EB70-MT-11.418 - Prevenção de Acidentes Nas Atividades Militares

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EB70-MT-11.

418

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

MANUAL TÉCNICO
PREVENÇÃO DE ACIDENTES NAS
ATIVIDADES MILITARES

1ª Edição
2021
EB70-MT-11.418
EB70-MT-11.418

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

MANUAL TÉCNICO
PREVENÇÃO DE ACIDENTES NAS
ATIVIDADES MILITARES

1ª Edição
2021
EB70-MT-11.418
EB70-MT-11.418

PORTARIA COTER/C Ex Nº 102, DE 23 DE AGOSTO DE 2021


EB: 64322.014515/2021-70

Aprova o Manual Técnico Prevenção de


Acidentes nas Atividades Militares (EB70-
-MT-11.418), 1ª Edição, 2021, e dá outras
providências

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da atri-


buição que lhe conferem os incisos II e XI do art. 10 do Regulamento do Comando
de Operações Terrestres (EB10-R-06.001), aprovado pela Portaria do Comandante
do Exército nº 914, de 24 de junho de 2019, e de acordo com o que estabelece
os Art. 5º, 12º e 44º das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do
Exército (EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército
nº 770, de 7 de dezembro de 2011, e alteradas pela Portaria do Comandante do
Exército nº 1.266, de 11 de dezembro de 2013, resolve:

Art. 1º Fica aprovado o Manual Técnico Prevenção de Acidentes


nas Atividades Militares (EB70-MT-11.418), 1ª Edição, 2021, que com esta baixa.

Art. 2º Esta portaria entrará em vigor e produzirá efeitos a partir de


1º de outubro de 2021.

Gen Ex JOSÉ LUIZ DIAS FREITAS


Comandante de Operações Terrestres

(Publicado no Boletim do Exército nº 35, de 3 de setembro de 2021)


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FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
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ÍNDICE DOS ASSUNTOS

Pag
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade ................................................................................................ 1-1
1.2 Objetivos................................................................................................... 1-1
1.3 Generalidades .......................................................................................... 1-1
1.4 Normatizações para a Sistemática.............................................................. 1-1

CAPÍTULO II - FUNDAMENTOS
2.1 Conceitos Básicos.................................................................................... 2-1
2.2 Princípios da Prevenção.............................................................................. 2-6

CAPÍTULO III SISTEMÁTICA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NAS ATIVI-


DADES MILITARES
3.1 Conceito da Sistemática ............................................................................. 3-1
3.2 Prática Diária da Segurança ........................................................................ 3-1
3.3 Controle e Gerenciamento dos Acidentes ................................................... 3-3
3.4 Atribuições e Responsabilidades .................................................................. 3-6

CAPITULO IV FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO


4.1 Programa de Prevenção de Acidentes ....................................................... 4-1
4.2 Recomendações de Segurança................................................................ 4-4
4.3 Verificação de Segurança ....................................................................... 4-5
4.4 Vistoria de Segurança ............................................................................. 4-5
4.5 Inspeção de Segurança ......................................................................... 4-10
4.6 Alerta de Segurança ............................................................................... 4-10
4.7 Briefing de Segurança ............................................................................ 4-11
4.8 Plano de Segurança ............................................................................... 4-12
4.9 Gerenciamento de Risco ....................................................................... 4-13
4.10 Relatório Qualitativo de Acidentes nas Atividades Militares ...................... 4-13
4.11 Banco de Dados.................................................................................. 4-14
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CAPÍTULO V – GERENCIAMENTO DE RISCO
5.1 Considerações Gerais........................................................................... 5-1
5.2 Sistemática de Aplicação do Metodo de Gerenciamento de Risco....... 5-1

ANEXOS:
ANEXO A – Relatório Qualitativo de Acidentes na Instrução e No Serviço.. A-1

ANEXO B – Fatores Contribuintes de Acidentes........................................ B-1

ANEXO C – Sugestão de Fatores de Risco................................................ C-1

ANEXO D – Modelo de Matriz de Gernciamento de Risco......................... D-1

ANEXO E – Modelo de Relatório de Vistoria de Segurança....................... E-1


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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADE
- Sistematizar procedimentos, responsabilidades e atribuições para a execução
de ações relacionadas à prevenção de acidentes nas atividades militares.

1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Contribuir para a incrementação da mentalidade de prevenção de acidentes
no Exército.
1.2.2 Apresentar, à Força Terrestre, orientação básica sobre os procedimentos
necessários para o desenvolvimento da prevenção de acidentes nas atividades
militares.

1.3 GENERALIDADES
1.3.1 ÂMBITO
- Este Manual Técnico (MT) é de conhecimento obrigatório a todos militares da
Força Terrestre, em todos os escalões de comando.
1.3.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.3.2.1 A sistemática de prevenção de acidentes nas atividades militares, preconi-
zadas neste MT, nos MT de equipamentos e outras publicações específicas, são
complementares. São um instrumento de preservação dos recursos humanos e
materiais durante a execução das atividades militares.
1.3.2.2 Todas as atividades militares merecem cuidados especiais, particularmente
aquelas que apresentam maior risco. No entanto, esses cuidados “não devem ser
considerados como medidas restritivas à execução das atividades militares”.
1.3.2.4 Assim, no desenvolvimento dessas atividades, qualquer aspecto rela-
cionado com a segurança do pessoal, do material e das instalações deverá ser
previamente avaliado, para que se possa estabelecer, oportunamente, as medidas
preventivas e mitigadoras, incluindo-se aí a suspensão da atividade.

1.4 NORMATIZAÇÕES PARA A SISTEMÁTICA


1.4.1 SIMEB
- Destina-se a orientar e a coordenar o planejamento, a execução e o controle das
atividades relacionadas ao preparo da Força Terrestre, contendo esclarecimen­tos
1-1
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e detalhes, com maior caráter de permanência no tempo e necessários à execução
das atividades de instrução.
- Possui um capítulo sobre segurança e prevenção de acidentes na instrução.
1.4.2 PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR (PIM)
1.4.2.1 Tem por finalidade regular as atividades relacionadas ao Preparo da
Força Terrestre do ano corrente e visualizar as atividades planejadas para o ano
subsequente. É revisado anualmente, sendo amplamente difundido em todas as
OM do Exército.
1.4.2.2 Assim como o SIMEB, possui um capítulo sobre segurança e prevenção
de acidentes na instrução.
1.4.3 CADERNO DE INSTRUÇÃO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NAS ATI-
VIDADES MILITARES
- O Caderno de Instrução de Prevenção de Acidentes nas Atividades Militares tem
por objetivos sistematizar procedimentos, responsabilidades e atribuições que
propiciem o desenvolvimento e a execução de ações relacionadas à prevenção
de acidentes na instrução militar.
1.4.4 REGULAMENTO INTERNO E DOS SERVIÇOS GERAIS
1.4.4.1 O Regulamento Interno e dos Serviços Gerais prescreve tudo quanto se
relaciona com a vida interna dos corpos de tropa e seus serviços gerais.
1.4.4.2 Estabelece as atribuições e responsabilidades, não previstas em outros
regulamentos, para o exercício de todas as funções.
Obs: os Art. 74 e 75 apresentam as atribuições do Oficial de Prevenção de Aci-
dentes (OPAI) das Unidades do Exército.
1.4.5 MANUAIS TÉCNICOS ESPECÍFICOS
1.4.5.1 Os Manuais Técnicos tratam de assuntos técnicos ou de questões rela-
tivas ao suprimento, à manutenção, ao funcionamento, ao manuseio de artigos
de suprimento do Exército e ao gerenciamento organizacional.
1.4.5.2 Em virtude disso, possuem orientações específicas que são determinantes
para a realização, em segurança, das atividades militares peculiares, evitando-se
danos ao pessoal e ao material.
1.4.6 NORMAS GERAIS E ESPECÍFICAS DE SEGURANÇA
- Subdivide-se em Normas Gerais de Segurança e Normas Especificas de se-
gurança.
1.4.6.1 Normas Gerais de Segurança
- As Normas Gerais de Segurança (NGS) são elaboradas com base em lições
aprendidas, deverão servir de referência para a adoção de medidas preventivas
1-2
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por todos os peritos responsáveis, sem o descuido de outras prescrições relativas
à segurança estabelecido nos manuais específicos.
1.4.6.2 Normas Específicas de Segurança
- As Normas Especificas de segurança (NES) são expedidas nos ma­nuais técni-
cos de cada equipamento e em outras publicações específicas. Geralmente são
responsáveis por evitar falhas do material empregado. Devem ser rigorosamente
seguidos pelo perito que executa a atividade militar.
1.4.7 OUTRAS ORIENTAÇÕES
- Além das normas supracitas, existem as normatizações e orientações prove-
nientes do escalão superior, tais como:
a) Programa de Prevenção de Acidentes (PPA);
b) Diretrizes do escalão superior, e
c) Outras orientações de segurança do escalão superior.

Fig 1 - Emprego das Normas de Segurança nas Atividades Militares

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1-4
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CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS

2.1 CONCEITOS BÁSICOS


2.1.1 ACIDENTE E INCIDENTE
2.1.1.1 Acidente
- Acontecimento fortuito na execução de alguma atividade militar, decorrente
de causas imponderáveis, ou da negligência, imprudência ou imperícia de seus
agentes, do qual resulta prejuízo material, dano pessoal ou, pelo menos, a ameaça
constatável de que tais consequências poderiam ter ocorrido.
2.1.1.2 Incidente
- Ocorrência associada a uma atividade militar que não se caracteriza como um
acidente, mas que afeta ou possa afetar a segurança da atividade.
2.1.2 PERIGO
- É a condição, objeto ou atividade que potencialmente pode causar lesões às
pessoas, danos ao equipamento ou estruturas, perda de material, ou redução da
habilidade de desempenhar uma função determinada.
2.1.3 RISCO
2.1.3.1 É o potencial avaliado das consequências prejudiciais que podem resultar
de um perigo, expresso em termos de Probabilidade e Gravidade, tomando-se
como referência a pior condição possível.
2.1.3.2 É um subproduto das atividades. Nem todos os riscos podem ser eliminados
e nem todas as medidas de mitigação são economicamente factíveis.
2.1.4 RISCO RESIDUAL
- Risco residual é aquele que permanecerá mesmo após aplicação das ações
preventivas/mitigadoras selecionadas.
2.1.5 GRADAÇÃO DOS ACIDENTES
2.1.5.1 Acidentes Leves
- Pequenos acidentes ocorridos nas OM, que não necessitem de hospitalização,
baixa domiciliar ou em enfermaria, nem tampouco afastamento das atividades
rotineiras do militar, dentre outros conforme análise do escalão específico.
2.1.5.2 Acidentes Médios
- Acidentes que necessitem atendimento hospitalar, gerando afastamento tempo-
2-1
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rário, porém sem lesões permanentes. Acidentes com viatura, sem danos pessoais
ou materiais significativos, disparo acidental sem vítimas, acidentes na água sem
vítimas, dentre outros conforme análise do escalão específico.
2.1.5.3 Acidentes graves
- Acidentes com óbito, múltiplas vítimas, grave lesão gerando incapacidade física
permanente ou de longa recuperação, perda significativa de material ou sério
impacto para a imagem da Força Terrestre.
2.1.6 FATOR DE RISCO
- Fator de risco está relacionado a toda ação ou circunstância que contribui com
o aumento da probabilidade de ocorrência de um acidente.
2.1.7 ACEITABILIDADE DOS RISCOS

NÍVEL DESCRIÇÃO
- Significa que não é necessário adotar medidas mitigadoras, a menos
Aceitável
que se possa reduzir o risco ainda existente, com pouco custo ou esforço
- Significa que as organizações afetadas estão preparadas para suportar e
Tolerável administrar o risco. Entretanto, é recomendável que sejam adotadas ações
mitigadoras para reduzir o risco
- Significa que as atividades devem ser suspensas e replanejadas, até que
Intolerável
o risco se reduza, pelo menos, ao nível tolerável

Tab 1 - Aceitabilidade dos riscos

2.1.8 FATOR CONTRIBUINTE DE ACIDENTE


2.1.8.1 É a condição (ato, fato, ou combinação deles) que, aliada a outra(s), em
sequência ou como consequência, conduz à um acidente, ou contribui para o
agravamento de suas consequências.
2.1.8.2 O acidente normalmente é resultado de uma sequência de eventos
chamados “fatores contribuintes”, que se somam até atingirem o seu ponto de
irreversibilidade. Esses fatores contribuintes se subdividem em:
a) Fatores Operacionais (FO)
- Todas as circunstâncias que envolvem o militar no exercício de uma atividade
(ações ou omissões), bem como fenômenos naturais e a infraestrutura.
b) Fatores Humanos (FH)
- Todas as circunstâncias que envolvem o militar sob o ponto de vista biológico,
em seus aspectos fisiológicos e psicológicos.
c) Fatores Materiais (FM)
- Todas as circunstâncias de um equipamento ou material, principalmente quanto
ao seu estado de conservação e de segurança.

