Pancreatite Aguda

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ISCISA Curso de Licenciatura em Nutrição

Instituto Superior de Semestre V - 2018


Ciências de Saúde Dietoterapia II

6. Tratamento dietoterápico de doentes


segundo doenças específicas
- pancreatite aguda
Iolanda Cavaleiro Tinga
Maputo, 13 de Setembro de 2018
1
Sumário
i. Etiologia
ii. Epidemiologia
iii. Diagnóstico
iv. Tratamento
v. Terapia nutricional
- Artigo: Terapia Nutricional na Pancreatite Aguda, Sociedade
Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Sociedade
Brasileira de Clínica Médica e Associação Brasileira de
Nutrologia, 2011.

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i. Etiologia
A glândula pancreática tem como função, de entre outras, a secreção de
enzimas lipolíticas, proteolíticas e de amilase, essenciais para a digestão
de nutrientes no intestino.

A pancreatite aguda ocorre quando a acção dessas enzimas é activada


inadequadamente no interior das células acinares, em resposta a
agressões por várias causas, como:
- organismos vivos, processos metabólicos, tóxicos e alterações
obstrutivas da papila de Vater ou do próprio ducto pancreático.

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i. Etiologia
São várias as causas envolvidas na etiologia da pancreatite aguda, no
entanto, a doença do tracto biliar e a ingestão abusiva de álcool
correspondem a cerca de 80% dos casos.

O restante é atribuído ao trauma, drogas, infecção, dano vascular,


manuseio endoscópico, hipertrigliceridemia, hipercalcemia e gravidez,
sendo que, em 10% dos casos aproximadamente, a etiologia ainda é
desconhecida.

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ii. Epidemiologia
A pancreatite aguda tem uma incidência que varia amplamente de acordo
com a população estudada, no entanto, estima-se que ocorra de 5 a 80
casos por 100.000 habitantes ao ano no mundo.

A doença, usualmente, acomete a faixa etária de 30 a 60 anos.

A idade avançada (maior que 70 anos) parece aumentar a mortalidade em


19%.

A pancreatite aguda predominante nas mulheres tende a ser a biliar,


enquanto nos homens, geralmente, é a alcoólica.

A pancreatite aguda, na sua forma grave, acomete cerca de 25% dos


doentes e apresenta uma taxa de mortalidade que varia entre 10-20%.
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iii. Diagnóstico
O diagnóstico, habitualmente, é baseado na presença de dor abdominal
intensa predominante nos quadrantes superiores com aparecimento
repentino.

As náuseas e os vómitos são frequentes e precoces.

Os vómitos podem ser de natureza reflexa ou por compressão duodenal


pelo pâncreas edemaciado.

Em alguns casos pode ocorrer paragem de eliminação de flatos e fezes


e, ocasionalmente, dispneia.

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iii. Diagnóstico
A elevação dos valores das enzimas pancreáticas no sangue, pelo
menos para o triplo dos valores normais, também contribui para o
diagnóstico.

O aumento da amilase sérica pode ocorrer algumas horas antes da


elevação da lipase sérica e esta última permanecerá elevada por mais
tempo.

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iv. Tratamento
Não há tratamento específico para o processo inflamatório que impeça a
progressão da doença, dessa forma, o tratamento inicial é clínico,
sintomático, caracterizado por jejum oral, hidratação e, quando necessário,
nutrição parenteral, além da analgesia sistémica.

Em alguns casos, a cirurgia é indicada para resolver algumas condições


associadas.

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iv. Tratamento
A pancreatite aguda leve tem pouco impacto sobre o estado nutricional e o
metabolismo. Já na pancreatite necrotizante grave, 80% dos pacientes são
hipercatabólicos, com elevado gasto energético.

Estudos demonstram que pacientes com um balanço nitrogenado negativo


apresentam mortalidade dez vezes maior do que aqueles com um balanço
nitrogenado adequado.

A avaliação da severidade da pancreatite aguda e do estado


nutricional do paciente é fundamental para o planeamento do cuidado
nutricional, com destaque para a decisão sobre a necessidade da nutrição
artificial (entérica ou parentérica), e deve ser feita no momento da
admissão e em intervalos regulares com o intuito de impedir o agravamento
do quadro clínico e nutricional.
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Agradeço a vossa atenção!

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