Bte2 2022

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.

º 2, 15/1/2022

Conselho Económico e Social ...


Regulamentação do trabalho 140
Organizações do trabalho 209
Informação sobre trabalho e emprego 222

Propriedade
Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social

Edição
N.º Vol. Pág. 2022 Gabinete de Estratégia
e Planeamento
2 89 136-230 15 jan
Direção de Serviços de Apoio Técnico
e Documentação

ÍNDICE

Conselho Económico e Social:

Arbitragem para definição de serviços mínimos:


...

Regulamentação do trabalho:

Despachos/portarias:
...

Portarias de condições de trabalho:


...

Portarias de extensão:

- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação dos Industriais Transformadores de Vidro Plano
de Portugal e a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro - FEVICCOM e outra ......................... 140
- Portaria de extensão do contrato coletivo entre a AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Ser-
viços e outras e a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE e outros .............................................................. 141
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação Comercial do Distrito de Aveiro (ACA) e o CESP
- Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro .............................................................. 142
- Portaria de extensão do acordo de empresa e suas alterações entre a SATA Internacional - Azores Airlines, SA e o Sindicato
dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos - SITAVA e outro ...................................................................................................... 144
- Portaria de extensão do contrato coletivo entre a Associação Nacional de Centros de Inspecção Automóvel (ANCIA) e a
Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE ........................................................................................................ 145
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a União das Mutualidades Portuguesas e a FNE - Federação
Nacional da Educação e outros ....................................................................................................................................................... 146

Convenções coletivas:

- Contrato coletivo entre a Associação Portuguesa de Facility Services - APFS e o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de
Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas - STAD e outros - Alteração salarial e outras ....................... 147
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

- Acordo coletivo entre o Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE e outros e a Federação Nacional dos Professores -
FENPROF ....................................................................................................................................................................................... 151
- Acordo de empresa entre a EMARP - Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão, EM, SA e o Sindicato dos Tra-
balhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos - SINTAP - Revisão global .......................................... 154
- Acordo de empresa entre a Repsol Polímeros, Unipessoal L. e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transpor-
da

tes - COFESINT e outra - Alteração salarial e outras ..................................................................................................................... 203

Decisões arbitrais:
...

Avisos de cessação da vigência de convenções coletivas:


...

Acordos de revogação de convenções coletivas:


...

Jurisprudência:
...

Organizações do trabalho:

Associações sindicais:

I – Estatutos:

- Sindicato de Todos os Professores que passa a denominar-se Sindicato de todos os profissionais da educação - Alteração ....... 209
- Sindicato dos Oficiais de Polícia, da Polícia de Segurança Pública - SOP/PSP - Cancelamento ................................................ 218

II – Direção:

- SPAC - Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil - Eleição ............................................................................................................ 218


- Sindicato Nacional Ferroviário do Pessoal de Trens - SITRENS - Eleição ................................................................................. 218
- Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros - Substituição ..................... 218
- SITRL - Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa - Substituição .................................................... 218

Associações de empregadores:

I – Estatutos:
...

II – Direção:

- Associação Nacional das Indústrias de Vestuário, Confecção e Moda - ANIVEC/APIV - Eleição ............................................ 219

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

- Liga Portuguesa de Futebol Profissional - Liga Portugal - Alteração .......................................................................................... 219

Comissões de trabalhadores:

I – Estatutos:
...

II – Eleições:

- Continental Mabor - Indústria de Pneus, SA - Eleição ................................................................................................................. 220

Representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho:

I – Convocatórias:
...

II – Eleição de representantes:
...

Conselhos de empresa europeus:


...

Informação sobre trabalho e emprego:


...

Empresas de trabalho temporário autorizadas:


...

Catálogo Nacional de Qualificações ............................................................................................................................................ 222


1. Integração de novas qualificações
...

2. Integração de UFCD
...

3. Integração de percursos de formação ..................................................................................................................................... 225

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Aviso: Alteração do endereço eletrónico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego
O endereço eletrónico da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho para entrega de documentos a publicar
no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: [email protected]
De acordo com o Código do Trabalho e a Portaria n.º 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrónico
respeita aos seguintes documentos:
a) Estatutos de comissões de trabalhadores, de comissões coordenadoras, de associações sindicais e de associações de
empregadores;
b) Identidade dos membros das direcções de associações sindicais e de associações de empregadores;
c) Convenções colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adesão e decisões arbitrais;
d) Deliberações de comissões paritárias tomadas por unanimidade;
e) Acordos sobre prorrogação da vigência de convenções coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de
caducidade, e de revogação de convenções.

Nota:
- A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com sábados, domingos e feriados.
- O texto do cabeçalho, a ficha técnica e o índice estão escritos conforme o Acordo Ortográfico. O conteúdo dos textos é
da inteira responsabilidade das entidades autoras.

SIGLAS

CC - Contrato coletivo.
AC - Acordo coletivo.
PCT - Portaria de condições de trabalho.
PE - Portaria de extensão.
CT - Comissão técnica.
DA - Decisão arbitral.
AE - Acordo de empresa.

Execução gráfica: Gabinete de Estratégia e Planeamento/Direção de Serviços de Apoio Técnico e Documentação - Depósito legal n.º
8820/85.

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CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL

ARBITRAGEM PARA DEFINIÇÃO DE SERVIÇOS MÍNIMOS

...

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS

...

PORTARIAS DE CONDIÇÕES DE TRABALHO

...

PORTARIAS DE EXTENSÃO

Portaria de extensão das alterações do contrato co- De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
letivo entre a Associação dos Industriais Transfor- Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
madores de Vidro Plano de Portugal e a Federação ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
Portuguesa dos Sindicatos da Construção, trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
profissional definido naquele instrumento. O número dois do
Cerâmica e Vidro - FEVICCOM e outra
referido normativo legal determina ainda que a extensão é
possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
As alterações do contrato coletivo entre a Associação dos económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
Industriais Transformadores de Vidro Plano de Portugal e a ou semelhança económica e social das situações no âmbito
Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâ- da extensão e no instrumento a que se refere.
mica e Vidro - FEVICCOM e outra, publicadas no Boletim Existindo identidade económica e social entre as situa-
do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 38, de 15 de outubro de ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas
2021, abrangem as relações de trabalho entre empregadores na convenção em apreço, foi promovida a realização do estu-
que, no território nacional, se dediquem à atividade de trans- do de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a) a e)
formação de chapa de vidro e trabalhadores ao seu serviço, do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros (RCM)
uns e outros representados pelas associações outorgantes. n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos elementos
As associações sindicais outorgantes requereram a exten- disponíveis no apuramento do Relatório Único/Quadros de
são das alterações do contrato coletivo na mesma área geo- Pessoal de 2019. De acordo com o estudo estavam abrangi-
gráfica e setor de atividade aos empregadores não filiados na dos pelo instrumento de regulamentação coletiva de traba-
associação de empregadores outorgante e trabalhadores ao lho, direta e indiretamente, 1091 trabalhadores por conta de
seu serviço não representados pelas associações outorgantes.

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outrem a tempo completo (TCO), excluindo os praticantes e categorias profissionais nelas previstas, não representados
e aprendizes e o residual, dos quais 22 % são mulheres e pelas associações sindicais outorgantes.
78 % são homens. De acordo com os dados da amostra, o
Artigo 2.º
estudo indica que para 561 TCO (51,4 % do total) as remu-
nerações devidas são iguais ou superiores às remunerações 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
convencionais enquanto para 530 TCO (48,6 % do total) as sua publicação no Diário da República.
remunerações devidas são inferiores às convencionais, dos 2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
quais 76,2 % são homens e 23,8 % são mulheres. Quanto vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de no-
ao impacto salarial da extensão, a atualização das remune- vembro de 2021.
rações representa um acréscimo de 0,8 % na massa salarial
do total dos trabalhadores e de 1,8 % para os trabalhadores 30 de dezembro de 2021 - O Secretário de Estado Adjun-
cujas remunerações devidas serão alteradas. Na perspetiva to, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Filipe
da promoção de melhores níveis de coesão e igualdade social Pardal Cabrita.
o estudo indica uma redução no leque salarial.
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho,
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação das alte- Portaria de extensão do contrato coletivo entre a
rações do contrato coletivo nos mesmos termos das anterio- AECOPS - Associação de Empresas de Construção
res extensões por forma a assegurar, na medida do possível, e Obras Públicas e Serviços e outras e a Federação
a uniformização do estatuto laboral existente nas empresas. dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE e
Considerando que a convenção tem por âmbito geográ- outros
fico de aplicação todo o território nacional e que a extensão
de convenção coletiva nas Regiões Autónomas compete aos O contrato coletivo entre a AECOPS - Associação de
respetivos Governos Regionais, a presente portaria apenas é Empresas de Construção Obras Públicas e Serviços e ou-
aplicável no território do Continente. tras e a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços -
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do FETESE e outros, publicado no Boletim do Trabalho e Em-
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação prego, n.º 37, de 8 de outubro de 2021, abrange as relações
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em de trabalho entre empregadores que, no território do Conti-
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo nente, se dediquem às atividades de construção civil, obras
para a emissão da portaria de extensão, com produção de públicas e serviços relacionados com a atividade da constru-
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa. ção e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros representa-
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex- dos pelas associações outorgantes.
tensão no Boletim de Trabalho e Emprego (BTE), Separata, As partes signatárias requereram a extensão do contra-
n.º 39, de 29 de novembro de 2021, ao qual não foi deduzida to coletivo na mesma área geográfica e setor de atividade a
oposição por parte dos interessados. todos os empregadores não filiados na associação de empre-
Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado Ad- gadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço, das pro-
junto, do Trabalho e da Formação Profissional, no uso da fissões e categorias profissionais previstas na convenção, não
competência delegada por Despacho n.º 892/2020, de 22 de representados pelas associações sindicais outorgantes.
janeiro de 2020, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
Segurança Social, publicado no Diário da República, 2.ª sé- Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
rie, n.º 15, de 22 de janeiro de 2020, ao abrigo do artigo 514.º ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
e do número 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho e da trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2017, publicada profissional definido naquele instrumento. O número dois do
no Diário da República, 1.ª série, n.º 112, de 9 de junho de referido normativo legal determina ainda que a extensão é
2017, o seguinte: possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
Artigo 1.º económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
ou semelhança económica e social das situações no âmbito
As condições de trabalho constantes das alterações do da extensão e no instrumento a que se refere.
contrato coletivo entre a Associação dos Industriais Trans- Existindo identidade económica e social entre as situa-
formadores de Vidro Plano de Portugal e a Federação Por- ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas
tuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro na convenção em apreço, foi promovida a realização do estu-
- FEVICCOM e outra, publicadas no Boletim do Trabalho do de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a) a e)
e Emprego (BTE), n.º 38, de 15 de outubro de 2021, são es- do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros (RCM)
tendidas no território do Continente às relações de trabalho n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017. Segundo o apuramen-
entre empregadores filiados na associação de empregadores to do Relatório Único/Quadros de Pessoal de 2019 estavam
outorgante que prossigam a atividade de transformação de abrangidos pelo instrumento de regulamentação coletiva de
chapa de vidro e trabalhadores ao seu serviço, das profissões

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

trabalho, direta e indiretamente, 28 388 trabalhadores a tem- às atividades de construção civil, obras públicas e serviços
po completo (TCO) excluindo os praticantes e aprendizes e relacionados com a atividade da construção abrangidas pela
o residual, dos quais 9,4 % mulheres e 90,6 % são homens. convenção e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e
De acordo com os dados da amostra, o estudo indica que categorias profissionais previstas na convenção;
para 11 888 TCO (41,9 % do total) as remunerações devidas b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na
são iguais ou superiores às remunerações convencionais en- associação de empregadores outorgante que exerçam as ati-
quanto para 16 500 TCO (58,1 % do total) as remunerações vidades económicas referidas na alínea anterior e trabalha-
devidas são inferiores às convencionais, dos quais 7,9 % são dores ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais
mulheres e 92,1 % são homens. Quanto ao impacto salarial previstas na convenção, não filiados nas associações sindi-
da extensão, a atualização das remunerações representa um cais outorgantes.
acréscimo de 3 % na massa salarial do total dos trabalha- 2- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a
dores e de 6,4 % para os trabalhadores cujas remunerações normas legais imperativas.
devidas serão alteradas. Na perspetiva da promoção de me-
Artigo 2.º
lhores níveis de coesão e igualdade social o estudo indica
uma redução no leque salarial e diminuição dos rácios de 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
desigualdade calculados. sua publicação no Diário da República.
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e 2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis- vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de no-
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, vembro de 2021.
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação do contra-
to coletivo às relações de trabalho não abrangidas por regula- 30 de dezembro de 2021 - O Secretário de Estado Adjun-
mentação coletiva negocial porquanto tem, no plano social, to, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Filipe
o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho Pardal Cabrita.
dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproximar as
condições de concorrência entre empresas do mesmo setor.
Considerando que a convenção coletiva regula diversas
condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica da ex-
tensão de cláusulas contrárias a normas legais imperativas. Portaria de extensão das alterações do contrato co-
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do letivo entre a Associação Comercial do Distrito de
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação Aveiro (ACA) e o CESP - Sindicato dos Trabalhado-
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em res do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo e outro
para a emissão da portaria de extensão, com produção de
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa. As alterações do contrato coletivo entre a Associação Co-
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex- mercial do Distrito de Aveiro (ACA) e o CESP - Sindicato
tensão no Boletim de Trabalho e Emprego (BTE), Separata, dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de
n.º 40, de 30 de novembro de 2021, ao qual não foi deduzida Portugal e outro, publicadas no Boletim do Trabalho e Em-
oposição por parte dos interessados. prego, n.º 30, de 15 de agosto de 2021, abrangem as relações
Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado Ad- de trabalho entre empregadores que, no distrito de Aveiro,
junto, do Trabalho e da Formação Profissional, no uso da se dediquem à atividade de comércio e serviços previstas na
competência delegada por Despacho n.º 892/2020, de 22 de convenção e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros repre-
janeiro de 2020, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e sentados pelas associações outorgantes.
Segurança Social, publicado no Diário da República, 2.ª sé- As partes signatárias requereram a extensão das altera-
rie, n.º 15, de 22 de janeiro de 2020, ao abrigo do artigo 514.º ções do contrato coletivo na mesma área geográfica e setor
e do número 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho e da de atividade a todos os empregadores não filiados na asso-
Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2017, publicada ciação de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu
no Diário da República, 1.ª série, n.º 112, de 9 de junho de serviço, das profissões e categorias profissionais previstas
2017, o seguinte: na convenção, não representados pelas associações sindicais
Artigo 1.º outorgantes.
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
1- As condições de trabalho constantes do contrato cole- Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
tivo entre a AECOPS - Associação de Empresas de Cons- ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
trução Obras Públicas e Serviços e outras e a Federação trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE e outros, profissional definido naquele instrumento. O número dois do
publicadas Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 37, de 8 de referido normativo legal determina ainda que a extensão é
outubro de 2021, são estendidas no território do Continente: possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
na associação de empregadores outorgante que se dediquem

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ou semelhança económica e social das situações no âmbito Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado Ad-
da extensão e no instrumento a que se refere. junto, do Trabalho e da Formação Profissional, no uso da
Existindo identidade económica e social entre as situa- competência delegada por Despacho n.º 892/2020, de 22 de
ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas janeiro de 2020, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e
na convenção em apreço, foi promovida a realização do estu- Segurança Social, publicado no Diário da República, 2.ª sé-
do de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a) a e) rie, n.º 15, de 22 de janeiro de 2020, ao abrigo do artigo 514.º
do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros (RCM) e do número 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho e da
n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017. Segundo o apuramen- Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2017, publicada
to do Relatório Único/Quadros de Pessoal de 2019 estavam no Diário da República, 1.ª série, n.º 112, de 9 de junho de
abrangidos pelo instrumento de regulamentação coletiva de 2017, o seguinte:
trabalho, direta e indiretamente, 6589 trabalhadores por conta
Artigo 1.º
de outrem a tempo completo (TCO), excluindo os pratican-
tes e aprendizes e o residual, dos quais 47,9 % são mulheres 1- As condições de trabalho constantes das alterações do
e 52,1 % são homens. De acordo com os dados da amostra, o contrato coletivo entre a Associação Comercial do Distrito
estudo indica que para 2233 TCO (33,9 % do total) as remu- de Aveiro (ACA) e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores
nerações devidas são iguais ou superiores às remunerações do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro, pu-
convencionais enquanto para 4356 TCO (66,1 % do total) as blicadas Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 30, de 15 de
remunerações devidas são inferiores às convencionais, dos agosto de 2021, são estendidas no distrito de Aveiro:
quais 55,4 % são mulheres e 44,6 % são homens. Quanto a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados
ao impacto salarial da extensão, a atualização das remune- na associação de empregadores outorgante que se dediquem
rações representa um acréscimo de 2,3 % na massa salarial às atividades de comércio e serviços abrangidas pela conven-
do total dos trabalhadores e de 4,3 % para os trabalhadores ção e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e catego-
cujas remunerações devidas serão alteradas. Na perspetiva rias profissionais previstas na convenção;
da promoção de melhores níveis de coesão e igualdade social b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na
o estudo indica uma diminuição das desigualdades. associação de empregadores outorgante que exerçam as ati-
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e vidades económicas referidas na alínea anterior e trabalha-
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis- dores ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, previstas na convenção, não filiados nas associações sindi-
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação das al- cais outorgantes.
terações do contrato coletivo às relações de trabalho não 2- A presente extensão não é aplicável a empregadores não
abrangidas por regulamentação coletiva negocial porquanto filiados na associação de empregadores outorgante desde
tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições que se verifique uma das seguintes condições:
mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económi- a) Sendo a atividade de comércio a retalho alimentar ou
co, o de aproximar as condições de concorrência entre em- misto, disponham de uma área de venda contínua de comér-
presas do mesmo setor. cio a retalho alimentar igual ou superior a 2000 m2;
Considerando que a anterior extensão da convenção não b) Sendo a atividade de comércio a retalho não alimentar,
abrange as relações de trabalho tituladas por empregadores disponham de uma área de venda contínua igual ou superior
não filiados nas associações de empregadores outorgantes a 4000 m2;
com atividade em estabelecimentos qualificados como uni- c) Sendo a atividade de comércio a retalho alimentar ou
dades comerciais de dimensão relevante, segundo os crité- misto, pertencente a empresa ou grupo de empresas que te-
rios então definidos pelo Decreto-Lei n.º 218/97, de 20 de nha, a nível nacional, uma área de venda acumulada de co-
agosto, as quais são abrangidas pelo contrato coletivo entre a mércio a retalho alimentar igual ou superior a 15 000 m2;
APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição d) Sendo a atividade de comércio a retalho não alimentar,
e diversas associações sindicais e pelas respetivas extensões. pertencente a empresa ou grupo de empresas que tenha, a ní-
Considerando que a referida qualificação é adequada e que vel nacional, uma área de venda acumulada igual ou superior
não suscitou a oposição dos interessados na anterior exten- a 25 000 m2.
são, mantém-se os critérios de distinção entre pequeno/mé-
Artigo 2.º
dio comércio a retalho e a grande distribuição.
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação sua publicação no Diário da República.
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em 2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de setem-
para a emissão da portaria de extensão, com produção de bro de 2021.
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa.
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex- 30 de dezembro de 2021 - O Secretário de Estado Adjun-
tensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), Separata, to, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Filipe
n.º 36, de 10 de novembro de 2021, ao qual não foi deduzida Pardal Cabrita.
oposição por parte dos interessados.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Portaria de extensão do acordo de empresa e suas formal»; v) «A probabilidade de litigiosidade, mesmo que
alterações entre a SATA Internacional - Azores não aceitável à luz do princípio da boa fé, (…), deve, tanto
Airlines, SA e o Sindicato dos Trabalhadores da quanto possível, ser suprida por certeza de que a igualda-
Aviação e Aeroportos - SITAVA e outro de de tratamento pretérito na normalidade empresarial, é a
mesma igualdade de tratamento presente, na adversidade da
necessária reestruturação».
O acordo de empresa entre a SATA Internacional - Azo-
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
res Airlines, SA e o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
e Aeroportos - SITAVA e outro publicado no Boletim do Tra-
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, e
balho e Emprego, n.º 8, de 28 de fevereiro de 2010 e suas
atentos os fundamentos ínsitos no requerimento de extensão
alterações, ambas publicadas no Boletim do Trabalho e Em-
apresentado pelas partes outorgantes, promove-se o alarga-
prego, n.º 31, de 22 de agosto de 2021, abrangem as relações
mento do âmbito de aplicação do acordo de empresa e suas
de trabalho entre a entidade empregadora e os trabalhadores
alterações às relações de trabalho não abrangidas por regula-
ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais pre-
mentação coletiva negocial, porquanto tem no plano social e
vistas na convenção, representados pelas associações sindi-
económico o efeito de uniformizar as condições mínimas de
cais outorgantes.
trabalho dos referidos trabalhadores ao serviço da empresa.
As partes outorgantes requereram a extensão das altera-
Considerando que o acordo de empresa tem por âmbito
ções do acordo de empresa às relações de trabalho entre a
geográfico de aplicação todo o território nacional e que a ex-
mesma entidade empregadora e trabalhadores ao seu serviço
tensão de convenção coletiva nas Regiões Autónomas com-
não representados pelas associações sindicais outorgantes.
pete aos respetivos Governos Regionais, a presente portaria
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
apenas é aplicável no território do Continente.
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
Considerando que a convenção coletiva regula diversas
ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica da ex-
trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
tensão de cláusulas contrárias a normas legais imperativas.
profissional definido naquele instrumento. O número dois do
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
referido normativo legal determina ainda que a extensão é
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo
ou semelhança económica e social das situações no âmbito
para a emissão da portaria de extensão, com produção de
da extensão e no instrumento a que se refere.
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa.
Existindo identidade económica e social entre as situa-
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex-
ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas
tensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), Separata,
na convenção em apreço, foi promovida a realização do es-
n.º 37, de 11 de novembro de 2021, ao qual não foi deduzida
tudo de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a)
oposição por parte dos interessados.
a e) do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros
Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado Ad-
(RCM) n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos ele-
junto, do Trabalho e da Formação Profissional, no uso da
mentos disponíveis no apuramento do Relatório Único/Qua-
competência delegada por Despacho n.º 892/2020, de 22 de
dros de Pessoal de 2019. De acordo com o estudo estavam
janeiro de 2020, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e
abrangidos pelo instrumento de regulamentação coletiva
Segurança Social, publicado no Diário da República, 2.ª sé-
de trabalho 250 trabalhadores por conta de outrem a tempo
rie, n.º 15, de 22 de janeiro de 2020, ao abrigo do artigo 514.º
completo (TCO), dos quais 140 (56 %) são mulheres e 110
e do número 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho e da
(44 %) são homens. Em matéria de exposição de motivos
Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2017, publicada
das circunstâncias sociais e económicas que justificam a ex-
no Diário da República, 1.ª série, n.º 112, de 9 de junho de
tensão alegam os requerentes, em suma, que: i) No contexto
2017, o seguinte:
de pandemia COVID-19 a empresa «tem em curso processo
de reestruturação, necessário para sustentação de pedido de Artigo 1.º
apoio financeiro junto da Comissão Europeia»; ii) O pedido
1- As condições de trabalho constantes do acordo de
anteriormente enunciado «comportou a reavaliação tempo-
empresa entre a SATA Internacional - Azores Airlines, SA
rária das condições de prestação de trabalho convencional-
e o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos -
mente estabelecidas, materializadas no acordo de suspensão
SITAVA e outro, publicado no Boletim do Trabalho e Em-
temporária parcial do AE»; iii) «Em prática constante e sem
prego, n.º 8, de 28 de fevereiro de 2010, e suas alterações,
oposição ou recusa individual conhecida, a Sata sempre apli-
ambas publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º
cou o regime previsto em AE a todos os trabalhadores da em-
31, de 22 de agosto de 2021, são estendidas no território do
presa»; iv) «Comportando, contudo, o acordo de suspensão
Continente às relações de trabalho entre a mesma entidade
parcial, inelutável prejuízo de direitos decorrentes do AE,
empregadora e trabalhadores ao seu serviço, das profissões
(…), a segurança jurídica da aplicação do regime temporá-
e categorias profissionais previstas na convenção, não repre-
rio quanto aos trabalhadores não sindicalizados ou filiados
sentados pelas associações sindicais outorgantes.
em sindicatos não outorgantes, pode causar conflitualidade

144
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

2- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a praticantes e aprendizes e o residual, dos quais 80,2 % são
normas legais imperativas. homens e 19,8 % são mulheres. De acordo com os dados
da amostra, o estudo indica que para 1413 TCO (76,84 %
Artigo 2.º
do total) as remunerações devidas são iguais ou superiores
1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a às remunerações convencionais enquanto para 426 TCO
sua publicação no Diário da República. (23,16 % do total) as remunerações são inferiores às con-
2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre- vencionais, dos quais 85,7 % são homens e 14,3 % são mu-
vistas na convenção produzem efeitos a partir a 1 de setem- lheres. Quanto ao impacto salarial da extensão, a atualiza-
bro de 2021. ção das remunerações representa um acréscimo de 0,8 % na
massa salarial do total dos trabalhadores e de 4,2 % para os
30 de dezembro de 2021 - O Secretário de Estado Adjun- trabalhadores cujas remunerações devidas serão alteradas.
to, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Filipe Na perspetiva da promoção de melhores níveis de coesão e
Pardal Cabrita. igualdade social o estudo indica uma redução no leque sala-
rial e uma diminuição das desigualdades.
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho,
Portaria de extensão do contrato coletivo entre a promove-se o alargamento do âmbito de aplicação do contra-
Associação Nacional de Centros de Inspecção Au- to coletivo às relações de trabalho não abrangidas por regula-
tomóvel (ANCIA) e a Federação dos Sindicatos da mentação coletiva negocial porquanto tem, no plano social,
Indústria e Serviços - FETESE o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho
dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproximar as
O contrato coletivo entre a Associação Nacional de Cen- condições de concorrência entre empresas do mesmo setor.
tros de Inspecção Automóvel (ANCIA) e a Federação dos Considerando que a convenção coletiva regula diversas
Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE, publicadas condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica da ex-
no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 27, de 22 de tensão de cláusulas contrárias a normas legais imperativas.
julho de 2021, abrange as relações de trabalho entre empre- De acordo com a alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
gadores que, no território do Continente, se dediquem à ati- Código do Trabalho e os números 2 e 4 da RCM, na fixação
vidade de inspeção de veículos motorizados, e trabalhadores da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
ao seu serviço, uns e outros representados pelas associações conta a data do pedido de emissão de portaria de extensão,
que as outorgaram. que é posterior ao depósito da convenção, e o termo do prazo
As partes signatárias requereram a extensão do contrato para emissão da portaria de extensão, com produção de efei-
coletivo na mesma área geográfica e setor de atividade aos tos a partir do primeiro dia do mês em causa.
empregadores não filiados na associação de empregadores Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex-
outorgante e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e tensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), Separata,
categorias profissionais previstas na convenção, não filiados n.º 40, de 30 de novembro de 2021, ao qual não foi deduzida
na associação sindical outorgante. oposição por parte dos interessados.
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado Ad-
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo junto, do Trabalho e da Formação Profissional, no uso da
ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a competência delegada por Despacho n.º 892/2020, de 22 de
trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e janeiro de 2020, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e
profissional definido naquele instrumento. O número dois do Segurança Social, publicado no Diário da República, 2.ª sé-
referido normativo legal determina ainda que a extensão é rie, n.º 15, de 22 de janeiro de 2020, ao abrigo do artigo 514.º
possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e e do número 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho e da
económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2017, publicada
ou semelhança económica e social das situações no âmbito no Diário da República, 1.ª série, n.º 112, de 9 de junho de
da extensão e no instrumento a que se refere. 2017, o seguinte:
Existindo identidade económica e social entre as situa- Artigo 1.º
ções que se pretende abranger com a extensão e as previs-
tas na convenção em apreço, foi promovida a realização do 1- As condições de trabalho constantes do contrato coleti-
estudo de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas vo entre a Associação Nacional de Centros de Inspeção Au-
a) a e) do número 1 da Resolução do Conselho de Minis- tomóvel (ANCIA) e a Federação dos Sindicatos da Indústria
tros (RCM) n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos e Serviços - FETESE, publicado no Boletim do Trabalho e
elementos disponíveis no apuramento do Relatório Único/ Emprego, n.º 27, de 22 de julho de 2021, são estendidas no
Quadros de Pessoal de 2019. De acordo com o estudo esta- território do Continente:
vam abrangidos pelo instrumento de regulamentação cole- a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados
tiva de trabalho, direta e indiretamente, 1839 trabalhadores na associação de empregadores outorgante que se dediquem
por conta de outrem a tempo completo (TCO), excluindo os à atividade de inspeção de veículos motorizados e trabalha-

145
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

dores ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais (RCM) n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos ele-
previstas na convenção; mentos atualmente disponíveis no apuramento do Relatório
b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados Único/Quadros de Pessoal. Todavia, não foi possível realizar
na associação de empregadores outorgante que exerçam a o estudo comparativo de avaliação dos indicadores previstos
atividade referida na alínea anterior e trabalhadores ao seu nas alíneas a) a e) do número 1 da Resolução do Conselho
serviço, das profissões e categorias profissionais previstas na de Ministros (RCM) n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017,
convenção, não representados pela associação sindical ou- porquanto a convenção ora revista foi publicada no Boletim
torgante. do Trabalho e Emprego, n.º 14, de 15 de abril de 2020, e
2- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a o apuramento do Relatório Único/Quadros de Pessoal atu-
normas legais imperativas. almente disponível se reporta ao ano de 2019. No entanto,
de acordo com o número 2 do artigo 514.º do Código do
Artigo 2.º
Trabalho, ponderadas as circunstâncias sociais e económi-
1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a cas, nomeadamente a identidade ou semelhança económica
sua publicação no Diário da República. e social das situações previstas no âmbito da convenção com
2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre- as que se pretende abranger com a presente extensão, e que a
vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de no- convenção revista foi objeto de extensão, promove-se a atu-
vembro de 2021. alização da condições de trabalho mediante o alargamento
do âmbito de aplicação das alterações do contrato coletivo
30 de dezembro de 2021 - O Secretário de Estado Adjun- às relações de trabalho não abrangidas por regulamentação
to, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Filipe coletiva negocial porquanto tem, no plano social, o efeito de
Pardal Cabrita. uniformizar as condições mínimas de trabalho dos trabalha-
dores e, no plano económico, o de aproximar as condições de
concorrência entre as associações mutualistas.
Considerando que a extensão da convenção ora revista
não é aplicável às relações de trabalho em que sejam parte
Portaria de extensão das alterações do contrato co- trabalhadores filiados no Sindicato dos Enfermeiros Portu-
letivo entre a União das Mutualidades Portuguesas gueses - SEP, no Sindicato Nacional dos Técnicos Superio-
e a FNE - Federação Nacional da Educação e outros res de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica e em
sindicatos representados pela FEPCES - Federação Portu-
As alterações do contrato coletivo entre a União das Mu- guesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e
tualidades Portuguesas e a FNE - Federação Nacional da na Federação Nacional de Professores - FENPROF, nem às
Educação e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Em- associações mutualistas filiadas na APM/RedeMut - Asso-
prego (BTE), n.º 31, de 22 de agosto de 2021, abrangem as ciação Portuguesa de Mutualidades, por oposição das refe-
relações de trabalho entre as associações mutualistas filiadas ridas associações, mantém-se na presente extensão idêntica
na União das Mutualidades Portuguesas que exerçam a sua exclusão. Considerando que a Federação Nacional dos Sin-
atividade no território nacional e trabalhadores ao seu ser- dicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
viço representados pelas associações sindicais outorgantes. - FNSTFPS opõem-se à aplicação da referida portaria de
A União das Mutualidades Portuguesas requereu a ex- extensão aos trabalhadores filiados em sindicatos por esta
tensão do contrato coletivo às relações de trabalho entre representados, prevê-se idêntica exclusão de âmbito.
associaçãoes mutualistas não filiadas na união outorgante e Considerando que a convenção coletiva tem por âmbito
trabalhadores ao seu serviço, das profissões e categorias pro- geográfico de aplicação todo o território nacional e que a ex-
fissionais nele previstas, não representados pelas associações tensão de convenção coletiva nas Regiões Autónomas com-
sindicais outorgantes. pete aos respetivos Governos Regionais, a presente portaria
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do apenas é aplicável no território do Continente.
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo Considerando ainda que a convenção coletiva regula di-
ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a versas condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica
trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e de cláusulas contrárias a normas legais imperativas.
profissional definido naquele instrumento. O número dois do Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
referido normativo legal determina ainda que a extensão é Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo
ou semelhança económica e social das situações no âmbito para a emissão da portaria de extensão, com produção de
da extensão e no instrumento a que se refere. efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa.
Existindo identidade económica e social entre as situa- Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex-
ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas tensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), Separata,
na convenção em apreço, foi promovida a realização do es- n.º 38, de 15 de novembro de 2021, ao qual a Federação Na-
tudo de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a) cional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públi-
a e) do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros cas e Sociais - FNSTFPS deduziu oposição, alegando que

146
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

tem convenção coletiva própria celebrada para o sector de b) Às relações de trabalho entre as associações mutualistas
atividade em causa e que a convenção a estender estabelece filiadas na união outorgante que prossigam as atividades re-
condições de trabalho menos favoráveis para os trabalhado- guladas pela convenção e trabalhadores ao seu serviço, das
res. Nestes termos, pretende a oponente que os trabalhadores profissões e categorias profissionais previstas na convenção,
filiados nas associações sindicais por si representadas sejam não representados pelas associações sindicais outorgantes.
excluídos do âmbito da aplicação da extensão. 2- O disposto na alínea a) do número anterior não é apli-
Não obstante a referida oposição, o projeto da presente cável às associações mutualistas filiadas na APM/RedeMut
extensão já previa, respetivamente, no seu preâmbulo e no - Associação Portuguesa de Mutualidades.
número 3 do seu artigo 1.º os fundamentos e a exclusão dos 3- A presente extensão não é aplicável às relações de tra-
trabalhadores filiados em sindicatos representados pela Fe- balho em que sejam parte trabalhadores filiados no Sindicato
deração Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Fun- dos Enfermeiros Portugueses - SEP, no Sindicato Nacional
ções Públicas e Sociais - FNSTFPS. dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico
Assim, e Terapêutica e em sindicatos representados pela FEPCES
Manda o Governo, pelo Secretário de Estado Adjunto, do - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escri-
Trabalho e da Formação Profissional, no uso da competência tórios e Serviços, pela Federação Nacional de Professores
delegada por Despacho n.º 892/2020, de 22 de janeiro de - FENPROF e pela Federação Nacional dos Sindicatos dos
2020, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais - FNSTFPS.
Social, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 15, de 4- A presente extensão não é aplicável às relações de traba-
22 de janeiro de 2020, ao abrigo do artigo 514.º e do núme- lho que no mesmo âmbito sejam reguladas por instrumento
ro 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho e da Resolução de regulamentação coletiva de trabalho negocial, de acordo
do Conselho de Ministros n.º 82/2017, publicada no Diário com o artigo 515.º do Código do Trabalho.
da República, 1.ª série, n.º 112, de 9 de junho de 2017, o 5- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a
seguinte: normas legais imperativas.
Artigo 1.º Artigo 2.º
1- As condições de trabalho constantes das alterações do 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
contrato coletivo entre a União das Mutualidades Portugue- sua publicação no Diário da República.
sas e a FNE - Federação Nacional da Educação e outros, 2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de setem-
31, de 22 de agosto de 2021, são estendidas no território do bro de 2021.
Continente:
a) Às relações de trabalho entre as associações mutualistas 30 de dezembro de 2021 - O Secretário de Estado Adjun-
não filiadas na união outorgante que prossigam as atividades to, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Filipe
reguladas pela convenção e trabalhadores ao seu serviço, das Pardal Cabrita.
profissões e categorias profissionais nela previstas;

CONVENÇÕES COLETIVAS

Contrato coletivo entre a Associação Portuguesa de SITESE - Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Servi-
Facility Services - APFS e o Sindicato dos Trabalha- ços, Comércio, Restauração e Turismo, FETESE - Federação
dores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, dos Sindicatos da Indústria e Serviços, em representação de
Domésticas e Actividades Diversas - STAD e outros SINDETELCO - Sindicato Democrático dos Trabalhadores
das Comunicações e dos Media e SINDCES - Sindicato De-
- Alteração salarial e outras
mocrático do Comércio, Escritórios e Serviços.
(...)
Contrato colectivo de trabalho, publicado no Boletim do
Trabalho e Emprego, n.º 2, de 15 de janeiro de 2020 entre
Texto final do CCT/STAD - Limpezas industriais
Associação Portuguesa de Facility Services - APFS e o Sin-
dicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilân- (Revisão parcial para os anos de 2022/2023)
cia, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas - STAD,
(...)

147
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Cláusula 8.ª c) […];


d) […];
«Ius variandi» e) Situação sindical de cada trabalhador, em particular
Substituição temporária
quanto ao desconto da respetiva quotização e seu envio ao
1- […] sindicato em que o trabalhador está sindicalizado;
2- […] f) […];
3- […] g) […];
4- […] h) […];
5- […]: i) […];
a) […]; j) […];
b) […]; k) […];
c) […] l) […];
6- O trabalhador contratado a termo, para substituir traba- m) […];
lhador ausente, passa a efetivo caso essa ausência se torne n) […]
definitiva, com a categoria correspondente às funções que 8- […]
vinha efetivamente exercendo e com a retribuição corres- 9- O empregador que ganhar a prestação de serviço dará
pondente ao nível de ingresso nessa categoria profissional. continuidade ao disposto na alínea e), do número 7.
Cláusula 10.ª 9- Passa a 10.
10- Passa a 11.
Deveres do empregador 12- O disposto na presente cláusula é globalmente mais
1- […] favorável em relação ao regime legal da transmissão de em-
a) Cumprir as disposições da lei e deste CCT; presa ou estabelecimento, devendo sobre ele prevalecer.
b) (Anterior alínea a)); Cláusula 19.ª
c) (Anterior alínea b));
d) (Anterior alínea c)); Trabalho suplementar
e) (Anterior alínea d)); Só será considerado trabalho suplementar aquele que for
f) (Anterior alínea e)); prestado fora do horário normal de trabalho do trabalhador,
g) (Anterior alínea f)); por determinação prévia escrita do empregador.
h) (Anterior alínea g)); 1- […]
i) (Anterior alínea h)); 2- […]
j) (Anterior alínea i)); 3- […]
k) (Anterior alínea j)); 4- […]
l) (Anterior alínea k)); 6- […]:
m) A entidade patronal é obrigada a fornecer ao trabalhador a) […];
o duplicado do contrato celebrado, devidamente assinado b) […]
por ambos; 7- […]
n) (Anterior alínea l)); 8- […]
o) (Anterior alínea m));
p) (Anterior alínea n)); Cláusula 20.ª
q) (Anterior alínea o)).
Remuneração do trabalho suplementar
2- […]
3- […] 1- […]:
4- […] a) […];
b) […];
Cláusula 15.ª c) […]
2- O trabalhador que, no seu horário normal, não preste
Transmissão de empresa ou estabelecimento
trabalho em dia feriado, se for convocado para trabalhar, in-
1- […] dependentemente da sua retribuição mensal, auferirá 100 %
2- […] da correspondente retribuição horária com um acréscimo de
3- […] 75 %, por cada hora ou fração trabalhada.
4- […] 1- Passa a 3.
5- […]: 2- Passa a 4.
a) […]; 3- Passa a 5.
b) […]
6- […] Cláusula 29.ª
7- […]:
Subsídio de alimentação
a) […];
b) […]; 1- Os trabalhadores com período normal de trabalho de 40

148
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

horas semanais e 8 horas diárias têm direito a um subsídio de 3- […]


alimentação diário de: 4- […]
a) 3,70 € no ano de 2022; 5- […]
b) 4,00 € no ano de 2023. 6- […]
2- O subsídio de alimentação é atribuído de acordo com as 7- […]
alíneas seguintes: 8- […]
a) (Anterior alínea b)); 9- […]
b) (Anterior alínea c)); 10- […]:
c) (Anterior alínea d)). a) […];
3- […] b) […];
c) […]
Cláusula 33.ª
11- […]
Tipos de faltas 12- […]
13- […]
1- […]
14- […]
2- […]:
15- […]
a) […];
16- […]
b) As motivadas por falecimento de filhos, pais, cônjuge,
17- […]
parente ou afins, nos termos do artigo 251.º, do Código do
18- […]
Trabalho;
19- […]
c) Para efeitos da efetivação dos direitos da alínea anterior.
20- […]
i) A contagem das faltas por falecimento de familiar ini-
21- […]
cia-se no dia do falecimento;
22- […]
ii) Se o falecimento, e/ou o conhecimento, ocorrer ao final
23- […]
do dia, após se verificar o cumprimento, pelo trabalhador, do
período normal de trabalho diário, a contagem dos dias de Cláusula 55.ª
ausência ao trabalho por motivo de falecimento inicia-se no
dia seguinte; Remuneração mínima mensal garantida no setor
c) Passa a alínea d); 1- Os valores constantes da tabela salarial acordada serão
d) Passa a alínea e); objeto de ajustamento se o valor fixado para o nível 9 deixar
e) Passa a alínea f); de ser superior ao rendimento mínimo mensal garantido em,
f) Passa a alínea g); pelo menos, 0,5 % (meio por cento).
g) Passa a alínea h); 2- […]:
h) Passa a alínea i); a) […];
i) Passa a alínea j); b) […]
j) Passa a alínea k). 3- […]
3- […] 4- […]
5- […]
Cláusula 36.ª
6- A tabela salarial de cada ano será apurada por aplicação
Férias das regras fixadas nos números anteriores e será automati-
camente aplicável a todas as empresas e a todos os trabalha-
1- […]
dores abrangidos, direta ou indiretamente, pela convenção,
2- A duração do período de férias do trabalhador será au-
com efeitos à data de entrada em vigor da retribuição mínima
mentada no caso de o trabalhador não ter faltado ou na even-
mensal garantida.
tualidade de ter apenas faltas justificadas, no ano a que as
7- Independentemente dessa aplicação automática e geral,
férias se reportam, nos seguintes termos:
as partes requererão a publicação da tabela de cada ano no
a) […];
Boletim do Trabalho e Emprego.
b) […];
c) […]

149
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ANEXO II Chefe de departamento


II Analista de sistemas 1 314 €
Tabelas de remunerações mínimas para 2022
Contabilista certificado
A) Trabalhadores de limpeza
III Chefe de divisão 1 074 €
Remunerações
Níveis Categorias profissionais Chefe de serviços
mínimas (€) 2022

I Supervisor geral 1 171 € Técnico superior de segurança do


IV 1 004 €
trabalho
II Supervisor 956 €
Técnico de qualidade e ambiente
Operador abastecedor de aeronaves
Chefe de secção
III Controlador de limpeza de aeronaves 796 €
V Chefe de vendas 934 €
Encarregado geral
Secretário de administração
IV Encarregado 739 €
Técnico administrativo principal
V Lavador de vidros 734 €
Subchefe de secção
VI Lavador de viaturas 729 €
Técnico de contabilidade
Trabalhador de serviços gerais
Técnico de segurança do trabalho
Trabalhador de limpeza hospitalar VI 864 €
VII 719 € Técnico de informática
Limpador de aeronaves
Técnico de marketing
Lavador limpador
Secretário de direção
VIII Trabalhador de limpeza de hotéis 714 €
Encarregado de armazém
IX Trabalhador de limpeza 709 €
Técnico administrativo
B) Trabalhadores de jardinagem
Fiel de armazém
Remunerações VII 794 €
Níveis Categorias profissionais Comercial
mínimas (€) 2022
I Encarregado de jardineiro 763 € Motorista

II Jardineiro 729 € Assistente administrativo

Ajudante de jardineiro VIII Conferente de armazém 760 €


III 709 €
Cantoneiro Controlador de informática

C) Trabalhadores de pest control e higiene Assistente administrativo II

Remunerações IX Distribuidor 724 €


Níveis Categorias profissionais
mínimas (€) 2022
Telefonista/rececionista
I Responsável ou técnico superior 1 051 €
Administrativo polivalente
Supervisor de serviços de
II desinfestação 861 € X Servente ou auxiliar de armazém 709 €
Supervisor de serviços de higiene Estagiário
III Supervisor operacional 781 €
Operador de armazém ANEXO III
Operador especializado de desinfes-
IV 754 €
tação ou desinfetador Tabelas de remunerações mínimas para 2023
Técnico de higiene
As tabelas serão apuradas por aplicação das regras afixa-
Técnico de desinfestação das na cláusula 55.ª do CCT.
V ou desinfetador 724 €
Condutor/distribuidor
Declaração
Higienizador
VI 709 € Declara-se que esta convenção potencialmente irá abran-
Estagiário
ger quarenta mil trabalhadores e cinquenta empresas.
D) Restantes trabalhadores

Níveis Categorias profissionais


Remunerações Lisboa, 29 de dezembro de 2021.
mínimas (€) 2022
I Diretor de serviços 1 509 €

150
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

As associações celebrantes do CCT: artigo 492.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º
7/2009, de 12 de fevereiro, na redação atual, as entidades ce-
Associação Portuguesa de Facility Services - APFS:
lebrantes estimam que serão abrangidos pelo presente acor-
Dra. Ana Mafalda Areias Salvado Coelho Vilhena, na do coletivo 40 entidades empregadoras e 34 trabalhadores.
qualidade de mandatário/a.
Cláusula 2.ª
Sr. Fernando Jorge Pereira Santos, na qualidade de
mandatário/a. Período normal de trabalho
Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, 1- O período normal de trabalho é o previsto na Lei Ge-
Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas - ral de Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aplicável aos
STAD: trabalhadores das carreiras correspondentes com vínculo de
emprego público, na modalidade de contrato de trabalho em
Carlos Sequeira, na qualidade de mandatário/a.
funções públicas.
Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Co- 2- Os horários específicos e flexíveis devem ser adaptados
mércio, Restauração e Turismo - SITESE: ao período normal de trabalho de referência referido no nú-
Carlos Manuel Dias Pereira, na qualidade de mandatário/a. mero anterior.

Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - Cláusula 3.ª


FETESE (por si e em representação dos sindicatos seus filia- Retribuição
dos SINDETELCO - Sindicato Democrático dos Trabalha-
dores das Comunicações e dos Media e Sindicato do Comér- A retribuição base mensal, incluindo os subsídios de fé-
cio, Escritórios e Serviços/UGT-SINDCES/UGT): rias e de natal é determinada pela posição retributiva, pela
qual o trabalhador está contratado, de harmonia com a tabe-
José Arsénio, na qualidade de mandatário/a. la remuneratória aplicável a equiparados trabalhadores com
Octávio Amaro, na qualidade de mandatário/a. vínculo de emprego público.
Cláusula 4.ª
Depositado em 5 de janeiro de 2022, a fl. 176 do livro n.º
12, com o n.º 4/2022, nos termos do artigo 494.º do Código Componentes da retribuição
do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de feve- 1- A retribuição dos trabalhadores é composta por:
reiro. a) Retribuição base;
b) Suplementos remuneratórios;
c) Prémios de desempenho.
2- Para efeitos do disposto no número anterior, conside-
Acordo coletivo entre o Centro Hospitalar Barreiro ram-se aplicáveis as regras que definem os requisitos e as
Montijo, EPE e outros e a Federação Nacional dos condições da sua atribuição para equiparados trabalhadores
com vínculo de emprego público.
Professores - FENPROF
Cláusula 5.ª
Cláusula 1.ª Desenvolvimento profissional
Os trabalhadores abrangidos pelo presente AC têm direito
Área e âmbito a um desenvolvimento profissional, o qual se efetua median-
1- O presente acordo coletivo de trabalho (doravante, AC) te alteração de posicionamento remuneratório, nos mesmos
aplica-se em todo o território continental da República Por- termos em que estes institutos se encontram regulados para
tuguesa. equiparados trabalhadores com vínculo de emprego público.
2- O presente AC obriga as entidades prestadoras de cui- Cláusula 6.ª
dados de saúde que revistam a natureza de entidade pública
empresarial, integradas no Serviço Nacional de Saúde, que o Avaliação de desempenho
subscrevem (doravante, entidades empregadoras) bem como A avaliação do desempenho dos trabalhadores abrangi-
os trabalhadores cujas funções sejam idênticas às desenvol- dos pelo presente AC fica sujeita, para todos os efeitos le-
vidas por trabalhadores com vínculo de emprego público, gais, e com as devidas adaptações, ao regime vigente para
na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas, equiparados trabalhadores com vínculo de emprego público.
integrados na carreira dos educadores de infância e profes-
sores dos ensinos básico e secundário, a elas vinculados por Cláusula 7.ª
contrato de trabalho, representados pela associação sindical
Férias
outorgante.
3- Para os efeitos do disposto na alínea g) do número 1 do Aos trabalhadores abrangidos pelo presente AC é aplicá-
vel o regime de férias para equiparados trabalhadores com
vínculo de emprego público.

151
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Cláusula 8.ª não exceda, na sequência da alteração do período normal de


trabalho aqui previsto, o dos correspondentes trabalhadores
Incompatibilidades e impedimentos com contrato de trabalho em funções públicas.
Em matéria de incompatibilidades e impedimentos é 3- Para efeitos do disposto no número anterior, deve re-
aplicável aos trabalhadores abrangidos pelo presente AC o constituir-se a situação do correspondente trabalhador à data
regime aplicável aos equiparados trabalhadores com vínculo em que foi contratado pela entidade pública empresarial para
de emprego público. o exercício do conteúdo funcional que o mesmo assegure à
data da entrada em vigor do presente AC e apurar qual seria
Cláusula 9.ª
o seu posicionamento remuneratório, caso o mesmo tivesse
Comissão paritária celebrado um contrato de trabalho em funções públicas com
um salário base igual ao da primeira posição remuneratória,
1- As partes outorgantes constituem uma comissão pari-
e calcular a proporção face ao salário com que este trabalha-
tária com competência para interpretar e integrar as dispo-
dor foi contratado.
sições deste acordo, a qual funcionará em local a determinar
4- Nos casos em que os trabalhadores aufiram remunera-
pelas partes.
ção superior à que corresponderia a idênticos trabalhado-
2- A comissão paritária é composta por quatro elementos,
res com contrato de trabalho em funções públicas, podem
sendo dois a designar pelas entidades empregadoras e os ou-
os mesmos, ainda assim, mediante declaração escrita, optar
tros dois a designar pela associação sindical outorgante do
pelo período normal de trabalho previsto na cláusula 4.ª,
presente acordo.
sendo a remuneração a auferir ajustada aplicando a propor-
3- Cada parte representada na comissão pode ser assistida
ção calculada nos termos previstos no número 3 da presente
por um assessor, sem direito a voto.
cláusula ao salário base correspondente à sua posição atual
4- Para efeitos da respetiva constituição, cada uma das
na carreira, produzindo efeitos no dia 1 do mês seguinte ao
partes indica à outra e à Direção-Geral do Emprego e das
da apresentação daquela declaração. Todas as situações não
Relações de Trabalho (DGERT), no prazo de trinta dias após
abrangidas pelos números 2 a 4 da presente cláusula, depen-
a publicação do presente AC, a identificação dos seus repre-
dem de acordo entre o trabalhador e a entidade empregado-
sentantes.
ra, a materializar em adenda ao correspondente contrato de
5- As partes podem proceder à substituição dos seus repre-
trabalho.
sentantes, mediante comunicação à outra parte e à DGERT,
com antecedência mínima de quinze dias sobre a data em Cláusula 11.ª
que a substituição venha a produzir efeitos.
6- A comissão paritária que pode funcionar a pedido de Reposicionamento remuneratório
qualquer das partes, mediante convocatória com a antece- 1- Para efeitos de reposicionamento remuneratório, aos
dência mínima de quinze dias, com a indicação da ordem trabalhadores abrangidos pela cláusula anterior, aplica-se o
de trabalhos, local, dia e hora da reunião, podendo deliberar regime previsto no artigo 104.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27
desde que estejam presentes, pelo menos, três dos membros de fevereiro, mantido em vigor pela alínea c) do número 1 do
representantes de cada parte. artigo 42.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
7- As deliberações da comissão paritária são vinculativas, 2- Sem prejuízo do disposto no número anterior, nos ca-
constituindo parte integrante deste acordo, quando tomadas sos em que, pelo exercício de funções correspondentes à ca-
por unanimidade, devendo ser depositadas e publicadas no tegoria para que foi contratado, a retribuição auferida pelo
Boletim do Trabalho e Emprego, nos termos legais. trabalhador integre uma parte certa e outra variável, não se
incluindo nesta última as componentes associadas ao exercí-
Cláusula 10.ª
cio de funções de carácter transitório e específico, designa-
Aplicação do presente acordo damente, relativas à isenção ou alargamento de horário e de
coordenação, deve atender-se ao somatório das duas compo-
1- O presente AC abrange, desde já, os trabalhadores fi-
nentes, para efeitos de integração na respetiva posição remu-
liados na estrutura sindical outorgante do presente AC, já
neratória da correspondente categoria.
contratados pelos estabelecimentos de saúde igualmente ou-
3- No que respeita aos trabalhadores que, nos termos pre-
torgantes, em regime de contrato de trabalho, no âmbito do
vistos na cláusula anterior, optem por manter o regime de
Código do Trabalho, que exerçam funções correspondentes
trabalho a que correspondam mais de 35 horas semanais, a
ao conteúdo funcional dos equiparados trabalhadores com
integração na correspondente tabela remuneratória pressu-
vínculo de emprego público integrados na carreira dos edu-
põe, só para este efeito, que igualmente se ficcione qual seria
cadores de infância e professores dos ensinos básico e se-
o seu posicionamento remuneratório, caso os mesmos tives-
cundário.
sem celebrado um contrato de trabalho em funções públicas,
2- Com prejuízo do disposto no número anterior, a apli-
à data em que foram contratados pela entidade pública em-
cação da cláusula 2.ª do presente AC, circunscreve-se aos
presarial para o exercício do conteúdo funcional que os mes-
trabalhadores cujo valor hora da respetiva remuneração base

152
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

mos asseguravam à data da entrada em vigor do presente AC, Centro Hospitalar e Universitário do Porto, EPE;
presumindo, cumulativamente, que os mesmos se encontram Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE;
sujeitos a um horário semanal correspondente a 35 horas de Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE;
trabalho normal. O disposto no número anterior é igualmen- Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, EPE;
te aplicável, com as necessárias adaptações, aos trabalha- Hospital da Senhora da Oliveira- Guimarães, EPE;
dores que, embora sujeitos a um horário igual ou inferior a Hospital de Braga, EPE;
35 horas de trabalho normal semanal, aufiram remuneração Hospital de Magalhães Lemos, EPE;
superior à que corresponde a equiparados trabalhadores com Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE;
contrato de trabalho em funções públicas. Hospital Distrital de Santarém, EPE;
4- Os trabalhadores a que se alude nos números anteriores, Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE;
apenas poderão alterar a sua posição remuneratória quando, Hospital Garcia de Orta, EPE;
verificando-se os demais requisitos, nomeadamente, venham Hospital Santa Maria Maior, EPE;
a acumular 10 pontos nas avaliações do desempenho referi- Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco
do às funções exercidas durante o posicionamento remune- Gentil, EPE;
ratório em que se encontram, o valor hora correspondente à Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco
respetiva remuneração passe a ser inferior ou igual ao que Gentil, EPE;
corresponde a idênticos trabalhadores, sujeitos a um horário Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco
de trabalho de 35 horas semanais. Gentil, EPE;
5- Para os efeitos previstos no número anterior, e com Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE;
as necessárias adaptações, aplica-se o regime previsto no Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE;
número 3 da cláusula anterior. Para efeitos do disposto na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE;
presente cláusula, as partes declaram o carácter globalmente Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE;
mais favorável do presente acordo relativamente aos contra- Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE;
tos de trabalho anteriormente celebrados. Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, EPE;
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE;
Cláusula 12.ª
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE.
Entrada em vigor Anabela Maria Matos Morais, mandatária.
O presente AC entra em vigor no primeiro dia do mês Carlos Luís Neves Gante Ribeiro, mandatário.
seguinte ao da sua publicação em Boletim do Trabalho e Em- Maria Adelaide Matos Cruz de Oliveira Canas, manda-
prego. tária.
Patrícia Trindade Gonçalves, mandatária.
Lisboa, 15 de dezembro de 2021. Pela Federação Nacional dos Professores - FENPROF:
Pelas entidades públicas empresariais: António Joaquim Fonseca da Silva Quitério, mandatário.
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE;
Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, EPE; Declaração
Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, EPE;
Para os devidos efeitos se declara que são constituintes
Centro Hospitalar de Leiria, EPE;
da Federação Nacional dos Professores - FENPROF os se-
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE;
guintes sindicatos:
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, EPE;
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE; Sindicato dos Professores do Norte (SPN);
Centro Hospitalar Universitário de São João, EPE; Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC);
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE; Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL);
Centro Hospitalar de Tondela - Viseu, EPE; Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS);
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE; Sindicato dos Professores da Madeira (SPM),
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE; Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA).
Centro Hospitalar Universitário do Algarve, EPE;
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE; Depositado em 4 de janeiro de 2022, a fl. 176 do livro n.º
Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE; 12, com o n.º 1/2022, nos termos do artigo 494.º do Código
Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE; do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de feve-
Centro Hospitalar do Oeste, EPE; reiro.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Acordo de empresa entre a EMARP - Empresa Mu- cuja última alteração foi publicada no Boletim do Trabalho e
nicipal de Águas e Resíduos de Portimão, EM, SA Emprego, n.º 35, de 22 de setembro de 2019.
e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Cláusula 2.ª
Pública e de Entidades com Fins Públicos - SINTAP
- Revisão global Vigência, denúncia e revisão
1- O acordo de empresa entra em vigor no dia 1 de janeiro
de 2022 e terá uma vigência de 5 anos, renovável automati-
CAPÍTULO I camente por igual período se nenhuma das partes o denun-
ciar, nos termos da presente cláusula e nos termos da legisla-
Disposições gerais ção vigente sobre a matéria.
2- Havendo lugar a denúncia, total ou parcial, as matérias
objeto da mesma, ou o AE denunciado, mantêm-se em re-
SECÇÃO I gime de sobrevigência durante o período em que decorra a
negociação, incluindo conciliação, mediação ou arbitragem
Âmbito e vigência voluntária, ou no mínimo durante 18 meses.
3- A denúncia far-se-á com o envio à outra parte outor-
Cláusula 1.ª gante da proposta de revisão, através de carta registada com
aviso de receção.
Âmbito 4- A contraparte deverá enviar à parte denunciante uma
1- O presente acordo de empresa, adiante designado por contraproposta até trinta dias após a receção das propostas
AE, obriga por um lado, a EMARP - Empresa Municipal de de revisão, presumindo-se que a outra parte aceita o propos-
Águas e Resíduos de Portimão, EM, SA adiante designada to sempre que não apresente proposta específica para cada
por empresa ou EMARP e por outro, a totalidade dos tra- matéria, havendo-se, porém, como contraproposta a vontade
balhadores ao seu serviço ou a contratar futuramente, aqui expressa de negociar.
representados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Adminis- 5- A parte denunciante dispõe do prazo de quinze dias para
tração Pública e de Entidades com Fins Públicos - SINTAP. examinar a contraproposta, iniciando-se as negociações após
2- Para efeitos do número 1 da alínea g) do artigo 492.º do o termo dos prazos referidos nos números anteriores.
Código do Trabalho e nos termos dos artigos 496.º e 497.º do 6- Da proposta e contraproposta serão enviadas cópias ao
mesmo diploma serão abrangidos pelo presente AE, cerca de ministério responsável pela área laboral.
380 (trezentos e oitenta) trabalhadores. 7- Sempre que se verifique, pelo menos, três alterações ou
3- Para efeitos do disposto nos números anteriores, são sejam revistas mais de dez cláusulas, com exceção da tabela
considerados ao serviço da empresa, os trabalhadores oriun- salarial e cláusulas de expressão pecuniária, será feita a re-
dos do município de Portimão e os trabalhadores contratados publicação automática do novo texto consolidado no Boletim
ou a contratar ao abrigo do regime do contrato individual de do Trabalho e Emprego.
trabalho.
4- Sempre que, no presente AE, se refira as designações SECÇÃO II
«trabalhador» ou «trabalhadores» é garantida a igualdade de
género. Disposições gerais
5- O presente AE, incluindo os seus anexos, aplica-se no
concelho de Portimão, constituindo um todo orgânico, vin- Cláusula 3.ª
culando reciprocamente as partes outorgantes ao seu cum-
primento integral e solidariamente o município de Portimão Conselho de administração
enquanto detentor de influência dominante na empresa nos O conselho de administração é o órgão máximo de gestão
termos do número 1 do artigo 19.º da Lei n.º 50/2012, de 31 da empresa.
de agosto.
6- Para efeitos do disposto no número 1 da alínea c) do Cláusula 4.ª
artigo 492.º do Código do Trabalho, o âmbito de atividade Estatuto dos trabalhadores
da empresa corresponde ao código de atividade económica
(CAE, REV. 3) 36002 - Captação e distribuição de água para 1- O estatuto dos trabalhadores da EMARP baseia-se no
consumo público; 37001 - Recolha tratamento e rejeição de regime do contrato individual de trabalho.
efluentes; 38112 - Recolha e depósito de RU e 81292 - Hi- 2- O presente acordo estabelece o tratamento igual a to-
giene pública e 82990 - Outras atividades e serviços de apoio dos os trabalhadores nele abrangidos, independentemente do
na área do município de Portimão. vínculo à empresa ou ao município de Portimão.
7- Em conformidade com o disposto na alínea e) do núme- Cláusula 5.ª
ro 1 do artigo 492.º do Código do Trabalho, o presente acor-
do de empresa revê totalmente o AE publicado no Boletim Princípio geral
do Trabalho e Emprego, n.º 17, no dia 8 de maio de 2015, 1- A EMARP e o trabalhador, no cumprimento das respeti-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

vas obrigações, assim como no exercício dos corresponden- lho e em quaisquer instalações da empresa, bem como zelar
tes direitos, devem proceder de boa-fé. e pugnar por uma boa imagem desta;
2- Na execução do contrato de trabalho devem as partes d) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens rela-
colaborar na obtenção da maior produtividade, bem como na cionados com o seu trabalho que lhes sejam confiados;
promoção humana, profissional e social do trabalhador. e) Cumprir e fazer cumprir rigorosamente as regras de hi-
3- As condições de prestação de trabalho devem favorecer giene e segurança no trabalho;
a compatibilização da vida profissional com a vida familiar f) Prestar aos seus colegas de trabalho todos os conselhos
do trabalhador, bem como assegurar o respeito das normas e ensinamentos que lhes sejam úteis;
aplicáveis em matéria de segurança, higiene e saúde no tra- g) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
balho. h) Abster-se de negociar por conta própria ou alheia em
qualquer local da empresa ou em concorrência com esta;
Cláusula 6.ª
i) Apresentar, por escrito, diretamente ou por intermédio
Deveres da EMARP dos seus representantes sindicais, os pedidos de esclareci-
mento e as reclamações que entenderem necessários;
1- A empresa obriga-se a:
j) Cumprir e fazer cumprir as indicações de ordem técnica
a) Cumprir rigorosamente a lei e este AE, bem como os
e as normas de segurança das instalações;
anexos dele emergentes;
k) Comunicar à empresa, em tempo útil, todas as alterações
b) Cumprir e fazer cumprir as normas legais e contratuais
que se verifiquem no seu estado civil, agregado familiar, mu-
sobre prevenção, higiene e segurança no trabalho;
dança de residência e currículo escolar ou académico;
c) Não exigir dos trabalhadores a execução de tarefas in-
l) Utilizar os equipamentos que a tal estejam obrigados,
compatíveis com a sua categoria profissional, com exceção
definidos no anexo VIII.
dos casos previstos na lei e neste AE;
2- Em todo o omisso nas alíneas anteriores cumprir-se-á o
d) Não exigir dos trabalhadores a execução de atos ilícitos
estipulado no artigo 128.º do Código do Trabalho.
ou contrários a regras deontológicas de profissão ou que vio-
lem normas de segurança; Cláusula 8.ª
e) Facultar aos trabalhadores o seu processo individual,
sempre que aqueles o solicitem; Garantias do trabalhador
f) Emitir e entregar ao trabalhador, sempre que este o so- 1- É proibido à EMARP:
licitar, ainda que no momento ou após cessação do contrato a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exer-
de trabalho, seja qual for o motivo desta, certificados ou cer- ça os seus direitos, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outras
tidões, onde constem todos os factos por este expressamente sanções, ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse exer-
solicitados; cício;
g) Segurar todos os trabalhadores contra acidentes de tra- b) Obstar, injustificadamente, à prestação efetiva do traba-
balho, incluindo a prestação do serviço de turno; lho;
h) Prestar aos trabalhadores assistência judicial, quando c) Exercer ou consentir pressão sobre o trabalhador para
estes dela careçam por atos ou omissões inerentes à função que atue no sentido de influir desfavoravelmente nas condi-
que desempenhem, desde que não haja infração disciplinar; ções de trabalho dele ou dos companheiros;
i) Prestar formação profissional aos trabalhadores nos ter- d) Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos na lei
mos legais e contratualmente aplicáveis; ou no presente AE;
j) Fornecer aos trabalhadores, a título gratuito, os instru- e) Baixar a categoria do trabalhador, salvo nos casos pre-
mentos e equipamentos necessários ao desempenho das res- vistos na lei ou no presente AE;
petivas funções; f) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho
k) Entregar a cada trabalhador um exemplar deste AE. fora do município, salvo nos casos previstos na lei, ou no
2- Em todo o omisso nas alíneas anteriores cumprir-se-á o presente AE;
estipulado no artigo 127.º do Código do Trabalho. g) Ceder trabalhadores do quadro de pessoal próprio para
utilização de terceiros que sobre esses trabalhadores exer-
Cláusula 7.ª
çam os poderes de autoridade e direção próprios do empre-
Deveres dos trabalhadores gador ou por pessoa por ele indicada, salvo nos casos espe-
cialmente previstos;
1- Todos os trabalhadores devem:
h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar ser-
a) Cumprir rigorosamente o disposto neste AE;
viços fornecidos pelo empregador ou por pessoa por ele in-
b) Cumprir e fazer cumprir as ordens e determinações da
dicada;
administração e dos seus superiores hierárquicos, salvo se
i) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei-
estas forem contrárias à lei, a este AE ou aos seus direitos e
tórios, economatos ou outros estabelecimentos diretamente
garantias;
relacionados com o trabalho, para fornecimento de bens ou
c) Respeitar e fazer-se respeitar dentro dos locais de traba-
prestação de serviços aos trabalhadores;

155
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mes- 4- As ações de formação devem ocorrer durante o horário
mo com o seu acordo, havendo o propósito de o prejudicar de trabalho, sendo o tempo nelas despendido, para todos os
em direitos ou garantias decorrentes da antiguidade; efeitos, considerado como tempo de trabalho.
k) Despedir qualquer trabalhador em contravenção com o 5- Sem prejuízo do número anterior e por acordo das par-
disposto na lei e neste AE. tes, poderão ocorrer formações fora do horário de trabalho
2- Em todo o omisso nas alíneas anteriores cumprir-se-á o sempre que tal se mostre indispensável para a realização
estipulado no artigo 129.º do Código do Trabalho. das mesmas, ou em qualquer caso, sempre que o trabalha-
dor manifeste interesse em frequentar as referidas ações de
Cláusula 9.ª
formação.
Princípio da não discriminação 6- A empresa deverá facilitar a realização nos locais de tra-
balho de ações de educação e formação sindical organizadas
Constitui ainda dever da empresa, respeitar e fazer res-
pelas organizações sindicais.
peitar, em todas as relações reguladas pelo AE, o princípio da
7- Os princípios que visam promover a formação profis-
não discriminação em função do sexo, da ideologia política,
sional constam do anexo V, o qual faz parte integrante deste
da raça, da confissão religiosa ou da sindicalização.
AE.
Cláusula 10.ª
CAPÍTULO II
Princípio sobre a igualdade
Para efeitos da aplicação do princípio da igualdade, ne- Categorias profissionais
nhum trabalhador pode ser prejudicado, beneficiado ou pre-
terido no emprego, no recrutamento, no acesso, na formação,
na promoção, na progressão na carreira ou na retribuição. SECÇÃO I
Cláusula 11.ª
Disposições gerais
Coação e assédio
Cláusula 14.ª
1- Todos os trabalhadores têm o direito a exercer a sua ati-
vidade profissional de forma efetiva e sem quaisquer cons- Classificação profissional
trangimentos, no respeito integral pela dignidade da pessoa 1- Os trabalhadores da EMARP são integrados numa das
humana. categorias previstas no anexo I, em conformidade com as
2- Se a violação do disposto no número 1 da presente cláu- funções desempenhadas, sem prejuízo de novas categorias
sula decorrer de conduta praticada por superior hierárquico, que venham a ser criadas por necessidade da empresa.
o trabalhador afetado pode denunciar a situação junto dos 2- Os perfis funcionais serão os previstos no anexo II sem
responsáveis da empresa, que terão de agir em sede discipli- prejuízo de os trabalhadores poderem prestar tarefas afins ou
nar, sem prejuízo do recurso aos meios legais competentes. funcionalmente ligadas com a sua categoria profissional des-
Cláusula 12.ª de que não impliquem desvalorização profissional.
3- Caso exista a necessidade de criar uma nova categoria
Dever de informação nos termos do número 1, a EMARP compromete-se a comu-
Todos os trabalhadores da EMARP têm o dever de co- nicar a situação ao sindicato outorgante do presente AE.
nhecer as decisões tomadas pelo conselho de administração 4- O disposto nos números anteriores confere ao trabalha-
nos assuntos que respeitem às competências das unidades dor, sempre que o exercício das funções acessórias exigir es-
orgânicas em que se integram. peciais qualificações, o direito a formação profissional.
Cláusula 13.ª Cláusula 15.ª

Formação profissional Estrutura orgânica


1- É dever da empresa providenciar o aperfeiçoamento A organização, estrutura e funcionamento dos serviços
profissional dos trabalhadores, designadamente fomentando da empresa são da competência do conselho de administra-
a frequência de cursos oficiais, de treino e de aperfeiçoamen- ção, devendo ser comunicada aos sindicatos outorgantes do
to profissional. presente AE.
2- A empresa deve elaborar em cada ano um plano de for- Cláusula 16.ª
mação.
3- A empresa obriga-se a passar certificados de frequência Grupos de pessoal
e de aproveitamento das ações de formação profissional por 1- O mapa de pessoal da empresa, que constitui o anexo
si promovidas. I contém a indicação do número de postos de trabalho ocu-
pados.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

2- O mapa de pessoal da empresa é composto pelos se- rá ser emitida declaração com nova posição do trabalhador,
guintes grupos de pessoal: bem como a data do efeito desta.
a) Dirigente;
Cláusula 20.ª
b) Chefia;
c) Técnico superior; Promoção
d) Técnico;
1- Promoção é a mudança para o nível seguinte na respe-
e) Técnico de informática;
tiva carreira e opera-se para o escalão a que corresponda a
f) Técnico-administrativo;
retribuição base imediatamente superior.
g) Operacional.
2- A promoção depende dos seguintes requisitos:
Cláusula 17.ª a) De um período temporal mínimo de 6 anos relativamen-
te à última promoção;
Tabela salarial b) Da obtenção, nesse período, de quatro avaliações de de-
1- A tabela salarial, que consta do anexo III, estabelece o sempenho com nota não inferior a muito bom e pelo menos
sistema de retribuição da empresa. duas avaliações com a menção de excelente;
2- Em caso de conflitualidade resultante de tabelas sala- c) Confirmação por parte do superior hierárquico, compro-
riais aprovados em AE distintos, aplica-se a tabela mais fa- vando o mérito do trabalhador em função da avaliação de
vorável para os trabalhadores. desempenho.
3- A promoção produz efeitos no mês seguinte à aprova-
Cláusula 18.ª
ção pelo conselho de administração.
Mobilidade do pessoal 4- Os contratos a termo, convertidos em contrato sem ter-
mo, contam para os efeitos previstos neste artigo.
1- A afetação do pessoal será estabelecida por despacho do
5- O tempo de serviço efetivo prestado ao abrigo de outra
administrador com funções executivas ou do diretor-geral.
situação jurídica poderá ainda contar para efeitos de promo-
2- A distribuição e mobilidade do pessoal de cada unidade
ção desde que devidamente fundamentado.
ou subunidade orgânica é da competência da respetiva di-
6- A mudança de nível dos trabalhadores colocados no
reção ou chefia, sem prejuízo das garantias do trabalhador
último escalão opera-se através das regras definidas para a
consignadas no Código do Trabalho.
progressão previstas na cláusula 21.ª
SECÇÃO II Cláusula 21.ª

Progressão
Alteração das situações jurídicas
1- A progressão faz-se pela mudança de escalão no mesmo
Cláusula 19.ª nível, pela permanência de 3 anos no escalão imediatamente
anterior e informação favorável do superior hierárquico em
Alteração da situação jurídica função da avaliação de desempenho.
1- A alteração na situação jurídica do trabalhador faz-se 2- Para efeitos no número anterior, a progressão dependerá
por promoção ou por progressão, consoante se processe para da obtenção de duas avaliações de desempenho com nota não
nível ou para escalão diferente. inferior a Bom e uma avaliação com Muito Bom ou superior.
2- A alteração da situação jurídica pode-se ainda acionar: 3- A progressão poderá ainda ocorrer sempre que se verifi-
a) Por concurso interno, desde que os candidatos reúnam quem 5 avaliações de desempenho não inferior a Bom.
as condições exigidas para o ingresso na categoria; 4- Os contratos a termo, convertidos em contrato sem ter-
b) Pela modificação da carreira, desde que o trabalhador mo, contam para os efeitos previstos neste artigo.
possua os requisitos necessários para o ingresso, podendo 5- O tempo de serviço efetivo prestado ao abrigo de outra
estes ser dispensados quando o trabalhador já desempenhe situação jurídica poderá ainda contar para efeitos de progres-
funções na respetiva área profissional há pelo menos 2 anos. são desde que devidamente fundamentado.
3- A alteração da situação jurídica pode-se também efetuar
Cláusula 22.ª
através da conversão de situações pré-existentes no regime
de contrato de prestação de serviço, desde que o contrato te- Mérito excecional
nha uma prestação efetiva de serviços com duração superior 1- Excecionalmente, o conselho de administração, poderá
a 5 anos, independentemente da relação contratual. determinar a modificação da situação jurídica dos trabalha-
4- Nas situações previstas no número anterior a conversão dores concedendo-lhes uma situação mais favorável.
processa-se para o nível e escalão aferidos pelo tempo pres- 2- A modificação da situação jurídica nos termos desta
tado no âmbito do contrato de prestação de serviços. cláusula apenas poderá ocorrer uma vez em cada três anos
5- Sempre que haja alteração da situação jurídica, deve- civis e depende da obtenção de pelo menos dois excelentes

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

nas três últimas avaliações de desempenho. exercício das respetivas funções, ao provimento automático
3- O disposto nos números anteriores é também aplicado no nível superior dentro da sua carreira a atribuir em função
aos trabalhadores oriundos da autarquia. do número de anos de exercício continuado naquelas fun-
ções.
SECÇÃO III 2- No caso de o trabalhador atingir o nível máximo será
reposicionado nos respetivos escalões desse nível.
Comissão de serviço 3- Os trabalhadores que beneficiem do disposto nos núme-
ros anteriores têm direito à retribuição pela nova categoria
Cláusula 23.ª e escalão desde a data da cessação da comissão de serviço.

Comissão de serviço
SECÇÃO IV
1- Os trabalhadores da EMARP poderão desempenhar
funções diferentes das previstas no seu conteúdo funcional Pessoal dirigente e chefia
em regime de comissão de serviço.
2- A comissão de serviço é efetuada mediante deliberação Cláusula 27.ª
do conselho de administração e depende da concordância do
trabalhador. Pessoal dirigente e chefia
3- A comissão de serviço é válida pelo período de 3 anos, 1- Os cargos dirigentes e de chefia fundamentam-se numa
tacitamente renovado, na falta de declaração de vontade em relação de confiança e competência.
contrário. 2- São considerados como pessoal dirigente o diretor-ge-
4- Sem prejuízo do disposto no número anterior, a primei- ral, os chefes de direção, os chefes de divisão e os dirigentes
ra comissão de serviço, tem a duração máxima de um ano, intermédios de terceiro grau.
afere-se a 31 de dezembro, e tem carácter probatório. 3- São considerados como pessoal de chefia os chefes de
5- Por acordo entre as partes, os trabalhadores da EMARP setor e os chefes de equipa.
poderão desempenhar funções em comissão de serviço em
regime de substituição nos casos de ausência ou impedimen- SECÇÃO V
to do respetivo titular, a qual cessará na data em que o titular
retome funções. Recrutamento e seleção
Cláusula 24.ª
Cláusula 28.ª
Cessação da comissão de serviço
Recrutamento e seleção
1- Qualquer das partes pode pôr termo à prestação de tra-
balho em comissão de serviço, mediante comunicação escri- 1- O recrutamento será sempre objeto de divulgação junto
ta à outra, com a antecedência mínima de trinta ou sessenta dos trabalhadores, por documento afixado em local acessível
dias, consoante a prestação de trabalho em regime de comis- a todos ou através de circular interna.
são de serviço tenha durado, respetivamente, até dois anos 2- Em cada processo de seleção serão aplicadas técnicas
ou por período superior. idênticas a todos os candidatos, as quais deverão garantir o
2- Cessando a comissão de serviço, o trabalhador tem di- nível de exigências requerido para o exercício das funções a
reito a exercer a atividade desempenhada antes da comissão desempenhar.
de serviço ou as funções correspondentes à carreira a que, 3- Em caso de igualdade de requisitos e/ou classificações
entretanto, tenha sido promovido. exigidos para as funções a desempenhar, a empresa está obri-
gada a dar preferência a trabalhadores do seu quadro.
Cláusula 25.ª 4- Se do processo de seleção resultar um número de candi-
datos aprovados superior ao dos postos de trabalho a ocupar,
Contagem do tempo de serviço
é constituída uma reserva de recrutamento interna, válida
O tempo de serviço prestado em regime de comissão de por 6 meses podendo ser renovada por dois módulos tempo
serviço conta, para todos os efeitos, como prestado no lugar idênticos.
de origem, designadamente para a alteração da situação na
carreira em que o trabalhador se encontra integrado. Cláusula 29.ª

Cláusula 26.ª Admissões


1- Só podem ser admitidos ao serviço da empresa, os tra-
Direito de acesso na carreira
balhadores que satisfaçam os requisitos específicos para as
1- Quando o tempo de serviço prestado em regime de co- funções a desempenhar, previstos neste AE, estando vedado
missão de serviço corresponda ao módulo de tempo necessá- à empresa estabelecer limites máximos à idade de admissão,
rio à promoção na carreira, o trabalhador tem direito, findo o salvo os previstos nas respetivas normas legais imperativas.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

2- Todo o processo de seleção será desenvolvido nas se- c) Capacidade para chefiar e dirigir quando aplicáveis;
guintes fases: d) Características individuais.
3- Publicitação, fase em que é dado conhecimento da exis-
tência da vaga e condições de candidatura. CAPÍTULO III
4- Pré-seleção, fase em que são avaliadas as condições de
candidatura e da qual resulta a eliminação dos candidatos Prestação do trabalho
que não preencham as mesmas.
5- Seleção, fase em que, através de várias técnicas e pro-
cessos, nomeadamente entrevista, prova de avaliação teórica SECÇÃO I
e/ou prática, análise curricular, ou outra, se procura determi-
nar os candidatos que melhor se adequem às condições de Local de trabalho
candidatura.
6- Nas admissões deve ser assegurada a igualdade de opor- Cláusula 31.ª
tunidades no estrito cumprimento do princípio da não discri-
Domicílio profissional
minação previsto na cláusula 9.ª
7- A celebração de contratos de prestação de serviços em 1- Para todos os efeitos previstos neste AE considera-se
caso algum poderá ser utilizada para o desempenho de fun- domicílio profissional:
ções de carácter permanente. a) O local onde o trabalhador exerce normalmente as suas
8- O disposto no número anterior não impede a celebração funções, se estas forem de carácter fixo;
de contrato de prestação de serviços para uma determinada b) O local onde se apresenta diariamente e de onde sai para
área de atividade da empresa ou função específica. iniciar as suas funções, se estas forem de carácter móvel.
9- No ato de admissão será entregue ao trabalhador um 2- Para todos os efeitos previstos neste AE são considera-
exemplar do AE em vigor. dos 3 domicílios profissionais:
10- No mesmo ato será assinado um contrato pelas partes, a) Freguesia de Portimão;
em duplicado, ficando um exemplar para a empresa e outro b) Freguesia de Alvor;
para o trabalhador, do qual deverá constar: c) Freguesia de Mexilhoeira Grande.
11- a) Definição de funções; 3- Dos contratos individuais de trabalho constará obriga-
12- b) Categoria profissional; toriamente a indicação concreta da localização geográfica do
13- c) Retribuição; domicílio profissional.
14- d) Período normal de trabalho; 4- Local habitual de prestação do trabalho é o local onde o
15- e) Local de trabalho. trabalhador exerce normalmente as suas funções, confinadas
a uma área previamente determinada.
5- Em todos os casos não previstos neste AE, considera-se
SECÇÃO VI
qualquer referência contida na legislação laboral para o con-
ceito de local de trabalho como reportando-se ao conceito de
Avaliação de desempenho
domicílio profissional previsto nesta cláusula.
Cláusula 30.ª Cláusula 32.ª

Avaliação de desempenho Transferência individual


1- Anualmente a EMARP deverá promover a avaliação de 1- Quando o trabalhador provar que a transferência para
desempenho de todos os seus trabalhadores nos termos do outro domicílio profissional lhe causa prejuízo sério, pode
anexo IV deste AE. recusá-la e permanecer no mesmo domicílio profissional.
2- A avaliação de desempenho atribuirá a cada trabalhador 2- O empregador poderá, contudo, transferir o trabalhador
uma avaliação final com os seguintes níveis: para outro domicílio profissional se a alteração resultar da
a) Excelente; mudança, total ou parcial, do estabelecimento onde aquele
b) Muito Bom; presta serviço.
c) Bom; 3- No caso previsto no número anterior o trabalhador pode
d) Regular; resolver o contrato desde que invoque a existência de preju-
e) Insuficiente. ízo sério, tendo nesse caso, direito a indemnização no mon-
3- Sem prejuízo de outros, a avaliação de desempenho in- tante igual à prevista para a resolução com justa causa por
cidirá obrigatoriamente sobre os seguintes fatores: parte do trabalhador.
a) Assiduidade e pontualidade; 4- Os termos em que se efetua a transferência individual
b) Desempenho da função; constarão obrigatoriamente de documento escrito.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

5- Ter-se-ão como inexistentes os acordos de aceitação de 5- Para os trabalhadores das áreas administrativa e técnica
transferência por parte dos trabalhadores, obtidos no mo- afetos à prestação de serviços de apoio à operação dos equi-
mento da admissão na empresa ou que constem dos respeti- pamentos coletivos na área da educação ação social e cultura,
vos contratos de trabalho. o trabalho é organizado em regime de escalas e de rotativida-
de, com horários diferenciados, que incluirão a prestação de
Cláusula 33.ª
trabalho normal aos sábados, domingos e feriados.
Direitos dos trabalhadores em caso de transferência 6- Quando o trabalhador estiver organizado por turnos ro-
tativos, os horários de trabalho serão escalonados para que
1- Salvo motivo imprevisível a decisão da transferência
cada trabalhador tenha dois dias de descanso, por cada cinco
deve ser comunicada ao trabalhador, devidamente funda-
dias de trabalho.
mentada e por escrito e com a antecedência mínima de:
a) Quinze dias: Cláusula 35.ª
i) Quando a transferência tenha a duração inferior ou igual
a 6 meses; Duração e organização do tempo de trabalho
ii) Ou o novo domicílio profissional se situe dentro da área 1- Considera-se tempo de trabalho qualquer período du-
do concelho. rante o qual o trabalhador está a desempenhar a atividade ou
b) Um mês quando a transferência tenha a duração supe- permanece adstrito à realização da prestação, bem como as
rior a 6 meses. respetivas interrupções e intervalos.
2- A ordem de transferência, além da justificação das ra- 2- A duração e organização do tempo de trabalho são obje-
zões da mesma, deve conter o tempo previsível de duração to de um regulamento de horário de trabalho, a aprovar pelo
da mesma. conselho de administração, sendo consultado o sindicato ou-
3- A entidade patronal custeará todas as despesas do tra- torgante do presente AE.
balhador, impostas pela transferência, designadamente as
Cláusula 36.ª
decorrentes do acréscimo dos custos de deslocação e as re-
sultantes do alojamento ou da mudança de residência, con- Períodos de funcionamento e atendimento
soante a situação.
1- Entende-se por período de funcionamento da empresa,
4- Nas transferências por iniciativa do trabalhador, este
o período diário durante o qual os serviços exerçam a sua
acordará com a empresa, em documento escrito, as condi-
atividade.
ções em que a mesma se realiza.
2- Entende-se por período de atendimento da empresa, o
período durante o qual os serviços estão abertos para atender
SECÇÃO II o público, podendo este ser igual ou inferior ao período de
funcionamento.
Duração e organização do trabalho 3- Na determinação do horário de atendimento, e respetivo
preenchimento pelos trabalhadores designados para efeito,
SUBSECÇÃO I deverá atender-se aos interesses do público e respeitar os di-
reitos dos trabalhadores consagrados na lei e neste AE.
Duração do trabalho
SUBSECÇÃO II
Cláusula 34.ª
Horário e modalidades de horário de trabalho
Período normal de trabalho
1- O período normal de trabalho não poderá exceder as Cláusula 37.ª
quarenta horas em cada semana, nem as oito horas diárias.
Horário de trabalho
2- Sem prejuízo do disposto noutras disposições deste AE,
o período normal de trabalho diário será interrompido por 1- Entende-se por horário de trabalho a determinação das
um intervalo para refeição ou descanso não inferior a uma horas do início e do termo do período de trabalho diário nor-
nem superior a duas horas, não podendo os trabalhadores mal, bem como dos intervalos de descanso diários.
prestar mais de cinco horas seguidas de trabalho. 2- Compete à empresa estabelecer os horários de trabalho,
3- O trabalhador terá direito a um dia de descanso sema- após consulta à CSE ou aos delegados sindicais na falta des-
nal, que poderá ser ou não coincidente com o domingo. ta.
4- Para além do dia de descanso referido no número ante- 3- Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, se
rior, o trabalhador terá direito a descanso complementar, o pela empresa ou pelo trabalhador surgirem situações pontu-
qual poderá ser coincidente ou não com o sábado. ais, desde que devidamente fundamentadas, que necessitem

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

de ajustamentos relativos ao período normal de trabalho, po- Cláusula 40.ª


derá este ser alterado, desde que exista acordo prévio por
escrito entre as partes e informação à CSE ou aos delegados Horário rígido
sindicais, na falta desta. Entende-se por horário rígido aquele que, exigindo o
4- A empresa está obrigada a afixar o mapa dos horários de cumprimento da duração semanal de trabalho, se reparte por
trabalho em local bem visível. dois períodos diários, com hora de entrada e de saída fixas,
5- Qualquer alteração que implique um acréscimo de des- separadas por um intervalo de descanso.
pesas para os trabalhadores, desde que devidamente justifi-
Cláusula 41.ª
cadas, conferem aos mesmos o direito a compensação eco-
nómica. Jornada contínua
6- Havendo na empresa trabalhadores que pertençam ao
1- Entende-se por jornada contínua a que consiste na pres-
mesmo agregado familiar, a organização do horário de tra-
tação ininterrupta de trabalho, salvo um período de descanso
balho tomará esse facto em conta, procurando assegurar a
de trinta minutos, que deve ser gozado a meio da jornada de
prática de horários compatíveis com a vida familiar.
trabalho para que cada trabalhador não preste mais de cinco
Cláusula 38.ª horas consecutivas de trabalho.
2- O tempo de pausa conta, para todos os efeitos, como
(Trabalho a tempo parcial) tempo de trabalho efetivo.
1- Considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon- 3- A jornada contínua deve ocupar predominantemente um
da a um período normal de trabalho semanal inferior ao pra- dos períodos do dia.
ticado a tempo completo em situação comparável.
Cláusula 42.ª
2- A prestação do trabalho a tempo parcial é estabelecida
por acordo entre as partes. Trabalho por turnos
3- O trabalhador a tempo parcial tem direito:
1- Entende-se por trabalho por turnos qualquer organiza-
a) À retribuição base e outras prestações, com ou sem ca-
ção do trabalho em equipa em que os trabalhadores ocupam
rácter retributivo, previstas na lei ou no presente AE, caso
sucessivamente os mesmos postos de trabalho, a um deter-
sejam mais favoráveis, às auferidas por trabalhador a tempo
minado ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou descontínuo,
completo em situação comparável, na proporção do respeti-
podendo executar o trabalho a horas diferentes num dado pe-
vo período normal de trabalho semanal;
ríodo de dias ou semanas.
b) Ao subsídio de refeição, no montante previsto no pre-
2- A aplicação do trabalho em regime de turnos encontra-
sente AE, exceto quando o período normal de trabalho diá-
-se previsto no anexo IX do presente AE.
rio seja inferior a cinco horas, caso em que é calculado em
proporção do respetivo período normal de trabalho semanal. Cláusula 43.ª
4- Sem prejuízo do disposto nos números anteriores e nas
Horário flexível
cláusulas 34.ª e 37.ª referentes ao período normal de traba-
lho e ao horário de trabalho respetivamente, os trabalhadores 1- Poderão ser praticados, em certas atividades definidas
que na data de entrada em vigor do presente AE detenham pela empresa, horários flexíveis, desde que sejam observa-
um período normal de trabalho inferior a 40 horas mantêm dos dos seguintes princípios:
o mesmo horário de trabalho nos exatos termos acordados a) Definição de um período fixo, durante o qual é obriga-
anteriormente. tório a presença do trabalhador que pratique o regime de ho-
5- A retribuição devida pela redução do horário a tempo rário flexível;
parcial é calculada nos termos da cláusula 73.ª deste AE. b) Definição de uma flexibilidade no horário que pode
abranger o início do período normal de trabalho diário, o in-
Cláusula 39.ª tervalo de descanso e/ou o termo do período normal de tra-
Modalidades de horário balho diário;
c) O limite máximo de prestação consecutiva do trabalho
1- Em função da natureza das suas atividades, podem os
em cada período diário de trabalho não poderá ultrapassar 6
serviços adotar uma ou simultaneamente, mais do que uma
horas consecutivas;
das seguintes modalidades de horário, nos termos do número
d) O intervalo de descanso não pode ser inferior a 30 mi-
2 da cláusula 37.ª:
nutos, sem prejuízo do disposto na alínea a);
a) Horário rígido;
e) O trabalhador deverá completar o número de horas de
b) Jornada contínua;
trabalho correspondente a trabalho suplementar que expres-
c) Trabalho por turnos;
samente lhe seja solicitado pela empresa, o qual será objeto
d) Horário flexível;
de registo nos termos legais.
e) Horário desfasado.
2- A prática de regime presente na presente cláusula não
2- Para além dos horários referidos no número anterior,
isenta o trabalhador da obrigação da presença quando tal lhe
podem ser fixados horários específicos de harmonia com o
previsto na lei.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

seja determinado pela entidade empregadora ou, nos termos confere ao trabalhador o direito a um dia de descanso com-
definidos por aquela, quando tal se torne necessário a fim de pensatório remunerado, que deverá ser gozado nos três dias
que seja assegurado o normal funcionamento dos serviços. úteis seguintes, salvo casos excecionais, em que poderá ser
gozado no prazo máximo de 30 dias de calendário, mediante
Cláusula 44.ª
acordo prévio entre as partes.
Horário desfasado 11- O trabalho suplementar prestado em dia de descanso
semanal, obrigatório, complementar ou feriado não poderá
Horário desfasado é aquele que, embora mantendo inal-
exceder o tempo equivalente a um período normal de tra-
terado o período normal de trabalho diário, permite estabele-
balho.
cer, serviço a serviço ou para determinado grupo ou grupos
12- Os limites ao trabalho suplementar na empresa são os
de pessoal, horas fixas diferentes de entrada e de saída.
seguintes:
Cláusula 45.ª a) 200 horas anuais;
b) 2 horas diárias em dias normais de trabalho;
Trabalho suplementar c) 8 horas diárias em dia de descanso semanal ou feriado.
1- Considera-se trabalho suplementar todo o prestado fora
Cláusula 46.ª
do período normal de trabalho.
2- O trabalho suplementar só pode ser prestado quando Trabalho noturno
haja acréscimo eventual e transitório de trabalho, em caso
Considera-se noturno o trabalho prestado no período que
de força maior ou quando seja indispensável para prevenir
decorre entre as 22h00 de um dia e as 7h00 do dia seguinte.
ou reparar prejuízo grave para a empresa e para evitar danos
diretos e imediatos para pessoas e equipamentos. Cláusula 47.ª
3- Quando ocorram os motivos previstos no número 2,
será prestado trabalho suplementar mediante ordem de um Isenção de horário de trabalho
superior hierárquico. 1- No caso de funções profissionais que, pela sua natureza,
4- O trabalhador deve ser dispensado de prestar trabalho tenham de ser efetuadas fora dos limites dos horários nor-
suplementar quando, invocando motivos graves da sua vida mais de trabalho ou que sejam regularmente exercidas fora
pessoal ou familiar, expressamente o solicite. do estabelecimento onde o trabalhador está colocado, a em-
5- Quando o trabalhador prestar trabalho suplementar não presa e o trabalhador podem acordar em estabelecer o regi-
poderá entrar novamente ao serviço sem que antes tenham me de isenção de horário, com respeito pelo disposto nesta
decorrido, pelo menos onze horas sobre o termo da prestação cláusula, demais disposições legais e constantes deste AE.
de trabalho. 2- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho, não es-
6- O disposto no número anterior poderá não ser aplicado tão sujeitos aos limites máximos dos períodos normais de
quando o trabalho suplementar for prestado por motivo de trabalho, sem prejuízo da observância do período normal de
força maior ou para prevenir ou reparar prejuízo grave para trabalho semanal.
a empresa, garantindo-se ainda assim um período mínimo de 3- A isenção de horário de trabalho não prejudica o direito
oito horas sobre o termo da prestação do trabalho. aos dias de descanso semanal e aos feriados obrigatórios.
7- A empresa fica obrigada a suportar um subsídio de refei- 4- O trabalho prestado nos dias de descanso semanal e fe-
ção, sempre que o trabalho suplementar seja prestado entre riados obrigatórios, confere o direito ao pagamento do traba-
as 12h00 e as 14h00 ou entre as 20h00 e as 22h00, ainda que lho suplementar nos termos do disposto neste AE e subsidia-
parcialmente. riamente, nas disposições legais em vigor.
8- Quando no decurso de trabalho suplementar seja toma-
da uma refeição, o tempo com ela gasto, até ao limite de SUBSECÇÃO III
uma hora, será pago como trabalho suplementar nos termos
do disposto na cláusula 74.ª não contando esse tempo para Regime de compensação da jornada de trabalho
efeito dos limites máximos do trabalho suplementar.
9- A prestação de trabalho suplementar em dia útil, dia de Cláusula 48.ª
descanso semanal complementar ou feriado, confere ao tra-
balhador o direito a um descanso compensatório remunera- Compensação da jornada de trabalho
do, correspondente a 25 % das horas de trabalho suplementar 1- Por acordo entre a EMARP e o trabalhador pode ser ins-
realizado, que se vence quando perfizer um número de horas tituído um regime de compensação da jornada de trabalho
igual ao período normal de trabalho, devendo ser gozado nos como modelo de organização do horário de trabalho.
30 dias seguintes, mediante acordo prévio entre as partes. 2- Pelo presente regime, o período normal de trabalho
10- A prestação de trabalho suplementar em dia de des- pode ser aumentado ou diminuído, no máximo, em 2 horas
canso semanal obrigatório, qualquer que seja a sua duração, diárias, podendo atingir 14 horas semanais, até ao limite de
150 horas por ano.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

3- A gestão do saldo de horas é efetuada pelo setor de ges- SECÇÃO II


tão de recursos humanos.
4- O regime previsto na presente cláusula não pode ter Regras de marcação, assiduidade e pontualidade
como finalidade a redução de trabalhadores da empresa.
Cláusula 52.ª
Cláusula 49.ª
Regras de marcação
Procedimento
1- As entradas e saídas serão obrigatoriamente registadas
1- Salvo acordo em contrário ou casos de força maior, a
no sistema de registo eletrónico (vulgo relógio de ponto),
necessidade de prestação de trabalho em acréscimo será co-
colocados em local próprio para o efeito.
municada pela EMARP ao trabalhador com uma antecedên-
2- O registo é feito exclusivamente pelo próprio trabalha-
cia mínima de 5 dias úteis.
dor.
2- O trabalhador deverá comunicar, por escrito, a sua von-
3- Todos os trabalhadores da empresa são obrigados a
tade à EMARP no prazo de 2 dias úteis, em documento pró-
efetuar o registo do ponto em quatro períodos: entrada de
prio.
manhã, saída para o almoço, entrada após o almoço e saída.
3- Em simultâneo, o trabalhador deverá comunicar a opção
4- Os trabalhadores em regime de jornada contínua farão a
pela forma de compensação prevista na cláusula seguinte.
marcação em dois períodos: entrada e saída.
4- A falta de resposta por parte do trabalhador equivale
5- No caso de prestação de trabalho suplementar, o traba-
à aceitação da prestação do trabalho em acréscimo, sendo
lhador deverá proceder ao registo do mesmo.
compensado com a redução do tempo de trabalho na jornada
6- Todas as saídas efetuadas ao exterior no período de la-
diária.
boração, têm carácter excecional, ou serão feitas em serviço
5- O disposto nos números anteriores aplica-se, com as de-
e serão sempre antecedidas de autorização do respetivo su-
vidas adaptações, quando a prestação do trabalho em acrés-
perior hierárquico.
cimo for efetuada por iniciativa do trabalhador.
7- Constitui infração disciplinar:
Cláusula 50.ª a) A violação do disposto no número 2;
b) A entrada e saída de trabalhadores pela porta principal
Forma de compensação da prestação do trabalho de atendimento ao público;
A prestação do trabalho será compensada por uma das c) As saídas ao exterior, sem prévia autorização do respe-
seguintes formas: tivo superior hierárquico.
a) Redução do tempo de trabalho na jornada diária;
Cláusula 53.ª
b) Conversão do tempo de trabalho em dias de folga;
c) Compensação pecuniária das horas trabalhadas em Regras de assiduidade
acréscimo.
A falta do registo de entrada e de saída determina a mar-
Cláusula 51.ª cação de falta injustificada, salvo se a mesma for justificada
superiormente.
Critério da compensação da prestação do trabalho
Cláusula 54.ª
1- Por cada hora a mais, trabalhada ao abrigo do presente
regime, será atribuído um acréscimo de 10 % na retribuição (Regras de pontualidade)
horária ou 10 minutos se for gozado em tempo.
1- O trabalhador deverá comparecer ao serviço dentro do
2- A opção pela forma de compensação do aumento do
horário estabelecido.
trabalho prestado prevista na alínea a) da cláusula anterior
2- Caso o trabalhador não consiga chegar dentro do ho-
determina uma redução equivalente, acrescida da respetiva
rário estabelecido, efetuará, do mesmo modo, o registo no
majoração, na jornada de trabalho.
relógio de ponto.
3- A opção pela conversão do aumento do trabalho presta-
do prevista na alínea b) da cláusula anterior será aferida em
módulos equivalentes a uma jornada de trabalho tendo em SECÇÃO III
vista perfazer um dia completo de folga.
Feriados, férias, faltas e licenças
4- A redução ou a conversão das horas prestadas em acrés-
cimo devem ser gozadas no ano civil a que dizem respeito,
em data a acordar entre as partes. SUBSECÇÃO I
5- Excecionalmente, em casos devidamente fundamenta-
dos, o tempo em crédito poderá ser gozado no primeiro tri- Feriados e tolerância de ponto
mestre do ano civil subsequente.
6- A opção pela compensação pecuniária confere ao tra- Cláusula 55.ª
balhador o acréscimo remuneratório previsto no número 1
da presente cláusula e será pago no mês seguinte ao da sua Feriados e tolerâncias de ponto
prestação. 1- Para além dos feriados obrigatórios é ainda considerado

163
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

como feriado o do município de Portimão. ríodo de férias, que não pode iniciar-se em dia de descanso
2- A empresa compromete-se ainda a dar as seguintes to- semanal do trabalhador, ouvida a CSE ou os delegados sin-
lerâncias de ponto: dicais, na falta desta.
a) A Terça-Feira de Carnaval; 9- O período de férias será em regra gozado seguidamente,
b) O dia 24 de dezembro; podendo, no entanto, dividir-se em dois períodos se a empre-
c) O dia 31 de dezembro; sa ou o trabalhador o solicitarem.
d) O dia de aniversário do trabalhador, desde que coincida 10- Por acordo entre a empresa e o trabalhador, podem as
com dia de trabalho; férias ser fracionadas em mais de dois períodos desde que
e) Até três horas no primeiro dia do ano letivo por cada fique salvaguardado o período mínimo legal de férias.
filho menor de 12 anos, de acordo com o ponto iii) da alínea 11- Será elaborado um mapa de férias, que a empresa afi-
j) do número 1 da cláusula 64.ª deste AE. xará nos locais de trabalho até 30 de abril do ano em que as
3- A empresa poderá ainda atribuir a todos trabalhadores férias vão ser gozadas.
as tolerâncias de ponto que o município de Portimão venha a 12- Na marcação do período de férias será assegurado o
conceder aos seus trabalhadores. seu gozo simultâneo pelos membros do mesmo agregado fa-
4- As tolerâncias de ponto obedecem ao seguinte regime: miliar que estejam ao serviço da empresa, se nisso tiverem
a) Em função da natureza dos trabalhos a prestar, a empre- conveniência, salvo se houver prejuízo grave para a empresa.
sa poderá definir os setores relativamente aos quais a tolerân- 13- O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo não pode
cia será gozada em dia diferente, a fixar por esta; ser substituído, fora dos casos expressamente previstos neste
b) Os trabalhadores que se encontrem ausentes, indepen- AE, por qualquer compensação económica ou outra, ainda
dentemente do motivo, não têm direito a qualquer compen- que com o acordo do trabalhador.
sação.
Cláusula 57.ª

SUBSECÇÃO II Aquisição do direito a férias


1- O direito a férias adquire-se com a celebração do con-
Férias trato de trabalho e vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano
civil, salvo o disposto nos números seguintes.
Cláusula 56.ª 2- No ano da contratação, o trabalhador tem direito, após
Férias
seis meses completos de execução do contrato, a gozar dois
dias úteis de férias por cada mês de duração do contrato, no
1- Os trabalhadores ao serviço da empresa têm direito a máximo de vinte dias úteis.
um período anual de férias remuneradas com a duração de 25 3- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor-
dias úteis, salvo o disposto no número seguinte. rido o prazo referido no número anterior ou antes de goza-
2- A duração do período de férias pode ser diminuída pelo do o direito a férias, pode o trabalhador usufruí-lo até 30 de
conselho de administração no caso de o trabalhador ter fal- junho do ano civil subsequente, não podendo daí resultar o
tado justificadamente no ano a que as férias se reportam, nos gozo de mais de trinta dias úteis de férias.
seguintes termos:
a) Um dia de férias no caso de o trabalhador ter duas faltas Cláusula 58.ª
ou quatro meios-dias de falta;
Adiamento ou interrupção de férias por iniciativa da empresa
b) Dois dias de férias no caso de o trabalhador ter três fal-
tas ou seis meios-dias de faltas; 1- Se depois de marcadas as datas para gozo de férias, exi-
c) Três dias de férias no caso de o trabalhador ter pelo me- gências imperiosas do funcionamento da empresa determi-
nos quatro dias ou oito meios-dias de faltas. narem o adiamento ou interrupção das férias já iniciadas, o
3- Os trabalhadores que incorram numa ou em mais faltas trabalhador tem direito a ser indemnizado pela empresa dos
injustificadas apenas têm direito a 22 dias úteis de férias. prejuízos que comprovadamente haja sofrido por não ter go-
4- As ausências ao trabalho previstas no artigo 65.º do Có- zado integralmente o período de férias na época fixada.
digo do Trabalho, referentes ao regime da parentalidade, não 2- A interrupção das férias nunca poderá prejudicar o gozo
determinam a redução dos dias de férias. seguido de metade do período a que o trabalhador tenha di-
5- O direito a férias reporta-se ao trabalho prestado no ano reito.
civil anterior e não está condicionado à assiduidade ou efe- Cláusula 59.ª
tividade de serviço, sem prejuízo do disposto nos números
anteriores e na alínea a) do número 1 do artigo 257.º do Có- Modificação das férias por doença ou falecimento de familiar
digo do Trabalho. 1- Se na data prevista para o início das férias o trabalha-
6- A época de férias poderá ter lugar fora do período com- dor estiver impedido de as gozar por facto que não lhe seja
preendido entre 1 de maio e 31 de outubro, por interesse do imputável, nomeadamente doença ou acidente, deverá ser
trabalhador ou por conveniência do serviço. marcado novo período de férias.
7- A marcação do período de férias deve ser feita por mú- 2- Se já no decorrer do período de férias o trabalhador for
tuo acordo entre os trabalhadores e a empresa. atingido por doença, considerar-se-ão aquelas não gozadas
8- Em caso de desacordo, compete à empresa fixar o pe-

164
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

na parte correspondente, prosseguindo o gozo das mesmas, Cláusula 62.ª


após o termo da doença, até ao fim do período inicialmente
marcado. Efeitos da cessação do contrato de trabalho em relação às férias
3- Quando se verifique a situação prevista no número an- 1- No caso de cessação do contrato de trabalho, qualquer
terior, o trabalhador deverá comunicar imediatamente à em- que seja a sua causa, o trabalhador terá direito a receber a
presa o dia do início da doença e se for previsível, o seu retribuição correspondente a um período de férias proporcio-
termo. nal ao tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem
4- A marcação de novo período de férias em função do como o respetivo subsídio.
disposto nos números anteriores, obedecerá ao disposto nos 2- Se o contrato cessar antes de gozado o período de férias
números 8 e 9 da cláusula 56.ª vencido no início desse ano, o trabalhador terá ainda direito
5- No caso previsto no número anterior, os dias de férias a receber a retribuição correspondente a esse período, bem
que excedam o número de dias contados entre o termo do como o respetivo subsídio.
impedimento e o fim desse ano civil poderão ser gozados até 3- O período de férias a que se refere o número anterior,
30 de maio do ano seguinte. ainda que não gozado, conta sempre para efeitos de antigui-
6- Se a cessação do impedimento ocorrer depois de 31 de dade.
dezembro do ano em que se vencerem as férias não gozadas,
o trabalhador tem direito a gozá-las no ano seguinte, em acu- SUBSEÇÃO III
mulação ou não com as férias que se vencem nesse ano.
7- O disposto nos números anteriores aplica-se, com as ne- Faltas
cessárias adaptações, ao falecimento de familiares referidos
nas alíneas b) e c) do número 1 da cláusula 64.ª Cláusula 63.ª
Cláusula 60.ª Definição de falta

Não cumprimento da obrigação de conceder férias 1- Por falta entende-se a ausência do trabalhador do local
habitual de prestação do trabalho durante o período normal
1- Se a empresa não cumprir, culposamente, total ou par-
de trabalho diário a que está obrigado.
cialmente a obrigação de conceder férias nos termos deste
2- Nos casos de ausência do trabalhador por períodos infe-
AE, pagará ao trabalhador, a título de indemnização, o triplo
riores ao período normal de trabalho a que está obrigado, os
da retribuição correspondente ao tempo de férias a que o tra-
respetivos tempos serão adicionados, para determinação dos
balhador tem direito, sem prejuízo do direito do trabalhador
períodos normais de trabalho diário em falta.
a gozar efetivamente as férias no 1.º trimestre do ano civil
subsequente. Cláusula 64.ª
1- O disposto nesta cláusula não prejudica a aplicação de
sanções em que a empresa incorra por violação das normas Faltas justificadas
reguladoras das relações de trabalho. 1- Consideram-se justificadas as seguintes faltas:
a) Casamento do trabalhador, por quinze dias seguidos;
Cláusula 61.ª
b) Falecimento do cônjuge não separado de pessoas e bens,
Acumulação de férias ou de pessoa que viva em comunhão de vida e habitação com
o trabalhador, ou ainda de pais, filhos, sogros, genros, noras,
1- As férias devem ser gozadas no decurso do ano civil em
padrastos, madrastas e enteados por cinco dias úteis conse-
que se vencem, não sendo permitido acumular no mesmo
cutivos e inicia-se na data do falecimento, salvo se ocorrer
ano férias de dois ou mais anos, salvo o disposto nos núme-
após o período de trabalho;
ros seguintes.
c) Falecimento de avós, bisavós, netos e bisnetos e graus
2- Os trabalhadores terão direito a acumular dias de férias
seguintes assim como afins nos mesmos graus da linha reta,
no ano seguinte nas seguintes condições:
e ainda irmãos e cunhados dois dias úteis consecutivos e
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias com
inicia-se na data do falecimento, salvo se ocorrer após o pe-
familiares residentes nas Regiões Autónomas ou no estran-
ríodo de trabalho;
geiro;
d) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho
b) Os trabalhadores que se enquadrem nas situações pre-
devido a facto não imputável ao trabalhador, nomeadamente
vistas na cláusula 58.ª e nos números 4 e 5 da cláusula 59.ª
doença, acidente ou cumprimento de obrigações legais;
3- A acumulação referida na alínea a) do número anterior
e) As motivadas pela prestação de assistência inadiável e
deverá ser requerida até ao final do mês de agosto do ano em
imprescindível a membros do seu agregado familiar, nos ter-
curso.
mos previstos na lei e neste AE;
4- Os trabalhadores poderão ainda acumular no mesmo
f) As ausências não superiores a quatro horas e apenas
ano metade do período de férias vencido no ano anterior com
pelo tempo estritamente necessário, justificadas pelo respon-
o desse ano, mediante acordo com a empresa.
sável pela educação de menor, uma vez por trimestre, para

165
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

deslocação à escola com objetivo de se inteirar da situação no número seguinte.


educativa de filho menor; 2- Nos casos em que as faltas justificadas determinem
g) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas perda de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
de representação coletiva dos trabalhadores nos termos pre- lhador expressamente assim o preferir, por perda de dias de
vistos na lei e neste AE; férias na proporção de um dia de férias por cada dia de faltas,
h) As dadas por candidatos a eleições para cargos públi- desde que seja sempre salvaguardado o gozo de 20 dias úteis
cos, durante o período legal da respetiva campanha eleitoral; de férias.
i) As aprovadas previamente ou posteriormente autoriza-
Cláusula 67.ª
das pela entidade patronal;
j) Para efeitos da alínea anterior e do disposto no artigo Suspensão da prestação de trabalho por impedimento prolongado
249.º número 2 alínea i) do Código do Trabalho, são conside-
1- Quando o trabalhador esteja temporariamente impedido
radas previamente autorizadas as seguintes ausências:
de comparecer ao trabalho por facto que não lhe seja impu-
i) No caso de trabalhadores que sejam bombeiros voluntá-
tável, nomeadamente, doença ou acidente, manterá direito
rios, pelo tempo necessário a acorrer a sinistro ou acidente e
ao lugar, categoria, antiguidade e demais regalias que vinha
ainda pelo tempo e nos moldes necessários à sua participa-
usufruindo, sem prejuízo de cessarem entre as partes todos
ção nas ações de formação contínua ministrada para efeitos
os direitos e obrigações que pressuponham a efetiva presta-
das funções decorrentes do estatuto legal de bombeiros vo-
ção de trabalho.
luntários;
2- Terminado o impedimento, o trabalhador deve, dentro
ii) Para efeitos de doação de sangue, a título gracioso, por
do prazo de 5 dias, apresentar-se à empresa para retomar o
um dia e nunca mais de uma vez por trimestre;
serviço, sob pena de perder o direito ao lugar.
iii) Até três horas no primeiro dia do ano letivo por cada
3- A suspensão cessa desde a data da apresentação do tra-
filho menor de 12 anos, sob declaração comprovativa de que
balhador, sendo-lhe, nomeadamente, devida retribuição por
o outro progenitor não exerceu esse direito.
inteiro desde essa apresentação, mesmo que, por motivo que
k) 2 dias de faltas por conta do período de férias referente
não lhe seja imputável, não retome imediatamente a presta-
ao ano seguinte, desde que autorizadas pela entidade patro-
ção de serviço.
nal;
l) Todas as outras previstas na legislação vigente. Cláusula 68.ª
2- São consideradas injustificadas, todas as faltas não pre-
vistas nos números anteriores. Complemento em caso de incapacidade por acidente de trabalho ou
doença profissional
Cláusula 65.ª 1- Em caso de incapacidade permanente, parcial ou ab-
soluta para o trabalho normal proveniente de acidente de
Consequência das faltas
trabalho ou doença profissional ao serviço da empresa, esta
1- As faltas justificadas não determinam a perda ou preju- diligenciará conseguir a reconversão dos acidentados para
ízo de quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea- função compatível com o nível de incapacidade.
damente da retribuição, salvo o disposto no número seguinte. 2- Se a retribuição da nova função, acrescida da pensão
2- Sem prejuízo de outras disposições legais, determinam relativa à incapacidade for inferior à auferida à data da baixa
a perda de retribuição as seguintes faltas justificadas: ou à que futuramente venha a ser atribuída à mesma catego-
a) Por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie ria, a empresa pagará a respetiva diferença.
de um regime de Segurança Social de proteção na doença;
b) Por motivo de acidente de trabalho, desde que o traba-
SUBSECÇÃO IV
lhador tenha direito a qualquer subsídio ou seguro;
c) Falta para assistência a membro do agregado familiar, Licenças
prevista no artigo 252.º do Código do Trabalho;
d) As faltas autorizadas ou aprovadas pelo empregador; Cláusula 69.ª
e) As previstas na alínea g) do número 1 da cláusula 64.ª,
na parte que excedam os correspondentes créditos de horas. Licença sem retribuição
3- Nos casos previstos na alínea d) do número 1 da cláu- 1- A empresa pode atribuir ao trabalhador, a pedido escrito
sula 64.ª, se o impedimento do trabalhador se prolongar por deste, licença sem retribuição.
mais de um mês, aplica-se o regime de suspensão da presta- 2- A licença pode ser recusada por inconveniência de ser-
ção de trabalho. viço.
4- As faltas injustificadas determinam a perda de retribui- 3- A licença determina a suspensão do contrato de traba-
ção correspondente ao período de ausência do trabalhador. lho, com os efeitos previstos no artigo 295.º do Código do
Cláusula 66.ª Trabalho.
4- Durante o mesmo período cessam os direitos, deveres
Efeitos das faltas no direito a férias e garantias das partes na medida em que pressuponham a
1- As faltas justificadas ou injustificadas não têm qualquer efetiva prestação de trabalho.
efeito sobre o direito a férias do trabalhador, salvo o disposto 5- O trabalhador beneficiário de licença sem retribuição

166
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

mantém o direito ao lugar, figurando nos mapas de pessoal RH = Rm x 12


da empresa. 52 x n
em que Rm é igual à retribuição base mensal e n é igual ao
SECÇÃO IV período normal de trabalho semanal.
Retribuição
SUBSECÇÃO II

SUBSECÇÃO I Outras retribuições, subsídios e suplementos

Disposições gerais Cláusula 74.ª

Retribuição do trabalho suplementar


Cláusula 70.ª
1- O trabalho suplementar é pago pelo valor da retribuição
Definição de retribuição horária com os seguintes acréscimos:
1- Considera-se retribuição aquilo a que o trabalhador tem a) 50 % pela primeira hora ou fração desta;
direito como contrapartida do seu trabalho nos termos da lei, b) 75 % para as restantes horas ou frações;
do presente AE, do contrato individual de trabalho e dos usos c) 100 % por cada hora ou fração, em dia de descanso se-
da empresa. manal, obrigatório ou complementar, e em feriado.
2- Para os efeitos deste AE consideram-se abrangidos na 2- Quando o trabalho suplementar prestado não tenha li-
retribuição, a retribuição base mensal bem como todas as gação com o período normal de trabalho, ao trabalhador será
prestações regulares e periódicas feitas, direta ou indireta- sempre assegurado o pagamento, no mínimo, de uma hora,
mente, em dinheiro ou em espécie. independentemente do tempo de trabalho efetivamente pres-
3- Salvo prova em contrário, presume-se constituir retri- tado, se este for inferior.
buição toda e qualquer prestação da entidade patronal ao Cláusula 75.ª
trabalhador.
4- A retribuição base mensal de cada trabalhador é a que Retribuição do trabalho noturno
consta do anexo III (tabela salarial). A prestação de trabalho durante o período noturno esta-
Cláusula 71.ª belecido nos termos da cláusula 46.ª confere ao trabalhador
o direito a um acréscimo de 25 % sobre a retribuição horária,
Forma de pagamento por cada hora de trabalho prestado.
1- O pagamento da retribuição será efetuado até ao último Cláusula 76.ª
dia útil de cada mês por transferência bancária ou outro meio
legalmente admissível. Retribuição e subsídio no período de férias
2- No ato de pagamento da retribuição, a empresa está 1- Além da retribuição correspondente ao seu período de
obrigada a entregar ao trabalhador documento preenchido férias, os trabalhadores têm direito a um subsídio de férias de
de forma indelével, onde conste o nome completo deste, a montante igual ao legalmente previsto, que será pago junta-
respetiva carreira, nível e escalão, número de inscrição na mente com a retribuição do mês de junho.
instituição de previdência respetiva, período a que a retribui- 2- A redução do período de férias nos termos das cláusulas
ção corresponde, discriminação das importâncias relativas a 56.ª e 66.ª do AE não implica redução correspondente na re-
trabalho suplementar e a trabalho prestado em dias de des- tribuição ou no subsídio de férias.
canso ou feriados, subsídios, todos os descontos e deduções 3- Para o efeito do disposto no número anterior, não se
devidamente especificados, o número da apólice de seguro considera incluído no conceito de retribuição qualquer sub-
de acidentes de trabalho e doenças profissionais, bem como sídio ou abono que o trabalhador receba regularmente, como
o montante líquido a receber. por exemplo, subsídio de refeição, de disponibilidade, pre-
Cláusula 72.ª venção, isenção de horário, insalubridade, penosidade e ris-
co, abono para falhas e ainda horas suplementares e outras
Outras atribuições patrimoniais de carácter análogo.
Poderão ser atribuídos subsídios ou abonos sem carácter 4- A suspensão do contrato de trabalho desobriga a empre-
de permanência e regularidade em conformidade com o pre- sa do pagamento do subsídio de férias desde que o mesmo
visto no presente AE. seja pago pela Segurança Social.
Cláusula 73.ª Cláusula 77.ª

Determinação da retribuição horária Subsídio de Natal

Para todos os efeitos previstos neste AE, a fórmula a con- 1- O trabalhador tem direito a receber um subsídio de Na-
siderar para o cálculo da retribuição horária normal (RH) é tal igual à retribuição base mensal.
a seguinte: 2- O subsídio de Natal será pago com a retribuição do mês

167
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

de novembro. rença da retribuição base que o trabalhador auferia e passa


3- Para o efeito do disposto no número um, não se consi- a auferir.
dera incluído no conceito de retribuição qualquer subsídio
Cláusula 80.ª
ou abono que o trabalhador receba regularmente, como por
exemplo, subsídio de refeição, de disponibilidade, preven- Subsídio de isenção de horário de trabalho
ção, turno, isenção de horário, insalubridade, penosidade e
1- O trabalhador em regime de isenção de horário de traba-
risco, abono para falhas e ainda horas suplementares e outras
lho tem direito a receber um subsídio mensal no valor de 25 %
de carácter análogo.
da respetiva retribuição base mensal.
4- A suspensão do contrato de trabalho desobriga a empre-
2- Quando o trabalhador preste trabalho em dia de descan-
sa do pagamento do subsídio de Natal desde que o mesmo
so semanal ou feriado tem direito:
seja pago pela Segurança Social.
a) Ao pagamento do trabalho suplementar efetivamente
Cláusula 78.ª prestado;
b) Independentemente de o trabalho efetivamente prestado
Subsídio de refeição ter tido duração inferior, a empresa pagará o mínimo de uma
1- Os trabalhadores têm direito a receber, por cada dia de hora, como trabalho suplementar em dia de descanso sema-
trabalho efetivo, uma comparticipação para alimentação no nal ou feriado;
valor de 6,41 €. c) Ao fornecimento pela empresa de meio de transporte
2- O subsídio de refeição será devido sempre que o traba- adequado ou ao pagamento das despesas de transporte do
lhador preste, no mínimo, um número de horas diárias igual a trabalhador.
metade da duração do seu período normal de trabalho diário.
Cláusula 81.ª
3- O subsídio de refeição será atualizado anualmente para
o valor igual ao limite máximo de isenção para efeitos do Subsídio de insalubridade, penosidade e risco
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS),
O trabalho prestado em condições de insalubridade, pe-
não podendo da atualização resultar a diminuição do valor
nosidade e risco rege-se pelo disposto no anexo X deste AE.
pago a título de subsídio de refeição.
Cláusula 82.ª
Cláusula 79.ª
Subsídio de disponibilidade
Subsídio de turno
1- O subsídio de disponibilidade visa compensar os tra-
1- A retribuição base dos trabalhadores em regime de tur-
balhadores que em virtude das funções que desempenham,
nos é acrescida de um subsídio mensal no valor de 175 €
estão sujeitos a serem chamados fora do seu horário normal
(cento e setenta e cinco euros).
de trabalho para ocorrer a situações de serviço.
2- O subsídio referido no número anterior vence-se ao fim
2- O subsídio de disponibilidade é atribuído por delibera-
de cada mês e é devido, a cada trabalhador, em relação e pro-
ção do conselho de administração e é pago 12 vezes por ano.
porcionalmente ao serviço que tenha efetivamente prestado
3- Por deliberação do conselho de administração e em si-
em regime de turnos no decurso do mês em causa.
tuações devidamente fundamentadas nos termos do número
3- É, porém, devido o subsídio por inteiro sempre que o
1, o pagamento do subsídio de disponibilidade poderá ser
trabalhador preste mais de 12 dias de trabalho em regime de
suspenso.
turnos em cada mês.
4- O valor referente ao subsídio de disponibilidade para os
4- Este subsídio é também devido mesmo quando o traba-
chefes de setor é de 536,86 €.
lhador se encontre em gozo de férias ou acidente de trabalho
5- O valor referente ao subsídio de disponibilidade para os
em conformidade com a cobertura da apólice.
chefes de equipa é de 65 % sobre o valor atribuído ao chefe
5- Os trabalhadores que deixem de praticar o regime de
de setor.
turnos continuam a receber o respetivo subsídio, como retri-
6- O valor referente ao subsídio de disponibilidade para os
buição remanescente, até o mesmo ser absorvido por futuros
trabalhadores que não desempenhem funções de chefia é de
aumentos de retribuição base desde que:
50 % sobre o valor atribuído ao chefe de setor.
a) A passagem a horário normal ou a turnos de laboração
7- A prestação de trabalho em dia de descanso obrigatório
descontínua seja do interesse da empresa e o trabalhador te-
confere ao trabalhador o direito ao gozo de um dia de folga
nha estado em regime de turnos mais de cinco anos seguidos
que deverá ser gozado nos três dias úteis seguintes, salvo
ou oito interpolados;
casos excecionais, em que poderá ser gozado no prazo má-
b) A passagem a horário normal se verifique depois de 10
ximo de 30 dias de calendário, mediante acordo prévio entre
anos seguidos ou 15 interpolados em regime de turnos;
as partes.
c) Tenham sido reconvertidos por motivo de acidente de
trabalho ou doença profissional; Cláusula 83.ª
d) Tenham sido declarados, pelos serviços médicos da em-
presa, inaptos para o regime de turnos. Subsídio de prevenção
6- A absorção do subsídio de turno, nos casos previstos 1- Entende-se por serviço de prevenção, aquele em que os
no número anterior, não pode ser superior a 30 % da dife- trabalhadores não estão obrigados a permanecer fisicamente

168
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

no serviço, mas apenas a ficar disponíveis para ocorrer a este mentos necessários para a realização da deslocação.
sempre que solicitados. 3- Não conferem direito a ajudas de custo as seguintes des-
2- O valor da retribuição das horas de serviço de preven- locações:
ção terá o valor único de 100 %, calculado nos termos da a) Aquelas em que a EMARP ou outra instituição assegure
cláusula 73.ª independentemente do dia e hora. alimentação e ou o alojamento, ou suporte as respetivas des-
3- Por cada dia de serviço de prevenção nos dias de des- pesas, na parte em que se encontrem garantidas;
canso semanal obrigatório e complementar e nos dias feria- b) Em todas as situações em que seja possível ao trabalha-
dos será pago o corresponde a 12 horas. dor tomar as suas refeições na forma habitual;
4- Por cada dia de serviço de prevenção prestado nos dias c) As que impliquem a utilização de transporte cujo preço
de trabalho semanal, será efetuado o pagamento correspon- inclua alimentação pelo tempo de duração da viagem;
dente a 4 horas. d) As que se verifiquem dentro da mesma localidade/con-
5- Caso exista necessidade de prestação de trabalho efeti- celho ou concelho limítrofe.
vo no chamado período de prevenção, será apurado o núme- 4- O abono de ajudas de custo para fazer face ao período
ro de horas efetuadas, sendo abonado ao trabalhador a retri- de almoço em dia útil, implica a dedução do subsídio de re-
buição mais favorável. feição a que o trabalhador teria direito.
6- Em caso de prestação de trabalho efetivo em dia de des-
canso obrigatório, o trabalhador tem direito a um dia de des- SECÇÃO V
canso a gozar nos três dias úteis seguintes, salvo casos exce-
cionais, em que poderá ser gozado no prazo máximo de 30 Poder disciplinar
dias de calendário, mediante acordo prévio entre as partes.
Cláusula 84.ª Cláusula 86.ª

Poder disciplinar
Abono de falhas
1- Os trabalhadores com funções de pagamento e ou rece- 1- A EMARP tem poder disciplinar sobre todos os traba-
bimento têm direito a um abono mensal para falhas igual a lhadores que se encontrem ao seu serviço.
10 % da sua retribuição base mensal. 2- O poder disciplinar pode ser exercido diretamente por
2- O pagamento do abono para falhas depende da verifica- qualquer um dos membros do conselho de administração,
ção das condições do número anterior sendo pago 12 vezes pelo diretor-geral e pelo superior hierárquico do trabalhador.
por ano enquanto as mesmas se mantiverem. Cláusula 87.ª
3- O mesmo regime será aplicável aos substitutos, propor-
cionalmente aos dias de substituição. Poder de direção
Compete à empresa proceder à organização das formas
Cláusula 85.ª
de prestação do trabalho dentro dos limites decorrentes deste
Deslocações em serviço AE e da legislação aplicável.
1- Entende-se por deslocação em serviço a realização tem- Cláusula 88.ª
porária de trabalho fora do concelho de Portimão.
2- Verificando-se uma deslocação em serviço, compete à Procedimento disciplinar
EMARP: 1- A aplicação ao trabalhador de qualquer sanção discipli-
a) A reserva e o pagamento do alojamento quando for ne- nar só pode ter lugar no termo de um processo, organizado de
cessário pernoitar; acordo com o disposto nos números seguintes.
b) Garantir o meio de transporte de ida e regresso entre 2- Quando se verifique qualquer comportamento que cons-
o local de trabalho e o local de deslocação em viatura da titua infração disciplinar, a entidade patronal enviará ao tra-
empresa, ou o pagamento da despesa mediante apresentação balhador que o tenha praticado nota escrita de culpa, com a
do respetivo comprovativo, caso se desloque de transportes descrição circunstanciada dos factos que lhe são imputados.
públicos; 3- Se a empresa pretender despedir o trabalhador com fun-
c) Ao pagamento das ajudas de custo referente às refeições damento nos factos que lhe são imputados, essa intenção ser-
nos seguintes termos: -lhe-á comunicada por escrito e enviada em anexo à nota de
i) Pequeno-almoço - 5 € (cinco euros); culpa.
ii) Almoço e/ou jantar - 12,50 € (doze euros e cinquenta 4- Na nota de culpa o trabalhador será informado que dis-
cêntimos) por refeição. põe de um prazo de dez dias úteis para deduzir, por escrito,
d) Despesas de representação e outras despesas efetuadas os elementos que considere relevantes para a sua defesa, po-
ao serviço da empresa, desde que aprovadas previamente dendo requerer a realização de diligências probatórias nos
pelo diretor-geral; termos previstos na legislação laboral vigente.
e) Obtenção de passaportes, vistos, licenças, certificados 5- A apresentação de testemunhas arroladas pelo trabalha-
de vacinação, taxas de aeroporto ou quaisquer outros docu- dor é da responsabilidade deste.

169
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

6- Decorrido o prazo referido no número 4, a entidade pa- CSE, é um órgão sindical na empresa, sendo constituída pe-
tronal dispõe de 30 dias para proferir a decisão, que deve ser los delegados sindicais de uma estrutura sindical.
fundamentada e constar de documento escrito. 3- A comissão intersindical, doravante designada CIE, é a
7- Da decisão será enviada cópia ao trabalhador. organização dos delegados sindicais das diversas CSE.
8- Simultaneamente com a remessa da nota de culpa, ou 4- Os delegados sindicais são os representantes das asso-
após o envio desta ao trabalhador, a entidade patronal pode ciações sindicais na empresa, sendo eleitos pelos trabalhado-
suspender preventivamente aquele sem perda de retribuição. res, e constituem as comissões sindicais ou intersindicais de
9- O trabalhador dispõe de dez dias úteis, contados da noti- trabalhadores.
ficação da decisão prevista no número anterior, para requerer
Cláusula 92.ª
judicialmente a suspensão da sua aplicação.
10- O incumprimento, por parte da entidade patronal, de Garantias dos trabalhadores com funções sindicais
qualquer das formalidades previstas nos números anteriores,
1- Os dirigentes sindicais, os membros das CSE e CIE e
terá as consequências previstas na legislação laboral aplicá-
os delegados sindicais têm o direito de exercer normalmente
vel.
as suas funções, sem que tal possa constituir entrave para o
11- Para efeitos da graduação das penas disciplinares de-
seu desenvolvimento profissional ou para a melhoria da sua
verá atender-se à natureza e gravidade da infração, à culpa-
retribuição.
bilidade do infrator, aos seus comportamentos anteriores e
2- É ainda proibido despedir, transferir ou de qualquer
às demais circunstâncias que no caso se mostrem relevantes,
modo prejudicar o trabalhador devido ao exercício dos di-
não podendo aplicar-se mais de uma pena pela mesma in-
reitos relativos às funções sindicais e à participação nas CSE
fração.
e CIE.
12- O disposto nos números anteriores não prejudica a or-
ganização do processo prévio de inquérito, nos termos e para Cláusula 93.ª
os efeitos previstos no regime legal da cessação do contrato
de trabalho. Comunicação à empresa
13- Se o trabalhador arguido for representante sindical, o 1- A direção da associação sindical outorgante comunica-
sindicato respetivo será informado em simultâneo da instau- rá à empresa a identificação dos delegados sindicais eleitos,
ração do processo. bem como daqueles que integrem a CSE ou a CIE, por inter-
médio de carta registada com aviso de receção, a qual será
CAPÍTULO IV afixada nos locais reservados para afixação da informação
sindical.
Matéria sindical 2- O mesmo procedimento será observado no caso de
substituição ou cessação de funções de qualquer trabalhador
Cláusula 89.ª abrangido pelo disposto no número anterior.
Cláusula 94.ª
Princípios gerais
1- É direito dos trabalhadores inscreverem-se em associa- Direitos e garantias dos dirigentes sindicais
ções sindicais. 1- As faltas dadas pelos membros de direção das associa-
2- Os trabalhadores e as associações sindicais têm o direito ções sindicais consideram-se justificadas e contam para to-
irrenunciável a desenvolver atividade sindical no interior da dos os efeitos como tempo de serviço efetivo, exceto para
empresa, nomeadamente através de delegados sindicais, co- efeitos de retribuição.
missão sindical ou comissão intersindical. 2- Para o exercício das suas funções, os trabalhadores refe-
3- À empresa é vedada qualquer interferência na atividade ridos no número anterior, beneficiam de um crédito de quatro
sindical dos trabalhadores ao seu serviço. dias de ausências remuneradas por mês.
Cláusula 90.ª 3- Para o exercício deste direito as associações sindicais
respetivas deverão comunicá-lo, por escrito, com um dia de
Dever de informação antecedência, com referência às datas e ao número de dias
É dever da empresa prestar à associação sindical outor- de que os respetivos trabalhadores necessitam para o exer-
gante todas as informações e esclarecimentos que esta solici- cício das funções referidas, salvo motivo atendível, caso em
te quanto ao cumprimento deste AE. que a comunicação deverá ser efetuada no prazo de três dias
úteis, contados a partir do primeiro dia em que se verifique
Cláusula 91.ª a ausência.
4- Os membros de direção das associações sindicais não
Organização sindical na empresa
podem ser transferidos de local de trabalho sem o seu acor-
1- Dirigentes sindicais são os elementos dos corpos geren- do, salvo no caso de transferência do estabelecimento onde
tes dos sindicatos, das uniões, federações e confederações prestam serviço, não podendo ainda ser discriminados face
sindicais e ainda de qualquer outra associação sindical. aos demais trabalhadores em consequência do exercício da
2- A comissão sindical de empresa, doravante designada atividade sindical.

170
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Cláusula 95.ª Cláusula 97.ª

Direitos dos delegados sindicais Instalações da comissão sindical de empresa


1- Os delegados sindicais têm direito a circular no interior 1- As CSE, ou os delegados sindicais na falta destas, têm
da empresa para afixar textos, convocatórias e comunicações direito a utilizar, a título permanente, um local no interior da
ou prestar quaisquer outras informações para conhecimento empresa que seja apropriado ao exercício das suas funções.
dos trabalhadores, sem prejuízo, em qualquer dos casos, da 2- Para os efeitos previstos no número anterior, a empre-
laboração normal da empresa. sa compromete-se a equipar as referidas instalações com os
2- A empresa é obrigada a reservar locais apropriados à meios adequados ao exercício das suas funções.
afixação da informação e documentação sindical, devendo
Cláusula 98.ª
esses locais ser escolhidos de comum acordo com os dele-
gados sindicais. Reuniões com órgãos de gestão da empresa
3- Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as fal-
1- As CSE, CIE ou os delegados sindicais, quando nenhu-
tas dadas pelos delegados sindicais para o exercício das suas
ma daquelas exista, reunirão trimestralmente com os órgãos
funções, consideram-se justificadas e contam para todos os
de gestão da empresa, ou quem estes designarem para o efei-
efeitos legais, como serviço efetivo, salvo quanto à retribui-
to, nomeadamente para discussão e análise de assuntos com
ção.
interesse para a vida dos trabalhadores.
4- Cada delegado sindical e os membros da CIE têm direi-
2- Para os efeitos previstos no número anterior a empresa
to a um crédito de doze horas remuneradas por mês para o
e as CSE, CIE ou os delegados sindicais na falta daquelas,
exercício das suas funções.
acordarão entre si, até 15 de dezembro de cada ano civil, o
5- Os delegados sindicais e membros da CIE, sempre que
calendário anual de reuniões.
pretendam exercer os direitos previstos nos números 3 e 4
3- O tempo despendido nas reuniões previstas no número
desta cláusula, deverão avisar, por escrito, sempre que possí-
anterior é considerado para todos os efeitos como tempo de
vel, a entidade patronal com a antecedência mínima de dois
serviço efetivo, não contando para o crédito de horas previs-
dias úteis.
to nos números 3 a 4 da cláusula 95.ª
6- Sempre que, por motivos de urgência ou imprevisibi-
4- O disposto no número anterior aplica-se também à par-
lidade, não seja possível avisar a entidade patronal nos ter-
ticipação dos delegados sindicais ou dirigentes sindicais que
mos previstos no número anterior, os delegados sindicais
sejam trabalhadores da empresa nas reuniões efetuadas no
que tenham exercido o direito previsto no número anterior,
âmbito das negociações do AE.
deverão enviar, por escrito, a comunicação do exercício dos
direitos conferidos nos números 3 e 4 desta cláusula, no pra- Cláusula 99.ª
zo de três dias úteis.
Quotização sindical
Cláusula 96.ª
A empresa obriga-se mensalmente a cobrar e enviar ao
Direito de reunião sindical na empresa sindicato respetivo, o produto das quotizações dos trabalha-
dores sindicalizados, acompanhado dos respetivos mapas de
1- Os trabalhadores têm direito a reunir-se em plenário
quotização total, até ao dia 15 do mês seguinte àquele a que
geral durante o horário normal de trabalho até um período
se reportam.
máximo de quinze horas por ano, que contarão, para todos os
efeitos, como tempo de serviço efetivo. Cláusula 100.ª
2- Sem prejuízo do número anterior, os trabalhadores têm
também direito a reunir-se em plenário por secções durante Consulta aos órgãos representativos dos trabalhadores
o horário normal de trabalho até um período máximo de 5 1- Quando no presente AE se estipular a consulta aos ór-
horas por ano e por setor, que contarão, para todos os efeitos, gãos representativos dos trabalhadores, estes deverão pro-
como tempo de serviço efetivo. nunciar-se no prazo de dez dias úteis, contados a partir da
3- Os trabalhadores poderão ainda reunir-se fora do horá- data de receção do pedido, sem prejuízo de prazos diferentes
rio normal nos locais de trabalho, sem prejuízo da normali- estabelecidos noutras disposições.
dade da laboração no caso de trabalho por turnos. 2- Caso sejam necessários elementos adicionais relaciona-
4- As reuniões referidas nos números anteriores podem ser dos com o objeto da consulta, deverão os órgãos represen-
convocadas pela comissão sindical, ou pelo delegado sin- tativos dos trabalhadores solicitá-los no prazo de cinco dias
dical, se aquela não existir, sendo comunicadas à empresa, úteis.
com a antecedência mínima de dois dias, a data e a hora em 3- O prazo estipulado no número anterior começará a ser
que elas se efetuem. contado novamente a partir da data da resposta da empresa.
5- Os dirigentes das organizações sindicais respetivas que 4- A falta de resposta nos prazos estipulados nos números
não trabalhem na empresa podem participar nas reuniões, anteriores é entendida como aceitação tácita daqueles órgãos
mediante comunicação à administração com a antecedência em relação à matéria objeto da consulta.
mínima de seis horas. 5- Ao disposto no número anterior excetuam-se os casos

171
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

em que, por mútuo acordo, haja prorrogação daqueles pra- 2- Os trabalhadores cedidos pelo município que optem
zos. pela integração no quadro da empresa fazem-no sem prejuí-
zo da sua antiguidade.
CAPÍTULO V Cláusula 104.ª

Disposições finais e transitórias Ineficácia de cláusulas do contrato de trabalho


Têm-se como inexistentes, as cláusulas do contrato de
trabalho, que expressem a aceitação do trabalhador de situ-
SECÇÃO I
ações ou regimes laborais que possam ocorrer futuramente.
Disposições finais Cláusula 105.ª

Cláusula 101.ª Descontos para a Segurança Social


Compete à EMARP proceder aos descontos para os siste-
Transmissão de unidade económica
mas de Segurança Social da seguinte forma:
1- A transmissão de unidade económica confere aos tra- a) Os trabalhadores com vínculo originário dos Serviços
balhadores abrangidos pela transmissão o direito a optarem Municipalizados de Portimão que transitarem para o quadro
pela resolução dos respetivos contratos de trabalho, nos pra- da empresa, descontam para a Caixa Geral de Aposentações
zos indicados o número 3 do artigo 286.º-A do Código do e ADSE de acordo com o vencimento pago pela empresa;
Trabalho. b) Os restantes trabalhadores que integram o quadro da
2- O tempo de serviço prestado no âmbito dos quadros de empresa ou que o venham a integrar descontam para o regi-
pessoal do município de Portimão e dos Serviços Munici- me geral da Segurança Social.
palizados de Portimão conta como tempo de serviço efetivo
para cálculo da compensação. Cláusula 106.ª
3- O montante da compensação devida ao trabalhador nos Arredondamentos
casos indicados no número 1 deve observância ao disposto
na lei. Em todos os casos previstos neste AE que impliquem re-
4- Para os efeitos previstos nos números anteriores, consi- sultados monetários, o seu arredondamento será feito para a
dera-se como vencimento o valor da retribuição base mensal unidade centesimal monetária imediatamente superior.
do trabalhador acrescida dos subsídios previstos nas cláu- Cláusula 107.ª
sulas 79.ª, 80.ª, 82.ª e 83.ª, quando pela forma específica de
desempenho das suas funções, a eles tenham direito nos ter- Regalias sociais
mos deste AE. 1- A empresa compromete-se a promover a criação de con-
5- Estão excluídas do âmbito da presente cláusula as se- dições que melhorem o bem-estar dos trabalhadores.
guintes modalidades de cessação do contrato: 2- Neste âmbito, a empresa compromete-se, nomeadamen-
a) Caducidade por reforma do trabalhador; te, a:
b) Despedimento por justa causa imputável ao trabalhador; a) Contratar serviços de medicina curativa;
c) Denúncia do contrato por iniciativa do trabalhador sem b) Contratar serviços de apoio jurídico;
justa causa. c) Apoiar e subsidiar o refeitório para o fornecimento de
Cláusula 102.ª refeições aos trabalhadores;
d) Aprovar um tarifário mais vantajoso para os trabalhado-
Proibição de diminuição de regalias res, reformados e aposentados no âmbito do regulamento de
Da aplicação do presente AE não poderá resultar prejuízo serviços da empresa tendo como pressuposto o pagamento
para os trabalhadores, designadamente a diminuição da retri- das tarifas variáveis no primeiro escalão do consumo domés-
buição ou suspensão de quaisquer regalias de carácter geral, tico;
regular e permanente anteriormente auferidas no âmbito da e) Apoiar o grupo desportivo;
empresa. f) Criar espaços físicos para a prática de atividades lúdicas
e desportivas;
Cláusula 103.ª g) Assinar protocolos de colaboração com entidades públi-
cas e privadas visando conseguir condições mais vantajosas
Princípio do tratamento mais favorável
para os trabalhadores;
1- Este AE aplica-se, em tudo aquilo que for mais favo- h) Promover anualmente a realização de um jantar de Na-
rável, aos trabalhadores em regime de mobilidade ou que tal tendo em vista o fortalecimento do espírito de equipa;
transitaram do mapa de pessoal município para o mapa de i) Promover a entrega de um cabaz de Natal apropriado à
pessoal da EMARP, excecionando-se o que contrariar das época natalícia;
normas imperativas que componham o seu estatuto. j) Implementar medidas de promoção de maior equilíbrio
entre a vida profissional, pessoal e familiar.

172
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Cláusula 108.ª avaliação de desempenho até ao dia 31 de março de 2022


tendo em vista a sua aplicação no ano 2023.
Anexos ao AE
Cláusula 112.ª
Fazem parte integrante do presente AE os seguintes ane-
xos: Comissões de serviço
a) Anexo I - Mapa de pessoal;
As comissões de serviços vigentes reiniciam a sua conta-
b) Anexo II - Perfis funcionais;
gem no dia 1 de janeiro de 2022, considerando-se cumprido
c) Anexo III - Tabela salarial;
o período probatório de um ano previsto no número 4 da
d) Anexo IV - Avaliação de desempenho;
cláusula 23.ª
e) Anexo V - Formação profissional;
f) Anexo VI - Segurança e saúde no trabalho; Cláusula 113.ª
g) Anexo VII - Prevenção e controlo do consumo de subs-
tâncias psicoativas; Retribuição mínima mensal garantida
h) Anexo VIII - Utilização de vestuário e equipamento de Tendo em vista esbater as questões de injustiça relativa
segurança; relacionadas com o tempo de serviço que os sucessivos au-
i) Anexo IX - Trabalho por turnos; mentos da retribuição mínima mensal garantida têm vindo a
j) Anexo X - Subsídio de insalubridade, penosidade e ris- introduzir nas posições remuneratórias, para efeitos de nova
co; progressão ou promoção, os trabalhadores inseridos nos es-
k) Anexo XI - Prémio de desempenho. calões 1, 2 e 3 do nível 1 e os trabalhadores inseridos no
escalão 1 do nível 2 iniciam a contagem do tempo de serviço
Cláusula 109.ª
no dia 1 de janeiro de 2022.
Comissão de acompanhamento Cláusula 114.ª
1- As partes outorgantes decidem criar uma comissão de
acompanhamento com competência para interpretar o pre- Operários qualificados
sente AE e suprir as suas lacunas. 1- Para efeitos do presente AE, consideram-se inseridos no
2- A comissão de acompanhamento será composta por subgrupo de pessoal operacional qualificado: os condutores
dois elementos escolhidos pelos sindicatos outorgantes e por de máquinas pesadas e veículos especiais; canalizadores;
igual número de elementos por parte da EMARP e por um pedreiros; calceteiros; mecânicos, eletricistas; carpinteiros e
representante do respetivo conselho de administração. serralheiros.
3- A comissão de acompanhamento reunirá na sede da 2- A posição remuneratória de entrada dos operários quali-
EMARP, mediante convocatória de qualquer uma das partes, ficados processa-se pelo escalão 4 do nível 2.
notificada à outra com a antecedência de 15 dias, devendo a 3- Com a entrada em vigor do presente da AE os traba-
convocatória indicar a agenda de trabalhos, bem como a data lhadores inseridos no subgrupo de pessoal operacional qua-
e hora da reunião. lificado serão reposicionados automaticamente da seguinte
4- A comissão de acompanhamento só poderá deliberar forma:
desde que esteja presente a maioria dos seus membros. a) Aqueles que se encontram inseridos no escalão 4 do ní-
5- As deliberações da comissão de acompanhamento to- vel 2 ou em posições remuneratórias anteriores serão reposi-
madas por unanimidade são depositadas e publicadas nos cionados no escalão 1 do nível 3;
mesmo termos que o presente AE e consideram-se, para to- b) Os operários qualificados posicionados no escalão 1 do
dos os efeitos, como integrado este último. nível 3 transitam para o nível 3, escalão 2;
c) Os operários qualificados posicionados no escalão 2 do
Cláusula 110.ª
nível 3 transitam para o nível 3, escalão 3;
Casos omissos d) Os operários qualificados que se encontram no escalão
3 do nível 3 e seguintes mantêm a posição remuneratória.
Aos casos omissos deste AE aplicam-se as disposições
4- Os trabalhadores abrangidos pela alínea d) do número
constantes das demais disposições legais vigentes, na parte
anterior mantém o tempo de serviço para efeitos de promo-
que for mais favorável aos trabalhadores.
ção e progressão.
5- Os trabalhadores que beneficiem de um impulso salarial
SECÇÃO II igual ou superior a um nível ou a um escalão, para efeitos de
promoção ou progressão, iniciam a contagem do tempo de
Disposições transitórias serviço no dia 1 de janeiro de 2022.
Clausula 111.ª Cláusula 115.ª

Avaliação de desempenho Transmissão da exploração, fusão, incorporação ou constituição de


novas empresas
1- A avaliação de desempenho referente ao ano 2022 será
efetuada nos termos do anexo IV deste AE. Sem prejuízo do disposto na cláusula 101.ª do presente
2- As partes acordam em negociar um novo modelo de AE, no caso de existirem alterações legislativas posteriores,

173
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

referentes aos montantes das compensações pecuniárias re- Cláusula 116.ª


ferentes à transmissão da exploração, fusão, incorporação,
constituição de novas empresas, concessão, reestruturação Regime de teletrabalho
interna ou qualquer outra reestruturação que determinem al- 1- As condições de prestação de trabalho em regime de te-
terações substanciais das condições previstas nesta AE, as letrabalho são as previstas no código do trabalho na redação
partes comprometem-se a encetar um novo processo nego- vigente.
cial relativamente a esta matéria. 2- Sem prejuízo do disposto no número anterior, as partes
comprometem-se a regular este regime na próxima revisão
do presente AE.

ANEXO I

Mapa de pessoal

174
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Artigo único direção, distribuindo o serviço do modo mais conveniente e


zelando pela assiduidade do pessoal: Organiza e promove o
Excecionalmente, poderá ser atribuído o nível remunera-
controlo de execução das atividades da divisão; Promove o
tório subsequente ao indicado no mapa de pessoal no caso de
controlo da execução do plano de atividades e orçamento, no
ausência de candidaturas aprovadas na admissão.
âmbito da divisão; Elabora os relatórios de atividades da di-
visão; Elabora proposta de instruções, circulares normativas
ANEXO II e regulamentos necessários ao exercício das suas atividades
da divisão; Assegura a eficiência dos métodos e processos de
Perfis funcionais trabalho, a maior economia no emprego de todos os recursos
e boa produtividade dos recursos humanos da divisão; Zela
Pessoal dirigente pelas instalações e material ao seu cargo e respetivo recheio
Diretor-geral - É o/a trabalhador/a que gere as ativida- e transmitir ao setor de contabilidade os elementos necessá-
des da direção da empresa na linha geral de atuação definida rios ao registo e cadastro dos bens; Prepara o expediente e
pelo conselho de administração, dirige e coordena de modo as informações necessárias para a resolução do conselho de
eficiente, a atividade dos vários setores da empresa ou outros administração, do diretor-geral, ou do chefe de direção con-
serviços de nível inferior integrados no organograma da em- forme a delegação de competências estabelecidas; Prepara
presa, controla os resultados setoriais, responsabilizando-se a minuta dos assuntos que careçam de deliberação do con-
pela sua produção de forma adequada aos objetivos prosse- selho de administração; Assiste sempre que tal for determi-
guidos, promove a execução das ordens e despachos do pró- nado, às reuniões do conselho de administração e participa
prio conselho de administração, nas matérias compreendidas nas reuniões de trabalho para que for convocado; Assegura
na sua esfera de competências. a execução das deliberações do conselho de administração e
Chefe de direção - Dirige o pessoal da direção em confor- do diretor-geral ou do chefe de direção, na área da divisão;
midade com as deliberações do conselho de administração Remete ao arquivo geral, no fim de cada ano, os documen-
e decisões do diretor-geral, distribuindo o serviço do modo tos e processos desnecessários ao funcionamento da divisão,
mais conveniente e zelando pela assiduidade do pessoal da acompanhados por lista descritiva da qual deve ser enviada
direção a seu cargo: Colabora na elaboração do plano de cópia para a direção; Assegura a informação necessária en-
atividades e orçamento, no âmbito da direção; Promove o tre os serviços com vista ao bom funcionamento da divisão;
controlo da execução do plano de atividades e orçamento, Cumpre e faz cumprir as disposições legais e regulamenta-
no âmbito da direção; Coordena a elaboração do relatório res sobre as matérias das respetivas competências; Assegura
de atividades da direção; Organiza e promove o controlo de a recolha, tratamento e divulgação dos elementos relativos
execução das atividades a cargo da direção; Assegura a efi- às atribuições da divisão; Presta com prontidão os esclare-
ciência dos métodos e processos de trabalho, a maior eco- cimentos e informações relativas à divisão, solicitadas pelos
nomia de emprego e produtividade de todos os recursos que superiores hierárquicos; Autoriza os pedidos ao armazém até
lhe estão afetos; Elabora propostas de instruções, circulares ao limite de verba que lhe seja conferida por delegação.
normativas e regulamentos necessários ao exercício das suas Dirigente intermédio de 3.º grau - Coadjuva o titular
atividades; Zela pelas instalações e material ao seu cargo; do cargo dirigente de que dependa hierarquicamente ou o
Presta as informações e pareceres nos assuntos que devem diretor-geral se dele depender diretamente; Assegura a di-
ser submetidos à resolução do conselho de administração ou reção do pessoal da sua unidade em conformidade com as
a qualquer dos seus membros, sempre que lhes sejam solici- deliberações do conselho de administração, com as ordens
tados; Prepara o expediente a ser submetido aos órgãos supe- do diretor-geral ou do dirigente de que dependa hierarqui-
riores; Procede à afetação e mobilidade dos trabalhadores a camente, distribuindo o serviço do modo mais conveniente
seu cargo dentro da respetiva direção, de acordo com os prin- e zelando pela assiduidade do pessoal; Organiza e promove
cípios da boa gestão; Assiste, sempre que lhe for determi- o controlo de execução das atividades da unidade orgânica;
nado, às reuniões do conselho de administração e participa Promove o controlo da execução do plano de atividades e
nas reuniões de trabalho para que for convocado; Assegura orçamento, no âmbito da unidade orgânica; Elabora os rela-
a execução das deliberações do conselho de administração tórios de atividades da unidade orgânica; Elabora proposta
e dos despachos do presidente ou do administrador do con- de instruções, circulares normativas e regulamentos neces-
selho de administração; Remete ao arquivo geral no fim de sários ao exercício das suas atividades da unidade orgânica;
cada ano, os documentos e processos desnecessários ao fun- Assegura a eficiência dos métodos e processos de trabalho,
cionamento dos serviços; Assegura a informação necessária a maior economia no emprego de todos os recursos e boa
entre os serviços da direção; Promove a recolha, tratamento produtividade dos recursos humanos da unidade orgânica;
e divulgação dos elementos informativos relativos às atribui- Prepara o expediente e as informações necessárias para a re-
ções da direção; Cumpre e faz cumprir as disposições legais solução do conselho de administração, do diretor-geral ou
e regulamentares pertinentes. do seu superior hierárquico; Prepara a minuta dos assuntos
Chefe de divisão - Assegura a direção do pessoal da di- que careçam de deliberação do conselho de administração;
visão em conformidade com as deliberações do conselho de Assiste, sempre que tal for determinado, às reuniões de tra-
administração, com as ordens do diretor-geral ou do chefe de balho para que for convocado; Assegura a execução das de-
liberações do conselho de administração e do diretor-geral

175
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ou do respetivo superior hierárquico; Cumpre e faz cumprir Pessoal técnico superior


as disposições legais e regulamentares sobre as matérias das
Nível habilitacional: Licenciatura
respetivas competências; Assegura a recolha, tratamento e
divulgação dos elementos relativos às atribuições da unidade Técnico superior - Exerce funções de estudo e aplicação
orgânica; Presta com prontidão os esclarecimentos e infor- de métodos e processos de natureza técnica, com autonomia
mações relativas à unidade orgânica, solicitadas pelos supe- e responsabilidade, enquadradas em planificação e conheci-
riores hierárquicos. mentos profissionais adquiridos através de curso superior na
área respetiva.
Pessoal de chefia
Pessoal técnico de informática
Chefe de setor - Assegura a direção do pessoal do setor
em conformidade com as deliberações do conselho de admi- Nível habilitacional: 12.º ano ou equivalente
nistração, do diretor-geral do chefe de direção e do chefe de Técnico de informática - Instalar componentes de har-
divisão, distribuindo o serviço do modo mais conveniente e dware e software, designadamente, de sistemas servidores,
zelando pela assiduidade do pessoal; Organiza e promove o dispositivos de comunicações, estações de trabalho, perifé-
controlo de execução das atividades do setor; Colabora na ricos e suporte lógico utilitário, assegurando a respetiva ma-
proposta do plano de atividades e orçamento em colaboração nutenção e atualização; Gerar e documentar as configurações
com a divisão, no âmbito do setor; Promove o controlo da e organizar e manter atualizado o arquivo dos manuais de
execução do plano de atividades e orçamento, no âmbito do instalação, operação e utilização dos sistemas e suportes ló-
setor; Elabora os relatórios de atividades do setor; Assegura a gicos de base; Planificar a exploração, parametrizar e acionar
eficiência dos métodos e processos de trabalho, a maior eco- o funcionamento, controlo e operação dos sistemas, compu-
nomia no emprego de todos os recursos e boa produtividade tadores, periféricos e dispositivos de comunicações instala-
dos recursos humanos do setor; Zela pelas instalações e ma- dos, atribuir, otimizar e desafetar os recursos, identificar as
terial a cargo do setor e respetivo recheio e transmite ao setor anomalias e desencadear as ações de regularização requeri-
de contabilidade os elementos necessários ao registo e cadas- das; Zelar pelo cumprimento das normas de segurança física
tro dos bens; Coordena, orienta e supervisiona as atividades e lógica e pela manutenção do equipamento e dos suportes
desenvolvidas numa secção administrativa, designadamente de informação e desencadear e controlar os procedimentos
as relativas às áreas de pessoal, contabilidade, expediente, regulares de salvaguarda da informação, nomeadamente có-
património e aprovisionamento, e outras de apoio instrumen- pias de segurança, de proteção da integridade e de recupera-
tal à administração; Distribui o trabalho pelos trabalhadores ção da informação; Apoiar os utilizadores finais na operação
que lhe estão afetos; Emite diretivas e orienta a execução das dos equipamentos e no diagnóstico e resolução dos respe-
tarefas; Assegura a gestão corrente dos seus serviços, equa- tivos problemas; Projetar, desenvolver, instalar e modificar
cionando a problemática do pessoal, designadamente em programas e aplicações informáticas, em conformidade com
termos de carências de recursos humanos, necessidades de as exigências dos sistemas de informação definidos, com re-
formação e progressão nas respetivas carreiras; Afere ainda curso aos suportes lógicos, ferramentas e linguagens apro-
as necessidades de meios materiais indispensáveis ao funcio- priadas; Instalar, configurar e assegurar a integração e teste
namento da secção; Organiza os processos referentes à sua de componentes, programas e produtos aplicacionais dis-
área de competências, informa, emite pareceres e minuta o poníveis no mercado; Elaborar procedimentos e programas
expediente; Atende e esclarece os trabalhadores, bem como específicos para a correta utilização dos sistemas operativos
pessoas do exterior sobre questões específicas da sua ver- e adaptação de suportes lógicos de base, por forma a otimi-
tente de atuação; Controla a assiduidade dos trabalhadores; zar o desempenho e facilitar a operação dos equipamentos e
Executa todas as demais atividades conexas. das aplicações; Desenvolver e efetuar testes unitários e de
Chefe de equipa - Hierarquicamente dependente do che- integração dos programas e das aplicações, de forma a ga-
fe de setor, orienta equipas compostas no mínimo por 5 tra- rantir o seu correto funcionamento e realizar a respetiva do-
balhadores, e têm como função a distribuição, coordenação cumentação e manutenção; Colaborar na formação e prestar
e controlo da respetiva equipa; É responsável pela afetação apoio aos utilizadores na programação e execução de pro-
dos trabalhadores que supervisiona às diferentes tarefas, co- cedimentos pontuais de interrogação de ficheiros e bases de
ordenando-os no exercício das suas atividades; Recebe dos dados, na organização e manutenção de pastas de arquivo e
responsáveis pelas equipas de trabalho as requisições de ma- na operação dos produtos e aplicações de micro-informática
terial, assina-as e leva-as ao conhecimento do respetivo su- disponíveis.
perior hierárquico, que decidirá em conformidade; Reúne-se
periodicamente com o seu superior hierárquico, ao qual dá
conhecimento do andamento das obras e tarefas e de quais- Pessoal técnico
quer deficiências ou irregularidades, planeando com este o Nível habilitacional: Curso superior que não confira grau
trabalho a efetuar e recebendo deste as diretrizes que devem de licenciatura
orientar o trabalho.
Técnico - Exerce funções de estudo e aplicação de méto-

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dos e processos de natureza técnica, com responsabilidade, ca do utilizador; Trata informação, recolhendo e efetuando
enquadradas em planificação e conhecimentos profissionais apuramentos estatísticos elementares e elaborando mapas,
adquiridos através de curso técnico na área respetiva. quadros ou utilizando qualquer outra forma de transmissão
eficaz dos dados existentes; Recolhe, examina, confere e
Pessoal técnico-administrativo procede à escrituração de dados relativos às transações finan-
ceiras e contabilísticas, podendo assegurar a movimentação
Nível habilitacional: 12.º ano ou equivalente de fundo de maneio; Recolhe, examina e confere elemen-
Agente de fiscalização - Dentro da sua área específica tos constantes dos processos, anotando faltas ou anomalias
de atuação o fiscal: Fiscaliza e faz cumprir os regulamentos, e providenciando pela sua correção e andamento, através de
posturas municipais e demais dispositivos legais relativos a ofícios, informações ou notas, em conformidade com a legis-
áreas de atuação da EMARP; Presta informações sobre situ- lação existente; Organiza, calcula e desenvolve os processos
ações de facto com vista à instrução de processos nas áreas relativos à situação de pessoal e à aquisição e ou manutenção
da sua atuação específica; Obtém todas as informações de de material, equipamento, instalações ou serviços; Recebe,
interesse para os serviços onde está colocado, através da ob- atende presta informações e encaminha o público, prestando
servação direta do local; Executa diversas tarefas de expe- os esclarecimentos necessários, de acordo com as orienta-
diente; Elabora mapas e procede à cobrança de taxas, sendo ções fornecidas; Assegura a ligação a redes de comunicações
responsável pela sua guarda até à entrega; Assiste às lim- e bases de dados, utilizando os meios adequados; Procede à
pezas e arrumação das áreas da sua jurisdição; Fiscaliza os microfilmagem e/ou scanerização de documentos; Preenche
trabalhos realizados na via pública, efetuando as medições e arquiva fichas e outros documentos; Presta apoio de secre-
necessárias; Informa os processos que lhe são distribuídos; tariado ao chefe de setor ou dirigente do serviço; Estabelece
Verifica e controla as autorizações e licenças para a execução contatos telefónicos com outras entidades; Assegura o secre-
dos trabalhos; Vistoria prédios e equipamentos, informando tariado das reuniões, preparando e distribuindo os documen-
sobre o seu estado de conservação; Informa e verifica o fun- tos necessários à condução dos trabalhos; Procede à recolha
damento de reclamações dos consumidores; Informa os ser- de dados e elabora as correspondentes estatísticas; Assegura
viços de factos anómalos; Elabora autos de notícia; Promove a compilação de informações de serviço que fundamentem
campanhas de sensibilização; Faz relatórios da atividade da as decisões dos responsáveis; Organiza os ficheiros e arqui-
sua área. vos e mantém-nos atualizados; Procede ao aprovisionamen-
Desenhador - Executa trabalhos em computador com to do material necessário ao funcionamento dos serviços da
aplicações informáticas, compõe maquetas, desenhos, ma- área de atividade em que se integra; Assegura a receção e
pas, cartas ou gráficos relativos à área de atividade dos ser- expedição da correspondência.
viços a partir de elementos que lhe são fornecidos e segundo Tesoureiro - Coordena os trabalhos da tesouraria, caben-
normas técnicas específicas e, bem assim, executa as corres- do-lhe a responsabilidade dos valores que lhes estão confia-
pondentes artes finais; Executa trabalhos de pormenorização dos, efetuando todo o movimento de liquidação de despesas
em projetos de construção civil e arquitetura; Executa dese- e cobranças de receitas, para o que procede a levantamentos
nhos cartográficos de espaços exteriores, dedicados ou não e depósitos, conferências, registos e pagamentos ou recebi-
a construção civil e zonas verdes, e, bem assim, de planos mentos e efetua os correspondentes procedimentos adminis-
de enquadramento urbano paisagístico; Executa desenhos trativos e contabilísticos.
de plantas de implantação topográfica de espaços exteriores; Topógrafo - Efetua levantamentos topográficos, tendo
Colabora na implementação, desenvolvimento e manutenção em vista a elaboração de plantas, planos, cartas e mapas
do serviço de informação geográfica. que se destinam à preparação e orientação de trabalhos de
Fiel de armazém - Recebe, armazena e fornece, contra engenharia ou para outros fins; Efetua levantamentos topo-
requisição, matérias-primas, ferramentas, acessórios e ma- gráficos, apoiando-se normalmente em vértices geodésicos
teriais diversos; Escritura as entradas e saídas dos materiais existentes; Determina rigorosamente a posição relativa de
em fichas próprias ou em suporte informático; Determina pontos notáveis de determinada zona de superfície terrestre,
os saldos e regista-os e envia periodicamente aos serviços cujas coordenadas e cotas obtém por triangulação, trilatera-
competentes toda a documentação necessária à contabiliza- ção poligonação, intersecções direta e inversa, nivelamento,
ção das operações subsequentes; Zela pelas boas condições processos gráficos ou outros; Regula e utiliza os instrumen-
de armazenagem dos materiais e arruma-os e retira-os para tos de observação, tais como tacómetros, teodolitos, níveis,
fornecimento. estádias, telurómetros, etc.; Procede a cálculos sobre os ele-
Técnico administrativo - Tem como missão desenvolver mentos colhidos no campo; Procede à implantação no terre-
funções que se enquadram em diretivas gerais dos dirigen- no de pontos de referência para determinadas construções,
tes e chefias, tendo em vista assegurar o funcionamento dos traça esboços e desenhos e elabora relatórios das operações
órgãos incumbidos da prestação de bens e serviços. Executa efetuadas; Colabora na implementação, desenvolvimento e
predominantemente as seguintes tarefas: Assegura a trans- manutenção do serviço de informação geográfica.
missão da comunicação entre os vários órgãos e entre estes
e os particulares, através do registo, redação, classificação e Pessoal operacional qualificado
arquivo de expediente e outras formas de comunicação; Exe-
Calceteiro (Nível habilitacional: Escolaridade mínima
cuta e elabora trabalhos em sistemas informáticos, na óti-

177
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obrigatória) - Reveste e repara pavimentos, justapondo e as- juntas tendo em vista uma melhor aparência das superfícies
sentando paralelepípedos, cubos ou outros sólidos de pedra, da obra, no caso de esta ter de ficar à vista; Efetua a des-
tais como calçada à portuguesa, granito, basalto, cimento e cofragem, tendo em vista o posterior reaproveitamento do
ou pedra calcária, servindo-se de um «martelo de passeio» material utilizado.
(calceteira) ou camartelo; Prepara a caixa, procedendo ao ni- Eletricista (Nível habilitacional: Escolaridade mínima
velamento e regularização do terreno (detetando previamen- obrigatória) - Instala, conserva e repara circuitos e aparelha-
te eventuais irregularidades), utilizando para este efeito um gem elétrica; Guia frequentemente a sua atividade por pro-
T ou uma mangueira de água; Prepara o leito, espalhando jetos, desenhos, esquemas ou outras especificações técnicas,
uma camada de areia, pó de pedra ou caliça, que entufa com que interpreta; Cumpre com as disposições legais relativas
o marreto do ofício; Providencia a drenagem e escoamento às instalações de que trata; Instala as máquinas, aparelhos
das águas, procedendo à deteção de nascentes ou locais onde e equipamentos elétricos, sonoros, caloríficos, luminosos ou
a água se possa vir a acumular, e assenta junto aos lancis a de força motriz; Determina a posição e instala órgãos elétri-
«fiada» da água; Encastra na almofada as pedras, adaptando cos, tais como os quadros de distribuição, caixas de fusíveis
uns aos outros os respetivos jeitos do talhe (calhamentos) e e de derivação, contadores, interruptores e tornadas; Dispõe
percute-as até se «negarem» ou se estabilizarem adequada- e fixa os condutores ou corta, dobra e assenta adequadamen-
mente; Predispõe nas calçadas os elementos constituintes em te calhas e tubos metálicos, plásticos ou de outra matéria,
fiadas-mestras, configurando ângulos retos; Preenche com colocando os fios ou cabos no seu interior; Executa e isola
blocos pela forma usual; Refecha as juntas com areia, caliça as ligações de modo a obter os circuitos elétricos pretendi-
ou outro material; Talha pedras para encaixes utilizando a dos; Localiza e determina as deficiências de instalação ou
marreta adequada; Adapta as dimensões dos blocos utiliza- de funcionamento, utilizando, se for caso disso, aparelhos
dos às necessidades da respetiva justaposição, fraturando-os de deteção e de medida; Desmonta, se necessário, determi-
por percussão, segundo os planos mais convenientes. nados componentes da instalação; Aperta, solda, repara por
Canalizador (Nível habilitacional: Escolaridade mínima qualquer outro modo ou substitui os conjuntos, peças ou fios
obrigatória) - Executa canalizações em edifícios, instalações deficientes e procede à respetiva montagem, para o que utili-
industriais e outros locais, destinados ao transporte de água za chaves de fenda, alicates, limas e outras ferramentas; Co-
ou esgotos; Corta e rosca tubos e solda cubos de chumbo, labora na montagem, conservação e reparação de instalações
plástico, ferro, fibrocimento e materiais afins; Executa redes elétricas e equipamentos de baixa tensão; Eventualmente,
de distribuição de água e respetivos ramais de ligação, as- executa instalações simples de baixa tensão ou substitui ór-
sentando tubagens e acessórios necessários; Executa redes gãos de utilização corrente nas instalações de baixa tensão;
de recolha de esgotos pluviais ou domésticos e respetivos Realiza montagem de instalações elétricas para iluminação,
ramais de ligação, assentando tubagens e acessórios necessá- força motriz, sinalização e climatização; Realiza a monta-
rios; Executa outros trabalhos similares ou complementares gem de equipamentos e quadros elétricos de baixa tensão;
dos descritos; Instrui e supervisiona no trabalho dos aprendi- Efetua ensaios e medidas de deteção e reparação de avarias
zes e serventes que lhe estejam afetos. nos equipamentos e instalações de baixa tensão; Lê e inter-
Carpinteiro (Nível habilitacional: Escolaridade mínima preta desenhos, esquemas e plantas ou projetos e especifica-
obrigatória) - Executa trabalhos em madeira diversa, através ções técnicas.
dos moldes que lhe são apresentados; Analisa o desenho que Mecânico (Nível habilitacional: Escolaridade mínima
lhe é fornecido ou procede ele próprio ao esboço do mesmo, obrigatória) - Deteta as avarias mecânicas; Repara, afina,
risca a madeira de acordo com as medidas; Serra e topia as monta e desmonta os órgãos de viaturas bem como outros
peças, desengrossando-as, lixa e cola material, ajustando as equipamentos motorizados ou não; Executa outros trabalhos
peças numa prensa; Assenta, monta e acaba os limpos nas de mecânica geral; Afina, ensaia e conduz em experiência as
obras, tais como portas, rodapés, janelas, caixilhos, escadas, viaturas reparadas; Faz a manutenção e controlo de máquinas
divisórias em madeira, armações de talhados e lambris; Pro- e motores; Sugere ao chefe de setor soluções que conduzam
cede a transformações das peças, a partir de uma estrutura a uma melhor resolução dos problemas mecânicos da frota;
velha para uma nova, e repara-as; Constrói, monta e coloca Zela pelo estado de limpeza da oficina e boa conservação dos
no local de utilização estruturas, cofragens e moldes de ma- equipamentos e veículos aí instalados.
deira destinados a construção de betão simples ou armado, Pedreiro (Nível habilitacional: Escolaridade mínima
utilizando ferramentas, tais como serras, martelos, níveis obrigatória) - Aparelha pedra em grosso; Executa alvena-
de bolha de ar e fios-de-prumo; Trabalha sobre estruturas ria de pedra, tijolo ou blocos de cimento, podendo também
cujos madeiramentos se destinam a ficar em tosco, tais como fazer o respetivo reboco; Procede ao assentamento de mani-
gaiolas para a construção civil, vigamentos, armação para lhas, tubos e cantarias; Executa muros e estruturas simples,
escadas, tetos, tabiques e telhados; Constrói e monta cofra- com ou sem armaduras, podendo também encarregar-se de
gens de vários tipos de túneis, esgotos, sapatas, colunas, pa- montagem de armaduras muito simples; Executa outros tra-
redes, vigas, lajes, consolas, escadas e outras obras; Levanta balhos similares ou complementares dos descritos; Instrui ou
os prumos de sustentação sobre os quais arma o estrado ou supervisiona no trabalho dos aprendizes ou serventes que lhe
caixa, utilizando palmetas para regular a altura e nivelar a estejam afetos.
cofragem; Alinha e apruma o trabalho, procede ao escalona- Serralheiro (Nível habilitacional: Escolaridade mínima
mento e cravação; Tapa os buracos e fendas e aperfeiçoa as obrigatória) - Constrói e aplica na oficina estruturas, metá-

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licas ou plásticas ligeiras; Interpreta desenhos e outras espe- servação das instalações; Colabora eventualmente nos traba-
cificações técnicas; Corta e solda perfilados diversos; Utiliza lhos auxiliares de montagem, desmontagem e conservação
diferentes equipamentos para as obras a realizar, tais como de equipamentos; Auxilia a execução de cargas e descargas;
macacos hidráulicos, marretas, martelos, cunhas, material de Realiza tarefas de arrumação e distribuição; Executa outras
corte, de soldar e de aquecimento; Enforma chapas e perfila- tarefas simples, não especificadas, de carácter manual e exi-
dos de diversas secções; Fura e escara os furos para os para- gindo principalmente esforço físico e conhecimentos práti-
fusos e rebites; Encurva ou trabalha de outra maneira chapas cos; Efetua a receção e entrega de expediente e encomendas;
e perfilados, executa a ligação de elementos metálicos por Anuncia mensagens, transmite recados, levanta e deposita
meio de parafusos, rebites ou outros processos; Repara ou dinheiro ou valores, presta informações verbais ou telefóni-
procede à manutenção de vários tipos de máquinas, moto- cas, transporta máquinas, artigos de escritório e documenta-
res e outros conjuntos mecânicos, utilizando ferramentas ção diversa entre gabinetes; Assegura a vigilância de instala-
manuais e máquinas ferramentas; Examina os conjuntos que ções e acompanha os visitantes aos locais pretendidos.
apresentam deficiências de funcionamento, para localizar os Cantoneiro de limpeza (Nível habilitacional: Escolari-
defeitos e determinar a sua natureza; Desmonta o aparelho, dade mínima obrigatória) - Procede à remoção de resíduos e
inteira ou parcialmente, para tirar as peças danificadas ou equiparados, varredura e limpeza de ruas, lavagem das vias
gastas; Repara ou fabrica as peças necessárias para substituir públicas e limpeza dos sumidouros obstruídos pela lavagem
as peças defeituosas; Monta as várias peças, fazendo eventu- das vias públicas, remoção de lixeiras, extirpação de ervas,
almente retificações para que se ajustem exatamente; Efetua lavagem do veículo de recolha de resíduos (todo o exterior,
as verificações e ou ensaia o conjunto mecânico reparado, pneus e interior da caixa de lixo) e/ou outro equipamento a
utilizando instrumentos de medida ou de ensaio apropria- que está adstrito sempre que lhe for solicitado; Vigia, conser-
dos, procedendo às afinações necessárias; Desmonta, repara va e limpa um determinado troço da estrada, comunicando
e monta peças ou conjuntos de sistemas hidráulicos ou hi- aluimentos de via, executando pequenas reparações e desim-
dropneumáticos, afina o seu funcionamento utilizando equi- pedindo acessos; Executa cortes em árvores existentes na
pamento adequado; Ocupa da montagem e opera um tipo berma da estrada e outros trabalhos genéricos relacionados
particular de máquinas ferramentas. Executa a ligação de com a limpeza; Remove do pavimento os detritos existentes;
peças ou partes metálicas por meio de soldadura e utilizando Leva para o local todas as ferramentas necessárias ao ser-
o processo conveniente. viço, consoante o tipo de pavimento em que trabalha, não
devendo deixá-las abandonadas; Opera diverso material e
Pessoal operacional semi-qualificado equipamento de utilização individual para desenvolver a sua
atividade.
Leitor de consumos (Nível habilitacional: 11.º ano ou Cozinheiro (Nível habilitacional: Escolaridade mínima
equivalente) - Efetua a leitura dos dispositivos de contagem, obrigatória) - Confeciona refeições, doces e pastelaria; É
anota a informação, efetua o seu tratamento informático e responsável pelo controlo do stock da cozinha; Comunica
transmite ao superior hierárquico. Verifica e informa os ser- as necessidades relacionadas com a sua atividade; Prepara
viços de factos anómalos relativos aos regulamentos. e guarnece pratos e travessas; Elabora ementas de refeições;
Efetua trabalhos de escolha, pesagem e preparação de géne-
Pessoal operacional auxiliar ros a confecionar; Orienta e colabora nos trabalhos de limpe-
Asfaltador (Nível habilitacional: Escolaridade mínima za e arrumo das loiças, utensílios e equipamento da cozinha;
obrigatória) - Recobre e conserta superfícies, nelas espa- Orienta e colabora na limpeza da cozinha e zonas anexas.
lhando asfalto líquido ou massas betuminosas, mediante Lubrificador/Lavador (Nível habilitacional: Escolarida-
pulverizador ou uma pá; Examina se o piso, depois de empe- de mínima obrigatória) - Procede à lubrificação por pres-
drado e cilindrado, foi submetido à adequada lavagem com são ou gravidade dos pontos de máquinas ou equipamentos
agulheta; Procede a uma rega de colagem com líquido be- onde haja atrito, utilizando ferramentas apropriadas, óleos e
tuminoso; Espalha e alisa as massas betuminosas até deter- massas lubrificantes com vista à conservação e normal fun-
minados pontos de referência, utilizando uma pá e um rodo; cionamento; Estuda, de acordo com esquemas ou instruções
Orienta, dando instruções, na manobra da caldeira e sua recebidas, o processamento de trabalho a executar; Prepara
movimentação; Deteta, após esta primeira rega no terreno, o material e ferramentas a utilizar; Coloca tabuleiros ou bal-
possíveis irregularidades, procedendo à sua reparação; Espa- des nos locais indicados para recolha de desperdícios de óleo
lha, por padejamento, pó de pedra (fila) sobre o revestimento ou massa; Desaperta os bujões de limpeza utilizando chaves
utilizado; Por vezes procede à reparação de pavimentos rea- diversas; Limpa com trapos, desentope e substitui os bicos e
lizando as tarefas indicadas; Diligencia a manutenção, con- outras peças de lubrificação e deixa escorrer o óleo inutiliza-
servação e limpeza do equipamento à sua responsabilidade, do; Verifica e enche até à altura requerida os níveis de óleo
providenciando a reparação de eventuais avarias. existentes nos diversos órgãos das máquinas; Muda lubrifi-
Auxiliar de serviços gerais (Nível habilitacional: Esco- cantes nos copos, apoios, rolamentos, embalagens, articula-
laridade mínima obrigatória) - Assegura a limpeza e con- ções, carters e outros órgãos, utilizando almotolias, pistolas

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ou seringas de pressão; Remove a massa usada com trapos; equipamento e controla as margens, de segurança, detetan-
Aperta os bujões com ferramenta apropriada; Retira os ta- do e corrigindo eventuais deficiências; Cuida da limpeza e
buleiros ou baldes que contem os desperdícios; É incumbi- lubrificação dos grupos de máquinas, utilizando massas con-
do de fazer pequenas afinações, apertar peças com folga ou sistentes ou outros materiais adequados, e toma em atenção
chamar a atenção do chefe de setor para defeitos detetados a normas de prevenção de acidentes; Colabora em pequenas
fim de serem reparados; Limpa e lava viaturas e equipamen- reparações e na manutenção da instalação, corrigindo ano-
tos; Limpa as viaturas interiormente; Coloca a viatura sobre malias mecânicas e elétricas; Comunica superiormente as
um elevador adequado e aciona o respetivo comando para a anomalias ocorridas.
levar à altura conveniente; Lava a parte inferior do estrado Pintor (Nível habilitacional: Escolaridade mínima obri-
com um jato de água e raspa-o, se necessário, para retirar a gatória) - Aplica camadas de tinta, verniz ou outros produtos
lama; Zela pela limpeza da sua área. afins, principalmente sobre superfícies de estuque, reboco,
Marteleiro (Nível habilitacional: Escolaridade mínima madeira e metal, para as proteger e decorar, utilizando pin-
obrigatória) - Transporta para o local de trabalho o equipa- céis de vários formatos, rolos e outros dispositivos de pin-
mento e acessórios; Verifica se a zona de laboração oferece tura e utensílios apropriados; Prepara a superfície a reco-
as condições de segurança exigidas; Atesta com óleo o lubri- brir e remove, se necessário, as camadas de pintura que se
ficador de linha (coelho) que fica na passagem do ar que vai apresentem com deficiências; Limpa ou lava a zona a pintar,
acionar o martelo; Executa trabalhos com máquinas, equipa- procedendo em seguida, se for caso disso, a urna reparação
mentos e acessórios, nomeadamente martelos pneumáticos e cuidada e a lixagem, seguidas de inspeção geral; Seleciona
elétricos e outros equipamentos afins. ou prepara o material a empregar na pintura, misturando na
Motorista de ligeiros (Nível habilitacional: Escolaridade devida ordem e proporção massas, óleos, diluentes, pigmen-
mínima obrigatória) - Conduz viaturas ligeiras para trans- tos, secantes, tintas, vernizes, cal, água, cola ou outros ele-
porte de bens e pessoas, tendo em atenção a segurança dos mentos; Ensaia e afina o produto obtido até conseguir a cor,
utilizadores e dos bens; Cuida da manutenção das viaturas tonalidade, opacidade, poder de cobertura, lacagem, brilho,
que lhe forem distribuídas; Recebe e entrega expediente ou uniformidade ou outras características que pretenda; Aplica
encomendas; Preenche e entrega diariamente no setor de as convenientes demãos de isolante, secantes, condiciona-
transportes o boletim diário de viatura, mencionando o tipo dores ou primários, usando normalmente pincéis de formato
de serviço, quilómetros efetuados e combustível introduzi- adequado, segundo o material a proteger e decorar; Betuma
do; O motorista, como responsável pela equipa, deve ajudá- orifícios, fendas, mossas ou outras irregularidades, Emassa
-la, sempre que tal se revele necessário; Participa superior- as superfícies com betumadeiras, passa-as à lixa, decorrido o
mente as anomalias verificadas. respetivo período de secagem a fim de as deixar perfeitamen-
Operador de estações elevatórias, de tratamento ou te lisas; Estende as necessárias demãos de subcapa e material
depuradoras (Nível habilitacional: Escolaridade mínima de acabamento; Verifica a qualidade do trabalho produzido;
obrigatória) - Regula e assegura o funcionamento de uma Cria determinados efeitos ornamentais, quando necessário.
ou mais instalações de captação, tratamento e elevação de Servente (Nível habilitacional: Escolaridade mínima
águas limpas ou residuais; Põe em funcionamento as má- obrigatória) - Cuida das ferramentas. e das máquinas com
quinas, tendo em atenção o objetivo da instalação; Assiste que trabalha; Executa tarefas de apoio na montagem de
e manobra os diversos aparelhos destinados a tratamento estruturas, abrindo, para o efeito, caboucos e fazendo a re-
de águas limpas e residuais, baseando-se em determinadas moção com materiais de limpezas; Executa tarefas de deso-
especificações e vigia a sua atividade mediante indicadores bstrução, limpeza de coletores e caixas de visita, utilizando
apropriados; Recebe, instruções superiores sobre o funcio- ferramentas adequadas; Executa a abertura, remoção e ater-
namento ou alterações a introduzir na instalação; Coordena ros de valas; Procede à britagem dos resíduos de obra; Presta
o funcionamento de todos os mecanismos; Transmite a ou- serviços de natureza diversa auxiliando as restantes catego-
tras áreas instruções superiores e qual o tipo de manobras rias profissionais.
a executar; Efetua periodicamente leituras de aparelhos de Telefonista (Nível habilitacional: 11.º ano ou equivalen-
controlo e medida, nomeadamente vacuómetros, manóme- te) - Estabelece ligações telefónicas para o exterior e trans-
tros, amperímetros, medidores de caudal, nivela e regista os mite aos telefones internos chamadas recebidas; Presta in-
dados obtidos; Vigia, através do sistema de telegestão, o con- formações, dentro do seu âmbito; Regista o movimento de
junto de informações de funcionamento da rede em tempo chamadas e anota, sempre que necessário, as mensagens que
real; Realiza o controlo automático dos consumos por zonas respeitem a assuntos de serviço e transmite-as por escrito ou
e edita os balanços de exploração; Ensaia e executa testes oralmente; Zela pela conservação do material à sua guarda;
para se certificar do perfeito estado de funcionamento do Zela e controla os acessos ao interior do edifício; Participa
avarias.

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ANEXO III

Tabela salarial

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

182
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ANEXO IV Artigo 4.º

Avaliação e desempenho Avaliação do pessoal dirigente e de chefia


1- O presente artigo aplica-se à avaliação do pessoal diri-
Artigo 1.º gente e de chefia.
2- A avaliação de desempenho incidirá obrigatoriamente
Avaliação de desempenho sobre os seguintes fatores:
1- A EMARP deverá promover anualmente a avaliação de a) Comunicação empática;
desempenho de todos os seus trabalhadores, nos termos des- b) Capacidade de decisão;
te AE, desde que o trabalhador tenha no mínimo 6 meses de c) Disponibilidade;
trabalho efetivo no ano a que se refere a avaliação. d) Ética;
2- A avaliação realiza-se em fevereiro e reporta-se ao ano e) Iniciativa/Criatividade;
civil anterior. f) Inteligência emocional;
g) Interação com os outros;
Artigo 2.º
h) Mudança;
Princípios gerais da avaliação de desempenho i) Liderança;
j) Progredir na ambiguidade.
1- A avaliação de desempenho consiste na apreciação do
3- Cada fator é pontuado entre 1 e 5 pontos, sendo que a
trabalho prestado por cada trabalhador.
pontuação mínima é de 1 ponto e a máxima de 5 pontos.
2- A avaliação de desempenho incidirá obrigatoriamente
sobre os seguintes fatores: Artigo 5.º
a) Assiduidade;
b) Pontualidade; Processo de avaliação do pessoal dirigente e chefia
c) Qualidade do trabalho; 1- A avaliação de desempenho será efetuada através do
d) Interesse pelo trabalho; preenchimento de uma ficha de avaliação pelo superior hie-
e) Sentido de responsabilidade; rárquico do trabalhador.
f) Produtividade; 2- A avaliação de desempenho do diretor-geral será efetua-
g) Colaboração com o grupo; da através do preenchimento de uma ficha de avaliação pelo
h) Conhecimento das funções; conselho de administração e pelos chefes de direção.
i) Iniciativa; 3- A avaliação de desempenho dos chefes de direção será
j) Disciplina. efetuada através do preenchimento de uma ficha de avalia-
3- Cada fator é pontuado entre 1 e 5 pontos, sendo que a ção pelo administrador executivo ou pelo diretor-geral, pelos
pontuação mínima é de 1 ponto e a máxima de 5 pontos. restantes chefes de direção e pelos respetivos chefes de divi-
são e de setor, quando existam.
Artigo 3.º
4- O resultado da avaliação resulta da média ponderada
Processo de avaliação das avaliações, na qual a avaliação do administrador exe-
cutivo ou do diretor-geral tem uma ponderação de 50 %, a
1- A avaliação de desempenho será efetuada através do
avaliação dos subordinados tem uma ponderação de 25 % e
preenchimento de uma ficha de avaliação pelo superior hie-
a dos restantes chefes de direção 25 %.
rárquico do trabalhador.
5- A ficha preenchida será entregue ao trabalhador para co-
2- A ficha preenchida será entregue ao trabalhador para co-
nhecimento deste.
nhecimento deste.
6- Caso o trabalhador não concorde com a avaliação glo-
3- Caso o trabalhador não concorde com a avaliação glo-
bal ou específica em qualquer dos fatores, dispõe do prazo
bal ou específica em qualquer dos fatores, dispõe do prazo
de dez dias úteis após entrega da ficha para recorrer para a
de dez dias úteis após entrega da ficha para recorrer para a
comissão paritária de acompanhamento do AE, criada nos
comissão paritária de acompanhamento do AE, criada nos
termos da cláusula 109.ª deste AE.
termos da cláusula 109.ª deste AE.
7- A comissão paritária de acompanhamento emitirá um
4- A comissão paritária de acompanhamento emitirá um
parecer não vinculativo, podendo manter a decisão da chefia
parecer não vinculativo, podendo manter a decisão da chefia
ou alterá-la, por intermédio da atribuição de pontuação mais
ou alterá-la, por intermédio da atribuição de pontuação mais
elevada em algum ou alguns dos fatores específicos.
elevada em algum ou alguns dos fatores específicos.
8- A decisão sobre a classificação final é da competência
5- A decisão sobre a classificação final é da competência
do conselho de administração.
do conselho de administração.
6- Sempre que a classificação final do trabalhador seja Artigo 6.º
igual ou inferior a regular, será realizada uma entrevista in-
dividual com o trabalhador, para abordagem dos aspetos me- Avaliação final
nos positivos do desempenho, acompanhados de sugestões 1- O resultado final da avaliação resulta da soma dos fato-
objetivas para a sua melhoria. res previstos nos artigos 2.º e 4.º

183
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

2- De acordo com a pontuação obtida, a classificação será e reciclagem;


a seguinte: d) À melhoria do nível de educação básica;
a) Excelente: entre 45,6 e 50 pontos; e) Permitir a frequência de cursos profissionais de interes-
b) Muito Bom: entre 39,6 e 45,5 pontos; se para a empresa.
c) Bom: entre 34,6 e 39,5 pontos; 6- Poderão ser abrangidas no plano previsto no número
d) Regular: entre 29,6 e 34,5 pontos; anterior, ações de formação, realizadas em parceria com o
e) Insuficiente: inferior a 29,5 pontos. sindicato outorgante, tendentes ao reconhecimento, valida-
ção e certificação de competências equiparadas a níveis de
ANEXO V escolaridade ou habilitações académicas.
7- O plano anual de formação deverá, no mínimo, abran-
Formação profissional ger 10 % dos trabalhadores e um número mínimo de 35 horas
certificadas.
Artigo 1.º 8- As horas de formação podem ser transformadas em cré-
ditos acumulados ao longo de um período máximo de 3 anos,
Princípios gerais quando as ações de formação não forem organizadas pela
1- Os trabalhadores têm direito à formação profissional empresa, por motivos que lhe sejam imputáveis.
inicial e contínua ao longo da vida. 9- O sindicato outorgante da convenção tem o direito de
2- A empresa deve elaborar um plano de formação anual. informação sobre os planos de formação da empresa.
3- A empresa obriga-se a passar certificados de frequência Artigo 3.º
e de aproveitamento das ações de formação profissional por
si promovidas. Mínimo de horas anuais de formação
4- As ações de formação devem ocorrer durante o horário 1- O cumprimento do número mínimo de horas anuais de
de trabalho, sempre que possível, sendo o tempo nelas des- formação certificada, previsto no artigo anterior, pode ser re-
pendido, para todos os efeitos, considerado como tempo de alizado por intermédio de uma ou mais ações de formação.
trabalho. 2- A formação certificada, prevista nos termos do número
5- Realizando-se a formação profissional fora do horário anterior, pode ser realizada diretamente pelo empregador ou
de trabalho por determinação da empresa, os trabalhadores por intermédio de entidade formadora devidamente acredita-
participantes têm direito ao pagamento de trabalho suple- da para o efeito.
mentar, subsídio de refeição, subsídio de transporte e ajudas
de custo nos termos previstos neste AE. Artigo 4.º
6- A empresa deverá facilitar a realização nos locais de tra-
Direito individual à formação
balho de ações de educação e formação sindical organizadas
pelas organizações sindicais. 1- O direito individual à formação vence-se no dia 1 de
7- O trabalhador tem direito a licenças de formação, sem janeiro de cada ano civil.
retribuição, para ações de formação cujo conteúdo é livre- 2- Sem prejuízo do disposto no número anterior, no ano da
mente estabelecido por si. contratação, o trabalhador tem direito à formação após seis
meses de duração do contrato.
Artigo 2.º 3- Nos casos previstos no número anterior, o número de
horas de formação será, no mínimo, proporcional ao tempo
Plano de formação
de duração do contrato, à data prevista para o início da pri-
1- A empresa elabora anualmente planos de formação, que meira ação de formação certificada.
incluirão, obrigatoriamente, os objetivos da formação, as 4- Se o trabalhador enquadrado nos termos do disposto nos
ações que dão lugar à emissão de certificados de formação números 2 e 3 deste artigo, não for objeto de formação no
profissional, o número de horas de formação a realizar, o lo- ano da contratação, o crédito de horas correspondente trans-
cal e o horário previsível de realização das ações, as matérias fere-se para o ano seguinte, sendo proporcional ao tempo de-
objeto de formação bem como a categoria dos trabalhadores corrido entre a contratação e o fim do ano civil.
a abranger pelas mesmas, que incluirão as medidas neces- 5- O disposto nos números anteriores é aplicável, com as
sárias: devidas adaptações aos trabalhadores com contrato a termo,
a) À atualização e melhoria dos conhecimentos e das com- cuja duração, inicial ou renovada seja inferior a um ano.
petências dos trabalhadores, visando o seu aperfeiçoamento
profissional, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da Artigo 5.º
vida;
Formação e certificação obrigatória
b) À adaptação dos trabalhadores a novas tecnologias ou a
novos métodos ou processos de trabalho; 1- A EMARP proporciona aos trabalhadores as formações
c) Às medidas de reconversão e requalificação profissional periódicas e as certificações obrigatórias exigidas para o

184
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

exercício de funções. ANEXO VI


2- Em caso de cessação de contrato por iniciativa do traba-
lhador, este deve ressarcir a EMARP no valor despendido na Segurança e saúde no trabalho
formação e na certificação, calculado proporcionalmente ao
período da validade da certificação, até ao limite máximo de Artigo 1.º
três anos, contando a partir da data em que a desvinculação
produz efeitos. Objetivo
O presente anexo tem como objetivo promover a segu-
Artigo 6.º
rança e saúde nos locais de trabalho, assegurar a integridade
Formação de reconversão física, psíquica e social dos trabalhadores, assim como a pre-
venir os riscos profissionais, de forma a diminuir os aciden-
1- A empresa promoverá ações de formação profissional
tes e as doenças relacionadas com o trabalho e estabelecer a
de requalificação e de reconversão, por razões:
organização, competência e funcionamento da atividade da
a) Determinadas por condições de saúde do trabalhador
EMARP na área da segurança e saúde no trabalho, doravante
que imponham incapacidades ou limitações no exercício das
designada SST.
respetivas funções;
b) Determinadas por necessidades de reorganização de Artigo 2.º
serviços ou por modificações tecnológicas e sempre que se
demonstre a inviabilidade de manutenção de certas catego- Princípios gerais
rias profissionais. 1- O trabalhador tem direito à prestação de trabalho em
2- Da requalificação ou reconversão não pode resultar bai- condições de segurança, higiene e saúde asseguradas pela
xa de retribuição ou perda de quaisquer benefícios, garantias empresa.
ou regalias de carácter geral. 2- A empresa é obrigada a organizar as atividades de segu-
rança, higiene e saúde no trabalho que visem a prevenção de
Artigo 7.º
riscos profissionais e a promoção da saúde do trabalhador.
Relatório anual da formação contínua 3- A execução de medidas em todas as fases da atividade
da empresa, destinadas a assegurar a segurança e saúde no
1- A empresa elabora anualmente um relatório sobre a
trabalho, assenta nos seguintes princípios de prevenção:
execução da formação contínua, indicando o número total
a) Planificação e organização da prevenção de riscos pro-
de trabalhadores ao seu serviço, os trabalhadores abrangidos
fissionais;
por cada ação, respetiva carreira, ações realizadas e número
b) Eliminação dos fatores de risco e de acidente;
de trabalhadores participantes, por áreas de atividade da em-
c) Avaliação e controlo dos riscos profissionais;
presa, bem como os encargos globais da formação e fontes
d) Informação, formação, consulta e participação dos tra-
de financiamento.
balhadores e seus representantes;
2- O relatório deverá ser enviado à comissão sindical, ou
e) Promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores.
aos delegados sindicais na falta desta, durante o primeiro tri-
4- A empresa obriga-se a cumprir a legislação em vigor
mestre de cada ano, sem prejuízo do seu envio para outras
em matéria de prevenção da saúde e segurança no trabalho e
entidades previstas na legislação vigente.
a manter os trabalhadores informados sobre as normas cor-
Artigo 8.º respondentes.

Informação e consulta Artigo 3.º


1- O sindicato outorgante, a comissão sindical ou os dele- Obrigações gerais do empregador
gados sindicais na falta desta, podem emitir pareceres sobre
1- A empresa é obrigada a assegurar aos trabalhadores
os planos anuais de formação e sobre os relatórios anuais de
condições de segurança e saúde em todos os aspetos relacio-
formação contínua, no prazo de 15 dias após a receção de
nados com o trabalho.
cada um destes.
2- Para efeitos do disposto no número anterior, deve apli-
2- Decorrido o prazo referido no número anterior sem que
car as medidas necessárias, tendo em conta os seguintes
qualquer dos pareceres tenha sido entregue à empresa, con-
princípios de prevenção:
sidera-se satisfeita a exigência de consulta.
a) Proceder, na conceção das instalações, dos locais e pro-
Artigo 9.º cessos de trabalho, à identificação dos riscos previsíveis,
combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando os seus
Cessação do contrato efeitos, de forma a garantir um nível eficaz de proteção;
Cessando o contrato de trabalho, qualquer que seja o seu b) Integrar no conjunto das atividades da empresa e a todos
fundamento, o trabalhador tem direito a receber a retribuição os níveis a avaliação dos riscos para a segurança e saúde
correspondente ao crédito de horas para formação que não dos trabalhadores, com a adoção de convenientes medidas
lhe tenha sido proporcionado. de prevenção;
c) Assegurar que as exposições aos agentes químicos, físi-
cos e biológicos nos locais de trabalho não constituam risco

185
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

para a saúde dos trabalhadores; 5- A EMARP deve observar as prescrições legais assim
d) Planificar a prevenção num sistema coerente que tenha como as diretrizes das entidades competentes respeitantes à
em conta a componente técnica, a organização do trabalho, segurança, higiene e saúde no trabalho.
as relações sociais e os fatores materiais inerentes ao traba- 6- A EMARP obriga-se a instalar os trabalhadores em boas
lho; condições de higiene e segurança, provendo os locais de
e) Ter em conta, na organização dos meios, não só os trabalho com os requisitos necessários e indispensáveis, in-
trabalhadores como também terceiros suscetíveis de serem cluindo a existência de vestiários, lavabos e balneários para
abrangidos pelos riscos da realização dos trabalhos, quer nas uso dos trabalhadores.
instalações, quer no exterior;
Artigo 4.º
f) Dar prioridade à proteção coletiva em relação às medi-
das de proteção individual; Obrigações gerais do trabalhador
g) Organizar o trabalho, procurando, designadamente, eli-
1- Constituem obrigações dos trabalhadores:
minar os efeitos nocivos do trabalho monótono e do trabalho
a) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no
cadenciado, sobre a saúde dos trabalhadores;
trabalho estabelecidas na lei, bem como as instruções deter-
h) Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalha-
minadas com esse fim pela empresa;
dores em função dos riscos a que se encontram expostos no
b) Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela se-
local de trabalho;
gurança e saúde das outras pessoas que possam ser afetadas
i) Estabelecer, em matéria de primeiros socorros, de com-
pelas suas ações ou omissões no trabalho;
bate a incêndios e de evacuação de trabalhadores, as medidas
c) Utilizar corretamente e segundo instruções transmitidas
que devem ser adotadas e a identificação dos trabalhadores
pela empresa, máquinas, aparelhos, instrumentos, substân-
responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar os con-
cias perigosas e outros equipamentos e meios postos à sua
tatos necessários com as entidades exteriores competentes
disposição, designadamente os equipamentos de proteção
para realizar aquelas operações e as de emergência médica;
coletiva e individual, bem como cumprir os procedimentos
j) Permitir unicamente a trabalhadores com aptidão e for-
de trabalho estabelecidos;
mação adequadas e, apenas durante o tempo estritamente ne-
d) Cooperar para a melhoria do sistema de segurança, hi-
cessário, o acesso a zonas de risco grave;
giene e saúde no trabalho;
k) Adotar medidas e dar instruções que permitam aos
e) Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou,
trabalhadores, em caso de perigo grave e iminente que não
não sendo possível, aos trabalhadores que tenham sido de-
possa ser evitado, cessar a sua atividade ou afastar-se ime-
signados para se ocuparem de todas ou algumas das ativida-
diatamente do local de trabalho, sem que possam retomar
des de segurança, higiene e saúde no trabalho, as avarias e
a atividade enquanto persistir esse perigo, salvo em casos
deficiências por si detetadas que se lhe afigurem suscetíveis
excecionais e desde que assegurada a proteção adequada;
de originar perigo grave e iminente, assim como qualquer
l) Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo
defeito verificado nos sistemas de proteção;
ou menos perigoso;
f) Em caso de perigo grave e iminente, não sendo possível
m) Dar instruções adequadas aos trabalhadores;
estabelecer contato imediato com o superior hierárquico ou
n) Ter em consideração se os trabalhadores têm conheci-
com os trabalhadores que desempenhem funções específicas
mentos e aptidões em matérias de segurança e saúde no tra-
nos domínios da segurança, higiene e saúde no local de tra-
balho que lhes permitam exercer com segurança as tarefas de
balho, adotar as medidas e instruções estabelecidas para tal
que os incumbir;
situação.
o) Na aplicação das medidas de prevenção, a empresa deve
2- Os trabalhadores não podem ser prejudicados por cau-
mobilizar os meios necessários, nomeadamente nos domí-
sa dos procedimentos adotados na alínea f) do número ante-
nios da prevenção técnica, da formação e da informação,
rior, nomeadamente em virtude de, em caso de perigo grave
e os serviços adequados, internos ou exteriores à empresa,
e iminente que não possa ser evitado, afastarem-se do seu
estabelecimento ou serviço, bem como o equipamento de
posto de trabalho ou de uma área perigosa ou tomar outras
proteção que se torne necessário utilizar, tendo em conta, em
medidas para a sua própria segurança ou a de terceiros.
qualquer caso, a evolução da técnica.
3- Se a conduta do trabalhador tiver contribuído para ori-
3- A EMARP suporta os encargos com a organização e fun-
ginar a situação de perigo, o disposto no número anterior não
cionamento do serviço de segurança e de saúde no trabalho e
prejudica a sua responsabilidade, nos termos gerais.
demais medidas de prevenção, incluindo exames, avaliações
4- As medidas e atividades relativas à segurança, higiene e
de exposições, testes e outras ações dos riscos profissionais e
saúde no trabalho não implicam encargos financeiros para os
vigilância da saúde, sem impor aos trabalhadores quaisquer
trabalhadores, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar
encargos financeiros.
e civil emergente do incumprimento culposo das respetivas
4- Para os efeitos previstos no número anterior, compete
obrigações.
ao médico do trabalho determinar quais os exames, avalia-
5- As obrigações dos trabalhadores no domínio da segu-
ções de exposições, testes e outras ações dos riscos profissio-
rança e saúde nos locais de trabalho não excluem a respon-
nais e vigilância da saúde que se inserem no âmbito da saúde
sabilidade do empregador pela segurança e a saúde daqueles
do trabalho e quais os que ficam fora deste âmbito.
em todos os aspetos relacionados com o trabalho.

186
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Artigo 5.º b) Desenvolver processos de avaliação de riscos profissio-


nais;
Responsabilidade do conselho de administração c) Conceber, programar e desenvolver medidas de preven-
Compete ao conselho de administração: ção e de proteção;
a) Promover locais de trabalho em condições de higiene e d) Coordenar tecnicamente as atividades de segurança e
segurança; higiene no trabalho, assegurando o enquadramento e a orien-
b) Promover a elaboração do programa de segurança e tação técnica dos profissionais da área da segurança e higie-
saúde; ne no trabalho;
c) Assegurar que o programa de segurança e saúde é cum- e) Participar na organização do trabalho;
prido por todos os intervenientes; f) Gerir o processo de utilização de recursos externos nas
d) Assegurar treino e formação aos trabalhadores; atividades de prevenção e de proteção;
e) Promover a vigilância da higiene, saúde e segurança no g) Assegurar a organização da documentação necessária à
trabalho; gestão da prevenção na empresa;
f) Promover a existência permanente de equipamentos in- h) Promover a informação e a formação dos trabalhadores
dividuais e coletivos de segurança; e demais intervenientes nos locais de trabalho;
g) Promover o cumprimento do estabelecido pela empresa i) Promover a integração da prevenção nos sistemas de
em termos de SHT; comunicação da empresa, preparando e disponibilizando a
h) Apoiar os técnicos de segurança nas suas atividades de necessária informação específica;
prevenção e proteção; j) Dinamizar processos de consulta e de participação dos
i) Avaliar o desempenho do sistema da segurança e saúde. trabalhadores;
k) Desenvolver as relações da empresa com os organismos
Artigo 6.º
da Rede Nacional de Prevenção de Riscos Profissionais.
Responsabilidade dos dirigentes e chefias 2- Nos termos do disposto na alínea d) do número anterior,
compete aos técnicos profissionais de segurança desenvol-
Os dirigentes e as chefias devem cooperar, de modo es-
ver as atividades de prevenção e de proteção contra os riscos
pecial, em relação aos serviços sob o seu enquadramento
profissionais, nomeadamente:
hierárquico e técnico, com os serviços de segurança e saúde
a) Colaborar no planeamento e na implementação do sis-
no trabalho, na execução das medidas de prevenção e de vi-
tema de gestão de prevenção de riscos profissionais da em-
gilância da saúde, designadamente:
presa;
a) Cumprir e fazer cumprir os princípios e os objetivos fi-
b) Colaborar no processo de avaliação de riscos profissio-
xados na empresa em termos de SST;
nais;
b) Corrigir atos inseguros e condições perigosas;
c) Desenvolver e implementar medidas de prevenção e de
c) Assegurar que só o pessoal devidamente formado e au-
proteção;
torizado pode operar com equipamentos de trabalho perigo-
d) Colaborar na conceção de locais, postos e processos de
sos;
trabalho;
d) Elaborar os autos de notícia e colaborar na investigação
e) Colaborar no processo de utilização de recursos exter-
dos acidentes e incidentes;
nos nas atividades de prevenção e de proteção;
e) Inspecionar as áreas de trabalho e tomar medidas cor-
f) Assegurar a organização da documentação necessária
retivas e preventivas em conformidade com a avaliação de
ao desenvolvimento da prevenção na empresa;
riscos ocupacionais em vigor na empresa;
g) Colaborar nos processos de informação e formação dos
f) Alertar o técnico de SST para acompanhar os trabalhos
trabalhadores e demais intervenientes nos locais de trabalho;
em caso de atividades com risco elevado, designadamente:
h) Colaborar na integração da prevenção no sistema de co-
soterramento, espaços confinados e trabalhos em altura;
municação da empresa;
g) Informar por escrito o respetivo superior hierárquico
i) Colaborar no desenvolvimento de processos de consulta
ou, inexistindo este, o conselho de administração, sobre o
e de participação dos trabalhadores;
não cumprimento do estabelecido pela empresa quer em fi-
j) Colaborar no desenvolvimento das relações da empresa
chas de procedimento de segurança quer nas medidas previs-
com os organismos da rede de prevenção.
tas na avaliação de riscos.
Artigo 8.º
Artigo 7.º
Direito de informação
Responsabilidade dos técnicos de segurança
1- Todos os trabalhadores, assim como os seus represen-
1- Compete aos técnicos superiores de segurança organi-
tantes, devem dispor de informação adequada e atualizada
zar, desenvolver, coordenar e controlar as atividades de pre-
sobre:
venção e proteção contra os riscos profissionais em contexto
a) Os riscos para a segurança e saúde, bem como as medi-
de trabalho, através das seguintes atividades:
das de proteção e de prevenção e a forma como se aplicam
a) Colaborar na definição da política geral da empresa re-
relativos ao posto de trabalho ou função;
lativa à prevenção de riscos e planear e implementar o cor-
b) As medidas e as instruções a adotar em caso de perigo
respondente sistema de gestão;

187
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

grave e eminente; d) O programa e a organização da formação em segurança


c) As medidas de primeiros socorros, de combate a incên- e saúde no trabalho;
dios e de evacuação de trabalhadores em caso de sinistro, e) A designação e a exoneração dos trabalhadores que de-
bem como os trabalhadores ou serviços encarregados de as sempenhem funções específicas nos domínios da segurança,
pôr em prática. higiene e saúde nos locais de trabalho;
2- Sem prejuízo da formação adequada, a informação a f) A designação dos trabalhadores responsáveis pela apli-
que se refere o número anterior, deve ser sempre facultada cação das medidas de primeiros socorros, de combate a in-
ao trabalhador nos seguintes casos: cêndios e de evacuação de trabalhadores, a respetiva forma-
a) Admissão na empresa; ção e material disponível;
b) Mudança de posto de trabalho ou funções; g) O recurso a serviços de apoio exteriores ou a técnicos
c) Introdução de novos equipamentos de trabalho ou alte- qualificados para assegurar o desenvolvimento das ativida-
ração dos existentes; des de segurança e saúde no trabalho;
d) Adoção de uma nova tecnologia; h) O material de proteção que seja necessário utilizar;
e) Atividades que envolvam trabalhadores de diversas em- i) Os riscos profissionais, medidas de proteção e preven-
presas e/ou entidades. ção e a forma como se aplicam ao posto de trabalho ou fun-
ção e órgão/serviço;
Artigo 9.º
j) A lista anual dos acidentes de trabalho mortais e dos que
Direito de formação geram incapacidade para o trabalho superior a três dias úteis;
k) Os relatórios dos acidentes de trabalho.
1- Os trabalhadores, assim como os seus representantes,
2- Os trabalhadores e os seus representantes podem apre-
devem receber formação adequada no domínio da segurança
sentar propostas, de modo a minimizar qualquer risco pro-
e saúde no trabalho, tendo em conta as respetivas funções e
fissional.
as características do posto de trabalho.
3- Para efeitos do disposto nos números anteriores, deve
2- Os trabalhadores e seus representantes, designados para
ser facultado acesso:
se ocuparem de todas ou algumas atividades na área da se-
a) Às informações técnicas objeto de registo e aos dados
gurança e saúde no trabalho, devem ter assegurado formação
médicos coletivos, não individualizados;
permanente para o exercício das suas funções.
b) Às informações técnicas provenientes de serviços de
3- A EMARP, tendo em conta a dimensão da empresa e
inspeção e outros organismos competentes no domínio da
os riscos existentes, deve formar, em número suficiente, os
segurança, higiene e saúde no trabalho.
trabalhadores responsáveis pela prestação de primeiros so-
4- Quando consultados, os representantes dos trabalhado-
corros, combate a incêndios e evacuação de pessoas, bem
res dispõem de quinze dias para emitir o respetivo parecer.
como facultar-lhes o material necessário.
5- O prazo referido no número anterior pode ser alargado
4- A formação referida nos números anteriores deve ser
pela EMARP, tendo em conta a extensão ou a complexidade
assegurada pela EMARP, garantindo que dela não resulta
da matéria.
qualquer prejuízo para os trabalhadores.
6- Decorrido o prazo para emissão de parecer por parte
5- Para efeitos do disposto no número anterior, a EMARP,
dos representantes dos trabalhadores sem que tal aconteça,
quando não possua os meios e condições necessários à reali-
considera-se satisfeita a exigência de consulta.
zação da formação, pode solicitar o apoio dos serviços públi-
7- Na eventualidade da EMARP não acolher o parecer
cos competentes, bem como as estruturas de representação
emitido pelos representantes dos trabalhadores ou, na sua
coletiva dos trabalhadores no que se refere à formação dos
falta, pelos próprios trabalhadores, deve informá-los dos
respetivos representantes.
fundamentos, nos termos do número 4 artigo 18.º da Lei n.º
Artigo 10.º 102/2009, de 10 de setembro.
8- As consultas feitas pela EMARP aos representantes dos
Direito de consulta e proposta trabalhadores, bem como as respetivas respostas e propostas
1- Sem prejuízo do direito de consulta e proposta previsto apresentadas, devem constar de registo em livro próprio, or-
noutras disposições deste AE e da lei, a EMARP deve con- ganizado pelo órgão ou serviço.
sultar, por escrito e, pelo menos, duas vezes por ano, previa- 9- Os representantes dos trabalhadores devem organizar,
mente ou em tempo útil, os representantes dos trabalhadores eles próprios, um arquivo nos mesmos moldes.
ou, na sua falta, os próprios trabalhadores sobre:
Artigo 11.º
a) A avaliação dos riscos para a segurança e saúde no tra-
balho, incluindo os respeitantes aos grupos de trabalhadores Representantes dos trabalhadores
sujeitos a riscos especiais;
1- Entendem-se por representantes dos trabalhadores, do-
b) As medidas de higiene e segurança antes de serem pos-
ravante designados RT, as pessoas eleitas nos termos da le-
tas em prática ou, logo que seja possível, em caso de aplica-
gislação em vigor, para exercerem funções de representação
ção urgente das mesmas;
dos trabalhadores nos domínios da segurança e saúde no tra-
c) As medidas que, com impacto nas tecnologias ou fun-
balho.
ções, tenham repercussões sobre a saúde e a segurança dos
2- Os representantes são eleitos pelos trabalhadores por
trabalhadores;

188
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

voto direto e secreto, segundo o princípio da representação dos seus deveres funcionais no dia em que houver lugar a
pelo método de Hondt. eleições, sendo igualmente concedidas facilidades aos res-
3- Podem eleger ou ser eleitos quaisquer trabalhadores ao tantes trabalhadores pelo período estritamente indispensável
serviço da EMARP. para o exercício do direito de voto, sem perda de quaisquer
4- O número de representantes dos trabalhadores é o defi- direitos ou regalias, inclusive o subsídio de refeição.
nido na legislação em vigor, tendo em conta o número total
Artigo 13.º
de trabalhadores ao serviço da empresa à data da eleição.
5- O exercício das funções destes representantes não im- Crédito de horas
plica a perda de quaisquer direitos ou regalias, inclusive o
1- Os representantes dos trabalhadores dispõem de um cré-
subsídio de refeição.
dito de 8 horas por mês para o exercício das suas funções.
6- A EMARP garante aos representantes dos trabalhado-
2- O crédito de horas diz respeito ao período normal de
res, formação suficiente e adequada no domínio da seguran-
trabalho e conta como tempo de serviço efetivo, não poden-
ça e saúde no trabalho, bem como a sua atualização, quando
do ser acumulado com outros créditos de horas que os tra-
necessária.
balhadores possam dispor em virtude de exercerem funções
7- O mandato dos representantes dos trabalhadores é de 3
noutras estruturas de representação coletiva.
anos.
3- A intenção de gozar do direito ao crédito de horas deve
8- A substituição dos representantes dos trabalhadores só
ser comunicada à EMARP, por escrito e justificadamente,
é admitida no caso de renúncia ou impedimento definitivo,
com uma antecedência mínima de 2 dias, salvo motivo aten-
cabendo a mesma, aos candidatos efetivos e suplentes pela
dível.
ordem indicada na respetiva lista.
4- As ausências que os representantes possam ter no exer-
Artigo 12.º cício das suas funções e que ultrapassem o crédito de horas
referido no número 1, são consideradas faltas justificadas,
Processo de eleição contando como tempo de serviço efetivo, exceto para efeitos
1- Os trabalhadores, ou sindicato que tenha trabalhadores de retribuição.
representados, que promovem a eleição, comunicam aos ser- 5- As ausências referidas no número anterior são comu-
viços competentes do ministério responsável pela área labo- nicadas, por escrito, com um dia de antecedência ou, na sua
ral e à EMARP, a data do ato eleitoral, devendo fazê-lo com impossibilidade, nos dois dias úteis seguintes ao primeiro dia
uma antecedência mínima de 90 dias. de ausência.
2- A EMARP compromete-se a prestar toda a colabora- 6- O não cumprimento do disposto no número anterior tor-
ção que se mostre necessária à realização do ato eleitoral, na as faltas injustificadas.
nomeadamente afixando a comunicação referida no número
Artigo 14.º
anterior deste artigo e facultando informação aos promoto-
res do ato eleitoral que permita a constituição da comissão Outros direitos dos representantes dos trabalhadores para segurança e
eleitoral nos termos do artigo 28.º da Lei n.º 102/2009, de 10 saúde no trabalho
de setembro. 1- A EMARP compromete-se a colocar ao dispor dos re-
3- Compete à comissão eleitoral: presentantes dos trabalhadores as instalações, os meios téc-
a) Afixar as datas de início e de termo do período de apre- nicos e materiais necessários ao desempenho das suas fun-
sentação de listas, recebê-las, verificá-las e afixá-las no ór- ções, incluindo transporte para visitar os locais de trabalho,
gão ou serviço, bem como fixar o período em que estas po- desde que solicitado com antecedência.
dem afixar comunicados; 2- Sem prejuízo da informação referida no artigo 8.º do
b) Fixar o número e a localização das secções de voto, ca- presente anexo, os representantes dos trabalhadores para se-
bendo ao presidente da comissão designar a composição das gurança e saúde no trabalho têm direito a:
mesas de voto; a) Informações técnicas objeto de registo e aos dados mé-
c) Realizar o apuramento global do ato eleitoral, procla- dicos coletivos não individualizados;
mar os seus resultados e comunicá-los aos serviços compe- b) Informações técnicas provenientes de serviços de ins-
tentes do ministério responsável pela área laboral; peção e outros organismos competentes no domínio da segu-
d) Resolver quaisquer dúvidas e omissões do procedimen- rança e saúde no trabalho.
to eleitoral. 3- Sem prejuízo do disposto no artigo 9.º do presente ane-
4- A comunicação referida na alínea c) do número anterior xo, a EMARP deve proporcionar condições para que os re-
deve mencionar quer os representantes eleitos como efetivos presentantes dos trabalhadores recebam formação adequada,
quer os eleitos como suplentes. concedendo, se necessário, licença com retribuição ou sem
5- A EMARP compromete-se a colocar ao dispor da co- retribuição caso beneficiem de subsídios específicos prove-
missão eleitoral as instalações, os meios técnicos e materiais nientes de outra entidade.
necessários ao desempenho das suas funções. 4- Os representantes dos trabalhadores podem solicitar a
6- Os membros das mesas são dispensados do exercício intervenção de autoridades inspetivas, designadamente das

189
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

que estão afetas ao ministério responsável pela área laboral Artigo 17.º
ou outras competentes, bem como apresentar as suas obser-
vações do decurso de visitas e fiscalizações efetuadas. Funcionamento da comissão de segurança e saúde no trabalho
5- Os representantes dos trabalhadores têm direito a dis- 1- O mandato da comissão é de três anos.
tribuir informação relativa à segurança e saúde no trabalho, 2- A comissão de segurança e saúde reunirá ordinariamen-
bem como a afixá-la em local apropriado, proporcionado te de três em três meses com todos os seus elementos.
pela empresa. 3- A comissão será secretariada por um dos seus membros,
6- Os representantes dos trabalhadores têm direito a reu- que promoverá a feitura da ata e a sua distribuição dentro de
nir periodicamente com o órgão de direção, para discussão um prazo de oito dias úteis.
e análise de assuntos relacionados com a segurança e saúde 4- O secretariado da comissão convocará, além dos ele-
no trabalho, devendo realizar-se, pelo menos, uma reunião mentos efetivos, todos os outros que se considerem essen-
por mês. ciais para análise dos assuntos a discutir.
7- O tempo despendido na reunião referida no número an- 5- O secretário procederá à convocatória das reuniões nor-
terior não afeta o crédito de horas mensal. mais da comissão de segurança e saúde com oito dias úteis
8- Da reunião referida nos números anteriores será lavrada de antecedência.
ata que deve ser assinada por todos os presentes. 6- Para cada reunião, deverão constar da convocatória to-
9- Da ata deve ser dada uma cópia aos representantes dos dos os pontos da agenda de trabalhos.
trabalhadores para arquivo próprio. 7- A apresentação de novos pontos, quando feita fora das
reuniões, deverá ser canalizada para o secretário com, pelo
Artigo 15.º
menos, cinco dias úteis de antecedência.
Comissão de segurança e saúde no trabalho 8- As reuniões da comissão serão presididas, em sistema
rotativo, por um dos seus membros.
1- Por vontade das partes, expressa em instrumento de re-
9- A comissão de higiene e segurança poderá reunir extra-
gulamentação coletiva de trabalho negocial, pode ser criada
ordinariamente para análise de situações especiais.
uma comissão de segurança e saúde no trabalho.
10- Para a realização das reuniões, considerar-se-á a ocu-
2- A comissão, de natureza paritária, é constituída por
pação de todos os elementos como tempo de trabalho efeti-
igual número de efetivos e suplentes, em representação da
vo, sem perda de quaisquer direitos ou regalias.
entidade empregadora e dos trabalhadores.
11- O tempo despendido nas reuniões referidas nos núme-
3- Os representantes dos trabalhadores escolhem, entre si,
ros anteriores não afeta o crédito mensal de oito horas dos
os membros efetivos e suplentes a que tenham direito, tendo
representantes dos trabalhadores.
em consideração que não devem integrar a comissão a totali-
12- A existência da comissão não impede nem condiciona
dade dos membros eleitos.
a atuação dos representantes eleitos pelos trabalhadores, os
4- No que respeita aos representantes da EMARP, a comis-
quais gozam de autonomia para o cabal exercício das suas
são não deve integrar o médico do trabalho nem o técnico de
funções.
segurança, em respeito pelo princípio de isenção da ativida-
de destes profissionais. Artigo 18.º
5- Quando a comissão assim o entenda, devem os profis-
sionais acima referidos participar das reuniões, sem que te- Serviço de segurança e saúde no trabalho (SST)
nham direito de voto. 1- Os serviços de segurança e saúde no trabalho são cons-
tituídos pelos serviços de segurança no trabalho (SST) e pelo
Artigo 16.º
serviço de saúde ocupacional (SSO).
Competências da comissão de segurança e saúde no trabalho 2- A EMARP garante a organização e o funcionamento
dos serviços de segurança e saúde no Trabalho, os quais
1- A comissão é de natureza consultiva, informativa e pro-
abrangem todos os trabalhadores.
motora da melhoria das condições de trabalho.
3- As atividades técnicas de higiene e segurança no traba-
2- Compete à comissão:
lho devem ser exercidas por técnicos superiores ou técnicos
a) Analisar relatórios, informações e dados estatísticos
com formação especializada na área de higiene e segurança
produzidos na área da segurança e saúde no trabalho, desig-
no trabalho, devidamente certificados.
nadamente os elementos disponíveis relativos aos acidentes
4- Os profissionais referidos no número anterior exercem
e doenças relacionadas com o trabalho;
as respetivas atividades com autonomia técnica, em respeito
b) Realizar visitas aos locais de trabalho no âmbito da ava-
pelo disposto no artigo 7.º do presente anexo.
liação de riscos;
c) Emitir pareceres sobre o plano e relatório de atividades Artigo 19.º
para a área de segurança e saúde no trabalho;
d) Fiscalizar o cumprimento do presente clausulado e de- Atividades principais
mais legislação em vigor no âmbito da segurança e saúde no 1- Os serviços de SST devem tomar medidas as providên-
trabalho; cias necessárias para prevenir os riscos profissionais e pro-
e) Propor iniciativas no âmbito da prevenção de riscos, ten- mover a segurança e a saúde dos trabalhadores.
do em vista a melhoria contínua das condições de trabalho. 2- Para efeitos do número anterior, os serviços de SST de-

190
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

vem garantir a realização das seguintes atividades: o) Coordenar ou acompanhar auditorias e inspeções inter-
a) Identificar os riscos previsíveis em todas as atividades nas;
da EMARP na conceção ou construção de instalações, de p) Organizar os elementos necessários às notificações
locais, métodos e organização do trabalho, assim como na obrigatórias e elaborar o relatório anual a enviar à Autorida-
seleção e manutenção de equipamentos, substâncias ou pro- de para as Condições de Trabalho;
dutos, com vista à eliminação dos mesmos ou, quando tal q) Analisar as causas de acidentes e doenças relacionadas
não seja possível, com vista à sua limitação e/ou à limitação com o trabalho, bem como elaborar as respetivas participa-
das suas consequências; ções obrigatórias e relatórios internos;
b) Planear a prevenção integrando, a todos os níveis e para r) Organizar ou cooperar na realização de simulacros a
o conjunto das atividades da EMARP, a avaliação de riscos e realizar;
as respetivas medidas de prevenção e proteção; s) Recolher e organizar elementos estatísticos relativos à
c) Proceder à avaliação de riscos, elaborando os respetivos segurança e saúde no trabalho.
relatórios; 3- Os serviços de segurança e saúde no trabalho devem
d) Elaborar o plano de prevenção de riscos profissionais, manter atualizados, para efeitos de consulta, os seguintes
assegurar e acompanhar a implementação das medidas nele elementos:
adotadas e zelar pela sua avaliação regular, promovendo a a) Resultados das avaliações de riscos profissionais relati-
sua eficiência e operacionalidade; vos aos grupos de trabalhadores a eles expostos;
e) Sem prejuízo de outras que se mostrem necessárias, a b) Lista de acidentes de trabalho que tenham ocasionado
avaliação referida na alínea anterior deve ser feita, pelo me- ausência superior a três dias úteis por incapacidade para o
nos, uma vez por ano; trabalho, bem como acidentes ou incidentes que assumam
f) Participar na elaboração e implementação do plano de particular gravidade na perspetiva da segurança e saúde no
emergência nos diversos edifícios municipais, incluindo os trabalho;
planos específicos de combate a incêndios, evacuação de c) Relatórios sobre acidentes de trabalho que, independen-
pessoas e primeiros socorros; temente da sua duração, originem ausência por incapacidade
g) Promover o funcionamento integrado da equipa de para o trabalho ou que revelem indícios de particular gravi-
emergência, responsável por assegurar a prestação de pri- dade;
meiros socorros, combate a incêndios e evacuação de pes- d) Lista das situações de baixa por doença e do número
soas; de dias de ausência ao trabalho, a ser remetido pelo serviço
h) Colaborar na elaboração de planos de segurança; de pessoal e, no caso de doença profissional, a relação das
i) Supervisionar o aprovisionamento dos meios destina- doenças participadas;
dos à prevenção e proteção, individual e coletiva, designa- e) Lista das medidas, propostas ou recomendações formu-
damente o aprovisionamento, validade e conservação dos ladas pelos serviços de segurança e saúde no trabalho.
equipamentos de proteção individual, a instalação e manu- 3- Os serviços de segurança e saúde no trabalho devem
tenção de sinalização de segurança nos locais de trabalho e proceder a visitas regulares aos locais de trabalho, com vista
a coordenação de medidas a adotar em caso de perigo grave a manter atualizado o seu conhecimento sobre as condições
e eminente; de trabalho existentes.
j) Cooperar com o serviço de saúde ocupacional na pro- 4- Os serviços de segurança e saúde no trabalho desenvol-
moção e vigilância da saúde dos trabalhadores, bem como vem a sua atividade em estreita articulação com o conselho
organizar e manter atualizados os registos informativos rela- de administração da EMARP, gozando, para o efeito, da de-
tivos a cada trabalhador; vida autonomia técnica.
k) Dar especial atenção às condições de trabalho de traba-
Artigo 20.º
lhadores que se encontram em situações de maior vulnera-
bilidade; Serviço de saúde ocupacional
l) Conceber e desenvolver, de forma integrada, programas
1- A responsabilidade técnica da vigilância da saúde cabe
de sensibilização e formação para a prevenção e promoção
ao médico do trabalho.
da saúde e segurança dos trabalhadores, incidindo sobre a
2- Enquanto a EMARP tiver mais de 250 trabalhadores, o
prevenção de riscos, as respetivas medidas de prevenção e
médico do trabalho é coadjuvado por enfermeiro com expe-
proteção e a forma como se aplicam em cada profissão;
riência adequada.
m) Sem prejuízo de outros temas, no âmbito dos progra-
3- A EMARP deve promover a realização de exames de
mas referidos na alínea anterior, devem ser abordadas a pre-
saúde, tendo em vista verificar a aptidão física e psíquica dos
venção dos riscos psicossociais em geral e do stress, assédio
trabalhadores para o exercício da sua atividade, bem como
e violência no trabalho em particular, bem como a prevenção
a repercussão desta e das condições em que é prestada na
das lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho
saúde do trabalhador.
e do consumo de álcool e outras substâncias psicoativas em
4- As consultas de vigilância da saúde devem ser efetuadas
contexto laboral;
pelo médico do trabalho.
n) Apoiar as atividades de informação e consulta dos re-
5- Sem prejuízo do disposto em legislação especial, devem
presentantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no
ser realizados os seguintes exames de saúde:
trabalho ou, na sua falta, os próprios trabalhadores;

191
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

a) Exames de admissão, realizados antes da admissão do volvam sigilo profissional.


trabalhador ao serviço ou, se a urgência o justificar, nos 15 4- A ficha de aptidão deve ser dada a conhecer ao trabalha-
dias seguintes; dor, devendo conter a assinatura como a aposição da data de
b) Exames periódicos, realizados anualmente para os tra- conhecimento.
balhadores com menos de 18 anos e com mais de 50 anos e 5- Sempre que a repercussão do trabalho e das condições
realizados de dois em dois anos, para todos os outros traba- em que este é prestado se revelarem nocivas para a saúde
lhadores; do trabalhador, o médico do trabalho deve comunicá-lo aos
c) Exames ocasionais, realizados sempre que haja altera- serviços de segurança e saúde no trabalho e, se o estado de
ções substanciais nos componentes materiais do trabalho que saúde do trabalhador assim o justificar, solicitar o seu acom-
possam ter repercussão nociva na saúde do trabalhador, bem panhamento pelo médico assistente do centro de saúde, ou
como no caso de regresso ao trabalho depois de uma ausên- outro médico indicado pelo trabalhador.
cia superior a 30 dias, motivada por doença ou acidente.
Artigo 23.º
7- Para complementar a observação e formular uma opi-
nião precisa, o médico do trabalho pode ainda solicitar a Normas supletivas e interpretação
realização de exames adicionais ou pareceres médicos es-
1- Em tudo o que for omisso no presente anexo, aplicar-se-
pecializados.
-á, com as devidas adaptações, a legislação em vigor.
8- O médico do trabalho, face ao estado de saúde do traba-
2- As dúvidas que surjam na aplicação deste anexo serão
lhador e aos resultados da prevenção de riscos, pode reduzir
resolvidas pela EMARP, em conjunto com o serviço de SST
ou aumentar a periodicidade dos exames, sem pôr em causa
e com os representantes dos trabalhadores.
os prazos inscritos no número 5 deste artigo.
9- No âmbito da promoção da saúde, o médico do trabalho
deve ainda acompanhar a execução do plano de vacinação ANEXO VII
obrigatória e, em particular, do plano de vacinação contra
a hepatite B para trabalhadores que exercem atividades de Prevenção e controlo do consumo de substâncias
maior risco. psicoactivas
10- Organizar ou cooperar na realização de rastreios em
áreas de maior risco, em parceria, ou não, com o Serviço Preâmbulo
Nacional de Saúde.
O consumo de substâncias psicoativas é hoje uma rea-
11- O médico do trabalho exerce as suas funções com inde-
lidade que abrange todos os estratos sociais, níveis etários
pendência técnica e em estrita obediência aos princípios da
e géneros, conduzindo comummente a comportamentos de
deontologia profissional.
risco e a perturbações de diversos tipos.
Artigo 21.º Padrões de consumo excessivos podem conduzir a doen-
ças como a hipertensão arterial, acidente vascular cerebral,
Ficha clínica insuficiência cardíaca, úlcera, cirrose do fígado e doenças
1- As observações clínicas relativas aos exames de saúde oncológicas entre outras. As consequências físicas, emocio-
são anotadas na ficha clínica do trabalhador. nais, cognitivas, sensoriais e comportamentais fazem sentir-
2- Cabe ao médico do trabalho fazer as devidas anotações -se nas esferas familiar, social e profissional.
na ficha clínica do trabalhador. No contexto laboral, trabalhar sob os efeitos de subs-
3- A ficha clínica do trabalhador está sujeita a sigilo pro- tâncias psicoativas leva à falta de concentração, em casos
fissional, pelo que só pode ser facultada pelo médico do tra- extremos à privação do uso da razão e, consequentemente,
balho às autoridades de saúde e aos médicos do serviço com ao agravamento da probabilidade de risco de acidentes de
competência inspetiva do ministério responsável pela área trabalho, a comportamentos violentos e conflitos laborais,
laboral. bem como ao aumento do absentismo, e à diminuição da
4- Por solicitação do trabalhador que deixa de prestar ser- produtividade.
viço na EMARP, o médico do trabalho deve entregar-lhe có- A Organização Mundial de Saúde e a Organização Mun-
pia da sua ficha clínica. dial do Trabalho referem em alguns estudos publicados que
uma grande percentagem de consumidores de álcool ou dro-
Artigo 22.º
gas estão enquadrados profissionalmente, assumindo, assim,
Ficha de aptidão tal situação uma importância considerável no contexto das
condições de trabalho, designadamente no âmbito da segu-
1- Face ao resultado dos exames de admissão, periódicos
rança e saúde no trabalho.
ou ocasionais, o médico do trabalho deve preencher uma fi-
É neste contexto que a EMARP cumpre com a Delibera-
cha de aptidão, da qual remete uma cópia ao responsável de
ção n.º 890/2010 - Aplicável aos tratamentos de dados pes-
recursos humanos da EMARP.
soais com a finalidade de medicina preventiva e curativa no
2- Se o resultado do exame revelar inaptidão do trabalha-
âmbito dos controlos de substâncias psicoativas efetuados a
dor, o médico do trabalho deve indicar, se for caso disso,
trabalhadores da CNPD (Comissão Nacional de Proteção de
outras funções que aquele possa desempenhar.
Dados).
3- A ficha de aptidão não pode conter elementos que en-

192
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

O presente regulamento fixa os termos e as fases de in- Artigo 3.º


tervenção para a implementação deste processo na EMARP.
Termos e definições
Artigo 1.º
Para efeitos de aplicação nos termos do presente regula-
Objeto mento entende-se por:
a) Atividades de risco: Atividade que implica a exposição
1- Com a aprovação do presente regulamento pretende-se
a determinados riscos ocupacionais, ligados normalmente a
promover a prevenção do consumo de substâncias psicoati-
atividades de risco especial tais como trabalhos de escava-
vas, bem como instituir mecanismos de controlo e reabilita-
ção, ou de queda em altura, trabalhos com eletricidade, ou
ção de trabalhadores.
condução de veículos, com capacidade de afetar a saúde ou a
2- As normas visam prevenir e controlar o consumo de
integridade física do trabalhador ou de terceiros;
substâncias psicoativas por parte dos trabalhadores durante o
b) Tempo de trabalho: Qualquer período de tempo durante
horário de trabalho, bem como estabelecer as prescrições mí-
o qual o trabalhador está a desempenhar a atividade ou a ela
nimas de segurança, higiene e saúde em matéria de consumo,
continua ligado, bem como durante os intervalos ou outras
disponibilização e venda de bebidas alcoólicas nos locais de
circunstâncias previstas na legislação aplicável;
trabalho.
c) Alcoolemia: Designação para a concentração de álcool
3- Neste âmbito, o regulamento vem contribuir para a me-
no sangue e exprime-se, habitualmente, pelo teor de álcool
lhoria das condições de saúde e consequentemente de segu-
puro num litro de sangue. A esta permilagem chama-se taxa
rança dos trabalhadores em todas as atividades da EMARP,
de alcoolemia no sangue (TAS). É a medida habitual para
definindo:
avaliar a intensidade da concentração alcoólica no organis-
a) Os responsáveis pelos programas de informação, sensi-
mo num dado momento;
bilização e formação, bem como em matéria de prevenção e
d) Substâncias psicoativas: Substância que afeta o sistema
controlo do consumo de substâncias psicoativas;
nervosos central provocando alterações a nível cognitivo e
b) Os procedimentos a seguir por dirigentes, chefias e de-
comportamental, quando bebida, fumada, inalada ou injeta-
mais técnicos, nos processos de identificação, tratamento e
da;
reabilitação de trabalhadores.
e) Aptidão para o trabalho: Capacidade física e psíquica
Artigo 2.º de um trabalhador desempenhar determinada tarefa ou con-
junto de tarefas, decisão que resulta da vigilância da saúde
Âmbito de aplicação e da avaliação do estado de saúde realizada pelo médico do
1- O regulamento abrange todos os trabalhadores da em- trabalho.
presa em todas as atividades levadas a cabo dentro das insta-
Artigo 4.º
lações ou no exterior, sendo que:
a) A fase de prevenção é aplicável a todos os trabalhado- Responsabilidades e competências das partes envolvidas
res;
1- Tendo em vista a operacionalização do regulamento fica
b) A fase de controlo será excecionalmente aplicável aos
desde já definido que a responsabilidade pela aplicação do
trabalhadores que ocupem postos de trabalho de risco eleva-
regulamento é do médico do trabalho em coordenação com
do, cujas atividades possam pôr em causa a segurança e saú-
o setor de recursos humanos e com o setor de segurança e
de dos mesmos ou de terceiros ou causar dados patrimoniais.
saúde.
2- Nas fases de tratamento e acompanhamento serão ape-
2- Estes serviços têm como função gerir a operacionali-
nas considerados os trabalhadores que:
zação do regulamento, efetuando o acompanhamento dos
a) Solicitem ajuda expressa de forma voluntária;
trabalhadores em todas as fases do programa de prevenção e
b) Por via da vigilância da saúde durante as consultas de
controlo de substâncias psicoativas, da seguinte forma:
Medicina do Trabalho lhes sejam identificados problemas de
a) As ações de informação e formação neste domínio são
saúde decorrentes do consumo de substâncias psicoativas;
realizadas pelo médico do trabalho, articulando com os re-
c) Evidenciem comportamentos identificados pelas respe-
cursos humanos e com o setor de segurança e saúde;
tivas chefias como passíveis de comprometer a sua seguran-
b) As eventuais ações de controlo só podem ser realizadas
ça ou a de terceiros nos locais de trabalho.
por técnicos de saúde: médicos ou enfermeiros do trabalho;
3- Nos casos previstos na alínea anterior, compete ao su-
c) Promover a dinamização do regulamento e efetuar o de-
perior hierárquico redigir uma informação detalhada para
vido acompanhamento;
conhecimento superior através da gestão documental (clas-
d) Promover o envolvimento das chefias como parte inte-
sificada como confidencial) dirigida ao serviço de Medicina
grante e ativa;
do Trabalho, com o conhecimento do setor de segurança e
e) Propor superiormente as alterações que se afigurem ne-
saúde.
cessárias à sua incrementação;
4- Qualquer tratamento a prestar terá que, obrigatoriamen-
3- Caberá ao médico do trabalho, em articulação com o
te, ter o consentimento do trabalhador.
setor de segurança e saúde, a elaboração de um relatório re-

193
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

lativo às iniciativas levadas a cabo neste âmbito. 3- Durante as consultas é assegurado o sigilo profissional,
4- Todos os intervenientes neste processo estão sujeitos ao bem como a garantia da confidencialidade das informações,
dever de sigilo e confidencialidade. cabendo ao médico do trabalho a avaliação da capacidade
física e psíquica do trabalhador em função da função que vai
Artigo 5.º
desempenhar.
Medidas concretas para a implementação do regulamento 4- Na sequência das consultas de Medicina do Trabalho, o
médico apenas pode transmitir à EMARP, se o trabalhador
1- Tendo em vista a implementação de uma estratégia de
se encontra «apto», «apto condicionado» ou «não apto» para
comunicação e implementação do regulamento para a pre-
desempenhar as suas funções.
venção do consumo de substâncias psicoativas deverão ser
realizadas as seguintes iniciativas: Artigo 7.º
a) Realização de ações de sensibilização e informação a
todos os trabalhadores sobre a política da empresa para a Realização de testes de despistagem
prevenção ao consumo de substâncias psicoativas, e dar a 1- Em função das circunstâncias e dos resultados médico-
conhecer o presente regulamento; -periciais em que são avaliados os eixos principais, desig-
b) Realização de ações de formação a dirigentes e chefias, nadamente as capacidades mentais globais, específicas, e de
em ordem a desenvolverem uma gestão e atuação integradas movimento, caberá à EMARP solicitar ao trabalhador a rea-
neste âmbito; lização de testes de despistagem para comprovação das con-
c) A elaboração de artigos para o jornalinho e a realização dições físicas e psíquicas, sempre que esteja comprometida a
de um folheto informativo sobre esta problemática; segurança do trabalhador, a de terceiros, ou a especificidade
d) Limitação da venda e consumo de bebidas alcoólicas da atividade assim o exija, nos seguintes termos:
nos locais de trabalho; a) Os trabalhadores têm de estar informados sobre todos os
e) A criação de um programa de apoio ao trabalhador que procedimentos relativos à aplicação dos testes, devendo nes-
será devidamente publicitado e que terá o apoio dos técnicos te sentido assinar a autorização de teste de deteção de álcool
de segurança e saúde no trabalho, recursos humanos e será e outras substâncias psicoativas, anexa a este regulamento;
levado a cabo pelo médico do trabalho. b) Os testes só podem ser realizados no gabinete médico
2- A intervenção e o papel de dirigentes e chefias são ou noutro local que garanta as necessárias condições de pri-
fulcrais para o sucesso deste regulamento à luz do quadro vacidade;
preventivo que se pretende implementar, devendo neste con- c) Apenas o médico do trabalho ou a enfermeira do traba-
texto: lho podem realizar testes de despiste, sempre em condições
a) Manterem-se informados sobre as iniciativas desenvol- que garantam o sigilo profissional;
vidas com vista à promoção da saúde, bem como reproduzir d) O despiste de alcoolemia é efetuado através da análise
essa informação aos trabalhadores à sua responsabilidade; do ar exalado recorrendo para o efeito a alcoolímetros qua-
b) Acompanhar os trabalhadores nas suas tarefas, procu- litativos calibrados e homologados para o efeito dotados de
rando perceber a relação entre o desempenho profissional e o memória e porta de comunicações para computador, tendo
eventual consumo de substâncias psicoativas; em vista simplificar o processo de recolha de dados;
c) Em face de desempenhos profissionais ou comporta- e) O despiste de opiáceos, anfetaminas, canabinóides e co-
mentos desadequados, associados ou não a consumos de ris- caína será efetuado através de testes rápidos para detetar o
co, que coloquem manifestamente em risco a segurança dos consumo de drogas e seus metabolitos na urina;
mesmos ou de terceiros, informar superiormente. f) As substâncias alvo de deteção são: álcool, opiáceos,
3- O setor de segurança e saúde em função das ativida- anfetaminas, canabinóides e cocaína;
des de gestão de riscos ocupacionais que desenvolve, deverá g) As categorias profissionais elegíveis para testes de des-
propor superiormente as medidas necessárias, tendo em vista pistagem são as que cujas atividades se revestem de fatores
a minimização de qualquer situação que possa comprometer de risco para os próprios trabalhadores ou terceiros:
a segurança e saúde dos trabalhadores. i) Operadores de máquinas e equipamentos de trabalho
(serralheiros, mecânicos, canalizadores, cantoneiros que
Artigo 6.º
operam sopradores ou moto roçadoras ou motosserras) e va-
A vigilância da saúde no âmbito do consumo das substâncias rejadores;
psicoativas ii) Trabalhadores com risco de queda em altura: cantonei-
1- Em conformidade com a legislação em vigor, a vigilân- ros de recolha de resíduos urbanos, cantoneiros que limpam
cia da saúde dos trabalhadores é uma obrigação geral do em- ilhas ecológicas, e outros trabalhadores que desempenhem
pregador, cabendo ao médico do trabalho a efetiva vigilância funções que envolvam trabalhos em altura;
da saúde dos trabalhadores através dos exames de saúde ocu- iii) Trabalhadores que trabalham em estruturas/equipa-
pacional, e das visitas aos locais de trabalho. mentos elétricos de alta, média ou baixa tensão ou nas pro-
2- Dado que a EMARP possui serviços internos de medi- ximidades;
cina ocupacional, caberá a estes serviços, através do médico iv) Trabalhadores envolvidos em atividades de escavação e
do trabalho a identificação de situações clínicas e patológicas movimentação de terras;
ligadas ao consumo de substâncias psicoativas. v) Todos os motoristas ou condutores permanentes ou oca-

194
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

sionais de veículos da empresa. 4- Considera-se que o resultado é positivo quando o con-


h) Os testes de despistagem poderão ser aplicados: trolo da alcoolemia for superior a 0,5 g/l, salvo se o médico
i) Nos exames médicos de admissão, ocasionais ou peri- do trabalho, pelas especificidades próprias do trabalhador, o
ódicos; considerar apto para o trabalho.
ii) Nas situações em que o trabalhador, durante a prestação 5- Nas situações de resultados positivos, a EMARP pro-
do trabalho, demonstre comportamentos e atitudes que pos- move o transporte do trabalhador para a sua residência, se
sam constituir um risco para a sua segurança a de terceiros, necessário.
ou para bens patrimoniais;
Artigo 9.º
iii) Aleatoriamente e sem aviso prévio, abrangendo apenas
as categorias profissionais identificadas na alínea g). Tratamento
i) A realização de testes destina-se em exclusivo para veri-
1- O tratamento do consumo de substâncias psicoativas
ficar a aptidão dos trabalhadores para o desempenho das suas
pode ser solicitado ao médico do trabalho que encaminhará
funções, tendo em vista a promoção da segurança e saúde do
o trabalhador nos termos do número 1 do artigo 8.º, sendo
trabalho;
sempre necessária a aceitação voluntária por parte do traba-
j) É o serviço de Medicina do Trabalho, na pessoa do mé-
lhador.
dico do trabalho, que determina a frequência dos testes em
2- A EMARP garante a manutenção do posto de trabalho.
função dos parâmetros por ele definidos para a avaliação;
3- Para fazer face ao processo de encaminhamento, tra-
k) A realização de testes de despistagem não comportará
tamento e recuperação dos trabalhadores com problemas
custos para os trabalhadores;
ligados ao consumo de substâncias psicoativas que seja de
l) Os trabalhadores podem requerer a presença de uma
consumo nocivo ou dependência, a EMARP pode estabele-
testemunha;
cer protocolos com vista ao tratamento e reabilitação, prefe-
m) Por cada teste efetuado será preenchida uma folha de
rencialmente são contemplados, serviços de saúde da própria
registo (anexa a este regulamento), tendo a mesma de conter
organização (Medicina do Trabalho), cuidados de saúde pri-
a assinatura do trabalhador sujeito ao teste, de quem o realiza
mários, Centros de Respostas Integradas (CRI) e Unidades
e, sendo o caso, de quem o presencia;
de Intervenção Local (UIL) das ARS e da saúde mental, ou
n) Os trabalhadores que forem sujeitos a testes serão in-
ainda, outras entidades que sejam mais adequadas e perti-
formados do resultado pelo serviço de medicina no trabalho;
nentes.
o) Os trabalhadores podem requerer a contraprova ao tes-
te realizado, quando o resultado do teste for positivo, sem Artigo 10.º
quaisquer custos para os trabalhadores;
p) A contraprova é efetuada em unidade hospitalar, se- Regresso ao trabalho
gundo o encaminhamento dado pelo médico de trabalho, 1- Caberá ao médico do trabalho em articulação com a ins-
devendo a mesma ser acompanhada pelo relatório do exame tituição especializada, solicitar as evidências necessárias que
médico; atestem a recuperação do trabalhador.
q) Fora do âmbito da relação de confidencialidade médico- 2- No regresso ao trabalho e em função da análise caso
-paciente, os resultados dos testes apenas se podem traduzir a caso das circunstâncias de cada trabalhador, o médico do
em «apto» ou «não apto»; trabalho em conjunto com o setor de segurança e saúde e
r) Para além do médico e do paciente, os resultados dos chefias decidirá o acompanhamento adequado a efetuar.
testes («apto», ou «não apto») apenas podem ser comunica- 3- Também nesta fase, as informações relativas aos pro-
dos ao setor de recursos humanos, ao setor de segurança e cessos dos trabalhadores neste âmbito são absolutamente
saúde e ao superior hierárquico do trabalhador. confidenciais.
Artigo 8.º Artigo 11.º

Medidas a tomar perante resultados positivos Infrações ao regulamento


1- Se no seguimento de consultas e exames médicos ou 1- Os trabalhadores da EMARP estão obrigados à obser-
testes de despistagem, o médico do trabalho detetar situações vância das regras de segurança e saúde do trabalho, bem
precoce, deve proceder ao encaminhamento para tratamento, como assumirem uma conduta, atitudes e comportamentos
com o menor tempo de afastamento possível do local de tra- corretos, norteadas pelo cumprimento dos deveres e respon-
balho através de baixa médica. sabilidades que lhes sejam cometidos.
2- Para o efeito deverá encaminhar o trabalhador para o 2- Neste sentido será considerado uma violação grave aos
seu médico de família, acompanhado de carta confidencial, deveres dos trabalhadores a falta de zelo e inobservância pe-
explicando as razões clínicas das recomendações para que o las regras de segurança e saúde do trabalho, que os coloquem
trabalhador seja sujeito a tratamento. em risco ou a terceiros que sejam afetados pelas suas ações
3- Um teste com resultado positivo determina a inaptidão ou omissões.
do trabalhador para continuar as suas funções, pelo menos 3- Os trabalhadores poderão ser sujeitos a processos dis-
até ao final do dia de trabalho, competindo a medicina do ciplinares em face de comportamentos violadores dos de-
trabalho declarar a sua inaptidão. veres a que estão sujeitos em matéria de segurança e saúde

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

no trabalho, tendo em vista a gravidade da situação e a sua CAPÍTULO II


reiteração.
Direitos, deveres e garantias das partes
ANEXO VIII
Artigo 4.º
Utilização de vestuário e equipamentos de
Obrigações da EMARP
segurança
1- Constituem obrigações da EMARP:
a) Fornecer, gratuitamente, aos trabalhadores, o fardamen-
CAPÍTULO I to e equipamentos de proteção individual, bem como a sua
substituição quando necessária, desde que não motivada por
Disposições gerais negligência grosseira destes;
b) Informar e formar os trabalhadores sobre os diversos
Artigo 1.º riscos, as medidas de proteção e prevenção existentes, bem
como sobre a correta utilização dos respetivos EPI e as con-
Objetivo sequências a que se expõem face à sua não utilização;
O presente anexo tem por objetivo estabelecer um con- c) Garantir que os EPI só são utilizados pelo trabalhador a
junto de procedimentos e normas de utilização de vestuário quem foram confiados.
de trabalho e equipamentos de proteção individual (EPI), 2- Em caso de necessidade justificada, a utilização de EPI
usados genericamente por todos os trabalhadores que a por mais que um utilizador, fica sujeita a autorização expres-
EMARP considere necessária a sua utilização, independen- sa da EMARP, que assegura as medidas necessárias à sal-
temente do seu vínculo laboral, com o intuito de proteger os vaguarda das condições de higiene e saúde dos diferentes
trabalhadores dos riscos a que estão expostos nos seus locais utilizadores.
e postos de trabalho, bem como de promover a melhoria da
Artigo 5.º
prestação de serviços e da imagem no exercício das suas ati-
vidades. Obrigações dos trabalhadores
Artigo 2.º Constituem obrigações dos trabalhadores:
a) Utilizar corretamente o equipamento de proteção indivi-
Âmbito de aplicação dual e/ou fardamento atribuído, de acordo com as instruções
1- Este anexo aplica-se, sem prejuízo de outros que ve- que lhe forem fornecidas;
nham a ser considerados, a todos os trabalhadores que, inde- b) Zelar pela boa conservação e higiene de todas as peças
pendentemente do local e posto exercem funções: que lhe forem atribuídas;
a) De atendimento e/ou em contato direto com o público; c) Participar ao superior hierárquico, de imediato ou em
b) De natureza operacional; tempo útil, todas as avarias ou deficiências;
c) Fiscalização; d) Os trabalhadores que deixem de exercer funções que
d) Leitores de consumos. o justifiquem ou mesmo que deixem de prestar serviço na
2- Estão ainda abrangidos todos os trabalhadores e ter- EMARP devem entregar no setor de armazém ou outro de-
ceiros que, em qualquer circunstância e independentemente signado todas as peças de vestuário que lhe estavam atribuí-
da duração, visitem um local ou posto onde a utilização de das na semana seguinte ao último dia de serviço e mediante
equipamento de proteção individual e/ou de fardamento, é comprovativo de entrega.
obrigatória.
Artigo 6.º
Artigo 3.º
Fardamento
Princípios gerais 1- Sem prejuízo de outras orientações que possam vir a ser
No âmbito da decisão sobre as medidas de proteção a definidas, considera-se fardamento, ou vestuário, o conjunto
adotar e sem prejuízo do respeito por outros princípios, a de peças de roupa, distribuído gratuitamente pela EMARP
EMARP obriga-se a respeitar os seguintes princípios de pre- a cada trabalhador, conforme o disposto no artigo 12.º do
venção: presente anexo, para uso exclusivo da sua atividade, com o
a) Combater os riscos na origem e eliminá-los sempre que objetivo de resguardar o trabalhador e melhorar a imagem da
possível; organização.
b) Dar prioridade às medidas de proteção coletiva sobre as 2- A escolha do fardamento deve obedecer aos requisitos
medidas de proteção individual; de conforto e eficácia e ter em conta as condições climatéri-
c) Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo cas do local e período do ano em que é utilizado, nos termos
ou menos perigoso; da legislação aplicável.
d) Limitar a exposição dos trabalhadores ao risco; 3- Para além do disposto no número 2 deste artigo, o ves-
e) Procurar a melhoria constante dos níveis de proteção. tuário destinado aos trabalhadores deve ter um desenho e
confeção adequado, que permita liberdade de movimentos,

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

permeabilidade à transpiração. 2- Os cacifos destinam-se, exclusivamente, à colocação do


d) Os trabalhadores da EMARP, designadamente os que fardamento e/ou EPI, bem como da roupa de utilização par-
realizam serviço exterior e/ou de atendimento à população ticular, fisicamente separadas uma da outra.
estão na «primeira linha de contato» com os utentes, razão
pela qual que devem estar nominalmente identificados. CAPÍTULO III
e) A identificação referida no número anterior deve ser uti-
lizada de forma a ser de fácil leitura para a população. Fardamento ou fato de trabalho
Artigo 7.º
Artigo 11.º
Equipamento de proteção individual
Composição e duração do fardamento
1- É equipamento de proteção individual (EPI), todo o
equipamento, complemento ou acessório, que se destine a 1- O vestuário de trabalho deve ser adequado às funções
ser utilizado por um trabalhador para se proteger dos riscos efetivamente exercidas pelos trabalhadores, não obstante a
para a sua segurança e para a sua saúde. sua categoria profissional.
2- O equipamento de proteção individual é de uso estrita- 2- Sem prejuízo de outras que possam vir a ser necessárias,
mente pessoal. a substituição do vestuário de trabalho deve respeitar o perí-
3- Os EPI devem ser utilizados quando os riscos existentes odo de duração estipulado pela EMARP.
não puderem ser evitados por medidas de proteção coletiva Artigo 12.º
ou por medidas, métodos ou processos de organização do
trabalho. Aquisição e requisição de fardamento
4- Em casos excecionais e devidamente justificados, o EPI 1- O fato de trabalho é entregue ao trabalhador no momen-
pode ser utilizado por mais do que um trabalhador, caben- to da admissão na EMARP ou quando inicia funções que
do, neste caso à EMARP, tomar as necessárias medidas para obrigam à sua utilização.
salvaguarda das condições de higiene e saúde dos diferentes 2- As entregas de fatos de trabalho são realizadas mediante
utilizadores. devolução de material idêntico a substituir.
Artigo 8.º Artigo 13.º
Informação e consulta dos trabalhadores Manutenção e limpeza
1- Todos os trabalhadores e seus representantes devem 1- Na manutenção e limpeza do fardamento devem ser ob-
dispor de informação sobre todas as medidas a ter em con- servadas corretamente as instruções de lavagem e limpeza,
sideração em relação à segurança e saúde na utilização de bem como do número de ciclos de limpeza que se podem
vestuário de trabalho e equipamentos de proteção individual. realizar, de forma a não prejudicar o nível de desempenho do
2- Os representantes eleitos pelos trabalhadores ou, na sua material distribuído.
falta, os próprios trabalhadores, devem ser consultados, nos 2- Compete à chefia direta do trabalhador verificar da exis-
termos da legislação habilitante, na escolha dos EPI, bem tência e estado de limpeza e conservação dos fatos forneci-
como quaisquer outros equipamentos e fardamentos a uti- dos, diligenciando pela respetiva substituição quando neces-
lizar. sária.
Artigo 9.º
CAPÍTULO IV
Restrições ao uso de fardamento e/ou EPI
1- O fardamento e/ou os EPI destinam-se a uso exclusivo Equipamentos de proteção individual
no local de trabalho, durante o período de trabalho e/ou a
realização de tarefas que deles careçam. Artigo 14.º
2- O fardamento e/ou EPI não podem, sob qualquer pre-
Adequação dos equipamentos de proteção individual
texto, ser utilizados fora do contexto laboral.
Os EPI devem ser adequados às funções efetivamente
Artigo 10.º exercidas pelos trabalhadores, não obstante a categoria pro-
Cacifos
fissional que detenham.
1- A cada trabalhador é atribuído um ou mais cacifos Artigo 15.º
(consoante se mostre necessário) para utilização exclusiva,
Características gerais dos equipamentos de proteção individuais.
obrigatoriamente identificado exteriormente com o nome do
utilizador. 1- Os EPI devem ter as seguintes características gerais:

197
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

a) Ser adequados aos riscos que se pretendem prevenir; missão na EMARP ou quando inicia funções que obrigam à
b) Respeitar as normas de conceção e fabrico, conforto e sua utilização, mediante assinatura de documento compro-
eficácia; vativo.
c) Atender às exigências ergonómicas e de saúde do tra- 2- A atribuição de EPI deverá ter em conta as funções es-
balhador; pecíficas a desempenhar por cada trabalhador.
d) Constituir o mínimo de embaraço aos movimentos e 3- No momento da entrega dos EPI, todos os trabalhadores
destreza do trabalhador; devem ser informados, por escrito, sobre a utilização, dura-
e) Ser compatíveis com outros EPI que o trabalhador tenha bilidade e funcionalidade das peças fornecidas, bem como
que utilizar em simultâneo. das suas responsabilidades em relação às mesmas.
2- Os EPI não deverão constituir, eles próprios, um risco 4- No momento da entrega dos EPI e antes da sua utiliza-
maior do que aquele que visam prevenir. ção, o trabalhador deve ainda verificar a sua integridade e dar
3- A aquisição de EPI deverá ser feita em conformidade conhecimento de qualquer deficiência suscetível de diminuir
com as normas e requisitos de homologação oficialmente re- o seu nível de proteção.
conhecidos. 5- O trabalhador deve solicitar atempadamente os EPI,
sempre que preveja que os mesmos deixarão de oferecer, a
Artigo 16.º
curto prazo, um nível de proteção normal adequado.
Escolha dos EPI 6- A requisição dos EPI será efetuada através de impresso
próprio, devidamente preenchido e assinado pelas partes.
Compete à EMARP, em cooperação e consulta aos repre-
7- A substituição dos EPI antes do fim do prazo previsto
sentantes dos trabalhadores eleitos para a segurança e saúde
deverá ser devidamente justificada.
no trabalho ou, na sua falta, aos próprios trabalhadores:
8- As entregas de EPI são realizadas mediante devolução
a) Avaliar os riscos para a segurança e saúde dos trabalha-
do material danificado.
dores em cada situação de trabalho;
b) Identificar o equipamento de proteção individual neces- Artigo 19.º
sário a cada situação tendo em conta os seus requisitos.
Manutenção e conservação dos EPI
Artigo 17.º
1- A manutenção dos EPI deve ser adequada, utilizando
Utilização de EPI para o efeito, produtos de limpeza que não coloquem em
causa as suas características, a saúde e a segurança do tra-
1- É obrigatória a utilização de equipamentos de proteção
balhador.
individual adequados nas seguintes situações:
2- Durante o período em que os EPI não estão a ser uti-
a) Como único meio quando o trabalhador se expõe, dire-
lizados, devem ser mantidos em locais limpos e secos e, se
tamente a um risco não suscetível de ser anulado ou reduzido
possível, isolados em recipientes e/ou sacos, de acordo com
através de proteção coletiva, em conformidade com o dis-
as instruções do fabricante ou, na sua falta, de acordo com as
posto na avaliação de riscos;
instruções da empresa.
b) Como complemento de outros meios que não assegu-
3- No final do período de trabalho, os EPI devem ser guar-
rem totalmente a proteção do trabalhador;
dados nas instalações da EMARP, designadamente nos ca-
c) Como recurso temporário ou em caso de emergência.
cifos atribuídos e salvaguardadas as devidas condições de
2- O trabalhador que se apresente sem EPI será impedido
acondicionamento e conservação.
de iniciar o serviço.
3- Só será permitida a utilização de EPI fornecidos pela
EMARP. CAPÍTULO V
4- Sempre que o trabalho seja realizado na via pública,
para além da sinalização obrigatória de estrada, todos os Disposições gerais
equipamentos utilizados devem ser de alta visibilidade.
5- As chefias diretas devem cumprir e assegurar-se de que Artigo 20.º
os trabalhadores sob sua responsabilidade cumprem as nor-
Vestiários, lavabos, balneários e instalações sanitárias
mas de utilização e conservação dos EPI.
1- A EMARP obriga-se a instalar os trabalhadores em
Artigo 18.º boas condições de higiene e segurança, provendo os locais
de trabalho com os requisitos necessários e indispensáveis,
Aquisição e entrega de EPI
incluindo a existência de vestiários, lavabos, balneários e
1- Os EPI são entregues ao trabalhador no momento da ad- instalações sanitárias para uso dos trabalhadores.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

