Conceição Evaristo - Literatura Afro-Brasileira
Conceição Evaristo - Literatura Afro-Brasileira
Conceição Evaristo - Literatura Afro-Brasileira
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DADOS BIOGRÁFICO
Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra em nosso país, estreou na literatura
em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros. Escritora versátil,
cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. Desde então, seus textos vêm angariando cada vez mais leitores. A
escritora participa de publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Seus contos vêm sendo
estudados em universidades brasileiras e do exterior, tendo, inclusive, sido objeto da tese de doutorado
de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, publicada em livro em 2004, que faz um estudo comparativo da
autora com a americana Alice Walker. Em 2003, publicou o romance Ponciá Vicêncio, pela Editora Mazza,
de Belo Horizonte.
Com uma narrativa não-linear marcada por seguidos cortes temporais, em que passado e presente se
imbricam, Ponciá Vicêncio teve boa acolhida de crítica e de público. O livro foi incluído nas listas de
diversos vestibulares de universidades brasileiras e vem sendo objeto de artigos e dissertações
acadêmicas. Em 2006, Conceição Evaristo traz à luz seu segundo romance, Becos da memória, em que
trata, com o mesmo realismo poético presente no livro anterior, do drama de uma comunidade favelada
em processo de remoção. E, mais uma vez, o protagonismo da ação cabe à figura feminina símbolo de
resistência à pobreza e à discriminação. Em 2007, sai nos Estados Unidos a tradução de Ponciá Vicêncio
para o inglês, pela Host Publications. Vários lançamentos são realizados, seguidos de palestras da
escritora em diversas universidades norte-americanas. Já sua poesia, até então restrita a antologias e à
série Cadernos Negros, ganha maior visibilidade a partir da publicação, em 2008, do volume Poemas de
recordação e outros movimentos, em que mantém sua linha de denúncia da condição social dos
afrodescendentes, porém inscrita num tom de sensibilidade e ternura próprios de seu lirismo, que revela
um minucioso trabalho com a linguagem poética.
Em 2011, Conceição Evaristo lançou o volume de contos Insubmissas lágrimas de mulheres, em que,
mais uma vez, trabalha o universo das relações de gênero num contexto social marcado pelo racismo e
pelo sexismo. Em 2013, a obra antes citada Becos da memória ganha nova edição, pela Editora
Mulheres, de Florianópolis, e volta a ser inserida nos catálogos editoriais literários. No ano seguinte, a
escritora publica Olhos D’água, livro finalista do Prêmio Jabuti na categoria “Contos e Crônicas”. Já em
2016, lança mais um volume de ficção, Histórias de leves enganos e parecenças.
Nos últimos anos, três de seus livros, que continuam recebendo novas edições no Brasil, foram
traduzidos para o Francês e publicados em Paris pela editora Anacaona. Em 2017, o Itaú Cultural de São
Paulo realizou a Ocupação Conceição Evaristo contemplando aspectos da vida e da literatura da
escritora. No contexto da exposição, foram produzidas as Cartas Negras, retomando um projeto de troca
de correspondências entre escritoras negras iniciado nos anos noventa. Em 2018, a escritora recebeu o
Prêmio de Literatura do Governo de Minas Gerais pelo conjunto de sua obra.
Quanto a ela ir sozinha, ou melhor, solitária para o cartório me registrar é uma dedução minha tirada de
alguns fatos relativos à vida de meu pai. Aliás, de meu pai conheço pouco, pouquíssimo.
Em compensação, sei um pouco mais, daquele que considero como sendo meu pai. Dele sei o nome
todo. Aníbal Vitorino e a profissão, pedreiro. Meu padrasto Aníbal, quando chegou a nossa casa, minha
mãe cuidava de suas quatro filhas sozinha. Maria Inês Evaristo, Maria Angélica Evaristo, Maria da
Conceição Evaristo e Maria de Lourdes Evaristo. Bons tempos, o de nós meninas. Minha mãe se
constituiu, para mim, como algo mais doce de minha infância. O que mais me importava era a sua
felicidade. Um misto de desespero, culpa e impotência me assaltava quando eu percebia os sofrimentos
dela. Minha mãe chorava muito, hoje não. Tem uma velhice mais tranqüila. Meu padrasto completou 86
anos e vive ao lado dela.
Depois das quatro meninas, minha mãe teve mais cinco meninos, meus irmãos, filhos de meu padrasto.
A ausência de um pai foi dirimida um pouco pela presença de meu padrasto, mas, sem dúvida alguma, o
fato de eu ter tido duas mães suavizou muito o vazio paterno que me rondava. Aos sete anos, fui morar
com a irmã mais velha de minha mãe, minha tia Maria Filomena da Silva. Ela era casada com Antonio
João da Silva, o Tio Totó, viúvo de outros dois casamentos. Não tiveram filhos. Fui morar com eles, para
que a minha mãe tivesse uma boca a menos para alimentar. Os dois passavam por menos necessidades,
meu Tio Totó era pedreiro e minha Tia Lia, lavadeira como minha mãe. A oportunidade que eu tive para
estudar surgiu muito da condição de vida, um pouco melhor, que eu desfrutava em casa dessa tia. As
minhas irmãs enfrentavam dificuldades maiores.
Mãe lavadeira, tia lavadeira e ainda eficientes em todos os ramos dos serviços domésticos. Cozinhar,
arrumar, passar, cuidar de crianças. Também eu, desde menina, aprendi a arte de cuidar do corpo do
outro. Aos oito anos surgiu meu primeiro emprego doméstico e ao longo do tempo, outros foram
acontecendo. Minha passagem pelas casas das patroas foi alternada por outras atividades, como levar
crianças vizinhas para escola, já que eu levava os meus irmãos. O mesmo acontecia com os deveres de
casa. Ao assistir os meninos de minha casa, eu estendia essa assistência às crianças da favela, o que
me rendia também uns trocadinhos. Além disso, participava com minha mãe e tia, da lavagem, do
apanhar e do entregar trouxas de roupas nas casas das patroas. Troquei também horas de tarefas
domésticas nas casas de professores, por aulas particulares, por maior atenção na escola e
principalmente pela possibilidade de ganhar livros, sempre didáticos, para mim, para minhas irmãs e
irmãos.
Conseguir algum dinheiro com os restos dos ricos, lixos depositados nos latões sobre os muros ou nas
calçadas, foi um modo de sobrevivência também experimentado por nós. E no final da década de 60,
quando o diário de Maria Carolina de Jesus, lançado em 58, rapidamente ressurgiu, causando comoção
aos leitores das classes abastadas brasileiras, nós nos sentíamos como personagens dos relatos da
autora. Como Carolina Maria de Jesus, nas ruas da cidade de São Paulo, nós conhecíamos nas de Belo
Horizonte, não só o cheiro e o sabor do lixo, mas ainda, o prazer do rendimento que as sobras dos ricos
podiam nos ofertar. Carentes de coisas básicas para o dia a dia, os excedentes de uns, quase sempre
construídos sobre a miséria de outros, voltavam humilhantemente para as nossas mãos. Restos.
Minha mãe leu e se identificou tanto com o Quarto de Despejo, de Carolina, que igualmente escreveu um
diário, anos mais tarde. Guardo comigo esses escritos e tenho como provar em alguma pesquisa futura
que a favelada do Canindé criou uma tradição literária. Outra favelada de Belo Horizonte seguiu o
caminho de uma escrita inaugurada por Carolina e escreveu também sob a forma de diário, a miséria do
cotidiano enfrentada por ela.
Em minha casa, todos nós estudamos em escolas públicas. Minha mãe sempre cuidadosa e desejosa
que aprendêssemos a ler, nos matriculou no Jardim de Infância Bueno Brandão e no Grupo Escolar
Barão do Rio Branco, duas escolas públicas que atendiam a uma clientela basicamente da classe alta
belorizontina. Ela optou por nos colocar nessas escolas, distantes de nossa moradia, embora houvesse
outras mais perto, porque já naquela época, as escolas situadas nas zonas vizinhas às comunidades
pobres ofereciam um ensino diferenciado para pior.
Foi em uma ambiência escolar marcada por práticas pedagógicas excelentes para uns, e nefastas para
outros, que descobri com mais intensidade a nossa condição de negros e pobres. Geograficamente, no
Curso Primário experimentei um “apartaid” escolar. O prédio era uma construção de dois andares. No
andar superior, ficavam as classes dos mais adiantados, dos que recebiam medalhas, dos que não
repetiam a série, dos que cantavam e dançavam nas festas e das meninas que coroavam Nossa
Senhora. O ensino religioso era obrigatório e ali como na igreja os anjos eram loiros, sempre. Passei o
Curso Primário, quase todo, desejando ser aluna de umas das salas do andar superior. Minhas irmãs,
irmãos, todos os alunos pobres e eu sempre ficávamos alocados nas classes do porão do prédio. Porões
da escola, porões dos navios. Entretanto, ao ser muito bem aprovada da terceira para a quarta série, para
minha alegria fui colocada em uma sala do andar superior. Situação que desgostou alguns professores.
Eu, menina questionadora, teimosa em me apresentar nos eventos escolares, nos concursos de leitura e
redação, nos coros infantis, tudo sem ser convidada, incomodava vários professores, mas também
conquistava a simpatia de muitos outros. Além de minhas inquietações, de meus questionamentos e
brigas com colegas, havia a constante vigilância e cobrança de minha mãe à escola. Ela ia às reuniões,
mesmo odiando o silêncio que era imposto às mães pobres e quando tinha oportunidade de falar soltava
o verbo.
Ao terminar o primário, em 1958, ganhei o meu primeiro prêmio de literatura, vencendo um concurso de
redação que tinha o seguinte título: “Por que me orgulho de ser brasileira”. Quanto à beleza da redação,
reinou o consenso dos professores, quanto ao prêmio, houve discordâncias. Minha passagem pela escola
não tinha sido de uma aluna bem-comportada. Esperavam certa passividade de uma menina negra e
pobre, assim como da sua família. E não éramos. Tínhamos uma consciência, mesmo que difusa, de
nossa condição de pessoas negras, pobres e faveladas.
Durante toda a primeira infância, até ali por volta dos 10 ou 11 anos, morou conosco, em um quartinho à
parte, um tio materno, Osvaldo Catarino Evaristo. Esse meu tio havia servido à pátria, lutado na Itália, na
Segunda Guerra Mundial. Ao retornar ao Brasil, lhe foi oferecido um cargo de servente na Secretaria de
Educação. Ao longo dos anos ele estudou, desenvolvendo seus dons de poeta, desenhista e artista
plástico. E, mais do que isto, foi sempre um consciente questionador da situação do negro brasileiro.
Repito sempre que a ele devo as minhas primeiras lições de negritude.
Ao terminar o Primário, fiz um Curso Ginasial cheio de interrupções e, a partir dos meus 17 anos, vivi
intensamente discussões relativas à realidade social brasileira. Foi quando me inseri no movimento da
JOC, (Juventude Operária Católica) que, como outros grupos católicos, promovia reflexões que visavam
comprometer a Igreja com realidade brasileira. Entretanto, as questões étnicas só entrariam
objetivamente em minhas discussões na década de 70, quando parti para o Rio de Janeiro.
Em 73, com ajuda de amigos, imigrei para o Rio de Janeiro, antigo Estado da Guanabara, depois de ter
feito concurso naquele mesmo ano, para professora primária. Eu havia terminado o Curso Normal no
Instituto de Educação de Minas Gerais, em 71. Tinha sido um período particularmente difícil para minha
família e outras que estavam sofrendo com um plano de desfavelamento, que nos enviava para a periferia
da cidade. Ao distanciarmos do centro de Belo Horizonte, não tínhamos nada, a não ser uma pobreza
maior. Então, com um diploma de professora nas mãos e sem qualquer possibilidade de dar aulas em
Belo Horizonte, parti de “mala e cuia” para o Rio de Janeiro. Entrar para a carreira de magistério, naquela
época, dependia de ser indicado por alguém e as nossas relações com as famílias importantes de Belo
Horizonte estavam marcadas pela nossa condição de subalternidade. Aliás, nesse sentido, gosto de dizer
que a minha relação com a literatura começa nos fundos das cozinhas alheias. Minha mãe, tias e primas
trabalharam em casas de grandes escritores mineiros ou nas casas de seus familiares. Digo mesmo que
o destino da literatura me persegue...
Gosto, entretanto, de enfatizar, não nasci rodeada de livros, do tempo/espaço aprendi desde criança a
colher palavras. A nossa casa vazia de bens materiais era habitada por palavras. Mamãe contava, minha
tia contava, meu tio velhinho contava, os vizinhos e amigos contavam. Tudo era narrado, tudo era motivo
de prosa-poesia, afirmo sempre. Entretanto, ainda asseguro que o mundo da leitura, o da palavra escrita,
também me foi apresentado no interior de minha família que, embora constituída por pessoas em sua
maioria apenas semi-alfabetizadas, todas eram seduzidas pela leitura e pela escrita. Tínhamos sempre
em casa livros velhos, revistas, jornais. Lembro-me de nossos serões de leitura. Minha mãe ou minha tia
a folhear conosco o material impresso e a traduzir as mensagens. E eu, na medida em que crescia e
ganhava a competência da leitura, invertia os papeis, passei a ler para todos. Ali pelos meus onze anos,
ganhei uma biblioteca inteira, a pública, quando uma das minhas tias se tornou servente daquela casa-
tesouro, na Praça da Liberdade. Fiz dali a minha morada, o lugar onde eu buscava respostas para tudo.
Escrevíamos também, bilhetes, anotações familiares, orações...
Na escola eu adorava redações do tipo: ”Onde passei as minhas férias”, ou ainda, “Um passeio à fazenda
do meu tio”, como também, “A festa de meu aniversário”. A limitação do espaço físico e a pobreza
econômica em que vivíamos eram resolvidas por meio de uma ficção inocente, único meio possível que
me era apresentado para viver os meus sonhos. Se naquela época eu não tinha nenhuma possibilidade
concreta de romper com o círculo de imposições que a vida nos oferecia, nada, porém freava os meus
desejos. Eu menina, dona de uma tenaz esperança e de uma sabedoria precoce, reconhecia que a vida
não poderia ser somente aquele pouco que nos era oferecido. Se muito de minha infância pobre, muito
pobre, me doía, havia felicidades também incontáveis. As margaridas, as dálias e outras flores de nosso
pequeno jardim. As frutas nos pés a matar a nossa fome. Os bolinhos de comida que mãe amassava com
as mãos e enfiava em nossas bocas. As bonecas de capim ou bruxas de panos que nasciam com nome e
história de suas mãos. O céu, as nuvens, as estrelas, sinais do infinito que minha e mãe e tia nos
ensinaram a olhar e a sentir. E desse assuntar a vida, que foi ensinado por elas, ficou essa minha mania
de buscar a alma, o íntimo das coisas. De recolher os restos, os pedaços, os vestígios, pois creio que a
escrita, pelo menos para mim, é o pretensioso desejo de recuperar o vivido. A escrita pode eternizar o
efêmero...
Nesse sentido, o que a minha memória escreveu em mim e sobre mim, mesmo que toda a paisagem
externa tenha sofrido uma profunda transformação, as lembranças, mesmo que esfiapadas, sobrevivem.
E na tentativa de recompor esse tecido esgarçado ao longo do tempo, escrevo. Escrevo sabendo que
estou perseguindo uma sombra, um vestígio talvez. E como a memória é também vítima do
esquecimento, invento, invento. Inventei, confundi Ponciá Vicêncio nos becos de minha memória. E dos
becos de minha memória imaginei, criei. Aproveitei a imagem de uma velha Rita que eu havia conhecido
um dia. E ainda desses mesmos becos, posso ter tirado de lá Ana e Davenga. Quem sabe Davenga não
era primo de Negro Alírio? E por falar em becos da memória, voltei hoje de manhã à Rua Albita. Outra.
Dali só reconheci a terra. Sim a terra, o pó, o barranco sobre o qual está edificado o “Mercado Cruzeiro”,
no final da rua. Observei que a edificação do prédio conservou na base, parte do barranco sem cimentá-
lo. Pude contemplar o solo, base da base da construção. Em um ponto qualquer daquele espaço,
literalmente está enterrado o meu umbigo. Sem que ninguém percebesse alisei o chão e catei alguns
fragmentos. Tive um desejo louco de tocar as minhas mãos com a boca. Era ali que a minha mãe
desenhava o sol para chamá-lo à terra, quando tempo estava encharcado de chuva e as nossas latas
vazias de alimento. Mas abaixo está a escultura de dois homens. Eles estão com os braços abertos, meio
suspensos, com os gestos largos, insinuando que estão a caminhar em frente. Pensei: se eles derem uns
poucos passos chegarão à torneira pública, em que apanhávamos água e as lavadeiras, como minha
mãe e tia, desenvolviam seus trabalhos.
O pequeno monumento que foi erguido, não em memória aos antigos e primeiros da área, se chama
“Otimismo”. Não sei por que pensei em nossos mortos, em todas as pessoas que viveram ali. E agradeci
à vida o momento que estou vivendo agora. Impliquei com nome dado à escultura e fiquei curiosa. Qual
seria o motivo daquela estátua? E porque o nome “Otimismo”? Outros nomes e sentidos me vieram à
mente. Um deles insiste: resistência, resistência, resistência...
“O olho do sol batia sobre as roupas estendidas no varal e mamãe sorria feliz. Gotículas de água
aspergindo a minha vida-menina balançavam ao vento. Pequenas lágrimas dos lençóis. Pedrinhas azuis,
pedaços de anil, fiapos de nuvens solitárias caídas do céu eram encontradas ao redor das bacias e tinas
das lavagens de roupa. Tudo me causava uma comoção maior. A poesia me visitava e eu nem sabia...”
Conceição Evaristo
Depoimento no I Colóquio de Escritoras Mineiras
Belo Horizonte, Maio de 2009
PUBLICAÇÕES
Obra individual
Ponciá Vicêncio. Belo Horizonte: Mazza, 2003; 2. ed., 2006. 3. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.
(Romance).
Becos da Memória. Belo Horizonte: Mazza, 2006. 2. ed. Florianópolis: Editora Mulheres, 2013. 3. ed. Rio
de Janeiro: Pallas, 2017. (Romance).
Poemas da recordação e outros movimentos. Belo Horizonte: Nandyala, 2008. 2. ed. 2010. 3. ed. Rio de
Janeiro: Malê, 2017.
Insubmissas lágrimas de mulheres. Belo Horizonte: Nandyala, 2011. 2. ed. Rio de Janeiro: Malê, 2016.
(Contos).
Olhos d'água. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2014. (Contos).
Histórias de leves enganos e parecenças. Rio de Janeiro: Malê, 2016. 2.ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017.
(Contos e novela).
Canção para ninar menino grande. São Paulo: Ed. Unipalmares, 2018. (Novela).
Azizi, o menino viajante. São Paulo: Kidsbook Itaú, 2017. Disponível em:
www.euleioparaumacriança.com.br (http://www.euleioparaumacriança.com.br/)/ Acesso em: 29 de jun.
2020. (Conto).
Não me deixe dormir o profundo sono. Revista Piauí, 167, ano 14, ago. 2020. (Conto).
Traduções
Ponciá Vicêncio. Trad. Paloma Martinez Cruz. Austin-TX: Host Publications, 2007.
Poèmes de la mémoire et autres mouvements. Édition bilingue. Trad. Rose Mary Osorio er Pierre Grouix.
Paris: des femmes-Antoinette Fouque, 2019.
Ses yeux d'eau. Trad. Izabella Borges. Paris: Des Femmes-Antoinette Fouque, 2020.
Ponciá Vicêncio. Trad. para o italiano por Dalva Aguiar Nascimento. Inédito.
Antologias
Cadernos Negros 13. Org. Quilombhoje. São Paulo: Ed. dos Autores,1990.
Cadernos Negros 14. Org. Quilombhoje. São Paulo: Ed. dos Autores,1991.
Cadernos Negros 16. Org. Quilombhoje. São Paulo: Ed. dos Autores,1993.
Gergenwart. Org. de Moema Parente Augel. Berlin: São Paulo: Edition Diá, 1993.
Cadernos Negros 18. Org. Quilombhoje. São Paulo: Quilombhoje: Ed. Anita, 1995.
Moving beyond boundaries. International Dimension of Black Women’s Writing. Edited by Carole Boyce
Davies and Molara Ogundipe-Leslie. London: Pluto-Press, 1995.
Finally US. Contemporary Black Brazilian Women Writers. Edited by Miriam Alves and Carolyn R.
Durham. Edição biblingue português/inglês. Colorado: Three Continent Press, 1995.
Callaloo, vol. 18, number 4. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1995.
Cadernos Negros 19. Org. Quilombhoje. São Paulo: Quilombhoje: Ed. Anita, 1996.
Cadernos Negros 21. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa e Sônia Fátima da Conceição. São Paulo:
Quilombhoje: Editora Anita, 1998.
Cadernos Negros 22. Org. Quilombhoje. São Paulo: Quilombhoje: Editora Okan, 1999.
Cadernos Negros 25. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2002.
Fourteen Female Voices from Brazil. Austin-Texas: Host Publications, Inc., 2002.
Cadernos Negros 26. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2003.
Abdias Nascimento, 90 anos de memória viva. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, ed. bilingue, 2004.
Women righting: afro-brazilian Women’s short fiction. Edited by Miriam Alves and Maria Helena Lima.
London: 2005.
Cadernos Negros 28. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2005.
Brasil e África - como se o mar fosse mentira. Org. de Rita Chaves, Carmen Secco e Tânia Macedo. São
Paulo-Luanda: UNESP/CAXINDE, 2006.
A Section from Ponciá Vicêncio. In: The Dirty Goat, Austin, Texas, Host Publications, 2006.
Cadernos Negros 30. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2007.
Textos poéticos Africanos de Língua Portuguesa e Afro-Brasileiros. Org. Elisalva Madruga Dantas et alli.
João Pessoa: Idéia, 2007.
Cadernos Negros: Três Décadas. São Paulo: Quilombhoje: Secretaria Especial de Promoções da
Igualdade Racial, 2008.
Cadernos Negros/ Black Notebooks – Contemporary Afro-Brazilian Literary Movement. Edited by Niyi
Afolabi, Márcio Barbosa & Esmeralda Ribeiro, Asmara, Eriteia, Africa Word Press, 2008.
Questão de pele. Org. Luiz Ruffato. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2009.
Contos do mar sem fim: Angola, Brasil, Guiné-Bissau. Org. Eduardo de Assis Duarte (Brasil). Rio de
Janeiro: Pallas; Guiné-Bissau: Ku Si Mon; Angola: Chá de Caxinde, 2010.
Cadernos Negros 34. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2011.
Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Org. Eduardo de Assis Duarte. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2011. Vol. 2, Consolidação.
Amor e outras revoluções, Grupo Negrícia: antologia poética. Organização de Éle Semog. Rio de Janeiro:
Malê, 2019.
Clarice Lispector, personagens reescritos. (Conto: "Macabéa, flor de Mulungu"). Org. Mayara Guimarães
e Luis Maffei. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2012.
Cartas Negras - Ocupação Conceição Evaristo. São Paulo: Itaú Cultural, 2017.
Livre. (Conto: "Do lado do corpo, um coração caído"). Org. Beatriz Leal Craveiro. Belo Horizonte:
Moinhos, 2018.
Olhos de azeviche. (Contos: "Di Lixão" e "Amores de Kimbá"). Org. Vagner Amaro. Rio de Janeiro: Malê,
2018.
Do Índico e do Atlântico: contos brasileiros e moçambicanos. (Conto: "Os pés do dançarino"). Org. Vagner
Amaro. Rio de Janeiro: Malê, 2019.
Escritoras de Cadernos Negros: contos e poemas afro-brasileiros. (Poema: "Eu-mulher"; Conto: "De
Mãe"). Org. Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2019.
Vozes insurgentes de mulheres negras. (Poema: "Vozes-mulheres"). Org. Bianca Santana. Belo
Horizonte: Mazza, 2019.
Cartas para Conceição. Org. Camila Baccine Sara Maria Fontes. São Paulo: UNESP; Fortaleza:
Assembleia do Estado do Ceará, 2020.
Círculo de Leitura no Ensino Médio: vivências e recepções com o texto literário. Org. Elza Sueli Lima da
Silva. Lançamento FLIFS Virtual 2020, em 24/09/2020.
Não Ficção
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Poemas malungos – cânticos irmãos. Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2011.
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Da representação à auto apresentação da Mulher Negra na Literatura Brasileira. In: Revista Palmares –
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Prefácio. In: DUARTE, Mel (Org.). Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta. São Paulo:
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TEXTOS
CRÍTICA
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