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ÍNDICE

INTRODUÇÃO---------------------------------------------------2

1. A IMPORTÂNCIA DA RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁ-

TICA NA TÉCNICA VOCAL ----------------------------------3

2. IMPOSTACIÓN VOCAL ------------------------------------7

2.1. Exercícios de impostación com paciente disfónico 10

3. PARALISIAS LARÍNGEAS ------------------------------ 14

3.1. Tratamento unilateral em abdução ------------------ 17

3.1.1. Esquema corporal---------------------------------- 18

3.1.2. Exercícios da musculatura do pescoço --------- 20

3.1.3. Exercícios respiratórios e tonificação glótica - 24

3.1.4. Decúbito dorsal ------------------------------------- 25

3.1.5. Reabilitação da função laríngea----------------- 29

3.1.6. Produção da voz ------------------------------------ 31

4. CONCLUSÃO ----------------------------------------------- 36

5. BIBLIOGRAFIA-------------------------------------------- 37
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INTRODUÇÃO

A voz empresta à linguagem o que ela tem de mais belo.

A emissão da voz exige uma enorme e complexa coordenação psico-

motora, torna-se necessário haver uma afinadíssima coordenação de todos

os órgãos para que ela se produza.

Quando qualquer um dos intervenientes mais directos da produção

da voz sofre qualquer alteração, a voz sofre consequentemente alterações

mais ou menos graves.

Para se fazer uma reeducação vocal muitos são os passos a dar

dependendo do tipo de problema que temos pela frente.

Com este trabalho pretende-se dar resposta à grande importância que

tem fazer uma respiração correcta, como colocar a voz quando há uma

disfonia e ainda como reabilitar uma paralisia laríngea unilateral em

abdução.

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1. A IMPORTÂNCIA DA RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA NA

TÉCNICA VOCAL.

Podemos aprender muito sobre respiração se observarmos um bebé.

A respiração dos bebés é correcta, eles usam intensivamente o diafragma

ao respirar , nota-se que a barriga do bebé se expande quando ele inspira,

há expansão abdominal, por sua vez o tórax quase não se move ao inspirar,

e muito menos os ombros.

O principal músculo da respiração é o diafragma, situado na base dos

pulmões: quando inspiramos o diafragma é estendido e quando expiramos

sobe.

Devemos fazer uma respiração costo-diafragmática, ou abdominal-

intercostal (o nome varia de autor para autor). A inspiração deve ser nasal

pois o ar ao passar pelo nariz não só é aquecido como também filtrado e

chega aos pulmões em melhor estado de higiene, de forma a que a base dos

pulmões, as costelas laterais e o diafragma se distendam, sem levantar os

ombros e sem mexer a parte torácica superior.

Segundo a revista Farmácia Saúde, mais de 80% das pessoas

inspiram com uma elevação forçada da caixa torácica, mantendo os

músculos abdominais contraídos, outros respiram erguendo os ombros,

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forçam os músculos do rosto e pescoço. Esta respiração forçada tem

consequências desastrosas, em primeiro lugar para a voz. A laringe fica sob

alta pressão, e pior ainda se a pessoa não articula bem, fecha os maxilares,

a pressão é dupla e as cordas vocais não podem vibrar livremente.

Tipos de respiração:

À forma errada de respiração dá-se o nome de clavicular, ocasiona

tensões desnecessárias e prejudiciais à voz.

À forma correcta da respiração dá-se o nome de abdominal-

intercostal ou costo-diafragmática (esta compreende o uso do diafragma

através das musculaturas abdominais e intercostais).

Respirar bem, é o primeiro e o mais eficaz passo para uma boa

fonação.

A fala é produzida através da libertação de ar dos pulmões para o

trato vocal. Este último é formado basicamente por cavidades e órgãos

articulatórios.

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O ar é conduzido para fora dos pulmões pela traqueia, passa pela

laringe, onde estão as cordas vocais, o espaço compreendido entre as

cordas vocais é a glote, que se abre quando há inspiração e fecha-se quando

falamos. É lá que o fluxo contínuo de ar vindo dos pulmões é geralmente

transformado em vibrações rápidas e audíveis quando falamos. Isso é feito

pelo fecho das cordas vocais, que causa um aumento gradativo da pressão

atrás das mesmas, que acaba por fazer com que elas se abram

repentinamente, libertando a pressão, para então se tornarem a fechar. Este

processo produz uma sequência de impulsos cuja frequência é controlada

pela pressão do ar e pela tensão e comprimento das cordas vocais. Os sons

assim produzidos são chamados vozeados, ou sonoros, e normalmente

incluem as vogais; caso contrário, são chamados não-vozeados, ou surdos.

Para emitir correctamente a voz, é necessária uma colocação correcta

da respiração, sem tensão ou relaxação das pregas vocais. Estas devem ter

uma tonicidade "ideal" para que a sua movimentação ocorra normalmente.

