Tópico 3 - SES - Conceitos

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TÓPICO 3 – SISTEMAS DE ESGOTAMENTO

SANITÁRIO – CONCEITOS

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sistemas Coletores de Esgoto Slide n° 1


Professor: Me. Tiago Panizzon
ENADE 2019 (ENG. AMBIENTAL) – N° 5

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SANEAMENTO E SAÚDE
Cada U$ 1,00 investido em
esgotamento sanitário, economiza U$
7,3 em saúde.

A nível internacional, a World Health


Organization (WHO) é a principal entidade
atuando na promoção da saúde. Dentre seus
diversos estudos, se destaca o “Global costs and
benefits of drinking-water supply and sanitation
interventions to reach the MDG target and
universal coverage”:

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SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO
HISTÓRICO:
• Cloaca Máxima (Roma) - 1º
sistema de esgoto planejado e
implantado no mundo

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SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO
HISTÓRICO:
• Crescimento da população - privadas – excretas lançados nas ruas – epidemias;
• 1815 (Londres) - Esgotos - sistemas pluviais;
• 1855 (Londres) - Construção do sistema de coleta de esgoto;
• 1842 (Alemanha) - Construção de um moderno sistema de coleta.

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SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO
• Sistema unitário de esgotamento - implantação no Rio de
HISTÓRICO:
Janeiro (1857), Paris (1880), etc.
• Rio de Janeiro - limitações de recursos financeiros sistema
separador parcial
• Memphis - USA (1879) - Eng. George Waring - sistema
separador absoluto
• Sucesso do sistema separador absoluto – implantação em
vários locais

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SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO

Fonte:
http://www.tratabrasil.org.br/sanea
mento/principais-estatisticas/no-
brasil/dados-regionais
*Dados referentes à 2018;

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TIPOS DE ESGOTO
De acordo com a sua origem, os esgotos podem ser classificados tecnicamente
da seguinte forma:
• Esgotos Domésticos: incluem as águas contendo matéria fecal e as águas
servidas, resultantes de banho e de lavagem de utensílios e roupas;
• Esgotos Industriais: compreendem os resíduos orgânicos, de indústria de
alimentos, matadouros, etc; as águas residuárias agressivas, procedentes de
indústrias de metais etc; as águas residuárias procedentes de indústrias de
cerâmica, água de refrigeração, etc;
• Águas Pluviais: são as águas procedentes das chuvas;
• Água de Infiltração: são as águas do subsolo que se introduzem na rede.

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ESGOTO SANITÁRIO
Denomina-se de esgoto sanitário toda a vazão esgotável originada do
desempenho das atividades domésticas, tais como lavagem de piso e de roupas,
consumo em pias de cozinha e esgotamento de peças sanitárias, como por
exemplo, lavatórios, bacias sanitárias e ralos de chuveiro.

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ESGOTO PLUVIAL
O esgoto pluvial tem a sua vazão gerada a partir da coleta de águas de
escoamento superficial originada das chuvas e, em alguns casos, lavagem das ruas
e de drenos subterrâneos ou de outro tipo de precipitação atmosférica.

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ESGOTO PLUVIAL

Caxias do Sul – 2012

Blumenau – 2010

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ESGOTO INDUSTRIAL
O chamado esgoto industrial é aquele gerado através das atividades industriais,
salientando-se que uma unidade fabril onde seja consumida água no
processamento de sua produção, gera um tipo de esgoto com características
inerentes ao tipo de atividade (esgoto industrial) e uma vazão tipicamente de
esgoto doméstico originada nas unidades sanitárias (pias, bacias, lavatórios, etc).

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TIPOS DE SISTEMAS COLETORES DE ESGOTO
• Sistema de Esgotamento Unitário, ou sistema combinado, em que as águas
residuárias (domésticas e industriais), águas de infiltração (água do subsolo
que penetra no sistema através de tubulações e órgãos acessórios) e águas
pluviais veiculam por um único sistema.

