Modelo - Petição Inicial - Negativa de Entrega de Bem em Consórcio - Exigência de Garantia Excessiva
Modelo - Petição Inicial - Negativa de Entrega de Bem em Consórcio - Exigência de Garantia Excessiva
Modelo - Petição Inicial - Negativa de Entrega de Bem em Consórcio - Exigência de Garantia Excessiva
1. Das publicações
Inicialmente, requer-se que todas as publicações relacionadas ao
presente processo sejam efetivadas em nome do advogado(a) XXXXXX,
inscrito(a) na OAB/XX sob o nº XXXX, com escritório profissional, na XXXXX,
nº XX, bairro XXXXX, CEP: XX.XXX-XXX, sob pena de nulidade.
2. Da gratuidade de justiça
O autor requer as benesses da Justiça Gratuita, uma vez que é
aposentado por invalidez desde o ano de 1995, percebendo mensalmente
apenas 1 (um) salário mínimo do INSS a título de benefício por sua condição, o
que é comprovado pelos documentos anexos (informe de rendimentos da
Receita Federal e do INSS), frisando-se, ainda, que não recebe qualquer tipo de
recurso de outras fontes, eis que não tem condições de trabalhar.
Portanto, o autor não reúne condições de arcar com as despesas
inerentes ao processo, sem prejuízo do seu sustento e de sua família,
necessitando, portanto, da Gratuidade da Justiça, nos termos do art. 98 e
seguintes do CPC. Bem assim, requer que o benefício abranja a todos os atos do
processo.
3. Dos fatos
No dia 21/07/2016, o autor formalizou junto à primeira
demandada um contrato de adesão a consórcio para a aquisição de uma
motocicleta marca Honda, modelo CG 160 START, cujo plano preveu o
pagamento de 72 parcelas iguais e sucessivas, sendo a inicial no valor de
R$149,29.
No mês de abril/2018, após sorteio realizado durante a realização
da assembleia nº 22, o autor foi informado que havia sido contemplado.
Entretanto, quando se dirigiu até ao estabelecimento da primeira
demandada para retirar a motocicleta, foi informado (somente neste momento)
de que seria necessário apresentar um fiador para retirar o bem, o que lhe
surpreendeu, pois em momento algum a necessidade de uma garantia
complementar lhe fora informada, seja pela primeira demandada, seja pela
administradora do consórcio, ora segunda demandada.
Um fato de extrema gravidade merece ser destacado desde já:
nenhuma das demandadas disponibilizou ao autor uma cópia do contrato de
consórcio no momento em que o negócio foi celebrado, o que impediu o
requerente de tomar pleno conhecimento do respectivo conteúdo obrigacional,
em clara violação ao direito básico à informação (art. 6º, III, do CDC). Em
termos de documentação, somente lhe entregaram um Termo de Adesão, no
qual inexiste qualquer cláusula contratual e, o que é pior, no referido
documento consta uma assinatura totalmente diversa da que é firmada pelo
demandante, havendo claro indício de fraude. Basta que este Juízo compare a
assinatura constante no Termo de Adesão com as demais que constam em todos
os documentos do autor.
Prosseguindo, diante de tal situação, o autor formulou reclamação
junto ao Procon municipal, oportunidade em que foi designada audiência para
a tentativa de composição entre as partes, o que, contudo, não foi possível, até
mesmo em razão da absoluta desídia da segunda ré, que sequer se dignou a
comparecer ao órgão de defesa do consumidor, tampouco apresentou resposta
escrita à autoridade administrativa.
Por fim, assevera-se que o autor está tentando resolver a situação
desde o mês de abril/2018, sendo que, inclusive, com a notícia de que tinha sido
contemplado, acabou vendendo sua motocicleta antiga, mas, em razão da
negativa de entrega do bem, está desde essa época sendo forçado a utilizar
transporte público ou se deslocar à pé pela cidade.
4. Da tutela de urgência
Esclareça-se desde já que o autor não pretende antecipar a solução
da lide para que seja satisfeito prematuramente o direito material subjetivo em
discussão, mas tão somente garantir, fundamentalmente, que o reconhecimento
deste direito, ao final do desenvolvimento do processo, não perca a função
precípua de realizar efetivamente a pretensão ora deduzida.
(…)
(...)
Advogado(a)
OAB/XX nº XXX.XXX