NEE, Sensorias-Visuais

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Amélia Alberto Malaia

Aurélia Ernesto Zucula


Cecília Tembe
Celeste Vasco Dimande
Gonçalves Roque António

Grupo VIII

Necessidades educativas especiais Sensórias – visuais

Licenciatura em Ensino Básico

2º Ano: Pós-laboral

Universidade Pedagógica
Maputo
2021
Amélia Alberto Malaia
Aurélia Ernesto Zucula
Cecília Tembe
Celeste Vasco Dimande
Gonçalves Roque António

Grupo VIII

Necessidades educativas especiais Sensórias – visuais

Licenciatura em Ensino Básico

2º Ano: Pós-laboral

Trabalho de pesquisa em grupo com o tema


Necessidades educativas especiais sensórias-
visuais, do curso de Licenciatura em Ensino
Básico, a ser apresentado na cadeira de NEE sob
orientação do Dr. Jan Mangumbule, para efeitos de
avaliação

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Universidade Pedagógica
Maputo
2021

Índice
0. Introdução.................................................................................................................................2

1. Necessidades educativas especiais Sensórias – visuais............................................................3

1.1. Alunos com Necessidades Educativas visuais..................................................................3

1.1.1. Conceito.....................................................................................................................4

1.1.2. Classificação, causas e sinais de alerta......................................................................4

1.2. Particularidade do atendimento ao alunos com NEE visuais na escola especial e


inclusiva.......................................................................................................................................6

Conclusão........................................................................................................................................8

Bibliografia......................................................................................................................................8

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0. Introdução
O presente trabalho intitulado Necessidades educativas especiais Sensórias – visuais, surgi nos
debates levantados na disciplina de Necessidades educativas no âmbito da educação inclusiva,
portanto, as necessidades educativas especiais sensórias remetem logo aos órgãos dos sentidos
que e a audição e a visão, este trabalho somente ira-se abordar sobre os problemas sensórias do
tipo visual.

Inclusão é um processo que visa apoiar a Educação para Todos e para cada criança no Mundo,
esta ideia implica encarar a escola como um espaço onde todas as crianças e jovens têm lugar
para aprender e adquirir conhecimento e para desenvolver-se enquanto pessoa, onde respeita-se a
diversidade e trabalha-se as potencialidades dos alunos tanto alunos com necessidades educativas
especiais, tanto para alunos ditos “normais” ou que não tem nenhuma necessidade educativa
especial.

De modo a satisfazer as necessidades do tema há uma necessidade de se traz os objectivos do


mesmo, em relação ao objectivo geral o presente trabalho visa compreender as necessidades
educativas especiais sensórias do tipo visual, e tem como objectivos específicos definir o que é
deficiência visual, qual e a sua classificação, indicar as causas e sinais de alerta, caracterizar as
particularidades das escolas especiais e inclusivas em relação aos alunos com este tipo de
necessidade educativo especial.

Em relação a metodologia esse trabalho é de cariz que pesquisa bibliográfica, onde ira-se
confrontar várias lliteraturas ou bibliografias que abordam sobre o tema a ser tratado. Entre tanto,
para além desta página introdutora o presente trabalho é estruturado em desenvolvimento onde
ira-se debruçar de todos os conteúdos respeitando as ordens dos típicos explícitos do plano
analítico da disciplina para esta temática, conclusão onde de forma breve ira-se trazer algumas
ilações entendidas sobre o tema abordado e bibliografia onde ira-se trazer as matérias
consultados para a relação deste trabalho.

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1. Necessidades educativas especiais Sensórias – visuais

1.1. Alunos com Necessidades Educativas visuais

A Educação é um fenômeno humano fundamental para que o Homem garanta a sua existência a
partir da transformação da natureza. Assim, é ela a responsável pela assimilação da produção de
ideias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades e ainda de garantir o
desenvolvimento da produção do saber da natureza e da cultura. A partir da identificação dos
elementos culturais e também da descoberta de novas formas para facilitar a identificação desses
elementos, a Educação passa a ser uma exigência
Visão é de todos os sentidos aquele que permite ao ser humano olhar e conhecer o meio tal como
ele é. Permite tomar conhecimento da posição das pessoas, dos objetos e da nossa posição em
relação aos demais.
O aluno com deficiência visual congénita ou adquirida terá sérias dificuldades relacionados com
a capacidade de se orientar e de se locomover com independência e segurança, para além de
comprometer a aquisição e desenvolvimento de conceitos, a interação com as outras pessoas com
o meio e consigo mesmo.
Para os estudantes cegos, a principal via de apreensão de informações são os sentidos
remanescentes, geralmente o tato e a audição. Nesse no desenvolvimento de materiais adaptados,
deve-se levar em consideração essa informação. O Sistema Braile é uma importante ferramenta
para o desenvolvimento da leitura e escrita para esses estudantes. O material impresso em tinta,
como os livros didáticos, apostilas, devem ser adaptados e transcritos em braile, e as ilustrações
devem ser representadas em alto-relevo, explorando o sentido do tato (BRASIL, 2010).
O aluno com deficiência visual, quando inicia suas actividades educacionais, pode sofrer
problemas relacionados à adaptação ao novo ambiente, principalmente se este não estiver
adaptado para atender suas necessidades. Entende-se que mais importante do que incluir uma
criança na sala de aula regular é incluir também todos os recursos necessários para que ela
desfrute das oportunidades como os demais estudantes, isto, é antes de mais nada há uma
necessidade de criar condições de modo que este aluno sinta-se à-vontade.

