Educação e Novas Tecnologias - Apostila
Educação e Novas Tecnologias - Apostila
Educação e Novas Tecnologias - Apostila
EDUCAÇÃO E NOVAS
TECNOLOGIAS
PROFESSOR
FEMAF- Faculdade de Educação Memorial Adelaide Franco
CNPJ: 97.522.659/0001-40
Av. Drº João Alberto, N° 100. Res. Mª Rita
E-mail: [email protected]
(099) 3642-2129
Ementa:
O impacto tecnológico na educação. Globalização da comunicação e sua influência no
processo ensino-aprendizagem. Educação à distância. Ambientes virtuais de aprendizagem:
definições e os mais usados na educação on-line no Brasil. Políticas de informatização da
educação brasileira. Possibilidades e limites da informática na educação. O uso do computador
como recurso didático. A internet como fonte de pesquisa. Alfabetização tecnológica do
professor.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
COX, K. K. Informática na educação escolar. Polêmicas de nosso tempo. Campinas, SP:
Autores Associados, 2003.
KENSKI, V. Tecnologias e ensino presencial e à distância. Campinas: Papirus, 2004.
BARBOSA, R. M. Ambientes virtuais de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
OLIVEIRA, R. Informática educativa: dos planos e discursos à sala de aula. 3ª Ed.
Campinas: Papirus, 2002.
PAIS, L. C. Educação escolar e as tecnologias da informática. Editora Autêntica, 1999.
O IMPACTO TECNOLÓGICO NA EDUCAÇÃO:
O método tradicional de Ensino, onde as salas de aula eram formadas com base em
uma hierarquia extremamente rígida, onde o professor era tido como detentor do
conhecimento, já está em desuso há bastante tempo.
Hoje, as aulas precisam ser cada vez mais dinâmicas e principalmente colaborativas,
dando espaço ao envolvimento e interação do aluno. E neste cenário, a tecnologia
tem papel de destaque sobre todas as mudanças.
Bom, a boa notícia é que estamos vivendo este momento. E já faz algum tempo.
Mas afinal, qual é a melhor opção para iniciar essa metodologia? Promover
atividades extraclasse que envolvam estas ferramentas, devem seguir alguma linha
pedagógica específica?
Ainda que seja comum a resistência sobre a inserção destas ferramentas nos planos
de aula, inseri-las no ensino poderá aumentar o engajamento dos alunos através da
promoção de atividades online. Lembre-se que o aluno está constantemente
conectado e atento à estas novidades.
Então por que não ser um aliado destas ferramentas, desde que sejam estipuladas
regras para sua utilização?
É preciso não apenas ter domínio das ferramentas, como também utilizar
metodologias adequadas para envolvê-las no Ensino e tê-la como grande aliada na
construção do conhecimento, através de fontes de informações confiáveis e meios de
comunicação eficazes.
Não se pode ignorar que a chegada da Internet trouxe diversas vantagens ao nosso
meio. Além de estreitar laços, ela beneficiou na questão de pesquisas sobre quaisquer
assuntos, portanto, devemos obter maneiras de conciliá-la a educação. Todos os
acontecimentos têm repercussão simultânea, portanto, devemos analisar a melhor maneira
de utilizá-las a nosso favor.
Tendo essa linha de pensamento, buscamos proporcionar aos professores
mecanismos e formas para melhorar o ensino nas escolas brasileiras, criando aulas criativas
e dinâmicas, onde os alunos se tornem sujeitos pensantes e participativos. Contudo,
sabemos que para isso acontecer, devemos romper com velhos paradigmas que ainda estão
presentes no cenário educacional, principalmente quando o assunto é o uso das Novas
Tecnologias da Informação nas escolas.
A Internet trouxe diversas vantagens para o nosso dia a dia, porém o maior problema
visto dentro das salas de aula, é que os alunos passam a maior parte do tempo dando
atenção aos seus smartphones deixando de lado o conhecimento transmitido pelo professor.
O que acaba por ser um dos motivos pelos quais o uso do aparelho é proibido dentro das
salas de aula. Falta aos alunos maturidade e controle na hora de “filtrar” as informações que
serão úteis para o uso do aparelho.
Como outras invenções, a Internet ajudou muito na evolução da sociedade atual, com
ela, longas distâncias puderam ser encurtadas, pois, com um simples “click” pode-se
navegar por todo o mundo. Contudo, para se falar de Internet, devemos saber como ela
surgiu, porque e como.
A Internet surgiu no final dos anos 1960, na Guerra Fria, para fins militares, com iniciativa
do Departamento de Defesa Americano que queria um sistema de comunicação que fosse
capaz de resistir a uma destruição parcial provocada, por exemplo, por uma guerra nuclear.
A ideia principal era criar uma “teia” em que os dados pudessem se mover e que
também pudessem “esperar” se fosse necessário, caso as vias de acesso estivessem
obstruídas. Foi daí que surgiu o nome Web, que em inglês quer dizer teia. O termo
INTERNET foi utilizado pela primeira vez em 1970 por Vinton Cerf. A princípio, a Internet
não possuía esse nome, era chamada de ARPAnet pois, foi fruto de pesquisas da Advanced
Research Project Agency (ARPA).
