Plano Manejo - Apa Sistema Cantareira
Plano Manejo - Apa Sistema Cantareira
Plano Manejo - Apa Sistema Cantareira
Fundação Florestal
PRESIDENTE
Gerd Sparovek
DIRETORIA EXECUTIVA
Rodrigo Levkovicz
GERÊNCIA METROPOLITANA
Josenei Cará
MEIO BIÓTICO
VEGETAÇÃO
José Fernando Calistron Valle, Fundação Florestal
Josenei Gabriel Cará, Fundação Florestal
Natália Macedo Ivanauskas, Instituto Florestal
Victor del Mazo Quartier, Fundação Florestal
FAUNA
Alexsander Z. Antunes, Instituto Florestal
MEIO FÍSICO
Cláudio José Ferreira - Instituto Geológico/SIMA
Denise Rossini Penteado - Instituto Geológico/SIMA
Iracy Xavier, CETESB
Mirian Ramos Gutjahr, Instituto Geológico/ SIMA
Renato Tavares, Instituto Geológico/ SIMA
Márcia Vieira Silva, Instituto Geológico/ SIMA
Wilian Sallun, Instituto Geológico/ SIMA
MEIO ANTRÓPICO
ZONEAMENTO
Adriana de Arruda Bueno, Fundação Florestal
Aleph Bönecker da Palma, Fundação Florestal
Alexsander Z. Antunes, Instituto Florestal
Anne Karoline Oliveira, Fundação Florestal
Beatriz Truffi Alves, CFB/SIMA
Bianca Dias Damazio, Fundação Florestal
Cleide Oliveira, Fundação Florestal
Cristina Maria do Amaral Azevedo, CPLA/SIMA
Christiane Ap.Hatsumi Tajiri
Fernanda Lemes de Santana, Fundação Florestal
Fernanda Nader, CPLA/SIMA
PROGRAMAS DE GESTÃO
Adriana de Arruda Bueno, Fundação Florestal
Beatriz Truffi Alves, CFB/SIMA
Cleide Oliveira, Fundação Florestal,
Fernanda Lemes de Santana, Fundação Florestal
José Fernando Calistron Valle, Fundação Florestal
Josenei Gabriel Cará, Fundação Florestal
Lucila Manzatti, Fundação Florestal
Melissa Rachid Miragaia, Fundação Florestal
Tatiana Yamauchi Ashino, Fundação Florestal
Thais dos Santos Santana, Fundação Florestal
CONSELHO GESTOR DA APA SISTEMA CANTAREIRA , BIÊNIO 2018-2020
CONSOLIDAÇÃO DO RELATÓRIO
Melissa Rachid Miragaia, Fundação Florestal
Tatiana Yamauchi Ashino, Fundação Florestal
Thais dos Santos Santana, Fundação Florestal
3. MEIO FÍSICO................................................................................................................................ 22
Geologia , Geomorfologia e Pedologia .......................................................................................... 22
Perigo, Vulnerabilidade e Risco ..................................................................................................... 24
Clima ............................................................................................................................................... 26
3.4 Mineração ............................................................................................................................ 27
3.5 Recursos hídricos subterrâneos ......................................................................................... 28
3.6 Recursos hídricos superficiais ............................................................................................. 29
3.7 Fragilidade ........................................................................................................................... 29
5. JURÍDICO-INSTITUCIONAL .......................................................................................................... 47
7. ZONEAMENTO ............................................................................................................................ 59
7.1. Objetivo da UC ........................................................................................................................ 59
7.2. Objetivos específicos da UC.................................................................................................... 59
7.3. Do Zoneamento....................................................................................................................... 59
7.4. Das Normas Gerais .................................................................................................................. 60
8. PROGRAMAS DE GESTÃO........................................................................................................... 73
8.1. Apresentação .......................................................................................................................... 74
8.2. PROGRAMA DE MANEJO E RECUPERAÇÃO ........................................................................... 76
8.3. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................................................ 77
8.4. PROGRAMA DE INTERAÇÃO SOCIAMBIENTAL ....................................................................... 78
8.5. PROGRAMA DE PROTEÇÃO E FISCALIZAÇÃO ......................................................................... 79
8.6. PROGRAMA DE PESQUISA E MONITORAMENTO .................................................................. 80
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................. 81
9.1 Meio Biótico ............................................................................................................................. 81
9.2 Meio Físico ................................................................................................................................ 85
9.3 Meio Antrópico ........................................................................................................................ 87
9.4.Jurídico Institucional ................................................................................................................ 90
Código da UC 0000.35.1718
CEP 13.070-178
UF SP
ATOS LEGAIS
Ementa Não há
Área da UC municípios de Mairiporã, Atibaia, Nazaré Paulista, Piracaia, Joanópolis, Vargem e Bragança Paulista
ASPECTOS FUNDIÁRIOS
Situação fundiária A categoria APA admite propriedades particulares e publicas dentro do seu
da Unidade perímetro.
Situação da área A categoria APA admite propriedades particulares e publicas dentro do seu
quanto à ocupação perímetro e não há necessidade de levantamento fundiário.
GESTÃO E INFRAESTRUTURA DA UC
01 Telefone celular
Comunicação 01 Computador móvel;
02 impressoras multifuncionais.
ATIVIDADE
2.1 Vegetação
Alvos da Conservação
Ecótono entre florestas ombrófilas e estacionais, com elevada biodiversidade e
responsável pela estabilidade hídrica e geológica de mananciais. Refúgios de espécies de campos
e florestas altomontanas.
Destaque para as espécies de peixes e anfíbios endêmicas, a catita-nariguda Monodelphis
pinocchio, o sagui-da-serra-escuro Callithrix aurita e as demais espécies ameaçadas de extinção.
Com relação à flora, adotar como espécie-bandeira o carvalho-brasileiro, Euplassa
cantareirae Sleumer, cuja distribuição natural contempla a Serra da Cantareira, onde a
população se encontra em perigo de extinção.
Fitofisionomias
A APA Sistema Cantareira está inserida no Domínio da Floresta Atlântica, cuja
continuidade florestal existente no passado encontra-se hoje inteiramente descaracterizada, em
função da intensa ocupação antrópica. Nesse domínio estão inseridas a Floresta Ombrófila
Densa, a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Semidecidual.
No estado de São Paulo, a Floresta Ombrófila Densa ocorre em toda a Província Costeira, com
penetrações para o interior, em direção ao Planalto Atlântico, onde se encontra com a Floresta
Estacional Semidecidual. A APA Sistema Cantareira insere-se justamente nessa área de ecótono,
compondo corredor importante de Floresta Atlântica entre a Serra da Cantareira, o Complexo
Serra do Mar/Paranapiacaba e a Serra da Mantiqueira.
A Serra da Cantareira não apresenta estação seca, está sujeita a baixas temperaturas e
geadas são frequentes. A proximidade da Serra da Cantareira e da Mantiqueira com a Serra do
Mar/Paranapiacaba facilita a entrada de espécies ombrófilas, desde que adaptadas à essas
condições climáticas severas. Essa pressão seletiva aumenta proporcionalmente com a elevação
da altitude, onde encontramos as florestas altomontanas, bem como ecossistemas naturalmente
raros e em grande parte restritos aos topos das montanhas, como as florestas ombrófilas mistas
(florestas com araucária) e os refúgios altomontanos (campos de altitude).
Do Planalto Atlântico em direção à Depressão Periférica, o clima torna-se mais sazonal:
como resposta à redução gradual de precipitação e à elevação de temperatura, aumenta o
percentual de caducidade foliar das árvores do dossel. Assim, florestas ombrófilas então
perenifólias passam a dar lugar a florestas estacionais semideciduais, bem como a compartilhar
o espaço com fisionomias savânicas, presentes sobre solos com menor teor de nutrientes e onde
incêndios são frequentes.
Portanto, em se tratando de área de ecótono, os limites entre as fisionomias naturais
existentes na APA Sistema Cantareira são graduais e dinâmicos, o que dificulta severamente o
mapeamento, mesmo considerando o avanço obtido no último inventário florestal do estado de
Ocorrências de degradação
De acordo com Polisel (s.d.), são vetores de degradação a supressão de vegetação natural
para a implantação de atividades econômicas, manejo inadequado do solo para fins agrícolas ou
silviculturais (Eucaliptocultura), especulação imobiliária, poluição dos cursos d’água, grande
número de acessos que estimulam o adensamento urbano e a mineração.
2.2 Fauna
Riqueza de fauna
Para os municípios integrantes da APA Sistema Cantareira já foram registradas 680
espécies de Vertebrados (Apêndice 2.2.2.1), sendo 28 espécies de Peixes de Água Doce, 41 de
Anfíbios, 107 de Mamíferos, 61 de Répteis e 443 de Aves. Essa elevada riqueza reflete a variedade
de habitats presentes na área, ofertados pelos diferentes tipos de vegetação e corpos d’água.
Outros fatores importantes são a variação altitudinal local e a presença de remanescentes de
vegetação nativa relativamente extensos e em bom estado de conservação, como por exemplo
os encontrados no interior do Parque Estadual de Itapetinga, englobado pela APA.
Espécies migratórias
A APA está dentro das rotas migratórias de quatro espécies aquáticas vindas do
Hemisfério Norte (Oliveira et al., 2016): a águia-pescadora Pandion haliaetus, o maçarico-
solitário Tringa solitaria, o maçarico-grande-de-perna-amarela Tringa melanoleuca e o maçarico-
de-perna-amarela Tringa flavipes. Já as outras duas espécies que vêm da América do Norte
ocupam outros habitats, o papa-lagarta-de-asa-vermelha Coccyzus americanus ocorre nas
bordas de mata e o falcão-peregrino Falco peregrinus nas áreas urbanas, onde pousa no alto dos
prédios para detectar presas em potencial como os pombos-domésticos Columba livia.