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1.1.1. Conceito

Segundo SERRANO (2008),” há uma necessidade educativa especial quando um problema


físico, sensorial, intelectual, emocional ou social afecta a aprendizagem ao ponto de serem
necessários acessos especiais ao currículo para que o aluno possa receber uma educação
apropriada.

Os alunos com necessidades educativas especiais são aqueles que, por exibirem determinadas
condições específicas, podem necessitar de apoio de serviços de educação especial durante todo
ou parte do seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento académico, pessoal
e sócio emocional.

Necessidades Educativas Sensoriais: Enquadram-se neste grupo crianças e adolescentes cujas


capacidades visuais ou auditivas estão afectadas. O termo “sensorial” remete-nos logo aos órgãos
de sentido. Quanto aos problemas de visão podemos considerar os cegos (não lhes é possível ler,
e por isso utilizam o sistema Braille) e os amblíopes (são capazes de ler dependendo do tamanho
das letras).
A Deficiência sensorial visual é um dano do Sistema Visual parcial ou global podendo variar
quanto às suas causas (traumatismo, doença, malformação, deficiente nutrição) e/ou natureza
(congénita, adquirida ou hereditária), traduzindo-se numa redução ou numa perda de capacidade
para realizar tarefas visuais (ler, reconhecer rostos). Deficiência Visual diz respeito a “uma
incapacidade de visão significativa ou total que, mesmo depois de corrigida, afecta
negativamente a realização escolar da criança. O termo inclui dois grandes grupos de crianças –
as cegas e as portadoras de visão parcial ou reduzida.
1.1.2. Classificação, causas e sinais de alerta
A Deficiência sensorial visual compreende as pessoas cegas e com baixa visão. Ou seja,
deficiência visual não é sinónimo de cego nem de baixa visão. Ambos os termos possuem suas
definições e características próprias.
A cegueira é entendida como a perda total da visão, até a ausência da percepção da luz. Ela pode
ocorrer desde o nascimento e, nesse caso, se classifica como congénita e ainda pode ser
adquirida ao longo da vida da pessoa – sendo, dessa forma, denominada como adquirida.
Conhecer a origem da cegueira pode ser importante para fins educacionais, isso porque qualquer

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resquício de memória visual pode auxiliar o trabalho do professor na alfabetização do estudante
cego.
A baixa visão pode ser compreendida como a alteração da capacidade funcional da visão,
decorrente de inúmeros factores isolados ou associados, tais como: baixa acuidade visual
significativa, redução importante do campo visual, alterações corticais e/ou de sensibilidade aos
contrastes, que interferem ou que limitam o desempenho visual do indivíduo (BRASIL,
2006:16).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS,p10),
A deficiência visual engloba duas grandes categorias: a Cegueira e a Ambliopia. Neste
sentido, podemos considerar uma pessoa cega como sendo aquela que não possui
potencial visual mas que pode, por vezes, ter uma perceção da luminosidade. A
ambliopia, também conhecida por baixa-visão, significa uma reduzida capacidade visual -
qualquer que seja a origem - e que não melhora através de correção ótica.

Existem inúmeras deficiências visuais atribuídas a diversas causas. Por essa razão, há diferentes
maneiras de classificá-las, desde que atenda às diferentes condições de sua ordenação.

As caudas da deficiência sensorial visual são:

 Causas congênitas: amaurose congênita de Leber, malformações oculares, glaucoma


congênito, catarata congênita.
 Causas adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma,
alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.

Na perspectiva de alguns estudos feitos por alguns Oftalmologistas, nos países em


desenvolvimento as principais causas da deficiência sensorial visual são, infecciosas,
nutricionais, traumáticas e doenças como a catarata. Nos países desenvolvidos são mais
importantes as causas genéticas e degenerativas.

A identificação dos sinais característicos da deficiência visual vai variar de acordo com o perfil.

 Na criança: verifica-se desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não
reconhecimento visual de familiares, baixa aproveitamento escolar, atraso de
desenvolvimento. Colocação da cabeça muito próximo do livro ao ler ou escrever,

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manter o material muito perto ou muito longe; Visão turva a qualquer momento; Dores
oculares
 No adulto: visão borrada súbita ou gradativamente. Nas duas situações: mancha branca
nos olhos, dor, flashes, diminuição do campo de visão, podendo levar o indivíduo a
esbarrar ou tropeçar em objetos estáticos. Irritações crônicas nos olhos, indicadas por
olhos lacrimejantes, pálpebras avermelhadas, inchadas ou remelosas, náusea, dupla visão
ou névoa durante ou após a leitura.
 Outros sinais de alerta: Olhos vermelhos, inflamados ou lacrimejantes, Pálpebras
inchadas ou com pus nas pestanas, Esfregar os olhos com frequência, Cansa-se
facilmente ou distrai-se ao aplicar a vista muito tempo.

1.2. Particularidade do atendimento ao alunos com NEE visuais na escola especial e


inclusiva.
As escolas especiais são estabelecimentos em que recebem alunos com necessidades especiais,
onde cada turma é constituída por cada tipo de necessidade.
Em relação aos alunos visuais deficientes visuais os docentes das escolas especiais recebem ou
uma formação especial, ou uma formação contínua em educação de crianças cegas ou com visão
reduzida. Assim, as crianças estão constantemente em contacto com um ensino capaz de lhes
facultar a ajuda específica de que necessitam.
O mesmo não sucede necessariamente nos programas de educação integrada
professor pode ser qualificado para o ensino de crianças com visão normal e não
para o de deficientes visuais. As crianças cegas ou com visão reduzida que
necessitam de sessões especiais de formação arriscam-se a verem-se obrigadas a
aguardar a presença do professor especial no estabelecimento. (Horton, 2014.p5)

Uma vez que todos os alunos das escolas especiais são cegos ou com visão reduzida, o
estabelecimento disporá mais facilmente dos meios para adquirir equipamentos especiais, obras
em Braille, livros impressos em caracteres ampliados, materiais destinados ao tacto, etc. É mais
difícil para uma escola regular adquirir equipamentos e livros para uma ou duas crianças
deficientes visuais.
Nas escolas especiais, o número de alunos por turma é, em geral, mais reduzido. Daí resulta,
naturalmente, uma maior possibilidade de o ensino ser mais individualizado. Sendo muitas vezes

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alunos internos as crianças que frequentam as escolas especiais, o educador dispõe de mais
tempo, antes, durante e depois das aulas, para ensinar aos deficientes visuais determinadas
matérias especiais que não figuram no programa, tais como a orientação e a locomoção, as
actividades da vida diária, etc.
As escolas especiais podem pôr em prática programas especiais de ensino para matérias
susceptíveis de colocar mais dificuldades aos deficientes visuais. Nos programas integrados, a
criança cega ou com visão reduzida segue o programa normal, dado que é escolarizada num
estabelecimento comum.
A finalidade das escolas inclusivas, consiste em criar um sistema educativo que possa dar
respostas às necessidades dos alunos. Porém, isto implica respeitar as características individuais
de cada sujeito e desenvolver uma cultura de colaboração como base de resolução de problemas,
facilitando, assim, o processo de capacitação de todos os professores e aumentando a igualdade
de oportunidades como via para alcançar uma melhoria educativa.
Nas escolas inclusivas não há organização em turmas especiais mas, o corpo docente trabalha em
equipa no desenho comum de actividades correspondentes ao currículo geral, de forma a adaptá-
lo às necessidades e capacidades de todos e de cada um dos alunos, e com necessidades
educativas especiais sensórias do tipo visual.

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Conclusão
Chegado a essa fase pode inferir que a educação de um aluno deficiente visual, pode se processar
por meio de programas diferentes desenvolvidos em classes especiais, mantidas por escolas
especiais, historicamente denominadas de segregadas, ou no ensino integrado, nas salas de
recursos, no ensino itinerante ou na classe comum, recebendo apoio do professor especializado
A educação do aluno com deficiencia visual, como toda educação especial, necessita de
professores especializados nesta área, métodos e técnicas específicas de trabalho, instalações e
equipamentos especiais, bem como algumas adaptações ou adições curriculares.

A tendência atual da educação especial, em todo o mundo é manter na escola comum o maior
número possível de crianças com necessidades educativas especiais. Aquelas que podem ser
educadas num programa regular de ensino, com ou sem serviços suplementares, são as chamadas
escolas inclusivas pós a inclusão pressupõe que todas as crianças e alunos tenham uma resposta
educativa num ambiente regular que lhes proporcione o desenvolvimento das suas capacidade

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Bibliografia

BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Programa de capacitação


de recursos humanos do ensino fundamental: deficiência visual. v. 1. Brasília, 2001.
SERRANO, A. M. Apontamentos das aulas de Dificuldades de aprendizagem específicas:
Perspectivas cognitivas, motoras, sócio-emocionais e da linguagem. Universidade do Minho,
Braga, 2008.
OMS. Deficiência visual e cegueira. Relatório oficial da ONU Fact Sheet nº 282. Disponível em:
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/ fs282 / en /. Acesso em: 28 de Janeiro de 2021.
Horton, Kirk. Educação de Alunos Deficientes Visuais em Escolas Regulares. Disponivel em:
http://www.deficienciavisual.pt/txt-educacaoescolasregulares.htm. Acessado em 28 de Janeiro de
2021

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