Logo quando surgiu, a Internet era exclusivamente de uso militar, apenas a partir de
1969, com pesquisas paralelas na área, que começou a ser utilizada em outros campos. Em
1969 também, foi quando houve a primeira conexão com sucesso dos servidores militares.
Neste mesmo ano, foi criado o primeiro ponto de intersecção de dados, que foi considerado
o primeiro servidor de Internet, fora de uma base militar, na Faculdade de Los Angeles, nos
Estados Unidos. No mês de outubro, foi incorporado o segundo ponto, novembro e
dezembro os seguintes, criando assim uma rede de servidores. Com os estudos paralelos,
surgiram em 1971, o correio eletrônico e no ano seguinte, um aplicativo que permitia
organizar os E-mails, foram criações respectivas de Ray Tomlinson e Lawrence G. Roberts.
INTERNET NA EDUCAÇÃO
Como foi notado na história da Internet, a princípio seu uso era restrito aos militares e
acadêmicos, apenas muitos anos depois de seu surgimento, ela pode ser utilizada
pela população no geral. Hoje, o que mais vemos, são pessoas “conectadas” nesse
mecanismo. O que antes era apenas para uma minoria, agora pode ser desfrutado na
palma de nossas mãos. Mas, como a Internet influência a educação? Como utilizá-la
de uma forma, em que ela seja parceira no processo educativo? Essas são algumas
das perguntas que iremos responder nesse texto.
Muitas vezes quando falamos de tecnologias na educação, nos limitamos a pensar
que conciliar a tecnologia no meio educacional é usar os computadores da sala de
informática da escola e pronto. Mas as tecnologias vão muito além da sala de
computação da escola, a tecnologia está em todo lugar.
O uso de telefones móveis com Internet na sala de aula cresce a cada dia. Os famosos
Smartphones estão nas mãos da maioria dos alunos e o seu uso na aula é intenso.
Hoje em dia, é difícil pensar na vida do ser humano sem o uso de tal tecnologia, muitas
vezes quando ficamos por algum tempo desconectados acreditamos que perdemos
tudo que ocorre no mundo.
Os jovens sentem isso mais do que todos, pois eles já nasceram nesse meio, onde tudo está
a apenas um click na palma das mãos.
Segundo APLLE (1989) apud Lion (1997):
A nova tecnologia está aqui. Não desaparecerá. Nossa tarefa como
educadores é assegurar que quando entre em aula faça-o por boas razões
políticas, econômicas e educativas, não porque os grupos poderosos
querem redefinir nossos principais objetivos educacionais à sua imagem e
semelhança.
Na sala de aula os estudantes estão perdendo o encantamento com as aulas por
considerarem-nas monótonas, e acabam buscam “refugio” para o seu “tédio” nos seus
Smartphones, conectados com o mundo a fora, sem sair do lugar, porém, utilizam
esse recurso desenfreadamente, inadequadamente. O professor vem perdendo o seu
espaço nas aulas para essa incrível tecnologia, que acaba não sendo utilizada
corretamente pelos alunos. Mas, será que se os professores permitissem o uso de
tais tecnologias na sala, as aulas não estariam realmente maçantes para essa
geração que tem toda a informação em um click? Segundo Silva (2001):
O método de ensino não acompanha a velocidade das mudanças e
novidades que surgem a cada momento. O aluno, por sua vez, perde o
encantamento com o estudo formal e com a sala de aula. Não é por nada que
a opinião corrente entre os alunos é de que as aulas deveriam ser alegres,
descontraídos e criativos.
Devemos lembrar que os avanços tecnológicos estão cada vez mais influenciando o
modo de vida das pessoas, dessa maneira a educação não pode ficar para trás, deve
também utilizar esse mecanismo a seu favor. De acordo com Lion (1997): “não
educamos na homogeneidade, mas na diversidade. Sabemos que as crianças estão
informadas, não desconhecemos o poder dos meios de comunicação, mas
relativizamos sua influência.” Sabemos que as crianças estão informadas, então por
que continuar com o modo de ensinar tradicional? Recentemente a UNESCO lançou
um guia “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”, neste documento a
instituição estimula e recomenda o uso da TIC (Tecnologia da Informação e
Comunicação) nas salas de aula em conjunto com as disciplinas.
História
A EaD, em sua forma empírica, é conhecida desde o século XIX. Entretanto, somente nas últimas
décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo
profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam frequentar um
estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento
histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade.
O século XIX
Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem-sucedida preparando
por correspondência duas turmas de estudantes, a primeira com seis e a segunda com trinta alunos,
para o Certificated Teacher’s Examination, iniciou os cursos de Wolsey Hall utilizando o mesmo
método de ensino. Já em 1898, em Malmö, na Suécia, Hans Hermod, diretor de uma escola que
ministrava cursos de línguas e cursos comerciais, ofereceu o primeiro curso por correspondência,
dando início ao famoso Instituto Hermo.
História Moderna
No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de ensino a distância em virtude
de um considerável aumento da demanda social por educação. O aperfeiçoamento dos serviços
de correio, a agilização dos meios de transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnológico
aplicado ao campo da comunicação e da informação influíram decisivamente nos destinos da
educação a distância. Em 1922, a União Soviética organizou um sistema de ensino por
correspondência que em dois anos passou a atender 350 mil usuários. A França criou em 1939 um
serviço de ensino por via postal para a clientela de estudantes deslocados pelo êxodo.
