Aula 10 - Drenagem Urbana - Visão Geral

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HIDROLOGIA

E DRENAGEM
PROF. TAISON ANDERSON BORTOLIN
AULA 10 – DRENAGEM URBANA – visão geral
Porto Alegre - 1941
Maior enchente registrada
em Porto Alegre, deixou 70
mil pessoas sem energia
elétrica e água potável,
alcançou a cota 4,75
metros com um tempo de
recorrência de 370 anos.

Blumenau – 2010

Caxias do Sul – 2012


ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS

http://www2.cemaden.gov.br/inundacao/
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
A canalização de cursos d’água gera na população uma falsa ideia de segurança com respeito
a inundações, facilitando a ocupação de áreas ribeirinhas. Isso acontece, sobretudo, quando
os municípios não incluem no Plano Diretor ou no Plano de Ocupação de Solos, zoneamentos
que contemplem uma análise de risco de inundação.

Essas áreas podem, eventualmente, ser ocupadas por população de baixa renda que, por falta
de opção, admite uma maior vulnerabilidade. A ocorrência de inundações nessas áreas, como
consequência da própria urbanização ou, simplesmente associada ao próprio fenômeno natural,
muitas vezes resulta em perdas de vida humanas e em prejuízos econômicos consideráveis,
como já discutido anteriormente.
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS

Ocupação de áreas inundáveis ou


ribeirinhas – várzeas:
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
Planície de Inundação (1+2)
•Limites externos definidos, para efeitos de zoneamento, pela
área de inundação da cheia com TR = 100 anos
•Juntamente com o canal principal do curso d’água, compõe a
área onde serão estabelecidas regras para ocupação

Zona com Restrições de Ocupação (2)


•Fica inundada, mas, devido às pequenas profundidades e baixas
velocidades, não contribui significativamente para a drenagem
da enchente
•É permitida ocupação regulamentada para conviver com
inundações de pequenas profundidades e baixas velocidades

Zona de Passagem de Cheia (1)


•Tem a capacidade de conduzir a inundação de TR = 100 anos de
forma a não provocar impactos significativos, nem a montante
nem a jusante.
•Deve ser mantida desobstruída

Zona de Baixo Risco (3)


•Externa à planície de inundação
•Pequena probabilidade de inundações, restrita a eventos
excepcionais de grandes cheias
ENCHENTES X INUNDAÇÕES X ALAGAMENTOS
DRENAGEM
Qualquer processo, natural ou artificial, de remoção do excesso de água de um terreno,
decorrente de precipitações, fontes ou águas servidas, mediante valas, canais, tubulações
ou outros tipos de condutos.

Conjunto de obras e medidas cujos principais


objetivos são:

•Minimizar prejuízos causados por inundações e


alagamentos em áreas urbanas;
•Diminuir os riscos a que as propriedades estão
sujeitas;
•Possibilitar o desenvolvimento urbano harmônico
e articulado
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
DRENAGEM 2010/2007/lei/L11445compilado.htm
DRENAGEM

Deve ser considerado desde o início da formação


do planejamento urbano.
–Do contrário, é provável que esse sistema se
mostre de alto custo e deficiente ao ser projetado
DRENAGEM
O escoamento das águas pluviais vai ocorrer
sempre, havendo ou não um sistema de drenagem
adequado.

Existindo o sistema, seu funcionamento não é


permanente, ao contrário dos outros
melhoramentos públicos, que são contínuos.

“a melhor drenagem é a
que escoa o mais
rapidamente possível a Será???
precipitação”
DRENAGEM
Fases do desenvolvimento do pensamento sobre as águas urbanas
(Fonte: Tucci, 2007)
Fase Características Consequências
Pré-higienista: Esgoto em fossas ou na drenagem, sem Doenças e epidemias, grande
até início do coleta ou tratamento e água da fonte mortalidade e inundações
século XX mais próxima, poço ou rio.
Redução das doenças, mas rios
Higienista: Transporte de esgoto distante das contaminados, impactos nas fontes de
antes de 1970 pessoas e canalização do escoamento. água e inundações (transferência do
impacto para jusante)
Corretiva: Tratamento do esgoto, doméstico e Recuperação dos rios restando poluição
Entre 1970 e industrial, amortecimento do difusa, obras hidráulicas e impacto
1990 escoamento. ambiental.
Tratamento terciário para o cloacal e
Desenvolvimento tratamento do escoamento pluvial, Conservação ambiental, redução das
sustentável: novos desenvolvimentos que preservam inundações e melhoria da qualidade de
Depois de 1990 o sistema natural. Favorecer a vida
infiltração
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
Ao retirar das áreas urbanizadas as águas de drenagem pluvial o mais rapidamente
possível, transferem-se para jusante os problemas de inundação. Nesse sentido, novas
áreas urbanizadas têm tendência a provocar inundações mais frequentes em áreas de
urbanização mais antiga.
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
Método Racional - Coeficiente de permeabilidade
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
EFEITOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO


–Falta de conhecimento sobre controle de enchentes


–Desarticulação dos governos (União/Estados/Municípios) sobre o gerenciamento
das águas urbanas
–Desgaste político do administrador
–Falta de esclarecimento da população sobre controle de inundações
–Falta de interesse na prevenção:
•Declara-se Estado de Calamidade Pública - Estado e ou Município recebem
recursos a fundo perdido e podem gastar os recursos sem abrir licitação.
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Finalidades da implantação de um sistema de drenagem urbana (SDU):

–Razões de segurança: Garantia de tráfego de veículos e pedestres, evitando


acidentes;

–Razões econômicas: Controle de erosão, conservação das águas, proteção das


propriedades contra danos causados por acúmulo excessivo de águas pluviais;

–Razões higiênicas: Afastamento das primeiras águas, que arrastam poluentes e


micro-organismos patogênicos.
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Benefícios propiciados pela implantação de um SDU:

–Desenvolvimento do sistema viário


–Redução de gastos com manutenção de vias
–Facilitação do tráfego de veículos e pedestres
–Valorização das propriedades na área de projeto
–Eliminação das águas estagnadas
–Recuperação de áreas alagadas ou alagáveis
–Segurança para os moradores da área de projeto
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
MICRODRENAGEM
Definição: Sistemas de condutos construídos em lotes, vias públicas, parques e outras
áreas urbanas, para afastar os excessos de água.

–Objetivos: Minimizar danos ocasionados por precipitações intensas relativamente


frequentes (TR = 2 a 10 anos)

–Obras típicas: Sarjetas, bocas de lobo, bueiros, galerias, reservatórios de


acumulação nos lotes, sistemas de drenagem sustentável (telhados verdes, trincheiras
de infiltração, pavimentos permeáveis)
BOCAS DE LOBO

MICRODRENAGEM
BUEIROS SARJETAS

GALERIAS
MICRODRENAGEM – DRENAGEM SUSTENTÁVEL

RESERVATÓRIOS
DE ACUMULAÇÃO NO LOTE

PAVIMENTO PERMEÁVEL
MACRODRENAGEM
Definição: Obras de fundo de vale, destinadas a controlar inundações de parcelas
significativas da contribuição da bacia hidrográfica.

–Objetivos: Minimizar riscos e prejuízos em áreas extensas, causados por inundações


de menor frequência (TR = 25 a 100 anos)

–Obras típicas: Canais, galerias de fundos de vale, reservatórios de acumulação.


MACRODRENAGEM
RESERVATÓRIOS

CANAIS
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
LIGAÇÕES CRUZADAS E USO COMO SISTEMA MISTO
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM

Redes de retenção de
resíduos em Kwinana
(Austrália):
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
Descarga de esgoto doméstico in
natura no sistema de drenagem

Rio Tega, em
Caxias do Sul
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
Normalmente as soluções clássicas não
contemplam os problemas de qualidade da
água. No Brasil, são comuns problemas de
inadequação do funcionamento do sistema de
drenagem causados por deposição de
sedimentos, que têm origem em processos
erosivos intensificados pela urbanização e/ou
por deficiências no sistema de limpeza urbana.
Os outros problemas de qualidade das águas de
drenagem pluvial são mascarados pelas fortes
cargas de poluentes geradas pelos esgotos
sanitários.
Amostradores de qualidade da água pluvial. Início
da precipitação com a garrafa marrom (posição do
relógio a 45 min). Fonte: Tucci, 2005.
PROBLEMAS ASSOCIADOS A DRENAGEM
Comparação das cargas de poluição de origem pluvial e
de esgotamento sanitário:

Elevada concentração de poluentes na


primeira hora de chuva, denotando o
impacto do First Flush.
DRENAGEM CONVENCIONAL (TRADICIONAL)
Projetos baseados no simples afastamento das águas pluviais e
residuárias são concebidos há milhares de anos!!!!

Canal de Cloaca máxima:


drenagem atual mais de 2.400 anos
DRENAGEM CONVENCIONAL (TRADICIONAL)
Sistema Convencional de Drenagem
Urbana e alguns de seus Componentes
DRENAGEM CONVENCIONAL (TRADICIONAL)

Alas/saídas de tubulações e
bueiros
Tubulações
DRENAGEM CONVENCIONAL (TRADICIONAL)

PV / Caixas de
Ligação Boca de Lobo
DRENAGEM CONVENCIONAL (TRADICIONAL)

Novas obras de drenagem devem ser


construídas a jusante, tais como
aumento de seção transversal de
canais naturais, substituição de
condutos antigos por novos condutos
de maior diâmetro, etc. Essas obras
são, em geral, muito onerosas e seu
custo deve ser suportado por toda a
comunidade.
DRENAGEM CONVENCIONAL (TRADICIONAL)
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
ABORDAGEM INTEGRADA
MEDIDAS ESTRUTURAIS
ABORDAGEM INTEGRADA
MEDIDAS ESTRUTURAIS
ABORDAGEM INTEGRADA
MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS

–Legislação
–Racionalização do uso do solo
–Educação ambiental
–Tratamento do fundo de vale
ABORDAGEM INTEGRADA
•Instrumentos tributários e financeiros:
–Permitem:
•Proteger áreas ambientais mais sensíveis
•Restringir ocupações de áreas de risco
•Restringir ocupações em áreas de interesse

–São inócuos se não houver fiscalização e controle:


•Áreas de ocupação restrita devem receber
equipamentos de interesse coletivo (parques, praças,
áreas verdes)

–Estão previstos no Estatuto da Cidade:


•Impostos (IPTU)
•Contribuição de melhoria
•Incentivos fiscais e financeiros
ABORDAGEM INTEGRADA CAXIAS DO SUL

Lei Complementar nº 589, de 19 de novembro de 2019:

VI - Taxa de Permeabilidade (TP) é a proporção do terreno que obrigatoriamente deve ser


mantida permeável, sendo que:

a) serão considerados totalmente permeáveis:


1. terreno natural;
2. cobertura vegetal;
3. trilhos de acesso, com até 50 cm (cinquenta centímetros) de largura, para veículos; e
4. acesso de pedestres com largura de até 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros)...

b) obedecerão à conversão os seguintes pisos:


1. brita: 90% (noventa por cento) de permeabilidade;
2. concregrama: 70% (setenta por cento) de permeabilidade;
3. concreto poroso: 10% (dez por cento) de permeabilidade; e
4. paralelepípedos: 5% (cinco por cento) de permeabilidade;
ABORDAGEM INTEGRADA CAXIAS DO SUL
ABORDAGEM INTEGRADA CAXIAS DO SUL

LEI COMPLEMENTAR Nº 636, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2020 (Código de Obras)


Art. 77. Nas edificações novas, com área equivalente impermeabilizada superior a 800 m² (oitocentos metros quadrados),
deverão ser instalados mecanismos de armazenagem de águas pluviais, conforme os seguintes parâmetros:
I - deverá ser instalada canalização que conduza a água captada nos telhados, coberturas ou terraços ao reservatório de
águas pluviais;
II - as cisternas e/ou reservatórios de acumulação terão a sua capacidade calculada com base na equação constante no inciso
III, devendo ser consideradas as seguintes taxas de impermeabilização (TI):
a) asfalto, concreto, basalto ou outro revestimento selado = 100% (cem por cento);
b) paralelepípedo = 95% (noventa e cinco por cento);
c) concreto poroso = 90% (noventa por cento);
d) concregrama ou similar = 30% (trinta por cento);
e) brita = 10% (dez por cento); e
f) grama ou cobertura vegetal = 00% (zero por cento);
III - a área resultante para o cálculo do volume de reservação será chamada de Área Equivalente Impermeável (AEI) e será
calculada da seguinte forma: AEI = (Ai x ti), em m².
V - = volume do reservatório em metros cúbicos; Ai = área impermeabilizada em metros quadrados; ti = percentual de
impermeabilização.
O volume (V) de reservação será dado pela seguinte equação: V - = 0,5% x AEI, em m³; e
IV - a água armazenada poderá ser despejada na rede pública de drenagem 2 (duas) horas após a cessação das chuvas.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput os lotes em parcelamento do solo com reservatório de detenção coletivo.
ABORDAGEM INTEGRADA PORTO ALEGRE

DECRETO Nº 18.611, DE 9 DE ABRIL DE 2014.

Art. 1º Toda nova ocupação urbana deverá considerar a aplicação do conceito de


desenvolvimento urbano de baixo impacto, por meio da implantação de técnicas que privilegiem
a infiltração e a reservação das águas pluviais.
Art. 2º Toda ocupação que resulte em superfície impermeável, deverá possuir uma vazão
máxima específica de saída para a rede pública de pluviais igual a 20,8 l/(s.ha) (vinte vírgula
oito litros por segundo em hectare).
§ 1º A vazão máxima de saída é calculada multiplicando-se a vazão específica pela área total do
terreno.
Art. 4º A comprovação da manutenção das condições de pré-ocupação no lote ou no
parcelamento do solo deve ser apresentada ao DEP.

Atenção: cada vez mais é cobrado pelas


prefeituras que a vazão pós ocupação seja igual
ou inferior à vazão de pré-ocupação (ou pré-
desenvolvimento).
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM
O gerenciamento da drenagem urbana constitui-se no conjunto de fundamentos,
princípios, instrumentos e técnicas que atuam no adequado manejo da água
pluvial dentro do ambiente urbano.

 Gerenciamento da drenagem urbana

 Plano de Drenagem Urbana ou Plano Diretor de


Drenagem Urbana do município.

 Deve estar interligado aos outros planos que


compõem o Plano Diretor de Saneamento.
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM
Principais categorias Medidas não estruturais

Educação pública - Educação pública e disseminação do conhecimento


- Equipe técnica capacitada
Planejamento e manejo - Superfícies com vegetação
da água - Áreas impermeáveis desconectadas
- Telhados verdes e Urbanização de pequeno impacto

- Varrição das ruas


- Coleta de resíduos sólidos
Manutenção dos
- Limpeza dos sistemas de filtração
dispositivos de infiltração
- Manutenção das vias e dos dispositivos
nas vias
- Manutenção dos canais e cursos d’água

- Medidas de prevenção contra a conexão ilegal


Controle de conexão - Fiscalização: detecção, retirada e multa
ilegal de esgoto - Controle do sistema de coleta de esgoto e de tanques sépticos

- Jardinagem e lavagem de veículos


Reuso da água pluvial - Sistema predial
- Fontes e lagos
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM

O PDDU deve ser um documento que apresente os meios para o


gerenciamento da drenagem urbana, considerando as características
locais, tais como geomorfologia, geologia, hidrografia, climatologia,
legislação de uso do solo e ambiental, crescimento populacional, sistema
de drenagem, sistemas de esgotos sanitários e de coleta de resíduos
sólidos. Estes seriam os elementos do diagnóstico e do prognóstico.
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM
Estrutura Básica de um Plano Diretor de Drenagem Urbana
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM

Importante: Identificar áreas de risco


de inundação, como aquelas nos leitos
dos rios, e restringir sua ocupação.
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM
O sistema de drenagem urbana e portanto de prevenção de inundações,
fundamenta-se não só em planos, projetos e obras, mas também em
legislação e medidas que compreendem:

• Códigos, leis e regulamentos sobre edificações, zoneamento,


parcelamento e loteamento do solo e também códigos sanitários.
• Fiscalização da administração pública nas áreas urbanizadas e
edificadas, bem como planos de reurbanização e renovação de áreas
deterioradas.
• Declaração de utilidade pública e desapropriação de áreas ociosas, ou
assoladas por inundações frequentes.
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM
Esses dispositivos são particularmente importantes quando se referem às baixadas constituídas
por planícies sedimentares marginais aos cursos de água. Como são inundadas durante as
cheias, a sua ocupação deve ser restringida através dos seguintes meios:

• Zoneamento com delimitação clara das áreas frequentemente inundadas.


• Fixação de cotas aquém das quais a ocupação é desaconselhada ou mesmo vedada.
• Restrição de acesso às áreas sujeitas a inundações.
• Restrição por parte dos órgãos públicos de financiamento, para empreendimentos de
ocupação das baixadas.
• Impedimentos à expansão de outros serviços públicos: água, esgotos, iluminação pública,
etc.
• Estudos de áreas alternativas para os empreendimentos em cogitação.
• Fixação de incentivos fiscais para que os terrenos inundáveis permaneçam ociosos.
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM

Outras medidas podem ser tomadas para evitar ou remediar as inundações, como:

• Obras hidráulicas de controle, amortecimento ou retardamento de cheias.


• Recursos de proteção local contra inundações, como comportas, válvulas, etc.
• Planos de emergência contra inundações, compreendendo socorro à população pelo
fornecimento de abrigo, alimentação, ajuda financeira, etc.
• Isenção de impostos e taxas às pessoas e às propriedades atingidas.

Por outro lado, os planos urbanísticos e de expansão de serviços públicos devem se orientar
pelo plano de drenagem urbana de forma que:
• as áreas potencialmente inundáveis sejam bem conhecidas e perfeitamente delimitadas em
mapas oficiais.
• A expansão de serviços públicos nessas áreas seja restringida ao máximo.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
Entre as técnicas compensatórias, dois grandes grupos se destacam: um que privilegia a
armazenagem e a recuperação da capacidade de retenção, outro que foca na infiltração, tendo
sempre em vista a compensação dos impactos da urbanização sobre o ciclo hidrológico.

Alguns destes dispositivos, tais como: reservatórios de detenção, reservatórios de retenção e


reservatórios de lote, que se enquadram no primeiro grupo, e pavimentos permeáveis, valas de
infiltração, trincheiras de infiltração e telhados verdes, que se enquadram no segundo grupo.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
Área Redução Retardamento do deflúvio direto
Telhado plano de grandes 1. armazenamento em cisterna 1. armazenamento no telhado, empregando tubos
dimensões 2. jardim suspenso condutores verticais estreitos
3. armazenamento em tanque ou 2. aumentando a rugosidade do telhado.
chafariz 3. cobertura ondulada
4. cobertura com cascalho
Estacionamento 1. pavimento permeável 1. faixas gramadas no estacionamento
2. cascalho 2. canal gramado drenando o estacionamento;
3. furos no pavimento 3. armazenamento e detenção para áreas
impermeável impermeáveis;
4. pavimento ondulado;
5. depressões; 6. Bacias
Residencial 1. cisternas para casas 1. reservatório de detenção
individuais, ou grupo de casas; 2. utilizando gramas espessas (alta
2. passeios com cascalho; rugosidade)
3. áreas ajardinadas em redor; 3. passeios com cascalhos
4. recarga do lençol subterrâneo: 4. sarjetas ou canais gramados.
a) tubos perfurados; b) cascalhos 5. aumentando o percurso da água através de
(areia); c) valeta; d) cano (tubo) sarjeta, desvios,etc.
poroso; e) poços secos; f) depressões
gramadas
Geral 1. vielas com cascalhos 1. vielas com cascalhos
2. calçadas permeáveis
3. canteiros cobertos com palhas ou
folhas
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS

RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO:
• O escoamento de um dado evento de cheia é armazenado e não é descarregado no sistema
de drenagem a jusante durante o evento.
• A água armazenada pode ser infiltrada para irrigação, manutenção de vazão mínima ou para
ser evaporada ou infiltrada no solo.
• O reservatório é permanentemente preenchido com água (reservatório molhado).
• Ocorre sedimentação e mecanismos de degradação (tratamento).

RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO:
• O armazenamento é de curto prazo, com atenuação do pico de vazão de saída a um valor
inferior ao da entrada.
• O volume de água descarregada é igual ao afluente, apenas distribuído em um tempo maior.
• Usualmente, esvaziam em menos de um dia.
• A área seca pode ser utilizada para fins recreativos.
• Controle de material sólido.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO São estruturas de acumulação temporária e/ou de
infiltração de águas pluviais utilizadas para atender três
funções principais:
• amortecimento de cheias geradas em contexto urbano
como forma de controle de inundações;
• eventual redução de volumes de escoamento
superficial, nos casos de bacias de infiltração/retenção
e;
• redução da poluição difusa de origem pluvial em
contexto urbano.
Sua composição básica inclui um volume deixado livre
para armazenamento de águas de escoamento e/ou a
eventual infiltração, usualmente denominado volume de
espera, uma estrutura hidráulica de controle de saída,
usualmente uma estrutura de descarga de fundo,
controlada ou não por comportas ou válvulas e um
vertedor de emergência.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO

1. Bacias a céu aberto, divididas em:


- Bacias com espelho d’água permanente;
- Bacias secas;
• Bacias secas com fundos impermeabilizados;
• Bacias de infiltração;
• Bacias de tempestade;
• Bacias de decantação;
• Bacias de detenção propriamente ditas;
- Bacias de zonas úmidas;
2. Bacias subterrâneas
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO Caxias do Sul
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO

São Bernardo (SP)


TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO

- Maior bacia de detenção de SP: Reservatório Guamiranga no Rio Tamanduateí. Vol: 800.000
m3, 6 bombas de 800 l/s para esgotamento.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO

Sistemas modulares
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO

- Tendo em mente algumas restrições, é possível conciliar as bacias de detenção com


estruturas de lazer.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO

Importante ter em mente que bacias de detenção demandam manutenção e limpeza,


sob o risco de gerar problemas de odores e insetos.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
Bacia Subterrânea
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO

Estruturas de entrada da bacia de detenção

Tomada vertical perfurada:


TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE DETENÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE RETENÇÃO
No caso de Reservatórios de Detenção, é
mantido um nível permanente de água,
normalmente por questões estéticas ou
ambientais.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE RETENÇÃO

Não confundir !!!


TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
BACIAS DE INFILTRAÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
POÇOS DE INFILTRAÇÃO

Os poços de infiltração são dispositivos pontuais com pequena ocupação de área


superficial, concebidos para evacuar as águas pluviais diretamente no subsolo, por
infiltração (Baptista et al., 2005). Consistem numa estrutura de armazenamento e
favorecimento da infiltração da água proveniente do escoamento superficial.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
POÇOS DE INFILTRAÇÃO

Observação: o
“Calcanhar de Aquiles” de
todo sistema de infiltração
é sua colmatação
(entupimento) com o
tempo, devendo ser
tomadas medidas para
evitar a chegada de
sólidos no material
filtrante.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
POÇOS DE INFILTRAÇÃO

Exemplo de Boca de lobo com sistema de infiltração:


TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
VALAS DE INFILTRAÇÃO

São dispositivos de drenagem lateral, muitas


vezes utilizados paralelos às ruas, estradas,
estacionamentos e conjuntos habitacionais,
entre outros. Esses valos concentram o fluxo
das áreas adjacentes e criam condições para
uma infiltração ao longo do seu comprimento.
Após uma precipitação intensa, o nível sobe e,
como a infiltração é mais lenta, mantém-se
com água durante algum tempo.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
VALAS DE INFILTRAÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
VALAS DE INFILTRAÇÃO
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
VALAS DE INFILTRAÇÃO

Outro ponto importante diz respeito ao nível do lençol freático, o qual deve estar abaixo
da estrutura de infiltração. Aqui cabe ressaltar que o lençol freático tende à aumentar
durante precipitações, devendo essa questão ser estudada antes da implantação de
qualquer estrutura.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
PAVIMENTOS POROSOS

Pavimentos porosos são destinados ao armazenamento temporário e/ou infiltração, em


áreas de estacionamento e no sistema viário. Em geral pode ser utilizado em passeios,
estacionamentos, quadras esportivas e ruas de pouco tráfego. Em ruas de grande
tráfego, esse pavimento pode ser deformado e entupido, tornando-se impermeável.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
VALAS DE INFILTRAÇÃO

Deve-se atentar que elevadas declividades


prejudicam as bacias de infiltração pois é
necessário criar barramentos que reduzam
a velocidade e aumentem a lâmina de
água.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
PAVIMENTOS POROSOS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
PAVIMENTOS POROSOS

Cuidado especial deve ser dado em relação à base. Muitos dos pavimentos dito
“porosos” estão assentados sobre uma base compactada, servindo como sistemas
de detenção e retardo da água, não como infiltração.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
PAVIMENTOS POROSOS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
PAVIMENTOS POROSOS

Atentar que apesar de a maior parte da infiltração em pavimentos se dá pela


superfície, em certas situações é possível de ocorrer infiltração pelas bordas
laterais.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS

O armazenamento residencial pode ser efetuado em telhados, em pequenos


reservatórios residenciais, etc. Essa reserva pode ser feita tanto com
microresevatórios/cisternas quanto por telhados verdes, sendo que o segundo apresenta
importantes benefícios adicionais.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS

Reservatórios em lotes urbanos:


o armazenamento no lote pode ser
utilizado para amortecer o
escoamento, em conjunto com
outros usos, como abastecimento
de água, irrigação de grama e
lavagem de superfícies ou de
automóveis.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS

Sistema para coleta e


reuso da água da chuva
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS

Atenção: o reservatório de coleta de água da chuva para retardo, reservatório de


coleta de água da chuva para reuso e o reservatório para incêndio possuem objetivos
distintos:

• Reservatório para retardo: Deve estar sempre vazio;


• Reservatório para reuso: Deve estar sempre parcialmente cheio;
• Reservatório para incêndio: Deve estar sempre cheio;

Desta forma, um reservatório que vise atingir os dois objetivos ao mesmo tempo deve
possuir volume suficiente para atender ambos.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS

As cisternas no nordeste são um exemplo


de uso de água da chuva para fins potáveis.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
TELHADOS VERDES
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
TELHADOS VERDES
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
TELHADOS VERDES
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
TELHADOS VERDES

Uma vantagem de todo o sistema que envolva filtração, como os telhados


verdes, os poços e as valas de infiltração, é que eles também fazer o pré-
tratamento da água da chuva, reduzindo a carga orgânica que segue para
os rios. Isso é particularmente interessante em valas e poços de
infiltração, que recebem os tanto os poluentes que estão nas ruas quanto
os dos telhados.

No caso de sistemas que


utilizam brita, o
tratamento se dá pela
formação de biofilmes,
que irão consumir a
matéria orgânica.
COMPARAÇÃO ENTRE TÉCNICAS
Restrições ao uso das principais técnicas compensatórias. Fonte: Baptista (2015)
Vocação e possibilidades das técnicas
Controle de vazão de pico
Área de Controle
Técnica TR Médios TR Grandes Controle de Recarga do
drenagem TR Pequenos Reuso direto de erosão
(até 30 (até 100 volumes lençol
controlada (até 5 anos) a jusante
anos) anos)
Bacias de
Grande (>16 ha) Adequada Adequada Adaptável Adequada Adequada Adaptável Adaptável
detenção/retenção
Bacias de infiltração Média Adequada Adequada Adaptável Adequada Adequada Adaptável Adequada
Valas e valetas de
Pequena-média Adaptável Adaptável Inadequada Inadequada Inadequada Inadequada Adaptável
detenção
Valas e valetas de
Pequena - média Adaptável Adaptável Inadequada Adequada Adequada Inadequada Adaptável
infiltração
Pavimentos porosos Pequena - média Adequada Adaptável Inadequada Adaptável Adaptável Inadequada Adaptável
Revestimentos
Pequena - média Adaptável Inadequada Inadequada Adaptável Adaptável Inadequada Adaptável
permeáveis
Trincheiras de detenção Pequena (<4 ha) Adequada Adaptável Inadequada Inadequada Inadequada Inadequada Adaptável
Trincheiras de
Pequena Adequada Adaptável Inadequada Adequada Adequada Inadequada Adaptável
infiltração
Poços de infiltração Pequena Adequada Adaptável Inadequada Adequada Adequada Inadequada Adaptável
Telhados
Pequena Adequada Adaptável Inadequada Inadequada Inadequada Adaptável Adaptável
armazenadores
Reservatórios
Pequena Adequada Adaptável Inadequada Inadequada Inadequada Adaptável Adaptável
individuais
COMPARAÇÃO ENTRE TÉCNICAS
Vantagens e desvantagens no emprego das diferentes formas de redução e retenção do escoamento superficial direto
(Fonte: DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE D.U. NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 1999)
Medidas Vantagens Desvantagens
Cisterna 1. Água pode ser utilizada para: 1. Custos relativamente altos de instalação
a) proteção contra fogo 2. Custo requerido pode ser restritivo, se a cisterna receber
b) rega de terras água de grandes áreas de drenagem
c) processos industriais 3. Requer manutenção
d) refrigeração 4. Acesso restritivo
2. Reduz o deflúvio superficial direto, ocupando 5. Reduz o espaço disponível do subsolo para outros usos
pequenas áreas
3. O terreno ou espaço, acima da cisterna, pode ser
usado para outros fins
Jardim suspenso 1. Esteticamente agradável 1. Elevadas cargas nas estruturas de cobertura e de
2. Redução do deflúvio superficial direto construção
3. Redução dos níveis de ruído 2. Caro de instalar e manter
4. Valorização da vida animal
Reservatório com 1. Controla grandes áreas de drenagem, 1. Requer grandes áreas
espelho d'água liberando pequenas descargas 2. Possível poluição pelas enxurradas e sedimentação
permanente 2. Esteticamente agradável 3. Possível área de proliferação de pernilongos
(geralmente em 3. Possíveis benefícios à recreação: 4. Pode haver crescimento intenso de algas, como resultado
áreas residenciais) a) uso de barcos de recreação da eutrofização
b) pesca 5. Possibilidade de ocorrência de afogamentos
c) natação 6. Problemas de manutenção
4. Habitat para a vida aquática
5. Aumenta o valor dos terrenos adjacentes
Vantagens e desvantagens no emprego das diferentes formas de redução e retenção do escoamento superficial direto
(Fonte: DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE D.U. NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 1999)

Medidas Vantagens Desvantagens


Armazenamento em telhado, 1. Retardo do deflúvio superficial direto 1. Carga estrutural elevada
empregando tubos condutores 2. Efeito de isolamento térmico do 2. A tomada d'água dos tubos condutores
verticais estreitos edifício: requer manutenção
a) água no telhado 3. Formação de ondas e cargas devidas às
b) através de circulação mesmas
3. Pode facilitar o combate a incêndios. 4. Infiltração de água do telhado para o
edifício
Telhado com rugosidade 1. Retardamento do deflúvio superficial 1. Carga estrutural relativamente elevada
aumentada direto e alguma redução do mesmo
(detenção nas ondulações ou no cascalho)
Pavimento permeável 1. Redução do deflúvio superficial direto 1.Entupimento dos furos ou poros
(estacionamento e vielas): 2. Recarga do lençol freático 2.Compactação da terra abaixo do
a) estacionamento 3. Pavimento de cascalho pode ser mais pavimento ou diminuição da
com cascalho barato do que asfalto ou concreto (a) permeabilidade do solo
b) furos no pavimento devido ao cascalho
impermeável (diâmetro de 3.Dificuldade de manutenção
cerca de 6 cm) enchidos com 4.Gramas e ervas daninhas podem crescer
areia no pavimento
Vantagens e desvantagens no emprego das diferentes formas de redução e retenção do escoamento superficial direto
(Fonte: DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE D.U. NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 1999)
Medidas Vantagens Desvantagens
Canais gramados e faixas do 1. Retardo do deflúvio superficial direto 1. Sacrifica-se alguma área do terreno
terreno cobertas com 2. Alguma redução do deflúvio para faixas de vegetação
vegetação superficial direto (recarga do lençol 2. Áreas gramadas devem ser podadas ou
freático por infiltração) cortadas periodicamente (custos de
3. Esteticamente agradável manutenção)
4. Flores 5. Árvores
Armazenamento e detenção 1. Retardo do deflúvio superficial direto 1. Restringe um pouco o movimento de
em pavimentos impermeáveis: (a, b,c) veículos
a) Pavimento ondulado 2. Redução do deflúvio direto (a e b) 2. Interfere com o uso normal (b e c)
b) bacias 3. Depressões juntam sujeira e entulho (
c) bocas de lobo estranguladas a, b e c)
Reservatório ou bacias 1. Retardo do deflúvio superficial direto 1.Requer grandes áreas
de detenção. 2. Benefício recreativo 2.Custos de manutenção:
3. Quadras poliesportivas se o terreno a) poda da grama
for propício b) herbicidas
4. Esteticamente agradável c) limpeza periódicas (remoção de
5. Pode controlar extensas áreas de sedimentos)
drenagem, liberando descargas 3.Área de proliferação de pernilongos
relativamente pequenas 4.Sedimentação do reservatório
Vantagens e desvantagens no emprego das diferentes formas de redução e retenção do escoamento superficial direto
(Fonte: DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE D.U. NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 1999)
Medidas Vantagens Desvantagens
Tanque séptico transformado 1. Custos de instalação baixos 1. Requer manutenção periódica (remoção
para armazenamento e recarga 2. Redução do deflúvio superficial direto de sedimentos)
de lençol freático (infiltração e armazenamento) 2. Possíveis danos a saúde
3. A água pode ser usada para: 3. Algumas vezes requer um
4. proteção contra incêndio bombeamento para o esvaziamento após a
5. rega de gramados e jardins tormenta
6. recarga do lençol freático
Recarga do lençol 1. Redução do deflúvio superficial direto 1. Entupimento dos poros ou tubos
freático: (infiltração) perfilados
a) tubo ou mangueira furada 2. Recarga do lençol freático com água 2. Custo inicial de instalação (material)
b) dreno francês relativamente limpa
c) cano poroso 3. Pode suprir água para áreas secas
d) poço seco 4. Pequena perda por evaporação
Grama com alta capacidade de 1. Retardo do deflúvio superficial direto 1. Dificuldade de poda de grama
retardamento ( elevada 2. Aumento de infiltração
rugosidade)
Escoamento dirigido 1. Retardo do deflúvio superficial direto 1. Possibilidade de erosão
sobre terrenos gramados 2. Aumento de infiltração 2. Água parada em depressões no gramado
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

MAIORES INFORMAÇÕES E OUTROS MATERIAIS

• Drenagem Urbana - Canholi

• Drenagem Urbana - Do Projeto Tradicional à Sustentabilidade – Miguel Miguez

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