Aula 10 - Drenagem Urbana - Visão Geral
Aula 10 - Drenagem Urbana - Visão Geral
Aula 10 - Drenagem Urbana - Visão Geral
E DRENAGEM
PROF. TAISON ANDERSON BORTOLIN
AULA 10 – DRENAGEM URBANA – visão geral
Porto Alegre - 1941
Maior enchente registrada
em Porto Alegre, deixou 70
mil pessoas sem energia
elétrica e água potável,
alcançou a cota 4,75
metros com um tempo de
recorrência de 370 anos.
Blumenau – 2010
http://www2.cemaden.gov.br/inundacao/
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
A canalização de cursos d’água gera na população uma falsa ideia de segurança com respeito
a inundações, facilitando a ocupação de áreas ribeirinhas. Isso acontece, sobretudo, quando
os municípios não incluem no Plano Diretor ou no Plano de Ocupação de Solos, zoneamentos
que contemplem uma análise de risco de inundação.
Essas áreas podem, eventualmente, ser ocupadas por população de baixa renda que, por falta
de opção, admite uma maior vulnerabilidade. A ocorrência de inundações nessas áreas, como
consequência da própria urbanização ou, simplesmente associada ao próprio fenômeno natural,
muitas vezes resulta em perdas de vida humanas e em prejuízos econômicos consideráveis,
como já discutido anteriormente.
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
“a melhor drenagem é a
que escoa o mais
rapidamente possível a Será???
precipitação”
DRENAGEM
Fases do desenvolvimento do pensamento sobre as águas urbanas
(Fonte: Tucci, 2007)
Fase Características Consequências
Pré-higienista: Esgoto em fossas ou na drenagem, sem Doenças e epidemias, grande
até início do coleta ou tratamento e água da fonte mortalidade e inundações
século XX mais próxima, poço ou rio.
Redução das doenças, mas rios
Higienista: Transporte de esgoto distante das contaminados, impactos nas fontes de
antes de 1970 pessoas e canalização do escoamento. água e inundações (transferência do
impacto para jusante)
Corretiva: Tratamento do esgoto, doméstico e Recuperação dos rios restando poluição
Entre 1970 e industrial, amortecimento do difusa, obras hidráulicas e impacto
1990 escoamento. ambiental.
Tratamento terciário para o cloacal e
Desenvolvimento tratamento do escoamento pluvial, Conservação ambiental, redução das
sustentável: novos desenvolvimentos que preservam inundações e melhoria da qualidade de
Depois de 1990 o sistema natural. Favorecer a vida
infiltração
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
Ao retirar das áreas urbanizadas as águas de drenagem pluvial o mais rapidamente
possível, transferem-se para jusante os problemas de inundação. Nesse sentido, novas
áreas urbanizadas têm tendência a provocar inundações mais frequentes em áreas de
urbanização mais antiga.
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
Método Racional - Coeficiente de permeabilidade
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
MICRODRENAGEM
BUEIROS SARJETAS
GALERIAS
MICRODRENAGEM – DRENAGEM SUSTENTÁVEL
RESERVATÓRIOS
DE ACUMULAÇÃO NO LOTE
PAVIMENTO PERMEÁVEL
MACRODRENAGEM
Definição: Obras de fundo de vale, destinadas a controlar inundações de parcelas
significativas da contribuição da bacia hidrográfica.
CANAIS
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
LIGAÇÕES CRUZADAS E USO COMO SISTEMA MISTO
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
Redes de retenção de
resíduos em Kwinana
(Austrália):
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
Descarga de esgoto doméstico in
natura no sistema de drenagem
Rio Tega, em
Caxias do Sul
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
Normalmente as soluções clássicas não
contemplam os problemas de qualidade da
água. No Brasil, são comuns problemas de
inadequação do funcionamento do sistema de
drenagem causados por deposição de
sedimentos, que têm origem em processos
erosivos intensificados pela urbanização e/ou
por deficiências no sistema de limpeza urbana.
Os outros problemas de qualidade das águas de
drenagem pluvial são mascarados pelas fortes
cargas de poluentes geradas pelos esgotos
sanitários.