2- Os vestiários, lavabos, balneários e instalações sanitá- 2- As dúvidas que surjam na aplicação do presente anexo
rias disponibilizados devem ser de fácil acesso e garantindo serão resolvidas pela EMARP, em conjunto com o serviço de
uma utilização separada por mulheres e homens, bem como SST e com os representantes dos trabalhadores.
o respeito pela privacidade.
3- Os vestiários devem ser bem iluminados e ventilados, ANEXO IX
comunicar diretamente com a zona de chuveiros e lavatórios
e ter armários individuais e assentos em número suficiente Trabalho por turnos
para os trabalhadores.
4- Os trabalhadores expostos a substâncias tóxicas, irritan- Artigo 1.º
tes, infetantes, humidade e sujidade, devem dispor de armá-
rios duplos, de forma a permitir a separação entre a roupa Âmbito e vigência
pessoal e a roupa de trabalho. O presente anexo aplica-se aos trabalhadores da empre-
5- Os chuveiros devem estar colocados em local com di- sa que prestam ou venham a prestar serviço em regime de
mensões adequadas para que os trabalhadores cuidem da sua turnos.
higiene em condições aceitáveis e seguras, bem como devem
estar munidos de água quente e fria. Artigo 2.º
6- As retretes devem ser instaladas em compartimentos Trabalho por turnos
com tiragem de ar direta para o exterior e com porta inde-
pendente a abrir para fora, provida de fecho. Poderão ser organizados turnos de pessoal diferente sem-
pre que o período de funcionamento ultrapasse os limites
Artigo 21.º máximos dos períodos normais diários de trabalho.
Primeiros socorros Artigo 3.º
Sem prejuízo de instalações próprias para prestar cuida- Acordo do trabalhador
dos de primeiros socorros, a EMARP, através dos serviços
de segurança e saúde no trabalho, deve garantir que todos 1- Nenhum trabalhador poderá ser obrigado a trabalhar em
os locais de trabalho dispõem de material básico de primei- regime de turnos, salvo se tiver dado o seu acordo por escrito
ros socorros, situado em lugar de fácil acesso e devidamente ou se à data da entrada em vigor do presente anexo já se en-
identificado. contre a trabalhar em regime de turnos.
2- Os trabalhadores que, embora tenham dado o seu acor-
do ao trabalho em regime de turnos, permaneçam três anos
CAPÍTULO VI
seguidos sem trabalhar nesse regime, terão de dar de novo
o seu acordo previamente a nova prestação de trabalho em
Disposições finais regime de turnos.
Artigo 22.º Artigo 4.º

Conhecimento aos funcionários Conceitos


Este anexo é do conhecimento obrigatório de todos os 1- «Horário de turnos rotativos» - é aquele em que existem
trabalhadores da EMARP, devendo ser promovidas as ade- para o mesmo posto de trabalho dois ou mais horários de
quadas medidas de divulgação, nomeadamente a afixação trabalho, que se sucedem, sem sobreposição que não seja a
nos locais de trabalho. estritamente necessária para assegurar a continuidade do tra-
balho e em que mudam periódica e regularmente de um ho-
Artigo 23.º
rário de trabalho para o subsequente de harmonia com uma
Procedimento disciplinar escala previamente estabelecida.
2- «Regime da laboração contínua» - é o regime de labo-
A violação culposa das normas presentes neste anexo é
ração das unidades, instalações ou serviços, em relação aos
passível de procedimento disciplinar, nos termos da legisla-
quais está dispensado o encerramento diário, semanal e nos
ção aplicável.
feriados.
Artigo 24.º 3- «Folgas de compensação» - são as devidas aos trabalha-
dores por prestação de trabalho nos dias de descanso sema-
Normas supletivas nal, fixados nas escalas de turnos, de acordo com o previsto
1- Em tudo o que for omisso no presente anexo, aplicar-se- neste AE.
-á, com as devidas adaptações, a legislação em vigor. 4- «Descanso compensatório» - é o período de descanso

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

devido ao trabalhador, por prestação de trabalho suplemen- 4- A aplicação da regra enunciada no número anterior deve
tar, excluído o realizado nos dias de descanso semanal refe- ser feita, sempre que possível, por recurso a um trabalhador
ridos no número anterior. que no período em causa não esteja em dia de descanso ou
em gozo de folga de compensação.
Artigo 5.º
Artigo 8.º
Organização das escalas de turnos
1- Compete à empresa, auscultando de forma não vincu- Folgas de compensação
lativa a comissão sindical ou os delegados sindicais quando 1- As folgas de compensação serão gozadas num dos três
aquela não exista, a organização ou modificação das escalas dias úteis imediatos à data em que se verificou o facto que
de turno. lhes deu origem.
2- As escalas anuais de turnos entram em vigor na primeira 2- Mediante acordo entre a empresa e o trabalhador, pode-
semana completa de janeiro de cada ano e serão afixadas até rão as folgas de compensação ser gozadas em dias diferentes
ao dia 10 de dezembro do ano anterior. dos referidos no número anterior.
3- As escalas de turnos rotativos só poderão prever mu-
Artigo 9.º
danças de turnos após os períodos de descanso semanal nela
previstas. Descanso compensatório
4- Quando o trabalhador regresse de um período de ausên-
1- O descanso compensatório vence-se de acordo com a
cia ao serviço, qualquer que seja o motivo deste, retomará
lei, quando perfizer um número de horas igual ao período
sempre o turno que lhe competiria se a ausência não se ti-
normal de trabalho diário e deve ser gozado num dos 15 dias
vesse verificado.
seguintes.
Artigo 6.º 2- Aplica-se a este artigo o disposto no número 2 do artigo
anterior.
Período de trabalho 3- Desde que haja acordo entre a empresa e o trabalhador,
1- Sempre que a prestação de serviço exija uma permanên- o gozo do descanso compensatório adquirido pode ser fra-
cia ininterrupta do trabalhador de turno, sempre que possível cionado em períodos não inferiores a quatro horas ou, alter-
a refeição será tomada no refeitório periférico respetivo. nativamente, ser substituído por prestação de trabalho remu-
2- O tempo nela gasto, até trinta minutos, será considerado nerado com acréscimo de 125 % sobre a retribuição normal.
tempo de trabalho.
Artigo 10.º
3- Durante o período referido no número anterior, o traba-
lhador deverá, sempre que possível, ser substituído nas suas Férias
funções por outro trabalhador.
1- Em cada posto de trabalho de turnos as férias serão mar-
4- O trabalhador que preste serviço em regime de turnos
cadas por escala anual rotativa.
não poderá ser obrigado a entrar novamente ao serviço após
2- As férias serão marcadas com os ajustamentos necessá-
o seu período de trabalho, sem que antes tenham decorrido
rios para que sempre que possível o primeiro ou o último dia
pelo menos onze horas de descanso.
de férias seja imediatamente posterior ou anterior a dias de
Artigo 7.º folgas ou de horário de sobreposição.
3- As alterações introduzidas no plano de férias só podem
Regime de substituição ser estabelecidas por acordo entre a empresa e o trabalhador.
1- Compete às chefias assegurar que a respetiva equipa se
Artigo 11.º
mantenha completa, pelo que lhes caberá promover as dili-
gências necessárias, nos termos dos números seguintes, com Dispensas ao trabalho
vista à substituição do trabalhador ausente.
1- A empresa poderá conceder aos trabalhadores por tur-
2- Uma vez esgotadas todas as hipóteses de utilização de
nos, através da chefia hierárquica respetiva, dispensas ao
trabalhadores eventualmente disponíveis, as faltas serão su-
serviço, desde que o trabalhador em causa se comprometa a
pridas com recurso ao trabalho suplementar.
compensar a ausência com trabalho a prestar em data a fixar
3- Quando houver que recorrer ao trabalho suplementar,
pela empresa.
o período a cobrir deve ser repartido pelos trabalhadores ti-
2- O disposto no número anterior é aplicado sem prejuízo
tulares dos horários de trabalho que antecedem ou sucedem
do direito atribuído aos trabalhadores nos termos da alínea d)
àquele em que a falta ocorrer, salvo se outra forma de pro-
do número 1 da cláusula 64.ª deste AE.
cedimento for acordada entre a empresa e os trabalhadores.

200
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Artigo 12.º tupimento de coletores de esgoto doméstico e sumidouros,


limpeza de centrais elevatórias e reparação/substituição de
Subsídio de turno equipamento de esgotos domésticos.
1- A cada trabalhador em regime de turnos é devido um Resíduos - Cantoneiros que efetuam a recolha de resí-
subsídio no montante e nas condições estabelecidas na cláu- duos urbanos e resíduos industriais banais. Motoristas que
sula 79.ª deste AE. efetuam a recolha de RU quando trabalham apenas com um
2- No caso de o trabalhador mudar de regime de turnos cantoneiro. Trabalhos de lubrificação e mecânica dos veícu-
para o regime de horário normal ou do regime de três para o los adstritos à recolha de RU, limpeza de fossas, varredoras
de dois turnos, mantém-se o direito ao subsídio que vinha a mecânicas e equipamentos afins; procedimento de lavagem
receber desde que a mudança seja da iniciativa da empresa. e desinfeção do interior das cubas dos equipamentos de de-
posição de resíduos urbanos. Trabalho como operador do
Artigo 13.º
destroçador de verdes. Limpeza de falésias em suspensão.
Disposição final Consideram-se ainda de risco alto as atividades que im-
pliquem a abertura de sacos contendo resíduos de comida e
Em tudo o que neste anexo não se encontrar expressa-
de WC.
mente previsto aplicar-se-á o disposto neste AE e na lei.
Mais, são ainda considerados como nível alto, os traba-
lhos de aplicação de pavimentos betuminosos.
ANEXO X
B- De nível médio
Subsídio de insalubridade, penosidade e risco Água - Montagem e reparação de condutas adutoras em
valas com entivação e nível freático elevado. Lavagem e de-
Artigo 1.º sinfeção dos reservatórios de água.
Âmbito
Saneamento - Execução de ramais de esgoto doméstico
para tubagens em carga. Lavagem e desinfeção de equipa-
O presente anexo fixa o regime de atribuição do su- mentos de limpeza de fossas e de desobstrução.
plemento a atribuir aos trabalhadores a exercer funções na Resíduos - Lavagem e desinfeção dos equipamentos de
EMARP cujo trabalho efetivo é prestado em condições de deposição de resíduos urbanos (que não inclua a lavagem
insalubridade, penosidade ou risco. interior das cubas) e controle de infestantes por monda quí-
Artigo 2.º mica dedicada.

Conceito
C- De nível baixo
Para os efeitos previstos no presente anexo, entende-se Água - Implantação e reparação de tubagens, com nível
por suplemento de insalubridade, penosidade e risco o su- freático elevado. Implantação e reparação de tubagens em
plemento atribuído aos trabalhadores que exerçam, de facto, valas a mais de 3 metros de profundidade. Manuseamento
funções que por força da sua natureza, fatores ambientais de recipientes contendo produtos químicos perigosos. Mon-
e em resultado de ações ou fatores externos, sejam susce- tagem e desmontagem de equipamentos de grandes dimen-
tíveis de degradar o seu estado de saúde, provoquem uma sões. Manutenção de quadros elétricos.
sobrecarga física ou psíquica e aumentem a probabilidade de Saneamento - Manutenção das centrais elevatórias e
ocorrência de lesão física, psíquica ou patrimonial. quadros elétricos; substituição de ventiladores e órgãos de
ventilação; montagem de tampas e aros em caixas de esgoto
Artigo 3.º existentes.
Níveis de suplemento
Resíduos - Operações de varredura manual (com inclu-
são de corte e/ou monda química de ervas de cada circui-
1- Para efeitos de atribuição dos suplementos indicados no to), lavagem manual de ruas e acessos, incluindo: recolha
artigo anterior, as condições de insalubridade, penosidade de resíduos depositados em papeleiras, recolha e trasfega de
e risco, dividem-se em nível alto, médio e baixo, tendo em óleos usados e combustíveis, recolha de monstros, verdes e
conta a frequência, a duração e a intensidade de exposição às outros resíduos especiais e corte manual ou mecânico de in-
condições que determinam a atribuição do suplemento. festantes.
2- Para os efeitos previstos no número anterior, conside- Consideram-se ainda de risco baixo as atividades que im-
ram-se designadamente: pliquem a abertura de sacos contendo resíduos.
A- De nível alto: 3- Para além das situações previstas no número anterior,
Saneamento - Limpeza de fossas, desobstrução e desen-

201
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

poderão ainda ser consideradas novas atividades a enquadrar considera incluído no conceito de retribuição qualquer sub-
nos níveis de suplemento previstos no número anterior, a sídio ou abono que o trabalhador receba regularmente, como
quantificar pelo chefe de setor. por exemplo, subsídio de refeição, de Natal, de férias, de dis-
ponibilidade, prevenção, turno, isenção de horário, insalu-
Artigo 4.º
bridade, penosidade e risco, abono para falhas e ainda horas
Suplemento remuneratório suplementares e outras de carácter análogo.
1- O suplemento remuneratório é aferido por cada dia de Artigo 3.º
trabalho efetivamente prestado nas condições referidas no
1- Não podem receber o prémio de desempenho previsto
artigo segundo, e é calculado em função da graduação da
no artigo anterior os trabalhadores que:
insalubridade, penosidade e risco, com os seguintes valores:
a) Em 31 de dezembro do ano anterior não pertençam ao
a) 3,55 €/dia para as situações de nível alto;
quadro da EMARP ou não se encontrem no regime de cedên-
b) 2,66 €/dia para as situações de nível médio;
cia de interesse público na empresa;
c) 1,77 €/dia para as situações de nível baixo.
b) No ano anterior se tenham ausentado do serviço mais de
2- O suplemento remuneratório não é considerado para
9 dias completos, devido a faltas, licenças ou outros motivos;
efeitos do cálculo de subsídio de férias e de Natal.
c) Tenham dado uma ou mais faltas injustificadas;
3- A atribuição deste subsídio será obrigatoriamente con-
d) No ano do recebimento do prémio cessem ou suspen-
dicionada à observância das regras de SHT e da utilização
dam a ligação à EMARP, com exceção das situações de apo-
dos equipamentos de segurança e higiene no trabalho.
sentação ou reforma.
2- Excluem-se do disposto na alínea b):
ANEXO XI a) As faltas dadas no âmbito do direito à greve nos termos
previstos na lei e neste AE;
Prémio de desempenho b) As faltas dadas pelos trabalhadores eleitos para as estru-
turas de representação coletiva dos trabalhadores nos termos
Artigo 1.º previstos na lei e neste AE;
1- Para estímulo e distinção dos trabalhadores, o conselho c) As licenças referentes à matéria da parentalidade nos
de administração poderá atribuir um prémio de desempenho termos previstos na lei e neste AE;
atribuído em função da avaliação de desempenho. d) As faltas dadas por conta do período de férias.
2- A atribuição do prémio será sempre uma medida discri-
cionária da administração e não constitui quaisquer direitos Portimão, 17 de dezembro de 2021.
para os trabalhadores podendo ser revogada a todo o tempo.
3- A atribuição do prémio não admite recurso. Pela EMARP - Empresa Municipal de Águas e Resíduos
de Portimão, EM, SA:
Artigo 2.º
Isilda Maria Prazeres dos Santos Varges Gomes, na qua-
1- Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o prémio lidade de presidente do conselho de administração.
apenas poderá ser atribuído quando, cumulativamente se ve-
rifiquem as seguintes condições: Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pú-
a) Quando se verifique um resultado líquido de exercí- blica e de Entidades com Fins Públicos - SINTAP:
cio positivo de valor superior a 3 % do capital próprio da João Paulo dos Santos Barnabé, na qualidade de man-
EMARP; datário.
b) Quando forem atingidos os rácios de desempenho e/ Carlos de Jesus Cabral Vaz da Silva, na qualidade de
ou objetivos genéricos determinantes no desempenho estra- mandatário.
tégico da empresa, anualmente definidos pelo conselho de
administração. Depositado em 5 de janeiro de 2022, a fl. 176 do livro n.º
2- O prémio a atribuir não pode exceder o valor correspon- 12, com o n.º 2/2022, nos termos do artigo 494.º do Código
dente a uma retribuição base mensal. do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de feve-
3- Para o efeito do disposto no número anterior, não se reiro.

202
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Acordo de empresa entre a Repsol Polímeros, 5 a 7- (Mantêm a redação em vigor.)


Unipessoal L.da e a Federação de Sindicatos da Cláusula 99.ª
Indústria, Energia e Transportes - COFESINT e
outra - Alteração salarial e outras Prémio de resultados
1 a 2-A- (Mantêm redação em vigor.)
Revisão salarial e outras do acordo de empresa publicado 3- Os valores referidos nos anteriores números 2 e 2-A se-
no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 5, de 8 de fevereiro rão acrescidos com bónus, cuja base de cálculo será definida
de 2019. anualmente pela empresa, ouvindo previamente as associa-
ções sindicais outorgantes. Para o ano de 2022, o cálculo do
CAPÍTULO I bónus será baseado na seguinte tabela:

Âmbito e vigência do AE

Cláusula 1.ª

Âmbito
O presente acordo de empresa (AE) aplica-se em todo
o território nacional à atividade petroquímica e obriga, por 3-A a 6- (Mantêm a redação em vigor.)
um lado, a empresa Repsol Polímeros, Unipessoal L.da, e, Cláusula 99.ª-A
por outro, os trabalhadores ao seu serviço que desempenham
funções inerentes às categorias e profissões previstas nesta Gratificação extraordinária
convenção, representados pelas organizações sindicais ou- É estabelecida para os anos de 2022, de 2023 e de 2024
torgantes, bem como aqueles que a ele venham a aderir nos uma gratificação extraordinária por objetivos nos termos
termos fixados na cláusula 9.ª-A (Adesão individual ao con- previstos no anexo XI.
trato).
Cláusula 100.ª-A
Cláusula 27.ª
Subsídio de nascimento ou adoção de filho(a)
Formação contínua 1- Os trabalhadores abrangidos por este AE têm direito,
1- (Mantém a redação em vigor.) a título de subsídio de nascimento ou adoção de filho(a), ao
2- No âmbito da formação contínua certificada, a empresa valor unitário ilíquido de 550,00 €, pago até ao final do ter-
assegura a cada trabalhador um mínimo de quarenta horas ceiro mês após o conhecimento pela empresa da ocorrência
anuais de formação, cuja frequência não pode ser recusada. do facto, que terá de ser devidamente comprovado pelo tra-
3 a 6- (Mantêm a redação em vigor.) balhador.
Cláusula 75.ª 2- (Mantém a redação em vigor.)

Tipos de faltas ANEXO II


1 e 2- (Mantêm a redação em vigor.)
3- Consideram-se desde já como faltas autorizadas pela Categorias profissionais, definição de funções e
empresa as seguintes: grupos profissionais
a) e b) (Mantêm a redação em vigor;)
c) (Eliminada.) (…)
1- Categorias profissionais e definição de funções
Cláusula 98.ª
Supervisor de operações - É o trabalhador que, sob orien-
Fundo de pensões tação do supervisor hierárquico, supervisiona trabalhos no
seu âmbito de atuação, procedendo de forma a que o pro-
1 a 3- (Mantêm a redação em vigor.)
grama de trabalho que lhe foi superiormente determinado
4 - A empresa contribuirá mensalmente e a favor de cada
seja qualitativa e quantitativamente cumprido. É responsável
trabalhador, no decurso dos anos de 2022, 2023 e 2024, com
pela comunicação com outros serviços durante a execução
um montante de valor equivalente a 3,0 % do salário pensio-
dos trabalhos e tarefas que supervisiona e pelo cumprimento
nável mensal. Considera-se salário pensionável o que inte-
rigoroso das normas de segurança.
gra: retribuição base, subsídio de turno, subsídio de isenção
(…)
de horário de trabalho, subsídios de férias e Natal e, nos ca-
2- Grupos profissionais
sos em que se verifique, «manufacturing team/Role of the
(Mantêm a redação em vigor.)
operator» e «equipa de reforço».

203
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

3- Enquadramento das categorias por grupo profissional:


Operador empilhador
Planificador
Grupo profissional Categoria profissional
Preparador de trabalho
Chefe de departamento Oficial qualificado Serralheiro civil/serralheiro mecânico
Chefe de divisão (continuação) Soldador
Chefe de vendas Técnico de operação I
Diretor Técnico de operação II
Técnico superior Diretor-geral Técnico de operação III
Técnico de vendas
Técnico superior I
ANEXO III
Técnico superior II
Técnico superior III
Regulamento para progressões profissionais
Analista de sistemas a
Técnico médio Técnico especializado A) Pressupostos
Técnico especializado de informática (Mantêm a redação em vigor.)
B) Enquadramentos
Analista-chefe
(Mantém a redação em vigor.)
Chefe de serviço
C) Carreiras
Chefe de turno
Encarregado de conservação I- Princípios gerais aplicáveis
Chefia intermédia
Encarregado de segurança 1- O escalão de admissão será, em princípio e para todas as
Encarregado de serviço de apoio
categorias profissionais, o escalão mais baixo da correspon-
Supervisor de operações
Supervisor de turno
dente categoria profissional.
1-A- Novas admissões:
Analista de sistemas B 1A.1- Para facilitar novas admissões, durante o período
Analista de laboratório A de vigência deste AE (2022/2023/2024), a empresa pode es-
Especialista
Desenhador projetista tabelecer um período inicial dos contratos de trabalho nos
Inspetor de corrosão I
termos do número seguinte.
Comprador 1-A.2- O período inicial terá a duração máxima de três
Escriturário anos, corresponderá a três níveis com a duração de 12 meses
Escriturário principal cada (podendo a empresa reduzir tal duração, quando assim
Expedidor/rececionista o entender), durante os quais os trabalhadores auferirão as
Operador heliográfico seguintes retribuições base mensais:
Rececionista/armazém
Nível A - 1050,00 €;
Administrativo Secretário
Técnico I Nível B - 1200,00 €;
Técnico II Nível C - 1350,00 €.
Técnico III 1-A.3- A empresa pode admitir um trabalhador para qual-
Técnico informática I quer dos níveis tendo em conta a formação e a experiência
Técnico informática II profissional dos candidatos e as contingências do mercado
Técnico informática III de trabalho.
Analista de laboratório B 1-A.4- O período de contagem do tempo de progressão na
Condutor MAET carreira estabelecido no ponto II do presente anexo apenas se
Desenhador inicia no termo do nível C.
Eletricista 1 2 a 4- (Mantêm a redação em vigor.)
Eletricista 2 II - Regras de progressão
Fiel de armazém
Inspetor de corrosão 2 1 a 3- (Mantêm a redação em vigor.)
Instrumentista 1
Instrumentista 2 ANEXO IV
Mecânico de instrumentos
Oficial qualificado
Mecânico de telefones
Regulamento de trabalho por turnos
Oficial principal
Operador de caldeiras e turbinas
Operador de ensacagem Artigo 14.º
Operador de ensacagem/chefe de equipa
Compensação por tempo de transmissão de turno
Operador de exterior
Operador de máquinas diesel 1- Os trabalhadores em regime de turnos de laboração
Operador de máquinas-ferramentas contínua têm direito, como contrapartida do tempo gasto na
Operador de sala de controlo transmissão do turno até ao limite de quinze minutos diários,
Operador de segurança

204
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ao valor de 70,50 € ilíquidos mensais, a receber durante 12 ANEXO VIII


meses por ano.
2- A rendição de turno não pode implicar a ocorrência de Tabelas salariais
trabalho suplementar.
3- O valor previsto no número 1 será atualizado todos os
anos em função do IPC do ano anterior. Tabela salarial para 2022

ANEXO V 1- Os valores da tabela salarial de 2022 serão, com efei-


tos a 1 de janeiro de 2022, os montantes da tabela salarial
Regulamento do regime de prevenção de 2021, acrescidos do valor correspondente a 1 % desses
montantes.
1 a 4- (Mantêm a redação em vigor.) 2- Para além deste aumento, será atribuído um bónus ilí-
5- Se durante o período de uma semana completa de pre- quido extraordinário não consolidável na retribuição (e, por
venção, a que se refere a alínea a) do número anterior, se conseguinte, não consolidável nas tabelas salariais), o qual
verificar a existência de dia(s) feriado (s), o trabalhador terá apenas será pago nos seguintes termos e condições:
direito a receber, para além da importância que lhe é devida (i) Resultado operativo da empresa no ano de 2022 inferior
por um ciclo semanal de prevenção, ainda a diferença entre o a 25 milhões de euros - não há pagamento de qualquer bónus
valor considerado para o dia normal de prevenção e o valor extraordinário;
considerado para um dia feriado. (ii) Resultado operativo da empresa no ano de 2022 igual
5.- Se o feriado acontecer a uma segunda-feira a diferença ou superior a 25 milhões de euros - Bónus ilíquido extraor-
entre o valor de um dia feriado e o valor de um dia normal de dinário não consolidável no valor correspondente a 1,25 %
prevenção será dividido da seguinte forma: da retribuição fixa anual (retribuição base), a pagar no mês
a) Dois terços do valor para quem termina a sua semana seguinte ao da aprovação das contas referentes ao exercício
de prevenção; social de 2022.
b) Um terço do valor para quem inicia a sua semana de
prevenção. Escalão Valores 2022
6 e 7- (Mantêm a redação em vigor.) 1 4 587,00 €
2 4 294,00 €
ANEXO VII
3 4 059,00 €
Valores dos subsídios 4 3 852,00 €
5 3 606,00 €
Valores de subsídios para 2022-2023-2024. 6 3 413,00 €
A) Cláusula 48.ª - Direitos dos trabalhadores nas pequenas 7 3 229,00 €
deslocações. 8 3 050,00 €
1-b):
1) Período de almoço: 18,50 €. 9 2 856,00 €
2) Período de jantar: 18,50 €. 10 2 691,00 €
c) Ajuda de custo diária: 52,00 €. 11 2 525,00 €
B) Cláusula 49.ª - Direitos dos trabalhadores nas grandes
deslocações no país. 12 2 383,00 €
1-c): 13 2 239,00 €
1) Período de almoço: 18,50 €.
14 2 117,00 €
2) Período de jantar: 18,50 €.
d) Ajuda de custo diária: 52,00 €. 15 1 992,00 €
C) Cláusula 61.ª - Subsídio de turno. 16 1 857,00 €
(Mantêm a redação em vigor.)
17 1 733,00 €
D) Cláusula 64.ª - Subsídio de refeição.
Valor diário: 13,50 €. 18 1 649,00 €
E) Anexo V - Regulamento do regime de prevenção. 19 1 560,00 €
4-a) Semana completa de prevenção: 248,00 €.
20 1 488,00 €
b) Feriado, sábado ou domingo isolado: 101,00 €.
c) Sábado e domingo não isolados: 159,50 €. Nota: Os valores da tabela incluem o acréscimo de 0,7 % estimado em
d) Cada hora de prevenção: 7,50 €. função dos resultados operativos da Repsol Polímeros, Unipessoal L.da no
ano de 2021.

205
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Tabela salarial para 2023 Chefe de departamento


II
1- Os valores da tabela salarial de 2023 serão, com efeitos Chefe de divisão
(Vencimento mínimo
Chefe de vendas
a 1 de janeiro de 2023, os montantes da tabela salarial de escalão: 6)
Técnico superior I
2022, acrescidos do valor correspondente a 1 % desses mon-
Analista de sistemas A
tantes, apenas no caso de os resultados operativos da Repsol Chefe de serviço
Polímeros, Unipessoal L.da no ano de 2022 serem positivos. III Supervisor de turno
2- Em função dos resultados positivos da empresa, poderá (Vencimento mínimo Técnico especializado
igualmente ser atribuído um bónus ilíquido extraordinário escalão: 11) Técnico especializado de informática
não consolidável na retribuição (e, por conseguinte, não con- Técnico superior II
solidável nas tabelas salariais), o qual apenas será pago nos Técnico de vendas
seguintes termos e condições: Analista-chefe
(i) Resultado operativo da empresa no ano de 2023 inferior Analista de sistemas B
Chefe de turno
a 25 milhões de euros - não há pagamento de qualquer bónus IV
Supervisor de operações
extraordinário; (Vencimento mínimo
Técnico I
(ii) Resultado operativo da empresa no ano de 2023 igual escalão: 14)
Técnico de informática I
ou superior a 25 milhões de euros - bónus ilíquido extraor- Técnico de operação I
dinário não consolidável no valor correspondente a 1,50 % Técnico superior III
da retribuição fixa anual (retribuição base), a pagar no mês Analista de laboratório A
seguinte ao da aprovação das contas referentes ao exercício Comprador
social de 2023. Desenhador projetista
Eletricista I
Encarregado de conservação
Tabela salarial para 2024
Encarregado de segurança
1- Os valores da tabela salarial de 2024 serão, com efeitos Encarregado de serviço de apoio
a 1 de janeiro de 2024, os montantes da tabela salarial de Escriturário principal
2023, acrescidos do valor correspondente a 1 % desses mon- V Inspetor de corrosão I
(Vencimento mínimo Instrumentista I
tantes, apenas no caso de os resultados operativos da Repsol
escalão: 17) Oficial principal
Polímeros, Unipessoal L.da no ano de 2023 serem positivos. Operador de sala de controlo
2- Em função dos resultados positivos da empresa, poderá Operador de ensacagem/chefe de equipa
igualmente ser atribuído um bónus ilíquido extraordinário Planificador
não consolidável na retribuição (e, por conseguinte, não con- Preparador de trabalho
solidável nas tabelas salariais), o qual apenas será pago nos Secretário
seguintes termos e condições: Técnico II
(i) Resultado operativo da empresa no ano de 2024 inferior Técnico de informática II
a 25 milhões de euros - não há pagamento de qualquer bónus Técnico de operação II
extraordinário; Analista de laboratório B
Condutor MAET
(ii) Resultado operativo da empresa no ano de 2024 igual
Desenhador
ou superior a 25 milhões de euros - bónus ilíquido extraor- Eletricista 2
dinário não consolidável no valor correspondente a 1,75 % Escriturário
da retribuição fixa anual (retribuição base), a pagar no mês Expedidor/rececionista
seguinte ao da aprovação das contas referentes ao exercício Fiel de armazém
social de 2024. Inspetor de corrosão 2
Instrumentista 2
Cláusula de revisão Mecânico de instrumentos
(Eliminada.) Mecânico de telefones
Operador de caldeiras e turbinas
VI
Operador empilhador
ANEXO IX (Vencimento mínimo
Operador de ensacagem
escalão: 20)
Operador de exterior
Categorias profissionais por níveis salariais Operador heliográfico
Operador de máquinas diesel
Operador de máquinas-ferramentas
Vencimentos mínimos Operador de segurança
Rececionista/armazém
Niveis salariais Categorias profissionais Serralheiro civil
Diretor Serralheiro mecânico
I Soldador
Diretor-geral
Técnico III
Técnico de informática III
Técnico de operação III

206
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ANEXO XI g) Em cada um dos meses de julho e de outubro de cada


ano terá lugar uma reunião entre os representantes da empre-
Gratificação extraordinária por objetivos sa e 2 representantes de cada associação sindical outorgante
do presente acordo de empresa para acompanhamento do
É instituído na empresa, para os trabalhadores abrangi-
grau de cumprimento dos objetivos;
dos pelo presente acordo de empresa e desde que não inclu-
h) Adicionalmente, 15 % do total dos trabalhadores abran-
ídos no sistema de gestão de compromissos (GXC) ou em
gidos pelo presente acordo de empresa e pela gratificação ex-
qualquer sistema de retribuição por objetivos, uma gratifica-
traordinária por objetivos, que venham a ser individualmente
ção extraordinária por objetivos, para os anos de 2022, 2023
melhor avaliados pela Repsol Polímeros, Unipessoal L.da no
e 2024, nos seguintes termos:
âmbito da avaliação individual do sistema de avaliação de
a) O montante máximo global que pode atingir a gratifi-
desempenho, terão direito a uma gratificação extraordinária
cação extraordinária por objetivos corresponde a 1,5  % da
de desempenho de 0,2 % da retribuição base anual total dos
retribuição base anual total teórica (para este efeito conside-
trabalhadores abrangidos pela gratificação extraordinária em
ra-se o valor da retribuição base e dos subsídios de Natal e
cada um dos anos de, uma vez efetuada a atualização sa-
de férias) dos trabalhadores abrangidos pela presente gratifi-
larial nos termos do anexo VIII para cada um desses anos.
cação em cada um dos anos de 2022, 2023 e 2024, uma vez
Identificados os trabalhadores, o prémio será repartido pro-
efetuada a atualização salarial para cada um desses anos nos
porcionalmente à retribuição base individual de cada traba-
termos definidos no anexo VIII;
lhador incluído nos mencionados 15 %;
b) Os objetivos são coletivos/grupais;
i) Os montantes devidos a cada um dos trabalhadores nos
c) Cada objetivo tem um peso relativo, devendo a soma
termos do presente anexo são ilíquidos e serão pagos no mês
total dos mesmos ser igual a 100;
de Março de cada ano ou no mês posterior àquele em que a
d) Para cada objetivo será fixado um valor que se preten-
empresa tenha apurado os valores da retribuição base do ano
de seja alcançado, ao qual corresponderá a pontuação 100.
imediatamente anterior;
Será, igualmente, estabelecido um valor mínimo que terá que
j) A quantia paga a título da presente gratificação extra-
ser atingido, que corresponderá à pontuação 50, e abaixo do
ordinária por objetivos, bem como os montantes previstos
qual não se obterá qualquer pontuação por ele. Entre estes
na anterior alínea h), não consolidam na massa salarial dos
dois valores a pontuação será proporcional. A pontuação fi-
trabalhadores, não consubstanciam retribuição dos mesmos,
nal será determinada pela soma dos pontos obtidos em cada
não constituindo igualmente uma contrapartida direta da
objetivo (grau de cumprimento global do objetivo - GCGO):
prestação normal ou regular do trabalho.
100 % do cumprimento do GCGO equivale a um máximo de
1,5 % da retribuição base anual total. As equivalências en-
tre a percentagem de GCGO, desde os 50 % até aos 100 %, Declaração final dos outorgantes
distribuem-se de acordo com a seguinte tabela: Para cumprimento do disposto na alínea g) do número 1
do artigo 492.º, conjugado com o artigo 496.º do Código do
GCGO % A aplicar à retribuição base anual total
Trabalho, declara-se que serão potencialmente abrangidos
< 50 % 0 pela presente convenção coletiva de trabalho uma empresa e
50 % 1 quatrocentos e sessenta e oito trabalhadores.
60 % 1,1
70 % 1,2 Lisboa, 16 de dezembro de 2021.
80 % 1,3
Pela Repsol Polímeros, Unipessoal L.da:
90 % 1,4
100 % 1,5 Albino António Gomes Bello, na qualidade de mandatá-
rio.
e) O montante atingido como gratificação extraordinária
por objetivos de acordo com alínea anterior será aplicado de Pela Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e
forma individualizada e proporcional à retribuição base anu- Transportes - COFESINT, em representação das seguintes
al de cada trabalhador, nos seguintes termos: organizações sindicais filiadas:
(GEO) Individualizada = MRGCGO X SITEMAQ - Sindicato da Marinha Mercante, Indústria
GEO = Gratificação extraordinária por objetivos e Energia;
MRGCGO = Montante resultante do grau de cumpri- e em representação da FE - Federação dos Engenheiros, que
mento global de objetivos para o efeito a credenciou, e que representa os seguintes sin-
RBIAT= Retribuição base individual anual teórica dicatos:
RBATT = Retribuição base anual total teórica
f) Os objetivos e os pesos relativos respetivos são fixados, SNEET - Sindicato Nacional dos Engenheiros,
até março de cada ano, pela empresa, ouvindo previamente Engenheiros Técnicos e Arquitetos;
as associações sindicais outorgantes; SERS - Sindicato dos Engenheiros;
SEMM - Sindicato dos Engenheiros da Marinha Mercante:

207
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

António Alexandre Picareta Delgado, na qualidade de Vítor Manuel Louro Caiado Correia, na qualidade de
mandatário. mandatário.
Luís Alberto Santos Ferreira, na qualidade de mandatá-
rio. Depositado em 5 de janeiro de 2022, a fl. 176 do livro n.º
Jean Pierre de Oliveira Sanders Bentes, na qualidade de 12, com o n.º 3/2022, nos termos do artigo 494.º do Código
mandatário. do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de feve-
reiro.

DECISÕES ARBITRAIS

...

AVISOS DE CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA DE CONVENÇÕES COLETIVAS

...

ACORDOS DE REVOGAÇÃO DE CONVENÇÕES COLETIVAS

...

JURISPRUDÊNCIA

...