A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o rádio, que penetrou
também no ensino formal. O rádio alcançou muito sucesso em experiências nacionais e
internacionais, tendo sido bastante explorado na América Latina nos programas de educação a
distância do Brasil, Colômbia, México, Venezuela, entre outros.
Atualmente, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de quase todo o mundo,
tanto em nações industrializadas quanto em países em desenvolvimento. Novos e mais complexos
cursos são desenvolvidos, tanto no âmbito dos sistemas de ensino formal quanto nas áreas de
treinamento profissional.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de deficiências
educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos.
Hoje, cada vez mais foi também usada em programas que complementam outras formas presenciais,
face a face, de interação, e é vista por muitos como uma modalidade de ensino alternativo que pode
complementar parte do sistema regular de ensino presencial. Por exemplo, a Universidade
Aberta oferece comercialmente somente cursos a distância, sejam cursos regulares ou
profissionalizantes.
EaD no mundo
A Austrália é um dos países que mais investe em EaD, mas não tem nenhuma universidade
especializada nesta modalidade. Nas universidades de Queensland, New England, Macquary,
Murdoch e Deakin, a proporção de estudantes a distância é maior ou igual à de estudantes
presenciais.
No Brasil, desde a fundação do Instituto Radiotécnico Monitor, em 1939, hoje Instituto Monitor,
depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, e o Instituto Padre Reus em 1974, várias
experiências de educação a distância foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso. As
experiências brasileiras, governamentais e privadas, foram muitas e representaram, nas últimas
décadas, a mobilização de grandes contingentes de recursos. Os resultados do passado não foram
suficientes para gerar um processo de aceitação governamental e social da modalidade de educação
a distância no país. Porém, a realidade brasileira já mudou e o governo brasileiro criou leis e
estabeleceu normas para a modalidade de educação a distância no país.
Em 1904, escolas internacionais, que eram instituições privadas, ofereciam cursos pagos, por
correspondência. Em 1934, Edgard Roquette-Pinto instalou a Rádio-Escola Municipal no Rio de
Janeiro no projeto para a então Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal dirigida por
Anísio Teixeira integrando o rádio com o cinema educativo (Humberto Mauro), a biblioteca e o museu
escolar numa pioneira proposta de educação a distância. Estudantes tinham acesso prévio a folhetos
e esquemas de aulas. Utilizava também correspondência para contato com estudantes. Já em 1939
surgiu em São Paulo o Instituto Monitor, na época ainda com o nome Instituto Rádio Técnico Monitor.
Dois anos mais tarde surge a primeira Universidade do Ar, que durou até 1944. Entretanto, em 1947
surge a Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas.
Tecnologias
Aspecto ideológico
Assim, a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de informações e passa a
ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno. Na educação a distância, o
aluno é desafiado a pesquisar e entender o conteúdo, de forma a participar da disciplina].
Sistemática
O Ensino a Distância (EAD), embora forneça uma gama de ferramentas tecnológicas que estreite
laços e minimizem obstáculos antes intransponíveis pelas distâncias físicas e o tempo real, é um
espaço onde interagem pessoas com diversas necessidades que são mediadas por outras, que de
igual modo, estão envolvidas no processo de ensino e aprendizagem. É nessa perspectiva, que
assumem fundamental importância nesse processo, professores e tutores de apoio presencial, como
facilitadores engajados no processo educativo proposto pela EAD.
Assim sendo, o papel do professor não pode se limitar apenas a determinadas tarefas que
podemos considerar engessadas, o papel deste profissional se amplia, devendo ter o papel de
motivador. Nesta perspectiva, Rosini (2007) complementa que é função básica para um bom modelo
de EAD, lidar com a geração de conhecimento, sua preocupação permanente é o modo como esse
conhecimento é apreendido e incorporado pelos alunos. Professores e tutores nesse meio, são
agentes motivadores e orientadores que acompanham esse processo e traçam as melhores
alternativas para êxito dos alunos.
Por fim, segundo Silva et all (2014), o modelo de Educação a Distância impõe o aprimoramento de
técnicas e estratégias que possam fortalecer e manter os alunos em permanente foco. Respeitando a
importância de todos os agentes do processo educativo no ensino EAD, ressalta-se o papel do
professor e do tutor presencial, como mediadores pedagógicos e não apenas como facilitadores dos
processos administrativos e burocráticos relacionados aos cursos. Desta forma, esses agentes
funcionam como o elo de ligação entre o sistema EAD, instituição e corpo discente.
Metodologias utilizadas
No ensino a distância não deve haver diferença entre a metodologia utilizada no ensino
presencial. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais adequadas ao
ensino a distância. O que muda, basicamente, não é a metodologia de ensino, mas a forma de
comunicação. Isso implica afirmar que o simples uso de tecnologias avançadas não garante um
ensino de qualidade, segundo as mais modernas concepções de ensino. As estratégias de ensino
devem incorporar as novas formas de comunicação e, também, incorporar o potencial de informação
da Internet.
A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim
que a banda larga começou a se firmar, e a Internet passou a ser potencialmente um veículo para a
comunicação a distância.
