Ajuda Cálculos Caixa de Velocidades
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por
por
Comissão de Avaliação:
ii
De modo especial, à minha família que sempre
apoiou-me incondicionalmente
iii
AGRADECIMENTOS
aos colegas do PV&V da John Deere, em especial aos engenheiros Felipe Rodel e Jankiel
Bordignon, pela compreensão quanto ao tempo que dediquei, durante horário de trabalho, a
esta monografia;
ao meu orientador Prof. Dr. Ney Francisco Ferreira, por sua dedicação na orientação deste
trabalho.
iv
BOEING, R. V. DETERMINAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRANSMISSÃO PARA UM
PROTÓTIPO BAJA SAE. 2011. 25 folhas. Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso em
Engenharia Mecânica) – Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
RESUMO
ABSTRACT
The purpose of the current project is to determine transmission ratios that improve, in
particular competitions, performance for a prototype vehicle model “Baja SAE” already built. The
input data, torque and power available as well equivalent weight of the prototype vehicle, have
been measured in the tested vehicle by instrumentation. Results shows that the minimum time
for the prototype vehicle to run 30 meters would be 4,28 seconds with the transmission ratio
8,72:1, while the maximum speed achieved in 100 meters would be 59,65 km/h with the
transmission ratio 3,73:1. To validate the method developed, time and speed have been
measured in the prototype vehicle and compared with the calculated ones. Also, has been
analyzed the ideal transmission ratio variation when changing the prototype vehicle equivalent
weight, showing that the method has low sensibility with equivalent weight changes.
v
ÍNDICE
Pág.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
1.1 O Baja SAE .................................................................................................................. 1
1.2 A Competição............................................................................................................... 1
1.3 A Equipe Tchê.............................................................................................................. 1
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 2
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 2
4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................... 3
4.1 Medição do torque no eixo ........................................................................................... 3
4.2 Medição da rotação no eixo ......................................................................................... 6
4.3 Conversor AD para aquisição de dados ....................................................................... 7
4.4 Torque disponível ......................................................................................................... 8
4.5 Torque de resstência ao movimento............................................................................. 9
5. DETERMINAÇÃO DA CURVA DE POTÊNCIA LÍQUIDA .................................................... 9
6. CÁLCULO DA MASSA EQUIVALENTE DO PROTÓTIPO ................................................ 10
7. MENOR TEMPO PARA 30 METROS................................................................................ 11
8. MÁXIMA VELOCIDADE AO FINAL DE 100 METROS ...................................................... 13
9. VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................... 14
10. CORRELAÇÃO ENTRE RELAÇÃO IDEAL E MASSA EQUIVALENTE ............................. 14
11. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 15
11.1 Sugestões para trabalhos futuros ............................................................................... 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 15
ANEXO I – INFORMAÇÕES TÉCNICAS DA CVT .................................................................... 16
ANEXO II – CURVAS CARACTERISTICAS DO MOTOR......................................................... 17
ANEXO III – DATASHEET DO CONVERSOR FRENQUÊNCIA-TENSÃO ............................... 18
vi
1
1. INTRODUÇÃO
1.2 A competição
Pioneira na região Sul do país, foi fundada no final do ano de 1994 por graduandos
em engenharia mecânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Ao longo dos anos seguintes, a equipe aperfeiçoou seus protótipos, chegando a
conquistar a terceira colocação na competição nacional de 1998, e a segunda colocação nas
competições regionais nos anos 2007 e 2009.
2
Desta maneira, é com o intuito de consolidar este processo de melhoria contínua,
que o presente trabalho almeja melhorar o desempenho do protótipo Baja SAE em algumas
avaliações específicas que fazem parte da competição.
2. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é elaborar uma metodologia que permita determinar qual a
relação de marcha fixa que, quando utilizada em série com um sistema de transmissão
continuamente variável (CVT), proporcione ao veículo um melhor desempenho nas seguintes
provas da competição:
(a) prova de aceleração: o protótipo deve partir do repouso e percorrer uma reta de
30 m no menor tempo possível.
(b) prova de velocidade: o protótipo deve partir do repouso e atingir a máxima
velocidade ao final de uma reta de 100m.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O sistema propulsor do veículo (quadros verdes), além dos eixos e das rodas, é
formado pela associação do motor, CVT e transmissão com relação fixa. Tanto o motor quanto
a CVT têm suas características disponíveis nos catálogos dos seus respectivos fabricantes
(anexos I e II), entretanto essas informações não foram necessárias, uma vez que o conjunto
formado pela associação dos dois foi considerado como um componente único. Essa junção
fornece a curva de potência na entrada da caixa de câmbio, a qual foi determinada
experimentalmente.
A seguir são apresentados os materiais e métodos empregados na determinação da
mesma:
(a) (b)
Figura 4.3 – (a) Emissor instalado no eixo; (b) Receptor e conversor A/D instalados no veículo
4,0
y = 0,0293x - 0,0848
R² = 0,999
Tensão medida [V]
3,0
2,0
1,0
0,0
0 25 50 75 100 125 150
Torque aplicado [Nm]
Figura 4.5 – Curva gerada na calibração do torque
(4.1)
A incerteza associada ao valor do torque varia de acordo com o valor lido. A Figura
4.6 apresenta o comportamento da mesma.
6
14%
Caixa de
câmbio
Sensor
indutivo
Como o conversor AD utilizado trabalha com sinais de tensão nas suas entradas, um
conversor freqüência-tensão é montado para contornar o fato de o sensor indutivo apresentar
em sua saída um sinal de freqüência (anexo III). O conversor é concebido de modo que seu
sinal de saída seja igual a 5 volts para uma excitação de 500 Hz.