A respiração deverá ter uma coordenação entre inspiração e

expiração, coordenação fono-respiratória, diretividade do sopro expiratório,

movimentos livres da musculatura da região torácica e do músculo

diafragmático. O tipo de respiração ideal é o costal diafragmático, pois

este provoca o alargamento da base dos pulmões, permitindo maior

capacidade de ar e menor contracção da musculatura torácica, pescoço e

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parte inferior da face (mandíbula e língua), permitindo assim uma boa

emissão de voz.

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2. IMPOSTACIÓN VOCAL

Colocar a voz na caixa de ressonância com o objectivo de obter uma


fonação eficaz com o mínimo de esforço, uma voz bem colocada é rica em
ressonância e harmonia se os órgãos supraglóticos estiverem em boas
condições.
Os órgãos supraglóticos desempenham um papel fundamental na
produção do timbre vocal, estes órgãos são os que se encontram por cima
da laringe.
Desta forma temos a faringe que é um canal músculo-membranoso
que liga as cavidades nasal e bucal com a laringe e o esófago. Constitui,
portanto uma encruzilhada entre as vias digestivas e respiratória, tem por
finalidade e protecção dessa última. Divide-se em três segmentos: nasal,
bucal e laríngica.
Faringe nasal - É usualmente designada como rinofaringe ou
nasofaringe, é o segmento que se estende da abóbada faríngica ao nível do
véu do paladar. A parede superior é formada pela abóbada, de curvatura
variável, recoberta por um conglomerado de folículos linfáticos, que
constituem a amígdala faríngica. A parede inferior é representada pelo
palato, quando este se encontra distendido. Se o palato estiver em repouso,
ela não existe e a nasofaringe estende-se directamente à orofaringe. A
parede anterior corresponde às fossas nasais posteriores. A parede posterior
continua directamente, sem limites demarcatórios, com a da orofaringe. As
paredes laterais contêm de cada lado, o pavilhão do tubo auditivo, logo
atrás encontramos uma pequena cavidade, o recesso faríngico, ou sínus de
Morgagni.
Faringe bucal - Denominada também orofaringe, estende-se do
plano do palato ao plano que passa no nível dos ligamentos
glossoepiglóticos laterais. A parede superior corresponde à parede inferior

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da nasofaringe. As laterais apresentam uma saliência longitudinal, o cordão


faríngico lateral.
Palato - É um órgão muscular revestido de mucosa, tanto na face
bucal como na faríngica, que separa a nasofaringe da orofaringe. Insere-se
no palato ósseo. Na sua parte posterior, na linha média há uma estrutura
impar, a úvula, da qual partem de cada lado, dois arcos denominados arcos
palatinos ou pilares do véu, que se estendem até a base da língua. Entre
esses pilares localizam-se as amígdalas palatinas.
O véu palatino pode adoptar condutas diferentes, tanto pode unir-se à
parede posterior da faringe permitindo a saída livre do ar, como também
pode obstruir a saída do ar pela boca e fazê-lo sair pelo nariz.
Por forma a que se consiga um espaço interior e posterior aberto,
sem rigidez da mandíbula, podemos efectuar vocalizações bucais, pois não
só se elevará o palato como também se distenderá a base da língua.
Base da língua - Constitui parte da parede anterior da orofaringe. A
região da base inicia-se no nível das papilas circumvalatas, que se dispõem
em forma de V (V lingual). Mais posteriormente encontramos um bloco de
folículos linfóides, a amígdala lingual. Entre a língua e a epiglote,
lateralmente, há duas escavações, as valéculas.
A cavidade oral é subdividida em duas partes: o vestíbulo e a
cavidade oral propriamente dita.
Vestíbulo - O vestíbulo é limitado internamente pelos arcos
dentários e externamente pelos lábios e regiões jugais. Os lábios e a região
jugal possuem a mesma estrutura, com pele na camada externa, uma
camada muscular intermediária (os músculos orbiculares dos lábios e os
buzinadores) e uma camada interna de mucosa. A mucosa labial e jugal são
contínuas e prolongam-se directamente com a mucosa gengival, o músculo
buzinador.

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Cavidade Oral - A cavidade oral propriamente dita é limitada pelos


arcos dentários. A base é quase toda ocupada pelos músculos intrínsecos e
extrínsecos da língua.
Estes músculos linguais, se não estiverem a funcionar correctamente,
também podem ser impeditivos do bom funcionamento da colocação da
voz. O ápice da língua, em posição de repouso, deve estar junto dos
incisivos inferiores e deve permitir ver claramente a zona uvular.
Se o véu palatino estiver baixo e a base da língua alta, a voz que se
produz não possuirá harmonia e os sons agudos só serão ouvidos devido ao
esforço da laringe.
A parte de cima ou a abóbada palatina, é constituída pelo palato
duro, formada pelos ossos maxilares e palatinos.
A válvula velofaríngea efectua os seguintes movimentos:
1. Movimento para cima e para trás do palato mole;
2. Movimento mesial da musculatura das paredes laterais da faringe
em direcção às margens laterais do véu palatino;
3. Deslocamento anterior da parede posterior da faringe.
Nem todos os falantes normais utilizam os três movimentos com a
mesma intensidade para obter o fecho velofaríngeo. Variações individuais
quanto à presença com maior predominância de um ou mais padrões de
movimento durante a produção da fala, podem ocorrer.
Assim, para que um indivíduo produza os sons da fala de forma
normal, além de boa articulação, um dos aspectos mais importantes que
deve ser levado em consideração, é o equilíbrio perfeito da ressonância
oro-nasal, resultante do funcionamento adequado da válvula velofaríngea.
Caso isso não aconteça, o ar sai também pela cavidade nasal
produzindo uma fala com ressonância predominantemente nasal, que se
percebe como voz fanhosa. Dizemos, portanto, que ocorreu uma disfunção

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velofaríngea, ou seja, o fecho do esfíncter velofaríngeo não ocorreu e o ar


que deveria sair só pela boca saiu também pelo nariz.
A hipernasalidade na produção das vogais pode ter origens
variadas: fissuras no palato duro ou mole, fissuras submucosas, longitude
inadequada do véu e paralisia do palato ou dos músculos constritores
faríngeos.
Hiponasalidade quando se produzem as consoantes nasais, é
provocada por obstrução da cavidade nasal e pode estar relacionada com:
tabique desviado, pólipos, adenóides hipertróficas, sincronismo velar
impróprio, papilomas, alergias, ....

2.1. Exercício de impostación com um paciente disfónico


Para iniciarmos um tratamento com um paciente disfónico é
necessário sensibilizá-lo para que se aperceba de todos os órgãos que fazem
parte do aparelho fonoarticulatório, a parte fixa e a parte móvel. Para que o
paciente se consciencialize da estrutura que lhe permite falar, devemos
incentivá-lo a que descontraidamente mexa com a ponta dos dedos em toda
a sua cara.

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Também devemos incentivar o paciente para que descontraia a


língua como se ela fosse grande e solta, por forma a que suavemente ele
execute movimentos com a língua, tanto dentro como fora da boca.
Podemos ainda pedir ao paciente que faça uma palpação ao interior
da sua boca com o indicador.
O paciente também deverá ter consciência de que a abertura interior
do fundo da cavidade bucal é de extrema importância para que a voz seja
harmónica, para que isso aconteça o véu palatino deverá estar elevado e a
base da língua relaxada. Uma respiração, inspiração e expiração,
descontraída bucal ajudará a exercitar e moldar essa zona da cavidade
bucal.
Emissão vocal
Para se iniciar a emissão vocal, o paciente terá de adoptar a posição
de deitado de costas, com os braços ao longo do corpo e os joelhos
dobrados por forma a que os pés se apoiem completamente na mesma linha
das costas.
A fonoterapeuta deverá colocar-se atrás da cabeça do paciente por
forma a verificar se o paciente está bem deitado e relaxado, depois deverá
levantar a cabeça do paciente fazendo um angulo de 90º em relação ao
pescoço de modo que este se aperceba da tensão existente e passe a notar
uma sensação de abertura contrária ao bloqueio da mandíbula, lábios , isto
é, da cara.
Seguidamente devemos assegurar-nos de que o paciente está
relaxado, para eliminarmos um possível bloqueio dos músculos torácicos,
devemos exercer uma suave pressão sobre ao ombros, a parte média do
externo e as zonas laterais a este, como se quiséssemos que expulsasse o ar
todo.
Passamos então à fase da respiração, esta deverá ser profunda e
suave, deverá efectuar-se pelo nariz, sem ruído de modo a que se note que

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o abdómen se distende. A fase expiratória deverá ser igualmente suave por