Amostradores de qualidade da água pluvial. Início
da precipitação com a garrafa marrom (posição do
relógio a 45 min). Fonte: Tucci, 2005.
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
Comparação das cargas de poluição de origem pluvial e
de esgotamento sanitário:
Alas/saídas de tubulações e
bueiros
Tubulações
DRENAGEM CONVENCIONAL (TRADICIONAL)
PV / Caixas de
Ligação Boca de Lobo
DRENAGEM CONVENCIONAL (TRADICIONAL)
–Legislação
–Racionalização do uso do solo
–Educação ambiental
–Tratamento do fundo de vale
ABORDAGEM INTEGRADA
•Instrumentos tributários e financeiros:
–Permitem:
•Proteger áreas ambientais mais sensíveis
•Restringir ocupações de áreas de risco
•Restringir ocupações em áreas de interesse
Outras medidas podem ser tomadas para evitar ou remediar as inundações, como:
Por outro lado, os planos urbanísticos e de expansão de serviços públicos devem se orientar
pelo plano de drenagem urbana de forma que:
• as áreas potencialmente inundáveis sejam bem conhecidas e perfeitamente delimitadas em
mapas oficiais.
• A expansão de serviços públicos nessas áreas seja restringida ao máximo.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
Entre as técnicas compensatórias, dois grandes grupos se destacam: um que privilegia a
armazenagem e a recuperação da capacidade de retenção, outro que foca na infiltração, tendo
sempre em vista a compensação dos impactos da urbanização sobre o ciclo hidrológico.
RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO:
• O escoamento de um dado evento de cheia é armazenado e não é descarregado no sistema
de drenagem a jusante durante o evento.
• A água armazenada pode ser infiltrada para irrigação, manutenção de vazão mínima ou para
ser evaporada ou infiltrada no solo.
• O reservatório é permanentemente preenchido com água (reservatório molhado).
• Ocorre sedimentação e mecanismos de degradação (tratamento).
RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO:
• O armazenamento é de curto prazo, com atenuação do pico de vazão de saída a um valor
inferior ao da entrada.
• O volume de água descarregada é igual ao afluente, apenas distribuído em um tempo maior.
• Usualmente, esvaziam em menos de um dia.
• A área seca pode ser utilizada para fins recreativos.
• Controle de material sólido.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO São estruturas de acumulação temporária e/ou de
infiltração de águas pluviais utilizadas para atender três
funções principais:
• amortecimento de cheias geradas em contexto urbano
como forma de controle de inundações;
• eventual redução de volumes de escoamento
superficial, nos casos de bacias de infiltração/retenção
e;
• redução da poluição difusa de origem pluvial em
contexto urbano.
Sua composição básica inclui um volume deixado livre
para armazenamento de águas de escoamento e/ou a
eventual infiltração, usualmente denominado volume de
espera, uma estrutura hidráulica de controle de saída,
usualmente uma estrutura de descarga de fundo,
controlada ou não por comportas ou válvulas e um
vertedor de emergência.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
- Maior bacia de detenção de SP: Reservatório Guamiranga no Rio Tamanduateí. Vol: 800.000
m3, 6 bombas de 800 l/s para esgotamento.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
Sistemas modulares
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
Observação: o
“Calcanhar de Aquiles” de
todo sistema de infiltração
é sua colmatação
(entupimento) com o
tempo, devendo ser
tomadas medidas para
evitar a chegada de
sólidos no material
filtrante.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
POÇOS DE INFILTRAÇÃO
Outro ponto importante diz respeito ao nível do lençol freático, o qual deve estar abaixo
da estrutura de infiltração. Aqui cabe ressaltar que o lençol freático tende à aumentar
durante precipitações, devendo essa questão ser estudada antes da implantação de
qualquer estrutura.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
PAVIMENTOS POROSOS
Cuidado especial deve ser dado em relação à base. Muitos dos pavimentos dito
“porosos” estão assentados sobre uma base compactada, servindo como sistemas
de detenção e retardo da água, não como infiltração.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
PAVIMENTOS POROSOS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
PAVIMENTOS POROSOS
Desta forma, um reservatório que vise atingir os dois objetivos ao mesmo tempo deve
possuir volume suficiente para atender ambos.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS