Simulado Sobre Sócrates e Os Sofistas

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Simulado: Sócrates e os Sofistas

Leia e reflita na história em quadrinhos para lhe auxiliar nas duas primeiras questões

1. (Funcab) Para Sócrates, a verdade pode ser encontrada no interior de cada homem mediante a dialética, jogo de
perguntas e respostas que compreendiam dois momentos na busca da verdade:
a) maiêutica responsável por possibilitar ao indivíduo um encontro consigo mesmo e ironia capaz de despertá-lo para a
verdade.
b) maiêutica capaz de conduzir o indivíduo à verdade e metafísica necessária por colocá-lo frente à verdade
transcendente.
c) ironia, termo que vem grego e significa perguntar e que consiste em destruir a ilusão do conhecimento como
propriedade e maiêutica responsável por levar o interlocutor a dar à luz a novas ideias.
d) analise que estabelece os princípios da argumentação, e síntese , que avalia reflexivamente o que foi apreendido pela
razão.
e) ironia responsável por ridicularizar o interlocutor e retórica capaz de conduzi-lo à verdade.

2. (FUNCAB) Dizia Sócrates: “(...) Só sei que nada sei”. O que ele quis indicar com tal afirmação?
a) Enquanto dizia saber apenas que não sabia, Sócrates propunha o "não saber" como termo à sua filosofia.
b) Sócrates queria indicar que nada saber é saber alguma coisa e que reconhecer que nada sabemos é ignorância.
c) Sócrates queria indicar que o ponto de partida para o conhecimento é reconhecer nossa ignorância.
d) Sócrates queria indicar que nada saber é o caminho mais confortável para não criarmos preocupações desnecessárias
como as da filosofia.
e) Sócrates queria dizer que não sabia de nada e, portanto não deveria se preocupar em saber.

3. (UNIMONTES 2011) "Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas que, quando falava, exercia
estranho fascínio. Procurado pelos jovens, passava horas discutindo na praça pública. Interpelava os transeuntes, dizendo-se
ignorante, e fazia perguntas aos que julgavam entender determinado assunto: "O que é a coragem e a covardia?", "O que é a
beleza?", "O que é a justiça?", "O que é a virtude?". Desse modo, Sócrates não fazia preleções, mas dialogava. Ao final, o
interlocutor concluía não haver saída senão reconhecer a própria ignorância. A discussão tomava outro rumo, na tentativa de
explicitar melhor o conceito".
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia, 2009, p.21.

Por meio do diálogo, Sócrates construía com seus interlocutores uma relação pautada em perguntas, respostas e novas
perguntas. Tal método também ficou conhecido como maiêutica, e sobre ele é correto afirmar que
a) tem como finalidade uma conclusão efetiva, ainda que seu interlocutor não abandone a doxa.
b) a verdade descoberta por seu interlocutor consiste em uma novidade ontológica.
c) enquanto dizia saber apenas que não sabia, Sócrates propunha o "não saber" como termo à sua filosofia.
d) possibilitava Sócrates ajudar seus interlocutores a dar à luz ideias que já estavam neles.
e) numa dialética que fará a alma elevar-se das coisas múltiplas às ideias unas e imutáveis.
4. Analise a charge:

Na imagem, o personagem Sócrates decepciona seu interlocutor, evidenciando um princípio de sua filosofia chamado de
maiêutica, que consistia em
a) levar o interlocutor a deixar suas certezas absolutas para aderir às certezas vindas da tradição, apoiando-se no
conhecimento dos antigos.
b) levar o interlocutor a reconhecer sua ignorância, ou seja, perder a ilusão de que sabia tudo. Dessa forma, o homem se
abre ao conhecimento verdadeiro, por meio da razão.
c) induzir as pessoas a deixarem suas convicções próprias e convencê-las de que o conhecimento advinha da
iluminação da mente, pelo bem verdadeiro.
d) induzir as pessoas a uma atitude de ceticismo absoluto, ou seja, deixar as certezas diante da impossibilidade de
adquirir um conhecimento verdadeiro sobre o mundo e sobre si mesmos.

5. (CDP) Pode-se dizer que o conjunto das ideias dos sofistas (tal como apresentado por Platão) se opõe ao propósito teórico
dos pré-socráticos no tocante a que:
a) os sofistas não defendem a possibilidade de verdades universais e os pré-socráticos buscam o princípio de todas as
coisas.
b) os sofistas especulam sobre a origem de todas as coisas e os pré-socráticos admitem a possibilidade da verdade.
c) os sofistas investigam o nomos buscando saber por que tudo é como é e os pré-socráticos voltam-se para a physis
ocupando-se com saber como o princípio perpassa o múltiplo.
d) os sofistas entendem que a linguagem representa a realidade e os pré-socráticos buscam as regras da linguagem.
e) os sofistas buscam a verdade e os pré-socráticos faltavam com a verdade.

6. Sobre o movimento Sofista, considere as afirmativas:


I – A palavra sofista, etimologicamente, vem de sophos, que significa “sabio”, ou melhor, “professor de sabedoria”.
II – Foram definidos por Platão como falsificadores da filosofia, por dizer que seus ensinamentos eram imorais. Sócrates os
acusa de prostituição por cobrar pelas aulas, fazendo disso seu ofício.
III – Os sofistas deram importante contribuição para a sistematização do ensino, formando um círculo de estudo com a
gramática, a retórica e a dialética; por influência dos pitagóricos, desenvolveram a aritmética, a geometria, a astronomia e a
música.
Analisando as afirmativas acima:
a) Somente I e II estão corretas d) Todas estão corretas
b) Somente I e III estão corretas e) Nenhuma está correta
c) Somente II e III estão corretas

7. (Enem Digital 2020) Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das características de
nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer a
notável originalidade de um Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a
seus alunos receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o pró e o contra, conforme
o entendimento de cada um.
HADOT, P. O que é a filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).

