Comparativo Cobre e Aluminio

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
ENGENHARIA ELÉTRICA

CARLOS HENRIQUE FRANCO CAPRERA

COMPARATIVO ENTRE ENROLAMENTOS DE COBRE E ALUMÍNIO


PARA TRANSFORMADORES ELÉTRICOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CORNÉLIO PROCÓPIO
2018
2

CARLOS HENRIQUE FRANCO CAPRERA

COMPARATIVO ENTRE ENROLAMENTOS DE COBRE E ALUMÍNIO


PARA TRANSFORMADORES ELÉTRICOS

Proposta para Trabalho de Conclusão do


Curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná – UTFPR, como requisito parcial
para a obtenção do título de Bacharel.

Orientador: Prof. Me. Marco Antonio


Ferreira Finocchio

CORNÉLIO PROCÓPIO
2018
3
4

RESUMO

CAPRERA, Carlos Henrique Franco. Comparativo entre enrolamentos de cobre e


alumínio para transformadores elétricos: 2018. 35f. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação) – Engenharia Elétrica. Universidade Tecnológica Federal do
Paraná. Cornélio Procópio, 2018.

Este trabalho faz um comparativo entre transformadores de enrolamento de cobre e


enrolamento de alumínio, abordando as vantagens e desvantagens dos dois
materiais, embasado na condutividade, densidade de massa, custo, conectividade,
oxidação, usinabilidade e comportamento em curto-circuito. Além de discorrer sobre
o custo total de propriedade (TCO) dos transformadores, apontando até que ponto
economicamente é mais viável a utilização de cada um dos enrolamentos nos
transformadores.

Palavras-chave: Enrolamento. Cobre. Alumínio. Custo total de propriedade.


Transformadores.
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ABSTRACT

CAPRERA, Carlos Henrique Franco. Comparison between copper and aluminum


windings for eletric transformers: 2018. 35 p. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação) – Engenharia Elétrica. Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Cornélio Procópio, 2018

This paper presents a comparison between copper windings and aluminum windings
in eletric transformers, showing the advantages and disadvantages of the both
materials, based on conductivity, mass density, connectivity, oxidation, machinability
and shot-circuit behavior. In addition to discussing the Total cost of ownership (TCO)
of the transformers, pointing out to what extent it is economically more feasible to use
each of the windings in the transformers.

Keywords: Winding. Copper. Aluminum. Total cost of ownership. Transformers.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7

1.1 Justificativa .................................................................................................. 8

1.2 Objetivos .......................................................................................................... 9

1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 9

1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 9

1.2 Método da Pesquisa..................................................................................... 9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 10

2.1 Transformadores Elétricos ........................................................................... 10

2.2 Custo Total de Propriedade – TCO............................................................... 11

2.3 Materiais Utilizados nos Enrolamentos ....................................................... 12

2.3.1 Alumínio .................................................................................................... 13

2.3.2 Cobre ........................................................................................................ 14

3 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 17

3.1 Condutores Utilizados nos Enrolamentos ................................................... 17

3.1.1 Formato dos condutores ........................................................................... 17

3.1.2 Material dos condutores ............................................................................ 19

3.2 Propriedades Físicas e Custos dos Enrolamentos de Cobre a Alumínio . 19

3.3 Evolução dos Preços dos Materiais ao Longo do Tempo .......................... 23

3.4 Conectividade e Oxidação ............................................................................ 24

3.5 Usinabilidade ................................................................................................. 25

3.6 Comportamento Durante o Curto Circuito .................................................. 26

3.7 Comparação do Custo Total de Propriedade (TCO) dos Transformadores


de Cobre e Alumínio ............................................................................................ 28

4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 36

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37
7

1 INTRODUÇÃO

O transformador é um equipamento de extrema importância para o sistema


elétrico, surgiu basicamente para elevar a tensão nas redes de transmissão, e
posteriormente reduzir nos centros de distribuição. No ano de 1880, quando não
existiam transformadores, a transmissão era feita em baixa tensão e elevada
corrente, esse sistema apresentava altas perdas por efeito joule, como também as
instalações de geração eram limitadas próximas ao consumidor (CHAPMAN, 2012).
Em um sistema elétrico, os transformadores são utilizados desde as usinas
de produção, em que a tensão gerada é elevada até níveis adequados para
possibilitar a transmissão econômica de potência, até os grandes pontos de
consumo, em que a tensão é abaixada a nível de subtransmissão e de distribuição,
alimentando as redes urbanas e rurais, onde novamente é reduzida para, enfim, ser
utilizada com segurança pelos usuários do sistemas (MAMEDE, 2005).

O custo de fabricação do transformador esta relacionado diretamente com o


desenvolvimento do seu projeto, que envolve uma série de variáveis, como
diferentes tipos de materiais, métodos e processos de fabricação. Entre essas
variáveis, o tipo de material é um dos pontos mais importantes, uma vez que o preço
da matéria prima encontra-se em constante oscilação.

O transformador é constituído basicamente por dois enrolamentos, que são


componentes que armazenam energia na forma de campo magnético. Nos
enrolamentos, o fluxo magnético, variável, produzido em um enrolamento age sobre
o outro. No geral, transformadores elétricos podem utilizar enrolamentos de cobre ou
alumínio. Nos transformadores de potência, enrolamentos de cobre são preferíveis,
devido a algumas propriedades do cobre, exemplo disso é a utilização de uma liga
de cobre correta para garantir alta capacidade de curtos-circuitos em
transformadores de potência, isso deve-se às propriedade mecânicas do cobre,
como limite de elasticidade e o módulo de elasticidade (LEONARDO ENERGY
BRASIL, 2016). Para os transformadores de distribuição, se bem projetado, os
enrolamentos de alumínio são preferíveis e podem ser bem mais acessíveis
comercialmente.
8

A escolha correta do material a ser utilizado em um transformador é de


extrema relevância, porque esta diretamente relacionada ao custo e o desempenho
do equipamento. Esse assunto não é somente discutido na parte de
transformadores, as vantagens e desvantagens da escolha do material são de
interesse de toda indústria de equipamentos elétricos. Quando o cobre e alumínio
são comparados com ênfase na aplicação em equipamentos elétricos, são
considerados alguns parâmetros como: capacidade de transporte de corrente,
condutividade, peso, resistência a tração, expansão, conexões e terminais,
chapeamento e sua questão ambiental, oferta de produto, comparação de custos
impacto em várias peças e equipamentos (PRYOR, et al., sem data).

1.1 Justificativa

Segundo OLIVARES, et al. (2003), o custo do enrolamento do transformador


equivale de 16% à 28% do custo total de fabricação do transformador, ou seja um
valor muito significativo para o custo final.
A escolha do material correto a ser utilizado na fabricação dos enrolamentos
de um transformador deve considerar quais de suas características são afetadas por
esta escolha não somente o custo de manufatura da unidade com cada material.
Logo, é preciso analisar como estes materiais se comportam durante os ensaios
exigidos para a aprovação do transformador, além da vida útil do equipamento. Um
exemplo disso é o fato do fio esmaltado de alumínio possuir mais falhas por metro
que o fio de cobre, tal fato pode ocasionar em um maior índice de falha devido às
descargas elétricas (SALUSTIANO; MARTÍNEZ, 2012).
Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), as reservas mundiais
de cobre são estimadas em 480.106 toneladas métricas. Considerando o consumo
de 2006 de 15,3.106 toneladas levará 31 anos para atingir o esgotamento total. Já
as reservas mundiais de alumínio são de 29.109 toneladas, no atual consumo de
177.106 toneladas anuais, rendem 164 anos antes de chegar ao esgotamento.
Tendo isso em vista, o estudo comparativo entre os dois materiais se torna muito
válido, visando uma futura escassez das reservas de cobre.
9

1.2 Objetivos

Esta seção dispõe apresentar o objetivo geral, os objetivos específicos e


esclarecer o escopo deste trabalho.

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral é realizar um comparativo entre os enrolamentos de cobre e


alumínio para transformadores elétricos, que são os materiais mais utilizados nos
enrolamentos, levando em consideração a condutividade elétrica do material, sua
densidade, seu custo, entre outros parâmetros, com intuito de analisar qual material
é mais benéfico e econômico para a construção do enrolamento.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Estudar os dois materiais a serem comparados;


 Levantar uma estimativa da variação do preço desses materiais ao
longo dos anos e plotar um gráfico que ilustre essa variação;
 Construir uma tabela que ilustre o custo total dos transformadores de
núcleo de cobre e de alumínio para diversas potências de
transformadores;

1.2 Método da Pesquisa

O trabalho tem por base pesquisas em livros, normas, artigos, estatísticas e


referências relacionadas aos materiais cobre e alumínio e, transformadores elétricos.

Os dados coletados serão comparados e analisados de acordo com a teoria,


para que possa ser feito o comparativo entre enrolamentos de cobre e alumínio para
transformadores elétricos.
10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta seção aborda as bases teóricas referente ao equipamento, materiais e


ao método de análise, para o bom desenvolvimento monografia.

2.1 Transformadores Elétricos

Um transformador é um dispositivo que converte, por meio da ação de um


campo magnético, a energia elétrica CA de uma dada frequência e nível de tensão
em energia elétrica CA de mesma frequência, mas outro nível de tensão. Ele
consiste em duas ou mais bobinas de fio enroladas em torno de um núcleo
ferromagnético comum. Essas bobinas (usualmente) não estão conectadas
diretamente entre si. A única conexão entre as bobinas é o fluxo magnético comum
presente dentro do núcleo (CHAPMAN, 2013).
Os transformadores são importantes à vida moderna. Em 1882, Thomas A.
Edison, implantou sua primeira geração de energia elétrica em Nova York,
infelizmente seu sistema gerava e transmitia energia elétrica em níveis de tensões
muito baixas, dessa forma era necessário correntes muito elevadas, o que
ocasionava em quedas de tensões muito grandes e perdas energéticas
significativas, tanto que na década de 1880, a usinas geradoras se localizavam
muito próximas uma as outras para evitar esse problema. Com a invenção do
transformador e o desenvolvimento de estações geradoras em CA, eliminou a
necessidade das usinas serem muito próximas uma das outras para evitar a perdas
de energia. Se um transformador elevar o nível de tensão de um circuito, ele deve
diminuir a corrente, para manter a potência constante. Assim, a energia elétrica CA
pode ser gerada em um local, em seguida o nível de tensão é elevado para que seja
transmitida, com baixos níveis de perdas, e em seguida é abaixada novamente para
seu uso final. Em um sistema de energia elétrica, as perdas de transmissão são
proporcionais ao quadrado da corrente que circulas nas linhas. Desse modo, usando
transformadores, uma elevação da tensão de transmissão por um fator de 10
permitirá reduzir as perdas de transmissão elétrica em 100 vezes devido a redução
das correntes de transmissão pelo mesmo fator (CHAPMAN, 2013).
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Nos dias atuais, nos sistemas mais modernos de energia elétrica, a energia
é gerada com níveis de tensão de 12 a 25kV. Os transformadores elevam esse nível
de tensão para uma faixa entre 110 V a aproximadamente 1.000V, para que possa
ser transmitida em grandes distâncias com menores perdas. Após a transmissão, os
transformadores abaixam essa tensão para uma faixa de 12 a 34,5 kV para fazer a
distribuição local e finalmente ela é abaixada novamente para ser usada nas casas,
escritórios e fábricas em um nível de tensão de 127V. A figura 1 apresenta um
transformador de potência.

Figura 1 - Transformador de potência a óleo

Fonte: Comtrafo (2017).

2.2 Custo Total de Propriedade – TCO

O custo total de propriedade (TCO), em inglês, Total Cost of Ownership, é


uma analise significativa para descobrir todos os custos ao longo da vida para se
manter certos tipos de ativos.
A aquisição de um equipamento traz custos (diretos) de compra, mas
também pode trazer custos indiretos e substanciais para processos de operação,
implantação, instalação, e manutenção do equipamento. Para muitas situações e
tipos de aquisições, a análise do TCO pode apontar uma discrepância muito grande
entre o preço de compra e os custos do ciclo de vida, especialmente quando vistos
ao longo do período de propriedade, ou seja, o fluxo de caixa (gastos) para manter
aquele equipamento.
12

Figura 2 - Total Cost of Ownership (TCO).

Fonte: Desmonta & CIA (2017).

Atualmente a análise do TCO é usada para apoiar decisões de aquisição e


de planejamento para uma larga variedade de ativos que agregam custos
significativos de manutenção e operação durante toda sua vida útil. Desta forma, o
TCO é o centro das atenções quando são necessárias decisões para a aquisição de
TI (hardware/software), máquinas, equipamentos, etc.

A análise do TCO para esse tipo de equipamento é de fato uma


preocupação central, considerando:

 Orçamento e planejamento;
 Gestão de ativos;
 Ciclo de vida;
 Priorizando as propostas de aquisição do capital;
 Seleção de fornecedores;
 Decisão de locar ou comprar.

2.3 Materiais Utilizados nos Enrolamentos

Quando observa-se alguns objetos, sejam eles aplicados em qualquer área,


logo faz-se uma análise que envolve dimensões, peso, desempenho, custo,
possibilidade de satisfazer a necessidade da compra, durabilidade, desenho,
acabamento e outras características que julgamos importantes (WLADIKA, 2008).
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2.3.1 Alumínio

É um metal condutor ou para outras aplicações (mecânica e térmica) que


tem muita utilização em todas as áreas. O alumínio é obtido de um minério chamado
bauxita cuja a fórmula é [AlO(OH) . Al(OH)3]. Para a eletrotécnica, é possível dizer
que o alumínio é o metal mais versátil entre todos os usados. Geralmente é
associado a outros elementos por meio de ligas para melhorar suas propriedades
mecânicas.

Densidade: 2,70gf/cm³.

Temperatura de fusão: 660ºC.

Cor: Metálica clara.

Número atômico: 13.

Comportamento físico:

 Resistência à tração: 1800kgf/cm² (ruptura);


 Resistência à compressão: 1800kgf/cm² (ruptura);
 Não é tão maleável quanto o cobre, mas é bom;
 Boa condutividade elétrica e térmica;
 A soldagem é complicada;
 Baixo peso específico o credencia para muitas aplicações;
 O custo é mais baixo do que o do cobre.

Comportamento químico:

 Oxida-se, porém a camada é protetora;


 Permite a formação de ligas para aumentar a resistência mecânica (Si, Mn,
Mg);
 Sofre corrosão galvânica quando em contato com o cobre;
 Pode receber um isolamento superficial (oxidação anódica) por meio de um
processo eletrolítico chamado de anodização.

Aplicações em eletrotécnica:
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 Linhas de transmissão e redes de distribuição (podendo ser com alma de


aço);
 Conectores para redes; Barras rotatórias; Cabo AT isolado;
 Dissipadores térmicos; Caixa para fontes de alimentação;
 Barramentos de subestação; Quadros de medição;
 Enrolamento de transformadores;
 Disco medidores de energia;
 Outras.

2.3.2 Cobre

É um metal condutor que tem o uso mais difundido na eletrotécnica devido


as propriedades elétricas, térmicas e mecânicas favoráveis. O cobre é obtido de
vários minérios que podem se chamar: cuprita (Cu 2O), calcopirita (FeCuS2),
calcosina (Cu2S), etc. Tem grande aplicação na indústria mecânica em destiladores,
evaporadores, alambiques, bombas, entre outros.
Densidade: 8,96gf/cm³.
Temperatura de fusão: 1083ºC.
Cor: Alaranjado;
Símbolo químico: Cu.
Número atômico: 29.
Comportamento físico:
 Resistência à tração: 2250kgf/cm³;
 Resistência à compressão: 2250kgf/cm³;
 Apresenta elevada maleabilidade;
 Pode ser trabalhado a frio e a quente; É facilmente soldável;
 Excelente condutibilidade elétrica, sendo inferior somente à da prata;
 Excelente condutividade térmica;
 Tem peso específico (densidade) elevado, semelhante ao ferro (aço), oque
inviabiliza algumas aplicações;
 O custo é mais elevado que o do alumínio.

Comportamento químico:
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 Permite formação de ligas


 Aceita revestimento por diversos tipos de vernizes;
 Oxida-se facilmente quando exposto ao ar, porém, o óxido não é progressivo
e forma uma camada passivadora. O óxido é uma película esverdeada
chamada de azinhavre (zinabre, no popular);
 Resiste bem a ácidos, aldeídos, álcoois, resinas, álcalis (soda cáustica), etc.

Aplicações em eletrotécnica:

 Condutores em geral: fios, cabos, barramentos chatos e tubulares;


 Lâminas coletoras. Cintas de blindagem;
 Cordoalhas circulares (rabicho) e chatas;
 Contatos seccionadores (chave faca);
 Filetes de placas de circuito impresso (trilhas);
 Revestimento de hastes de terra; Cabo mensageiro (cobre duro);
 Outras.

2.3.2.1 Cobre Esmaltado

O cobre, durante o processo de trefilação, sofre encruamento, o que


aumenta a sua rigidez mecânica e diminui a sua condutividade. Para converter o
cobre encruado (duro) em cobre eletrolítico (mole), é necessário fazer o seu
recozimento, que consiste em aquecer o condutor com intuito de que sua estrutura
cristalina se reorganize. Aproveitando o aquecimento da parte interna do condutor, e
o externo de secadores, o fio passa por vários banhos de verniz isolante – 5, 6, 7, 8,
9 dependendo da aplicação do fio e do tipo do esmalte – até que uma fina camada
de esmalte se consolide sobre o condutor para garantir isolação entre futuras
espiras. Como sempre há muitas espiras nas bobinas e o espaço paras as mesmas
é reduzido, devido às dimensões compactas da máquina/aparelho/equipamento, a
isolação não pode ser volumosa, e por isso é feita por meio de uma película de
verniz eletroisolante.
Aplicações Eletrotécnicas:

 Fios para enrolamentos: bobinas de transformadores, motores, relés,


solenoides, etc.
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Os fios de cobre esmaltado, para terem bom desempenho como constituintes de


enrolamento elétricos, são avaliados em vários aspectos, dos quais podemos citas:
 Avaliação dimensional; Alongamento; Grau de recuo;
 Aderência; Flexibilidade; Colagem; Cura; Resistência à brasão;
 Choque térmico; Termoplasticidade; Soldabilidade;
 Solubilidade; Continuidade da película isolante; Extração;
 Resistência ao óleo de transformador e a fluidos refrigerantes;
 Outras.
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3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Condutores Utilizados nos Enrolamentos

3.1.1 Formato dos condutores

Um transformador trifásico é constituído por pelo menos por 6 enrolamentos,


três enrolamento no primário e três enrolamentos no secundário, os quais podem ser
conectados em delta (∆), estrela (Y) ou estrela aterrado. Assim sendo, têm-se nove
tipos de conexões, apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 - Tabela de conexões de transformadores.


Primário Secundário
Y Y
Y ∆
Y Y aterrado
∆ Y
∆ ∆
∆ Y aterrado
Y aterrado Y
Y aterrado ∆
Y aterrado Y aterrado
Fonte: Autoria própria.

O tipo de conexão vai determinar as tensões e correntes nas bobinas,


geralmente, essas conexões são descritas na placa do transformador, conforme a
Figura 3.
Com base nas tensões e correntes pré-estabelecidas, é feita a escolha do
formato dos condutores dos enrolamentos. Para condutores do tipo tiras (espessura
≥ 0,2032mm), são utilizados condutores redondos ou elípticos. Já para condutores
do tipo folha (espessura < 0,2032mm), são utilizados condutores retangulares
(SHUGG, 1986).
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Figura 3 - Dados de placa do transformador conectado em Y-Y aterrado.

Fonte: JM Construções Elétricas Ltda.

Condutores de seção transversal circular são utilizados em casos em que a


corrente é baixa, como no caso dos enrolamentos de alta tensão dos
transformadores de distribuição. Em contrapartida, os condutores de seção
retangular são utilizados em uma larga faixa de corrente, que varia de 40 à 500A,
como por exemplo nos enrolamentos de baixa tensão dos transformadores de
distribuição. A Figura 4 representa uma bobina com condutor redondo de cobre no
enrolamento de alta tensão e, condutor de alumínio do tipo folha no enrolamento de
baixa tensão.

Figura 4: Bobina com condutor circular de cobre no enrolamento de alta tensão e folha de
alumínio no enrolamento de baixa tensão. Este enrolamento é chamado baixo-alto-baixo (LHL).

Fonte: IET Electr. Power Appl. (2010)


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3.1.2 Material dos condutores

Segundo Heatchote (1998), as ligas de cobre e alumínio são feitas com o


objetivo de aperfeiçoar algumas das propriedades dos condutores. O cobre é
tradicionalmente utilizado nos transformadores, por ser o segundo (atrás da prata)
melhor condutor de eletricidade e calor. A principal liga de cobre utilizada é a liga de
cobre com prata, em que ao adicionar uma pequena parcela de prata (0,01%) no
cobre tem-se um aumento muito significativo na condutividade térmica, com um
efeito mínimo na condutividade elétrica. Esta liga também aumenta a força
mecânica. Dentro dessa liga, o teor de cobre deve ser de no mínimo 99,9%. Quando
a quantidade de estanho, alumínio, manganês, cromo, silício, cobalto, aço, ou
fósforo são iguais ou o superior a 0,1%, ocorre a deterioração da condutividade
elétrica em mais de 10%. Os enrolamentos dos transformadores geralmente são
feitos com uma liga eletrolítica de cobre, C11000. O código de identificação dessa
liga se refere a um sistema unificado de numeração, em que se usam cinco dígitos
numéricos após a letra “C” para identificar precisamente a liga. Na liga C11000 é
utilizado 99,95% Cu, 0,04%O2 e menos que 50ppm de impurezas metálicas.
Existe também uma variedade de ligas de alumínio. O alumínio é altamente
sensível a impurezas, tanto que uma queda de 10% da sua condutividade elétrica
pode ser causada por 0,4% de magnésio, 0,1% de titânio ou 0,02 de manganês ou
cromo (KARABAY, 2006). A liga de alumínio utilizada para condutores de energia é
a liga 1350, com uma pureza de 99,5% e condutividade mínima de 61%. Essa liga é
composta de 99,50Almin, 0,10Simax, 0,40Femax, 0,05Cumax, 0,01Mnmax, 0,01Crmax,
0,05Znmax, 0,03Gamax, 0,02Vmax + Ti, 0,05Bmax, 0,03 máx outros (cada), 0,10 máx
outros (total).

3.2 Propriedades Físicas e Custos dos Enrolamentos de Cobre a Alumínio

Neste capitulo será comparado as principais propriedades físicas dos dois


materiais, como pode ser observado na Tabela 2.
É importante notar que embora resistividade do cobre seja menor que a do
alumínio, a sua densidade é bem maior que a do alumínio. Já o coeficiente de
expansão do cobre é menor que o do alumínio, enquanto a sua condutividade é
20

maior que a do alumínio. Nota-se também que a resistência a tração do cobre é


superior.

Tabela 2 – Propriedades físicas do cobre e do alumínio


Propriedades Físicas Cobre Alumínio
Resistividade [.mm2/m] 0,016642 0,03
Densidade de massa 8,89 2,7
[kg/dm3]
Coeficiente de expansão 16,7 23,36
[m/moC]
Condutividade térmica 398 210
[W/mK]
Resistência a tração [MPa] 124 46,5
Ponto de fusão [oC] 1084,88 660,4
Calor específico [J/kgK] 384,6 904
Fonte: Konrad (2001) e Totten, Mackenzie (2003)

É interessante comparar os custos dos materiais para a mesma


resistência, para isso, o custo do enrolamento de cobre será expresso em função do
custo do enrolamento do alumínio para uma mesma resistência. O comprimento do
enrolamento do alumínio será um pouco maior que o comprimento do enrolamento
de cobre para uma potência equivalente. Como o efeito do tamanho é pequeno
comparado com os efeitos da área, preço e densidade, será assumido que o
tamanho dos enrolamentos sejam iguais. Partindo do ponto que as resistências
devem ser iguais, tem-se a seguinte Equação 1:

𝐿 𝐿 (1)
𝜌𝑐𝑢 . = 𝜌𝐴𝑙 .
𝑆𝑐𝑢 𝑆𝐴𝑙

Em que cu (.m), Lcu (m) e Scu (m2) são a resistividade, comprimento e área
da seção transversal do condutor de cobre, respectivamente. E em que al (.m), Lal
(m) e Sal (m2) são a resistividade, comprimento e área da seção transversal do
condutor de alumínio, respectivamente. Usando a Equação 1, a equação da área da
21

seção transversal do condutor de alumínio pode ser dada em função da área do


condutor de cobre:
𝜌𝐴𝑙 (2)
𝑆𝐴𝑙 = .𝑆
𝜌𝑐𝑢 𝑐𝑢
E ao substituir os valores das resistividades com os valores da Tabela 2,
chegasse a seguinte relação:
𝑆𝐴𝑙 ≅ 1,80266. 𝑆𝑐𝑢 (3)
A equação 3 mostra que para o enrolamento de alumínio ter a mesma
resistência do enrolamento de cobre, a área da seção transversal do seu condutor,
tem que ser 1,80266 vezes maior que a área do condutor de cobre. No entanto, para
que possam serem comparado os preços dos materiais, é necessário saber a
relação de preço ao invés da relação de área, para isso será feita a mesma
comparação, só que agora com a relação de densidade de cada material. Assim
chegasse nas Equações 4 e 5:
𝑚𝑐𝑢 𝑚𝑐𝑢 (4)
𝑑𝑐𝑢 = =
𝑣𝑐𝑢 𝐿. 𝑆𝑐𝑢
𝑚𝐴𝑙 𝑚𝐴𝑙 (5)
𝑑𝐴𝑙 = =
𝑣𝐴𝑙 𝐿. 𝑆𝐴𝑙

Em que mcu (kg), mAl (kg), vAl (m3) e vcu (m3) são a massa do cobre, massa
do alumínio, volume do alumínio e volume do cobre respectivamente.
Ao combinar aa Equações 3, 4 e 5, obtêm-se a equação 6:
1 𝑑𝑐𝑢 (6)
𝑚𝑐𝑢 = . .𝑚
1,80266 𝑑𝐴𝑙 𝐴𝑙

Substituindo os valores da Tabela 2, tem-se a massa cobre em relação a massa do


alumínio.
𝑚𝑐𝑢 = 1,8265. 𝑚𝐴𝑙 (7)

Como o alumínio é menos denso que o cobre, precisa-se de uma massa de


cobre 1,8265 vezes maior que a massa do alumínio para ter-se a mesma resistência
e o mesmo comprimento dos enrolamentos. Ou seja, notasse que para ter a mesma
resistência e mesmo comprimento, é necessário um volume maior de alumínio,
enquanto em termos de massa, é necessário mais cobre.
22

O custo total do enrolamento de alumínio e cobre Pal ($), Pcu ($) são dados
pela Equação 8:
𝑃𝐴𝑙 = 𝑚𝐴𝑙 . 𝑐𝐴𝑙 , 𝑃𝑐𝑢 = 𝑚𝑐𝑢 . 𝑐𝑐𝑢 (8)

Em que cAl ($/kg) e ccu ($/kg) são os custos unitários do alumínio e do cobre
respectivamente. Combinando a Equações 7 e 8:
𝑤 = 1,8265. 𝑟 (9)
Em que:
𝑃𝑐𝑢 𝑐𝑐𝑢 (10)
𝑤= , 𝑟=
𝑃𝐴𝑙 𝑐𝐴𝑙
w é a razão do preço do enrolamento do cobre pelo enrolamento de alumínio e r é a
razão do custo unitário do cobre pelo custo unitário do alumínio.
Se o custo unitário do cobre for o dobro do custo unitário do alumínio, ou
seja, r = 2, significa que o enrolamento do cobre é 3,653 vezes mais caro que o
enrolamento de alumínio para a mesma resistência e mesmo comprimento. O custo
unitário do cobre é o dobro ou mais que o custo unitário do alumínio desde 2007,
conforme mostra a Figura 5.

Figura 5 - Razão do custo unitário do cobre pelo custo unitário do alumínio

r
3,5

3,0

2,5

2,0
r

1,5

1,0

0,5

0,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano

Fonte: MetalPrice (2017).


23

3.3 Evolução dos Preços dos Materiais ao Longo do Tempo


O preço dos materiais depende muito de sua disponibilidade, e isso varia de
região para região. Se o país não produz determinado material, é necessário
importar esse material, com isso, o preço desse material sobe consequentemente. O
preço também esta relacionado com as reservas e energia necessária durante o
processo. Esses fatores se tornam mais importantes quando o material é escasso,
ou quando é necessário processos custosos para realizar a sua extração.
O cobre apresenta diferentes cotações ao longo dos anos, se comportando
de maneira extremamente instável. Esse tem sido um dos principais motivos do
porque os transformadores de alumínio têm sido manufaturados. Ao observar a
Figura 6, de 1990 à 2006, tanto o preço do alumínio, quanto o do cobre variaram
bastante. Segundo Milton (2002) e Fraser (2005), os principais fatores que
contribuíram para isso foram: Segunda Guerra Mundial, em que a indústria de cobre
descobriu e desenvolveu uma grande quantidade de depósitos de cobre
(particularmente no Chile), o dólar americano estava desvalorizado em relação ao
peso chileno, produtores de cobre estavam aumentando com sucesso a sua
produtividade e reduzindo seus preços com a introdução de um série de inovações
e novas tecnologias, recordes de produção de alumínio, escassez de alumínio e
colapso da União Soviética.

Figura 6: Preço do cobre e do alumínio em dólares americanos no tempo.

Cobre
Alumínio
7000

6000

5000

4000
Cobre

3000

2000

1000

0
1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020
Anos

Fonte: MetalPrice (2017).


24

O preço do alumínio é mais baixo que o preço do cobre, e sua variação é


menor que a variação de preço do cobre. Assim com o preço do cobre, o preço do
alumínio também tem aumentado devido ao aumento de sua demanda. Alumínio
não é encontrado na forma metálica, ele é encontrado na forma mineral. Portando, o
preço do alumínio depende muito do custo da energia, pois ele é obtido através da
eletrólise, assim como o cobre.

3.4 Conectividade e Oxidação

O termo conectividade se refere ao quão fácil ou difícil é para fazer


conexões elétricas. Isso é muito importante em um transformador, tendo em vista
que a alta eficiência de um transformador pode ser perdida caso suas conexões
sejam ruins.
Oxidação é a reação do metal com o oxigênio do ar formando os óxidos.
Tanto o alumínio, quanto o cobre se oxidam quando estão expostos ao tempo. O
alumínio é mais propenso a se oxidar, porque sua camada de valência é +3,
enquanto a camada de valência do cobre é de +1. Isto explica porque o alumínio não
existe como um metal na natureza.
O alumínio oxida quando exposto ao ar, formando uma camada de AL 2O3.
Tal camada protege a parte mais interna do alumínio, funcionando como uma
camada isolante, que faz com que a parte mais interna do alumínio não reaja com o
ar. Isso significa que fazer uma conexão satisfatória com o alumínio é mais difícil do
que fazer com o cobre.
Alguns métodos de emenda de fios de alumínio incluem soldagem ou
crimpagem com crimps que penetram o esmalte, oxidam o revestimento e selam o
oxigênio nas áreas de contato. A tira de alumínio ou condutor da tira podem ser gás
inerte de tungstênio soldado. A tira de alumínio também pode ser soldada a frio ou
crimpada a outro conector de cobre ou alumínio. Conexões parafusadas podem ser
feitas em alumínio macio se a área de junção for propriamente limpa. Problemas de
junções de alumínio são às vezes mitigados através do uso de guia de ligas duras
com chapeamento de lata para fazer juntas aparafusadas usando o hardware
padrão.
25

Quando dois pedaços de alumínio vão se unir por meio de solda de fusão, é
necessária devida preparação. As pontas a serem unidas devem ser cortadas em
formato quadrado, desengorduradas e limpas com um processo de escovagem. A
fonte de calor deve ser proveniente de chamas de oxiacetileno, ou arco elétrico. Os
fatores que afetam a soldagem do alumínio incluem o revestimento de oxido de
alumínio, condutividade térmica, o coeficiente de expansão térmica, as
características de soldagem, e condutividade elétrica (DAVIS, 1993).

3.5 Usinabilidade

Para Mills e Redford (1987), a usinabilidade é medida em unidade de


potência. É a potência (HP) gasta por polegada cubica durante o processo do
material. Para o alumínio, a usinabilidade é de 0,4HP/pol³/min, enquanto para o
cobre é de 0,8HP/pol³/min. Nesse ponto, o alumínio possui vantagem com relação
ao cobre, uma vez que a energia gasta durante o seu processo é a metade da
energia gasta durante o processo do cobre. Um alto fator de usinabilidade reflete
diretamente no custo, quanto maior for esse fator, maior será o desgastes das
ferramentas utilizadas e maior será o tempo de trabalho.
A facilidade com que o material pode ser usinado é um dos fatores principais
que afetam a utilidade do produto, sua qualidade e, custo. A utilidade de um meio
para prever a usinabilidade é obvia. Infelizmente, a usinabilidade é um assunto tão
complexo que não pode ser definida sem ambiguidade. Dependendo da aplicação,
usinabilidade pode ser vista em termos de taxa de desgaste da ferramenta, potência
total consumida, acabamento superficial atingível, além de vários outros pontos de
referência.
A usinabilidade é fortemente dependente das propriedades físicas e
mecânicas da peça a ser processada, os metais duros e frágeis são mais difíceis de
serem usinados do que materiais dúcteis e macios. A usinabilidade é também
fortemente dependente do tipo de geometria da ferramenta a ser utilizada, da
operação de corte, da máquina ferramenta, da estrutura metalúrgica da ferramenta,
e da peça de trabalho, do fluido de resfriamento e do maquinista, sua habilidade e
experiência.
26

A principal causa de problemas na usinabilidade é o excesso de calor, isso


surge através de aquecimento por fricção, ou insuficiência de resfriamento. Todas as
ferramentas devem estar devidamente afiadas e em boas condições de trabalho. A
geometria das ferramentas deve estar dentro dos requisitos exigidos pelas ligas de
alumínio. O cortador deve possuir o número ideal de flautas e as melhores
configurações de espiral para cada aplicação. A velocidade de corte deve ser tão
alta e pratica, com intuito de economizar tempo e minimizar em partes o aumento da
temperatura. Quando a velocidade de corte aumenta acima de 30-60 m/min, a
probabilidade de formar uma borda construída no cortador de borda é reduzida, o
cavaco quebra mais facilmente, e o acabamento é melhorado. Em particular, uma
velocidade de alimentação lenta, e altas velocidades de fuso são especialmente
problemáticas. O fluxo adequado e contínuo de do fluido de corte aplicado nas
arestas do corte são essenciais, nesse sentido, o fluido de corte deve ser aplicado
antes de cortar e deve continuar até o cortador for removido da peça.

3.6 Comportamento Durante o Curto Circuito

Durante o curto circuito, a corrente aumenta drasticamente nos


enrolamentos do transformador, e o aumento da corrente gera o aumento da
temperatura. Quando a corrente é muito alta, a temperatura aumenta rapidamente.
O ponto de fusão do alumínio é de 660,2ºC, enquanto o do cobre é de 1084.88ºC.
No entanto, é mais importante considerar a velocidade de aumento da temperatura
do que o ponto de fusão em si. Na Figura 7 é possível observar na curva a
velocidade com que cada material eleva a sua temperatura com o aumento da
corrente em um curto circuito de 4 segundos.
Segundo o IEC 60076-1, a curva de temperatura do cobre é dada por:
2(𝜃0 + 235) (11a)
𝜃1 = 𝜃0 +
101000
−1
𝐽2 . 𝑡
Enquanto que para alumínio:
2(𝜃0 + 225) (11b)
𝜃1 = 𝜃0 +
43600
−1
𝐽2 . 𝑡
27

Em que:
θ0: temperatura inicial [oC];
θ1: temperatura final [oC];
J : densidade de corrente de curto-circuito [A/mm2];
t : tempo de duração [s] do curto-circuito.

Figura 7 – Temperatura média versus Densidade de corrente no cobre e no alumínio.


Cobre
500 Alumínio

450

400

350
Temperatura média (ºC)

300

250

200

150

100

50

0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80
Densidade de corrente (A/mm²)

Fonte: IET Eletric Power (2009)

As Equações 11a e 11b foram obtidas assumindo que todo o calor


desenvolvido durante o curto circuito é retido no enrolamento, aumentando assim a
sua temperatura, devido a curta duração do curto circuito (<10s). A corrente de curto
circuito depende da porcentagem de impedância entre o transformador e o ponto de
falta. Se a falta ocorrer nos terminais do transformador, apenas o percentual de
impedância do transformador será considerado para o calculo da corrente de falta.
Na Figura 7 é observada uma curva de aumento de temperatura em relação à
densidade de corrente para cobre e alumínio, para uma duração de curto-circuito de
4s. Considerando um curto-circuito de 4s com uma densidade de corrente de
30A/mm2, a temperatura em um enrolamento de alumínio é 81,8oC, enquanto no
cobre é de 54,95oC. O máximo para transformadores imersos em óleo com a
temperatura do sistema de isolamento de 105oC (classe térmica A) é de 250oC para
28

o condutor de cobre, enquanto a temperatura máximas, nas mesmas condições,


para o alumínio é de 200ºC, sem levar em consideração às propriedades mecânicas.
É permitida uma temperatura máxima de 250oC para as ligas de alumínio que
tenham resistência às propriedades de recozimento a 250oC equivalente ao condutor
elétrico (CE) de alumínio a 200oC ou para as aplicações de CE de alumínio em que
as características do material totalmente recozido satisfaçam os requisitos
mecânicos (IEEE STANDART C57.12.00 – 2000, 2000). Esta temperatura limite é
especificada principalmente para limitar o envelhecimento do isolamento do papel
em contato com o condutor.
Foi demonstrado que o cobre de alta condutividade não seria amolecido
durante a vida útil de um transformador por excursões ocasionais até 250 oC mesmo
se o cobre for deliberadamente trabalhado a frio para aumentar a sua resistência. O
mesmo se aplica às usuais 99,5% de ligas de alumínio utilizadas como condutores
(WATERS, 1966). O isolamento do transformador é queimado muito antes do
alumínio ou cobre ser derretido. A expansão térmica dos condutores pode quebrar o
isolamento ocasionando em uma falha no transformador.
Cobre e alumínio são os principais materiais utilizados nos enrolamentos dos
transformadores. Se por um lado o alumínio é mais leve e geralmente mais barato
que o cobre, por outro, é necessário uma seção transversal maior que a do cobre
que haja o mesmo fluxo de corrente. O cobre possui maior força mecânica e é
usado, quase exclusivamente, em grandes transformadores de potência, em que há
a presença de forças extremas e, material como cobre de prata pode ser utilizado
para dar ainda mais força. Em suma, os enrolamentos devem ser fortes o suficiente
para suportarem as forças do curto circuito.

3.7 Comparação do Custo Total de Propriedade (TCO) dos Transformadores de


Cobre e Alumínio

Projetistas de transformadores utilizam o TCO como uma função objetiva a


fim de aperfeiçoar o projeto de transformador. Sua utilização é fundamental quando
novos materiais são introduzidos nos projetos dos transformadores.
O custo total de um transformador é composto por diversos fatores que
devem ser levados em consideração: o preço de compra, o preço das perdas de
29

energia, custo de manutenção e reparos durante sua vida útil, preço pago pela
energia elétrica e sua desvalorização monetária de mercado (LEISINGER, 2009).

Quando comparamos dois transformadores de mesma potência com


diferentes preços e diferentes perdas, temos que levar em consideração que o preço
de compra será liquidado no momento da aquisição propriamente dita, enquanto os
custos das perdas serão liquidados durante toda vida útil do transformador
(CARLEN, 2010).