forma a que não se verifique qualquer contracção brusca do tórax ou do
abdómen.
Depois de se terem efectuado vários exercícios respiratórios, visto
serem estes o motor da voz, iniciamos a emissão vocal que se poderá
iniciar de duas formas, conforme for mais fácil para o paciente:
As mandíbulas devem estar separadas e relaxadas, os lábios juntos
sem qualquer tipo de pressão, a língua dentro da boca deverá adoptar a
postura do ápice na zona alveolar e o resto como se estivesse numa cova.
Ou então, as mandíbulas deverão estar relaxadas e separadas, a
língua colocar-se-á entre os lábios que deverão estar igualmente relaxados.
Numa destas posições, a que melhor se adeqúe ao paciente, inicia-se
a produção do som [m], de modo a que a expiração acompanhe a voz desde
o ventre até ao exterior.
Devemos exercitar muitos sons, os que o paciente achar bem, ou os
que nós sugerirmos e pedimos-lhe que coloque as mãos abertas na cabeça e
na cara para que se aperceba do impacto provocado pelas vibrações da sua
voz nas estruturas ósseas.
Emissão vocal e apoio sobre os pés
A respiração é igual à descrita anteriormente, contudo à medida que
se expira dever-se-á fazer uma ligeira pressão na planta dos pés contra o
solo mas sem contrair as pernas, deste modo, a pélvis basculará
imperceptivelmente com o objectivo de que a zona lombar fique apoiada
totalmente, enquanto que a zona costal se mantém em posição inspiratória
embora o ar esteja a sair.
Depois de se efectuarem vários exercícios respiratórios emitir-se-ão
as diferentes vogais variando a sua ordem consoante a facilidade de
emissão que o paciente possua.

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Os exercícios fonorrespiratórios deverão iniciar-se com o paciente


deitado, quando ele dominar uma boa técnica fonorrespiratória devemos
exercitar o apoio nos dois pés, depois alternativamente num dos pés, para
posteriormente passarmos à emissão vocal de pé e depois sentado.

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3. PARALISIAS LARÍNGEAS

Laringe vista de frente e de perfil

A laringe é um pequeno canal que se encontra no pescoço adiante do


esófago, começa em cima na faringe e é continuada em baixo pela traqueia.
O seu comprimento no adulto é de 4 a 5 centímetros, aproximadamente.
A laringe é formada essencialmente por cartilagens, que são: a
cartilagem tireóide, adiante: a cartilagem cricóide, em baixo, e as duas
cartilagens aritenóides, dos lados. A cartilagem tireóide forma na frente
uma saliência, particularmente perceptível nos homens, que vulgarmente se
chama "maçã de Adão”.
Na abertura superior da laringe encontra-se uma pequena formação,
também essa cartilaginosa, a epiglote, que tem a função de proteger a
laringe, fechando-a inteiramente durante a deglutição, por isso os alimentos
engolidos não entram para as vias respiratórias. Logo após a deglutição, a
epiglote levanta-se imediatamente de modo que a laringe possa de novo dar
passagem ao ar. Na verdade, quando uma pessoa respira não pode engolir e
quando engole não pode respirar.
A laringe é formada por músculos extrínsecos que a movem no seu
todo e outros intrínsecos fazem mover as diferentes cartilagens. Músculos e

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cartilagens constituem a laringe, por dentro é forrada por uma mucosa que
se segue à boca.
A função da laringe não é só dar passagem ao ar que se dirige aos
pulmões ou que deles sai, mas também é emitir a voz, é o órgão da
"fonação". Tal tarefa é desempenhada pelas cordas vocais que estão no
interior do canal laríngeo. As cordas vocais são constituídas por duas
pregas músculo-membranosas, de forma prismática, dispostas,
horizontalmente, de diante para trás e que fecham em parte o canal
laríngeo. O ar que sai dos pulmões ao passar pela laringe faz vibrar as
cordas vocais. Conforme as cordas vocais estão mais ou menos tensas, os
sons que produzem são mais ou menos agudos.
'Dentro das cordas vocais há um músculo muito delgado, chamado tíreo-
aritenóideo: a tensão desse músculo é regulável pela nossa vontade, que
transmite as necessárias ordens ao nervo laríngeo inferior... e este, por sua
vez, faz contrair ou relaxar o músculo. Em consequência, a fenda glótica,
isto é, o espaço compreendido entre os bordos das cordas vocais, alarga-se
ou restringe-se.
É devido à acção intrínseca de todos os músculos que é possível à
laringe desempenhar as suas funções, quando deixa de funcionar qualquer
parte temos uma disfunção que podemos dividir em dois grandes grupos de
paralisias laríngeas:
As miógenas quando a lesão está localizada ao nível da união
neuromuscular.
As neurógenas quando a lesão é ao nível da via nervosa e podem ser
periféricas ou centrais consoante se produzem fora ou dentro do crânio.
Dentro das causas periféricas temos como primeira causa das
paralisias os traumatismos laríngeos provocados por tiroidectomia total,
logo seguidas das compressões devidas à neoplasias tiroideas, esofágicas