As pessoas se deparam a cada dia com novos recursos trazidos por esta tecnologia que evolui
rapidamente, atingindo os ramos das instituições de ensino. Falar de educação hoje, tem uma
abrangência muito maior, e fica impossível não falar na educação sem nos remetermos à educação a
distância, com todos os avanços tecnológicos proporcionando maior interatividade entre as pessoas.
Utilizando os meios tecnológicos a EaD veio para derrubar tabus e começar uma nova era em termos
de educação.
Esse tipo de aprendizagem não é mais uma alternativa para quem não faz uso da educação formal,
mas se tornou uma modalidade de ensino de qualidade que possibilita a aprendizagem de um
número maior de pessoas.
Antes a EaD não tinha credibilidade, era um assunto polêmico e trazia muitas divergências, mas hoje
esse tipo de ensino vem conquistando o seu espaço. Porém, não é a modalidade de ensino que
determina o aprendizado, seja ela presencial ou a distância, aprendizagem se tornou hoje sinônimo
de esforço e dedicação de cada um.
Perspectivas atuais
Cabe às instituições que promovem o ensino a distância desenvolverem seus programas de acordo
com os quatro pilares da educação, definidos pela Unesco.
História
Com o avanço das novas formas de educação a distância – como as realizadas pela Internet - e
as preocupações fortificadas como esse novo modelo de EaD - como o papel do aluno e do
professor em ambiente virtual –, outras questões passaram a ser discutidas para a otimização deste
modelo educacional. Seria ou não um sistema de EaD toda comunidade formada pela Internet?
Afinal, a Criação de Comunidades Virtuais é um dos princípios que orientam o crescimento inicial
do ciberespaço, ao lado da Interconexão e da Inteligência Coletiva (Cibercultura - Pierre Lévy – p.
127). Isto justificaria a criação de Comunidade Virtual como sendo essencial para o estabelecimento
de uma cultura de EaD. Porém, percebe-se que a simples criação de comunidades virtuais não
significa a criação de grupos de estudo pela Internet, pois estas possuem os mais diversos
interesses, que vão desde o entretenimento até a distribuição de notícias. A Comunidade Virtual
pode sim ser um princípio essencial, segundo Lévy, mas necessita ir além de simples Agregação
Eletrônica de pessoas (Agregações Eletrônicas ou Comunidades Virtuais? – André Lemos) para se
tornar uma Comunidade Virtual de Aprendizagem.
A Internet e a escola
A Internet não é uma escola e nem poderá substituí-la enquanto instituição de aprendizagem,
mas pode ser um valoroso complemento e auxiliar de todo o processo do ensino/aprendizagem.
Pesquisadores da National Science Foundation, através de um estudo patrocinado pela Michigan
State University (MSU), descobriram que a Internet pode ser uma boa ferramenta de ensino para
crianças. O estudo aponta que, diferentemente do que se pensa, a Web não provoca nenhum efeito
negativo na participação social de seus usuários ou no lado psicológico das crianças. A pesquisa
conclui que as crianças que usam a Internet conseguem melhorar as notas escolares. fonte:
www.gic.com.br. A Internet e a sua influência têm encurtado as distâncias entre os professores e os
alunos, contribuindo para o surgimento gradual de um novo modelo de escola. A sala de aula terá um
novo significado e ganhará uma nova dimensão. A difusão propagada pela Internet faz com que está
se assume como uma enorme base de dados complementar, onde todos os alunos poderão retirar
informação útil para execução dos mais variados trabalhos escolares e dar uma forte contribuição
para consolidação dos conhecimentos
De acordo com Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, as três nomenclaturas para o modelo a
distância de educação (Educação On-line, Educação a Distância e E-Learning) são conhecidos da
área de educação, porém se diferenciam entre si. Conforme a Professora, a divisão ocorre da
seguinte forma:
Com isso, percebe-se que o modelo de Educação a Distância dentro do conceito de Educação
On-Line, se apresenta como o mais interativo, requerendo das ferramentas utilizadas o uso visando o
ideal de autonomia e construção coletiva do conhecimento.
Isso reitera a importância dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), que integram diversas
ferramentas de comunicação disseminadas na Internet para o uso educacional. A utilização destas
ferramentas trouxe à Educação a Distância não só a potencialização dos conceitos de autonomia e
construção coletiva, mas também a permanência dos alunos nos cursos. Isto porque, através destas
ferramentas, há a possibilidade da participação ativa de alunos e professores, além do incentivo à
responsabilidade dos mesmos para com o aprendizado. Isto porque dentro do modelo de Educação
On-Line, há a necessidade de um padrão de comportamento para convivência e acompanhamento
dos cursos.
Dessa forma, entende-se que não há restrições quanto ao uso de determinadas ferramentas
de Internet por educadores, mas sim a necessidade de que este conjunto de comportamentos e
regras de convivência esteja presente em qualquer atividade educacional via Internet, independente
das ferramentas utilizadas.
POLÍTICAS DE INFORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Paulo Cysneiros (2003) afirma que somos levados a refletir sobre esse momento, geralmente
traumático da inserção de TIC em escolas ainda despreparadas para a sua contribuição
pedagógica. A saber, esse desafio torna-se cada vez mais hegemônico pelo caráter uno e
glamourizado que assume em muitos projetos. Por não se tratarem de tecnologias inertes,
devido às suas características intrínsecas, as mudanças e evoluções são constantes e
influenciadas pelas interações e formas de usos e apropriações que propomos e realizamos.