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TIPOS DE SISTEMAS COLETORES DE ESGOTO
Além da vantagem de permitir a implantação de um único sistema, é vantajoso
quando for previsto o lançamento do esgoto bruto, sem inconveniente em um
corpo receptor próximo. No dimensionamento do sistema deve ser previstas as
precipitações máximas com período de recorrência geralmente entre cinco e dez
anos. As principais desvantagens são:
• Quanto ao tratamento, o custo de implantação é também elevado tendo em
vista que a estação deve ser projetada com capacidade máxima que , no sistema
unitário, ocorre durante as chuvas;
• Outrossim, a operação da ETE é prejudicada pela brusca variação da vazão na
época das chuvas, afetando do mesmo modo a qualidade do efluente;
• Problemas de deposições de material nos coletores por ocasião da estiagem;

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TIPOS DE SISTEMAS COLETORES DE ESGOTO
• Sistema de Esgotamento Separador Absoluto: águas residuárias (domésticas
e industriais) e as águas de infiltração, que constituem o esgoto sanitário,
veiculam em um sistema independente, denominado sistema de esgoto
sanitário. As águas pluviais são coletadas e transportadas em um sistema de
drenagem pluvial totalmente independente.

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TIPOS DE SISTEMAS COLETORES DE ESGOTO
• Sistema de Esgotamento Separador Parcial ou Misto: uma parcela das águas
de chuva, provenientes de telhados e pátios das economias são encaminhadas
juntamente com as águas residuárias e águas de infiltração do subsolo para um
único sistema de coleta e transporte dos esgotos.

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TIPOS DE SISTEMAS COLETORES DE ESGOTO

Modelo de Caixa
Limitadora de Vazão
adotada em Caxias
do Sul:

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TIPOS DE SISTEMAS COLETORES DE ESGOTO

Modelo de Caixa
Limitadora de Vazão
adotada em Caxias
do Sul:

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TIPOS DE SISTEMAS COLETORES DE ESGOTO

Via de regra, para novas obras (como é o caso de loteamentos) deve ser
implantando o Sistema Separador Absoluto, visto que:
• Muitos municípios e estados possuem legislações obrigando sua implantação;
• Consiste em exigência da maior parte das Empresas de Saneamento;
• O novo Marco do Saneamento Básico (Lei 14.026/20) estabeleceu que as
agências reguladoras de saneamento deverão estabelecer metas para
substituir os sistemas unitários pelos separadores absolutos. Nesse sentido, a
ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento) também deverá estabelecer
diretrizes para auxiliar as agências reguladoras.

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AGÊNCIAS REGULADORAS
As Agências Reguladoras de cada estado podem
ser encontradas no site da ANA. No caso do Rio
Grande do Sul, a maior parte dos municípios é
regulada pela AGERGS, a qual trata de serviços https://www.ana.gov.br/saneamento/
públicos em geral (não apenas saneamento). agencias-reguladoras-subnacionais

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AGÊNCIAS REGULADORAS

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COMPONENTES DE UM SES

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COMPONENTES DE UM SES

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COMPONENTES DE UM SES
Art. 45. As edificações permanentes urbanas serão conectadas às redes públicas de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário disponíveis e sujeitas ao pagamento de taxas,
tarifas e outros preços públicos decorrentes da disponibilização e da manutenção da infraestrutura
e do uso desses serviços. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1o Na ausência de redes públicas de saneamento básico, serão admitidas soluções individuais
de abastecimento de água e de afastamento e destinação final dos esgotos sanitários, observadas
as normas editadas pela entidade reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas políticas
ambiental, sanitária e de recursos hídricos.
§ 2o A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de água não poderá
ser também alimentada por outras fontes.
§ 4º Quando disponibilizada rede pública de esgotamento sanitário, o usuário estará sujeito aos
pagamentos previstos no caput deste artigo, sendo-lhe assegurada a cobrança de um valor
mínimo de utilização dos serviços, ainda que a sua edificação não esteja conectada à rede
pública. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)

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LIGAÇÃO PREDIAL
São os ramais que transportam os esgotos das casas até a rede pública de coleta.

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LIGAÇÃO PREDIAL

SELIM

Tubo de esgoto branco:


Somente após o TIL de calçada!

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LIGAÇÃO PREDIAL

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LIGAÇÃO PREDIAL
Atentar que os tampões plásticos devem ser concretados para
dificultar sua remoção e diminuir o risco de rompimento. Após
romper ele se torna uma porta de entrada para água pluvial e
de saída para vetores e odores.

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LIGAÇÃO PREDIAL

Ligação a 90°: forma mais usual

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LIGAÇÃO PREDIAL
Muitas concessionárias exigem uma caixa de inspeção na calçada (“Caixa
de Calçada”), permitindo a manutenção da rede que vem da residência.
Obs1: Essa caixa muitas vezes recebe mais de uma ligação;
Obs2: Em certos locais vem se adotando TILs radiais em substituição.

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LIGAÇÃO PREDIAL

O uso de caixa de calçada


usando tubo de concreto, ao
invés de alvenaria, é bastante
comum visto a maior
agilidade na instalação do
sistema.

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LIGAÇÃO PREDIAL

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LIGAÇÃO PREDIAL
Atentar que assim como os modelos de caixas, as tampas
são padronizadas e possuem o logo da concessionária.

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LIGAÇÃO PREDIAL
Ressalta-se que a caixa de inspeção não é
substituída pela caixa de inspeção residencial
(a qual deve estar até 15m do coletor público).

Caixa de
passagem

Caixa de
gordura

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LIGAÇÃO PREDIAL
O uso adequado de caixas de gordura é
fundamental para evitar problemas de
entupimento na rede de esgoto, especialmente
em singularidades, como PVs e Curvas.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 35
LIGAÇÃO PREDIAL
Outro problema recorrente é a ligação de tubulações pluviais na rede de esgoto,
causando transbordamento nos PVs, e problemas no tratamento de esgoto na ETE.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 36
LIGAÇÃO PREDIAL
Para o sucesso do sistema de esgoto sanitário implantado é necessário um
eficiente controle para se evitar que a água pluvial, principalmente provenientes
dos telhados e pátios das economias ligadas ao sistema, sejam encaminhadas
junto com as águas residuárias, para esse sistema de esgoto.

Teste de fumaça

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LIGAÇÃO PREDIAL
Atentar que algumas cidades exigem a instalação de Válvulas
de Retenção como forma de evitar o retorno de esgoto às
casas. Ainda, estas auxiliam no bloqueio de ratos e baratas.

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LIGAÇÃO PREDIAL - CONDOMÍNIOS
Em certos casos, o uso de ramais condominiais pelos terrenos pode ser necessário devido
a questões topográficas, porém, deve ser evitado.
Obs: Atentar para a necessidade de cadastro de tubulações em terrenos de terceiros no
As Built e no Cartório de Registro de Imóveis.

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COMPONENTES DE UM SES
• Coletor de Esgoto: recebem os esgotos das casas e outras edificações,
transportando-os aos coletores tronco;

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COMPONENTES DE UM SES
• Coletor Tronco: tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de
esgoto de outros coletores;

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COMPONENTES DE UM SES
• Interceptor: os interceptores correm nos fundos de vale margeando cursos
d’água ou canais. São responsáveis pelo transporte dos esgotos gerados na sub-
bacia, evitando que os mesmos sejam lançados nos corpos d’água. Geralmente
possuem diâmetro maiores que o coletor tronco em função de maior vazão;

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 42
COMPONENTES DE UM SES

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COMPONENTES DE UM SES
• Emissário: são similares aos interceptores, diferenciando apenas por não
receber contribuição ao longo do percurso;

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COMPONENTES DE UM SES - ETE
• Estação de tratamento: conjunto de instalações destinadas à depuração
dos esgotos antes do seu lançamento;

• Corpo de água receptor: corpo de água onde são lançados os esgotos.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 45
COMPONENTES DE UM SES - ETE
Atenção: para loteamentos, deve-se avaliar se será utilizada solução
individual ou coletiva de tratamento de efluentes.

Para todos os casos, deve ser consultado o município,


especialmente em relação à disponibilidade ou previsão de
sistemas de tratamento de efluentes para a bacia em questão.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 46
COMPONENTES DE UM SES - ETE

TRATAMENTO COLETIVO

Sistema Local de
Sistema Municipal de Tratamento de Esgoto
Tratamento de Esgoto (SLTE)

Segue para
rede coletora

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COMPONENTES DE UM SES - ETE
TRATAMENTO INDIVIDUAL
Fossa séptica + Filtro Anaeróbio
Conta como hidrossanitário

Pluvial Sumidouro

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TIPOS DE TRAÇADOS
Perpendicular: Leque: Topografia acidentada

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 49
TIPOS DE TRAÇADOS
Radial ou Distrital – Cidades planas

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 50
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS
Uma característica importante dos sistemas de esgoto é o fatos destes sofrerem
problemas de acúmulo de materiais durante sua operação. Desta forma, o uso de
curvas e peças é muito mais restrito do que em tubulações de água, visando reduzir
possíveis pontos de acúmulo. Em substituição, na maior parte dos casos são
utilizadas quatro importantes estruturas:
Gordura
• Poços de visita;
• Tubos de inspeção e limpeza (TIL);
• Terminais de limpeza (TL);
• Caixa de passagem.

Lodo

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ÓRGÃOS ACESSÓRIOS
Geralmente, o desentupimento em redes de esgoto é feito por
hidrojateamento. Desta forma, a distância máxima entre estruturas de
inspeção, é aquela que permite o alcance dos instrumentos de limpeza,
normalmente 100 metros. No caso do Samae, adota-se 80 metros.

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ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV
Poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura existente em sua
parte superior, destinada à execução de trabalhos de manutenção (item 3.9.1.
da NBR 9649/86).

Tradicionalmente, se utilizam poços de visita em todos os pontos singulares de


redes coletoras, tais como, no início dos coletores, nas mudanças de direção,
de declividade, de diâmetro e de material, na reunião de coletores e onde há
degraus e tubos de queda. Quando se dispõem de equipamentos adequados
de limpeza das redes de esgoto, o poço de visita pode ser substituído por tubo
de inspeção e limpeza (TIL), terminal de limpeza (TL) e caixas de passagem
(CP).

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 53
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV
Importante observar que a utilização de PVs é OBRIGATÓRIA nos seguintes
casos, de acordo com a NBR 9649/86 :

• Reunião de coletores com mais de três entradas;


• Reunião de coletores quando há necessidade de tubo de queda;
• Extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas;
• Profundidades maiores que 3,0 metros;
• Diâmetro de tubos superiores a 300 mm (limite comercial dos
TILs).

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ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV

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ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 56
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV

Poço de visita em
alvenaria (menos comum
atualmente visto ao
tempo de execução e
propensão de entrada de
água subterrânea).

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 57
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV

Execução do fundo do PV

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 58
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV
Modelo: Sabesp

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 59
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV
Modelo: Sabesp

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 60
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV
Modelo: SAMAE

Modelo: Sabesp

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ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV
Atualmente também se encontram poços de visita em PE
e PP. Porém, é importante verificar restrições por parte
das concessionárias de abastecimento.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 62
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 63
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 64
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV
Recomenda-se a leitura da NTS 234 da Sabesp previamente à elaboração de
projetos envolvendo o uso PVs em material plástico.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 65
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV
Cuidado especial deve ser tomado em relação aos tampões instalados nas ruas, em
especial quando ao seu nivelamento com a rua, laje de apoio, direção da articulação
e classe de carga do tampão. Recomenda-se a leitura da NTS 033 da Sabesp.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 66
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV

Carga máxima suportada


por classe de tampão:

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 67
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - PV

Atentar também à logotipia definida pela empresa de


saneamento:

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ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - TIL
Tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável que permite inspeção
e introdução de equipamentos de limpeza. (item 3.9.2. da NBR 9649/86).
Pode ser utilizado em substituição ao PV nos seguintes casos:
• Reunião de coletores até três entradas e
uma saída;
• Nos pontos com degrau de altura inferior a
0,60 metros;
• A jusante de ligações prediais cujas
contribuições podem acarretar problemas
de manutenção;
• em profundidades até 3,0 metros.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 69
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - TIL
Atentar que existem dois tipos de TIL:
• TIL de Passagem: Utilizados em trechos retos (1 entrada e 1 saída);
• TIL de Passagem: Utilizado para múltiplas ligações ou em substituição à curvas.

TIL de passagem TIL radial

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 70
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - TIL
Usualmente os TILs são fechados utilizando um tampão de
PVC. Porém, deve-se atentar duas questões:
• Tampões de PVC devem ser concretados para reduzir
risco de rupturas;
• Não é recomendável seu uso na via, apenas no passeio.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 71
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - TIL

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 72
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - TIL
Cabe ressaltar que é possível fazer tubos de quedas utilizando TILs radiais e de
passagem, porém, quando possível, esse tipo de estrutura deve ser evitada.
Ainda, dar preferência ao uso de peças específicas para tal, e não TILs e Tês
genéricos.
Tubo de queda auto
portante BBB

TIL tubo de
queda BBB

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 73
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - TIL

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 74
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS – POÇO DE INSPEÇÃO
Certas concessionárias possuem uma
estrutura intermediária entre o PV e o TIL
chamado de Poço de Inspeção. Nestes
locais normalmente se utiliza o Poço de
Inspeção no lugar do TIL (de passagem e Modelo: Sabesp
radial).

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 75
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - TL

Terminal de limpeza (TL): Dispositivo que


permite introdução de equipamentos de
limpeza, localizado na cabeceira de
qualquer coletor. (item 3.9.3. da NBR
9649/86).
Observação: TLs vem sendo substituídos
por TILs e PVs devido à maior facilidade
de inspeção e manutenção da rede.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 76
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - TL

Modelo: Sabesp

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 77
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS – CP
Caixa de passagem (CP): Câmara sem acesso localizada em pontos singulares por
necessidade construtiva. (item 3.9.4. da NBR 9649/86).As caixas de passagem
podem ser substituídas por conexões nas mudanças de direção e declividade,
quando as deflexões coincidem com as dessas peças.

Atualmente as CPs são


pouco utilizadas em obras
de esgoto cloacal devido à
dificuldade de reparos em
caso de entupimento.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 78
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - POSIÇÃO
O traçado da rede de esgoto, e por consequência a posição dos órgãos
acessórios, deve se adequar à topografia. Especial atenção deve ser dado aos
pontos altos, os quais irão ocasionar um início de rede (TL).

Topo de
morro

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n° 79
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - POSIÇÃO
Abaixo estão apresentados exemplos de outras situações resultantes do
sentido de caimento dos taludes:

Topo de
morro

Ponto
baixo

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ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - POSIÇÃO

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Não há um padrão geral de representação
gráfica de peças de inspeção, porém, tem-se
como regra informar nestas além do tipo as
cotas de topo, de fundo e a profundidade.
No caso da rede de esgoto, além do material,
do comprimento e do diâmetro deve contar a
declividade.

Representação COMPESA:
https://servicos.compesa.com.br/wp-
content/uploads/2019/01/GPE-NI-003-
01_Projetos-de-Rede-Coletora-de-Esgoto.pdf

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DEFLEXÕES E CURVAS
C11,15° C22,3°
Diferente das redes de água, as redes de esgoto
devem ser executadas priorizando manter trechos os
mais retilíneos possíveis! Assim:

• A maioria das mudanças de direção (verticais ou


horizontais) são feitas nos PVs ou TILs;
• Geralmente é permitido o uso de curvas longas, C45° C90°
porém, tendo em vista o espaçamento máximo entre
PVs/TILs, muitas vezes é mais vantajoso utilizar
PVs/TILs para fazer as curvas, alterando a posição
dos mesmos.

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DEFLEXÕES E CURVAS

Quando não forem feitas em PVs e


TILs, variações na declividade devem
atentar às mudanças que irão
ocasionar na velocidade e na altura
lâmina da água. Desta forma, não se
recomenda alterar a declividade da
rede nos tubos quando a Tensão
Trativa é baixa ou oY/D elevado.

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DEFLEXÕES E CURVAS
Desta forma, quando realizadas, as deflexões em tubos de esgoto não devem ser
aquelas permitidas estruturalmente pelo tubo, e sim deflexões muito mais
suaves de forma a reduzir o risco de entupimentos nas partes internas.

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POSIÇÃO DA REDE
• As redes podem ser simples ou duplas. Porém, é bastante comum a
instalação de rede simples no terço inferior.
• Observação: cuidar as cotas dos lotes para permitir a ligação por gravidade!

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POSIÇÃO DA REDE

Exemplo de posicionamento
das redes na via (verificar
regras da empresa de
saneamento):

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VALAS E ESCAVAÇÕES - REVISÃO
Conforme NBR 9061/95 - Segurança de Escavação à Céu Aberto: Escavações no
máximo de 1,25 m de profundidade podem ser construídas com paredes verticais
sem medidas de proteção especiais se a inclinação da superfície do solo adjacente é:

a) menor que 1:10, em solos não


coesivos;
b) menor que 1:2, em solos coesivos.
Em solos coesivos é permitido
escavar a uma profundidade de até
1,75 m, conforme figura ao lado:

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VALAS E ESCAVAÇÕES - REVISÃO
Vala retangular Vala trapezoidal (drenagem)

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VALAS E ESCAVAÇÕES - REVISÃO
Recomenda-se também a leitura dos seguintes materiais:

• Toda a NBR 12.266: Projeto e execução de valas para assentamento de


tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana;
• Item 18.6 da NR18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção;
• Catálogo Saint-Gobain Canalização: Manual Técnico (itens projeto e
assentamento). Catálogo de tubulações metálicas;
• Catálogo Técnico Infraestrutura Tigre: Catálogo de tubulações poliméricas;
• Catálogo Linha Infraestrutura Amanco: Catálogo de tubulações poliméricas;

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VALAS E ESCAVAÇÕES - REVISÃO
Atentar também que algumas empresas de
saneamento possuem normativas específicas. No
caso da Corsan, recomenda-se principalmente a
leitura dos seguintes itens do Caderno de
Encargos da Corsan.
• Movimento de solo: Neste caderno se
encontram as informações acerca das
dimensões de valas, assentamentos,
aterramentos e afins;
• Escoramento: Neste caderno estão os tipos de
escoramentos aceitos pela Corsan.

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VALAS E ESCAVAÇÕES - REVISÃO
Padrão da CORSAN para valas (DN 50 a 150 mm) :

Ressalta-se o uso de areia ou pó de brita ao redor do tubo possui a função


secundária de identificar a presença da tubulação no caso de escavações futuras.

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VALAS E ESCAVAÇÕES - REVISÃO

Padrão SAMAE
para valas

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VALAS DE ASSENTAMENTO
Atenção: No caso de tubos flexíveis
(como é o caso do PVC) a correta
compactação do solo ao redor do tubo é
extremamente importante, visto que este
tipo de tubo tende a se deformar com a
carga do solo acima (e demais esforços).
Desta forma, um reaterro mal executado
pode ocasionar o rompimento da
tubulação. Tubos de maior resistência
(como é o caso dos corrugados) também
ajudam a mitigar esse tipo de problema.

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FITA DE PROTEÇÃO - REVISÃO

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LENÇOL FREÁTICO E DRENAGEM

Caso seja observado afloramento do


lençol freático na vala é preciso primeiro
fazer a drenagem (usualmente através de
bombas) e posteriormente executar um
leito de fundo drenante.
Caso não seja feito o leito existe o risco do
empuxo gerado pela água fazer o tubo
“boiar”, ocasionando deslocamentos nas
juntas e, por consequência, vazamentos.

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POSIÇÃO DA REDE
NBR 12266/92 - Projeto e Execução de Valas Para Assentamento de Tubulação de
Agua Esgoto ou Drenagem Urbana:
4.1.3.1 Para as valas localizadas no leito carroçável da rua, devem ser cumpridas as
seguintes condições:
a) a distância mínima entre as tubulações de água e de esgoto deve ser de 1,00 m, e
a tubulação de água deve ficar, no mínimo, 0,20 m acima da tubulação de esgoto;
b) nas redes simples, as tubulações devem ser localizadas em um dos terços laterais
do leito, ficando a de esgoto no terço mais favorável às ligações prediais;
c) nas redes duplas, as tubulações devem ser localizadas o mais próximo possível
dos meios-fios, uma em cada terço lateral do leito.

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POSIÇÃO DA REDE
NBR 12266/92 - Projeto e Execução de Valas Para Assentamento de Tubulação de
Agua Esgoto ou Drenagem Urbana:
4.1.3.2 Para as valas localizadas nos passeios, devem ser cumpridas as seguintes
condições:
a) o eixo das tubulações de água deve ser localizado a uma distância mínima de
0,50 m do alinhamento dos lotes;
b) o eixo das tubulações de esgoto deve ser localizado a uma distância mínima de
0,80 m do alinhamento dos lotes;
c) a distância mínima entre as tubulações de água e de esgoto deve ser de 0,60 m,
e a tubulação de água deve ficar, no mínimo, 0,20 m acima da tubulação de
esgoto.

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POSIÇÃO DA REDE

Notas: a) As recomendações
estabelecidas nas alíneas a) e b) de
4.1.3.1 e na alínea c) de 4.1.3.2 devem
ser estendidas quando da execução
dos ramais de água e esgoto.

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VALAS DE ASSENTAMENTO

NBR 9649 – item 5.2.8: O recobrimento não


deve ser inferior a 0,90 m para coletor
assentado no leito da via de tráfego, ou a 0,65
m para coletor assentado no passeio.
Recobrimento menor deve ser justificado;

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VALAS DE ASSENTAMENTO

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n°101
VALAS DE ASSENTAMENTO
Envolvimentos especiais: O envelopamento de concreto, envelopamento com
outro tubos, ou mesmo a construção de lajes, devem ser utilizados em casos onde
o recobrimento da vala é inferior a 90 cm, ou quando houver carga elevada sobre
esta (ex.: sob rodovias).

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MÚLTIPLAS TUBULAÇÕES
Atentar que em certos casos pode ser necessário haver o cruzamento ou paralelismo de
tubulações. Desta forma:
- No cruzamento entre tubos atentar para manter uma camada de proteção entre eles;
- No caso de tubos paralelos deve ser respeitada uma distância mínima para permitir o
trabalho de assentamento e a utilização dos equipamentos de compactação.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n°103
ENADE 2019 (ENG. CIVIL) – N°23

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n°104
ENADE 2019 (ENG. CIVIL) – N°23
Radial ou Distrital – Cidades planas

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n°105
ENADE 2019 (ENG. CIVIL) – N°23

V
F

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MATERIAIS USUAIS
Os materiais mais utilizados em sistemas de coleta e transporte de esgotos têm
sido o tubo cerâmico (manilha de barro), plástico e concreto. Para linhas de
recalque, normalmente são utilizados os tubos de ferro fundido ou tubos de aço.
As características dos esgotos, as condições locais, os custos, a disponibilidade em
mercado e os métodos construtivos, condicionam a escolha do material a ser
empregado. De um modo geral, os seguintes fatores devem ser considerados para
a escolha do material dos tubos:
• resistência a cargas externas;
• resistência à abrasão e ao ataque químico;
• facilidade de transporte;
• disponibilidade dos diâmetros de projeto;
• custo do material, transporte e assentamento;

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MATERIAIS USUAIS - PVC
Tubos de plástico: PVC (Cloreto de Polivinila) e PEAD (Polietileno de Alta
Densidade). Os tubos são com junta elástica com comprimento de 6 metros e
diâmetros 100, 150, 200, 250, 300, 350 e 400 mm. As normas que regulam estes
tubos são a NBR 7362-2 e NBR 7362-3 de 1999. As conexões, as juntas, classes de
rigidez, estabilidade diametral e resistência a impactos são normalizados pela
ABNT.
Os tubos de PVC e PEAD são altamente resistentes à corrosão e são leves, o que
facilita o transporte e assentamento. São bastante apropriados para regiões
litorâneas com lençol freático acima do nível da rede.
A utilização destes tubos, em virtude de sua praticidade e custos diretos e
indiretos menores, tem aumentado muito nos últimos anos. Os fabricantes têm
produzido os tubos plásticos para esgoto sanitário na forma corrugada.

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MATERIAIS USUAIS - PVC

PVC Liso PVC com Parede


Celular (CL)

PVC Corrugado PVC-O (esgoto


pressurizado)
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MATERIAIS USUAIS - CONCRETO
Tubos de concreto: Tem sido utilizados para coletores de esgotos com diâmetros
iguais ou superiores a 400 mm, principalmente coletores-tronco, interceptores e
emissários. Norma NBR 8890/89, padroniza os diâmetros (DN) 400, 500, 600, 700, 800,
900, 1.000, 1.100, 1.200, 1.500, 1.750 e 2.000 mm.
Para redes de esgoto podem ser utilizados tubos de concreto simples (nomenclatura S:
S-1, S-2) ou armado (nomenclatura A: A-1, A-2). Os tubos de concreto para esgoto
sanitário são menos permeáveis que os tubos para rede pluvial. Normalmente são mais
caros e de melhor qualidade.
Os tubos para esgoto sanitário são atualmente feitos com anel de borracha e concreto
centrifugado. Devem ser resistentes à compressão diametral, ter baixa
permeabilidade, boa estanqueidade e baixa absorção de água. Nos anéis de vedação
são feitos ensaios de dureza, tração, deformação, envelhecimento e absorção de água.

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MATERIAIS USUAIS - CONCRETO
Tubos de drenagem pluvial (PA) Tubos de Esgoto (EA)

Obs.: As tabelas acima são apenas das classes de concreto armado, mas existem
também os tubos de concreto simples, normalmente uso dentro dos lotes.
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MATERIAIS USUAIS - CONCRETO
Rompimento de manilha de concreto por excesso de carga:

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MATERIAIS USUAIS - CONCRETO

Tubos de concreto com junta elástica para esgoto sanitário

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MATERIAIS USUAIS - CONCRETO
Cuidar que tubos macho-fêmea e ponta-bolsa convencional são utilizados com
junta de argamassa, sendo de uso exclusivo das redes de drenagem, uma vez
que são mais propensos a vazamentos.

Tubo macho-fêmea Tubo ponta-bolsa

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MATERIAIS USUAIS - CONCRETO
Formação de sulfeto de hidrogênio
devido à degradação anaeróbia

Uma desvantagem importante dos tubos de


concreto armado diz respeito ao fato de
serem suscetíveis à corrosão. Como
resultado, o projetista deve cuidar para
evitar locais de baixa velocidade, onde
possa ocorrer acúmulo de gases
decorrentes da biodegradação do esgoto.

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MATERIAIS USUAIS - PEAD
Apesar de menos comum do que o PVC, o PEAD também pode ser utilizado em
redes de esgoto. Porém, tendo em vista que não é (na maioria dos casos)
possível tirar proveito da flexibilidade do PEAD, para infraestrutura seu uso é
mais comum no bombeamento de esgoto e para grandes diâmetros, sendo
então alternativa aos tubos de concreto.

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MATERIAIS USUAIS - PEAD
Normalmente os tubos de PEAD utilizados em esgoto não pressurizado são
corrugados externamente e lisos internamente. A conexão pode se dar por
ponta e bolsa ou então com o uso de juntas de pressão.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n°117
MATERIAIS USUAIS - CERÂMICA
Tubos cerâmicos (manilha de barro): eram bastante utilizados para as redes
coletoras de esgoto. Os tubos são o tipo ponta e bolsa, sendo normalizados os
diâmetros nominais (DN) 75, 100, 150, 200, 250, 300, 350, 375, 400, 450, 500 e 600
mm, e comprimento nominal de 600, 800, 1.000, 1.250, 1.500 e 2.000 mm.
Os tubos cerâmicos possuem alta resistência a meios ácidos e à corrosão, não sendo
atacado pelo ácido sulfúrico, entretanto, é mais frágil que outros materiais,
apresentando maior facilidade de quebra. A NBR 5645/89 fixa os requisitos para
aceitação e/ou recebimento destes tubos cerâmicos quando com juntas não elásticas.
As juntas podem ser de argamassa de cimento e areia, composta de betume ou
elásticas e devem atender os requisitos de impermeabilidade, facilidades de
execução, resistência ao ataque de agentes químicos e bacterianos, disponibilidade e
menor custo. Atualmente, estão em desuso, sendo substituídos pelos de PVC.

Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n°118
MATERIAIS USUAIS - CERÂMICA
Tubos cerâmicos (manilha de barro) e conexões

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PRINCIPAIS NBRs
As principais NBRs utilizadas em projetos de redes de esgoto são:
• NBR 9.649/86 - Projeto de Redes de Esgoto;
• NBR 14.486/00 - Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário -
projeto de redes coletoras PVC;
• NBR 12.266/92 - Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação
de água, esgoto ou drenagem urbana;
• NBR 9.814/87 - NB-37 - Execução de rede coletora de esgoto sanitário;
• NBR 15.645/09 - Execução de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas
pluviais utilizando-se tubos e aduelas de concreto;
• NBR 12.208/20 - Projetos de Estações Elevatórias de Esgoto;
• NBR 12.207/16 - Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitário.
Data: 11/06/2021 Disciplina: Sist. Coletores de Esgoto Professor: Me. Tiago Panizzon Slide n°120

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