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altas, traqueais, e ainda por adenopatias de mediastino superior ou da base


do pescoço.
Por causas centrais quase sempre se devem a processos
inflamatórios agudos de origem viral, tais como : polioencefalites ou
poliomielites, devido a lesões anóxicas de tipo vascular (hemorragias
intrabulbares) ou tóxico (coma barbitúrico, saturnismo).
Também pode ser provocada por doenças degenerativas como a
esclerose múltipla, a esclerose amiotrófica, esclerose em placas, ....
Há ainda outras paralisias laríngeas de origem neurológica
provocadas por lesões no encéfalo. Estas lesões podem ser no sistema
piramidal ou extrapiramidal, no cerebelo, nos núcleos cinzentos centrais e
as suas conexões sucorticais e corticais, ....
Quanto à extensão da paralisia podemos classificá-las em:
Paralisia unilateral quando a lesão afecta um lado da laringe e
afecta uma só corda vocal.
Paralisia bilateral quando as cordas vocais têm afectada a sua
mobilidade, total ou parcialmente, quer em abdução ou em adução.
A paralisia bilateral mais comum é a dos dilatadores da glotis ,
trata-se de uma paralisia dos músculos cricoaritenoideos posteriores, neste
caso o movimento mais afectado é o de abdução o que implica uma
respiração deficiente, contudo a voz é normal
Outra paralisia bilateral parcial que não é muito frequente, é a
paralisia dos nervos laríngeos superiores, pode afectar a parte sensorial
interna, só a parte motora externa ou então as duas partes. Neste caso há a
paralisia dos músculos cricotiroideus e alteração da sensibilidade da
epiglote, dos recantos aritenoepiglóticos, da base da língua e valéculas das
bandas ventriculares e ainda da mucosa da cara superior das cordas vocais.
Neste caso a voz é monótona, débil, há muita dificuldade em
produzir sons agudos.

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A paralisia total da laringe pode provocar a paralisia das cordas


vocais na posição média, é denominada como síndroma de Riegel, neste
caso não é possível nem a abdução nem a adução, trata-se de uma paralisia
motora
Paralisia bilateral em abdução, também chamada síndroma de
Ziemsen, neste caso o problema mais relevante são as falsas rupturas
alimentares porque o esfíncter da laringe, que protege as vias aéreas
inferiores, não funciona bem. Quando se está a comer e principalmente a
beber, os alimentos e principalmente os líquidos podem muito facilmente ir
para os pulmões, por isso há episódios de tosse. Há um grande cansaço
quando se fala porque as cordas vocais não se fecham nem abrem. Tanto o
riso como a tosse estão muito afectados e quase não se conseguem visto
não haver mobilidade das cordas vocais.

3.1. Tratamento unilateral em abdução

Imagens laringoscópicas da laringe. A)-Glote na


posição de repouso; B) Glote durante a actividade. 1)-
Glote; 2)-Cordas vocais; 3)-Epiglote; 4)-Comissura
anterior; 5)-Cartilagens aritenóides; 6)-Comissura
posterior.

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É objectivo do tratamento que a corda vocal paralisada em abdução


volte à linha media na expiração, para regularizar a saída da corrente aérea
e juntar-se ao bordo da corda vocal móvel para emitir o som.
Como a laringe contém inúmeros músculos que lhe permitem
executar os movimentos necessários ao seu bom funcionamento, assim
sendo está suspensa por uma série de músculos extrínsecos que a movem
no seu todo que estão obrigatoriamente ligados a outras estruturas: osso
hióde, parte superior do tórax, clavícula, omoplata e esterno, aos
infrahioides e suprahioides respectivamente na base do crânio e no maxilar
inferior.
Outros músculos que também possibilitam os movimentos da laringe
são os elevadores da faringe e do véu palatino.
O último grupo de músculos que permite a execução das funções
laríngeas são os músculos constritores da faringe, diminuem os diâmetros
anteroposterior e lateral da faringe. Conjuntamente com os músculos do
véu do palato, da língua e da mastigação são os responsáveis pela acção
esfincteriana: velopalatina, faringolingual e labial
A sinergia de acção de todos os músculos é que possibilita que a
laringe cumpra as funções para as quais está concebida: deglutição,
respiração, fonação e protecção das vias respiratórias inferiores.
Para fazermos um tratamento adequado à reabilitação vocal quando
há uma paralisia unilateral em abdução torna-se necessário iniciar o
tratamento por:
3.1.1. Esquema corporal:
Torna-se necessário que o paciente se consciencialize que a produção
da voz está intimamente ligada com a postura física de todo o corpo. A
percepção do próprio corpo, o movimento quinestésico e a sua posição no
espaço. A percepção depende dos receptores que se localizam nos

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músculos, tendões e articulações que captam as sensações e as enviam ao


sistema nervoso central.
Por sua vez o sistema nervoso central com a informação recebida,
coordena a resposta muscular adequada e eficiente.
Os órgãos dos sentidos também transmitem informação ao sistema
nervoso central, com a finalidade do corpo fazer as mudanças necessárias a
fim de executar movimentos e manter o equilíbrio.
A reeducação passa pela postura, a verticalidade, a caixa torácica, a
cintura escapular, a mandíbula e os órgãos fonoarticulatórios e de
ressonância.
Para evitar que o paciente faça esforços compensatórios ao falar,
deverá fazer os exercícios em posição sentada, com a pélvis bem colocada,
as costas direitas e apoiadas contra o espaldar da cadeira, os ombros
relaxados as mãos levemente colocadas em cima das pernas, os pés bem
apoiados no solo, desta forma deixa livre de pressões a caixa torácica, a
cintura escapular e toda a musculatura perilaríngea.

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3.1.2. Exercícios da musculatura do pescoço:


Com o objectivo de tonificar os músculos supra e infrahioideos que
intervêm na fonação, nos movimentos de subir, descer e fixar a laringe,
facilitando desta forma a função dos músculos intrínsecos e aumentar a
tonicidade cordal. Devemos trabalhar os músculos extensores e elevadores
da cabeça, os flexores laterais do pescoço, em suma, devemos exercitar
todos os músculos em conjunto por forma a que estes fiquem tonificados e
ao mesmo tempo, obtenham uma relaxação dinâmica.
Exercícios:
1- Flectir a cabeça para baixo, fixar o olhar no espelho, flexionar a
nuca para trás, endireitar a cabeça e repetir

2- Cabeça direita ao meio, olhar para a frente, rodar a cabeça para a


direita e olhar para o ombro direito, insistir duas vezes à direita.

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3- Cabeça direita ao meio, rodar para a esquerda, baixar a cabeça e


olhar para o ombro esquerdo, insistir duas vezes.

4- Iniciar o exercício com a cabeça flexionada para diante com o


maxilar entre o esterno e o ombro, de seguida movimentar a cabeça desta
posição, flexionando a nuca sobre as costas como se quisesse tocar o ombro
contralateral.

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5- Rodar a cabeça da posição baixa entre o esterno e o ombro para o


lado oposto ao anterior e levantá-la novamente para trás flexionando a nuca
sobre as costas como se quisesse tocar o ombro contralateral.

6- Cabeça flexionada sobre o peito, levantá-la lentamente


distendendo os lábios como se estivesse a dizer [u].
Permanecer com o pescoço esticado durante dois a três segundos e
flexionar de novo a cabeça sobre o tórax.

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7- Flexionar a nuca sobre as costas, mantendo o pescoço bem


esticado, abrir e fechar várias vezes a mandíbula levando-a o mais adiante
possível como se quisesse trincar alguma coisa com os incisivos inferiores.

8- Colocar a cabeça direita, a língua apoiada nos incisivos inferiores,


esticar a mandíbula para a frente e para baixo e dizer [ics,ics,...].

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9- Fazer movimentos lentos de rotação da cabeça, da direita para a


esquerda e vice versa.

3.1.3. Exercícios respiratórios e tonificação glótica


Todo o tratamento terá de se apoiar numa respiração
costodiafragmaticoabdominal para assim se conseguir um sopro
permanente com pressão constante e prolongada.
A inspiração deve processar-se por forma a que o ar encha
plenamente os pulmões até à sua base, o mais livremente possível sem
movimentos bruscos da base do pescoço, dos ombros ou da cara, deve
fazer deslocar o diafragma frontal, lateral e posterior, assim como os
músculos abdominais e dorsais.
Faz uma inspiração, depois uma pausa de três a cinco segundos, esta
pausa aproveitamo-la para estimular e potenciar a função do esfíncter
glótico, ajudando o paciente a apoiar-se firmemente sobre a parede
abdominal e a zona lombar, mantendo o diafragma baixo e ainda implica a
dilatação costolateral e posterior com um bom apoio pélvico.
A expiração deve ser lenta por forma a que o diafragma retome a
posição de repouso sem se movimentar a caixa torácica, o esterno, os

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ombros, em suma, sem se verificar qualquer esforço dos músculos


perilaríngeos.
3.1.4. Decúbito dorsal
Para se efectuarem estes exercícios, o paciente deverá estar deitado
numa superfície dura, as pernas flexionadas, uma pequena almofada
debaixo da nuca e inicialmente uma folha de papel sobre o abdómen que
progressivamente poderá passar para um saco com um ou dois quilos de
areia. O paciente deverá fazer uma inspiração lenta pelo nariz por forma a
que o papel colocado sobre o abdómen se movimente lentamente para
cima.
De seguida pede-se ao paciente que deixe sair o ar lentamente como
se estivesse a dizer [i], um i lento e longo e no fim como se estivesse a
dizer [k].
De seguida deverá fazer uma pausa respiratória de 3 a 5 segundos
para depois retomar o exercício.
Para tonificar a glotis – pedimos ao paciente, que deverá ter um peso
em cima do abdómen, que apoie bem os pés, faça uma inspiração lenta,
retenha o ar durante uns segundos ao mesmo tempo que faz força como se
estivesse a puxar.

Para exercitar toda a musculatura da laringe, faringe e da base da


língua, pedimos ao paciente que faça uma inspiração lenta e uma pausa.
Enquanto faz a pausa deverá movimentar as perna como se fossem uma
tesoura umas duas ou três vezes.

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Para melhorar o fecho glótico o paciente faz uma inspiração lenta e


uma pausa. Durante a pausa levantamos-lhe a cabeça e pedimos-lhe que
faça força para baixo com a cabeça.
Depois de muito trabalhados todos estes exercícios pede-se ao
paciente que fique em apneia com a boca aberta porque assim se consegue
um melhor fecho da glote.

Depois de se exercitar a respiração e tonificação muscular com o


paciente deitado devemos passar para a posição de sentado, com o
objectivo de estimular e fortalecer os músculos.
O paciente deverá estar sentado, em frente de um espelho para poder
observar-se, numa cadeira com o espaldar direito por forma a que apoie as
costas na sua totalidade, as pernas devem estar direitas e com os pés bem
apoiados no solo.
Durante a inspiração devemos controlar a distensão diafragmática,
durante a entrada do ar, com as nossas mãos colocadas no abdómen do
paciente, ao mesmo tempo que ele deverá sentir a parte posterior a
encostar-se contra o espaldar da cadeira.

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O paciente deverá continuar os exercícios respiratórios apoiando bem


as costas contra o espaldar da cadeira, os braços sobre as pernas, deverá
inspirar o ar lentamente, pausa e depois dizer sem som [ic] de uma vez só.
De seguida dirá [ic...ic...ic...].
Com os braços cruzados atrás da nuca, inspira o ar, durante a pausa
faz força com a cabeça para trás, faz movimentos de tesoura com as pernas
e ao expirar diz sem voz [cuuuc]

Durante a execução dos exercícios áfonos, o paciente deverá emitir


consoantes seguidas de vogais agudas (cv1).

1
C – Consoante
V - Vogal

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O paciente deverá estar sentado com os braços em posição de


repouso, os pés bem assentes no solo, inspira, durante a pausa vai fazendo
força contra a mão do terapeuta que estará colocada na parte de trás da
nuca e ao mesmo tempo que expira vai dizendo [cri...cri...]
Dever-se-á repetir o exercício anterior só que a força da mão do
terapeuta será à frente.
Por último dever-se-á repetir o exercício com a cabeça ligeiramente
inclinada para o lado da corda vocal que estiver afectada.
Durante estes exercícios deverão fazer-se diferentes combinações de
sons, começar com três ou quatro sílabas para depois alargarmos para dez
ou quinze sílabas, dependendo da capacidade expiratória do paciente.

O paciente deverá estar na posição sentada, os pés bem apoiados no

solo, os dedos entrelaçados à altura dos cotovelos, faz a inspiração, pausa e

durante a expiração vai dizendo com muita força [quic...quic...], ao mesmo

tempo que faz força como se quisesse separar os dedos.

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Este mesmo exercício deverá ser repetido com os braços do paciente

na mesma posição mas com os punhos fechados.

Repetir o exercício com os punhos fechados e fazendo força com os

cotovelos para trás como se quisesse encolher a coluna.

Ao mesmo tempo deverá emitir consoantes oclusivas surdas e

sonoras e vogais agudas (cvcvvcv).

3.1.5. Reabilitação da função laríngea

Posição sentada:

Pedimos ao paciente que se sente e faça uma inspiração normal. Com

uma gase seguramos a ponta da língua do paciente e pedimos-lhe que

produza vc, vc, cv, cv, [aj... je...].

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Outro exercício que podemos fazer é pedir ao paciente que tente

tossir com a língua de fora.

Podemos também pedir ao paciente que levante algum peso, dois ou

três quilos, com o braço do lado que tem a paralisia, ao mesmo tempo

deverá produzir o som de tocar o cavalo.

Ainda na posição de sentado deverá colocar as mãos nos lados da

cadeira como se a quisesse levantar e ao mesmo tempo depois de uma

correcta inspiração, ao mesmo tempo que puxa a cadeira, dizer rapidamente

[quic].

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Posição de pé:

Nesta posição, o paciente exercitará a produção verbal de

combinações silábicas tonificantes, cvvc, cvc, vcv, ..., ao mesmo tempo que

faz força com os braços, pernas, todo o corpo, mas a pressão deverá ser

mais acentuada do lado que tiver a paralisia.

3.1.6. Produção da voz:

Após a realização de toda a preparação anterior a voz virá na

continuidade do tratamento. A produção vocal que deverá ser acompanhada

pela estimulação auditiva para se obter uma boa tonicidade, deverá passar

por três aspectos:

Fecho glótico sustenido e vibração da mucosa cordal.

Características acústicas: tom, intensidade, timbre, entoação e

melodia.

E coordenação fonorrespiratória.

Para se exercitarem os aspectos focados o paciente pode fazê-lo

sentado e de pé.