Tais aspectos conferem às TIC o status de importante eixo norteador e estruturante de novos
modos e processos de ensinar e aprender, interferindo também em estilos de vida e de
comportamentos. Nesse sentido, as “novidades tecnológicas” não podem ser apropriadas
apenas por uma parcela elitizada ou pelos segmentos sociais dominantes, e como alertamos
anteriormente, de forma glamourizada e desconexa de nossos potenciais e necessidades
socioculturais e educacionais.
É senso comum ouvirmos que o país precisa de uma “escola de qualidade”. Não é possível
concebê-la em nosso tempo sem que seus alunos, professores e funcionários tenham acesso às
TIC como recurso facilitador de novas práticas didático-pedagógicas e administrativas em uma
perspectiva capaz de inverter a lógica tradicional das políticas públicas e ações de governo
destinadas a fomentar o uso das tecnologias digitais por professores e alunos. Nesse sentido, as
TIC devem ser integradas às redes públicas de ensino, respeitando suas especificidades e
realidades locais, valorizando suas particularidades e aspectos socioculturais, de cada local
ou escola onde estejam inseridas. Para não desviar nosso eixo de reflexão, é mister
concentrarmos nossa atenção nos universos virtuais contidos pelas realidades e cotidianos
escolares e pessoais, hoje permitidos e acessíveis com certa facilidade através das
TIC. Refletiremos a seguir sobre algumas práticas capazes de contribuir para tornar escolas e
professores mais autônomos e os processos de ensino mais criativos e diversos.
Na edição n.º 2.215, Jornal da Ciência (2003), Marina Moraes Felipo expõe o grave
problema da exclusão digital de professores e professoras primários brasileiros. De lá para cá
pouco mudou, isso é preocupante, a exclusão de professores do ensino fundamental
compromete a qualidade e a forma como as redes de ensino percebem e se apropriam das TIC.
Não avançaremos de forma qualitativa e/ou construiremos formas não-glamourizadas de
compreensão e uso dos recursos digitais em educação, pois alfabetizar e letrar digitalmente
professores primários a partir de uma perspectiva crítica contribuirá na base da pirâmide
educacional para usos mais reflexivos das técnicas de comunicação digitais. Na
contemporaneidade não é possível pensar tais processos apenas com as tecnologias tradicionais
como quadro, caderno, giz, lápis, caneta, embora estes não devam se rejeitados ou alijados do
processo, devem ser entendidos enquanto recursos que se complementam. Ainda que as
maravilhas prometidas pelas lousas eletrônicas estejam ao alcance de polegares e indicadores,
para nós o que as diferencia em nível tecnológico dos recursos tradicionais é apenas o
processo histórico de adaptação aos novos conhecimentos. Conforme assinala Álvaro Pinto
(2005), são fruto do processo de hominização e contradição com o meio e existem justamente pela
nossa capacidade de projetá-las. Nesse sentido, hardwares e softwares, que conjuntamente
perfazem a linguagem binomial mais falada na atualidade, podem tanto contribuir como alienar
nossos educadores/educandos e condená-los ao ostracismo intelectual. Por isso, glamourizá-los em
detrimento à formação e valorização docente é erro grave.
O sociólogo Sergio Silveira (2001) nos alerta sobre as desigualdades sociais quando o
assunto é o acesso aos recursos da internet, apontando como causas básicas a negação às
pessoas nas classes populares de três instrumentos básicos: a linha telefônica, o computador e o
provedor de acesso. Para Silveira, a exclusão digital é um veto cognitivo, pois gera o
analfabetismo digital, a lentidão na comunicação, o isolamento e o impedimento ao exercício da
inteligência coletiva, fundamentais ao desenvolvimento do homem contemporâneo. Isso vem a
corroborar nossa ideia de que a escola pública é fundamental para promover e qualificar
processos inclusivos nesse setor, capazes de proporcionar às classes populares os recursos
necessários ao acesso à chamada sociedade da informação.
Numa tentativa de mostrar que promover tal inclusão a partir de escolas públicas não é
tarefa tão difícil, vamos, a exemplo de Felipo, sugerir algumas medidas que possam contribuir
para atacar em sua raiz esse mal que poderá comprometer de maneira determinante o futuro de
nossa sociedade. Não cerramos fileiras dentre os crédulos defensores da inclusão digital de
crianças e jovens com vistas apenas a ensiná-los a manusear um editor de texto, planilha
eletrônica ou “entrar na internet”.
Pensados assim, tais processos contribuirão somente para reforçar o ciclo vicioso da
dependência tecnológica e para gerar outro mal que poucos debatem, mas já assola nossos
rincões: o consumismo digital desnecessário.
É neste ponto que os textos de Almeida e Valente (1997) nos mostram que a formação
de professores não deve assumir caráter meramente instrumental, pois as TIC não estão a serviço
da educação, funcionam cada vez enquanto estruturantes dos seus diversos processos. Talvez por
ainda serem tomadas em muitos casos como ferramental técnico a partir de perspectivas
instrumentais, seja tão difícil incorporar as redes sociais digitais no processo ensino-aprendizagem.