A curva tensão versus rotação deste sistema é montada com a utilização de um
tacômetro óptico digital, marca Minipa modelo MDT-2238A com incerteza de ±10 RPM. Para a
construção da curva são aplicadas rotações constantes no eixo, lidas pelo tacômetro e
associado ao valor da tensão na saída do conversor. A Figura 4.8 apresenta a curva gerada na
calibração.
7
5,0
2,0
1,0
0,0
0 100 200 300 400 500 600 700
Rotação no Eixo [RPM]
Figura 4.8 – Curva gerada na calibração da rotação
(4.2)
(4.3)
(4.4)
Torque [N.m]
Potência [CV]
5,0 50,0
4,0 40,0
3,0 30,0
2,0 20,0
1,0 10,0
0,0 0,0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500
Rotação [RPM]
Figura 4.10 – Curvas características para a entrada da caixa de câmbio.
4,0 25,0
3,5 22,5
20,0
3,0
Potência de resistência 17,5
Potência [CV]
Torque [N.m]
8,0 80,0
7,0 Potência Líquida 70,0
6,0 Torque Líquido 60,0
Torque [N.m]
Potência [CV]
5,0 50,0
4,0 40,0
3,0 30,0
2,0 20,0
1,0 10,0
0,0 0,0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
Rotação [RPM]
Figura 5.1 – Curvas calculadas a partir das medidas feitas nos testes
Para atingir o objetivo deste trabalho, é necessário saber além do torque que pode
ser aplicado no cubo da roda, a massa que deve ser movimentada. Neste caso em especial,
não seria suficiente apenas pesar o Baja SAE. Para que haja o seu deslocamento, muitos de
seus componentes precisam ser acelerados com velocidade rotacional, ou seja, parte da
potência é consumida para vencer a inércia rotacional destes componentes.
Segundo Canale, 1989, as inércias rotacionais de todos os componentes rotativos
podem ser somadas e substituídas por uma “massa fictícia”, aplicada no centro de gravidade
do veículo. O mesmo autor afirma que a aceleração linear do veículo é resultado da divisão da
força de impulsão pela massa equivalente, ou seja:
(6.1)
(6.2)
(6.3)
1600 3,0
1400
2,5
1200
Velocidade [m/s]
2,0
Força [N]
1000
800 1,5
600
1,0
400 força
veloc. 0,5
200
0 0,0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Tempo [s]
Figura 6.1 – Curvas de torque a velocidade em função do tempo
(6.4)
Ou seja, a massa equivalente é igual à área sob a curva que representa a força
aplicada entre e , divida pela variação da velocidade no mesmo período.
Do gráfico, obtem-se que a variação da velocidade é de 2,71 m/s, em um tempo de
1,0 segundo, impulsionado por uma força total no período de 874,68 N (área sob a curva de
força, dada pelo programa Advanced Grapher 2.2). Com essas informações aplicadas na
Equação 6.5 é determinada a massa equivalente do protótipo como sendo 322,76 kg.
2250 0,009
2000 0,008
1750 Força 0,007
1/Força
1/Força [N-1]
1500 0,006
Força [N]
1250 0,005
1000 0,004
750 0,003
500 0,002
250 0,001
0 0,000
0 2 4 6 8 10 12 14
Velocidade [m/s]
Figura 7.1 – Força e Força-1 em função da velocidade para i = 8
(7.1)
(7.2)
Assim, calcula-se a área sob curva f -1 com o uso do programa Advanced Grapher 2.2
para diversos valores de velocidades. Com o resultado destes cálculos monta-se a curva de
velocidade em função do tempo, conforme a Figura 7.2.
14
12
Velocidade [m/s]
10
8
6
4 Distância percorrida
igual a 30 m
2
0
0 1 2 3 4 4,30 5 6
Tempo [s]
Figura 7.2 – Velocidade em função tempo para i = 8
13
A distância percorrida em um intervalo de tempo pode ser determinada calculando a
área sob o gráfico da velocidade versus tempo, conforme definido na Equação 7.3.
(7.3)
4,60
4,55
4,50
Tempo [s]
4,45
4,40
4,35
4,30
4,25
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Relação de transmissão
Figura 7.3 – Tempo em função da relação de transmissão para 30 metros
Por fim, calcula-se a derivada da equação que representa a curva tempo versus
relação de transmissão e encontra-se o ponto onde a mesma é zero. O valor encontrado
representa o mínimo da função e é exatamente o valor buscado. Para esta curva de torque
disponível e esta massa equivalente, a distancia de 30 metros será percorrida, partindo do
repouso, em um tempo mínimo de 4,28 segundos, para uma relação de transmissão igual a
8,72:1.
Velocidade [km/h]
58,0
56,0
54,0
52,0
50,0
48,0
46,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Relação de transmissão
Figura 8.1 – Velocidade em função da relação de transmissão para 100 metros
Esta verificação mostrou que a previsão é bastante satisfatória, uma vez que os
resultados da mesma se assemelham aos encontrados experimentalmente.
Esta tabela mostra que, para uma alteração de 20 kg na massa equivalente, o valor
da relação de transmissão ideal se altera em apenas 1,07%. Devido a essa baixa sensibilidade,
no momento do projeto é suficiente conhecer a curva de torque disponível (que pode ser
determinada em um dinamômetro), e uma estimativa da massa total (que pode ser determinada
via modelagem em programa CAD).
11. CONCLUSÕES
Uma vez que o motor não pode sofrer nenhum tipo de alteração, é sugerido um
estudo com foco na CVT. O objetivo é compreender e aperfeiçoar o seu funcionamento,
trabalhando para melhorar a curva de torque que ela fornece.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS