Centro Universitário Unimauá Curso de Bacharelado em Psicologia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UniMauá

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

DÉBORA CRISTINA SILVA DOS ANJOS

AS CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA FASE


ADULTA

Taguatinga – DF

2021
DÉBORA CRISTINA SILVA DOS ANJOS

AS CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA FASE


ADULTA

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


elaborado como requisito para obtenção
do Título de Bacharel em Psicologia, sob a
orientação das Professoras Meg Gomes
Martins de Ávila e Raphaella Christiane
Sousa Caldas.

Taguatinga – DF

2021
Artigo de autoria de DÉBORA CRISTINA SILVA DOS ANJOS, intitulado “AS
CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA FASE ADULTA”,
apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Psicologia
no CENTRO UNIVERSITÁRIO UniMauá, em 29 de outubro, defendido e aprovado
pela seguinte banca examinadora:

_________________________________
Profa. Me. R Raphaella Christiane Sousa Caldas.
Professora do Curso de Graduação em Psicologia do Centro Universitário UniMauá

_________________________________
Profa. Me. Meg Gomes Martins de Ávila
Membra da Banca Examinadora
Coordenadora do Curso de Graduação em Psicologia da Faculdade Mauá

_________________________________
Profa. Me. Bianca de Nobrega Rogoski
Membro da Banca Examinadora
Professora do Curso de Graduação em Psicologia do Centro Universitário UniMauá
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, a todas as pessoas que um dia foram vítimas de abuso sexual
em sua infância, e carregaram as marcas desse trauma por longos anos, e se
tornaram adultos que conseguiram superar tal abuso e para aquelas crianças que já
foram ou são abusadas sexualmente. Dedico a minha sensibilidade e o meu apoio a
lutar pelos seus direitos e justiça quando esse tipo de violência ocorrer em suas vidas.
Suas histórias são tão tristes e revoltantes, mas vocês não estão sozinhos, tem a nós
PSICÓLOGOS.
AGRADECIMENTOS

À Deus que foi meu amparo em momentos de desespero e angústia sua


presença sempre foi forte ao meu lado, ele tem sido o meu alívio e ânimo para
prosseguir.
A minha mãe Ana Cristina da Silva dos Santos e meu esposo Silvio de Sales
Cunha que sempre estiveram ao meu lado durante todo esse processo me
incentivando a não desistir do curso, nos momentos mais difíceis vivenciados foram
eles que acreditaram e persistiram para que eu chegasse até aqui nesses 5 (cinco)
anos na Universidade. As minhas amigas e colegas de faculdade Kariane Alves da
Conceição, Rosilda Martins e Ameny Nery que sempre tinham palavras de ânimo e
perseverança para que conseguíssemos vencer juntas mais essa etapa. Aos
professores que contribuíram para o melhor aperfeiçoamento do pensamento,
ensinando modos diferenciados da busca do conhecimento, apontando como se
portar diante das dificuldades da profissão e como ser um bom profissional seguindo
o nosso Código de Ética Profissional e sendo imparcial em nossas decisões, em
especial a minha professora orientadora Raphaella Christiane Sousa Caldas, que
sempre foi muito acessível e empática com seus alunos, sempre trouxe correções de
maneira muito gentil buscando reforçar nossos acertos e corrigir nossas falhas,
sempre com muita dedicação e paciência. Seu método de ensino foi excelente e vou
levar sempre comigo na minha trajetória profissional.
“É melhor tentar e falhar que preocupar-se
e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda
que em vão, que sentar-se fazendo nada
até o final. Eu prefiro na chuva caminhar
que, em dias tristes, em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco, que em
conformidade viver”. Martin Luther King
6

OS REFLEXOS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA


PERSONALIDADE

Débora Cristina Silva dos Anjos

RESUMO

Este artigo discute sobre as consequências nocivas que o abuso sexual acarreta a
suas vítimas. Inicialmente, aborda-se a evolução sócio histórica sobre a infância,
demonstrando a transformação desse conceito. Posteriormente, demonstra-se como
o abuso sexual contra crianças e adolescentes é apontado como um problema de
saúde pública, devido seus efeitos negativos para o desenvolvimento cognitivo,
emocional, comportamental e físico das vítimas. O artigo se trata de uma pesquisa
bibliográfica descritiva, cujo objetivo principal é relatar as consequências que um
abuso sexual causa na personalidade de suas vítimas. Os recursos utilizados para a
realização do presente trabalho foram artigos científicos que tratassem da temática
abuso sexual. Com isso considera-se que o abuso sexual infantil acarreta diversos
reflexos negativas para vida do indivíduo.

PALAVRAS-CHAVE: Abuso sexual. Crianças. Vítimas.

ABSTRACT

This article discusses the harmful consequences that sexual abuse brings to its victims.
Initially, the social and historical evolution of the child is approached, demonstrating
the transformation of the view on the concept of childhood. Later, it demonstrates how
sexual abuse against children and adolescents is identified as a public health problem,
due to its negative effects on the victims' cognitive, emotional, behavioral and physical
development. The article is a descriptive bibliographic research, whose main objective
is to report the consequences that sexual abuse causes on the personality of its
victims. The resources used to carry out this work were scientific articles that dealt with
the topic of sexual abuse.Thus, it is considered that child sexual abuse entails several
negative effects on the individual's life.

KEY WORDS: Kids. Sexual abuse. Victims

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo discorre sobre como um abuso sexual sofrido na infância


pode afetar a personalidade de um indivíduo. A abordagem deste tema se justifica
7

considerando que a criança é um sujeito em formação que atravessou a humanidade


recebendo diferentes aprendizados em decorrência das relações que foram
estabelecendo. Segundo Kramer (2007, p. 15): “crianças são sujeitos sociais e
históricos, marcadas, portanto, pelas contradições das sociedades em que estão
inseridas''. Referindo-se à infância como uma categoria social e histórica, a autora
afirma que a noção de infância tem seu surgimento atrelado ao surgimento da
sociedade capitalista, urbano-industrial. Isso ocorreu devido às mudanças que
também foram acontecendo na inserção e no papel social da criança em sua
comunidade (BRASIL, 2006, p.14).
Todavia, na Idade Média esse processo não obtinha tanta atenção, pois
segundo Ariès (1981), não era perceptível uma transição da infância para a fase
adulta. Conforme descreve:
Na idade média, no início dos tempos modernos, e por muito tempo ainda
nas classes populares, as crianças misturavam-se com os adultos assim que
eram considerados capazes de dispensar a ajuda das mães ou das amas,
poucos anos depois de um desmame tardio – ou seja aproximadamente, ao
sete anos de idade. A partir desse momento, ingressavam imediatamente na
grande comunidade dos homens, participando com seus amigos jovens ou
velhos dos trabalhos e dos jogos de todos os dias. O movimento da vida
coletiva arrasava numa mesma torrente as idades e as condições sociais[...]
(p. 275).

Seguindo esse pensamento compreende-se que a infância foi negligenciada


por muito tempo, pois este momento da vida do ser humano demorou a ser
compreendido na sociedade como tendo maior necessidade de atenção. Na
atualidade, entende-se esse processo como um período de absorção de
conhecimento, ou seja, um período de “construção”. Os abusos sexuais são
recorrentes há muito tempo.” Associar as crianças às brincadeiras sexuais dos adultos
fazia parte do costume da época e não chocava o senso comum” (ARIÈS, 1981). O
imperador romano Tibério, segundo a obra de Suetônio sobre a vida dos Césares,
tinha inclinações sexuais que incluíam crianças como objeto de prazer. Há relato de
que ele se retirou para a ilha de Capri com várias delas e que as obrigava a satisfazer
sua libido por meio da prática de diversas formas de atos sexuais (CARTER-
LOURENSZ; JOHNSON-POWELL, 1999).
A partir dessa visão, pode-se observar o quão nocivo pode ser para a criança
ser levada a adentrar de forma violenta, abusiva e sem consentimento em práticas
sexuais. Além de serem práticas ilegais e consideradas como estupro, as crianças
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estão em período de formação, ainda estão em um processo de adquirir experiências


comuns à sua faixa etária.
A criança é um sujeito social e histórico que está inserido em uma sociedade
na qual partilha de uma determinada cultura. É profundamente marcada pelo meio
social em que se desenvolve, mas também contribui com ele (BRASIL,1998, p. 21).
Segundo Peiffer e Salvagni (2005) a violência sexual atinge todas as idades,
classes sociais, etnias, religiões e culturas e pode ser considerado como qualquer ato
ou conduta que cause danos ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à vítima e,
em casos extremos, a morte.
O abuso sexual constitui uma das categorias de maus-tratos contra crianças
e adolescentes, as quais incluem ainda, o abuso psicológico, o abuso físico e a
negligência (BORGES; DELL'AGLIO, 2008). O abuso sexual caracteriza-se por
qualquer ação de interesse sexual de um ou mais adultos em relação a uma criança
ou adolescente, podendo ocorrer tanto no âmbito intrafamiliar – relação entre pessoas
que tenham laços afetivos, quanto no âmbito extrafamiliar – relação entre pessoas
que não possuem parentesco (FLORENTINO, 2015). Ele pode ser definido como uma
forma de violência que envolve poder, coação e/ou sedução (ARAÚJO, 2002).
Qualquer ato libidinoso ou jogo sexual que tem por finalidade estimular
sexualmente crianças ou adolescentes menores de 14 anos é considerado crime, visto
que a criança não está preparada em termos de desenvolvimento.
A exploração sexual infanto-juvenil caracteriza-se pela relação de exploração
e poder, a qual o corpo da criança ou adolescente é usado (abusado) e ofertado
(vendido) a fim de obtenção de proveito deste, bem como, satisfazer a demanda de
consumidores do mercado do sexo (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2009).
Em crianças é um dos tipos de crueldade mais frequentes, apresentando implicações
médicas, legais e psicossociais que devem ser cuidadosamente estudadas e
entendidas pelos profissionais que lidam com esta questão.
O artigo constitui-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva, os recursos
utilizados para a realização do presente trabalho foram artigos científicos e livros que
tratassem da temática abuso sexual. Foi feita uma análise dos conceitos de abuso
sexual abordado pelos autores bem como cada rede de proteção atua na prevenção
do abuso sexual e proteção das vítimas, o público foi crianças.
Diante do que foi exposto, o objetivo do presente artigo é relatar as
consequências nocivas que abuso sexual acarreta a suas vítimas e sua repercussão
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ao longo dos anos. Pois, de acordo com a Constituição Federal (BRASIL, 1988) e o
Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA (BRASIL, 1990), as crianças são
pessoas em condição peculiar de desenvolvimento.

2 OS REFLEXOS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL

O abuso sexual causa na vítima inúmeras consequências que podem


estender-se ao longo de toda sua vida, pois resulta em danos que podem ser físicos
e comportamentais. Um exemplo dessa amplitude de consequências possíveis é o
trazido pela 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM-V), que afirma que o abuso sexual pode agir como um fator de risco para o
desenvolvimento de transtornos relacionados à disfunção sexual (APA, 2014).
As sequelas deixadas desse trauma podem ser cognitivas, afetivas, físicas ou
psicopatológicas. Praticamente todas as vítimas de abuso sexual passam após a
situação abusiva pelo Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), como costuma
ser nomeado por alguns autores. O TEPT está ligado a experiências incomuns da
existência humana que causam um impacto emocionalmente severo no indivíduo,
deixando consequências que afetam a saúde física e mental. (FLORENTINO ,2015).
Por meio deste estudo é possível constatar a complexidade do abuso sexual que pode
causar diversos prejuízos, as experiências de violência ocorridas na infância poderão
interferir de modo significativo no desenvolvimento futuro, apresentando dificuldades
emocionais, comportamentais, psicológicas e até transtornos mentais graves.
Segundo KALSCHED, DONALD, p15 (2013) quando o trauma atinge a psique
em desenvolvimento de uma criança, tem lugar uma fragmentação da
consciência na qual as diferentes “partes" (Jung as chamava de psiques
fragmentadas ou complexas) se organizam de acordo com certos padrões
arcaicos e típicos (arquetípicos), mais comumente díades ou sizígias
formadas por "seres" personificados. Tipicamente, uma das partes do ego
regressa ao período infantil, e outra parte progride, isto é, cresce rápido
demais e se torna precocemente adaptada ao mundo exterior, com
frequência como um "falso eu" (Winnicott, 1960a). A parte da personalidade
que progrediu cuidar, então, da parte que regrediu.

O abuso sexual contra crianças é uma das situações mais desrespeitosas e


agressivas que estes podem sofrer. Ser violados por pessoas de sua confiança é por
muitas vezes, obrigados a calar-se e, quando denunciam, em inúmeros casos suas
informações são descredibilizadas. Observa-se que as ameaças e chantagens feitas
pelo abusador em troca do silêncio da vítima que se estabelece nos casos de abuso
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sexual contra crianças é um entrave para que este seja impedido de relatar a
agressão.
Segundo CAMÕES (2013) são vários os fatores que poderão levar o menor a
silenciar a violência sexual. O silêncio vai permitir que a violência contra o menor se
perpetue no tempo, desta forma, será importante que os adultos estejam atentos aos
sinais e sintomas que poderão evidenciar a existência de violência sexual. As vítimas
de abuso sexual infantil podem apresentar comportamento agressivo e medo
excessivo de adultos, particularmente de homens (ADED et al, 2006).
Em muitos casos a vítima, passa a ter dificuldade de confiar nas pessoas, pois
na infância sua confiança foi quebrada por pessoas que deveriam protegê-la, e isso
pode gerar dificuldades em seus relacionamentos amorosos. Citam-se ainda
consequências sexuais, como comportamento sexual inapropriado e alterações
comportamentais, como isolamento, dificuldade de confiar no outro e estabelecer
relações interpessoais (AMAZARRAY; KOLLER, 1998).
As vítimas tornam-se mais vulneráveis a episódios de depressão, baixa
autoestima, insegurança e ideações suicidas, além de dificuldade de estabelecer
relacionamentos duradouros, bem como incapacidade de evitar situações de
revitimização (SANT'ANNA E BAIMA, 2008).
Com relação à vítima, pode-se afirmar que o silenciamento diante de uma
situação que lhe viola, oprime, envergonha e, muitas vezes, desumaniza,
constitui uma reação natural à situação vivenciada, posto tratar-se de um
“cidadão em condições especiais de desenvolvimento”, submetido a uma
relação assimétrica de poder (física e/ou psicológica) que, muitas vezes, se
estende para além do controle e domínio da vítima propriamente dita
(CUNHA; SILVA; GIOVANETTI, 2008, p. 283).

Segundo Kalsched, Donald, p28 (2013), pessoas que vivenciaram


experiências traumáticas na infância tornam-se prematuramente autossuficientes na
infância, romperam as relações genuínas que poderiam ter tido com os pais durante
seus anos de desenvolvimento e, como alternativa, cuidaram de si mesmos num
envoltório de fantasia.
E perceptível que o abuso sexual feito contra menores de idade geralmente é
intrafamiliar, ou seja, cometido por pessoas próximas à vítima, como, vizinhos,
professores, amigos e família. Desta forma, o agressor ocupa um lugar de supremacia
em relação à vítima, utilizando esse artifício de várias maneiras para intimidar a vítima,
muitas vezes por meio de chantagem emocional, ameaça ou intimidação. Quando
finalmente a criança decide expor a uma pessoa os abusos sexuais que tem sofrido,
11

muitas vezes, já se foram meses ou até mesmo anos, o que irá dificultar a resolução
da situação.
Pode acontecer, também, que a criança tenha que permanecer no convívio
com o agressor, acarretando a perda de provas e indícios, que irão prejudicar a
incriminação do agressor. Durante esse tempo pode também sobrevir informações
desencontradas ou pouco significativas, que poderão afetar o desenrolar do processo
judicial.

2.1 CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL NA PERSONALIDADE NA

FASE ADULTA

Pode-se abordar o assunto abuso sexual em diversas perspectivas. Ao


analisar as vivências de vítimas de abuso sexual e como isso ainda repercute na fase
adulta, compreende-se o medo e culpa que eles carregam. O silêncio é a marca
característica do abuso sexual contra crianças, uma vez que qualquer tentativa de
revelação é repreendida pelo agressor, por meio de ameaças ou chantagens. Quase
sempre, os parentes não-agressores costumam evitar escândalos que possam abalar
ainda mais a estrutura familiar (JUSTINO, 2011).
No começo da infância, as crianças desenvolvem determinadas ideias sobre
si mesmas, sobre as outras pessoas e o seu mundo. As suas crenças mais centrais,
ou crenças nucleares, são compreensões duradouras tão fundamentais e profundas
que frequentemente não são articuladas nem para si mesmo (BECK, 2013). Com isso
uma das abordagens da psicologia intitulada terapia cognitivo-comportamental (TCC)
discorre a respeito dessas crenças centrais que podem ser negativas ou limitantes,
elas são construções mentais, que aparecerão somente quando a criança estiver
adulta, trazendo muitas vezes prejuízos psicológicos como: medo, a insegurança,
a ansiedade, e até transtornos psicológicos são algumas das muitas consequências.
Crianças que sofrem o abuso sexual podem ter objeção para estabelecer
relações sociais, pode até mesmo torna-se adultos que praticam abusos com outras
crianças ou prostitui-se, podendo ter problemas graves quando adultos como: falta de
confiança em relacionamentos, transtornos psicológicos e culpa.
Segundo Camões (2013) O Abuso Sexual Infantil acarreta grandes danos ao
desenvolvimento da criança e por isso a prevenção deve ser iniciada o mais cedo
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possível, quando a criança começar a ter compreensão de sexualidade, começar a


compreender seu corpo.
A vivência de situações traumáticas, como o abuso sexual durante a infância
e a adolescência, pode acarretar sérios prejuízos tanto ao desenvolvimento infanto-
juvenil quanto para a vida adulta, com repercussões cognitivas, emocionais,
comportamentais, físicas e sociais, que variam para cada indivíduo (BRIERE E
ELLIOT et al., 2003). Abuso sexual no contexto familiar constitui uma experiência
traumática que afeta, sobretudo, o desenvolvimento emocional de crianças e
adolescentes, resultando em prejuízos que podem se prolongar até a vida adulta.
Trata-se de um fenômeno cuja revelação cria um processo complexo para a própria
menina abusada, considerando, principalmente, o estágio de desenvolvimento
psicossocial em que se encontra (LIRA et al,2017). O abuso físico, isolamento social,
falta de rede de suporte emocional e a existência de transtornos mentais na mãe são
fatores que se destacam por sua associação com abuso sexual na infância.
A exibição ao estresse crônico pode ocorrer no abuso sexual infantil,
resultando em um estado persistente de temor e, desta maneira, causa efeitos
negativos ao neurodesenvolvimento. Com isso, a exposição crônica ao abuso sexual
sofrido na infância pode trazer resultados no desenvolvimento do TEPT durante
episódios críticos do processo de maturação e organização cerebral, que, pode vir a
influenciar a natureza dos prejuízos cognitivos.
Em decorrência dos fatores relatados, nota-se que o trauma sofrido se não for
tratado na infância pode repercutir na vida adulta de forma severa, podendo acarretar
desconforto em relações, prejuízos cognitivos, afetivos, psicológicos e diversos
outros. Dessa forma, observa-se a importância de um acompanhamento psicológico
acessível a todas as vítimas de abuso sexual e aos seus familiares.

2.1.1 Fatores que mantém a recorrência dos abusos

Partindo do que é observado na personalidade das vítimas de abuso sexual


infantil e levando em consideração seu comportamento mediante este trauma, é
perceptível que os casos vêm aumentando, pois muitas vítimas sentem medo e culpa,
visando essa ação exemplos e dados foram coletados no intuito de responder ao
problema de pesquisa: Quais sequelas este trauma pode acarretar as suas vítimas?
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Quando o agressor percebe que a criança começa a entender como abuso


ou, ao menos, como anormal seus atos, tenta inverter os papéis, impondo a ela a
culpa de ter aceitado seus carinhos. Usa da imaturidade e insegurança de sua vítima,
colocando em dúvida a importância que tem para sua família (PFEIFFER;
SALVAGNI,2005).
É possível afirmar que a criança ou adolescente facilmente encontrará razões
para se sentir culpada diante de uma situação de abuso sexual. Por isso, é essencial
ouvir a criança e permitir que se expresse ao nível de sua culpa, pois o que ela pode
dizer e sentir no plano consciente, e também no inconsciente, talvez seja muito
diferente de nossas projeções e de nossa lógica enquanto adultos
(FLORENTINO,2015).
Muitas vezes, a dinâmica do abuso sexual infantil envolve um “segredo
familiar” mantido por meio de chantagens e/ou ameaças que são responsáveis por
causar sentimento de insegurança, solidão, desamparo e culpa na criança (ARAÚJO,
2002).
Observa-se que o pacto de silêncio que se estabelece nos casos de abuso
sexual contra crianças é um entrave para que este seja impedido e os agressores
punidos.
Quanto mais próximo o convívio da criança com o autor do abuso sexual,
mais difícil a revelação. Assim, conquanto sejam identificados indícios de ter
sido aquela criança vítima de abuso sexual (sexualidade exacerbada, medo
de frequentar determinado lugar, tristeza, retração), é possível que a criança
não queira revelar o autor do abuso sexual ou até indique pessoa diversa por
ter recebido ameaças e orientações do abusador. (RAMOS,2010).

As sequelas deixadas ocorrem por persistência da síndrome do segredo que


desencadeia consequências de diversos níveis. Uma das dificuldades desta síndrome
é o convívio com o agressor e a ocorrência de outros abusos. As crianças
chantageadas pelo agressor mentem, pois estão sob ameaça, o agressor impõe que
o ocorrido entre eles é segredo. Observa-se os respectivos efeitos que o silêncio
causa às vítimas, contribuindo para a recorrência desses abusos pois tendo em vista
que em grande parte dos casos o abusador é alguém do seu convívio.
A violência intrafamiliar continua acontecendo, apesar de algumas conquistas
no campo institucional, político e jurídico. Mantém-se pela impunidade, pela
ineficiência de políticas públicas e ineficácia das práticas de intervenção e
prevenção. Mantém-se também com a cumplicidade silenciosa dos
envolvidos: o silêncio da vítima, cuja palavra é confiscada pelo agressor
através de ameaças; o silêncio dos demais parentes não agressores, que
fecham os olhos e se omitem de qualquer atitude de proteção da vítima ou
de denúncia do agressor; o silêncio dos profissionais que, em nome da ética
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e do sigilo profissional, se refugiam muitas vezes numa atitude defensiva,


negando ou minimizando os efeitos da violência (ARAÚJO, 2002).

O atendimento do abuso sexual infantil gera muita ansiedade nas equipes de


saúde e nas varas da família, por conta das dúvidas levantadas sobre a veracidade
ou não da denúncia, e, principalmente, pela resistência das famílias diante da
imposição judicial do atendimento (ARAÚJO, 2002). É uma experiência dolorosa para
a criança e para a família, pois ao relatar o segredo traz à tona a violência que ocorre
dentro da própria casa. É difícil também para os profissionais, que muitas vezes tem
dificuldades em como agir diante desses casos, isso é um alerta aos profissionais que
irão lidar com casos como este, que possam a cada dia buscar informações e preparo
para oferecer o suporte devido a vítima e a sua família que também fica abalada com
o acontecido, em muitos casos os pais sentem se culpados por não terem conseguido
evitar o acontecido.
São diversas as situações de vulnerabilidade social que emergem do contexto
familiar, principalmente quando essas famílias estão em territórios de carências,
interferindo diretamente na garantia dos direitos das crianças e adolescentes
(BARRETO,2016). Estas circunstâncias propiciam o aumento da violência, entre elas
estão as imensas desigualdades sociais, culturais e econômicas, o acesso às drogas,
o desemprego, ou mesmo os efeitos perversos da chamada cultura de massa. Com
isso, observa-se a necessidade de mais informação e atitudes por parte das
autoridades e da população para estar dando suporte a vítima deste tipo de violência.
A revelação do abuso sexual produz uma crise imediata nas famílias e na rede
de profissionais. Visto que a maioria dos casos de abusos ocorrem em sua própria
família ou por pessoas próximas. Um fator abordado por Sanderson (2005) é o de que
o abusador, antes de aliciar a vítima, alicia os adultos. Somente conquistando a
confiança dos adultos que cuidam da criança é que ele consegue as oportunidades
para que o abuso aconteça. Em muitos casos, o processo de conquistar a confiança
da família pode durar muito tempo, o que faz com que o abusador obtenha da família
uma credibilidade que mais tarde vai dificultar ainda mais a revelação por parte da
vítima (PELISOLI; PICCOLOTO, 2010).

2.1.2 Algumas considerações sobre cuidados com as vítimas


15

O impacto que um abuso sexual causa na saúde física e mental da criança,


deixa marcas em seu desenvolvimento, com danos que podem persistir por toda vida.
Relatar as consequências que envolvem o abuso sexual na infância e na
adolescência, oferecendo subsídios para a identificação e cuidados corretos, visando
e salientando suas consequências a curto e longo prazo.
Diante da gravidade e da complexidade desse tema, e necessário ir a fundo
e compreender mais sobre o abuso sexual na infância e o seu impacto na vida adulta
das vítimas, de modo a contribuir para a construção de modalidades de atendimento
mais eficientes. Nesse sentido, além de novos estudos, devem ser criadas e mantidas
equipes multidisciplinares capacitadas para lidar com os diversos aspectos que
envolvem essa questão (ADED et al, 2006).
Destaca-se aqui, também, a necessidade de alertar os pais, crianças e
autoridades governamentais para a importância da proteção das vítimas e a
prevenção dos abusos sexuais.
O atendimento psicológico de crianças vítimas de abuso sexual é de extrema
importância, e vai de acordo com as necessidades de cada criança. Não é
possível generalizar os efeitos do abuso sexual para todas as crianças, pois
a gravidade e a quantidade das consequências dependem da singularidade
da experiência de cada vítima. O acolhimento da criança e de sua dor é o
primeiro passo para um bom resultado do tratamento físico e emocional que
serão necessários (COGO et al., 2011).

Segundo Cardin; Mochi; Bannach (2011) O princípio da proteção integral


caracteriza-se pela valorização da condição de vulnerabilidade do infante, sendo
dever do Estado, da família e da sociedade amparar a criança em seu
desenvolvimento físico, mental, moral e intelectual.
Tanto a vítima como sua família deverão ser acompanhados e tratados por
uma equipe multidisciplinar com experiência nessa área. Todas essas ações devem
priorizar o superior interesse da criança.
Diante desse contexto, sabe-se que está previsto em lei, mais precisamente
no artigo 19 do ECA que: é direito da criança e do adolescente crescer em seio familiar
ou família substituta que proporcione um ambiente saudável para seu
desenvolvimento, livre de pessoas que façam uso de entorpecentes. Além disso, o
estatuto prevê que em casos de reintegração à família terá prioridade (BRASIL, 1990).
Para conseguir resolver este problema tão difícil e grave como o abuso sexual,
precisa se de uma rede de apoio associada a programas e serviços, que possibilitem
suporte adequado às vítimas e suas famílias. Faz-se necessário também conhecer as
16

