Priscilla Paula Rocha
Priscilla Paula Rocha
Priscilla Paula Rocha
Banca examinadora
À Deus por toda força, saúde e coragem que ele me proporciona. Sem Ele eu não
sou nada. É o meu melhor amigo.
E a Profª Drª. Edilaine Assunção Caetano de Loyola, pela disponibilidade e
gentileza em oferecer as suas importantes contribuições para o desenvolvimento e
consolidação do presente estudo.
Dedico este estudo aos profissionais da área
de saúde, na esperança de o mesmo poder
contribuir, de alguma forma, para com as
suas atuações perante os pacientes
portadores de insônia.
“É fundamental diminuir a distância entre o
que se diz e o que se faz, de tal maneira que
num dado momento a sua fala seja a sua
prática”.
Paulo Freire.
RESUMO
Descritores: Disorders. Family Health Strategy. Primary Health Care. Sleep Disorders
and Sleep Patos de Minas.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AB Atenção Básica
DM Diabetes Mellitus
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 13
1.1 Breves informações sobre o município de Patos de Minas........................... 13
1.2 O sistema municipal de saúde......................................................................... 13
1.3 A Equipe de Saúde da Família, seu território e sua população................... 14
1.4 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade… 14
1.5 Priorização dos problemas.............................................................................. 15
2 JUSTIFICATIVA............................................................................................... 17
3 OBJETIVO.......................................................................................................... 18
4 MÉTODO............................................................................................................ 19
5 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................... 20
6 PLANO DE INTERVENÇÃO........................................................................... 25
6.1 Descrição do problema selecionado................................................................ 25
6.2 Explicação do problema.................................................................................. 25
6.3 Seleção dos Nós Críticos.................................................................................. 26
6.4 Desenho das operações.................................................................................... 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 31
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 32
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1 INTRODUÇÃO
mal dormida atrapalha muito o dia seguinte e, passar várias noites sofrendo dessa
patologia, se torna um caso que necessita de intervenção para melhor qualidade de vida
do paciente, o que pode ser adquirido de diversas formas.
A Hipertensão Arterial Sistêmica(HAS) é um problema grave de saúde pública,
tanto no Brasil, como no mundo. No país, a doença se apresenta como um dos mais
importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares,
cerebrovasculares e renais, se constituindo assim, como responsável, por pelo menos 40%
das mortes por acidente vascular cerebral, 25% das mortes por doença arterial
coronariana, além de ser, em combinação com o diabetes, responsável por 50% dos casos
de insuficiência renal terminal. Desta forma, demonstra-se como importante condição de
saúde, visto que é muito prevalente, possuindo distribuição por todo território nacional
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016).
Considera-se como uma gravidez não planejada a gravidez resultante de um ato
em que não houve decisão consciente da mulher ou do casal para sua ocorrência. Sendo
assim, a gravidez não planejada pode ocorrer devido a inúmeros motivos, como exemplo,
alguma falta de informação, alguma dificuldade de acesso a métodos contraceptivos, do
uso inadequado dos mesmos, efeitos colaterais adversos que encorajam a interrupção da
medicação sem antes mesmo conversar com o médico para iniciar uso de outro método e
até mesmo por irresponsabilidade (TABORDA et al., 2014).
Com relação ao problema priorizado, a insônia, alguns nós críticos podem ser
destacados, como a manutenção de hábitos de vida inadequados, uso abusivo de cafeína
e álcool principalmente no período que antecede o horário de dormir, falta de atividade
física ou realização da mesma poucas horas antes do sono. Além desses, o tabagismo,
com maior ênfase quando praticado a noite; transtornos mentais como o estresse,
ansiedade e depressão ou outros que estejam pouco controlados. O uso indiscriminado de
aparelhos digitais como o costume de assistir televisão antes de dormir e ficar por várias
horas manipulando aparelhos eletrônicos (FONSECA et al., 2015).
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVO
4 MÉTODO
5 REVISÃO DE LITERATURA
Portanto, diversos são os aspectos sociais, clínicos e culturais podem exercer influência
na quantidade e/ou qualidade do sono (ARAÚJO et al., 2014).
Existem quatro critérios principais que podem ser considerados para realizar o
diagnóstico de distúrbios do sono e de insônia, os quais são constituídos por dificuldade
em começar a dormir; dificuldades para o sono; despertar precocemente e o sono não ser
reparador. Tais critérios dialogam com as várias classificações internacionais dessa
natureza de distúrbios, compreendendo os “Critérios de Diagnóstico e Pesquisa da
Academia Americana de Medicina do Sono (RDC), a Classificação Internacional dos
Distúrbios do Sono (ICSD-2) e a Classificação Internacional de Doenças da
Organização Mundial da Saúde (Classificação Internacional das Doenças - CID 10)”
(FREITAS et al., 2013).
Assim, quanto à classificação, a insônia era conceituada em primária e
secundária. A insônia primária seria aquela que não está associada a transtornos mentais
e nem pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de substâncias ou uma de uma condição
médica. Por outro lado, a insônia secundária ou insônia comórbida tem associação à
efeitos de medicações; transtorno mental; outro distúrbio do sono ou condição médica
(FERREIRA; SOARES, 2012). No entanto, No DSM-5 (Diagnosticand Statistical
Manual of Mental Disorders, 5 ed) foi eliminado o termo de insônia primária, não
existindo diferenciação entre insônia primária e secundária, passando-se a designar por
perturbação de insônia (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013).
O diagnóstico da insônia deve considerar os seguintes aspectos: dificuldades
para iniciar o sono (cerca de trinta minutos para adormecer); dificuldade em manter o
sono (ocorrência de despertares noturnos por mais de trinta minutos); despertar
precocemente (acordar mais cedo que o esperado) e a eficácia de sono (tempo eficaz de
sono) < que 85%. Além desse, dificuldades com o sono que desencadeiam prejuízos na
funcionalidade diurna (fadiga, stress) e dificuldade com o sono em pelo menos três dias
na semana também devem ser considerados para elucidar a hipótese diagnóstica de
insônia (FERREIRA; SOARES, 2012).
Também deve ser considerado, referente à duração, que a insônia é crônica
quando os sintomas prosseguem por mais de 30 dias, e é aguda se estiver diretamente
associadas à presença de fatores estressores e não extrapola três meses (NEVES et al.;
2013).
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Com relação aos tratamentos, os mesmo estão direcionados para tentar diminuir
excitações fisiológicas e comportamentos de ansiedade e podem ser considerados eficazes
quando reduzem a latência do sono para um tempo menor que 30 minutos; quando
acontece o aumento integral do sono em um tempo maior que 30 minutos e quando ocorre
melhora na funcionalidade diária dos indivíduos acometidos (FERREIRA; SOARES,
2012).
Para iniciar a terapêutica, é recomendada uma análise minuciosa do caso
individualizado do paciente, seu histórico médico e psiquiátrico, atentando para as suas
particularidades, costumes e queixas de seu sono. É fundamental investigar fatores de
“predisposição, precipitação e perpetuação” que estabelecem o quadro de insônia. Assim,
mudanças no ambiente como iluminação, barulho e calor contribuem para reduzir as
perturbações ambientais ocasionadoras de interrupção do sono (FERREIRA; SOARES,
2012).
O tratamento deve abranger terapias farmacológicas e não farmacológicas, sendo
o primeiro o mais indicado e que inclui medicamentos como os benzodiazepínicos,
benzodiazepínicos agonistas (BzRAs), antidepressivos, anti-histamínicos e melatonina
(RIBEIRO, 2016). O tratamento farmacológico costuma apresentar resultados eficazes
em curto prazo. No entanto, o uso prolongado desses medicamentos pode acarretar
consequências negativas como a tolerância e a dependência (FERREIRA; SOARES,
2012).
As estratégias não farmacológicas mais adotadas para o tratamento da insônia
relacionam-se a mudanças de comportamento. Ações de natureza cognitiva, educacional,
comportamental, cuja base teórica é o modelo comportamental de insônia. Esse modelo
parte da premissa de que a insônia pode ser determinada por fatores de “predisposição,
precipitação e perpetuação,” logo, as estratégias terapêuticas tem foco específico nos dois
últimos aspectos (RIBEIRO, 2016).
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) associada à terapia de relaxamento
tem sido muito utilizada, auxiliando na redução do estresse e da ansiedade, assim, o
tratamento (não) farmacológico conjuntamente a TCC pode prover melhor qualidade de
sono. De regra a TCC para insônia adota a realização de quatro a oito sessões, aplicadas
em grupo ou individualmente e compreendem as técnicas apresentadas no Quadro 2.
(RIBEIRO, 2016; FERREIRA; SOARES, 2012).
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Defende a redução do tempo gasto - treinar o paciente a ir para cama só quando estiver com
na cama, de modo que este se sono e se não dormir levantar após 15 min.
aproxime do tempo total de sono. - Se a eficiência do sono for < que 90%, deve-se reduzir
cerca de 20 min semanal na cama, até atingir uma
Objetivo: Proporcionar uma eficiência de 90% do sono.
privação parcial de sono, para - o tempo na cama não deve ser < 4,5 horas, as mudanças
promover o aparecimento do do número de horas na cama devem ser realizadas toda
mesmo, para melhorar a sua semana
continuidade e aprofundamento. - a programação de eficácia de sono é conforme cada
paciente
- a hora de deitar/levantar deve ser estabelecido pelo
paciente Técnica contra indicada para pessoas com
histórico de mania, convulsões, parassonias e distúrbios
respiratórios de sono.
Relaxamento Planejamento
Fonte: Elaborado pela autora, com base em recomendações de Ferreira, Soares (2012).
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6 PLANO DE INTERVENÇÃO
A insônia é uma queixa que acomete em massa boa parte da população, e que
chega ao consultório com muita frequência. A falta de sono acaba levando a diversos
incômodos aos seus portadores, uma noite mal dormida atrapalha muito o dia seguinte,
passar várias noites sofrendo dessa patologia, se torna um caso que necessita de
intervenção para melhor qualidade de vida do paciente, o que pode ser adquirido de
diversas formas e será descrito nesse trabalho.
Gestão, acompanhamento e Será acompanhada por toda equipe, através de vigilância pelo
avaliação cronograma, dependendo de cada responsável pelas ações.
NÓ CRÍTICO 2 TABAGISMO
Recursos Estrutural: Espaço comunitário (por ex. USF Nossa Senhora de Fátima).
necessários Cognitivo: identificar material e pessoa para capacitar profissionais
Financeiro: aquisição de materiais para confecção de material educativo
Político: Apoio da gestão.
Organizativo: reorganizar agenda para desenvolver as operações
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A insônia pode ser um sintoma ou uma doença. São vários os tipos de insônia e a
maioria delas acarretam a efeitos colaterais bastante desagradáveis e também
comprometedores para seus portadores. Por isso seu diagnóstico e tratamento em curto
espaço de tempo é de suma importância para uma melhor qualidade de vida desses
pacientes.
As queixas de insônia são muito prevalentes nos cuidados de saúde primários;
assim as equipes de ESF devem conhecer os melhores recursos para a sua abordagem e
para o seu tratamento. Em uma sociedade cada vez mais medicalizada torna-se
importante que sejam associadas a terapêutica não farmacológica e quando necessária a
utilização de medidas farmacológicas, o médico e sua equipe devem adequar a terapêutica
a cada situação específica e às características de cada indivíduo acometido, a fim de
restabelecer seu sono reparador e contribuir para a melhora global de sua saúde.
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REFERENCIAS