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Fig 2 - Fatores contribuintes de acidente na instrução

2.1.9 OFICIAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (OPAI)


2.1.9.1 Oficial designado em BI, com a missão de assessorar o seu respectivo
Comandante (Comando Militar de Área, Grande Comando, Grande Unidade,
Unidade e Subunidade desincorporada) nos assuntos pertinentes à prevenção
de acidentes nas atividades militares.
2.1.9.2 Todas as Organizações Militares (OM) devem designar, em Boletim Interno,
um Oficial de Prevenção de Acidentes (OPAI).
2.1.9.3 O OPAI deverá confeccionar um Programa de Prevenção de Acidentes
(PPA) específico, com o objetivo de implementar ações e procedimentos de
prevenção de acidentes, adequados às características do escalão considerado.
2.1.10 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (PPA)
2.1.10.1 O Programa de Prevenção de Acidentes (PPA) é um programa que es-
tabelece as ações preventivas a serem realizadas pelo escalão considerado (C
Mil A, Grande Comando, Grande Unidade, Unidade e Subunidade desincorpo-
rada), bem como suas atividades e responsabilidades dentro da Sistemática de
Prevenção de Acidentes do Exército Brasileiro, visando à prevenção de acidentes
nas atividades militares.
2.1.10.2 Este programa é uma das principais ferramentas de prevenção de

2-3
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acidentes e foi estabelecido de forma a facilitar o gerenciamento das atividades
militares. Sua confecção estimula o desenvolvimento da mentalidade preventiva
no seio da OM.
2.1.10.3 O Cap IV, Ferramentas de Prevenção abordara o PPA, detalhando-o e
orientando sua confecção.
2.1.11 IDENTIFICAÇÃO DE FATORES CONTRIBUINTES DE ACIDENTES NA
INSTRUÇÃO E NO SERVIÇO (IFCA)
2.1.11.1 A IFCA é um procedimento administrativo que deve ser implementado
após a ocorrência de acidente que resulte em óbito, múltiplas vítimas, perda
significativa de material e/ou grave impacto para a imagem da Força Terrestre,
mediante determinação de uma das seguintes autoridades competentes:
a) Comandante do Exército;
b) Chefe do Estado-Maior do Exército e Comandante/Chefe do Órgão de Direção
Operacional (ODOp) e dos órgãos de direção setorial; e
c) Comandante Militar de Área.
2.1.11.2 Tem por finalidade produzir Alertas de Segurança, fruto das aprendizagens
colhidas ao final desse procedimento administrativo, as quais contribuirão para a
prevenção da recorrência de acidentes da mesma natureza.
2.1.11.3 O Comando de Operações Terrestres (COTER) é o órgão responsável
pelo processo, e a Chefia do Preparo da Força Terrestre é a coordenadora da
execução das atividades da IFCA.
2.1.11.4 A Portaria Nº 1.166 – Cmt Ex, de 27 de julho de 2018, regula os proce-
dimentos e atividades oriundas da instauração da IFCA.
2.1.12 TRINÔMIO DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
2.1.12.1 O risco é intrínseco à atividade militar. Entretanto, isso não justifica um
elevado número de baixas por acidente, principalmente em tempo de paz.
2.1.12.2 Assim, o maior grau de risco que envolve as atividades militares
exige que seus profissionais balizem suas condutas no trinômio da preven-
ção de acidentes:
- perícia;
- normatização; e
- mentalidade.
2.1.12.3 Por perícia entende-se - as capacidades do profissional especialista,
legalmente habilitado, para execução de determinada atividade. Assim, a preven-
ção de acidentes nas atividades militares inicia-se no momento da escolha do
militar responsável pela execução dos trabalhos.

2-4
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- Não basta somente a experiência prática. É imperioso que exista a habilitação
legal, concedida pelos cursos de formação e especialização, para a condução
dos diversos tipos de instrução.
2.1.12.4 A normatização - é o processo de desenvolvimento, difusão e aplicação
de normas técnicas destinadas a prevenção de acidentes. A normatização atual
foi descrita do Cap I deste manual Técnico.
2.1.12.5 A mentalidade preventiva - é a soma da mentalidade, da postura e do
comportamento de todos em relação à segurança própria e dos demais partici-
pantes de uma atividade militar
- Uma cultura de segurança preventiva é essencial para proporcionar um am-
biente seguro para todos os militares. O comprometimento com a prevenção de
acidentes deverá ser constante, orientando e praticando a participando ativa de
todos os envolvidos nas atividades militares.

Fig 3 - Trinômio da prevenção de acidentes

2.1.12.6 Deve estar bem claro que todos os integrantes da OM são responsáveis
pela segurança. Somente com o engajamento coletivo, a segurança poderá ser
integrada e consolidada à execução das atividades militares.

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2.1.13 ESTRATÉGIAS DE RISCOS


2.1.13.1 Prevenir
- Remover em 100% a probabilidade que o risco ocorra.
2.1.13.2 Mitigar
- Reduzir a probabilidade e/ou impacto de um risco a um nível aceitável
2.1.13.3 Aceitar
- De forma ativa, estabelecendo plano de contingência caso o risco ocorra. De
forma passiva, o risco será gerenciado quando ocorrer.
2.1.13.4 Transferir
- Transferir total ou parcial o impacto em relação a uma ameaça para um terceiro.
Como exemplo, fazer um seguro.

2.2 PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO


2.2.1 TODO ACIDENTE DEVE SER EVITADO
2.2.2.1 Originalmente, pensava-se que alguns acidentes eram inevitáveis. Mais
tarde, porém, ao se estabelecer a relação entre os fatores contribuintes de um
acidente e seus respectivos efeitos, descobriu-se que nenhum acidente ocorre
por “fatalidade”.
2.2.2.2 Na verdade, o acidente resulta de uma sequência de acontecimentos.
Eles se originam sempre de falhas enquadradas em três fatores básicos: Fatores
Operacionais, Fatores Humanos e Fatores Materiais.
2.2.2.3 Uma vez identificados e analisados os fatores contribuintes dos acidentes,
pode-se adotar medidas adequadas à neutralização de tais fatores.
2.2.2.4 Assim, embora alguns tipos de acidentes de natureza mais complexa re-
queiram trabalhos de prevenção mais intensos, mais elaborados, pode-se dizer
que todos os acidentes podem ser evitados. Para isto, basta que sejam desen-
volvidas, por pessoal adequadamente qualificado, tarefas eficazes de prevenção.
2.2.2 TODO ACIDENTE RESULTA DE UMA SEQUÊNCIA DE EVENTOS, E NUN-
CA DE UMA “CAUSA” ISOLADA.
2.2.2.1 Raramente um acidente é o resultado de um único fator ou de uma única
2-6
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situação perigosa. Os acidentes em atividades militares sempre resultam da
combinação de vários fatores diferentes, os chamados “Fatores Contribuintes”.
2.2.2.2 Cada um destes fatores, analisado isoladamente, pode parecer pouco
relevante. Quando combinado com outros, pode completar uma sequência de
eventos que resulta no acidente.
2.2.2.3 A prevenção de acidentes atua na identificação, na mitigação ou na pre-
venção (eliminação) de tais fatores, antes que seja atingido o ponto de irreversi-
bilidade do acidente.
2.2.2.4 Neste contexto, não se utiliza a palavra causa, e sim “fatores contribuintes”.
2.2.3 TODO ACIDENTE TEM UM PRECEDENTE
2.2.3.1 Quando se comparam as características de qualquer acidente da atuali-
dade com as dos acidentes do passado, conclui-se que o atual não se constitui
em uma completa novidade. Quase nunca um acidente é original. Muitos fatores
contribuintes, ou até mesmo todos eles, já são conhecidos.
2.2.3.2 Em acidentes similares, os fatores contribuintes serão basicamente os
mesmos em sua essência, variando apenas a forma como se apresentaram.
2.2.3.3 Logo, pode-se concluir, com base nos fatores contribuintes, que os aci-
dentes que hoje acontecem já ocorreram no passado. Ainda, provavelmente se
repetirão no futuro, caso os trabalhos de prevenção não sejam adequados. Como
efeito, deve-se estudar com cautela os acidentes ocorridos.
2.2.4 PREVENÇÃO DE ACIDENTES REQUER MOBILIZAÇÃO GERAL
2.2.4.1 A prevenção de acidentes, por sua natureza, não produz os efeitos dese-
jados, senão sob a forma de mobilização geral.
2.2.4.2 Para alcançar os seus objetivos, todos, sem distinção, têm que se integrar
no esforço global, com a consciência de que segurança deve ser algo inerente a
tudo que se faz; deve ser integrante de todas as tarefas desenvolvidas na OM.
2.2.4.3 Até mesmo as ações mais simples devem se cercar do adequado grau
de segurança. Somente através de um bem dirigido programa educativo, com o
desenvolvimento de uma mentalidade preventiva, lograr-se-á elevar os índices
de segurança individual e, por consequência, da segurança coletiva.
2.2.5 PREVENÇÃO DE ACIDENTES NÃO RESTRINGE A ATIVIDADE MILITAR.
AO CONTRÁRIO, ESTIMULA O SEU DESENVOLVIMENTO COM SEGURANÇA
2.2.5.1 Para alguns, as medidas de prevenção trazem consigo um caráter restritivo
ao desenvolvimento da atividade militar. Isto não é verdadeiro, muito ao contrário.
A prevenção de acidentes pretende, pela elevação dos índices de segurança,
estimular e incrementar a eficiência das atividades militares.
2.2.5.2 Em termos práticos, a preservação de equipamentos e recursos huma-

2-7
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nos, obtida pela prevenção, proporcionará, sem dúvida, maior utilização de tais
recursos em proveito das atividades militares.

Fig 4 - Prevenção de acidentes na Instrução Militar

2.2.6 OS COMANDANTES, DIRETORES OU CHEFES, SÃO OS RESPONSÁVEIS


PELA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
2.2.6.1 A prevenção de acidentes é responsabilidade de todos. Porém, é respon-
sabilidade inerente à função de Comando, Direção ou Chefia, a preservação do
pessoal e do material que integram a sua Organização Militar.
2.2.6.2 Ainda que a atividade militar a ser realizada contenha um índice de risco,
deve haver a preocupação de se prevenir ou, pelo menos, de se mitigar este risco.
2.2.6.3 A adoção de um objetivo e eficaz Programa de Prevenção de Acidentes
aumentará a eficiência da OM no desempenho das suas missões.
2.2.6.4 Contudo, nenhum PPA atingirá seus objetivos se não contar com o indis-
pensável apoio pessoal, de forma ostensiva, dinâmica e positiva, do Comandante,
Diretor ou Chefe, pois estes detêm o poder decisório da Organização Militar.
2.2.6.5 Uma vez que os Comandantes, Diretores e Chefes são os principais
responsáveis pela prevenção de acidentes, pode-se concluir que a ocorrência
de um acidente reflete, dentre outros, falhas da administração e condução das
atividades da Organização Militar.
2.2.7 NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NÃO HÁ SEGREDOS NEM BANDEIRAS
2.2.7.1 O intercâmbio de informações de prevenção de acidentes deve ter fluxo
direto.
2-8
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2.2.7.2 A troca de informações para a prevenção visa única e exclusivamente à
segurança de todos e o bem comum.
2.2.8 ACUSAÇÕES E PUNIÇÕES AGEM DIRETAMENTE CONTRA OS INTE-
RESSES DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
2.2.8.1 O único objetivo identificação dos fatores contribuintes de um acidente
será a prevenção de acidentes e incidentes. Não é o propósito desta atividade
atribui culpa ou responsabilidade.
2.2.8.2 A informação é fundamental para a prevenção de acidentes. Sem infor-
mação, a prevenção de acidentes tem a sua eficácia comprometida de maneira
significativa, pois não é possível determinar as áreas e atividades que devem ser
objeto das medidas de prevenção.
2.2.8.3 Na prevenção de acidentes, as informações são obtidas por meio da par-
ticipação voluntária de todos os envolvidos. Nesse sentido, se houver acusações
e punições decorrentes de tais informações, ocorrerá um desestímulo ao reporte
voluntário, com consequências adversas à prevenção.
2.2.8.4 Como já citado, a atribuição de culpa ou responsabilidade não faz parte
das atividades elucidativas sobre os fatores contribuintes de acidentes. Outros
procedimentos administrativos são responsáveis busca destes fatos.
- Dessa forma, a Identificação dos fatores contribuintes de acidentes deve ser
conduzida em separado, a fim de não trazer prejuízos à atividade de prevenção
de acidentes nas atividades militares.

2-9
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2-10
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CAPÍTULO III
SISTEMÁTICA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

3.1 CONCEITO DA SISTEMÁTICA


3.1.1 A sistemática de prevenção de acidentes nas atividades militares estabelece
procedimentos, responsabilidades e atribuições que propiciem o desenvolvimento
e a execução de ações relacionadas à prevenção de acidentes.
3.1.2 Tem por objetivo preservar pessoas e meios orgânicos sob a responsabili-
dade do Exército Brasileiro.
3.1.3 O COTER é o órgão central da sistemática de prevenção de acidentes nas
atividades militares e, por meio da Chefia do Preparo Força Terrestre, é respon-
sável por coordenar, orientar e aperfeiçoar esta sistemática no âmbito do Exército.
3.1.4 ELA SE DIVIDE
- Na Prática Diária da Segurança nas Atividades Militares; e
- No Controle e Gerenciamento dos Acidentes.

Fig 5 - Prevenção de acidentes nas atividades militares

3.2 PRÁTICA DIÁRIA DA SEGURANÇA


3.2.1 DESENVOLVIMENTO DA MENTALIDADE PREVENTIVA
3.2.1.1 Nas atividades do dia a dia das OM, deverão ser amplamente utilizadas as
normatizações e as ferramentas preventivas, de modo a incrementar a mentalida-
3-1
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de preventiva do público interno. Dentre essas ferramentas, as mais usuais são:
a) Realização de Briefings de Segurança antes da realização das atividades
militares que envolvam risco.
b) Leitura dos Alertas de Segurança em formaturas gerais, reuniões ou em
instruções.
c) Realização de Reuniões de Segurança, com periodicidade controlada, con-
forme características do tipo da tropa.
d) Realização de Verificações, Vistorias e Inspeções de Segurança.
e) Abordagem de casos históricos de acidentes com o público interno. Casos
que ocorreram na própria OM ou em outras OM, abordando os principais fatores
contribuinte do acidente e as possíveis medidas mitigadoras que poderiam ser
estabelecidas.
f) Estabelecimento de confecção de relatórios simples após as atividades
militares, os quais subsidiarão o enriquecimento dos bancos de dados da OM
g) Realização de instruções voltadas para as atividades preventivas.
h) Difusão de recomendações de segurança do escalão superior e do escalão
considerado
i) Fiscalização do cumprimento das ações previstas no PPA e nas demais
normas de segurança.
3.2.1.2 Durante a execução da atividade militar, cresce de importância a mentali-
dade preventiva de todos os envolvidos. O comprometimento com prevenção de
acidentes deverá ser constante, afim de se evitar danos ao pessoal e ao material.
3.2.2 A PRÁTICA DA SEGURANÇA NAS ATIVIDADES MILITARES
3.2.2.1 As atividades de instrução e serviço têm início com a publicação do militar
(perito) que será responsável pela atividade.
3.2.2.2 Após a designação, o perito iniciará os preparativos para a execução
da atividade. Para isso deverá consultar a normatização existente que regula a
condução da atividade militar a ser realizada. Dentre esta normatização, no que
tange a prevenção de acidentes, destacam-se:
- SIMEB.
- PIM vigente.
- Este Manual Técnico.
- Caderno de Instrução de Prevenção de Acidentes nas Atividades Militares.
- Manual Técnico específico.
- Normas Gerais e Especificas de segurança.