Outro grupo de espécies migratórias que ocorre na UC inclui 14 espécies de aves que se
reproduzem na região durante a estação chuvosa (setembro-abril), mas migram para o Brasil
Central ou para a Amazônia durante o outono-inverno (maio-agosto; Somenzari et al., 2018): o
gavião-bombachinha Harpagus diodon, o tuju Lurocalis semitorquatus, o andorinhão-do-
temporal Chaetura meridionalis, o capitão-castanho Attila phoenicurus, o bem-te-vi-pirata
Legatus leucophaius, a irré Myiarchus swainsoni, o bem-te-vi-rajado Myiodynastes maculatus, a
peitica Empidonomus varius, a tesourinha Tyrannus savana, o caneleiro-preto Pachyramphus
polychopterus, o caneleiro-de-chapéu-preto Pachyramphus validus, a juruviara Vireo chivi, a
andorinha-doméstica-grande Progne chalybea e o bigodinho Sporophila lineola.
Espécies exóticas/invasoras/sinantrópicas
Duas espécies domésticas que vagam livremente pela APA podem causar impactos à
biodiversidade nativa, o gato-doméstico Felis catus e o cachorro-doméstico Canis lupus. Faz-se
necessária a conscientização dos moradores locais sobre a guarda responsável desses animais.
As principais espécies exóticas invasoras registradas na APA são o sagui-de-tufos-pretos
Callithrix penicillata e o sagui-de-tufos brancos Callithrix jacchus, que competem e hibridizam
com o ameaçado sagui-da-serra-escuro, e o javali ou javaporco Sus scrofa. Este último pode
alterar áreas de nascentes com seu hábito de chafurdar, pode aumentar a predação de
Este item apresenta a caracterização do meio físico, sob o aspecto das formas da paisagem,
apresentando os compartimentos de terreno, relacionando seus constituintes (geologia,
geomorfologia e pedologia) a oferecer subsídios para uma caracterização do território da APA.
A área da APA, por sua abrangência, é constituída por terrenos de diferentes idades e
estruturas, guardando vestígios da história geológica que remontam à separação do
supercontinente Gondwana. Devido aos processos de remobilização de antigas faixas de
dobramento, a região E-SE brasileira é bordejada por um conjunto de alinhamentos de
orientação geral NE-SW, geomorfologicamente expressos por cristas escarpadas com vales
encaixados, denominados serras do Mar e da Mantiqueira, cujos topos atingem altitudes
superiores a 900m, delimitada a leste por escarpa de desnível acentuado e, a oeste, por um
rebaixamento mais suave, com diferentes composições de serras isoladas e planaltos com
superfícies de aplainamento predominante a 800m.
No território compreendido pela APA são observados terrenos mais antigos de associações
graníticas e metamórficas Neoproterozóicas, com o limite oeste do terreno composto por
sedimentos Permo-Cretácecos da Bacia Sedimentar do Paraná. Todo este pacote é recoberto por
sedimentos recentes, de depósitos Quaternários aluvionares, coluviais e detríticos associados
aos diferentes ambientes de denudação e acumulação atuais.
O Cinturão Orogênico do Atlântico, onde se situa a maior parte do território da APA Sistema
Cantareira, é uma das macroestruturas mais extensas do país, caracterizado pela enorme
complexidade geológica, em que apresenta em suas zonas mais internas uma variação grande de
rochas cristalinas e metamórficas (LOCZY; LADEIRA, 1976). Outra macroestrutura abrangida pela
APA é a Bacia Sedimentar do Paraná, restrita à porção noroeste da APA, representada por uma
complexa fossa tectônica (LOCZY; LADEIRA, 1976) preenchida por sedimentos
predominantemente continentais que datam desde o Siluriano até o final do Cretáceo. O
Apendice 3.1.1 ilustra os componentes geomorlógicos compreendidos pelas APAs Sistema
Cantareira, conforme proposição de ordenamento taxonômico de Ross (1992).
O Planalto Atlântico ocorre em faixa de orogenia antiga e abrange arranjos litológicos
formados principalmente por rochas metamórficas associadas com intrusivas, o que serve de
sustentação do relevo. Dessa maneira predominam modelados constituídos por topos convexos,
vales profundos e elevada densidade de canais de drenagem, como pode ser observado na
região da APA Sistema Cantareira. Já a Depressão Periférica Paulista representa relevo menos
acidentado, suavemente ondulado, com altitude oscilando entre 550 m a 650 m nas várzeas, em
geral estreitas e descontínuas, e 600 m a 650 m nos interflúvios. Além disso, há a ocorrência de
pequenas planícies fluviais.
O mapa do Apendice 3.1.2 ilustra o relevo sombreado do território da APA, onde é possível
identificar as regiões serranas a leste-sudeste do terreno e com maior rugosidade na parte
Perigo
O mapa de perigo de escorregamento planar (Apendice 3.2.4) mostra um amplo
predomínio das classes de perigo alto (P10esc e P12esc) nas regiões do Planalto de Jundiaí,
principalmente em sua faixa nordeste. As classes de perigo muito alto (P13esc-P15esc) ocorrem
nas escarpas das serras e no morro isolado Guaripocaba. Em geral, tais terrenos exibem
inclinações altas a muito altas, com probabilidade muito alta de ocorrência de escorregamentos
planares esparsos, de volumes pequenos a grandes, associados, inicialmente, com acumulados
de chuva muito baixos, podendo evoluir para escorregamentos de elevadas proporções com
acumulados de chuva baixo a muito alto. Na porção noroeste da área predominam classes de
perigo moderado, não ocorrendo as classes de perigo baixo e muito baixo.
O mapa de perigo de inundação (Apendice 3.2.5) ocorre nas planícies fluviais dos rios
Atibaia e Atibainha e mostra um amplo predomínio das classes de perigo alto (P10inu e P12inu) a
moderado (P7inu-P9inu), correspondendo a: 1) terrenos de planície fluvial com probabilidade
alta de ocorrência de inundação, geralmente com altura de atingimento variando de muito baixa
a alta, associada, inicialmente, com acumulados de chuva baixos a moderados, podendo evoluir
para inundações de altura de atingimento muito alta, com acumulados de chuva moderados a
baixos, ou 2) probabilidade moderada de ocorrência de inundação, geralmente com altura de
atingimento desde muito baixa a intermediária, associada, com acumulados de chuva
moderados, podendo evoluir para inundações de altura de atingimento alta, com acumulados de
chuva altos a moderados.
Vulnerabilidade
O mapa de vulnerabilidade das áreas edificadas do tipo Residencial/Comercial/Serviço
(Figura 3.2.3) mostra ampla variação, desde a classe muito baixa (V2) a muito alta (V14). Em
geral, as classes muito baixa e baixa estão associadas às regiões centrais das sedes municipais,
enquanto as classes moderada, alta e muito alta, às ocupações das áreas periféricas, refletindo
Risco
O risco de ocorrência de processos de escorregamento planar (Apendice 3.2.7) varia desde
muito baixo a muito alto. Os maiores riscos (classe muito alta) ocorrem principalmente na faixa
nordeste, com destaque para as regiões norte dos municípios de Mairiporã e Nazaré Paulista. Os
riscos alto e moderado distribuem-se regularmente em toda a periferias dos centros municipais.
Os riscos baixo e muito baixo ocorrem, predominantemente, nas regiões urbanas centrais, em
todos os municípios.
O risco de ocorrência de processos de inundação (Apendice 3.2.8) apresenta uma variação
de classes de muito baixa a alta. Há predomínio da classe muito baixa em relação às demais
classes, as quais distribuem-se equitativamente pelas planícies dos três principais rios da região.
A classe alta ocorre apenas junto à planície do rio Atibainha, no município de Nazaré Paulista,
próximo ao limite municipal com Bom Jesus dos Perdões.
Clima
Segundo a classificação proposta por Setzer (1966) a APA Sistema Cantareira possuui Clima
Tropical de Altitude (Cwa). Este clima tem como característica a ocorrência de invernos secos
com temperatura média do mês mais quente maior que 22°C. Os mapas do Apendice 3.3.1
ilustram a distribuição média das temperaturas máximas e mínimas da APA.
O clima de uma região é composto pela interação entre fatores estáticos (inerentes à
localização, como latitude e altitude) e dinâmicos (massas de ar, por exemplo). Assim,
considerando que a Serra da Mantiqueira é um marco topográfico no limite sul da APA Sistema
Cantareira , o clima regional é fortemente influenciado por ela.
Fatores estáticos e dinâmicos explicam a alta incidência de chuvas principalmente na porção
oriental da APA. Como fatores estáticos, Nimmer (1989) cita a posição em latitude que dá
margem à penetração das frentes polares e das linhas de instabilidade tropicais, a proximidade
com o oceano (com consequente radiação e evaporação intensas), e a topografia, formada por
alinhamentos serranos que possibilitam a ascensão das massas de ar. Já como fatores dinâmicos,
o autor se refere à dinâmica de atuação das massas de ar, com predomínio da massa tropical
atlântica na área da APA. A presença das cristas da Serra da Mantiqueira favorece o
desenvolvimento de efeitos orográficos, retendo massas de ar e, consequentemente, elevando a
umidade relativa nos compartimentos mais elevados. Nessas faixas a precipitação tende a ser
mais elevada, ainda que em níveis inferiores aos verificados na Serra do Mar, que é a primeira
frente montanhosa emersa da fachada atlântica. A alta precipitação nesta região, associada ao
tipo de solo e relevo locais, favorece a abundância de recursos hídricos superficiais na área da
APA.