repercussões na vida de crianças e adolescentes: rendimento escolar, adaptação


social, alterações da saúde física e mental e a possibilidade de desenvolverem
distúrbios comportamentais (ADED et al,2006).
Portanto, diariamente as pessoas que convivem com a criança podem
conseguir oferecer um suporte maior às vítimas e essas pessoas podem ser os
professores, orientadores e funcionários das escolas. Por meio desse convívio diário
torna-se possível uma maior identificação das vítimas de abuso sexual, visto que é
notável que muitas crianças apresentam mudanças no comportamento. Algumas
crianças podem se retrair ou serem agressivas e diversos outros sintomas podem
surgir. No entanto, a escola pode também adentrar como forma de alerta e prevenção
a essas ocorrências, por meio da educação sexual (ou seja, por meio de aulas e
palestras trazendo informações necessárias às crianças e adolescentes).
Segundo Spaziani; Maia (2015) A educação para a sexualidade no contexto
escolar visa dar voz às crianças, problematizando as relações de poder e de gênero,
sanando as suas curiosidades sobre a sexualidade humana, bem como questionando
a utilização da infância como alvo e objeto de consumo, como nas diversas
propagandas em que a criança é colocada como um corpo erotizado a ser consumido.
Por sua vez, para alertar a população para a prevenção do abuso sexual, nota-
se algumas alternativas importantes a serem colocadas em prática, como a
transmissão das informações sobre o problema, reflexões sobre como prevenir o
abuso sexual contra as pessoas mais vulneráveis, esclarecer à população sobre a
importância da denúncia a ser feita logo após a violência sexual, propagação da ideia
de que também se omitir a denúncias de maus-tratos a crianças e adolescentes é
crime, aperfeiçoamento do diagnóstico de abuso, utilizando exames para detecção e
não apenas entrevistas; atividades que envolvam analise de desenhos quando a
vítima for criança e a observação das condutas do examinando, a reabilitação da
vítima e tratamento multidisciplinar.
Tanto o agressor sexual quanto o que imputa ao outro falsas acusações de
abuso sexual devem ser responsabilizados civilmente. A violação aos direitos da
personalidade da criança e do adolescente implica perdas e danos. Nesses casos, a
indenização poderá ser destinada a garantir a assistência material da vítima, bem
como arcar com os custos de um tratamento psiquiátrico, psicológico e pedagógico
(CARDIN; MOCHI; BANNACH,2011).
17

Nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), de base municipal


e territorial, devem ser desenvolvidos serviços, programas, projetos e ações que,
articulados com a rede local, garantam a proteção social básica (CONSELHO
FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2009).
Por meio das informações obtidas nesse artigo mostra se a importância de
que profissionais da psicologia adentrem de forma sábia esta temática do abuso
sexual. Nota-se que protocolos de entrevista podem ajudar os profissionais na hora
da entrevista, servindo como um instrumento de orientação. Contudo, o
estabelecimento do rapport e a postura empática é o que esclarecerá se os dados
obtidos são de qualidade. A escuta profissional tem que ser ética pois este irá se
comprometer verdadeiramente com a criança, buscando contribuir para a melhora de
sua qualidade de vida e proteção.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo apontou as diversas consequências do abuso sexual e


como elas podem repercutir ao longo da vida se não for tratada inicialmente, levando
essas consequências a uma progressão. Com isso a recorrência dos abusos é
notável, pois grande parte dos abusos tem cunho intrafamiliar, ou seja, são pessoas
do convívio da criança que geralmente obtêm sua confiança, e passam a silenciá-las
e chantageá-las.
Ressalta-se, no entanto, a importância dos profissionais que estão
diariamente com a criança, pois eles podem observar as modificações que podem
advir no comportamento da criança e encaminhá-la aos profissionais especializados
em assistência social e proteção social.
Mostra-se necessário o acolhimento da família ou de cuidadores na
compreensão dos danos causados pelo abuso sexual e também na atenção e
proteção dessas vítimas, proporcionando a elas segurança e um tratamento
qualificado, sendo pacientes e disponíveis a escutá-las, é credibilizando seus relatos
indo em busca dos recursos necessários para um bom tratamento.
Considera-se que o abuso sexual infantil pode acarretar diversos reflexos
negativos para vida do indivíduo e com isso traz a importância de trazer uma
implementação para que esses casos sejam investigados e compreendidos. Para
abranger as relações entre abuso sexual na infância e como este pode afetar a
18

personalidade desta vítima na fase adulta, visando contribuir para o desenvolvimento


de intervenções psicoterapêuticas eficazes, auxiliando na prevenção da violência
sexual infantil.

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