3-2
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- PPA do escalão superior.
- Diretrizes de instrução do escalão superior
- Outras orientações de segurança do escalão superior.
3.2.2.3 Ferramentas
- Além da normatização supracitada o perito responsável fará uso de ferramentas
preventivas de modo a mitigar os riscos da atividade. Estas ferramentas serão
abordadas no Cap IV deste manual. As ferramentas a seguir relacionadas, terão
estreita ligação com o responsável pela atividade:
a) Plano de segurança; e
b) Gerenciamento de Risco.
3.2.2.3 Nas atividades rotineiras devem ser considerados os seguintes as-
pectos, dentre outros julgados necessários:
- as condições climáticas;
- o esforço físico a ser despendido pela tropa;
- o estado de hidratação dos militares;
- o desgaste físico dos executantes da atividade militar específica;
- a existência de privação de sono oriundo de outras atividades de serviço;
- o uniforme da atividade, a fim de se evitar possíveis danos à integridade física
do pessoal, provocados por intermação ou hipotermia; e
- outros, conforme identificação pelo responsável pela atividade militar.
3.2.2.4 É fundamental a supervisão do OPAI ou do Comandante imediato, em
qualquer atividade que envolva risco.
3.2.2.5 Nestas atividades que envolvam risco, prever sempre no local uma ambu-
lância ou viatura exclusivamente destinada para este fim, devidamente guarnecida
e equipada com material destinado ao pronto atendimento.
3.2.2.6 Escalar uma equipe de Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Essa equipe
deverá estar em condições de efetuar pronto atendimento e evacuação para
hospital ou instalação de pronto atendimento médico indicado no PPA.
3.2.2.7 Após a execução da atividade, caso não tenha ocorrido acidente, o perito
preencherá os relatórios previstos, os quais poderão subsidiar a incrementação
do banco de dados.

3.3 CONTROLE E GERENCIAMENTO DOS ACIDENTES


3.3.1 A sistemática da prevenção de acidentes, nas atividades militares, terá um
segmento direcionado à coleta de dados e à identificação dos fatores contribuintes
de acidentes.
3-3
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3.3.2 Ressalta-se que o grande objetivo do controle e gerenciamento de dados é
prevenir que acidentes da mesma natureza voltem a acontecer.
3.3.4 CASO TENHA OCORRIDO ALGUM ACIDENTE DURANTE UMA ATIVIDADE
MILITAR
- A primeira providência é a verificação se este acidente se enquadra ou não como
um caso de instauração da IFCA.

Fig 6 - Casos de instauração da IFCA

3.3.5 SIM - É O CASO DE IFCA


3.3.5.1 Neste caso, a OM onde ocorreu o acidente deverá:
- Informar, via canal de inteligência, ao escalão superior, ao COTER e ao Centro
de Inteligência do Exército (CIE).
- Fazer constar este acidente no Relatório Qualitativo Mensal de Acidentes.
3.3.5.2 Os demais procedimentos acerca da instauração execução do IFCA estão
descritos na Diretriz para a Identificação de Fatores Contribuintes de Acidentes
na Instrução Militar e no Serviço (IFCA) – (EB10-D-06.001).

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3.3.6 NÃO É O CASO DE IFCA
3.3.6.1 Caso o acidente não se configure como enquadrado num IFCA de-
verão ser tomadas as seguintes medidas:
- Informar, via canal de inteligência, ao escalão superior, ao COTER e ao Centro
de Inteligência do Exército (CIE), independente da gravidade do acidente.
- Fazer constar este acidente no Relatório Qualitativo Mensal de Acidentes.
3.3.6.2 Com as informações contidas nestes Relatórios Qualitativos Mensais, o
COTER terá condições de assessorar o Comandante do Exército na tomada de
iniciativas e decisões sobre a Prevenção de Acidentes.

Fig 7 - Sistemática de prevenção de acidentes nas atividades militares

3.3.6.2 Da mesma forma, com os dados dos Relatórios Qualitativos Mensais, os


Comandantes, em todos os níveis, terão dados suficientes para subsidiar suas
decisões quanto a prevenção de acidentes no seu respectivo escalão.
3.3.7 LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO
3.3.7.1 O trabalho do OPAI deve ser baseado em critérios objetivos para a ela-
boração do PPA e posterior avaliação do desempenho obtido com as ações de
prevenção.
3.3.7.2 O OPAI deve envidar esforços no sentido de desenvolver dados estatísticos

3-5
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que possibilitem uma tomada de decisão baseada em informações consolidados
em períodos determinados. Neste contexto, poderá ser verificado:
- qualificação do acidente: leve, médio e grave;
- fatores contribuintes dos acidentes;
- ações preventivas realizadas;
- quais acidentes são mais recorrentes;
- qual período do ano em que se concentram determinados tipos de acidentes
- em que instruções os acidentes são mais recorrentes;
- quais os locais de maior incidência; e
- dentre outros levantamentos a fim de subsidiar os trabalhos do OPAI.
3.3.7.3 O uso de indicadores auxiliará sobremaneira o trabalho de análise.
Contudo, esses dados deverão apresentar as seguintes características:
a) Relevância: deve ser útil para a análise de um contexto;
b) Validade: o indicador deve refletir a situação em estudo;
c) Confiabilidade: os dados devem ser de fonte confiável; e
d) Compreensível: a metodologia da construção do indicador deve ser comum a
todos envolvidos na sistemática de prevenção de acidentes.
3.3.7.4 Outro ponto que merece atenção especial é o registro de toda e qualquer
ocorrência, por mais simples que possa parecer. O objetivo final é abastecer o
banco de dados do OPAI para que existam condições para levantamentos esta-
tísticos nos próximos anos, além de subsídios para assessorar os Comandantes
e o escalão superior em suas decisões.

3.4 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES


3.4.1 COTER
- Coordenar, orientar e aperfeiçoar a sistemática da prevenção de acidentes nas
atividades militares;
- Consolidar, em um banco de dados, as informações referentes aos acidentes
comunicados pelos C Mil A;
- Implementar a IFCA, de acordo com o previsto na Port nº 1.166 – Cmt Ex, de
27 JUL 18;
- Orientar os C Mil A acerca da instauração do IFCA.
- Difundir, a todas as OM do EB, os alertas advindos da IFCA, postando-os na
sitio oficial do COTER e através da rede de comando do Exército.

3-6
EB70-MT-11.418
3.4.2 COMANDO MILITAR DE ÁREA
- Designar o OPAI em Boletim Interno.
- Elaborar o PPA relativo ao seu escalão.
- Remeter o PPA do C Mil A ao COTER antes do início do ano de instrução.
- Certificar o PPA dos G Cmdo, GU subordinados, bem como de suas OMDS.
- Manter um controle dos acidentes nas atividades militares ocorridos nos seus
G Cmdo, GU e OMDS subordinados.
- Emitir recomendações de segurança para o escalão subordinado, bem como
de suas OMDS, quando for o caso;
- Difundir os Alertas de Segurança.
- Realizar Inspeções de Segurança na instrução, conforme planejamento exis-
tentes no PPA.
- Implementar a IFCA, de acordo com o previsto na Port nº 1.166 – Cmt Ex, de
27 JUL 18; e
- Enviar ao COTER o Relatório Qualitativo de Acidentes nas Atividades Militares,
conforme modelos anexos deste manual.
3.5.3 GRANDE COMANDO, GRANDE UNIDADE, UNIDADE E SUBUNIDADE
DESINCORPORADA
a) Designar o OPAI em Boletim Interno.
b) Baseado no PPA do escalão superior, elaborar o PPA do seu escalão;
c) Comunicar ao escalão superior os acidentes ocorridos no seu escalão, por meio
dos Relatórios Qualitativos de Acidentes nas Atividades Militares (ANEXOS A).
d) Acompanhar e difundir aos seus subordinados os Alertas de Segurança.
e) Realizar campanhas e ações que incrementem a mentalidade de segurança
no seu público interno.
f) Realizar inspeções e visitas
1) Os G Cmdo e as GU realizarão as Inspeções de Segurança e as Vistorias
de Segurança, conforme planejamento existentes nos respectivos PPA.
2) As U e as SU desincorporadas realizarão as Vistorias de Segurança,
conforme planejamento existentes nos respectivos PPA.
3) Todos os escalões deverão realizar as Verificações de Segurança Internas
(inopinadas), conforme planejamento do OPAI.
g) Antes do início do ano de instrução, prever instrução(ões) sobre Prevenção de
Acidentes nas Atividades Militares, para todo o seu efetivo.
3-7
EB70-MT-11.418
h) Enviar ao escalão superior o Relatório Quantitativo e o Relatório Qualitativo de
Acidentes, conforme modelos anexos deste manual.
3.5.4 OFICIAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (OPAI)
- Assessorar o comandante acerca das ações a serem implementadas na sua OM.
- Confeccionar e manter atualizado o PPA.
- Fiscalizar o cumprimento das normas de prevenção de acidentes por todos os
escalões, bem como das ações previstas no PPA.
- Montar um banco de dados dos acidentes ocorridos na OM, consolidando-o com
o histórico dos anos anteriores.
- Realizar as Inspeções de Segurança e as Vistorias de Segurança previstas no
PPA.
- Realizar as Verificações de Segurança Internas (inopinadas), priorizando as
atividades de maior risco.
- Realizar, através de relatórios das atividades realizadas, a incrementação do
banco de dados da OM, consolidando-o com os dados dos anos anteriores.
3.5.4 TODOS OS MILITARES
- Todo militar que tenha obrigação funcional de manipular ou manusear materiais
perigosos, executar técnicas de risco, tudo ligado ao cargo que ocupa, deve
comportar-se como um perito responsável em seu nível e em seu universo de ação.
- Cumprir sistematicamente as normatizações atinentes à prevenção de aciden-
tes, bem como as diretrizes, recomendações e orientações oriundas do escalão
superior.

3-8
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CAPÍTULO IV
FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO

4.1 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES


4.1.1 O Programa de Prevenção de Acidentes (PPA) é um documento que
estabelece as ações, padronizações e orientações, bem como as atividades e
responsabilidades do escalão considerado, visando à prevenção de acidentes
nas atividades militares.
4.1.2 É elaborado a partir de um banco de dados existente, do qual são extraídos
os principais acidentes ocorridos, bem como os óbices existentes para a prevenção
ou mitigação desses acidentes.
4.1.3 Merece especial atenção na elaboração do PPA, as ações que desenvol-
vam a mentalidade preventiva do público interno e as atividades de supervisão,
que possam eliminar ou, pelo menos, reduzir a probabilidade de ocorrência de
acidentes.
4.1.4 ORIENTAÇÕES PARA A CONFECÇÃO DOS PPA
4.1.4.1 Generalidades
- O PPA deve estar alinhado com os programas análogos do escalão superior,
pois deles dependem as autorizações para a adoção de medidas que envolvam
gastos e mudanças administrativas e organizacionais internas.
4.1.4.2 O PPA tem duração de um ano
- O plano deverá ser atualizado antes do início do ano de instrução corrente.
4.1.4.3 Oportunidade de Remessa do PPA
- Os PPA atualizados dos C Mil A devem ser remetidos “anualmente” ao COTER,
antes do início do ano de instrução, conforme calendário a ser estabelecido pelo
ODOp no PIM.
4.1.4.4 Elaboração
- Deve ser elaborado de forma simples, objetiva e exequível, adequando-se as
características regionais e estruturais do respectivo Comando (C Mil A, G Cmdo,
GU, U e SU desincorporada), conforme:
a) o clima;
b) o relevo;
c) as condições meteorológicas;

4-1
EB70-MT-11.418
d) o equipamento utilizado;
e) os aspectos de treinamento e experiência de pessoal;
f) as condições de execução das atividades internas,
g) a motivação e a supervisão em todos os níveis;
h) os locais onde ocorrerão as principais atividades militares;
i) as normas e procedimentos adotados;
j) outras, conforme percepção do OPAI.
4.1.4.5 Um bom banco de dados será fundamental para a confecção de um PPA
eficiente. Será a partir deste banco de dados, que o OPAI poderá planejar onde
atuar e definir qual setor ou atividade que vai merecer maior atenção.
- O PPA deverá basear suas ações preventivas em fatos ocorridos no passado.
Para isto, um estudo pragmático do banco de dados será muito útil para a sua
confecção.
4.1.4.6 O Comandante e o OPAI deverão estabelecer quais os programas, ativi-
dades e ações que deverão ser estabelecidas no PPA, bem como a prioridade
que elas deverão ter dentro do programa.
4.1.4.7 Itens obrigatórios dos PPA:
- Diretriz Geral do Comandante.
- Análise estatística dos acidentes.
- Planejamento das Vistorias de Segurança (VS): pelo menos 01 (uma) durante
o ano corrente (todos os escalões).
- Planejamento das Inspeções de Segurança (IS): pelo menos 01 (uma) durante
o ano de instrução (C Mil A, G Cmdo e GU).
- Calendário de Obrigações.
- Estágios de Área, G Cmdo e GU.
- Instruções que merecem cuidados especiais.
- Rotinas e procedimentos.
- Cadeia de evacuação.
- Outros programas e projetos voltados para a segurança e prevenção de acidentes
(direção defensiva, prevenção ao uso de drogas ilícitas, prevenção ao suicídio,
dentre outros).
- Outros itens julgados necessários pelo escalão considerado (ações preventivas a
serem implementadas, rotinas diárias, instruções internas, reuniões, dentre outros)

4-2
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Fig 8 - Itens obrigatórios dos PPA

4.1.4.8 O PPA tem caráter ostensivo e deve ser amplamente divulgado. Portanto,
as informações sigilosas que foram usadas para a elaboração do programa, não
devem fazer parte do programa.
4.1.4.9 Levando-se em consideração que um dos princípios da prevenção de aci-
dentes é a MOBILIZAÇÃO GERAL EM PROL DA SEGURANÇA, o envolvimento
de todos é fundamental para um PPA bem sucedido. Todos deverão contribuir,
não só para sua confecção, mas também para sua aplicação.
4.1.5 GERENCIAMENTO DO PPA
4.1.5.1 O PPA só obterá êxito se for exequível e colocado em prática de acordo
com os princípios da prevenção de acidentes. Este programa será eficaz se exe-
cutado com a participação de todo o público interno.
4.1.5.2 Para que o PPA alcance o objetivo desejado, deverá ser amplamente
divulgado, de modo que todos os militares tenham conhecimento do mesmo.
4.1.5.3 O acompanhamento da implementação do PPA deverá ser objeto de cons-
tante verificação por parte do OPAI. A identificação de que alguma ação não esteja
funcionando ou sendo cumprida, é essencial para a adequação do programa.
4.1.5.4 Este controle deve ser efetivo, uma vez que o trabalho de prevenção
depende muito do índice de mentalidade preventiva desenvolvido pela OM, em
todos os escalões e níveis hierárquicos.
4.1.5.5 O OPAI deve revisar o PPA sempre que necessário, de forma a mantê-lo
atualizado, principalmente quando ocorrerem mudanças operativas, administra-
tivas, de normatização e orientações do escalão superior.

4-3
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4.1.5.6 É possível que algumas atividades previstas no PPA não ocorram, devido
a restrições orçamentárias, mudanças de planejamento, situações não previstas
e até mudanças das diretrizes.
- Contudo, essas atividades deverão ser registradas, bem como o motivo da sua
não realização.
- Caso ainda seja pertinente, no próximo PPA, deverá ser dada prioridade para
sua execução.
4.1.6 ERROS MAIS COMUNS DE UM PPA
a) Não ser exequível.
b) Falta de divulgação do programa.
c) Não fiscalizar a execução das atividades previstas no PPA.
d) Não estabelecer responsabilidades.
e) Estabelecer ações generalistas:
Somente com sua definição (O QUÊ),
sem estabelecer as condições de execução (COMO),
sem o responsável (QUEM) e
sem um calendário com os prazos do mesmo (QUANDO).
f) Não envolver o comando do seu escalão nas ações previstas no PPA.
g) O estabelecimento de ações pouco objetivas e práticas.

4.2 RECOMENDAÇÃO DE SEGURANÇA


4.2.1 As recomendações de segurança são caracterizadas pelo estabelecimento
de uma ação ou um conjunto de ações, de cumprimento obrigatório em um de-
terminado prazo.
4.2.2 Pode ser dirigida a um público-alvo e/ou referente a uma circunstância pe-
rigosa específica, visando à eliminação ou ao controle de uma situação de risco.
4.2.3 São expedidas pelo escalão superior, podem vir no formato cartilha, folder
ou documentos diversos, a cargo do responsável pela recomendação.
4.2.4 Tem por principais vantagens a amplitude de abrangência da recomendação,
a rapidez de difusão e o caráter prático das orientações expedidas.
4.2.5. É de vital importância a verificação do cumprimento das Recomendações
de Segurança por parte do emitente. O descumprimento de uma recomendação

4-4
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de segurança, gera descrédito nas ordens do escalão superior assim como o
enfraquecimento da mentalidade preventiva da tropa subordinada.

4.3 VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA


4.3.1 O OPAI deverá realizar repetidas verificações de segurança inopinadas, por
ocasião da realização das atividades militares da OM.
4.3.2 Nesse contexto, esta verificação é apresentada como uma ferramenta ex-
tremamente útil ao desenvolvimento de atividades de fiscalização e de avaliação
dos pontos potencialmente perigosos.
4.3.3 Sua finalidade é identificar pontos falhos de segurança durante a realização
das atividades, a fim prevenir a ocorrência de acidentes.
4.3.4 Deve ser fiscalizado o estrito cumprimento da documentação de segurança
(PPA, Gerenciamento de Risco, Plano de segurança, dentre outros), bem como
da normatização preventiva.
4.3.4 Além do OPAI, as Verificações de Segurança devem ser realizadas por
todos os Comandantes imediatos.
4.3.5 Essas verificações de segurança inopinadas estão diretamente ligadas à
ação de comando.

4.4 VISTORIAS DE SEGURANÇA


4.4.1. A Vistoria de Segurança (VS) é uma ferramenta de prevenção destinada a
verificar a eficácia dos procedimentos realizados durantes as atividades militares
de uma OM.
4.4.2 É uma atividade interna, prevista no PPA e de responsabilidade da própria
OM, podendo contar com o apoio de peritos externos.
4.4.3 Tem por finalidade assessorar o Comandante, Chefe ou Diretor, com a apre-
sentação de um relatório contendo os procedimentos de maior risco ou de maior
registro de acidentes, identificando os Fatores de Risco desses acidentes. Identi-
ficados os Fatores de Risco, serão recomendadas ações preventivas específicas.
4.4.4 A sistemática de prevenção de acidentes nas atividades militares segue
o ciclo previsto no Cap III, deste manual. Este ciclo consiste num processo de
retroalimentação do sistema, com o intuito de se realizar constantes aperfeiço-
amentos. A Vistoria de Segurança mapeia os principais processos desse ciclo,
acompanhando-os durante sua realização.

4-5
EB70-MT-11.418
4.4.5 SEIS ETAPAS DA VISTORIA
4.4.5.1 Seleção das Vistorias de Segurança
a) O OPAI, a partir de dados dos anos anteriores e do banco de dados existente,
deverá selecionar o setor ou área de sua OM, onde será realizada a vistoria de
segurança.
b) Devem ser incluídos, também, nas Vistorias de Segurança os processos de
maior incidência de acidentes, independente do setor a ser verificado.
c) Após o levantamento das necessidades de Vistoria de Segurança, estas ativi-
dades são incluídas no PPA.
d) Deve ser realizada pelo menos uma vistoria por ano, abrangendo setores da OM
ou atividades com mais riscos de acidentes: aprovisionamento, serviços gerais,
deslocamentos motorizados, TFM, instruções em pistas de obstáculos, exercícios
no terreno, dentre outros, conforme banco de dados da OM.
e) O fato de se conhecer antecipadamente a data da Vistoria de Segurança
não reduz sua eficácia. Muito pelo contrário, provoca um efeito positivo quando
desencadeia atividades corretivas, aumentando mentalidade preventiva da OM.
4.4.5.2 Planejamento da Vistoria de Segurança
a) A etapa do planejamento da vistoria deve ser conduzida com a elaboração uma
Ordem de Serviço específica, contendo:
- Finalidade.
- Objetivos.
- Referências.
- Condições de execução (locais e atividades que serão vistoriados).
- Solicitações de apoio.
- Ordem aos elementos subordinados.
- Prescrições diversas considerar uma programação antecipada.
- Anexos: Cronograma, Medidas administrativas, outros julgados necessários
pela equipe vistoriadora.
b) Para facilitar a atividade de planejamento de uma Vistoria de Segurança, exis-
te uma sequência lógica. Este sequenciamento engloba diversas providências
prévia as quais pode ser adaptadas as características específicas de cada OM,
conforme a seguir:
1) Cronograma:
- A escolha da data e horário deve ser feita em conjunto com o setor ou a
atividade a serem vistoriados. Deve-se evitar datas ou eventos em que haja
4-6
EB70-MT-11.418
mudança na rotina da OM.
2) Seleção da Equipe:
(a) A Vistoria de Segurança deve ser realizada por peritos qualificados, dentre
os disponíveis dentro da OM. Estes peritos devem ser alocados para vistoriar suas
respectivas áreas de conhecimento e experiencia, alinhados com os princípios e
fundamentos da prevenção de acidentes nas atividades militares.
(b) A confiabilidade da Verificação de Segurança depende da competência
daqueles que a conduzem. Portanto, a escolha da equipe é de extrema importân-
cia, devendo ser considerados os atributos profissionais e pessoais do vistoriador.
(c) Com relação aos atributos profissionais, o vistoriador deve:
- Conhecer as peculiaridades do setor a ser vistoriado, o que facilitará o
planejamento, execução dos trabalhos de análise dos potenciais de riscos, bem
como na elaboração das ações preventivas recomendadas.
- Conhecer a normatização de prevenção de acidentes nas atividades
militares
(d) No campo de atributos pessoais é esperado um comportamento ético
que busque correção de atitudes e a discrição, capacidade de observação,
meticulosidade para bem avaliar os processos e flexibilidade para se adequar a
normatização a realidade do vistoriado.
(e) O tamanho da equipe de vistoria deverá ser proporcional ao setor ou
as atividades específicas a serem vistoriados. Sua composição deverá conter o
seguinte:
- Um oficial, possuidor do Estágio de Prevenção de Acidentes nas ativi-
dades Militares, seja ele o Estágio Setorial, Estágio de Área, Estágio do G Cmdo
ou Estágio da GU.
- Militares com especialização adequada ao tipo de atividade realizada
no setor vistoriado ou da atividade a ser verificada.
- Outros a cargo do OPAI
(f) É desejável que a equipe vistoriadora possua militares de outras organi-
zações, a fim de dar mais transparência à atividade.
4.4.5.3 Preparação da Vistoria de Segurança
a) Deverão ser analisadas antecipadamente as vistorias anteriores, o PPA e os
dados estatísticos de acidentes da OM. A leitura dos Relatórios Qualitativos de
Acidentes nas Atividades Militares será de extrema utilidade, pois estes relatórios
indicarão os acidentes mais recorrentes, os fatores contribuintes identificados e
as medidas preventivas realizadas anteriormente.

4-7
EB70-MT-11.418
b) A elaboração de Check Lists auxiliará no sequenciamento dos trabalhos de
vistoria, assim com a realização de um briefing com a equipe da Vistoria de se-
gurança e o setor a ser inspecionado.
c) A realização de uma instrução prévia com equipe da Vistoria de Segurança,
também será útil a fim de padronizar conhecimentos procedimentos da atividade.
4.4.5.4 A execução da Vistoria de Segurança
a) A execução da vistoria deverá seguir o planejamento realizado pelo OPAI ou
oficial responsável.
b) Um planejamento exequível, com uma equipe formada por peritos experientes
e comprometidos com atividade garantirá o sucesso da Vistoria de Segurança.
c) Essa etapa é a mais importante de todo processo, pois é por meio dela que os
riscos serão levantados, possibilitando a adoção de medidas preventivas.
d) Antes do início dos trabalhos, deve ser realizado um briefing com os militares
do local a ser vistoriado, para que sejam apresentados os objetivos da vistoria,
a equipe de vistoriadores e o cronograma de inspeção. Nesta reunião deverão
ser apresentados os militares que irão acompanhar a equipe de vistoriadores.
e) A utilização de fotografias facilita na melhor compreensão das situações de
perigo. Deve-se evitar que pessoas apareçam nas fotos.
f) O máximo de informações devem ser trocadas entre o vistoriador e o vistoriado,
no sentido de levantar efetivamente os fatores de risco e evidenciar a transparência
das atividades da equipe de vistoria.
g) É também importante dizer que as informações obtidas serão mantidas em
sigilo, e que o relatório se torna propriedade exclusiva do Comando, não sendo
divulgadas as informações sensíveis.
4.4.5.5 Confecção do Relatório da Vistoria de Segurança (RVS).
a) Após a realização da vistoria, o seu resultado é apresentado por meio de um
Relatório de Vistoria de Segurança (RVS).
b) Esse relatório deve conter os seguintes dados:
1) Capa do relatório: OM vistoriada, data/período da Vistoria de Segurança e
ano de referência.
2) Dados gerais da vistoria: finalidade da vistoria, dados da equipe vistoriadora,
setor/área e/ou atividades a serem vistoriados, quantitativo de fatores de risco
identificados e fotografias anexadas.
3) Fator de Risco identificado:
- Descrição dos Fatores do Risco. Devem ser respondidas as seguintes
4-8
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perguntas: o que, onde, como e os possíveis efeitos caso ocorra o acidente.
- Avaliação dos riscos, de acordo com o item 5.2.3.1 deste manual: Matriz
de Avaliação de Risco.
- Ações Preventivas/Mitigadoras recomendadas: descrever as ações reco-
mendadas. respondendo às perguntas O Que? Quando? e Como?
- As Ações Mitigadoras Recomendadas devem ser exequíveis, adequadas
e aceitáveis.
- Assinatura do perito vistoriador.
4) Sempre que possível, o RSV deve ser complementado com fotografias,
permitindo uma melhor visualização dos riscos identificados. As folhas contendo
as fotos deverão ser anexadas imediatamente após a folha de cada Fator de
Risco identificado e não no final do relatório.
c) É importante destacar que quanto mais rápido o relatório for concluído, maior
será sua eficácia, pois as ações recomendadas serão rapidamente implementadas.
d) As informações contidas no RVS são reservadas, não devendo ser divulgadas
ou encaminhadas a qualquer setor ou órgão, sem o consentimento do Coman-
dante, Chefe ou Diretor.
e) Para a confecção do RVS, utilizar o modelo constante do An E deste manual.
4.4.5.6 Implementação das ações preventivas/mitigadoras
a) A Vistoria de Segurança é concluída com a entrega do RVS ao Comandante,
Chefe ou Diretor, porém, seus objetivos somente serão atingidos após a imple-
mentação das ações preventivas/mitigadoras.
b) Esta etapa deixa de ser atribuição exclusiva do OPAI. A implementação das
ações sugeridas passa a ser responsabilidade de todo o Comando. O Coman-
dante, Chefe ou Diretor deverá ter o compromisso de buscar a mitigação dos
riscos analisados no RVS.
c) As ações preventivas/mitigadoras recomendadas no RVS poderão ser aceitas
ou não pelo Comandante, Chefe ou Diretor. Aceitas as recomendações, serão
definidos o prazo e o responsável pela implementação de cada ação preventiva/
mitigadora que sugerida pela equipe da Vistoria de Segurança.
4.4.5.7 Controle e acompanhamento
a) Após o encerramento da vistoria, entrega do relatório e implementação das
ações preventivas/mitigadoras, inicia-se o controle e o acompanhamento destas
ações.
b) Controlar a eficiência das medidas implementadas é também uma atividade
de responsabilidade do Comandante, Chefe ou Diretor, mesmo que efetivamente

4-9
EB70-MT-11.418
realizada pelo OPAI.
c) É um ponto de decisão, onde pode-se manter as medidas preventivas/imple-
mentadas ou aperfeiçoa-las.
d) Caso se perceba a ineficácia de algumas das medidas implementadas, deve-se
revisar estas ações, de modo que sejam desenvolvidas novas ações preventivas/
mitigadoras.

Fig 9 - Sequência das Vistorias de Segurança

4.5 INSPEÇÕES DE SEGURANÇA


4.5.1 Segue os mesmos trâmites das Verificações de Segurança, contudo é
realizada pelo escalão superior em OM do escalão subordinado, de acordo com
o seu PPA.
4.5.2 Pode ser realizada durante as inspeções de instrução do escalão superior
ou em outras situações que o Comando julgar conveniente.
4.5.3 Os relatórios das inspeções de segurança realizadas pelos C Mil A,
G Cmdo e GU devem ser remetidos para o COTER, a fim de permitir a retro-
alimentação do sistema e o aperfeiçoamento da sistemática de prevenção de
acidentes na instrução.
4.5.4 Para a confecção do Relatório de Inspeção de Segurança, deve ser seguido
o modelo existente no An E deste manual, substituindo-se o termo Vistoria de
Segurança por Inspeção de Segurança.