Normalmente os custos de compra são avaliados levando em consideração


o preço do equipamento. Quando os transformadores são comparados com suas
respectivas perdas de energia, o processo é chamado de avaliação de perdas. Em
um processo de avaliação básica de transformadores, três aspectos devem ser
contabilizados: Preço de compra, perdas com carga (ou perdas em curto-circuito) e
perdas sem carga (ou perdas em vazio) (SILVA, PEPE, 2012).
Segundo Hulshorts (2002), o TCO para transformadores pode ser calculado
pela Equação 12:
𝑇𝐶𝑂 = 𝑃𝑟𝑐 + 𝐴 × 𝑃𝑜 + 𝐵 × 𝑃𝑐𝑐 (12)
Em que:
Prc = Preço de compra do transformador;
Po = Perdas sem carga (vazio);
A = Fator referente as perdas sem cargas;
Pcc = Perdas com cargas (curto-circuito);
B = Fator referente as perdas com cargas.
Ainda segundo Hulshorts (2002), os fatores A e B são dados pelas
Equações 13 e 14:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (13)
𝐴= × 𝐶𝐾𝑊ℎ × 8760
𝑖 × (1 + 𝑖)𝑛
𝐵 = 𝐴 × 𝑓𝑐² (14)
Em que:
i = Taxa de juros percentuais;
CKWh = Custo da eletricidade em KWh;
8760 = Número de horas em um ano;
n = Vida útil de um transformador em anos;
fc = Fator de carga do transformador.
30

Os cálculos dos fatores A e B será levada considerada as seguintes


condições: taxa de juros percentuais = 7%, custo da energia em R$0,40KWh que
equivalem à aproximadamente $0,11/KWh, com tempo de vida útil do transformador
de 25 anos, e fator de carga do transformador de 50%, com isso têm-se A =
11,23$/W e B = 2,80$/W.
O Preço de compra do transformador (Prc) é dado por:

𝐶𝑀 + 𝐶𝑀𝑂 𝐶𝐹 (15)
𝑃𝑟𝑐 = =
1 − 𝑀𝑉 1 − 𝑀𝑉
Em que:
CM = Custo de materiais;
CMO = Custo de mão de obra;
MV = Margem de Vendas;
CF = Custo de fabricação.

Figura 8 - Fluxograma simplificado para TDO usando TCO como a função objetivo

Fonte: IET Eletric Power Applications (2009).


31

Segundo Georgilakis (2009), objetivo da otimização de projeto de


transformador (TDO) é projetar o transformador de modo a minimizar o TCO sujeito
a várias restrições: (a) restrições de construção e (b) as seguintes restrições de
operação: perdas máximas sem carga, perdas totais máximas, valor de impedância
máxima e mínima e limite máximo na corrente de magnetização. A metodologia de
otimização é baseada em um método de design múltiplo que atribui muitos valores
alternativos aos parâmetros de projeto. Os resultados TDO deste trabalho foram
obtidos com um programa de computador TDO validado em campo que tem sido
usado há alguns anos em uma fábrica de transformadores de tamanho médio. A
Figura 8 mostra o fluxograma para minimizar TCO.

Tabela 3 - Resultados do TCO para transformadores de cobre (custo de cobre = 6,473$/kg,


fonte: MetalPrices.com).

Potência nominal do transformador [kVA]


Parâmetros
5 10 15 30 45 75 112,5 150
Perda sem carga
26,7 39,8 52,65 82,57 112,16 161,22 216,05 259,71
[W]
Perda com carga
56,7 107,3 130,55 241,64 331,98 487,16 654,75 807,33
[W]
Custo do
59,8 86,8 126,33 200,11 269,94 344,36 443,52 569,28
enrolamento AT ($)
Custo do
128,4 93,7 158,02 219,77 258,85 314,28 467,35 721,68
enrolamento BT ($)

Custo do núcleo ($) 97,3 147,6 195,47 309,53 411,44 643,43 892,68 1032,25

Volume de óleo, l 25,2 36,9 44,06 53,48 73,22 90,81 102,78 109,31

Outros custos de
48,2 55,6 63,85 83,22 92,22 113,45 137,34 149,83
materiais ($)
Custo total do
333,7 383,7 543,67 812,63 1032,45 1415,52 1940,89 2473,04
material ($)
Custo de mão-de-
33,37 38,37 54,37 81,26 103,25 141,55 194,09 247,30
obra
Custo de fabricação
367,07 422,07 598,04 893,89 1135,70 1557,07 2134,98 2720,34
($)
Preço de compra
do transformador 564,72 649,34 920,06 1375,22 1747,22 2395,50 3284,58 4185,14
($)
Custo de perda
299,84 446,95 591,26 927,26 1259,56 1810,50 2426,24 2916,54
sem carga ($)
Custo de perda
158,76 300,44 365,54 676,59 929,54 1364,05 1833,30 2260,52
com carga ($)

TCO ($) 1023,32 1396,73 1876,86 2979,07 3936,32 5570,04 7544,12 9362,21
A = $ 11,23/W, B = $ 2,80/W, são valores baseados nos dados da COPEL de junho de 2017, a
margem de vendas é de 35% e o custo de mão-de-obra é de 10% do custo total do material.
Fonte: Autoria Própria.
32

Tabela 4 - Resultados do TCO para transformadores de alumínio (custo de alumínio =


1,869$/kg, fonte: MetalPrices.com)

Potência nominal do transformador [kVA]


Parâmetros
5 10 15 30 45 75 112,5 150

Perda sem carga


28,98 46,84 59,69 96,17 126,31 176,20 235,17 287,89
[W]

Perda de carga [W] 68,08 99,21 150,90 244,13 340,99 493,62 697,66 962,87

Custo do
8,19 18,69 25,43 47,50 59,09 76,39 87,97 74,67
enrolamento AT ($)
Custo do
11,04 24,57 21,21 59,71 65,07 78,22 97,74 103,52
enrolamento BT ($)

Custo do núcleo ($) 109,60 173,91 225,71 357,07 468,96 714,89 1004,37 1229,53

Volume de óleo [l] 33,47 50,53 56,89 82,68 96,68 128,83 161,36 170,71

Outros custos de
56,62 77,48 83,51 116,39 135,25 162,85 191,80 198,92
materiais ($)
Custo total do
185,45 294,65 355,86 580,67 728,37 1032,35 1381,88 1606,64
material ($)
Custo de mão-de-
18,55 29,47 35,59 58,07 72,84 103,24 138,19 160,66
obra
Custo de fabricação
204,00 324,12 391,45 638,74 801,21 1135,59 1520,07 1767,30
($)
Preço de compra do
313,84 498,64 602,22 982,67 1232,63 1747,05 2338,57 2718,93
transformador ($)
Custo de perda sem
325,45 526,01 670,32 1079,99 1418,46 1978,73 2640,96 3233,00
carga ($)
Custo de perda com
190,62 277,79 422,52 683,56 954,77 1382,14 1953,45 2696,04
carga ($)

TCO ($) 829,91 1302,44 1695,06 2746,23 3605,86 5107,92 6932,97 8647,97
A = $ 11,23/W, B = $ 2,80/W, são valores baseados nos dados da COPEL de junho de 2017, a
margem de vendas é de 35% e o custo de mão-de-obra é de 10% do custo total do material.
Fonte: Autoria Própria.

Compara-se o uso de enrolamentos de alumínio em uma gama mais ampla


de transformadores de distribuição até 200kVA com os seguintes preços: condutor
de cobre 6,473$/kg e; condutor de alumínio 1.869$/kg (junho de 2017). Observa-se
que os transformadores de alumínio possuem um menor custo para transformadores
de menor porte, mas à medida que o valor do transformador aumenta, a vantagem
do alumínio é reduzida (Figura 9). Os resultados da Figura 9 mostram que para
transformadores de 190kVA e superiores, o cobre é melhor do que o alumínio
porque TCO de transformadores de cobre é menor (devido ao fato do cobre
necessitar menos material de núcleo, menos isolamento, menos aço estrutural para
o tanque de óleo e menos óleo).
33

Figura 9 - Relação do TCO ($) entre transformadores de cobre e alumínio em função da classe
do transformador [kVA]

1,2
Cu
TCO dos transfromadores de Cu e Al

Al

1,1

1,0

0,9

0,8

0 100 200 300 400 500


Potência dos transformadores [kVA]
Fonte: Autoria Própria.

Figura 10 - Proporção de TCO ($) entre transformadores de cobre e alumínio em função


da relação custo unitário de cobre ($/kg) sobre o custo de alumínio ($/kg) para 5, 75, 112,5 e
150kVA, transformadores de fase.

Transformador de Alumínio mais barato


1,2
TCO Cobre/ TCO alumínio)

1,0

Transformador de Cobre mais barato


0,8

5kVA
75kVA
112,5kVA
0,6
150kVA
Unitário

0,4
0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4
Custo Cobre/Custo Alumínio

Fonte: Autoria Própria.


34

A Figura 10 mostra uma comparação paramétrica de custos de quatro


transformadores, sendo um deles monofásico (5kVA) e três trifásicos (75, 112,5 e
150kVA) em função da relação custo/alumínio com perdas totais equivalentes. A
relação de custos cobre / alumínio varia de 0,2 a 2,2. Com a figura 10, observa-se
que para cada classe, há um ponto diferente onde o TCO do transformador de
alumínio é menor que o TCO do transformador de cobre.

O ponto de ruptura é quando o TCO do transformador de cobre é igual ao


TCO do transformador de alumínio. Correspondendo à intersecção das curvas da
Figura 10 com a linha pontilhada (Unitário).

Portanto, os pontos com TCO cobre/TCO alumínio abaixo de 1 correspondem


aos casos em que os transformadores de cobre são menos dispendiosos, enquanto
os pontos acima de 1 correspondem aos casos em que os transformadores de
alumínio são menos dispendiosos. Por exemplo, a curva correspondente aos
transformadores de 5kVA. Se a relação custo unitário de cobre ($/kg) dividido pelo
custo unitário de alumínio ($/kg) é de até 0,6, ou seja, quando o alumínio custa 1,67
vezes a mais que o cobre ($/kg), é menos oneroso a utilização de cobre para os
enrolamentos. Comparando isso com o transformador de 112,5kVA, neste caso,
transformadores de cobre são mais baratos do que os transformadores de alumínio
para uma relação de cobre sobre o custo unitário de alumínio de até
aproximadamente 1,3. Para o transformador de 150kVA, é melhor construir
transformadores com enrolamento de cobre até quando o custo unitário de cobre /
custo de unidade de alumínio é de 2,2, como mostrado na Figura 10.
É importante salientar que pode haver ocasiões em que não é conveniente
fabricar transformadores de distribuição com enrolamentos de alumínio, como por
exemplo, quando tais transformadores excederem as dimensões máximas para o
transporte e/ou as dimensões máximas especificadas nas normas.
Além dos resultados já apresentados, têm-se as seguintes conclusões interessantes:
 O comprimento de um enrolamento de alumínio é em média 15% maior do
que o comprimento de um enrolamento de cobre para a mesma potência.
 Um transformador de alumínio requer em média 20% mais peso do núcleo
(Figura 11);
 O peso dos enrolamentos de alumínio é, em média, 25% menor do que o
peso dos enrolamentos de cobre. Para determinar esta média, é utilizada a seguinte
35

expressão para cada classificação de transformador: (peso dos enrolamentos de Cu


- peso dos enrolamentos de Al)/peso dos enrolamentos de Cu.
Um transformador de alumínio requer 45% mais óleo do que um transformador de
cobre. Esta conclusão permitiu a utilização de alumínio no enrolamento para
transformadores de potência de tipo seco.

Figura 11 – Relação do peso do núcleo e quantidade de óleo para transformadores com


enrolamento de cobre e alumínio.

140
200 Alumínio Alumínio
Cobre Cobre
180 120

160 Volume de Óleo [litros]


100
Peso do Núcleo [Kg]

140

120 80

100
60
80

60
40

40
20
20

0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 10 20 30 40 50 60 70 80

P[kVA] P[kVA]

Fonte: Autoria Própria.


36

4 CONCLUSÃO

Este trabalho apresenta uma comparação de transformadores de


distribuição com enrolamentos construídos de cobre e alumínio. As vantagens e
desvantagens dos dois materiais são avaliadas com base na condutividade,
densidade de massa, custo, conectividade, oxidação, usinabilidade e
comportamento em curto-circuito. A seleção entre o uso de cobre ou alumínio não é
uma tarefa fácil, uma vez que muitos fatores podem ser considerados. Foi
apresentada uma análise paramétrica de projetos de transformadores em função do
custo do cobre contra o alumínio.
O trabalho estabelece a faixa de custo do material do enrolamento para
diferentes classes de potências de transformadores, indicando quando é mais
econômico construir os enrolamentos do transformador com cobre ou alumínio. Com
base na ferramenta TCO, que permite avaliar o custo do transformador a partir do
preço de compra, perdas, custo de mão de obra e vida útil típica. A análise mostra
que usando os preços de junho 2017, de custo unitário, o alumínio é a melhor
escolha para enrolamento do transformador para transformadores com potência
nominal inferior a 190kVA. Por outro lado, para transformadores com potência maior
ou igual à 190kVA, o cobre é melhor do que o alumínio, em que o TCO dos
transformadores de cobre é menor, uma vez que o cobre permite o uso de menos
material de núcleo, isolamento, aço estrutural para o tanque de óleo e menos óleo.
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