O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória que defendiam a(o)
a) ideia do bem, demonstrado na mente com base na teoria da reminiscência.
b) relativismo, evidenciado na convencionalidade das instituições políticas.
c) ética, aprimorada pela educação de cada indivíduo com base na virtude.
d) ciência, comprovada empiricamente por meio de conceitos universais.
e) religião, revelada pelos mandamentos das leis divinas.
8. (Enem Libras 2017) Alguns pensam que Protágoras de Abdera pertence também ao grupo daqueles que aboliram o
critério, uma vez que ele afirma que todas as impressões dos sentidos e todas as opiniões são verdadeiras, e que a verdade é
uma coisa relativa, uma vez que tudo o que aparece a alguém ou é opinado por alguém é imediatamente real para essa
pessoa.
KERFERD, G. B. O movimento sofista. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).

O grupo ao qual se associa o pensador mencionado no texto se caracteriza pelo objetivo de


a) Alcançar o conhecimento da natureza por meio da experiência.
b) Justificar a veracidade das afirmações com fundamentos universais.
c) Priorizar a diversidade de entendimentos acerca das coisas.
d) Preservar as regras de convivência entre os cidadãos.
e) analisar o princípio do mundo conforme a teogonia.

9. (ENEM 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a
refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que
encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa imfuência poderosa, que os leva a se
censurarem. É sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.
BRÉHIER,E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.

O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na


a) contemplação da tradição mítica. d) valorização da argumentação retórica.
b) sustentação do método dialético. e) investigação dos fundamentos da natureza.
c) relativização do saber verdadeiro.

10. (Enem Digital 2020) Há um tempo, belas e boas são todas as ações justas e virtuosas. Os que as conhecem nada podem
preferir-lhes. Os que não as conhecem, não somente não podem praticá-las como, se o tentam, só cometem erros. Assim
praticam os sábios atos belos e bons, enquanto os que não o são só podem descambar em faltas. E se nada se faz justo, belo e
bom que não pela virtude, claro é que na sabedoria se resumem a justiça e todas as mais virtudes.
XENOFONTE. Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Apud CHALITA, G. Vivendo a filosofia. São Paulo: Ática, 2005.

Ao fazer referência ao conteúdo moral da filosofia socrática narrada por Xenofonte, o texto indica que a vida virtuosa está
associada à
a) aceitação do sofrimento como gênese da felicidade suprema.
b) moderação dos prazeres com vistas à serenidade da alma.
c) contemplação da physis como fonte de conhecimento.
d) satisfação dos desejos com o objetivo de evitar a melancolia.
e) persecução da verdade como forma de agir corretamente.

11. (IBADE 2020) “O homem é medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são,
enquanto não são.” (Protágoras)
Com este pensamento Protágoras afirma:
a) Que não existe uma verdade universal.
b) Que o homem será avaliado por seus atos e atitudes.
c) Que toda verdade é universal e não existe relativismo.
d) Que não há como refutar qualquer afirmação ou negação.
e) Que toda verdade é absoluta.

12. (ENEM PPL 2019) Tomemos o exemplo de Sócrates: é precisamente ele quem interpela as pessoas na rua, os jovens no
ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de ti?” O deus o encarregou disso, é sua missão, e ele não a abandonará, mesmo no
momento em que for ameaçado de morte. Ele é certamente o homem que cuida do cuidado dos outros: esta é a posição
particular do filósofo.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia socrática, presente em sua ação dialógica:
a) Examinar a própria vida. c) Sofismar com a verdade. e) Desprezar a virtude alheia.
b) Ironizar o seu oponente. d) Debater visando a aporia.
13. (FUNCAB) Pois eu, Atenienses, devo essa reputação exclusivamente a uma ciência. Qual vem a ser essa ciência? A que
é, talvez, a ciência humana. É provável que eu a possua realmente, os mestres mencionados há pouco possuem, quiçá, uma
sobre-humana. (Platão)
Esse trecho, retirado da Apologia de Sócrates, é uma ilustração frisante:
a) do caráter antropológico da reflexão socrática.
b) do ceticismo radical das especulações socráticas.
c) da identidade entre o pensamento socrático e a cosmologia de Tales.
d) da continuidade entre sua doutrina e o pensamento mítico.
e) do surgimento da ciência experimental.

14. (Enem 2021) Sócrates: “Quem não sabe o que uma coisa é, como poderia saber de que tipo de coisa ela é? Ou te parece
ser possível alguém que não conhece absolutamente quem é Mênon, esse alguém saber se ele é belo, se é rico e ainda se é
nobre? Parece-te ser isso possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas ser a virtude?”.
PLATÃO. Mênon. Rio de Janeiro: PUC-RIO; São Paulo: Loyola, 2001 (adaptado).

A atitude apresentada na interlocução do filósofo com Mênon é um exemplo da utilização do(a)


a) escrita epistolar
b) método dialético
c) linguagem trágica
d) explicação fisicalista
e) suspensão judicativa.

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