4.6 ALERTA DE SEGURANÇA


4.6.1 É o produto final da IFCA, fruto das aprendizagens colhidas ao final desse

4-10
EB70-MT-11.418
procedimento administrativo. Contribuirá efetivamente para a prevenção da re-
corrência de acidentes da mesma natureza. 
4.6.2 Nos Alertas de Segurança são estabelecidos os fatores contribuintes do
acidente ocorrido e, também, elencadas as medidas preventivas estabelecidas
pelo COTER, com o intuito de se prevenir a ocorrência de acidentes semelhantes.
4.6.3 Estes Alertas de Segurança são difundidos pela Rede de Comando do
Exército e estão disponíveis no sítio oficial do COTER, através do link http://www.
coter.eb.mil.br/, na intranet do COTER e no Portal do Preparo.
4.6.4 Devem ser difundidos pelos Comandantes, Chefe ou Diretores, em todos
os níveis, ao público interno.

4.7 BRIEFING DE SEGURANÇA


4.7.1 Briefing é uma palavra de origem inglesa, amplamente usada no meio militar,
que significa verbalização dos procedimentos a serem executados durante uma
missão e as ações necessárias de todos envolvidos, de modo que os objetivos
estabelecidos para a atividade sejam atingidos.
4.7.2 Elaborado no formato que melhor convier (memento, Check List, dentre
outros) contém orientações de segurança adequadas para a realização da ativi-
dade militar a ser realizada.
4.7.3 Deve ser realizado antes do início da atividade a ser realizada. Além de
sistematizar os procedimentos de segurança previstos, busca desenvolver a
mentalidade preventiva a todos militares envolvidos na execução e condução
desta atividade.
4.7.4 DEVE CONTER OS SEGUINTES ITENS
- Normas gerais de segurança (de acordo com o Cap V do CI de Prevenção de
Acidentes nas Atividades Militares e outros manuais específicos).
- Medidas particulares de segurança (de acordo com as especificidades locais e
da atividade a ser realizada).
- Procedimentos a serem adotados em caso de acidentes (atribuições, cadeia de
evacuação, evacuação aeromédica, dentre outros).
- Outras medidas julgadas necessárias.
4.7.5 Após a execução da atividade militar poderá ser realizado um Debrifing,
com as mesmas características do Brifing.

4-11
EB70-MT-11.418
4.8 PLANO DE SEGURANÇA
4.8.1 O Plano de Segurança é um documento que tem como objetivo estabelecer
ações de prevenção de acidentes para uma atividade militar, de acordo com as
normas de segurança vigentes, diretrizes de instrução, as peculiaridades regionais,
as informações contidas no banco de dados, as lições aprendidas e as especifi-
cidades do planejamento do instrutor.
4.8.2 O Plano de Segurança poderá ser um anexo de um Plano de Seção ou de
uma Ordem de Instrução. Deverá conter os seguintes itens:
- Finalidade;
- Referências;
- Descrição da atividade (tipo de atividade, local, data, participantes, dentre
outros);
- Condições de execução (cronograma);
- Grau de risco da atividade (baixo, médio, alto, muito alto e inaceitável, con-
forme gerenciamento de risco realizado);
- Medidas preventivas preliminares (necessidade de pessoal, material e outros
conforma características da atividade);
- Normas gerais de segurança (de acordo com o Cap IV do CI de Prevenção
de Acidentes nas Atividades Militares e outros manuais específicos);
- Medidas particulares de segurança (de acordo com as especificidades locais
e da atividade a ser realizada);
- Procedimentos a serem adotados em caso de acidentes (atribuições, cadeia
de evacuação, evacuação aeromédica, dentre outros);
- Ligações e comunicações (levantamento dos apoios de saúde e rede rádio);
- Reconhecimentos, ensaios e Brifings (conforme necessidade verificada pre-
viamente); e
- Outras medidas julgadas necessárias.
4.8.3 O PPA estabelecerá as atividades militares em que deverá, obrigatoriamente,
ser confeccionado o Plano de Segurança.
4.8.4 Reforça-se que, para as seguintes atividades abaixo, deve ser confeccionado
o Plano de Segurança e realizado o Gerenciamento de Risco:
-Todas as instruções dos exercícios no terreno e dos exercícios de desenvolvi-
mento de liderança.
- Instruções e atividades com esforços físicos prolongados.
- Instruções com armamento.

4-12
EB70-MT-11.418
- Instruções e atividades constantes do Capítulo IV do Caderno de Instrução de
Prevenção de Acidentes nas Atividades Militares.
- Instruções que mereçam cuidados especiais, de acordo com o PIM e outras
diretrizes de instrução do escalão superior.
- Deslocamentos motorizados externos à guarnição.
- Deslocamentos aquáticos.
- Atividades de serviço que envolvam riscos consideráveis, conforme avaliação
prévia.
- Sempre que o Comando, o OPAI ou o perito responsável julguem que o risco
da atividade condicione a confecção do Plano de Segurança.

4.9 GERENCIAMENTO DE RISCO


4.9.1 O Gerenciamento de Risco (GR) é uma ferramenta preventiva destinada a
gestão de riscos nas atividades militares.
4.9.2 Busca prevenir ou mitigar os fatores de risco de uma atividade militar, a um
nível aceitável, que possibilite a realização da mesma em níveis aceitáveis de
segurança.
4.9.3 Deve ser realizado sempre que o Comando, o OPAI ou o perito responsável
julguem seja necessário a prevenir/mitigar os riscos da atividade militar.
4.9.4 Esta ferramenta será detalhada no Capítulo V deste manual.

4.10 RELATÓRIO QUALITATIVO DE ACIDENTES NAS ATIVIDADES MILITARES


4.10.1 O Relatório Qualitativo de Acidentes nas Atividades Militares é um docu-
mento de periodicidade mensal, expedido por todas as OM do Exército, sendo
consolidado pelos C Mil A e remetido ao COTER, conforme calendário de obriga-
ções regulado pelo ODOp e difundido no Programa de Instrução Militar vigente
4.10.2 Permite ao Comandante de qualquer escalão qualificar o acidente ocorrido,
com uma metodologia semelhante à executa por ocasião da IFCA. Permite, ainda,
manter um banco de dados confiável do seu respectivo escalão.
4.10.3 PARA CADA A CIDENTE SÃO VERIFICADOS OS SEGUINTES ITENS
a) Dados básicos do acidente: OM, guarnição, data/hora, situação (instrução ou
serviço) e o posto/graduação e idade do acidentado.
b) Descrição do acidente: devem ser respondidas as seguintes perguntas:
- O que?

4-13
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- Como?
- Onde?
- Efeitos?
c) Gradação do Acidente (a partir dos efeitos do acidente):
- grave;
- médio; e
- leve.
d) Prováveis fatores contribuintes: de acordo com o Anexo B deste manual.
e) Medidas preventivas adotadas, as quais subsidiarão possíveis aperfeiçoamentos
da sistemática de prevenção de acidentes nas atividades militares.
4.10.4 O modelo do relatório deverá seguir conforme o Anexo A deste Manual
Técnico. Possíveis modificações serão informadas no PIM ou através de outras
documentações do COTER.

4.11 BANCO DE DADOS


4.11.1 Em seu trabalho, o OPAI deverá possuir um banco de dados com base
nas ocorrências de anos anteriores, constando os acidentes ocorridos nos anos
anteriores.
4.11.2 Este banco de dados possibilitará ao OPAI identificar os acidentes com
maior probabilidade de ocorrência na sua área de responsabilidade, bem como
os de maior gravidade e impacto para o serviço (óbito, múltiplas vítimas, grave
impacto para a imagem da Força, perda significativa de material, acidentes com
lesões permanentes, dentre outros).
4.11.3 O banco de dados subsidiará a confecção do PPA, as Verificações de
Segurança, as Vistorias de Segurança, as Inspeções de Segurança, a seleção
das atividades que requerem cuidados especiais, a necessidade de realização
de Gerenciamento de Risco e elaboração de Plano de Segurança e campanhas
preventivas.
4.11.4 Um banco de dados sólido e confiável permitirá ao OPAI e ao Comando a
decisão acertada sobre quais áreas, setores e atividades deverão ser priorizadas
por ocasião das ações preventivas do respectivo C Mil A, G Cmdo, GU, U e SU
desincorporada.

4-14
EB70-MT-11.418
CAPÍTULO V
GERENCIAMENTO DE RISCO

5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS


5.1.1 O gerenciamento do risco é o processo utilizado para administrar os riscos
presentes em atividades militares, sendo uma atribuição do perito responsável pela
atividade militar (sob supervisão do OPAI) e do próprio OPAI. Tem por objetivos:
- Identificação dos riscos;
- Análise dos riscos;
- Formulação de medidas para mitigação dos riscos;
- Avaliação do risco residual; e
- Implementação das medidas de mitigação dos riscos.
5.1.2 O gerenciamento de riscos facilita a prevenção de acidentes nas atividades
militares, pois atua previamente nos possíveis fatores contribuintes e nos fatores
de riscos já conhecidos, através do banco de dados do COTER e das lições
aprendidas.

5.2 SISTEMÁTICA DE APLICAÇÃO DO METODO DE GERENCIAMENTO DE


RISCO
5.2.1 O diagrama apresenta, de forma resumida, o processo de gestão de riscos,
que compreende a sequência de ações abaixo:

Fig 10 - Método de Gerenciamento de Riscos

5-1
EB70-MT-11.418
5.2.2 IDENTIFICAÇÃO DO RISCO
5.2.2.1 A primeira ação é a identificação das atividades com risco. Estas atividades
que devem ter o risco gerenciado, já são elencadas na normatização existente,
bem como nos PPA do escalão superior.
5.2.2.2 Contudo, os riscos podem variar devido as características de cada OM,
além das especificidades regionais e as características que atividade militar será
desenvolvida. Assim, uma marcha realizada numa região de clima frio, tem dife-
renças da mesma atividade realizada numa região de clima quente.
5.2.2.3 Caso a atividade a ser realizada não conste do PPA, o OPAI deverá fazer
uma avaliação prévia. Cresce de importância a existência de um banco de dados
sólido e confiável, o qual subsidiará o levantamento das lições aprendidas, bem
como as decisões do Comando acerca dos possíveis riscos.
5.2.2.4 É importante ressaltar que, o Gerenciamento de Risco, deve ser realizado
sempre que o Comando julgar necessário utilizar essa ferramenta para prevenir
ou mitigar os riscos de uma atividade militar.
5.2.3 ANÁLISE DO RISCO

Fig 11 - Passos da Análise do Risco

5-2
EB70-MT-11.418
5.2.3.1 A Análise do Risco se subdivide em quatro passos, conforme a seguir:
- 1º Passo: Avaliação do Risco.
- 2º Passo: Classificação do Risco.
- 3º Passo: Determinação da Aceitabilidade do Risco.
- 4º Passo: Determinação das ações decorrentes.
5.2.3.2 Avaliação do Risco
5.2.3.2.1 Uma vez confirmada a presença de risco para a segurança de uma
atividade militar, é necessário realizar uma análise para avaliar o potencial de
danos que esta atividade pode causar.
5.2.3.2.2 Basicamente, a avaliação do risco supõe duas considerações:
- a probabilidade ocorrência do risco; e
- a gravidade de ocorrência do risco.

Fig 12 - Avaliação do Risco

a) Probabilidade de ocorrência do risco


1) Independentemente dos métodos analíticos empregados, deve-se avaliar a
probabilidade do risco de causar danos ao pessoal e ao material.
2) Uma forma prática de identificar a probabilidade de ocorrência de um aci-
dente, é buscar ocorrências semelhantes nos Alertas de Segurança e no banco
de dados existente.
3) Com base nestas considerações, pode-se quantificar a probabilidade de que
um evento ocorra conforme Matriz de Probabilidade de Acidentes a seguir:

5-3
EB70-MT-11.418

PROBABILIDADE

DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO VALOR
QUALITATIVA
Muito provável que ocorra muitas vezes (tem ocorrido frequente-
Frequente 5
mente)

Provável que ocorra algumas vezes (tem ocorrido com certa recor-
Possível 4
rência)

Ocasional Pouco provável, porém é possível que ocorra (ocorre algumas vezes) 3

Remoto Improvável que ocorra (não se conhece ocorrência anterior) 2

Extremamente
Quase inconcebível que o evento ocorra 1
Improvável

Tab 2 - Matriz de Probabilidade de Acidentes

4) Para a análise da probabilidade de ocorrência de óbice, sugere-se, para melhor


entendimento, que os riscos assumam as seguintes valorações:
- acima de 60 % para frequente (frequente ou muito provável).
- de 30 a 60% para possível (possível ou provável);
- de 10 a 30% para ocasional (ocasional ou pouco provável);
- até 10% para risco remoto (remoto ou improvável); e
- probabilidade insignificante para extremamente improvável.
5) Contudo, cabe observar que a mencionada “probabilidade de ocorrência”
será obtida, normalmente, muito mais por um trabalho de “estimativa aproximada”
e experiência do OPAI, do que pela utilização de modelos matemáticos exatos.
6) Outro aspecto importante é que a probabilidade de ocorrência de um acidente,
aumenta com a maior exposição a condições inseguras.
- Em consequência disso, o tempo de exposição deve ser considerada como
mais aspecto a ser analisado no fator probabilidade.
b) Gravidade da ocorrência do risco
1) Uma vez determinada a probabilidade do evento, deve-se avaliar a natureza
das consequências prejudiciais no caso de o óbice ocorrer.
2) Apoiando-se nestas considerações, pode-se avaliar a gravidade de um evento
como na Matriz de Gravidade de Acidentes a seguir:

5-4
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GRAVIDADE

DEFINIÇÃO QUALI-
DEFINIÇÃO VALOR
TATIVA

- Mortes múltiplas.
Catastrófica A
- Destruição do material.

- Lesões graves ou óbito.


Severa B
- Danos graves no material.

- Lesões com necessidade de hospitalização.


Média C
- Indisponibilização do material

- Pequenas lesões.
Leve D
- Avarias no material, contudo sem indisponibilizá-lo.

Insignificante - Não se visualiza danos ao pessoal e material E

Tab 3 - Matriz de Gravidade de Acidentes

3) A partir dos dados obtidos nas matrizes anteriores, estes são condensados
na Matriz de Avaliação de Riscos. Essa matriz, é um instrumento útil para pôr em
ordem de prioridade os perigos que requerem mais atenção.