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Numa destas posições, o paciente deverá fazer um pouco de força

com a testa contra a nossa mão ou contra uma almofada colocada numa

parede e ao mesmo deverá ir fazendo produções vocais.

Com o paciente correctamente sentado, depois de uma inspiração

adequada, daremos o tom desejado da produção vocal.

Pedimos ao paciente que durante a expiração vá produzindo sons

com as consoantes oclusivas posteriores e guturais, [k e g] acompanhadas

pelas vogais fechadas [i, u, e...], ou seja cvvvvvvc?, o paciente produzirá:

consoante oclusiva posterior, vogal fechada e prolongada e terminará numa

consoante oclusiva surda como se estivesse a fazer uma pergunta.

[kuiiiiic?], [guuuiii?] ...

De seguida, para estimular a contracção do músculo cricotiroideo,

podemos fazer outras combinações com o [l e o r].

[glac?], [krec?], ....

Devemos prosseguir os exercícios com combinações de três sílabas e

ao mesmo tempo com três tons musicais diferentes, subindo e descendo o

tom.

CRU CRU
Mi Mi
CRU CRU
Ré Ré
CRU CRU
Dó Dó

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Iniciamos com uma sílaba, num Dó, continuamos só com a vogal e a

subir dois tons, depois fazemos a mesma coisa a descer o tom.

I QUI
Mi Mi
I I
Ré Ré
QUI I
Dó Dó

Vamos exercitando o paciente com a produção de sons (ccv), como

já anteriormente referi, até que ele consiga chegar ao tom de uma oitava, no

sentido de subir e descer.

CRE CRE
Dó Dó
CRE CRE
Si Si
CRE CRE
Lá Lá
CRE CRE
Sol Sol
CRE CRE
Fá Fá
CRE CRE
Mi Mi
CRE CRE
Ré Ré
CRE CRE
Dó Dó

Os exercícios devem continuar saltando de um Dó para um Mi, Sol e

Dó, no sentido ascendente e descendente.

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Ao mesmo tempo que trabalhamos a ressonância também devemos

exercitar a parte membranosa, para isso devemos iniciar a produção vocal

com vogais.

Após conseguir executar os exercícios descritos, devemos passar

para a produção de palavras, de seguida para pequenas frases, sem nos

esquecermos de subir o tom na última sílaba, como se estivéssemos a

perguntar.

Os exercícios deverão prosseguir aumentando cada vez mais o

número de palavras de cada vez que falar.

Não devemos esquecer que o paciente tonificará melhor a corda

vocal se ao mesmo tempo que produz os sons estiver a fazer força com o

braço do lado paralisado, poderá segurar um saco com 2 ou 3 quilos ou

então empurrar a mão com força contra uma parede.

Também deve ser trabalhada a voz projectada e os diferentes tons de

voz até que se chegue a uma voz normal.

Se houver plena colaboração do paciente, repetindo em casa os

exercícios que faz nas sessões de terapia, o sucesso da reabilitação será

maior e mais rápido, porque a tonificação muscular só se consegue com

exercitação periódica.

O paciente deverá fazer exames médicos periódicos para verificar o

estado evolutivo e ou estagnação da paralisia.

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Se depois de todo o trabalho de reabilitação se verificar insucesso,

poderá recorrer-se à intervenção cirúrgica.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que uma respiração diafragmática bem feita é meio

caminho andado para uma boa fonação.

A voz não passa só pela capacidade de vibração das cordas vocais,

tem a ver com o todo o complexo organismo do ser humano, e

principalmente com a respiração e um bom funcionamento de todos os

órgãos, desde o diafragma, pulmões, laringe, faringe, ..., cavidade oral e

nasal.

Quando qualquer um dos intervenientes na produção da voz deixa de

funcionar, esta vê-se alterada. Para recuperar a sua funcionalidade

descrevem-se pormenorizadamente alguns exercícios dentro do vasto leque

existente.

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BIBLIOGRAFIA

BAUTISTA, R. (1997)

“Necessidades Educativas Especiais”

Ed. Dinalivro. Lisboa.

CABALLERO, C. (1985)

“Cómo Educar la Voz Hablada y Cantada”

Eamex. México.

EILER, M; GÔMEZ, D. (1971)

« La Respiración y la Voz Humana»

Ed. Kilme. Buenos Aires.

GONZELEZ, J. (1973)

“Fonación y Alteraciones de la Laringe”

Ed. Panamerica. Buenos Aires.

Internet, pesquisa em:

www.clix.pt

www.google.com

www.netc.pt

www.sapo.pt

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MORRISON, M; RAMAJE, L(1996)

“Tratamiento de los Transtornos de la Voz

Ed. Masson. Barcelona.

Revista, “FARMACIA SAÚDE” (2001). Nº 53

Arlete Teixeira Lopes ISEP – Porto, 23 de Fevereiro de 2002 38

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