Estudo Batismo em Aguas 2020

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ESTUDO BÍBLICO PARA CANDIDATOS AO BATISMO EM ÁGUAS

I. BATISMO
II. DEPOIS DO BATISMO
III. A CEIA DO SENHOR

1. O QUE É O BATISMO?
Nós, das Assembleias de Deus cremos, professamos e ensinamos que o batismo em águas é uma
ordenança de Cristo para a sua Igreja, dada por ordem específica do Senhor Jesus: “Portanto, ide, ensinai
todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Reconhecemos esse ato como o testemunho público da experiência anterior, o novo
nascimento, mediante a qual o crente participa espiritualmente da morte e da ressurreição de Cristo:
“Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou
dos mortos” (Cl 2.12).
O batismo em águas é um ato importante e repleto de significados espirituais, que é administrado
pela Igreja ao crente, mediante arrependimento e confissão de fé, onde quer que o evangelho seja pregado.
Desse modo o novo cristão expressa sua fé publicamente e é inserido na comunhão da igreja local
da qual passa a ser um membro efetivo e participar da Santa Ceia.

1.1 É UMA ORDENANÇA DE ARREPENDIMENTO E FÉ EM JESUS CRISTO...


Depois de sua morte e ressurreição, antes de ser recebido nos céus, Jesus deu uma ordem a seus
discípulos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 28:19-20)
§ “Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2:38)
§ “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”. (Mc 16:16)

1.2 A FORMA FÍSICA DO BATISMO


Nós o efetuamos por imersão do corpo inteiro uma única vez em águas, em nome do Pai, e do
Filho e do Espírito Santo. A palavra “batismo” significa “mergulho, imersão”.
As evidências do Novo Testamento não deixam dúvida sobre esse procedimento.
João Batista batizava em Enom: “porque havia ali muitas águas; e vinham ali e eram batizados” (Jo
3.23).
Quando o Senhor Jesus foi batizado, está escrito que, após o ato, ele “saiu logo da água” (Mt 3.16).
Não foi diferente no batismo do eunuco da rainha da Etiópia: “e desceram ambos à água, tanto Filipe como
o eunuco, e o batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe” (At 8.38,39).
O batismo simboliza a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, deixando claro que se trata de
uma prática imersionista: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como
Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Rm
6.4). Trata-se de um ato público de fé no qual, de modo simbólico, sepultamos a vida antiga e ressuscitamos
com Cristo para uma nova vida.

1.2 A FÓRMULA BATISMAL.


A ordem dada por Jesus foi de batizar “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Cremos e praticamos a fórmula que ele mesmo ordenou. Uma ordem dada por Jesus deve ser cumprida.
Sobre a expressão que aparece quatro vezes no Novo Testamento: “em nome de Jesus Cristo” (At 2.38),
“em nome do Senhor Jesus” (At 8.16; 19.5) e “em nome do Senhor” (At 10.48), significa apenas que o
batismo é realizado na autoridade do nome de Jesus.

1.3 BATISMO NÃO É SINÔNIMO DE REGENERAÇÃO


O batismo não é salvação; somos salvos pela graça mediante a fé. O perdão dos pecados está em
conexão com o arrependimento que precede o batismo.
A frase “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos
pecados” (At 2.38) é interpretada erroneamente, muitas vezes, como essencial ao perdão, como fazem as
principais seitas unicistas. No sermão seguinte, o apóstolo Pedro nem sequer menciona o batismo; a ênfase
é dada ao arrependimento, à conversão e à aceitação de Cristo: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para
que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do
Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado” (At 3.19,20).
O contexto bíblico mostra que o batismo não salva: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem
não crer será condenado” (Mc 16.16). Não há menção de batismo na segunda cláusula; isso mostra que a
simples falta de fé leva à condenação, e não a falta de batismo.
Nós fomos batizados porque já somos salvos e não para sermos salvos. João Batista só
batizava quem manifestava “frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8; Lc 3.8).
Os primeiros candidatos ao batismo recebiam antes a palavra e depois se submetiam ao batismo:
“De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-
se quase três mil almas” (At 2.41).
Assim sendo, é possível uma salvação sem batismo, como aconteceu com o malfeitor crucificado
ao lado do Senhor Jesus; o malfeitor arrependeu-se e não teve tempo para ser batizado. O batismo é uma
ordenança divina; é, em si, um ato de compromisso e profissão de fé; é um ato público em confirmação
daquilo que já possuímos — a salvação pela fé em Jesus.

1.4 O BATISMO INFANTIL


Não aceitamos nem praticamos o batismo infantil por:
- não haver exemplo de batismo de crianças nas Escrituras e por não ser o batismo um meio da
graça salvadora, ou sinal e selo da aliança, que substitui a circuncisão dos israelitas.
- não ser possível à criança ter consciência de pecado, condição necessária para que ocorra
arrependimento. As crianças, em estado pueril, não preenchem esses requisitos. Sobre a circuncisão, o
pensamento cristão bíblico é: “em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma,
mas sim o ser uma nova criatura” (Gl 6.15). Cremos e ensinamos que o batismo é apenas para os que
primeiramente se arrependem dos seus pecados e creem em Jesus, sendo também necessário pedir para
ser batizado:
“Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração.
E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram
ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (At 8.36-38).
Assim, os candidatos ao batismo precisam exercer o arrependimento e a fé.
O Novo Testamento mostra o batismo posterior à fé. Isso é visto no dia de Pentecostes e na
campanha evangelística de Filipe em Samaria: “como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino
de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres” (At 8.12). Esses fatos não
deixam margem para o batismo infantil.

1.5 DEVE SER MINISTRADO POR UM LÍDER ESPIRITUAL E SEM DELONGAS


Segundo os textos bíblicos, não encontramos conteúdo de ensino e preparação que devem preceder
ao Batismo nas águas, apenas um princípio de direção e liderança espiritual.
§ Quanto aos samaritanos “Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de
Deus e do nome de Jesus, batizavam-se homens e mulheres.” (At 8:12)
§ O etíope eunuco “E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o
eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? [E disse Felipe: é lícito, se crês de todo o coração.
E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] mandou parar o carro, e desceram
ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou.” (At 8:36-38)
§ O apóstolo Paulo “Partiu Ananias e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo,
o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas
cheio do Espírito Santo. Logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista: então,
levantando-se, foi batizado.” (At 9:17-18 )
§ Cornélio e sua Família “Enquanto Pedro ainda dizia estas coisas, desceu o Espírito Santo sobre
todos os que ouviam a palavra. Os crentes que eram de circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro,
maravilharam-se de que também sobre os gentios se derramasse o dom do Espírito Santo; porque os
ouviam falar línguas e magnificar a Deus.
Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água para que não sejam batizados
estes que também, como nós, receberam o Espírito Santo? Mandou, pois, que fossem batizados em nome
de Jesus Cristo. Então lhe rogaram que ficasse com eles por alguns dias.” (At 10:44-48)
§ Lídia e sua família “No sábado saímos portas afora para a beira do rio, onde julgávamos haver
um lugar de oração e, sentados, falávamos às mulheres ali reunidas. E certa mulher chamada Lídia,
vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que temia a Deus, nos escutava e o Senhor lhe abriu o coração
para atender às coisas que Paulo dizia. Depois que foi batizada, ela e a sua casa, rogou-nos, dizendo: Se
haveis julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso”. (At
16:13-15)
§ O carcereiro e sua família “... e, tirando-os para fora, disse: Senhores, que me é necessário fazer
para me salvar? Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. Então lhe pregaram
a palavra de Deus, e a todos os que estavam em sua casa. Tomando-os ele consigo naquela mesma hora
da noite, lavou-lhes as feridas; e logo foi batizado, ele e todos os seus. Então os fez subir para sua casa,
pôs-lhes a mesa e alegrou-se muito com toda a sua casa, por ter crido em Deus. Quando amanheceu, os
magistrados mandaram quadrilheiros a dizer: Soltai aqueles homens.” (At 16:30-35)
§ Os doze efésios “Mas Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento, dizendo
ao povo que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em Jesus. Quando ouviram isso, foram
batizados em nome do Senhor Jesus.” (At 19:4-5)

2. DEPOIS DO BATISMO
2.1 TORNAR-SE DISCÍPULO DE CRISTO
Utilizando o texto de Mateus 28:19, concluímos que após o batismo o cristão deve buscar sua
santificação, através dos ensinamentos da Palavra de Deus para nos tornarmos discípulos fieis “Portanto
ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os
dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 28:19-20)
§ Ser salvo é tornar-se um discípulo, não se conformando com a velha forma deste mundo, mas
transformando suas ações e atitudes, através dos pensamentos, com a ajuda do Santo (Rm 12:2). "Então
vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que o não serve."(Ma
3:18)
§ O Discípulo é o seguidor, praticante dos ensinos do seu mestre. “Partindo Jesus dali, viu sentado
na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.” (Mt 9:9)
§ O discípulo está disposto a servir a Deus “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não
vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo
quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.” (Jo 15:14-15)
§ É necessário obedecer, fazer a vontade de Deus. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. (Mt 7:21)

2.2 O CAMINHAR COM CRISTO E SUA IGREJA...


Para caminharmos com Jesus, devemos amar a Deus sobre todas as coisas e aos nossos irmãos
como a nós mesmos “...amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar
ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios”. (Mc 12:33
§ Devemos renunciar o nosso cargo de dono de nossa vida e entregarmos a direção para Jesus
Cristo “Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu
discípulo”. (Lc 14:33)
§ Não basta achar belo o evangelho, precisamos viver e permanecer neste caminho “Dizia, pois,
Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus
discípulos” .(Jo 8:31)
§ Devemos caminhar em amor com a igreja, pois este amor é a essência do nosso Deus “Um novo
mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos
ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.”
(Jo 13:34-35)

2.3 FRUTIFICAR E FAZER DISCIPULOS...


Antes de discipularmos pessoas, devemos dar frutos em nossas vidas que glorificam ao Senhor “Mas
o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. (Gl 5:22-23) e também “.Nisto é glorificado meu Pai, que
deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” (Jo 15:8)
§ Os cristãos devem gerar vida ao seu redor. Não fomos chamados para “encher templos”, mas para
evangelizar o mundo, começando pela nossa vizinhança, nossos parentes, funcionários, amigos etc. “...e
sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da
terra”. (At 1:8) e também “Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para
que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome,
ele vo-lo conceda” (Jo 15:16)
§ Toda a vez que você frutificar, estará fazendo a vontade de Deus, e diretamente estará renovando
sua fé e sua esperança em Cristo Jesus...

3. O QUE É A CEIA DO SENHOR


3.1 É UM MEMORIAL DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO...
Para esclarecimento da nossa relação prática no Corpo, não aceitamos a transubstanciação
(transformação literal do pão no corpo e do vinho no sangue de Cristo), nem a consubstanciação (presença
de Jesus nos elementos), defendida por Martinho Lutero. Estas práticas doutrinárias valorizaram uma ação
física em detrimento de um ato espiritual, desfocando os princípios bíblicos. A igreja de Jesus Cristo crê,
que a ceia é um memorial simbólico (1Cor 11:23), tão relevante quanto o batismo, porém assim como
este, uma ação visível que representa um ato Espiritual.
§ “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo:
Tomai, comei; isto é o meu corpo. E tomando um cálice, rendeu graças e deu lhes, dizendo: Bebei dele
todos; pois isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, o qual é derramado por muitos para remissão
dos pecados”. (Mt 26:24-26)
§ É um ato de comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo. “Ora, o cálice da bênção que
abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de
Cristo?” (1Cor 10:16)
§ É um momento de reflexão, confissão e arrependimento. “Por isso, aquele que comer o pão ou
beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o
homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo,
come e bebe juízo para si”. (1Cor 11:27)
§ É um momento de alegria e celebração da vitória de Cristo, e deve ser celebrado por todos que
pertencem ao Corpo de Cristo, a saber, os que receberam e confessam a Jesus como Senhor e Salvador
de suas vidas. “Comer com alegria. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão
em casa, comiam com alegria e singeleza de coração. (Atos 2:46)
§ Este memorial produz vida para o Corpo. “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo:
Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós
mesmos”.(João 6:53)

TEMPO PARA PERGUNTAS

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