Em direção W-NW, por se tratar de uma área deprimida e receber ventilação intensa, a
precipitação tende a diminuir, uma vez que diversas feições alongadas, as serras, morros ou
3.4 Mineração
A abordagem dos recursos minerais foi realizada por meio da análise de sua dimensão
produtiva, representada pela atividade de mineração. Esta atividade, tecnicamente, engloba a
pesquisa, a lavra e o beneficiamento de bens minerais e se configura como uma forma de uso
temporário do solo. Os recursos minerais são bens pertencentes à União e representam
propriedade distinta do domínio do solo onde estão contidos. O arcabouço legal, que rege as
atividades de mineração, concede:
À União, os poderes de outorga de direitos e sua fiscalização, por meio da Agência
Nacional de Mineração (ANM), órgão do Ministério de Minas e Energia;
Aos Estados, os poderes de licenciamento ambiental das atividades e sua fiscalização,
que em São Paulo cabe à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB); e
Aos Municípios, dispor sobre os instrumentos de planejamento e gestão com relação ao
uso e ocupação do solo.
Levantamento
A apresentação do aproveitamento dos recursos minerais nos limites da área de estudo
fundamentou-se na espacialização e análise dos títulos minerários registrados na ANM – Sistema
de Informações Geográficas da Mineração – SIGMINE, aos quais foi acrescentada a situação
atual do licenciamento ambiental dos empreendimentos minerários com base em consulta ao
website da CETESB. A análise foi contextualizada com a geologia da região.
O contexto geológico da região onde se localiza a APA Sistema Cantareira é bastante variado,
sendo representado, predominantemente, por rochas do Complexo Varginha-Guaxupé, Grupo
Serra do Itaberaba, Grupo São Roque, corpos graníticos, sedimentos aluvionares Cenozoicos e
sedimentos detríticos indiferenciados. Este contexto geológico constitui uma potencialidade
mineral de interesse para exploração de granito, gnaisse, areia, argila, cascalho e saibro, insumos
básicos da indústria da construção civil, além de caulim e água mineral, confirmada pela
presença de áreas com extração consolidada e com interesse futuro. Os depósitos arenosos, de
formação recente, associados aos leitos dos cursos d’água constituem, também, um potencial de
interesse para exploração de areia, traduzido por algumas áreas com direitos minerários ao
longo do Rio Atibaia.
No interior da APA Sistema Cantareira incidem 49 áreas com atividade consolidada de
extração, com títulos minerários emitidos pela ANM e licenças ambientais emitidas pela CETESB
para exploração de água mineral, areia, argila, granito e saibro, sendo 2 em fase de Licença
Prévia, 9 em fase de Licença de Instalação e 38 em fase de Licença de Operação.
Na APA Sistema Cantareira também incidem 26 áreas de interesse mineral futuro, com
títulos minerários concedidos pela ANM e com solicitação de licenciamento ambiental junto à
CETESB para exploração de água mineral, areia, argila, cascalho e granito. Conforme consulta ao
website da CETESB, todas as solicitações de licença para estas áreas foram arquivadas ou
indeferidas.
Distribuídas dentro dos limites da APA Sistema Cantareira existem 172 áreas com interesse
mineral futuro para extração de água mineral, areia, argila, cascalho, caulim, granito e gnaisse,
com processos minerários da ANM em fase de requerimento de lavra, requerimento e
desenvolvimento de pesquisa, ou em disponibilidade. Alguns destes interessados já obtiveram os
direitos minerários destas áreas junto à ANM, no entanto, ainda não solicitaram o licenciamento
ambiental junto à CETESB.
A alta densidade de títulos minerários incidentes nos limites da APA Sistema Cantareira,
principalmente daqueles com interesse mineral futuro, resulta num quadro de potenciais
impactos aos meios físico e biótico e de conflitos com outros usos do solo. A análise da atividade
de mineração, levando-se em consideração a questão dos direitos minerários adquiridos e sua
atuação como vetor de pressão para a UC, deverá ser realizada na fase de prognóstico.
A APA Sistema Cantareira engloba parte das sub-bacias hidrográficas dos rios Camanducaia,
Jaguari, Atibaia e Jundiaí, pertencentes à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos -
UGRHI 5, e a bacia do rio Juquery, pertencente à UGRHI 6, Apendice 3.6.1.
Os rios Camanducaia e Jaguari possuem suas nascentes no estado de Minas Gerais e adentram o
estado de São Paulo por Pedra Bela e Vargem, respectivamente. O rio Jaguari forma o
reservatório Jaguari/Juqueri, maior reservatório do Sistema Cantareira, e após seu exutório o rio
segue sentido oeste até que na altura do município Jaguariúna recebe as águas do rio
Camanducaia.
O rio Atibaia é formado pela confluência dos rios Cachoeira e Atibainha, cujas nascentes se
situam entre Joanópolis e Nazaré Paulista, cujas bacias hidrográficas são delimitadas a sul pela
Serra da Mantiqueira. Ambos os rios são formadores de reservatórios do Sistema Cantareira,
reservatório Cachoeira e Atibainha, respectivamente. A confluência destes rios se dá na altura
dos municípios Bom Jesus dos Perdões e Atibaia, onde também forma o reservatório Bairro da
Usina e, em Americana, se junta ao rio Jaguari para formar o rio Piracicaba, principal afluente do
alto Tietê.
Já os rios Jundiaí e Juquery, ambos com nascentes dentro dos limites da APA Sistema
Cantareira (porção sul), desaguam diretamente no rio Tietê. A bacia hidrográfica do rio Juquery é
delimitada a sul pelos picos da Serra da Cantareira, terminação ocidental da Serra da
Mantiqueira, e forma o reservatório Paiva Castro.
Na Ficha Técnica da Qualidade das Águas do Sistema Cantareira, elaborada pela CETESB
(Apendice 3.6.2), de maneira geral pode-se considerar como boa a qualidade das águas da APA
Sistema Cantareira, monitoradas pela CETESB por meio de sua rede básica, principalmente as
dos reservatórios utilizados para o abastecimento público. Em atenção à manutenção da
qualidade das águas dos reservatórios, ações que visem reduzir o aporte de nutrientes
(nitrogênio e fósforo) de fontes pontuais e difusas são sempre recomendadas. Importante
destacar que os municípios dentro da APA do Sistema Cantareira, de maneira geral, apresentam
baixos níveis de remoção de suas cargas orgânicas de origem sanitária. Esta condição pode
justificar as desconformidades observadas nos rios Atibaia, Jaguari e Jundiaizinho nos pontos
próximos aos limites da Área de Proteção Ambiental. Esforços deverão ser empreendidos para a
universalização da coleta e tratamento do esgoto doméstico destes municípios, de forma a
promover a melhoria contínua da qualidade das águas dos corpos hídricos, Apendice 3.6.2.
3.7 Fragilidade
A partir do diagnóstico geomorfopedológico alguns parâmetros foram listados e ponderados
na construção do mapa de Fragilidade, tanto o Natural, quanto o Ambiental. A correlação
hierárquica de aspectos estruturais, morfológicos e de cobertura nortearam a construção e
proposições do mapa de Fragilidade Natural. Para o mapa de Fragilidade Ambiental Apendice
Patrimônio material
No que tange o patrimônio material dos municípios abrangidos pela Unidade de
Conservação, foram feitas consultas aos catálogos do Conselho de Defesa do Patrimônio
Patrimônio imaterial
Não foram identificados patrimônios imateriais registrados ou inventariados para os
municípios da APA, em consultas realizadas aos catálogos do portal “Patrimônio Imaterial do
Estado de São Paulo” (CONDEPHAAT, 2019) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN, 2019a).
Porém, algumas manifestações culturais se destacam, como as religiosas: Tapetes
ornamentais no feriado de Corpus Christis, festa de São Pedro, Festas do Divino (Joanópolis,
Nazaré Paulista) e de São Cristóvão (Mairiporã). Outras manifestações culturais como congadas,
quermesses e festas juninas também são importantes na região. Identificam-se também os
festejos vinculados a atividades econômicas, como a festa das flores, do morango e do pêssego
(Atibaia), festas de rodeio (festas do peão) e exposições agropecuárias.
O município de Bragança Paulista tem um Projeto de Lei nº 417/2019 que declara como
Patrimônio Cultural Imaterial do Estado a Linguiça de Bragança Paulista.
Sítios arqueológicos
Na contextualização arqueológica da APA, foram levantados os registros inseridos no banco
de dados do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), desenvolvido pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2019), por meio do qual foram identificados
nove sítios arqueológicos (Apêndice 4.1.1.B). Cinco sítios arqueológicos em Atibaia, três em
Bragança Paulista e um em Vargem. Estes remetem a horizontes pré-coloniais de ocupação
humana por toda a região e são característicos no território nacional como um todo, englobando
determinados grupos que outrora habitaram vastas regiões país: grupos caçadores-coletores
Produção
Os municípios integrantes da APA estão localizados em um importante entroncamento
das rodovias Fernão Dias (BR 381) e Dom Pedro I (SP-65). As duas rodovias geram dinamização
econômica para os municípios da região tanto pelo seu trajeto, que facilita os deslocamentos
populacionais impulsionados pela oferta de trabalho, como pela implantação de novas indústrias
ao longo das rodovias, que buscam facilidades de escoamento de produção (OLIVER
ARQUITETURA, 2018).
Na análise da dinâmica econômica dos sete municípios, constata-se que o Produto
Interno Bruto – PIB (total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras, ou seja, a
soma dos valores adicionados acrescida dos impostos) apresentou crescimento entre 2012 a
2016. Os maiores valores, em 2016, foram os de Atibaia (R$ 5.871.979,97), Bragança Paulista (R$
5.091.764,55) e Mairiporã (R$ 1.639.190,91). Mas os acréscimos mais significativos do PIB foram
em Joanópolis de, aproximadamente, 58%; Piracaia com 40% e Vargem com 36%, ultrapassando
a média do Estado de São Paulo de 31% (Apêndice 4.1.4.A) (SEADE, 2019a).
Quando analisamos o PIB per capita em 2016, constatamos que a disparidade é grande
entre os municípios que compõem a APA. Enquanto Atibaia apresenta valor de R$ 43.608,56 e
Bragança Paulista o valor de R$ 32.275,59, Vargem apresenta apenas, R$ 10.818,11 e Joanópolis
R$ 16.389,03 (SEADE, 2019a). Ressalta-se que todos os municípios se encontram abaixo da
média do estado (R$ 47.003,04) (Apêndice 4.1.4.B).
Considerando o valor adicionado para cada setor produtivo, ou seja, o valor que a
atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo, constata-se um
crescimento da participação do setor de serviços (incluindo a construção civil) sobre os demais
setores em todos os municípios. Porém, o valor adicionado total dos sete municípios avaliados
(R$ 7.485.073,30), não atingiu, em 2010, nem 1% (0,698%) se considerado o total do estado de
São Paulo (R$ 1.071.840.401,68). Em 2016, essa pequena participação, foi ainda menor,
atingindo, somente, 0,58% (estado de SP com R$ 2.038.004.931,13 e região de estudo com R$
11.966.935,59) (Apêndice 4.1.4.C) (SEADE, 2019a).
Empregos
Quanto ao rendimento médio mensal de empregos formais, dado que possibilita uma
análise panorâmica do poder de compra de determinada população, verifica-se que todos os
municípios da APA, em 2017, apresentam valores abaixo ao do estado de São Paulo – R$
3.287,67 reais (SEADE, 2019a) (Apêndice 4.1.4.D).
Atividades econômicas
A análise das atividades agrícolas foi realizada a partir dos dados disponíveis nas
pesquisas Produção Agrícola Municipal (PAM) (IBGE, 2019a); Produção da Pecuária Municipal –
PPM (IBGE, 2019b) e Censo Agropecuário realizados pelo IBGE (IBGE, 2017), considerando as
principais culturas das lavouras temporárias e permanentes, a pecuária, a silvicultura e o
extrativismo vegetal dos municípios que compõem a APA Cantareira, para os anos de 2010 e
2017.
Convém observar que a área ocupada por lavouras permanentes, entre 2010 e 2017,
apresentou um decréscimo em todos os municípios da APA. O cultivo da uva, em Atibaia, por
exemplo, ocupava 300 ha, em 2010, caindo para, somente, 75 ha, em 2017 (Apêndice 4.1.4.G).
Em Bragança Paulista, Joanópolis e Piracaia o café (em grão) seguiu a mesma tendência, pois, em
2010, ocupava, respectivamente, 1.400ha; 150ha e 70ha e em 2017, as áreas passaram a ter
500ha; 10ha e 8 ha, respectivamente (Apêndice 4.1.4.H). A área ocupada por lavouras
permanentes em Mairiporã foi inexistente.
Para as lavouras temporárias, destaca-se a produção de milho em grão em praticamente
todos os municípios, porém a área plantada de 7.030 ha em 2010, passou para 6.510 ha em
2017, um decréscimo de 7,4% (Apêndice 4.1.4.I). Seguido do milho, o cultivo da soja, antes
inexistente em 2010, é plantado em três municípios: Atibaia e Bragança Paulista representativos
Condições de vida
No que concerne à Infraestrutura Social e Índices de Qualidade de Vida, os municípios em
estudo possuem Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) 2010 com classificações, segundo o
PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que variam entre médio (0,6 e
0,699) e alto (de 0,7 e 0,799). Todos os municípios da APA possuem IDHM médio entre 0,6 a
0,788, tendo como os menores índices os municípios de Joanópolis, Nazaré Paulista e Vargem.
Podemos observar que a dimensão que mais contribuiu para o IDHM 2010 dos municípios foi
longevidade, seguido pela renda e por último a educação (Apêndice 4.1.5.A).
Dos setes municípios da APA, Mairiporã é o que se encontra mais bem colocado entre os
municípios do estado de São Paulo com a 40º posição no ranking de IDHM. Joanópolis e Vargem
possuem as piores posições, ambos na 584º posição (SEADE, 2019a) (Apêndice 4.1.5.B).
O Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) avalia as condições de vida da
população considerando variáveis que compõem indicadores sintéticos de três dimensões:
riqueza, longevidade e escolaridade. O resultado corresponde a um determinado nível de
qualidade (baixo, médio ou alto) para cada dimensão, que origina uma síntese em 5 grupos, em
que o Grupo 1 apresenta os melhores índices de riqueza, longevidade e escolaridade e o Grupo
5, os piores. De 2010 a 2014, Bragança Paulista rebaixou de Grupo 2 para Grupo 3, Joanópolis de
Grupo 3 para 4 e Mairiporã de 4 para Grupo 5. Em 2014, somente o município de Atibaia, que
ICMS Ecológico
ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte lnterestadual e lntermunicipal e de Comunicação) é um
imposto previsto na Constituição Federal que, arrecadado pelos estados e pelo Distrito Federal,
tem 25% do total da arrecadação repassados aos municípios. Cada estado define a alíquota de
ICMS incidente nos produtos e serviços e quais os critérios para o cálculo do Índice de
Participação dos Municípios (IPM) a ser aplicado no produto da arrecadação do ICMS.
No estado de São Paulo, a matéria foi tratada inicialmente na Lei Estadual nº 3.201/1981.
Posteriormente, a Lei nº 8.510/1993 introduziu as áreas protegidas como critério para repasse
da quota municipal do ICMS. Esse critério ambiental é chamado ICMS Ecológico, e é calculado
Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana,
dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida
e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar
o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. (Lei n. 9.985/2000).
7.1. Objetivo da UC
Proteger os recursos hídricos das bacias contribuintes ao Sistema Cantareira e assegurar
a conservação da qualidade ambiental da região.
7.3. Do Zoneamento
O Zoneamento da APA Sistema Cantareira está dividido em 3 (três) zonas e por 03 (três)
Áreas sobrepostas às zonas, sendo:
ZONAS
I. ZONA DE USO SUSTENTÁVEL - ZUS
II. ZONA DE PROTEÇÃO DOS ATRIBUTOS - ZPA
III. ZONA SOB PROTEÇÃO ESPECIAL – ZPE
1
ÁREAS 0F
1
As áreas não foram detalhadas na tabela 1, pois são flexíveis e poderão ser mapeadas durante a implementação
do Plano de Manejo.
Objetivos específicos:
I. Conciliar qualquer atividade humana com os objetios da Unidade de Conservação
II. Fomentar a adoção de boas práticas e o manejo adequado ao desenvolvimento de
qualquer atividade produtiva;
III. Incentivar a recuperação e conservação da cobertura florestal e recuperar áreas
degradadas
IV. Subsidiar os municípios na elaboração das políticas públicas que tratam do uso e
ocupação do solo de forma a compatibilizarem com as especificidades ambientais da
Unidade de Conservação.
Normas específicas:
VII - A compensação de Reserva Legal, prevista nos incisos II e IV do § 5°, artigo 66, da Lei nº.
12.651/2012, dos imóveis existentes no interior da Área de Proteção Ambiental deve ser,
prioritariamente, efetivada no interior da unidade de conservação.
Objetivos específicos:
I. Proteger os recursos hídricos que contribuem para os reservatórios de abastecimento de
água;
II. Proteger e recuperar a flora e fauna nativa;
III. Conservar os atributos naturais que conectam a Serra da Mantiqueira e Serra da
Cantareira;
IV. Conservar a quantidade e qualidade dos recursos hídricos;
V. Incentivar a adequação das atividades econômicas à conservação dos recursos hídricos e
da biodiversidade.
Normas específicas:
I - Não é permitido o cultivo ou criação de espécies exóticas com potencial de invasão constantes
nas normativas do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA.
II - A pessoa física ou jurídica que cultivar ou criar espécies exóticas envolvidas em processo de
invasão biológica e não contempladas nas normativas do CONSEMA deve adotar ações de
controle para evitar seu estabelecimento no interior da unidade de conservação, sendo que os
órgãos ambientais competentes estabelecerão procedimentos para manejo e controle das
espécies.
XIII - Não são permitidos o corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e
médio de regeneração, excetuando-se os casos de utilidade pública, nos termos da Lei federal nº
11.428/2006, e da Lei estadual nº 13.550/2009, quando comprovada a inexistência de
alternativa locacional.
XV - As áreas de que trata o inciso VII, artigo 5º são elegíveis para receber apoio técnico-
financeiro da compensação prevista no artigo 36 da Lei nº 9.985/2000, com a finalidade de
recuperação e manutenção, conforme o disposto no artigo 41, § 6°, da Lei federal nº
12.651/2012.
XVI - As áreas particulares podem ser utilizadas como áreas para compensação, conforme dispõe
a Resolução SMA n° 7/2017, desde que seja comprovada a dominialidade da área e que haja
anuência do proprietário e que:
a) Não sejam objeto de obrigações judiciais ou administrativas estabelecidas em
licenças, Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA) ou Termos de Ajustamento
de Conduta (TAC), firmados com órgãos do Sistema Ambiental Paulista; e
b) Não sejam submetidas a ações de restauração ecológica executadas com recursos
públicos.
XVIII - Não é permitida a realização de espetáculos pirotécnicos sonoros com utilização de fogos
de artifício e artefatos similares.
XXII – Na faixa de entorno de 100m a partir da cota Máxima Maximorum de cada reservatório,
aplicam-se as seguintes normas específicas:
a) A cobertura vegetal deve ser mantida em, pelo menos, 80% (oitenta por cento) da faixa,
devendo ser adotadas medidas de recuperação e manutenção, de modo a contribuir com sua
recarga hídrica;
b) Os empreendimentos habitacionais não devem exceder a taxa de densidade populacional de 8
habitantes por hectare;
c) Não será permitido, para fins de implantação de empreendimentos habitacionais, o
parcelamento do solo, em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento);
d) Não são permitidas atividades que gerem efluentes líquidos sanitários e industriais, exceção
feita aos empreendimentos habitacionais e empreendimentos de atividades náuticas ao quais se
referem os itens b e f;
e) As atividades permitidas nos termos da alínea 'd', devem implantar, de forma particular e
localizada, infraestrutura de captação de água e tratamento dos esgotos, conforme estabelecido
nas normas NBR-7.229/1982, 7.229/1993 e 13.969/97, ou outras que vierem a substituí-las;
XXIII - Os empreendimentos contíguos à faixa do entorno dos 100 m a partir da cota Máxima
Maximorum de que trata o inciso XXII devem observar as disposições das alíneas 'b', 'c' e 'l' do
inciso XXII.
§ 1º - As disposições das alíneas ‘a’ e ‘b’ do inciso XXII deste artigo não se aplicam às edificações
existentes e aprovadas até a edição deste Decreto.
§ 2º - A faixa de entorno de 100m a partir da cota Máxima Maximorum, de que trata o inciso XXII
deste artigo, está representada em mapas no Anexo II deste Decreto, disponibilizados nos
termos do parágrafo único do art. 4º.
Objetivos Específicos:
I. Ampliar a conectividade por meio da criação de parques naturais municipais e RPPNs e
reservas legais, entre outros instrumentos;
I. Melhorar a qualidade e a disponibilidade dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos;
II. Direcionar a aplicação de recursos públicos para conservação.
Recomendações:
I. Incentivar a realização de pesquisas científicas;
II. Incentivar a criação e instituição de RPPNs, parques naturais municipais, entre
outros instrumentos;
III. Incentivar o ecoturismo, o turismo rural e as atividades de lazer em contato com a
natureza;
IV. Incentivar o desenvolvimento de programas de conservação ambiental, de
melhoria da gestão dos recursos ambientais e de práticas sustentáveis de exploração dos
recursos naturais;
Recomendações:
I. Estimular a adequação ambiental das propriedades rurais em conformidade à
Legislação específica;
II. Incentivar a implantação de projetos de restauração ecológica, especialmente nas
áreas de preservação permanente dos corpos d´água;
III. Fomentar projetos de apoio ao desenvolvimento de boas práticas e manejo
adequado, considerando as especificidades ambientais;
Definição: É aquela caracterizada por territórios com presença de atributos históricos, culturais
(materiais e/ou imateriais) ou cênicos relevantes para o turismo e desenvolvimento
socioeconômico local.
Descrição: São aquelas que cincunscrevem os Sítios Arqueológicos reconhecidos pelo IPHAN com
vestígios positivos de ocupação humana e áreas identificadas como potencial turístico.
Incidência: ZPA e ZUS
Objetivo Geral: Articular e fomentar ações de desenvolvimento sociocultural, reconhecendo
esses territórios como referências da APA.
Objetivos Específicos:
I. Contribuir com a salva-guarda do patrimônio histórico-cultural;
II. Apoiar ações que promovam a conservação dos territórios histórico-culturais;
III. proporcionar à comunidade os meios para participar, em todos os níveis, do processo
educacional, de modo a
garantir que a apreensão de outros conteúdos culturais se faça a partir dos valores
próprios da comunidade
Vegetação
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COBRAPE. Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental – PDPA Alto Juquery. São Paulo,
2018.
FABHAT. Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. São Paulo, 2016. Disponível em:
<http://www.sigrh.sp.gov.br/cbhat/documentos>. Acesso em: junho/2019.
NAZARÉ PAULISTA. Portal da Prefeitura Municipal. Nazaré Paulista, 2019. Disponível em:
<https://www.joanopolis.sp.gov.br/>. Acesso em: junho/ 2019.
NAZARÉ PAULISTA. Lei Complementar nº 05 de 2006. Institui Plano Diretor do município. Nazaré
Paulista, 2006. Disponível em: <https://www.nazarepaulista.sp.gov.br/>. Acesso em: junho/
2019.
SÃO PAULO (Estado). Decreto Estadual nº 60.521, 05 de junho de 2014. Institui o Programa de
Incentivos à Recuperação de Matas Ciliares e à Recomposição de Vegetação nas Bacias
Formadoras de Mananciais de Água, institui a unidade padrão Árvore-Equivalente e dá
providências correlatas. São Paulo, 2014. Disponível em:
<https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2014/decreto-60521-
05.06.2014.html>. Acesso em: junho/2019.
SÃO PAULO (Estado). Lei Estadual nº15.790, 16 de abril de 2015. Dispõe sobre os limites da Área
de Proteção e Recuperação dos Mananciais do Alto Juquery - APRM-AJ e dá providências
correlatas. São Paulo, 2015a. Disponível em:
<https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2015/lei-15790-16.04.2015.html>. Acesso
em: maio/2019.
VARGEM. Lei Complementar nº 12, 07 de janeiro de 2000. Institui o Plano Diretor do Município
de Vargem. Vargem, 2000. Disponível em: <http://www.vargem.sp.gov.br>. Acesso em:
junho/2019.
VARGEM. Lei Complementar nº 16 de 2007. Altera o Plano Diretor de Vargem. Vargem, 2007.
Disponível em: <http://www.vargem.sp.gov.br>. Acesso em: junho/2019
2.1.Vegetação
APÊNDICE 2.b.1.4.
Espécies vegetais registradas na APA Sistema Cantareira, com nomes atualizados a partir da base
de dados de Polisel (s.d). A lista inclui espécies nativas e exóticas, estas cultivadas ou
introduzidas. Origem do dado (observação em campo, publicações científicas ou material
testemunho em herbário) e ponto de ocorrência das espécies disponíveis na fonte original.
Familia Espécie Autor
Acanthaceae Hygrophila costata Nees
Acanthaceae Justicia carnea Lindl.
Acanthaceae Justicia dasyclados (Mart. ex Nees) Lindau
Acanthaceae Justicia laeta (Nees) Lindau
Acanthaceae Justicia lythroides (Nees) V.A.W. Graham
Acanthaceae Mendoncia puberula Mart.
Acanthaceae Mendoncia velloziana Mart.
Acanthaceae Ruellia jussieuoides Schltdl. & Cham.
APÊNDICE 2.b.1.5.
Espécies ameaçadas de extinção registradas na APA Sistema Cantareira. Avaliação de risco em
escala nacional realizada pelo CNC Flora (base de dados de 29 de outubro de 2019). Categorias
de risco de extinção: CR – criticamente em perigo; EN – em perigo; VU– vulnerável. Lista de
espécies com nomes atualizados a partir da base de dados de Polisel (s.d). * Espécie sem registro
de ocorrência natural, portanto cultivada ou introduzida.
Familia Espécie Autor Categoria
Alstroemeriaceae Alstroemeria Jacq. EN
caryophyllaea
Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze EN
Arecaceae Euterpe edulis Mart. VU
Bignoniaceae Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bureau VU
Bromeliaceae Dyckia pseudococcinea L.B. Smith CR
Dicksoniaceae Dicksonia sellowiana Hook. EN
Euphorbiaceae Chiropetalum anisotrichum (Müll.Arg.) Pax & K.Hoffm. VU
Fabaceae Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. VU*
Fabaceae Mimosa urticaria Barneby EN
Fabaceae Paubrasilia echinata (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & EN*
G.P.Lewis
Lauraceae Nectandra barbellata Coe -Teixeira VU
Lauraceae Ocotea beulahiae Baitello EN
Lauraceae Ocotea bragai Coe -Teixeira EN
Lauraceae Ocotea catharinensis Mez VU
Lauraceae Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer EN
Lecythidaceae Cariniana legalis (Mart.) Kuntze EN
Meliaceae Cedrela fissilis Vell. VU
Meliaceae Cedrela odorata L. VU
Myristicaceae Virola bicuhyba (Schott) Warb. EN
Myrtaceae Calyptranthes obovata Kiaersk. EN
Myrtaceae Neomitranthes pedicellata (Burret) Mattos EN
Myrtaceae Plinia edulis (Vell.) Sobral VU*
APÊNDICE 2.b.1.6.
Espécies com baixo risco de extinção registradas na APA Sistema Cantareira. Avaliação de risco
em escala nacional realizada pelo CNC Flora (base de dados de 29 de outubro de 2019). NT –
quase ameaçada e DD - deficiente de dados. Lista de espécies com nomes atualizados a partir da
base de dados de Polisel (s.d).
Familia Espécie Autor Categoria
Annonaceae Xylopia brasiliensis (L.) Spreng. NT
Apocynaceae Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. NT
Araliaceae Hydrocotyle exigua (Urb.) Malme DD
Asteraceae Dasyphyllum lanceolatum (Less.) Cabrera DD
Asteraceae Mikania malacolepis B.L.Rob. DD
Asteraceae Verbesina floribunda Gardner NT
Handroanthus
Bignoniaceae impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos NT
Fabaceae Dahlstedtia muehlbergiana (Hassl.) M.J.Silva & A.M.G. Azevedo DD
Fabaceae Inga sellowiana Benth. NT
Lauraceae Ocotea puberula (Rich.) Nees NT
Malvaceae Abutilon venosum Lem. DD
Myrtaceae Myrciaria tenella (DC.) O. Berg DD
(Klotzsch) R.B.Singer, S.Koehler &
Orchidaceae Brasiliorchis consanguinea Carnevali NT
Passifloraceae Passiflora elegans Mast. NT
Balfourodendron
Rutaceae riedelianum (Engl.) Engl. NT
Salicaceae Xylosma glaberrima Sleumer NT
Solanaceae Sessea brasiliensis Toledo NT
APÊNDICE 2.b.1.7.
2.2.Fauna
Riqueza de fauna
A riqueza, número de espécies, é influenciada pelo total de habitats presentes, tamanho da área
amostrada, conexão com outras áreas, histórico de perturbação antrópica e pelo esforço
amostral. Por isso, a riqueza não é comparável entre unidades de conservação. Um
conhecimento satisfatório da riqueza de qualquer grupo de animais de uma dada localidade
resulta de um esforço amostral intenso, se avaliando todos os ecossistemas, cobrindo vários
anos e as diferentes estações. Portanto, os valores apresentados devem ser considerados
preliminares e deverão aumentar com a realização de novos inventários.
Espécies migratórias
Popularmente se entende migração como qualquer movimento entre duas áreas, e já foram
detectados gestores e funcionários de unidades de conservação se referindo incorretamente a
uma determinada espécie como sendo migratória. Contudo, considera-se que migração é um
movimento em resposta à variação sazonal na quantidade ou qualidade dos recursos utilizados,
com posterior retorno ao local de origem.
Devido à localização geográfica do estado de São Paulo parte de sua avifauna migra durante a
estação seca, entre meados de abril e meados de agosto, geralmente indo para regiões mais
quentes dentro do próprio estado, para o centro-oeste do Brasil e mesmo para a Amazônia. Na
mesma época do ano chegam em território paulista espécies do Brasil meridional e do sul do
continente fugindo do frio intenso. Além de aves, no oceano aparecem cetáceos, pinípedes e
certas espécies de peixes e lulas. Já durante a nossa primavera e verão aparecem espécies que
se reproduzem na América do Norte. Algumas permanecem por aqui até abril, enquanto outras
estão de passagem até áreas mais ricas em alimento no Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.
Outro movimento migratório bem conhecido no nosso estado está ligado à reprodução de
algumas espécies de peixes que vivem nos rios, a chamada piracema. Durante a estação chuvosa
estas espécies sobem os cursos dos rios, por vezes até dezenas de quilômetros, para desovar
mais próximo da cabeceira, onde os alevinos estarão mais protegidos e obterão mais alimento
para o seu desenvolvimento inicial.
Para os objetivos dos planos de manejo entende-se que neste item seria de suma relevância
mapear as áreas de concentração das aves migratórias de longa distância, as que vêm da
América do Norte e do sul da América do Sul, e os trechos de rio em que ocorre a reprodução
dos peixes de piracema.
Espécies ameaçadas de extinção de acordo com listas vermelhas (SP, BR, IUCN)
Utilizou-se as últimas versões disponíveis.
Apêndice 2.2.2.1
Tabela 2.b.ii.1. Vertebrados registrados na APA Sistema Cantareira. A coluna status assinala a
situação de conservação global (IUCN, 2019), no Brasil (Ministério do Meio Ambiente – MMA,
2014) e no estado de São Paulo - SP (São Paulo, 2018). Quando não indicado significa espécie de
(a) (b)
Figura 3.1-4 – (a) Trecho da Carta de Assoreamento do estado de São Paulo. (b) Trecho da Carta
de Movimento de Massa do estado de São Paulo
Método
Para os mapeamentos de risco com abordagem regional foi aplicada a metodologia descrita em
FERREIRA & ROSSINI-PENTEADO (2011), a qual utiliza as Unidades Territoriais Básicas (UTB)
como unidades de análise, com um detalhamento compatível com a escala 1:50.000. Foi
realizada a análise de riscos relacionados aos processos de escorregamento planar e de
inundação.
O método de análise de risco aos processos geodinâmicos envolve, inicialmente, a identificação
e caracterização das variáveis que compõem a equação do risco, que são: perigo, vulnerabilidade
e dano potencial. Entre as etapas metodológicas destacam-se:
a) Delimitação das unidades espaciais de análise: Unidades Territoriais Básicas (UTB);
b) Seleção e obtenção dos atributos que caracterizam os processos perigosos, a vulnerabilidade
e o dano potencial;
c) Modelo e cálculo das variáveis de risco (Perigo; Vulnerabilidade e Dano Potencial);
d) Elaboração dos produtos cartográficos.
A Unidade Territorial Básica - UTB (SÃO PAULO, 2017) compreende um sistema de classificação
hierarquizado e multinível que abrange todo o território do Estado de São Paulo, resultante da
intersecção dos planos de informação das Unidades Básicas de Compartimentação - UBC (SÃO
PAULO, 2014, VEDOVELLO et al., 2015) e das Unidades Homogêneas de Uso e Cobertura da
Terra e do Padrão da Ocupação Urbana - UHCT (SÃO PAULO, 2016). As unidades territoriais,
associadas a um banco de dados relacional, integram informações do substrato geológico-
geomorfológico-pedológico, da cobertura da terra, do uso do solo e do padrão da ocupação
urbana.
O método das UTBs possibilita a espacialização de diferentes atributos do território, favorecendo
a análise das inter-relações espaciais entre os sistemas ambientais, socioeconômicos e culturais.
Além disso, permite a identificação das limitações, vulnerabilidades e fragilidades naturais, bem
como dos riscos e potencialidades de uso de uma determinada área.
As UTBs foram obtidas a partir da classificação e interpretação de produtos de sensoriamento
remoto de média e alta resolução espacial do ano de 2010, apresentando polígonos com
expressão espacial na escala adotada.
Com base nas UTBs foram obtidos e associados os atributos do meio físico, do uso e cobertura
da terra e do padrão da ocupação urbana, socioeconômicos, de infraestrutura sanitária e de
excedente hídrico. Nesta etapa foram utilizadas ferramentas de geoprocessamento e operações
de análise espacial em Sistemas de Informação Geográfica para a espacialização de dados,
geração de grades numéricas, consultas espaciais, cálculo dos atributos e atualização automática
do banco de dados alfanumérico (FERREIRA & ROSSINI-PENTEADO, 2011; FERREIRA et al., 2013).
A modelagem envolveu, inicialmente, a seleção dos fatores de análise que interferem ou tem
influência direta no desencadeamento dos processos e, posteriormente, a aplicação de
Apendice 3.2.1. Valores absolutos estimados para as variáveis da legenda dos mapas de
escorregamento planar e de inundação (Figuras 2 a 5).
CATEGORIAS
VARIÁVEL
NULA A QUASE NULA MUITO BAIXA BAIXA MODERADA ALTA MUITO ALTA
Inclinação Escorregamento (°) 0-3 3-7 7-17 17-25 25-37 >37
Inclinação Inundação (°) Setor de encosta >15 10-15 7-10 5-7 0-5
Probabilidade (evento/ano) 0-1 1-5 5-10 10-15 15-40 >40
3
Volume escorregamento (m ) 0 > 0-50 50-100 100-150 150-200 >200
Altura inundação (cm) 0 0-10 10-30 30-50 50-100 >100
Acumulado chuva (mm/24h) 0-40 40-60 60-80 80-120 120-180 >180
Fonte: Cláudio José Ferreira e Denise Rossini Penteado - Instituto Geológico (SÃO PAULO, 2017).
Fonte: Cláudio José Ferreira e Denise Rossini Penteado - Instituto Geológico (SÃO PAULO, 2017).
3.3. Clima
Apendice 3.3.1 – Distribuição das médias das temperaturas máximas e mínimas ao longo do
território das APAs
3.4. Mineração
Introdução
A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, através de sua rede básica de
monitoramento, mantém pontos de avaliação de qualidade das águas brutas em locais
estratégicos, inclusive dentro do perímetro da APA SISTEMA CANTAREIRA. Os resultados
obtidos através deste monitoramento podem ser utilizados para avaliar a evolução da
qualidade das águas e auxiliar a identificação de possíveis fontes de poluição que possam afetar
as características naturais do corpo d’água.
O quadro 01 a seguir apresenta a localização dos pontos de monitoramento da qualidade das
águas brutas na APA SISTEMA CANTAREIRA.
Quadro 2 – Pontos de Monitoramento da Rede Básica de Qualidade das Águas Superficiais - CETESB.
Corpos d’Água Código do Ponto
Represa do Rio Atibainha RAIN00880
Reservatório Águas Claras ACLA00500
Reservatório do Juqueri ou Paiva Castro JQJU00900
Reservatório do Rio Cachoeira CACH00500
Reservatório do Rio Jacareí JCRE00500
Reservatório Jaguari JARI00800
Ribeirão Lavapés LAPE04850
Rio Atibaia ATIB02010
Rio Atibainha BAIN02950
Rio Cachoeira CAXO02800
Rio Jaguari JAGR02100
Rio Jaguari JAGR00002
Rio Jaguari JAGR02010
Rio Jaguari JAGR00005
Rio Jundiaizinho JUZI02400
Nestes locais são determinados diversos parâmetros e índices que evidenciam o
comportamento dos corpos d’água em função do uso e ocupação do solo em sua bacia
- Índice de Qualidade das Águas (IQA) - considera as variáveis; Temperatura da Água, Oxigênio
Dissolvido, Demanda Bioquímica do Oxigênio, E. coli, pH, Turbidez, Fósforo Total, Nitrogênio
Total e Sólidos Totais, as quais indicam principalmente o lançamento de efluentes sanitários,
fornecendo uma visão geral sobre as condições de qualidade das águas superficiais. A
classificação apresentada representa a média anual obtida a partir dos resultados do IQA de,
pelo menos, quatro campanhas.
- Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática (IVA) - tem o objetivo de
avaliar a qualidade das águas para fins de proteção da fauna e flora, em geral. O IVA leva em
consideração a presença e concentração de substâncias tóxicas (Cobre, Zinco, Chumbo, Cromo
Total, Mercúrio, Níquel, Cádmio e Surfactantes), o efeito destas substâncias nos organismos
aquáticos (Toxicidade) e duas variáveis consideradas essenciais para a biota (pH e Oxigênio
Dissolvido), variáveis essas agrupadas no IPMCA – Índice de Variáveis Mínimas para a
Preservação da Vida Aquática, bem como o IET – Índice do Estado Trófico. Desta forma, o IVA
fornece informações não só sobre a qualidade da água em termos ecotoxicológicos, como
também sobre o seu grau de trofia. A classificação apresentada representa a média anual
obtida a partir dos resultados de, pelo menos, quatro campanhas.
- Índice de Qualidade de Águas Brutas para Fins de Abastecimento Público (IAP) - é um índice
mais fidedigno da qualidade da água bruta a ser captada, que após tratamento, será distribuída
para a população. O IAP é o produto da ponderação dos resultados atuais do IQA (Índice de
Qualidade de Águas) e do ISTO (Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas), que é
composto pelo grupo de substâncias que afetam a qualidade organoléptica da água, bem como
de substâncias tóxicas.
Embora os índices representem de forma bastante clara as condições de qualidade das águas,
estes jamais substituirão uma avaliação integrada entre parâmetros unitários e uso do solo de
uma determinada bacia hidrográfica.
O IQA do rio Jaguari, antes da formação do reservatório, não apresentou alteração da faixa de
qualidade entre 2013 e 2018, mantendo-se na categoria Boa ao longo de todo o período da
análise. Já o IVA apresentou uma condição Regular em 2014, isto é, o ano que coincidiu com o
pico da crise hídrica. A média anual do IVA foi influenciada por um episódio de toxicidade
aguda.
Reservatórios
Dentro dos limites da APA Sistema Cantareira estão situados os reservatórios iniciais do Sistema
Cantareira, sendo estes o Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. O Juqueri e o Águas Claras,
também participam deste conjunto de reservatórios influenciados quanti e qualitativamente
por parte da drenagem desta Área de Preservação Ambiental.
O quadro 4 apresenta o perfil do IQA para os reservatórios do Sistema Cantareira, seguindo o
caminho das águas desde o reservatório Jaguari até o Águas Claras, onde é feita a adução para
a ETA do Guaraú. Em 2018, a qualidade da água de todos os reservatórios foi classificada na
categoria Ótima.
Quadro 5 - Perfil do IVA nos reservatórios do Sistema Cantareira em 2018 e nos últimos 5
anos.
Quadro 6 - Perfil do IAP nos reservatórios do Sistema Cantareira em 2018 e nos últimos 5
anos.
Para ambientes lênticos é importante o acompanhamento dos parâmetros que indicam o nível
trófico de suas águas. No quadro 7 são apresentados os dados históricos da média anual de
Clorofila a e Fósforo Total nos reservatórios.
40 0,40
35 0,35
Clorofila a (µg/L)
30 0,30
(JARI00800)
25 0,25
20 0,20
15 0,15
10 0,10
5 0,05
0 0,00
2013 2014 2015 2016 2017 2018
PT Clorofila-a
Clorofila a (µg/L)
10
0,02
5
0 0,00
2014 2015 2016 2017 2018
PT Clorofila-a
45 0,05
RESERVATÓRIO CACHOEIRA
40
35 0,04
30
(CACH00500)
0,03
25
20
0,02
15
10 0,01
5
0 0,00
2014 2015 2016 2017 2018
PT Clorofila-a
10 0,10
RESERVATÓRIO ATIBAINHA
8 0,08
6 0,06
4 0,04
2 0,02
0 0,00
2014 2015 2016 2017 2018
PT Clorofila-a
De maneira geral é possível notar que as concentrações médias anuais de fósforo total nas
águas dos reservatórios Jaguari, Atibainha e Juqueri apresentam-se num mesmo patamar ao
longo do tempo. Já nos reservatórios Jacareí e Cachoeira reduções nas concentrações são
observadas, trazendo-as assim para uma condição de atendimento ao padrão da sua classe de
uso (0,02 mg de fósforo total/L).
No que se refere às concentrações de Clorofila a, reduções são observadas praticamente em
todas as médias anuais. Importante ressaltar que, mesmo com cenário favorável de redução as
concentrações nos reservatórios Jaguari, Jacareí e Cachoeira continuam com valores superiores
ao do limite legal estabelecido para corpos d’água classe especial (10 μg de Clorofila a/L).
Enquanto os rios Jaguari e Cachoeira apresentaram IQA e IVA dentro das faixas Boa e Ótima,
especialmente nos últimos dois anos, o Rio Atibainha mostrou médias anuais do IQA Regular e
para o IVA Ruim, praticamente em toda sua série histórica. Esta condição pode ser atribuída
principalmente pela influência antrópica causada pela área urbana do município de Bom Jesus
dos Perdões.
Péssima Ruim Regular Boa Ótima Péssima Ruim Regular Boa Ótima
Nos quadros 10 e 11, são apresentados os resultados das concentrações médias anuais
históricas dos parâmetros Demanda Bioquímica de Oxigênio, Oxigênio Dissolvido, Fósforo total
e Escherichia-coli (E-coli), bem como o valor do padrão de qualidade índices de qualidade de
água para cada um destes.
Esgoto Doméstico
O esgoto doméstico é um dos grandes desafios a serem enfrentados para a melhoria da
qualidade das águas. Informações das condições de saneamento básico dos municípios são
fundamentais para a definição de prioridades de ações e investimentos para que se atinjam
bons índices de qualidade, A seguir temos as cargas potenciais e remanescentes dos municípios
com área urbana dentro dos limites da APA Sistema Cantareira.
3.7. Fragilidade
Apendice 3.7.1 – Mapa de Fragilidade Ambiental
Método
O diagnóstico demográfico, socioeconômico, territorial e jurídico-institucional foi elaborado por
meio de pesquisa e análise de dados secundários produzidos pelos órgãos municipais, estaduais
e federais oficiais, a saber:
1) Tradições culturais e turismo dos municípios da APA: portal da Secretaria de Cultura do Estado
de São Paulo; portais das Prefeituras Municipais e do Plano de Manejo das APAS Piracantareira
(SÃO PAULO, 2015).
2) Patrimônios histórico, cultural, artístico e arqueológico tombados: portal do Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT, 2019) e do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2019).
3) Dados demográficos e socioeconômicos para os anos de 2010, 2012 e 2016/2017/2018:
portal da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), no link “Informações dos
Municípios Paulistas” (SEADE, 2019a) e, especificamente para projeção populacional, no link
“Sistema Seade de Projeções Populacionais” (SEADE, 2019); Inventário Estadual de Resíduos
Sólidos Urbanos – 2018 (CETESB, 2018b); dados do Censo IBGE 2010 (IBGE, 2011) de
infraestrutura de saneamento dos domicílios e de número de moradores, dos setores censitários
na área de estudo.
4) Dados agrossilvipastoris: portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no
Banco de Tabelas Estatísticas SIDRA, onde são apresentados os dados da Pesquisa Agrícola
Municipal (PAM), da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), da Pesquisa da Extração Vegetal e da
Silvicultura (PEVS) para os anos de 2010 e 2017 (IBGE, 2019a, 2019b); e Censo Agropecuário do
IBGE (2017).
5) Dados arrecadação da atividade minerária: CFEM da Agência de Mineração (ANM, 2019).
6) Uso e ocupação do solo: Plano de Manejo das APAS Piracantareira (SÃO PAULO, 2015) e
Inventário Florestal do Estado de São Paulo (2010).
7) Dados de Infraestrutura em saneamento ambiental: Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), no Banco de Tabelas Estatísticas SIDRA; Relatório de Qualidade das Águas
Superficiais no Estado de São Paulo – 2018 (CETESB, 2018a); Inventário de Resíduos Sólidos no
Estado de São Paulo – 2018 (Cetesb, 2018b); Plano de Bacias PCJ (Agência PCJ, 2018) e Alto Tietê
(FABHAT, 2016).
8) Planos Diretores dos municípios: Portal e contato com técnicos das Prefeituras.
9) Os dados passíveis de serem espacializados foram analisados com o auxílio do software de
Sistema de Informação Geográfica (GIS) Arcgis 10.5, utilizado para criação de mapas, compilação
de dados geográficos, análise de informações mapeadas e gestão de informações geográficas em
bancos de dados.
APÊNDICE 4.1.1.A.
Limite dos municípios integrantes da APA Sistema Cantareira
APÊNDICE 4.1.1.B.
Sítios arqueológicos presentes nos municípios da APA Sistema Cantareira
Município CNSA Sítio Descrição sumária Bacia Hidrográfica Material Histórico
Arqueológico
SP00145 Atibaia 1 Sítio histórico a céu aberto Rio Atibaia / Bacia do Louça
Tietê
SP00146 Atibaia 2 Sítio histórico a céu aberto Rio Atibaia / Bacia do Telha antiga
Tietê
SP00147 Atibaia 3 Sítio histórico a céu aberto Rio Atibaia / Bacia do Telha
Atibaia
Tietê
SP00148 Atibaia 4 Sítio histórico a céu aberto Rio Atibaia / Bacia do Tijolo
Tietê
SP00739 Atibaia 5 Sítio histórico de habitação rural a céu Rio Atibaia / Bacia do Louça inglesa e
aberto Tietê nacional
Bragança SP00143 Bragança 1 Sítio histórico a céu aberto, superficial, Rio Jaguari/Bacia Tietê Telha e louça
Paulista sobre terraço aluvial.