Como fazer dessas redes parte estruturante dos processos pedagógicos? É aparentemente fácil
ignorá-las, colocá-las à parte de nossos interesses cotidianos. Entretanto, já fazem parte de
nossa realidade, a realidade construída e sustentada pelas instituições sociais: família, Estado,
política, economia, religiões, mídia e assim por diante. A tecnologia, a despeito de todas as
interpretações utilitaristas/pragmáticas, é expressão do espírito humano, é o seu modus vivendis,
é o próprio pensamento. No contexto das diversidades sociais e culturais brasileiras não se pode
caracterizá-las sem levar em consideração seus mitos, religiões, línguas e toda diversidade de
uma nação cuja complexidade ultrapassa uma análise disciplinar. Ou seja, não é possível pensar a
tecnologia sem considerar a riqueza de suas diferenças culturais.
Aqui, estão incluídos aqueles que, por aprenderem uma série de códigos e linguagens
computacionais (Java, C++, PHP, PERL, HTML, SQL entre outros), massageiam seus egos
subordinando-os ao limitado mundo binário das máquinas digitais. Embora reconheçamos que
os códigos e algoritmos assumem papeis cada vez mais centrais nas nossas relações sociais
trabalhistas, políticas, econômicas e até afetivas; recusamo-nos a cerrar fileiras com aqueles que
atribuem a esses códigos papel mais relevante do que merecem. É preciso lembrar que, por
mais sofisticados que possam parecer, sempre serão produtos culturais. Em contextos assim, a
formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as
técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática
pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Nesse
sentido, a formação de professores assume caráter central, conforme apontam Fernando
Almeida e José Valente:
A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre
as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática
pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica.
Essa prática possibilita a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma
abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do
interesse de cada aluno. Finalmente, deve-se criar condições para que o professor saiba
recontextualizar o aprendizado e a experiência vividas durante a sua formação para a sua
realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos
pedagógicos que se dispõem a atingir. Almeida e Valente (1997, p. 25-26)
Para contribuir com tal construção, acreditamos ser possível inverter a forma de planejar as
ações governamentais e políticas públicas no setor, incluído a formação de professores. Como
exemplo, podemos citar as experiências recentes no programa Cultura Viva, do Ministério da
Cultura, desenvolvido nos últimos anos, onde sociedade civil e os movimentos culturais
organizados foram selecionados via editais públicos como co-gestores de ações governamentais
na área de cultura. Acreditamos que mesmo o MEC, com sua estrutura burocrática pouco fluida,
poderia adotar práticas similares repassando às escolas em suas diversas redes (federais,
estaduais e municipais) formulação das propostas, de modo diferente do que ocorre atualmente
de distribuição de equipamentos e formação em larga escala. Em um modelo assim, onde a
participação dos professores e das redes na formulação das propostas e projetos para uso das
TIC ocorressem de forma efetiva, contribuiria de forma decisiva para valorização das
diversidades e potencialidades locais. Nossas experiências empíricas acompanhando ações
governamentais e/ou políticas públicas para uso e apropriação de tecnologias educacionais em
diversas redes de ensino nos fazem inferir que, em um cenário assim, o volume de recursos, os
equipamentos e as formas de utilizá-los e integrá-los ao currículo e cotidiano escolar, e, ao
seu entorno seriam demandados a partir da escola, com aporte e apoio dos sistemas municipais,
estaduais e federais de ensino; cabendo aos órgãos do MEC, responsáveis pela formulação das
políticas públicas atualmente, uma mudança de paradigma na formulação das propostas e
políticas, pois passariam a se concentrar na articulação, qualificação e fortalecimento desses
processos enquanto demandadores e co-gestores das propostas de intervenção que
obrigatoriamente deveriam emergir das escolas e ou redes municipais.
Dessa forma, o instituinte e o instituído não teriam papeis tão díspares e a interação
entre os mesmos ocorreria de forma mais fluida. Acreditamos que, se alcançássemos tal
prática, isso possibilitaria a transição de um sistema onde escolas com imensa diversidade social e
cultural deixariam de perceber as TIC a partir de modelos homogeneizados de ensino,
avançando em direção a abordagens integradoras de conteúdo e voltadas para a resolução de
problemas específicos, demandadas de forma singular por cada rede ou escola, tendo os órgãos
de gestão superiores o importante papel de articuladores e fomentadores dos processos. A meta
principal seria criar formas efetivas capazes de gerar as condições para que o professor saiba
recontextualizar o aprendizado e a experiência vividos durante a sua formação para, a partir
disso, interferir em sua realidade de sala de aula e dos contextos culturais e sociais nos quais se
encontra imerso, compatibilizando as necessidades de seus alunos aos objetivos pedagógicos
que se dispõe a atingir, conforme proposto por Almeida e Valente (1997).
POSSIBILIDADES E LIMITES DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
A tecnologia já faz parte da educação há séculos, desde o livro impresso, do uso do lápis
e o quadro-negro. Neste sentido, o desenvolvimento da tecnologia atinge as formas de vida
da sociedade e que a escola não pode ficar de fora, adquirindo uma “função mediadora
entre a cultura hegemônica da comunidade social e as exigências educativas de promoção do
pensamento reflexivo” (LITWIN, 2001, p. 131).
Há tecnologias antigas que se renovam a partir de novos critérios de uso como, por
exemplo, o rádio no carro ou o telefone que mais de um século após sua invenção se miniaturiza
e invade todos os espaços. Por vez existem muitas tecnologias que se tornam obsoletas
antes que seu uso seja generalizado. “Consideramos Tecnologia de Informação toda forma de
gerar, armazenar, veicular, processar e reproduzir a informação” (CORTELAZZO, 2009, p. 6).