GRAVIDADE

INSIGNIFICANTE
CATASTRÓFICA

SEVERA

MÉDIA

LEVE

PROBABILIDADE
A

5 – FREQUENTE 5A 5B 5C 5D 5E

4 – POSSÍVEL 4A 4B 4C 4D 4E

3 – OCASIONAL 3A 3B 3C 3D 3E

2 – REMOTO 2A 2B 2C 2D 2E

1 – EXTREMAMENTE IMPROVAVEL 1A 1B 1C 1D 1E

Tab 4 - Matriz de Avaliação de Riscos

5-5
EB70-MT-11.418
5.2.3.3 Classificação do Risco
a) De posse da determinação dos índices de avaliação, é realizada a classificação
do risco de acordo com os seguintes critérios:
1) Inaceitável: atividade cancelada. Necessita de replanejamento;
2) Muito Alto: necessita de medidas mitigadoras para reduzir a classificação
do risco;
3) Alto: a atividade necessita medidas mitigadoras;
4) Médio: a atividade necessita medidas mitigadoras; e
5) Baixo: a atividade não necessita de ajustes.
b) A matriz a seguir estabelece a relação entre Classificação dos Risco com os
índices de avaliação de riscos e aceitabilidade dos riscos:

ÍNDICES DE AVALIAÇÃO DE RISCO CLASSIFICAÇÃO DO RISCO

5ª Inaceitável

3ª, 4ª, 4B, 5B e 5C Muito Alto

2ª, 3B, 4C, e 5D Alto

2B, 2C, 3C, 3D, 4D, 4E e 5E Médio

1ª, 1B, 1C, 1D, 1E, 2D, 2E e 3E Baixo

Tab 5 - Matriz de Classificação dos Riscos

5.2.3.4 Determinação da aceitabilidade do risco


a) A aceitabilidade do risco é definida pelos seguintes critérios:
- Aceitável - significa que não é necessário adotar medidas mitigadoras, a
menos que se possa reduzir o risco ainda existente, com pouco custo ou esforço.
- Tolerável - significa que o responsável pela atividade está preparado para
suportar e administrar o risco. Entretanto, é recomendável que sejam adotadas
ações mitigadoras para reduzir o risco.
- Intolerável - significa que as atividades devem ser suspensas ou replaneja-
das, até que o risco se reduza, pelo menos, ao nível tolerável.
b) Com base nos índices de avaliação de risco, determina-se a aceitabilidade dos
riscos. Para tal, é utilizada a Matriz de Tolerância Riscos abaixo:

5-6
EB70-MT-11.418

ÍNDICES DE AVALIAÇÃO
ACEITABILIDADE DO RISCO CRITÉRIO SUGERIDO
DE RISCO

5A
Inaceitável nas circuns-
tâncias atuais
3A, 4A, 4B, 5A, 5B e 5C

2A, 3B, 4C e 5D

Aceitável com a mitiga-


ção do risco
2B, 2C, 3C, 3D, 4D, 4E
e 5E

1A, 1B, 1C, 1D, 1E, 2D,


Risco aceitável
2E e 3E

Tab 6 - Matriz de Tolerância de Riscos

5.2.3.5 Determinação das ações decorrentes


a) A análise do risco é finalizada com o estabelecimento das ações decorrentes.

- A matriz de análise de riscos a seguir, sintetiza esta fase da gestão de riscos:

ÍNDICES DE AVALIA- CLASSIFICAÇÃO ACEITABILIDADE DO AÇÕES


ÇÃO DE RISCO DO RISCO RISCO DECORRENTES
Atividade suspensa
5A Inaceitável

Intolerável
- Realiza o GR
3A, 4A, 4B, 5B e 5C Muito Alto
- Requer Dcs Cmdo

- Realiza o GR
2A, 3B, 4C, e 5D Alto - Pode requerer Dcs
Cmdo
Tolerável
2B, 2C, 3C, 3D, 4D,
Médio Realiza o GR
4E e 5E

1A, 1B, 1C, 1D, 1E,


Baixo Aceitável Não realiza o GR
2D, 2E e 3E

Tab 7 - Matriz de Análise de Riscos

5-7
EB70-MT-11.418
b) Detalhamentos das ações decorrentes

1) Risco BAIXO
- Não há necessidade de realização do gerenciamento de risco. Atividade
pode ser realizada.
- Contudo o Comando pode decidir pela realização do GR.
2) Risco MÉDIO
- O perito responsável pela atividade realiza o gerenciamento de risco. Os
riscos devem ser mitigados.
- Caso os riscos tenham sido mitigados, o OPAI aprova o gerenciamento de
risco e a atividade é realizada.
- Se os riscos não forem mitigados, o Comandante decidirá se aceita o risco
ou muda as condições de execução da atividade.
3) Risco ALTO
- O perito responsável pela atividade realiza o gerenciamento de risco.
- A execução da atividade é aceitável com a mitigação do risco.
4) Risco MUITO ALTO
- O OPAI realiza o gerenciamento de risco.
- A execução da atividade não é aceitável nas condições existentes.
- O risco deve ser mitigado, até que o risco residual retroceda para as clas-
sificações anteriores.
- Caso o risco permaneça MUITO ALTO, o Comandante cancela a atividade
ou solicita autorização do escalão superior para realizar a atividade planejada.
5) Risco INACEITÁVEL
- O OPAI realiza o GR e informa o Comandante que a atividade se encontra
numa situação de risco INACEITÁVEL.
- A execução da atividade não é aceitável nas condições existentes.
5.2.4 GESTÃO DO RISCO
5.2.4.1 Identificação dos fatores de risco
a) Depois da determinação da análise do risco, são levantados os fatores de risco
da atividade militar planejada.
b) O Anexo C deste manual apresenta sugestões de fatores de risco para algu-

5-8
EB70-MT-11.418
mas atividades militares. Porém, estes dados devem ser complementados com
informações provenientes do banco de dados existentes e das lições apreendidas.
c) A experiência do perito que realizará o GR será primordial para se identificar
fatores de riscos pertinentes e que, se mitigados, reduzirão o grau de risco da
atividade militar, para um nível de segurança tolerável.
5.2.4.2 Estabelecimentos de medidas preventivas/mitigadoras
a) Quando se considera que o risco é inaceitável ou tolerável, é necessário in-
troduzir ações mitigadoras.
- O nível de risco pode ser mitigado reduzindo a gravidade das possíveis con-
sequências, a probabilidade de que ocorra ou a exposição a esse risco.
b) Para cada fator de risco identificado, deverão ser formulados ações e medi-
das mitigadoras para a redução do risco, de modo que o mesmo atinja um nível
tolerável.
c) Entretanto, é importante que, ao se formularem tais ações e medidas, fique
bastante claro os seguintes questionamentos:
1) Quem será o responsável pela sua implementação e acompanhamento?
QUEM?
2) Que medida será implementada?
O QUE?
3) Em que momento será implementada?
QUANDO?
4) De que forma será realizada a sua implementação?
COMO?
5.2.4.3 Análise do risco residual
a) Uma vez estabelecidas as medidas preventivas/mitigadoras, o responsável
por realizar o Gerenciamento de Risco deverá rever a classificação atribuída ao
risco inicialmente.
b) O Risco Residual é o produto final do Gerenciamento de Risco.
c) O objetivo do GR é a redução do grau estabelecido para o risco da atividade
militar planejada, de modo que a mesma seja realizada em condições toleráveis
e aceitáveis de segurança.

5-9
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Fig 13 - Os três passos da Gestão do Risco

5.2.5 O Anexo D deste manual apresenta um modelo de matriz de GR, a qual


abarca, de maneira sintética e analítica, todos os passos do Método do Geren-
ciamento de Risco.
5.2.6 DECISÃO
- Após a identificação, análise e gestão do risco, o responsável pela aprovação do
GR terá os subsídios necessários para decidir acerca das condições de realização
da atividade militar prevista.
5.2.6.1 Após a realização do GR, conforme sugerido no item 5.2.3.5, o respon-
sável pela aprovação do GR terá os subsídios necessários para decidir acerca
das condições de realização da atividade militar prevista.
5.2.6.2 Sugere-se adoção das seguintes medidas, a partir do risco residual
obtido com o gerenciamento de risco:
a) Risco residual BAIXO
- Caso tenha sido realizado o GR, o OPAI aprova o gerenciamento e a ativi-
dade é realizada.
b) Risco residual MÉDIO
- Caso os riscos tenham sido mitigados, o OPAI aprova o gerenciamento de
risco e a instrução é realizada.
- Se os riscos não forem mitigados, a decisão é levada para o Comandante que
decidirá se aceita o risco ou muda as condições de execução da instrução militar.

5-10
EB70-MT-11.418
c) Risco residual ALTO
- O GR é revisado pelo OPAI e levado à apreciação do Comandante, que
decidirá se aceita o risco ou muda as condições de execução da atividade.
d) Risco residual MUITO ALTO
- Após a realização do GR pelo OPAI, o mesmo é levado para a apreciação
do Comandante.
- Caso o risco residual permaneça MUITO ALTO, o Comandante cancela a
atividade militar ou solicita autorização do escalão superior para realizar a ativi-
dade planejada.
e) Risco residual INACEITÁVEL
- Após análise do GR, o Comandante deve cancelar a instrução militar e de-
terminar a realização de um novo planejamento para a execução dessa atividade.

CLASSIFICAÇÃO DO RISCO
DECISÃO
RESIDUAL

- Comandante cancela a atividade e determina a realização de


Inaceitável
um novo planejamento

- Comandante cancela a atividade militar ou solicita autoriza-


Muito Alto
ção do Escalão Superior para realização da atividade.

- Riscos mitigados: Comandante aprova o GR e a atividade


militar é executada.
Alto
- Riscos não mitigados: Comandante decide se aceita ou não
o risco residual.

- Riscos mitigados: OPAI aprova o GR e a atividade militar é


executada.
Médio
- Riscos não mitigados: Comandante decide sobre as condi-
ções de execução da instrução.

- Caso tenha sido realizado o GR, o OPAI aprova o gerencia-


Baixo
mento e a atividade é realizada

Tab 8 – Matriz de Apoio a Decisão do Gerenciamento de Risco

5-11
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5-12
EB70-MT-11.418

ANEXO A
RELATÓRIO QUALITATIVO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO E NO SERVIÇO

A-1
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Legenda:
(1) Descrição sumária do acidente: O que? Quando? Onde? Como? Efeitos?
(2) Gradação dos Acidentes:
- Acidente Leve: pequenos acidentes ocorridos nas OM, que não necessitem hospitalização, baixa
domiciliar ou em enfermaria, nem tampouco afastamento das atividades rotineiras do militar, dentre
outros conforme análise do C Mil A
- Acidente médio: acidentes necessitem de hospitalização, baixa domiciliar ou em enfermaria,
gerando afastamento temporário, porém sem lesões significativas. Acidentes com viatura, sem danos
pessoais ou materiais significativos, disparo acidental sem vítimas, acidentes na água sem vítimas,
outros a critério do C Mil A.
- Acidente graves: acidentes com óbito, múltiplas vítimas, grave lesão gerando incapacidade física
permanente ou de longa recuperação, perda significativa de material ou sério impacto para a Força
Terrestre.
(3) Utilizar o quadro de fatores contribuintes disponível no An “B” deste manual.

A-2
EB70-MT-11.418
ANEXO B
FATORES CONTRIBUITES DE ACIDENTES
(SUGESTÃO)

Nº FC Aspecto Terminologia Definição


1 Carga de trabalho - Influência do excesso de atividades.
Condições
- Fenômenos meteorológicos que podem
2 meteorológicas
interferir na execução da atividade.
adversas
- Influência do nível de entendimento das
Desconhecimento normas, regras e procedimentos, por parte
3
da norma do executante, durante a realização de uma
atividade.
- Omissão involuntária de procedimentos ou
4 Esquecimento parte deles, em decorrência do esquecimento
de algo conhecido.
- Deficiência qualitativa ou quantitativa do
processo de treinamento, não sendo transmi-
5 Instrução
tidos os conhecimentos e condições técnicas
necessárias ao desempenho da atividade.
- Inadequada avaliação quanto às ações a
6 Apreciação
serem realizadas em determinada atividade.
FO
- - Inadequação de serviços realizados por
7 (1) Manutenção
pessoal especializado em manutenção.
- Inadequação no planejamento realizado
Planejamento pela OM a nível gerencial, especialmente
8
gerencial alocação de recursos materiais e humanos
para o desenvolvimento da atividade.
- Pouca experiência para realizar a atividade
9 Experiência
proposta.
- Inadequada supervisão da OM quanto à
Supervisão ge- realização das atividades planejadas e execu-
10
rencial tadas, nos âmbitos administrativos, técnicos
e operacionais.
- Condições de conforto ambiental proporcio-
nadas pelo ambiente físico (iluminação, ven-
Condições físicas tilação, temperatura, umidade do ar, pressão
11
do trabalho sonora e atmosférica, vibração) e posto de
trabalho (mobiliário, arranjo, dimensão, etc),
interferindo no desempenho.
12 Outros - Aspectos julgados fundamentais.
- Estado em que a pessoa se apresenta an-
13 Ansiedade
FH gustiada por medo do inesperado; nervoso.
Fisiológico
(2) - Alimentação em horários irregulares ou sem
14 Dieta inadequada
equilíbrio entre os grupos de alimentos.

B-1
EB70-MT-11.418

Nº FC Aspecto Terminologia Definição


- Estado de sofrimento físico proveniente de
15 Dor
doença e/ou ferimento.
16 Enfermidade - Doença, moléstia.
- Resultante final de estímulos estressantes,
17 Fadiga de natureza variada, que levam à queda pro-
gressiva ou abrupta da qualidade de trabalho.
18 Insônia - Ausência de sono, dificuldade para dormir.
Intoxicação ali-
19 - Ingestão de alimentos contaminados.
Fisiológico mentar
- Substância (natural ou não) utilizada para
20 Medicamento
aliviar a dor.
- Estado mórbido em que o índice de massa
21 Obesidade
corporal excede a 30 IMC.
- Conjunto de sintomas de mal-estar resultante
22 Ressaca da ingestão anterior de bebidas alcoólicas ou
o consumo de drogas ilícitas.
23 Outros - Julgados fundamentais.
- Função cognitiva pela qual se processa ativa-
mente uma quantidade limitada de informação,
24 Atenção
a partir dos sentidos, das memórias armazena-
das e dos outros processos cognitivos.
FH - Processo pelo qual um comunicador organiza
(2) uma ideia ou fato, através de um conjunto
sistemático de símbolos ou códigos (mensa-
25 Comunicação
gem) e seleciona os meios apropriados para
que seus propósitos possam ser expressos ao
receptor que a decodifica.
- Estado interior caracterizado por componen-
tes subjetivos (sentimentos e pensamentos),
comportamentais
26 Estado emocional (expressões faciais, gestos e ações) e fisio-
lógicos (liberação de adrenalina, aumento da
Psicológico frequência cardíaca e respiratória, aumento
da concentração de açúcar, etc).
- Mobilização química coordenada de todo o
corpo humano para atender às exigências do
meio ambiente. É um estado de tensão mental
e físico que produz desequilíbrio no funcio-
namento global do ser humano e enfraquece
seu sistema imunológico. Provoca variações
Indícios de es- no nível cognitivo (concentração, velocidade
27
tresse de resposta, memória, etc), no nível emocional
(personalidade, controle emocional, autoes-
tima, etc), no nível comportamental (sono,
interesse, articulação verbal, etc) e no nível
fisiológico (sudorese, taquicardia, padrão de
sono, sintomas gástricos e dermatológicos,
etc).

B-2
EB70-MT-11.418

Nº FC Aspecto Terminologia Definição

- Processo de influenciar as atividades de


indivíduos ou grupos para a consecução de
28 Liderança um objetivo em uma dada situação. Deve-se
observar a influência do comportamento do
líder na eficiência do desempenho da equipe.

- Processo pelo qual o indivíduo adquire e


retém novas informações sobre objetos, fatos
29 Memória
e experiências. O processo engloba aprendi-
zagem e desempenho.

- Estado interno que tem origem em uma


necessidade e que move o organismo, dire-
cionando o comportamento para objetivos que
30 Motivação
possam satisfazê-la, tais como: fome, sede,
FH sono, afeto, poder, realização, status, dinheiro,
Psicológico
(2) recompensas, etc.

- Refere-se à divisão de tarefas, pausas,


Organização do escalas, jornadas, autonomia, hierarquia,
31
trabalho modalidades de gerenciamento e questões
de responsabilidade.

- Processo em que o indivíduo recolhe e ana-


Processo deci- lisa informações relevantes para determinada
32
sório situação e escolhe a alternativa mais aceitável
dentro do tempo disponível.

Relações inter- - Modos como os indivíduos e grupos intera-


33
pessoais gem na OM.
34 Outros - Aspectos julgados fundamentais.

- Deficiência na montagem ou no manuseio


35 Fabricação
de material durante o processo de fabricação.

FM - Equipamento/material em mau estado de


- Estado/Conser-
36 (3) conservação pode comprometer a sua efici-
vação
ência e a segurança na sua utilização.

37 Outros - Aspectos julgados fundamentais.

Observações:
(1) Fatores Operacionais (FO): abrangem todas as circunstâncias que envolvem o Homem no exercício
de uma atividade (ações ou omissões), bem como os fenômenos naturais e a infraestrutura existente.
(2) Fatores Humanos (FH): abrangem todas as circunstâncias que envolvem o Homem sob o ponto
de vista biológico, em seus aspectos fisiológicos e psicológicos.
(3) Fatores Materiais (FM): abrange todas as circunstâncias de um equipamento ou material, princi-
palmente quanto ao seu estado de conservação e de segurança.

B-3
EB70-MT-11.418

B-4
EB70-MT-11.418
ANEXO C
SUGESTÕES DE FATORES DE RISCO

C.1 EMPREGO DE AGENTES QUÍMICOS


C.1.1 FATOR OPERACIONAL
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para realizar o pronto aten-
dimento médico e evacuação.
- As instalações existentes estão fora do afastamento mínimo permitido.
- Os instrutores e monitores são inexperientes.
- O nível de instrução dos executantes é insuficiente.
- Não é possível manter a distância de segurança entre o local de acionamento
e os executantes.
- A área que será realizada a atividade apresenta vulnerabilidades quanto ao
acesso de pessoas estranhas a atividade militar.
- Existe possibilidade de incêndio na área que será realizada a atividade.
- Não é possível realizar um controle rigoroso de todo o efetivo participante da
atividade.
- O ambiente motiva à competição onde ela não é requerida.
- Não há equipamentos de proteção individual e de segurança para todos envol-
vidos
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da execução e as equipes
de segurança.
- A população da área não foi informada das medidas de segurança existentes e
tem possibilidade de aceso à área que será realizada a atividade.
- Há previsão de condições meteorológicas adversas.
- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.
- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições de execução do exercício.
C.1.2 FATOR HUMANO
- Executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
C-1
EB70-MT-11.418
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Outros, conforme as condições de execução do exercício
C.1.3 FATOR MATERIAL
- Os agentes químicos não estão em perfeitas condições de uso
- As condições de temperatura, umidade e vento não estão de acordo com as
normas
- O material ficará exposto diretamente aos raios solares
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.2 TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D’ÁGUA (sem embarcações)


C.2.1 FATOR OPERACIONAL
- Existem não-nadadores entre os executantes.
- Não é possível delimitar, balizar e isolar toda a área de instrução.
- A equipe de instrução não tem como realizar um controle rigoroso do efetivo
participante da atividade.
- O número de mergulhadores aptos à segurança dos executantes é insuficiente
para a atividade.
- O ambiente motiva à competição onde ela não é requerida.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- O local da instrução possui obstáculos de elevado risco.
- Existem locais de correnteza significativa no local da instrução.
- Os executantes estão portando equipamentos e armamento.
- Os executantes não realizaram treinamento anterior de natação.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para realizar o pronto aten-
dimento médico e a evacuação
- Não há bote salva-vidas acompanhando todo o trajeto da transposição.
- Não é possível estabelecer comunicação entre o controle da instrução e as
equipes de segurança.
- A área da atividade não pode ser delimitada ou interditada ou os meios para
interdição da área não são adequados.

C-2
EB70-MT-11.418
- Há previsão de condições meteorológicas adversas.
- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.
- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições de execução do exercício.
C.2.2 FATOR HUMANO
- Executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Existem instruendos com moléstias ou doenças pré-existentes.
- Outros, conforme as condições de execução do exercício.
C.2.3 FATOR MATERIAL
- Os equipamentos de auxílio à flutuação não estão em perfeitas condições de uso.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.3 TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS


C.3.1 FATOR OPERACIONAL
- Não há equipamentos de proteção individual e de segurança para todos envol-
vidos
- Há previsão de um grande número de instruendos para realizar as seções de tiro.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e a evacuação.
- O tiro é conduzido e auxiliado por militares com pouca experiência nesta atividade
- Há deficiência nas instruções relativas ao armamento, munição e tiro dos exe-
cutantes.
- O tiro é realizado em movimento e em alvos móveis
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- A manutenção do estande de tiro é deficiente. Os taludes e bermas não são
compatíveis com o tipo de tiro e calibre da arma.
- Não há efetivo para mobiliar uma equipe de segurança para delimitação e in-
terdição da área.

C-3
EB70-MT-11.418
- A área do tiro é propícia para a ocorrência de incêndio.
- Existe dificuldade de comunicação entre o local da instrução e a sede da OM.
- Há previsão de condições meteorológicas adversas.
- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.
- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições de execução do exercício.
C.3.2 FATOR HUMANO
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.3.3 FATOR MATERIAL
- O estado de conservação do armamento pode comprometer a segurança da
atividade.
- O lote de munição vem apresentando falhas constantes.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.4 PISTA DE PENTATLO MILITAR


C.4.1 FATOR OPERACIONAL
- O uniforme dos executantes não é o adequado para a atividade.
- Foi identificado deficiência na instrução dos executantes.
Os obstáculos da pista não estão secos.
- Em alguns locais da pista o piso é deficiente.
- O ambiente motiva ao exibicionismo e competição onde não são requeridos.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- A manutenção da pista não está em dia ou foi bem executada.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para pronto atendimento
médico e a evacuação.
- Há previsão de condições meteorológicas adversas.
- Outros, conforme as condições de execução da pista.

C-4
EB70-MT-11.418
C.4.2 FATOR HUMANO
- Executantes não estão em condições físicas adequadas.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Existem instruendos com moléstias ou doenças pré-existentes.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.4.3 FATOR MATERIAL
- A pista e os obstáculos não estão dentro dos padrões exigidos.
- Os obstáculos e seus acessórios não estão em bom estado de conservação.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.5 PISTA DE COMBATE EM LOCALIDADE


C.5.1 FATOR OPERACIONAL
- Há previsão de condições meteorológicas adversas.
- Os executantes estão equipados e com armamento.
- Haverá emprego de armamento, munição e agentes químicos durante a exe-
cução da pista.
- Não há equipamentos de proteção individual e de segurança para todos envol-
vidos
- Haverá realização de tiro real pelos executores.
- Haverá realização de tiro simulado ou rela por parte da equipe de instrução.
- Os instrutores e monitores são inexperientes.
- O nível de instrução dos executantes é insuficiente.
- Os executantes da pista são inexperientes.
- O ambiente motiva ao exibicionismo e à competição onde não são requeridos.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da execução e as equipes
de segurança.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e evacuação.
- Foram identificadas condições propícias para incêndio.

C-5
EB70-MT-11.418
- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições de execução da pista.
C.5.2 FATOR HUMANO
- Executantes da pista não estão em condições físicas adequadas.
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Existem instruendos com moléstias ou doenças pré-existentes.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.5.3 FATOR MATERIAL
- Os obstáculos e seus acessórios não estão em perfeitas condições para uso.
- A manutenção da pista não está em dia ou não foi bem executada.
- As dimensões dos obstáculos da pista não estão dentro dos padrões exigidos.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.6 INSTRUÇÃO DE TÉCNICAS DE NATAÇÃO E FLUTUAÇÃO


C.6.1 FATOR OPERACIONAL
- Existem não-nadadores entre os executantes.
- Os executantes estão equipados e com armamento.
- A área da instrução possui locais de risco e não está delimitada, balizada e
isolada.
- Os instrutores e monitores são inexperientes.
- As condições da pista não permitem um controle rigoroso do efetivo participante
da atividade
- Não houve treinamento anterior em piscina.
- O nível de instrução dos executantes é insuficiente.
- Os executantes são inexperientes.
- Não existem controladores nadadores para o acompanhamento de todos os
executantes.
- O ambiente motiva ao exibicionismo e à competição onde não são requeridos.
- Há locais com correnteza no local da instrução

C-6
EB70-MT-11.418
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e evacuação.
- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da execução e as equipes
de segurança.
- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.
- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições de execução da instrução.
C.6.2 FATOR HUMANO
- Executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Existem instruendos com moléstias ou doenças pré-existentes
- Durante as instruções preliminares foram identificados instruendos com pânico
na água.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.6.3 FATOR MATERIAL
- Não há equipamentos de segurança para todos envolvidos.
- Não há botes salva-vidas suficientes para o acompanhando a instrução.
- Os equipamentos de auxílio à flutuação estão vencidos ou não estão em per-
feitas condições de uso.
- Os meios para isolamento da área da instrução não são adequados ou suficientes.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.7 EMPREGO DE MINAS E ARMADILHAS


C.7.1 FATOR OPERACIONAL
- Os instrutores e monitores são inexperientes.
- O nível de instrução dos executantes é insuficiente.
- O ambiente motiva à competição onde ela não é requerida.

C-7
EB70-MT-11.418
- Há possibilidade de alguns dos envolvidos estar portando equipamento com
emissão eletromagnética.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- A área da instrução possui locais de risco e não está delimitada, balizada e
isolada.
- Os executantes estão equipados e com armamento.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e a evacuação.
- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da atividade e as equipes
de segurança.
- O local de acondicionamento do material explosivo é exposto e de fácil acesso.
- Os equipamentos de proteção individual e de segurança são insuficientes.
- Existe possibilidade de incêndio na área de instrução.
- A instrução possibilita a existência futura de engenhos falhados.
- A população da área não foi informada das medidas de segurança existentes.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.7.2 FATOR HUMANO
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.7.3 FATOR MATERIAL
- Os acionadores e seus acessórios apresentam sinais de deterioração.
- Os lotes das minas embora dentro prazos de validade, apresentam sinais de
deterioração.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.8 DESLOCAMENTOS MOTORIZADOS, MECANIZADOS E BLINDADOS


C.8.1 FATOR OPERACIONAL
- O itinerário não foi reconhecido e não é de conhecimento dos motoristas.
- Não foi realizado um planejamento prévio do itinerário de deslocamento.

C-8
EB70-MT-11.418
- A viaturas utilizarão reboque.
- Os chefes de viaturas são inexperientes.
- Os motoristas são inexperientes.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos motoristas, a ponto de gerar
imprudência.
- Existem trechos de deslocamento sem cobertura asfáltica.
- O itinerário tem trechos sujeitos a desbarrancamento ou atolamento.
- Alguns trechos apresentam visibilidade reduzida (neblina, névoa, queimadas).
- Há previsão de deslocamento noturno
- O deslocamento passará por vias com grande densidade de tráfego.
- O itinerário prevê a passagem em locais sensíveis e com probabilidade de atentar
contra a segurança do pessoal e material.
- Há previsão de condições meteorológicas adversas.
- Haverá transporte de carga perigosa.
- Os executantes não receberam instruções centralizadas relativas ao desloca-
mento.
- Não há margem de segurança para atrasos.
- Não há equipamentos de proteção individual e de segurança para todos envol-
vidos
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e a evacuação.
- Existe dificuldade de comunicação com o comboio no decorrer da atividade.
- A equipe de manutenção não terá condições de prestar socorro em curto prazo.
- Outros, conforme as condições de execução do deslocamento.
C.8.2 FATOR HUMANO
- Há indícios de consumo de bebida alcoólica na véspera e durante a atividade,
dentre os participantes do deslocamento.
- Os executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação do deslocamento gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os motoristas e chefes de viatura.
- Os motoristas se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Existem motoristas com moléstias ou doenças pré-existentes.
- Outros, conforme as condições de execução do deslocamento.
C-9
EB70-MT-11.418

C.8.3 FATOR MATERIAL


- As viaturas apresentam deficiência nos dispositivos de segurança.
- As viaturas não foram manutenidas para realizar a atividade.
- As viaturas são antigas.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.9 MARCHAS A PÉ
C.9.1 FATOR OPERACIONAL
- Há previsão de condições meteorológicas adversas (chuva, calor ou frio).
- Parte do itinerário será através campo.
- Parte da marcha ocorrerá em vias com grande densidade de tráfego de veículos.
- Não existe a possibilidade de escolta, batedores ou destacamentos de controle
e balizamento.
- Há necessidade de passagem de vau.
- O itinerário prevê a passagem em locais sensíveis e com probabilidade de atentar
contra a segurança do pessoal e material.
- Os instrutores e monitores são inexperientes.
- O nível de instrução dos executantes é insuficiente.
- O controle do efetivo participante é difícil.
- O suprimento de água será restrito durante a marcha.
- Não haverá uma equipe de saúde durante todo o itinerário da marcha.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e a evacuação.
- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da atividade com as equipes
de segurança e a com a OM.
- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.
- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições da marcha.
C.9.2 FATOR HUMANO
- Executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
C-10
EB70-MT-11.418
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Existem instruendos com moléstias ou doenças pré-existentes

C.9.3 FATOR MATERIAL


- Devido as condições meteorológicas adversas, o horário, o uniforme e o equi-
pamento são inadequados para às condições de execução da marcha.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.10 MANOBRAS DE FORÇA


C.10.1 FATOR OPERACIONAL
- A equipe que executará as manobras de força é inexperiente nesta atividade.
- Há necessidade de remoção de cargas perigosas.
- Os executantes não receberam instruções relativas à manobra de força espe-
cífica.
- A área de execução é de difícil acesso.
- O ambiente motiva ao exibicionismo onde ele não é requerido.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- Não há EPI para todos os executantes.
- Não é possível balizar adequadamente a área.
- Existe dificuldade de comunicação entre os executantes da manobra de força
e a sede da OM.
- Excessiva carga de trabalho da equipe realizará a manobra de força.
- Outros, conforme as condições de execução da manobra de força.
C.10.2 FATOR HUMANO
- Executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação existente gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os executantes da manobra de força.
- Os executantes da manobra de força se encontraram em estado avançado de
fadigamento físico.

C-11
EB70-MT-11.418

- Existe, dentre os executantes da manobra de força, militares com moléstias ou


doenças pré-existentes.
C.10.3 FATOR MATERIAL
- Os equipamentos previstos não estão em perfeitas condições para uso.
- Alguns equipamentos de força precisam ser adaptados.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.11 EMPREGO DE GRANADAS DE MÃO, DE BOCAL E SIMULACROS


C.11.1 FATOR OPERACIONAL
- As áreas de lançamento não podem ser delimitadas, balizadas e isoladas.
- O local para a execução do lançamento é fechado.
- Não houve ensaio com equipamento inerte.
- A equipe de aplicação da instrução é inexperiente.
- O nível de instrução dos executantes é insuficiente.
- O lançamento será realizado em movimento.
- Existem locais não reconhecidos na área do exercício.
- A situação simula ambiente hostil real ou simulado.
- O ambiente motiva à competição onde ela não é requerida.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- Os taludes, bermas e abrigos apresentam vulnerabilidades quanto a projeção
de estilhaços.
- Não há equipamentos de proteção individual e de segurança para todos envol-
vidos.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e a evacuação.
- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da execução e as equipes
de segurança.
- Existe a probabilidade de ocorrência de incêndio durante a realização da ativi-
dade.
- A instrução possibilita a existência futura de engenhos falhados.
- A população da área não foi informada das medidas de segurança existentes.

C-12
EB70-MT-11.418

- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.


- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.11.2 FATOR HUMANO
- Executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.11.2 FATOR MATERIAL
- O estado de conservação do armamento pode comprometer a segurança da
atividade.
- O lote de munição e explosivos vêm apresentando falhas constantes.
- Os engenhos serão manuseados em local fechado.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.12 EMPREGO DE EXPLOSIVOS E DESTRUIÇÕES


C.12.1 FATOR OPERACIONAL
- Os instrutores e monitores não têm experiência no emprego dos explosivos.
- O nível de instrução dos executantes é baixo.
- O local de acionamento dos explosivos é próximo aos executantes/assistência.
- A preparação e o acionamento das cargas serão executados por vários militares.
- Há previsão de existência de equipamentos de emissão eletromagnética ligado
durante a execução da atividade.
- A situação apresenta ambiente hostil real ou simulado.
- O ambiente motiva ao exibicionismo.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- Não há equipamentos de proteção individual e de segurança para todos envol-
vidos.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e a evacuação.

C-13
EB70-MT-11.418

- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da execução da atividade e


as equipes de segurança.
- Existe a probabilidade de ocorrência de incêndio durante a realização da ativi-
dade.
- A instrução possibilita a existência futura de engenhos falhados.
- A população da área não foi informada das medidas de segurança existentes.
- Há previsão de condições meteorológicas adversas (temperatura e umidade).
- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.
- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.12.2 FATOR HUMANO
- Os executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os executores.
- Os executores se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.12.3 FATOR MATERIAL
- Os acionadores e seus acessórios apresentam sinais de deterioração.
- Os lotes de explosivos, embora dentro dos lotes, apresentam sinais de dete-
rioração.
- Os explosivos e espoletas poderão ficar expostos diretamente aos raios solares.
- Os explosivos e espoletas serão manuseadas em local fechado.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.13 EXERCÍCIO DE DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇA (EDL)


C.13.1 FATOR OPERACIONAL
- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.
- Os militares estarão portando armamento real.
- Não é possível realizar um controle rigoroso do efetivo participante da atividade.
- Os executantes são inexperientes.
- O nível de instrução dos executantes é baixo.

C-14
EB70-MT-11.418
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- A equipe de aplicação da instrução tem pouca experiencia nesta atividade.
- Não há margens de segurança para erros e atrasos.
- Haverá simulação de ambiente hostil no exercício.
- O ambiente motiva à competição e ao exibicionismo onde eles não são reque-
ridos.
- A área onde será realizada o EDL possui áreas de risco não interditadas ou
balizadas.
- Os instruendos não estão devidamente capacitados para realizar os primeiros
socorros.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e evacuação.
- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da execução e as equipes
de segurança.
- Há previsão de condições meteorológicas adversas (chuvas torrenciais e frio
ou calor elevados).
- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições de execução do exercício.
C.13.2 FATOR HUMANO
- Executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação simulada da instrução gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os instruendos.
- Os instruendos se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
C.13.3 FATOR MATERIAL
- Ausência de material de primeiros socorros entre os executantes.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C.14 LOCALIZAÇÃO E DESTRUIÇÃO DE ENGENHOS FALHADOS


C.14.1 FATOR OPERACIONAL
- O responsável pela preparação das cargas é inexperiente
- Há destroços sobre os engenhos falhados

C-15
EB70-MT-11.418

- Há necessidade de remoção dos engenhos falhados para sua destruição


- Os engenhos falhados serão destruídos em local fechado.
- A localização dos engenhos falhados não é do conhecimento da TuLeDEF.
- Os membros da TuLeDEF têm pouca experiência no emprego dos explosivos.
- Há previsão de existência de equipamentos de emissão eletromagnética ligado
no local da execução da atividade.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- Não há equipamentos de proteção individual e de segurança para todos envol-
vidos.
- Existe dificuldade de comunicação com a TuLeDEF.
- Existe a probabilidade de ocorrência de incêndio durante a realização da ativi-
dade.
- Há previsão de condições meteorológicas adversas (temperatura e umidade).
- A destruição de engenhos falhados ocorrerá em área não pertencente ao Exér-
cito Brasileiro.
- Excessiva carga de trabalho da TuLeDEF.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.14.2 FATOR HUMANO
- Os executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação existente gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os executores.
- Os executores se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Outros, conforme as condições de execução da atividade.
C.14.3 FATOR MATERIAL
- Os acionadores e seus acessórios apresentam sinais de deterioração.
- Os lotes de explosivos, embora dentro dos prazos de validade, apresentam
sinais de deterioração.
- Os explosivos e espoletas poderão ficar expostos diretamente aos raios solares
- Os explosivos e espoletas serão manuseadas em local fechado.
- Não há material explosivo suficiente para todos os engenhos falhados
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.
C-16
EB70-MT-11.418
C.15 TIRO DAS ARMAS COLETIVAS
C.15.1 FATOR OPERACIONAL
- Existem campos de tiro e áreas de alvos que não estão delimitados, balizados
e isolados.
- Há dificuldade de controle de todos os executantes de tiro
- Não foram realizados exercícios de tiro com redutores de calibre
- O nível de instrução dos executares é baixo.
- Os executantes são inexperientes.
- A equipe de instrução tem pouca experiência na atividade
- O tiro é executado em movimento e também utilizando alvos móvel
- Haverá simulação de ambiente hostil.
- O local de acionamento das munições explosivas é próximo aos executantes/
assistência.
- Há previsão de existência de equipamentos de emissão eletromagnética ligado
na área da instrução.
- O ambiente motiva à competição e ao exibicionismo onde eles não são reque-
ridos.
- Há indícios de excesso de confiança por parte dos executantes, a ponto de
gerar imprudência.
- Não há equipamentos de proteção individual e de segurança para todos envol-
vidos.
- Os meios da equipe de saúde não são suficientes para o pronto atendimento
médico e evacuação.
- A manutenção do estande de tiro é deficiente. Os taludes e bermas não são
compatíveis com o tipo de tiro e calibre da arma.
- Existe dificuldade de comunicação entre o controle da execução e as equipes
de segurança.
- Existe a probabilidade de ocorrência de incêndio durante a realização da ativi-
dade.
- A instrução possibilita a existência futura de engenhos falhados.
- A população da área não foi informada das medidas de segurança existentes.
- Há previsão de condições meteorológicas adversas (chuvas torrenciais e frio
ou calor elevados).

C-17
EB70-MT-11.418

- O exercício ocorrerá em área não pertencente ao Exército Brasileiro.


- Excessiva carga de trabalho na equipe de instrução.
- Outros, conforme as condições de execução do exercício.
C.15.2 FATOR HUMANO
- Os executantes não estão em condições físicas adequadas.
- A situação existente gera estresse exagerado nos executores.
- Há previsão de privação de sono entre os executores.
- Os executores se encontraram em estado avançado de fadigamento físico.
- Outros, conforme as condições de execução do exercício.
C.15.3 FATOR MATERIAL
- O estado de conservação do armamento pode comprometer a segurança da
atividade.
- O lote de munição vem apresentando falhas constantes.
- Os acionadores e seus acessórios apresentam sinais de deterioração.
- Os lotes de explosivos, embora dentro dos lotes, apresentam sinais de dete-
rioração.
- Os explosivos e espoletas poderão ficar expostos diretamente aos raios solares
- Os explosivos e espoletas serão manuseadas em local fechado.
- Outros, de acordo com as características e condições dos materiais empregados
na atividade.

C-18
ANEXO D
MODELO DE MATRIZ DE GERENCIAMENTO DE RISCO

MATRIZ DE GERENCIAMENTO DE RISCO


Anl do Risco Inicial

ATIVIDADE MILITAR Data Período Cls


Pbld Gv
Risco

(1) (2) (3) (4) (4) (4)


Anl do Risco Residual dos Ftr
Risco
Clas Medidas Preventivas/Mitigadoras
Fatores de Risco Pbld Gv
Risco Quem? O que? Quando? Como? Cls
Pbld Gv
Risco

(5) Fator 1 (6) (6) (6) (7) (8) (8) (8)

(5) Fator 2 (6) (6) (6) (7) (8) (8) (8)

(5) Fator 3 (6) (6) (6) (7) (8) (8) (8)

(5) Fator n (6) (6) (6) (7) (8) (8) (8)


Anl Risco Residual Final
Cls
Pbld Gv
Risco
REVISÃO DA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DA ATIVIDADE MILITAR

(9) (9) (9)

D-1
EB70-MT-11.418
EB70-MT-11.418
SEQUÊNCIA DE PREENCHIMENTO DA
MATRIZ DE GERENCIAMENTO DE RISCO

(1) Descrição da atividade militar:


- Ex: Marcha de 8 KM da IIB, Tiro das armas coletivas da 2ª Bda C Mec, Deslo-
camento Motorizado para CI Barão de São Borja, dentre outros.
(2) Data: data da atividade militar planejada:
- Ex: 30 JUL 21.
(3) Período: período que ocorrerá a atividade:
- Ex: 08:00 – 12:00.
(4) Análise do risco inicial:
- Análise do risco inicial da atividade militar por probabilidade (de acordo com a
Matriz de Probabilidade de Riscos), gravidade (Matriz de Gravidade de Riscos)
e classificação do risco (Matriz de Anl de Riscos).
(5) Fatores de Risco identificados:
- Lançamento dos fatores de risco conforme Anexo C deste manual, banco de
dados, lições aprendidas e experiência do responsável pelo preenchimento da
Matriz de Gerenciamento de Risco.
(6) Análise dos Fatores de Risco:
- Análise de cada fator de risco, individualmente, por probabilidade (de acordo
com a Matriz de Probabilidade de Riscos), gravidade (Matriz de Gravidade de
Riscos) e classificação do risco (Matriz de Análise de Riscos).
(7) Medidas Preventivas/Mitigadoras:
- Determinação das medidas preventivas/mitigadoras para cada fator de risco
identificado.
- Para cada medida preventiva/mitigadora deverão ser respondidas as seguintes
perguntas: Quem? O que? Como? Quando?
(8) Análise do risco residual dos Fatores de Risco:
- Análise dos riscos residuais de cada Fator de Risco por probabilidade (de acordo
com a Matriz de Probabilidade de Riscos), gravidade (Matriz de Gravidade de
Riscos) e classificação do risco (Matriz de Análise de Riscos), após o estabeleci-
mento das medidas preventivas/mitigadoras.

D-2
EB70-MT-11.418
(9) Avaliação do risco residual final:
- Análise do risco residual final, por meio da análise dos riscos mitigados de cada
fator de risco.
- Utilizar a mesma metodologia utiliza para a análise do risco inicial: probabilidade
(de acordo com a Matriz de Probabilidade de Riscos), gravidade (Matriz de Gra-
vidade de Riscos) e classificação do risco (Matriz de Análise de Riscos).

D-3
EB70-MT-11.418

D-4
EB70-MT-11.418
ANEXO E
MODELO DE RELATÓRIO DE VISTORIA DE SEGURANÇA

E-1
EB70-MT-11.418

E-2
EB70-MT-11.418

E-3
EB70-MT-11.418

E-4
EB70-MT-11.418

E-5
EB70-MT-11.418

E-6
EB70-MT-11.418

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


Brasília, DF, 3 de setembro de 2021
https://portaldopreparo.eb.mil.br
EB70-MT-11.418

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