208
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO

ASSOCIAÇÕES SINDICAIS

I - ESTATUTOS

Sindicato de Todos os Professores que passa a a) O sindicato agrupa, de acordo com o princípio da li-
denominar-se Sindicato de todos os profissionais da berdade sindical, todos os trabalhadores interessados na luta
educação - Alteração pela sua emancipação, independentemente das suas opiniões
políticas, filosóficas ou religiosas;
b) O sindicato exerce a sua ação com total independência
Alteração de estatutos aprovada em 11 de dezembro
do patronato, governo, partidos políticos, instituições reli-
de 2021, com última publicação no Boletim do Trabalho e
giosas ou quaisquer outros agrupamentos;
Emprego, n.º 3, de 22 de janeiro de 2019.
c) A democracia sindical assegura a cada associado o di-
reito de, dentro do sindicato, defender livremente os seus
Estatutos pontos de vista quanto a tudo o que se relaciona com a vida
da associação, sendo-lhe apenas vedada a institucionalização
Artigo 1.º
de estatutos paralelos;
Sindicato de todos os profissionais da educação, associa- d) Cabe ao sindicato a mobilização dos trabalhadores para
ção constituída por trabalhadores referidos no artigo 2.º a defesa dos seus direitos através de formas de luta que po-
derão incluir a greve ou outras decididas pelos trabalhadores;
Artigo 2.º
e) O sindicato pugnará pelo fim da discriminação da raça,
1- Podem ser associados todos os trabalhadores docentes género e orientação sexual, contra o machismo e a homofo-
e outros trabalhadores, que exercem a sua atividade profis- bia, bem como pela defesa de um planeta ecologicamente
sional no sector da educação, da investigação científica e sustentável.
cultural e da formação profissional, que trabalhem por conta
Artigo 6.º
de outrem, em estabelecimentos públicos ou privados, e es-
tejam em exercício de funções. O sindicato pode associar-se em uniões, federações,
2- Pode manter a qualidade de associado o trabalhador que numa central sindical ou confederação geral e em organis-
deixe de exercer a sua actividade, mas não passe a exercer mos internacionais. A adesão ou desvinculação a estas orga-
outra não representada pelo mesmo sindicato ou não perca a nizações deve ser decidida, por voto secreto, em assembleias
condição de trabalhador subordinado. gerais convocadas expressamente para o efeito.
Artigo 3.º Artigo 7.º
O sindicato é de âmbito nacional e a sua sede é na cidade Constituem fins e objetivos principais do sindicato:
de Lisboa. a) Representar, defender e promover, por todos os meios
ao seu alcance, os interesses profissionais, morais e materiais
Artigo 4.º
dos seus associados;
Poderão ser criadas, sempre que se entenda necessário à b) Pugnar pelo reconhecimento do trabalho docente como
prossecução dos seus fins e por decisão da direção, delega- profissão de desgaste rápido e a existência de um estatuto
ções ou outras formas de representação noutras localidades, que legisle esta atividade profissional com base nos princí-
dentro do território nacional. pios de estabilidade laboral, respeito pelas condições de saú-
de e higiene e progressão na carreira;
Princípios fundamentais, fins e competências. c) Promover e organizar ações conducentes à satisfação
das reivindicações dos seus associados, democraticamente
Artigo 5.º expressas;
d) Fomentar iniciativas com vista à valorização sindical,
O sindicato reconhece como fundamentais os princípios
profissional, social, cultural e desportiva dos seus associa-
definidos nos números seguintes e neles assenta toda a sua
dos, participando em sociedades, associações, fundações e
atividade sindical:

209
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

outras organizações congéneres, designadamente, no âmbito c) Beneficiar dos serviços prestados pelo sindicato ou por
laboral, da saúde, da solidariedade e Segurança Social; quaisquer instituições e cooperativas dele dependentes ou de
e) Participar na elaboração de toda a legislação que, direta organismos em que o sindicato esteja filiado, nos termos dos
ou indiretamente, se relacione com a actividade docente, não presentes estatutos;
docente e educativa; d) Beneficiar da ação desenvolvida pelo sindicato em de-
f) Celebrar convenções coletivas de trabalho e intervir e fesa dos interesses profissionais, económico-sociais e cultu-
vincular o sindicato em toda e qualquer negociação coletiva rais comuns ou dos seus interesses específicos;
de trabalho do sector, bem como em acordos com as escolas/ e) Informar-se de toda a atividade do sindicato;
empresas quando reclamada a sua intervenção; f) Consultar os livros de contas do sindicato, que devem
g) Dar parecer sobre assuntos da sua especialidade; estar disponíveis para esse efeito sempre que tal for solici-
h) Fiscalizar e reclamar o cumprimento das disposições le- tado;
gais aplicáveis ao trabalho docente e não docente; g) Estão isentos do pagamento de quotas os sócios que
i) Atuar prontamente na revogação de disposições legais deixarem de receber as respetivas retribuições por motivo
lesivas dos legítimos interesses dos trabalhadores e da sua de doença, cumprimento do serviço militar e desemprego;
actividade profissional; h) É garantido a todos os associados o direito de tendência,
j) Intervir nos processos disciplinares instaurados aos as- em harmonia com a alínea e) do artigo 55.º da Constituição
sociados pelas entidades patronais ou estatais e pronunciar- da República Portuguesa, e de acordo com o seguinte:
-se sobre todos os casos de despedimento e bullying laboral; i) Como sindicato independente, o sindicato de todos os
k) Prestar assistência jurídica a todos os profissionais da profissionais da educação está sempre aberto às diversas
educação e associados nos conflitos emergentes das relações correntes de opinião, que se exprimem através da participa-
de trabalho. ção gregária e em colectivo dos associados, em um ou mais
grupos, enquanto tendência, a todos os níveis e em todos os
Artigo 8.º
órgãos do sindicato;
Para o exercício das suas competências, o sindicato deve: j) As diversas correntes de opinião podem exercer-se no
a) Assegurar aos seus associados a informação de tudo respeito pelas decisões democraticamente tomadas, median-
quanto diga respeito aos seus interesses; te intervenção e participação nos órgãos do sindicato (pela
b) Assegurar uma gestão correta dos seus fundos; apresentação de propostas; pela intervenção no debate de
c) Adequar a estrutura sindical. ideias; pela participação na discussão de princípios orien-
tadores da atividade sindical) e sem que esse direito possa
CAPÍTULO III prevalecer sobre o direito de participação de cada associado,
individualmente considerado;
Dos sócios k) O reconhecimento das diversas formas de participação
e expressão das diferentes correntes de opinião nos órgãos
Artigo 9.º competentes do sindicato subordina-se às normas regula-
mentares definidas e aprovadas pela assembleia geral sob
Têm direito a filiar-se no sindicato todos os trabalhadores proposta da direção;
que estejam nas condições previstas no artigo 2.º dos presen- l) A regulamentação referida neste número constitui anexo
tes estatutos. a estes estatutos, deles sendo parte integrante.
Artigo 10.º Artigo 12.º
O pedido de filiação deverá ser dirigido ao sindicato, em 2- São deveres dos sócios:
formulário fornecido para esse efeito e apresentada direta- a) Cumprir os estatutos;
mente ou através de delegados sindicais, que a enviarão à b) Contribuir com a quota mensal correspondente a 0,7 %
sede no prazo de três dias. do vencimento ilíquido mensal;
a) Os candidatos a associados terão de apresentar contrato c) Participar, por escrito, à direção as alterações dos dados
ou outro documento que comprovem a sua situação profis- biográficos ou da sua situação profissional;
sional conforme o disposto no artigo 2.º; d) Desempenhar as funções para que forem eleitos, nome-
b) Com a aceitação de um novo associado o sindicato ados ou convidados, salvo por motivos devidamente justifi-
obriga-se a divulgar ao mesmo associado um exemplar dos cados;
estatutos e da carta de princípios. e) Agir solidariamente em todas as circunstâncias na defe-
Artigo 11.º sa dos interesses coletivos, fortalecendo a ação sindical nos
locais de trabalho e a respetiva organização sindical;
1- São direitos dos associados:
f) Respeitar e fazer respeitar a democracia sindical, com-
a) Elegerem e serem eleitos para quaisquer órgãos do sin-
batendo todas as forças contrárias aos interesses dos traba-
dicato, nas condições fixadas nos presentes estatutos;
lhadores;
b) Participar na vida do sindicato, nomeadamente nas reu-
g) Combater todas as formas de discriminação em função
niões da assembleia geral;
de raça, género, orientação sexual e religiosa.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Artigo 13.º CAPÍTULO V


1- Perdem a qualidade de associados os inscritos que:
a) Deixarem voluntariamente de exercer a sua atividade
Da assembleia geral
profissional;
Artigo 20.º
b) Deixarem de pagar as quotas durante um período de seis
meses e, depois de avisados para as liquidar, o não fizerem A assembleia geral é constituída por todos os associa-
sem motivo atendível; dos no pleno gozo dos seus direitos sindicais, sendo órgão
c) Se retirarem voluntariamente, desde que o façam me- deliberativo, nela residindo a autonomia e soberania do sin-
diante comunicação escrita ao sindicato, com a antecedência dicato.
mínima de 60 dias;
Artigo 21.º
d) Tenham sido punidos com pena de expulsão.
2- Contudo, pode manter a qualidade de associado o traba- Compete, em especial, à assembleia geral:
lhador que deixe de exercer a sua atividade, mas não passe a a) Eleger os corpos gerentes;
exercer outra não representada pelo mesmo sindicato ou não b) Aprovar anualmente o relatório e contas da direção;
perca a condição de trabalhador subordinado, desempregado c) Apreciar e deliberar sobre o plano de gestão anual pro-
e reformado. posto pela direção;
d) Deliberar sobre a alteração dos estatutos;
Artigo 14.º
e) Autorizar a direção a contrair empréstimos e a adquirir,
Os ex-associados podem ser readmitidos, em condições a alienar ou onerar bens imóveis;
definir pela direção, após análise do processo. Nos casos de f) Resolver, em última instância, os diferendos entre os ór-
expulsão, o pedido de readmissão deverá ser apreciado em gãos do sindicato, ou entre estes e os sócios, podendo eleger
assembleia geral e votado, favoravelmente, pelo menos, por comissões de inquérito para instrução e estudo de processos,
dois terços dos sócios presentes. a fim de a assembleia geral decidir em consciência;
g) Apreciar e deliberar sobre os recursos interpostos das
CAPÍTULO IV decisões da direção;
h) Deliberar sobre a destituição dos corpos gerentes;
Regime disciplinar i) Deliberar sobre a dissolução do sindicato e a forma de
liquidação do seu património;
Artigo 15.º j) Exercer o poder disciplinar, conforme o disposto nos ar-
tigos 15.º, a 19.º destes estatutos;
Podem ser aplicados aos sócios as penas de repreensão, k) Apreciar e deliberar sobre todos os assuntos de interesse
de suspensão e de expulsão. geral dos associados e do sindicato.
Artigo 16.º Artigo 22.º
Incorrem na sanção de repreensão os sócios que, de for- A assembleia geral reunirá, em sessão ordinária, nos pri-
ma injustificada, não cumpram o artigo 12.º destes estatutos. meiros 90 dias de cada ano civil, para exercer as atribuições
Artigo 17.º descritas nas alíneas b) e c) do artigo anterior, e, de três em
três anos, para cumprimento do disposto na alínea a) do mes-
A pena de suspensão poderá ser aplicada aos sócios rein- mo artigo.
cidentes no incumprimento do artigo 12.º
Artigo 23.º
Artigo 18.º
A assembleia geral reunirá, em sessão extraordinária:
A aprovação da pena de expulsão é da competência da a) Sempre que o presidente da mesa da assembleia geral o
assembleia geral sob proposta da direção ou de, pelo menos, entender necessário;
10 % dos associados, e mediante a aprovação de dois terços b) Por solicitação da direção;
dos associados. Só poderá ser aplicada aos sócios em caso de c) A requerimento de 10 % ou 200 dos associados como
violação grave de deveres fundamentais: número mínimo.
a) Violem frontal e gravemente os estatutos;
b) Pratiquem atos gravemente lesivos dos interesses e di- Artigo 24.º
reitos do sindicato ou dos seus associados. 1- A convocação da assembleia geral é feita pelo presiden-
Artigo 19.º te da mesa ou, em caso de impedimento, por um dos secre-
tários.
Nenhuma sanção será aplicada sem que ao sócio sejam 2- Os pedidos de convocação da assembleia geral deverão
dadas todas as possibilidades legais de defesa em adequado ser dirigidos, e fundamentados por escrito, ao presidente da
processo disciplinar, o qual revestirá a forma escrita. mesa da assembleia geral, deles constando, necessariamente,
§ único. Das penas aplicadas aos sócios cabe recurso para uma proposta de ordem de trabalhos.
a assembleia geral.

211
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

3- As assembleias gerais deverão ser convocadas com b) A assembleia não poderá reunir com menos de 10 % dos
ampla publicidade, indicando-se a hora, o local e o objeto, associados ou de 200;
devendo a convocatória ser publicada, com a antecedência c) A votação será secreta e a deliberação da destituição
mínima de oito dias, num dos jornais mais lidos da localida- terá de ser tomada por maioria de dois terços dos sócios pre-
de da sede do sindicato, no site do sindicato, em mailing lists sentes;
dos associados, com as exceções previstas nestes estatutos. d) Se apenas forem destituídos algum ou alguns dos ele-
4- Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do artigo 23.º mentos dos corpos gerentes, aplica-se o disposto na alínea c)
destes estatutos, o presidente deverá reunir a assembleia ge- do artigo 40.º, a não ser que haja pedido expresso dos restan-
ral, após receção da solicitação ou requerimento, no prazo tes membros para aplicação do disposto na alínea seguinte;
máximo de 15 dias. e) A assembleia geral que destituir os corpos gerentes ele-
gerá uma comissão provisória em substituição de cada órgão
Artigo 25.º
destituído.
1- As reuniões da assembleia geral têm início à hora mar-
Artigo 31.º
cada na convocatória, com a presença da maioria dos sócios,
ou trinta minutos depois, com qualquer número, salvo nos 1- Caso haja destituição integral de algum dos órgãos
casos em que a lei ou estes estatutos disponham diferente- (mesa da assembleia geral, direção ou conselho fiscal), terão
mente, e terminarão às 24 horas, podendo continuar em data de se realizar eleições extraordinárias para sua substituição
a fixar pela assembleia. definitiva, nos termos estatutários, salvo se faltarem até seis
2- As convocatórias da assembleia geral deverão incluir o meses para as próximas eleições ordinárias.
disposto no número anterior. 2- As eleições extraordinárias referidas no número ante-
rior deverão realizar-se no prazo de 60 dias a contar da data
Artigo 26.º
da assembleia da destituição.
1- As reuniões extraordinárias requeridas pelos sócios nos
Artigo 32.º
termos da alínea c) do artigo 23.º, não se realizarão sem a
presença de, pelo menos, dois terços dos requerentes, sendo Os órgãos do sindicato são a mesa da assembleia geral, a
feita uma única chamada, no início da reunião, pela ordem direção e o conselho fiscal.
por que constam no requerimento.
Artigo 33.º
2- Se a reunião se não efetuar por ausência dos sócios re-
querentes, estes perdem o direito de requerer nova assem- O exercício dos cargos associativos é gratuito.
bleia geral antes de terem decorrido três meses sobre a data
Artigo 34.º
da reunião não realizada.
O regulamento eleitoral para os corpos gerentes é defini-
Artigo 27.º
do em capítulo próprio.
1- As deliberações são tomadas por maioria simples de vo-
Artigo 35.º
tos, salvo se existir disposição expressa em contrário.
2- Em caso de empate, proceder-se-á a nova votação. Caso A duração do mandato dos corpos gerentes é de três anos,
o empate se mantenha, o presidente da mesa usará, obrigato- sendo permitida a reeleição para mandatos sucessivos até ao
riamente, o voto de qualidade. limite máximo de três.
Artigo 28.º
Da mesa da assembleia geral
A assembleia geral para alteração dos estatutos só poderá
funcionar e deliberar validamente desde que reúna o mínimo Artigo 36.º
de 10 % do total dos associados ou de 200. Salvo disposição
A mesa da assembleia geral é constituída por um presi-
expressa em contrário, as deliberações serão tomadas por
dente e dois secretários.
maioria de votos, tendo cada associado direito a um único
Sendo de sua competência convocar, propor a ordem de
voto, direto e secreto.
trabalhos, coordenar e dirigir as reuniões da assembleia geral
Artigo 29.º bem como zelar pelo cumprimento dos estatutos e demais
A votação para os fins previstos no artigo 6.º e na alínea disposições legais, em conformidade com o disposto nos ar-
a) do artigo 21.º será sempre feita por sufrágio direto e es- tigos 37.º e 38.º
crutínio secreto. Artigo 37.º
Artigo 30.º Compete ao presidente da mesa da assembleia geral:
Da destituição dos corpos gerentes: a) Convocar as reuniões da assembleia geral, nos termos
a) A convocatória para a assembleia geral que tenha por estatutários;
ordem de trabalhos a destituição de algum ou de todos os b) Dar posse aos novos corpos gerentes no prazo máximo
corpos gerentes terá de ser feita com o mínimo de oito dias de 10 dias após as eleições;
de antecedência; c) Coordenar e dirigir os trabalhos, respeitando e fazendo
respeitar os estatutos e demais disposições legais;

212
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

d) Assinar os termos de abertura e de encerramento e ru- j) Admitir, suspender e demitir os funcionários do sindica-
bricar as folhas dos livros de atas das assembleias; to, bem como fixar as suas remunerações, de harmonia com
e) Assinar as atas das sessões e todos os documentos expe- as disposições legais aplicáveis;
didos em nome da assembleia; k) Elaborar os regulamentos internos necessários à boa or-
f) Assistir às reuniões da direção, sem direito a voto. ganização dos serviços do sindicato;
l) Convocar reuniões gerais de sócios cujo poder delibe-
Artigo 38.º
rativo não interfira naquele que é atribuído pelos estatutos à
Compete aos secretários, em especial: assembleia geral;
a) Preparar, expedir e fazer publicar os avisos convocató- m) Propor à assembleia geral a constituição de fundo de
rios; apoio a situações de greve, bem como propor a sua regula-
b) Elaborar o expediente referente à reunião da assembleia mentação e calendarização.
geral;
Artigo 42.º
c) Redigir e lançar as atas no respetivo livro;
d) Informar os sócios das deliberações da assembleia ge- Periodicidade das reuniões:
ral; 1- A direção reunirá, uma vez por mês, em sessão ordiná-
e) Coadjuvar o presidente da mesa em tudo o que for ne- ria, e extraordinariamente sempre que necessário, e as suas
cessário para o bom andamento dos trabalhos da assembleia deliberações serão tomadas por maioria simples dos votos
geral; dos diretores presentes, sendo necessário, para assegurar a
f) Assistir às reuniões da direção, sem direito a voto. validade das mesmas, a presença de, pelo menos, 50 % dos
presentes.
Da direção 2- Em caso de empate, o coordenador terá voto de quali-
dade.
Artigo 39.º § único. De cada sessão deverá lavrar-se a respetiva ata.
A direção é composta por nove elementos efetivos e três Artigo 43.º
suplentes. Os seus membros serão provenientes das listas 1- Os membros da direção respondem solidariamente pe-
concorrentes às eleições tendo em conta a proporção dos vo- los atos praticados no exercício do mandato que lhes foi con-
tos obtidos por cada uma das listas. fiado.
Artigo 40.º 2- Estão isentos de responsabilidade:
a) Os membros da direção que não estiverem presentes na
a) São cargos específicos o de coordenador, secretário e sessão em que foi tomada a decisão, desde que, em sessão se-
tesoureiro; os restantes quatro elementos são vogais; guinte e após leitura da ata da sessão anterior, se manifestem
b) Cabe os membros da direção a escolha do coordenador, em oposição à resolução tomada;
do secretário e do tesoureiro; b) Os membros da direção que tiverem votado contra essa
c) Em caso de necessidade de substituição de qualquer dos resolução e o tiverem expresso em ata.
diretores, os seus substitutos serão provenientes de entre os
membros eleitos da lista vencedora; Artigo 44.º
d) Nos impedimentos ou ausências, o presidente será subs- 1- Para que o sindicato fique obrigado basta que os res-
tituído pelo secretário ou por quem ele delegar expressamen- petivos documentos sejam assinados por, pelo menos, dois
te. membros efetivos da direção de entre os mandatados para
Artigo 41.º o efeito.
2- A direção poderá constituir mandatários, através de cre-
São competências específicas da direção, em geral: dencial, devendo para tal fixar com toda a precisão o âmbito
a) Dirigir e coordenar a ação do sindicato, de acordo com e duração dos poderes conferidos.
os princípios definidos nos presentes estatutos;
b) Representar o sindicato em juízo e fora dele;
Do conselho fiscal
c) Organizar e dirigir os serviços administrativos do sindi-
cato, bem como o respetivo pessoal;
Artigo 45.º
d) Administrar os bens e gerir os fundos do sindicato;
e) Elaborar e apresentar anualmente à assembleia geral o Constituição e funcionamento:
relatório e contas de gerência, bem como o orçamento para 1- O conselho fiscal é composto por três elementos efeti-
o ano seguinte; vos: presidente e vogais.
g) Elaborar o inventário dos haveres do sindicato, que será 2- O conselho fiscal tem dois elementos suplentes.
conferido e assinado no ato de posse da nova direção; 3- O conselho fiscal reúne por convocatória do seu presi-
h) Submeter à apreciação da assembleia geral os assuntos dente com a antecedência mínima de 48 horas relativamente
sobre os quais ela deve pronunciar-se; ao dia, hora e local da reunião.
i) Requerer ao presidente da mesa da assembleia geral a 4- O conselho fiscal lavra e assina em livro próprio as atas
convocação de reuniões extraordinárias, sempre que o julgue respeitantes a todas as suas reuniões.
conveniente;

213
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Artigo 46.º c) Por iniciativa do próprio;


d) Ter pedido demissão de sócio do sindicato;
1- Compete ao conselho fiscal:
e) O não cumprimento dos presentes estatutos;
a) Examinar, sempre que necessário, a contabilidade do
f) A não comparência a quatro reuniões seguidas ou seis
sindicato e toda a documentação contabilística que considere
interpoladas, salvo motivos atendíveis.
conveniente;
b) Emitir parecer sobre o relatório, balanço e contas do Artigo 52.º
exercício, apresentados pela direção;
São atribuições dos delegados sindicais, designadamen-
c) Discutir e votar o orçamento ordinário e suplementares
te:
elaborados pela direção;
a) Estabelecer, manter e desenvolver contacto permanente
d) Exercer todas as funções consignadas na lei e nos pre-
entre os trabalhadores e a direção do sindicato, transmitindo
sentes estatutos;
a esta todas as aspirações, sugestões ou críticas daquele;
e) Requerer a convocatória extraordinária da assembleia
b) Representar o sindicato, dentro dos limites dos poderes
geral;
que lhe são conferidos;
f) Verificar o cumprimento dos estatutos e da lei.
c) Supervisionar o cumprimento da legislação aplicável
2- O presidente do conselho fiscal poderá estar presente
aos trabalhadores, de acordo com a natureza das instituições;
em reuniões da direção, sempre que o solicite, sem direito
d) Cooperar com a direção do sindicato no estudo e forma
a voto.
de melhor resolver os problemas da profissão;
3- As deliberações do conselho fiscal serão tomadas por
e) Informar os trabalhadores da atividade sindical e dis-
maioria simples dos membros presentes, tendo o presidente
tribuir informação impressa, assegurando que as circulares
voto de qualidade.
e outros documentos cheguem a todos os trabalhadores da
Artigo 47.º sua delegação;
f) Comunicar à direção do sindicato todas as irregularida-
1- Os delegados sindicais são sócios eleitos por voto direto
des detetadas que afetem ou possam vir a afetar qualquer
e secreto dos associados nos locais de trabalho, podendo ser
associado;
propostos pela direção e atuam como elementos de ligação
g) Colaborar estritamente com a direção, assegurando a
entre os sócios e a direção do sindicato e vice-versa.
execução das suas resoluções, a fim de levar à prática a po-
2- A regularidade do processo eleitoral incumbe aos dele-
lítica sindical;
gados sindicais cessantes e à direção.
h) Participar nas reuniões de delegados, quando convoca-
Artigo 48.º das pela direção;
Em cada concelho da área do sindicato que não seja sede i) Incentivar os trabalhadores não sócios à sindicalização;
de distrito poderá haver um delegado sindical concelhio, que j) Exercer as demais atribuições que lhes sejam expressa-
coordenará as atividades dos delegados sindicais dos locais mente cometidas pela direção do sindicato.
de trabalho.
CAPÍTULO VI
Artigo 49.º
Só poderá ser delegado sindical o sócio do sindicato que Fundos
reúna, cada uma e cumulativamente, as seguintes condições:
a) Esteja no pleno gozo dos seus direitos sindicais; Artigo 53.º
b) Não faça parte dos corpos gerentes do sindicato. Constituem os fundos do sindicato:
Artigo 50.º a) As quotas dos sócios;
b) As receitas extraordinárias;
1- A duração do mandato dos delegados sindicais é de dois c) Não podem constituir receitas doações provenientes de
anos sendo permitida a reeleição para mandatos sucessivos empresas, organismos do Estado, instituições religiosas, par-
até ao limite máximo de três. tidos políticos e associações empresariais.
2- O número de delegados por escola/empresa será deter-
minado de acordo com as características e necessidades dos
CAPÍTULO VII
locais de trabalho em harmonia com o disposto no artigo
463.º do Código de Trabalho.
3- Os delegados sindicais podem ser destituídos por vo-
Fusão e dissolução
tação favorável de dois terços dos associados da escola/em-
Artigo 54.º
presa.
A fusão e a dissolução do sindicato só se verificarão por
Artigo 51.º
deliberação da assembleia geral expressamente convocada
São razões para destituição dos delegados sindicais: para o efeito.
a) Não oferecer confiança aos seus colegas; § único. A deliberação para ser válida deverá ser tomada
b) Sofrer qualquer sanção sindical; por, pelo menos, dois terços dos sócios do sindicato.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Artigo 55.º mesa da assembleia geral nos 10 dias seguintes à sua afixa-
ção, devendo esta decidir no prazo de quarenta e oito horas.
A assembleia geral que deliberar a fusão ou a dissolução
do sindicato deverá, obrigatoriamente, definir os termos em Artigo 60.º
que se processará, não podendo, em caso algum, os bens do
sindicato ser distribuídos pelos associados. Data e publicidade das eleições
1- As eleições devem ser marcadas com um mínimo de 60
CAPÍTULO VIII dias de antecedência e terão lugar até ao fim do 1.º trimestre
do ano seguinte ao termo do mandato dos corpos gerentes a
Das eleições substituir.
§ único. Todas as mesas de voto eleitorais funcionarão no
Artigo 56.º mesmo dia e com o mesmo horário.
2- Havendo razões ponderosas, a mesa da assembleia ge-
Constituição da assembleia geral eleitoral ral poderá adiar a realização do ato eleitoral até aos 30 dias
A assembleia geral eleitoral é constituída por todos os subsequentes.
sócios no pleno gozo dos seus direitos sindicais. 3- A publicidade do ato eleitoral será feita através de edi-
tais afixados na sede do sindicato, de convocatória enviada
Artigo 57.º a todos os sócios e de publicação num dos jornais mais lidos
Condições de elegibilidade
na área do sindicato.
Só podem ser eleitos os associados que estejam no ple- Artigo 61.º
no gozo dos seus direitos e tenham completado um ano de
Apresentação das candidaturas
sindicalização à data da convocatória da assembleia geral
eleitoral. 1- A apresentação das candidaturas consiste na entrega da
lista ou listas à mesa da assembleia geral até ao 30.º dia que
Artigo 58.º antecede o ato eleitoral.
Atribuições da mesa da assembleia geral eleitoral
2- Cada lista apresentada deve conter os concorrentes efe-
tivos e suplentes para cada órgão: mesa da assembleia geral,
A organização do processo eleitoral compete à mesa da direção e conselho fiscal.
assembleia geral, que, nomeadamente, deve: 3- As listas de candidatura terão de ser subscritas por, pelo
a) Marcar a data das eleições; menos, 10 % dos sócios eleitores ou 100 associados, que se-
b) Convocar a assembleia eleitoral; rão identificados pelo número de associado nome completo
c) Organizar os cadernos eleitorais; legível e assinatura.
d) Apreciar as reclamações aos cadernos eleitorais; 4- Os candidatos serão identificados pelo número de asso-
e) Promover a confeção e distribuição das listas de voto; ciado, nome completo legível, idade, residência e designação
f) Receber as candidaturas; da entidade patronal.
g) Publicar, no site do sindicato e em jornal diário, os lo- 5- Cada lista concorrente deverá apresentar o seu plano de
cais, âmbito e horário das mesas de voto; ação.
h) Nomear os elementos constituintes de cada mesa, com
a antecedência mínima de cinco dias, em relação à data da Artigo 62.º
assembleia geral eleitoral;
Comissão de fiscalização eleitoral
i) Assegurar às listas concorrentes igualdade de tratamen-
to. Será constituída uma comissão de fiscalização eleitoral
composta pelo presidente da mesa da assembleia geral e por
Artigo 59.º um representante de cada uma das listas concorrentes.
Cadernos eleitorais Artigo 63.º
1- Organizados os cadernos eleitorais pela mesa da assem-
Atribuições da comissão de fiscalização eleitoral
bleia geral, os mesmos deverão ser afixados na sede do sin-
dicato, com uma antecedência mínima de 45 dias em relação Compete à comissão de fiscalização eleitoral:
à data das eleições. a) Confirmar a regularidade das candidaturas;
2- Cada mesa eleitoral disporá de um caderno, constituído b) Elaborar relatórios de eventuais irregularidades deteta-
apenas pelos sócios eleitores em exercício nessa área, que das e entregá-los à mesa da assembleia geral.
será fornecido ao respetivo presidente da mesa, com uma Artigo 64.º
antecedência igual à do número anterior, de modo a propor-
cionar a sua consulta. Verificação das candidaturas
§ único. O caderno eleitoral da sede será constituído por 1- A verificação das candidaturas a que se alude na alínea
todos os eleitores. Da inscrição ou omissão irregulares nos a) do artigo anterior far-se-á no prazo de cinco dias úteis a
cadernos eleitorais poderá qualquer eleitor reclamar para a contar do dia seguinte ao encerramento do prazo de entrega
das listas de candidatura.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

2- Com vista ao suprimento de eventuais irregularidades sendo considerados provisórios, devendo ser enviados à sede
encontradas, a documentação será devolvida ao primeiro pela via mais rápida.
subscritor da lista, o qual deverá saná-las no prazo de três 2- Os resultados globais são o somatório do número de vo-
dias úteis após a devolução. tos de cada mesa.
3- Findo o prazo previsto no número anterior, a comissão 3- Os resultados globais serão publicados em definitivo no
decidirá, nos três dias úteis subsequentes, pela aceitação ou prazo máximo de quarenta e oito horas após o encerramento
rejeição definitiva das candidaturas. da votação e consideram-se eleitas as listas que obtiverem
mais votos válidos para a mesa da assembleia geral e para o
Artigo 65.º
conselho fiscal. sendo no caso da eleição da direção atribuí-
Listas de voto dos os mandatos proporcionais aos votos obtidos pelas listas
concorrentes.
1- Cada lista conterá os nomes impressos dos candidatos,
os cargos a ocupar, bem como as entidades onde trabalham. Artigo 70.º
A cada lista será atribuída, por sorteio, uma letra.
2- Os boletins de voto, apresentam as listas identificadas Impugnação
pela letra atribuída. São editados pela direção sob controlo 1- Pode ser interposto recurso escrito ao presidente da
da mesa da assembleia geral, terão forma retangular, com mesa da assembleia geral de irregularidades concretas do
as dimensões de 21 cm x 15 cm, em papel branco, liso, sem ato eleitoral, através do presidente da mesa eleitoral onde se
marcas ou sinais exteriores. tenha verificado a ocorrência, até ao encerramento da mesa
3- São nulos os boletins de voto que: de voto.
a) Não obedeçam aos requisitos do número anterior; 2- A decisão da mesa da assembleia geral será comunicada
b) Contenham qualquer corte ou anotação, fora da quadrí- aos recorrentes, por escrito, e afixada na sede do sindicato
cula de voto. no prazo de quarenta e oito horas após o encerramento da
votação.
Artigo 66.º
Artigo 71.º
Identificação dos eleitores
A identificação dos eleitores será efetuada, de preferên- Ato de posse
cia, através do cartão de sócio ou do bilhete de identidade ou O presidente cessante da mesa da assembleia geral con-
outro documento de identificação com fotografia. ferirá posse aos corpos gerentes eleitos no prazo máximo de
10 dias após a assembleia geral eleitoral.
Artigo 67.º
Artigo 72.º
Do voto
1- O voto é secreto. Casos omissos
2- Não é permitido o voto por procuração. A resolução dos casos imprevistos na aplicação deste ca-
3- Quando, por impedimento, qualquer eleitor pretender pítulo será da competência da mesa da assembleia geral.
exercer o voto por correspondência, deve requerer as listas
na sede do sindicato, de modo a garantir a sua receção até CAPÍTULO IX
quarenta e oito horas antes da abertura da mesa de voto.
Artigo 68.º Disposições gerais e transitórias

Mesas de voto Artigo 73.º


1- Cada mesa de voto será constituída por um presidente Os sócios que passarem à condição de aposentados ou
e dois vogais. reformados pagarão a quota mínima mensal equivalente a
2- As mesas de voto serão presididas por um elemento dos 0,5 % do valor da sua reforma.
corpos gerentes, sempre que possível.
3- Cada lista poderá credenciar um fiscal por mesa de voto. Artigo 74.º
4- Terminada a votação, será elaborada, em cada mesa, ata Considera-se documento idóneo de identificação profis-
do apuramento final, que acompanhará os votos, a enviar à sional o cartão de sócio do sindicato.
sede no prazo máximo de vinte e quatro horas, sendo o resul-
tado transmitido de imediato por telefone ou email. Artigo 75.º

Artigo 69.º Os presentes estatutos poderão ser revistos um ano após


a sua entrada em vigor.
Apuramento
Artigo 76.º
1- Terminada a votação, proceder-se-á ao apuramento dos
Os casos omissos serão resolvidos de harmonia com a lei
resultados em cada mesa de voto e afixados em local próprio,
e os princípios gerais do direito.

216
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ANEXO I 2- A comunicação referida no número anterior deverá


igualmente ser acompanhada dos dados referentes à sua im-
(Aos estatutos do Sindicato de todos os plantação e representação sindicais, bem como os seus prin-
profissionais da educação) cípios orientadores.
Artigo 6.º
Regulamento de tendências
Reconhecimento
Artigo 1.º 1- Só serão reconhecidas as tendências que representem,
pelo menos, 10 % dos associados do sindicato ou de 100
Direito de organização
membros.
1- Independentemente do exercício individual dos direitos 2- Os trabalhadores podem agrupar-se nos locais de traba-
e deveres estatutários, é reconhecido aos associados o direito lho, para fins eleitorais, em tendências.
de se organizarem em tendências político-sindicais.
2- O reconhecimento de qualquer tendência político-sindi- Artigo 7.º
cal é da competência exclusiva da assembleia geral.
Representatividade
Artigo 2.º 1- A representatividade das tendências é a que resulta da
sua expressão eleitoral em assembleia geral.
Conteúdo
2- Para efeito do disposto no número anterior, o voto de
As tendências constituem formas de expressão sindical cada trabalhador é livre, não estando sujeito à disciplina da
própria, organizadas na base de determinada concepção po- tendência que o representa.
lítica, social ou ideológica e subordinadas aos princípios de- 3- Do mesmo modo, os trabalhadores que integrem os ór-
mocráticos dos estatutos do sindicato de todos os profissio- gãos estatutários do S.T.O.P. não estão subordinados à dis-
nais da educação. ciplina das tendências, através de cujas listas foram eleitos,
Artigo 3.º agindo com total isenção.

Âmbito
Artigo 8.º
Cada tendência é uma formação integrante do sindicato, Associação
de acordo com o princípio da representatividade, sendo, por Cada tendência pode associar-se com as demais para
isso, os seus poderes e competências exercidos para a reali- qualquer fim estatutário, na assembleia geral ou fora dela.
zação de alguns dos fins estatutários deste.
Artigo 9.º
Artigo 4.º
Deveres
Direitos
1- As tendências, como expressão do pluralismo sindical,
1- Cada tendência pode participar na eleição para os ór- devem contribuir para o reforço da unidade democrática de
gãos do sindicato, através de listas de candidatos próprias, todos os trabalhadores.
por si ou em coligação, ou apoiar outras listas. 2- Para realizar os fins da democracia sindical devem, no-
2- Pode intervir e participar na atividade dos órgãos es- meadamente, as tendências:
tatutários, quer pela apresentação de propostas, quer pela a) Apoiar todas as ações determinadas pelos órgãos esta-
intervenção no debate de ideias, quer pela participação na tutários do sindicato;
discussão de princípios orientadores da atividade sindical. b) Desenvolver, junto dos trabalhadores que representam,
3- O exercício dos direitos das tendências deve respeitar as ações de formação político-sindical e de esclarecimento dos
decisões democraticamente tomadas, não podendo prevale- princípios do sindicalismo democrático;
cer sobre o direito de participação de cada associado, indivi- c) Impedir a instrumentalização político-partidária do sin-
dualmente considerado. dicato;
Artigo 5.º d) Evitar quaisquer atos que possam enfraquecer ou divi-
dir o mvimento sindical.
Constituição
1- A constituição de cada tendência efetua-se mediante Registado em 4 de janeiro de 2022, ao abrigo do artigo
comunicação dirigida ao presidente da mesa da assembleia 449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 1, a fl. 199 do livro
geral, assinada pelos delegados que a compõem, com indi- n.º 2.
cação da sua designação e objectivos, bem como o nome e
qualidade de quem a representa.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Sindicato dos Oficiais de Polícia, da Polícia de por fusão no Sindicato Unificado da Polícia de Segurança
Segurança Pública - SOP/PSP - Cancelamento Pública - SUP.
Assim, nos termos dos números 4 e 8 do artigo 456.º do
Para os devidos efeitos faz-se saber que em assembleia Código do Trabalho, é cancelado o registo dos estatutos do
geral extraordinária realizada em 18 de dezembro de 2021 Sindicato dos Oficiais de Polícia, da Polícia de Segurança
foi deliberada a extinção voluntária do Sindicato dos Oficiais Pública - SOP/PSP efetuado em 17 de junho de 2002, com
de Polícia, da Polícia de Segurança Pública - SOP/PSP efeitos a partir da publicação deste aviso no Boletim do
Trabalho e Emprego.

II - DIREÇÃO

SPAC - Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil - Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores
Eleição do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros -
Substituição
Identidade dos membros da direção eleitos em 18, 22 a
26 de novembro de 2021 para o mandato de três anos. Na identidade dos membros da direção eleitos em 29 de
Direção: maio de 2021, para o mandato de três anos, publicada no
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 25, de 8 de julho de
Presidente - Tiago Grácio de Faria Lopes. 2021, foram efetuadas as seguintes substituições:
Vice-presidente - Luis Miguel Marques Teodoro.
Tesoureiro - Hugo Godinho Alves Ferreira Matos. Tesoureiro - Paulo Jorge Barrento Vermelho é substituído
Vogal - João Vítor Lira Abreu. por Sérgio Filipe Correia Sousa.
Vogal - Nuno Miguel Gonçalves Vaz. Vogal - Sérgio Filipe Correia Sousa é substituído por
Mário José Simões Seco.

Sindicato Nacional Ferroviário do Pessoal de Trens


SITRL - Sindicato Independente dos Trabalhadores
- SITRENS - Eleição
da Rodoviária de Lisboa - Substituição
Identidade dos membros da direção eleitos em 3 de de-
zembro de 2021 para o mandato de três anos. Na identidade dos membros da direção eleitos em 12 de
agosto de 2019, para o mandato de quatro anos, publicada no
Presidente - Francisco Fernando da Costa Lima. Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, de 29 de agosto de
Vice-presidente - Albano Jorge da Silva. 2019, foi efetuada a seguinte substituição:
Tesoureiro - Amadeu Monteiro Guedes de Sá.
1.º secretário - Ricardo Manuel Alves Teixeira. Vogal - Vera Lúcia Rodrigues Gorducho é substituída por
2.º secretário - Diogo Eliseu Ribeiro Lopes. Joaquim Ferreira Jorge.
1.º vogal - Ricardo José Ferreira, n.º 30000109.
Suplente - Jorge Manuel Cardoso Ribeiro.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

ASSOCIAÇÕES DE EMPREGADORES

I - ESTATUTOS

...

II - DIREÇÃO

Associação Nacional das Indústrias de Vestuário, Liga Portuguesa de Futebol Profissional - Liga
Confecção e Moda - ANIVEC/APIV - Eleição Portugal - Alteração

Identidade dos membros da direção eleitos em de 25 de Na identidade dos membros da direção eleitos em 12 de
novembro de 2021 para o mandato de quatro anos. junho de 2019, para o mandato de quatro anos, publicada no
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 42, de 15 de novembro
Direção:
de 2019 foi efetuada a seguinte alteração:
Presidente - César Augusto Guimarães Fontes Araújo.
Direção:
Calvelex - Indústria de Confecções SA.
Presidente da Liga Portugal.
Vice-presidente - Luís Hall de Figueiredo.
(Mandato de 4 anos: 2019-2023).
Hall & CA, L.da
Dr. Pedro Proença de Oliveira Alves Garcia.
Vice-presidente - Jaime Regojo Velasco.
Confeções Regojo & Velasco, L.da Vogais da I liga:
Vice-presidente - Rómulo José Carvalho Mineiro.
(Mandato de 4 anos: 2019-2023).
Twintex - Indústria de Confecções.
Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD, representada
Vice-presidente - Luís Miguel de Carvalho Lopes.
pelo Dr. Ricardo José de Sousa Martins,
Guimarães.
Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD, representada
Cottonsmile - Confeções Unipessoal, L.da
pelo Dr. José Carlos Oliveira, e
Vice-presidente - José Carlos da Silva Castanheira.
Vitória Sport Clube - Futebol, SAD, representada pelo
Gouveia & Campos, SA.
Senhor Jaime Miguel Santos Pereira Teixeira.
Vice-presidente - Ana Lisa Carvalho de Sousa.
António Manuel de Sousa, L.da Vogais da I liga:
Vice-presidente - João Pedro Costa Pinto Leite.
(Mandato de 1 ano: 2021-2022).
1040 - Ribul, L.da
Futebol Clube de Vizela - Futebol, SAD, representada
Vice-presidente - Pedro Jorge Dias Fernandes.
pelo Ex.mo Senhor Dr. Diogo Godinho de Faria dos Santos, e
Clothe Up - Desenvolvimento Têxtil, Unipessoal, L.da
Futebol Clube de Arouca - Futebol, SDUQ, L.da, repre-
1.º suplente - Ricardo André Dias Fontão da Silva. sentada pelo Ex.mo Senhor Engenheiro Joel Carlos Oliveira
Fontoli - Confeções Têxteis, L.da Pinho.
2.º suplente - Rui Miguel Fernandes Ribeiro Meireles.
Vogais da II liga:
Crialme - Fabricação, Exportação e Importação de
Confecções, L.da (Mandato de 1 ano: 2021-2022).
3.º suplente - Manuel Simão Ribeiro. Futebol Clube de Penafiel - SAD, representada pelo Dr.
Sebastião & Manuel, L.da António Gaspar Dias,
4.º suplente -Ana Matilde Pereira de Carvalho Mendes Académico de Viseu Futebol Clube - Futebol, SAD, re-
de Vasconcellos. presentada pelo Dr. Mariano Maroto Lopez, e
Trotinete - Comércio e Confecções de Criança, L.da Sporting Clube da Covilhã - Futebol, SDUQ, L.da, repre-
5.º suplente - Carla Patrícia Nunes Teixeira. sentada pelo Senhor José de Oliveira Mendes.
Teixeira & Patrícia Confeções, L.da

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Vogal da Direção da FPF: Diretores executivos:


(Mandato de 4 anos: 2019-2023). (Mandato de 1 ano: 2021-2022).
Dr. José Júlio de Carvalho Peyroteo Martins Couceiro. Dr.a Maria Helena Renca Pires.
Dr. Tiago Filipe da Veiga Guarda Gomes de Madureira.
Dr. Rui Pereira Caeiro.

COMISSÕES DE TRABALHADORES

I - ESTATUTOS

...

II - ELEIÇÕES

Continental Mabor - Indústria de Pneus, SA-


Eleição

Composição da comissão de trabalhadores eleita em 22, Suplentes:


23 e 24 de outubro de 2021 para o mandato de três anos.
José Emanuel Lopes da Costa.
Efetivos: Nuno Filipe Cunha do Couto.
Filipe Miguel Brandão Silva. Pedro Miguel Moreira Carvalho.
Paulo Luís Araújo Ferreira. Rui Pedro do Vale Simões.
Pedro Nuno Teixeira de Oliveira. Leandro Emanuel Pereira da Silva.
João José Dias de Oliveira. João Pedro Silva Fernandes.
Paulo David Campos Amorim. Pascoal Joaquim Lages Carneiro.
Óscar Daniel Gonçalves Mendes. Pedro Manuel da Costa Batista.
Paulo Joaquim Couto G. Azevedo. Joaquim André Serra da Silva.
Bruno Germano Barros Carneiro. Nuno Tiago Couto Silva.
André Manuel Couto Santos. Eduardo Manuel Costa Sá.
Rogério António de Azevedo Rocha.
Paulo Renato Barbosa Maia. Registado em 5 de janeiro de 2022, ao abrigo do artigo
438.º do Código do Trabalho, sob o n.º 1, a fl. 50 do livro
n.º 2.

220
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES PARA A


SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

I - CONVOCATÓRIAS

...

II - ELEIÇÃO DE REPRESENTANTES

...

CONSELHOS DE EMPRESA EUROPEUS

...

221
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

INFORMAÇÃO SOBRE TRABALHO E EMPREGO

EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO AUTORIZADAS

...

CATÁLOGO NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES

O Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro que cria o Catálogo Nacional de Qualificações, atribui à Agência Nacio-
nal para a Qualificação, IP, atual Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, IP, a competência de elabora-
ção e atualização deste catálogo, através, nomeadamente, da inclusão, exclusão ou alteração de qualificações.
De acordo com o número 7 do artigo 6.º daquele diploma legal, as atualizações do catálogo, são publicadas no Boletim do
Trabalho e Emprego, bem como publicados no sítio da internet do Catálogo Nacional de Qualificações.
No âmbito do processo de atualização e desenvolvimento do Catálogo Nacional de Qualificações, vimos proceder às
seguintes alterações:

222
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

1. INTEGRAÇÃO DE NOVAS QUALIFICAÇÕES

...

223
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

2. INTEGRAÇÃO DE UFCD

...

224
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

3. INTEGRAÇÃO DE PERCURSOS DE FORMAÇÃO

Integração no Catálogo Nacional de Qualificações dos seguintes percursos de formação:

• Liderança e criatividade (anexo 1).


• Liderança em contexto social (anexo 2).
• Gestão e liderança (anexo 3).
• Gestão e finanças (anexo 4).
• Inovação na liderança (anexo 5).

225
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Anexo 1:

ORGANIZAÇÃO DO PERCURSO DE FORMAÇÃO - Liderança e criatividade (125 h)

UFCD Designação Carga horária (h)


4659 Criatividade e resolução de problemas 25
10319 Liderança e coaching 25
9765 Liderança e gestão de carreiras 25
9208 Inteligência emocional 25
9761 Liderança, gestão e motivação de equipas 25

226
5
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Anexo 2:

ORGANIZAÇÃO DO PERCURSO DE FORMAÇÃO - Liderança em contexto social (225 h)

UFCD Designação Carga horária (h)


0592 Legislação laboral 25
5209 Ambiente e património 50
9837 Comunicação interna, externa e integrada 25
4258 Direito social 25
10370 Políticas sociais de intervenção 25
4262 Trabalho de projeto comunitário - avaliação 50
8977 Voluntariado jovem 25

227
6
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Anexo 3:

ORGANIZAÇÃO DO PERCURSO DE FORMAÇÃO - Gestão e liderança (225 h)

UFCD Designação Carga horária (h)


0620 Controlo de gestão 50
9560 Gestão de recursos humanos - liderança e coaching 25
Gestão de recursos humanos - planeamento, avaliação e
8640 desenvolvimento 50
5151 Gestão de processos e implementação de indicadores 25
6979 Planeamento estratégico 50
0592 Legislação laboral 25

228
7
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Anexo 4:

ORGANIZAÇÃO DO PERCURSO DE FORMAÇÃO - Gestão e finanças (200 h)

UFCD Designação Carga horária (h)


5271 Análise estratégica e de investimentos 50
0620 Controlo de gestão 50
5653 Direito do trabalho 25
4320 Gestão e análise financeira 25
10726 Gestão de informação 25
7257 Noções de contabilidade 25

229
8
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, 15/1/2022

Anexo 5:

ORGANIZAÇÃO DO PERCURSO DE FORMAÇÃO - Inovação na liderança (250 h)

UFCD Designação Carga horária (h)


10396 Empreendedorismo social 50
Perfil e potencial do empreendedor - diagnóstico/
7852 desenvolvimento 25
0435 Gestão da comunicação de marketing 50
5456 Ética e responsabilidade social das empresas - uma exigência 25
2163 Plano estratégico e de ação da empresa 50
10396 Empreendedorismo social 50

230
9

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