Faz-se necessário atentar para o fato de que a inovação ocorre muito mais nas metodologias e
estratégias de ensino do que no uso puro e simples de aparelhos eletrônicos – muitas vezes
usado de forma mecânica, não reflexiva, nada inovadora, submetida a uma lógica de
estímulo/resposta, conduzindo assim a ação.
É preciso ter claro que as TICs não substituem os livros didáticos, nem assumem suas
funções, embora transformem profundamente seu uso, que será muito mais de referência e síntese
do que consulta e de estudo. As TICs oferecem, para além do impresso, ocasiões
originais de aprendizagem, trazendo desafios, provocando curiosidade, criando situações
de aprendizagem totalmente novas de convivialidade e interações mais intensas do que a aula
magistral baseada na autoridade do professor (BELLONI, 2008, p.73).
Kenski (2007) afirma que a formação de qualidade dos docentes deve ser vista com
razoável conhecimento de uso do computador, das redes e de demais suportes midiáticos, em
variadas e diferenciadas atividades de aprendizagem. Identificar quais as melhores maneiras de
usar as tecnologias para abordar este ou aquele tema ou refletir sobre eles, de maneira a aliar as
especificidades do ‘suporte’ pedagógico ao objetivo maior da qualidade de aprendizagem de seus
alunos.
Enquanto não houver interesse de uma forma geral e/ou em específico para com os (as)
docentes, na busca por conhecimento quanto ao uso adequado dos recursos tecnológicos e
materiais didáticos pedagógicos diversificados com fins educativos e objetivos claros; observam-
se em instituições de ensino, docentes que veem nos instrumentos a solução de todos os
problemas e melhorar assim a qualidade da educação de modo geral, assim como, os que
resistem a elas, por não perceber claramente sua utilidade.
Até bem pouco tempo para se realizar trabalhos escolares, acadêmicos e científicos se fazia
necessário ir a bibliotecas e livrarias para adquirir livros e pesquisar sobre o assunto a que a
pesquisa tratava, todavia com o avanço das tecnologias e o surgimento das redes de computadores,
a forma de estudar vem passando por mudanças com a ajuda dessas novas tecnologias. Há uma
grande quantidade de informações, livros, artigos, documentários e entrevistas que são digitalizadas
e estão disponíveis na rede da internet.
A Internet é uma gigantesca fonte de informações que pode ser acessada de qualquer lugar a
qualquer hora são informações sobre Arte, Política, Religião, Ciências, Filosofia, História e muito
mais e conforme o InfoBiblio (2012) as necessidades de investigação e os requisitos variam de
acordo com cada tipo de pesquisa e/ou projeto. Existem métodos e habilidades que podem ajudar a
tornar o desempenho da sua investigação mais eficiente e eficaz. Nesse trabalho não se prenderá
aos métodos de pesquisa e outros detalhes mais apenas em mostrar que se pode usar a rede como
uma ferramenta de estudo confiável, pois se pode questionar a confiabilidade de outras fontes que
não seja internet da mesma forma que se questiona a internet. Há hoje cursos em vários níveis
disponível na internet os chamados cursos virtuais que são reconhecidos pelo ministério da
educação o MEC, são instituições públicas e privadas que investem nesse seguimento onde em
muitos casos se pode até interagir nos cursos, palestras e entrevistas em tempo real através da
videoconferência além de debates com pessoas dos mais diversos lugares e até mesmo de outros
países.
Precisa haver um estudo durante a pesquisa para se assegurar que as informações são
confiáveis, no entanto há também determinados assuntos que geram duas linhas de raciocínio as do
contra e as do a favor nesse caso a pesquisa deve ser mais rigorosa ou se pode recorrer a livros
onde a própria rede pode indica-los para assegurar que está se seguindo uma linha de raciocino
autentica, porém não se poderá afirmar sobre a verdade, pois muitas vezes trata-se apenas de uma
teoria baseada em hipóteses que as vezes não pode ser provada logo pode se dizer que uma
proposição é verdadeira quando ela se refere a algo que pode ser provado e esse é estudado por
um determinado grupo ou pesquisadores que apresenta todas as informações sobre o referido
assunto e publica onde esse será avaliado por especialistas e outros que poderão aceitar como
correto ou não.
Um dos sites muito utilizado na busca por informações sobre assuntos diversos é a
Wikipédia, porém há um problema é que as informações do site podem ser manipuladas ou alteradas
pelos usuários e isso implica em um risco à confiabilidade das informações que poderão deixar de
ser autenticas e que causa certa preocupação.
Como pode ser visto o próprio site tem uma preocupação com a autenticidade das
publicações verificando sempre seu conteúdo e essa insegurança já é alertada por profissionais da
educação onde alguns já questionam sobre o uso da internet como fonte de pesquisa, porém essa
pode ser contornada através de comparações das informações com outras fontes de informações
para confirmar a autenticidade das mesmas além da verificação dos autores e outras referências
assim como das publicações. Embora alguns profissionais discordem principalmente os ligados
diretamente a educação, contudo esses terão que se adequar aos novos tempos pois a evolução e o
progresso não podem ser parados logo cabem a esses a missão de ensinar como utilizar esses
novos meios em favor do conhecimento.
