logic imposed by the penal system. For this reason, since
2004, the National Social Educative Service System - SINASE has been
presented as bill. This research brings us some reflections about the
infractional act, social educative measures, statutary responsibility and the
SINASE as juridical and political instrument concretizing the rights of the
adolescents, authors of an infractional act. The research used the inductive
method with interdisciplinary critical and reflexive analysis of the reality
involving bibliographical research. We can conclude that it’s necessary to
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Referências