De acordo com Cortella (2009, p.24) não se deve confundir informação com conhecimento. A
internet, dentre as mídias contemporâneas, é a mais fantástica e estupenda ferramenta para acesso
à informação; no entanto, transformar informação em conhecimento exige, antes de tudo, critérios de
escolha e seleção, dado que o conhecimento (ao contrário da informação) não é cumulativo, mas
seletivo.
É análogo a ir a uma livraria ou biblioteca que está cheia de livros com informações logo o
indivíduo tem que saber o que se busca no meio de tanta informação para isso se faz necessário
critérios para a realização do estudo, mas para os trabalhos como os de nível médio deve-se sempre
ser orientado e acompanhado para que os estudantes se habituem a ler e selecionar o conteúdo e
assim apresentarem suas ideias próprias e não ideias prontas dos outros, pois muitos educadores
ainda resistem ao uso da internet exigindo do aluno que utilizem outros meios caso contrário o
trabalho não será aceito, não se pode ser radical a esse ponto, pois como já foi abordado há como
se utilizar a internet a favor do conhecimento só é necessário ensinar como se deve fazer.
Sabendo que a cada dia surgem novas tecnologias, e que estas estão disponíveis àqueles que
possuem recursos financeiros para adquiri-las. Nesta perspectiva, a escola necessita ser um
lugar de igualdade, condições, aprendizagens e democratização do acesso à informação para
todos os alunos e professores. Podendo também compreender que este não precisa ser um
ensino centrado no tecnicismo, só no saber fazer, com ênfase aos meios sem questionar suas
finalidades, mas também desenvolver uma análise crítica- reflexiva sobre essas tecnologias, quais
suas possibilidades, suas fragilidades. Assim como nos coloca Leite e Sampaio (2010):
A compreensão do funcionamento destes recursos é o primeiro passo para que seu uso
aconteça e permita ao usuário ir além daquilo que intuitivamente atingiu no contato com estas
ferramentas. Por uso próprio muitas são as pessoas que começaram e até hoje utilizam estas
tecnologias, não se pode desprezar e nem tampouco desperdiçar o tempo e o esforço para que
isso acontecesse, na realidade, os computadores e seus recursos acabaram se tornando
elementos importantes para que as pessoas percebessem o potencial e possibilidade de
desenvolvimento por conta própria, em processo de autoaprendizagem, ou seja,
capacitando-se individualmente, de forma espontânea, motivados pelo fascínio e elementos
de interesse trazido pelo computador e seus múltiplos recursos.
A tecnologia deve aparecer como um aliado na função do professor e não como uma
sobrecarga, mas principalmente como um elemento formador da cidadania e de uma
consciência social. Como afirmam Leite e Sampaio (2002):
Como dizia Paulo Freire: "há necessidade de sermos homens e mulheres do nosso tempo,
que empregam todos os recursos disponíveis para dar o grande salto que a nossa educação está
á exigir".
Por mais que as escolas usem computadores e internet como recurso didático, estas
continuam fazendo o sistema anual, como sendo uma sequência do pensamento seriado. Kenski
(2007) afirma que essas escolas vêm: “[...] definidas no espaço restrito da sala de aula, ligadas
a uma única disciplina do comportamento estrutural e filosófico do fazer cotidiano, sendo
graduadas em níveis hierárquicos de conhecimento e lineares de aprofundamento dos
conhecimentos em áreas específicas do saber”. (p. 46).
Assim como está registrado na LDB - 9394/96, Artigo 13º - inciso I: “[...] os docentes
deverão se incumbir de participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino”.
Podemos observar que, hoje a tecnologia vem se tornando algo essencial para a escola,
mais são muitas as tarefas e também não são poucas as dificuldades que o processo
educacional deverá enfrentar neste século XXI. São essas necessidades de inserir a escola nesse
âmbito educacional tecnológico que temos que nos postar críticos em meio a essa ação, buscando
a melhor forma de preparar os educandos que necessitam dessa formação, fazendo com que
estas ações se façam adequadas/coerentes a todos, dentro do respeito, servindo e formando.
Kenski (2003) reconhece que, na maioria das escolas brasileiras, as tecnologias digitais
de comunicação e de informação "[...] são impostas, como estratégia comercial e política, sem
a adequada reestruturação administrativa, sem reflexão e sem a devida preparação do quadro
de profissionais que ali atuam." (p.70).
O fato da entrada dos computadores não ter sido precedido de uma ampla discussão entre
os professores que possibilitasse o levantamento de opiniões, desejos e sugestões para o uso
desta tecnologia no ensino, torna o uso desagradável e desestimulante, pois não sabemos se os
professores sabem utilizar essas tecnologias e menos ainda, se querem utilizá-la. O problema,
no entanto, não se caracteriza apenas por uma rejeição ao novo, mas também por experiências
negativas com o uso de tecnologias que se proclamavam como solução dos problemas
existentes na educação, mas que trouxeram poucos benefícios em razão da dificuldade do uso
dessa ferramenta.
É necessário discussões a respeito do uso das tecnologias, sendo feito todo um planejamento
em torno do que se pretende com o uso tecnológico educacional. De acordo com Levy (2005):