SP00741 Bragança 3 Sítio Histórico composto por duas áreas Rio Jaguari/Bacia Tietê Cerâmica, louça, vidro,
distintas de habitação rural, a céu aberto metal, telhas
SP01059 Toca da Paineira Abrigo sob rocha com gravuras rupestres Piracicaba, Jundiaí, -
Capivari
SP01059 Toca da Paineira Abrigo sob rocha com gravuras rupestres Piracicaba, Jundiaí, -
Capivari
Vargem SP00740 Bragança 2 Sítio histórico composto por duas áreas Cerâmica, louça, vidro,
distintas de habitação rural, a céu aberto metal
Fonte: IPHAN (2019), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.3.A.
População e densidade demográfica nos municípios da APA Sistema Cantareira e estado de São
Paulo
Município População Densidade 2010 População Densidade 2018
2010 (hab/km²) 2018 (hab/km²)
Atibaia 126.467 264,29 137.107 286,5
Bragança Paulista 146.548 285,88 160.840 313,8
Joanópolis 11.756 31,41 12.500 33,4
Mairiporã 80.755 251,81 95.122 296,6
Nazaré Paulista 16.396 50,25 18.041 55,3
Piracaia 25.101 65,11 26.048 67,6
Vargem 8.784 61,59 9.762 68,5
Total 415.807 459.420
estado de São Paulo 41.223.683 166,08 43.993.159 177,2
Fonte: SEADE (2019), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.3.B.
Densidade demográfica por município integrante da APA Sistema Cantareira
APÊNDICE 4.1.3.D.
Taxa geométrica de crescimento anual (em % a.a.) nos períodos de 2000-2010 e 2010-2018 para
os municípios da APA Sistema Cantareira
APÊNDICE 4.1.3.F.
População urbana, rural e taxa de urbanização (%) nos municípios da APA Sistema Cantareira e
estado de São Paulo para os anos de 2010, 2012 e 2018
Município 2010 2012 2018 Taxa de
População População População População População População urbanização
urbana rural urbana rural urbana rural 2018
Atibaia 115.105 11.362 118.407 10.805 127.809 9.298 93,21%
Bragança Paulista 142.065 4.483 146.420 3.931 157.648 3.192 98,01%
Joanópolis 11.756 - 11.953 - 12.500 - 100%
Mairiporã 70.574 10.181 74.701 9.671 86.939 8.183 91,39%
Nazaré Paulista 13.896 2.500 14.978 1.832 17.254 787 95%
Piracaia 25.101 - 25.336 - 26.048 - 100%
Vargem 4.412 4.372 4.772 4.260 5.902 3.860 60,45%
Total municípios 382.909 32.898 396.567 30.499 434.100 25.320
Estado de São Paulo 39.548.206 1.675.477 40.295.489 1.644.508 42.419.766 1.573.393
Fonte: SEADE (2019), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.3.G.
Porcentagem de área urbana e rural dos municípios da APA Sistema Cantareira por setor
censitário
2
Município Área total (Km ) Área urbana (%) Área rural (%)
APÊNDICE 4.1.3.I.
População total dos municípios da APA Sistema Cantareira por setor censitário
APÊNDICE 4.1.4.B.
PIB per capita (em reais) e sua variação porcentual entre 2012 e 2016 dos municípios da APA
Sistema Cantareira e estado de SP
Município PIB per capita 2012 (R$) PIB per capita 2016 (R$) Variação PIB per capita entre 2012 e 2016 (%)
APÊNDICE 4.1.4.C.
Valor Adicionado (em reais) e seu incremento em 2010 e 2016 dos municípios da APA Sistema
Cantareira e estado de SP
Município Valor Adicionado (em R$) Incremento (%)
2010 2016 2010/2016
Atibaia 3.106.304,13 5.052.975,01 62,67
Bragança Paulista 2.838.147,19 4.479.250,06 57,82
Joanópolis 97.816,79 191.799,90 96,08
Mairiporã 968.181,13 1.464.315,85 51,24
Nazaré Paulista 185.256,31 270.670,57 46,11
Piracaia 235.652,96 411.186,50 74,49
Vargem 53.714,79 96.737,70 80,10
Participação do estado de SP 0,6983% 0,5872% -15,92
APÊNDICE 4.1.4.E.
Número de estabelecimentos, empregos e o setor de destaque nos municípios da APA Sistema
Cantareira em 2016
Município Número de estabelecimentos Número de empregos
Atibaia (total) 3.977 38.105
Cultivo de flores e plantas ornamentais 240 1.425
Bragança Paulista (total) 4.174 42.930
Comércio varejista – produtos novos não especificados 178 928
Joanópolis (total) 371 2.192
Comércio varejista – mercadorias em geral 50 223
Mairiporã (total) 1.297 12.773
Restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas 92 508
Nazaré Paulista (total) 220 2.376
Produção florestal 19 40
Hotéis e similares 15 195
Piracaia (total) 516 3.716
Restaurantes e serviços de alimentação e bebidas 30 63
Vargem (total) 120 828
Fabricação de produtos cerâmicos p/cons. Civil 15 61
TOTAL municípios da APA 10.675 102.920
Fonte: MTE (BRASIL, 2016), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.4.H.
Área plantada de café em grãos totais (em ha) nos municípios da APA Sistema Cantareira no
período de 2010 a 2017
Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Atibaia 50 40 40 60 80 100 50 -
Bragança Paulista 1400 1500 1500 1000 960 500 500 500
Joanópolis 150 50 20 - - - 5 10
Mairiporã ... ... ... ... ... ... ... ...
Nazaré Paulista 15 15 15 15 15 17 19 19
Piracaia 70 10 10 10 10 - - -
Vargem 90 90 90 30 3 3 3 5
Total dos Municípios 1.775 1.705 1.675 1.115 1.068 620 577 534
Fonte: IBGE (2019a), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.4.J.
Área plantada de soja (em ha) nos municípios da APA Sistema Cantareira no período de 2010 a
2017
Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Atibaia - - 30 30 30 200 480 600
Bragança Paulista - - - - - 300 600 600
Joanópolis - - - - - - - -
Mairiporã - - ... ... ... ... ... ...
Nazaré Paulista - - - - - - - -
Piracaia - - - - - - - -
Vargem - - - - 50 130 120 250
Total dos Municípios - - 30 30 80 630 1.200 1.450
Fonte: IBGE (2019a), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.4.K.
Produção de galináceos (total de bicos) nos municípios da APA Cantareira no período de 2010 a
2017
APÊNDICE 4.1.4.M.
Produção de suínos (total de cabeças) nos municípios da APA Sistema Cantareira no período de
2010 a 2017
Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Atibaia 850 850 - - - - - -
Bragança Paulista 43.500 45.000 45.000 46.500 40.000 43.000 39.000 39.000
Joanópolis 1.150 1.150 1.150 1.200 1.100 1.150 950 700
Mairiporã - - - - - - - 40
Nazaré Paulista 1.650 1.650 1.650 1.660 1.500 1.550 1.555 1.550
Piracaia 1.970 1.700 1.700 1.708 1.000 450 452 451
Vargem 250 300 450 460 410 420 350 350
Total dos Municípios 49.370 50.650 49.950 51.528 44.010 46.570 42.307 42.091
Fonte: IBGE (2019b), elaborado por SIMA/CPLA (2019)
APÊNDICE 4.1.4.O.
Produção de carvão vegetal (t) nos municípios da APA Sistema Cantareira no período de 2010 a
2017
Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Atibaia 70 80 1200 1250 1420 1435 4950 3960
Bragança Paulista 4.500 3.800 3.900 4.000 3.500 3.630 10.650 8.875
Joanópolis 400 5.000 5.000 4.950 5.325 5.450 - -
Mairiporã ... ... ... ... - - - -
Nazaré Paulista 1.300 3.600 3.600 3.680 3.864 3.950 7.875 7.870
Piracaia 2.900 3.900 4.000 4.050 4.000 3.750 10.500 10.450
Vargem - - - - - - - 3.125
Total dos Municípios 9.170 16.380 17.700 17.930 18.109 18.215 33.975 34.280
Fonte: IBGE (2019a), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.4.P.
APÊNDICE 4.1.4.Q.
Produção de madeira em tora nos municípios da APA Sistema Cantareira no período de 2010 a
2017.
Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Atibaia 20.000 23.100 27.000 27.130 30.130 30.500 16.500 13.200
Bragança Paulista 110.000 110.000 111.000 112.300 132.800 137.500 106.500 118.250
Joanópolis 65.000 50.000 50.000 50.880 55.900 58.500 339.000 356.250
Mairiporã - - - - - - - -
Nazaré Paulista 30.000 30.000 30.000 30.000 31.500 35.000 11.250 11.240
Piracaia 75.000 80.000 80.000 108.315 108.315 108.500 45.520 29.950
Vargem 6.000 5.000 5.000 4.880 9.800 10.700 37.500 6.250
Total dos Municípios 306.000 298.100 303.000 333.505 368.445 380.700 556.270 535.140
Fonte: IBGE (2019a), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.4.R.
Arrecadação CFEM por substância dos municípios da APA Sistema Cantareira.
Município Recurso Mineral Arrecadação em 2018 (R$)
Granito 51.637,45
Atibaia
Água mineral 2.555,23
Granito 215.774,95
Bragança Paulista
Água mineral 184.904,14
Joanópolis - -
Granito 134.965,79
Mairiporã
Água mineral 4.191,47
Nazaré Paulista Água mineral 1.837,66
Areia 37.881,68
Piracaia
Granito 4.626,89
Vargem - -
Fonte: ANM, 2019
APÊNDICE 4.1.5.A.
APÊNDICE 4.1.5.B.
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) nos anos de 1991, 2000 e 2010 para os
municípios da APA Sistema Cantareira e do estado de São Paulo
Município IDHM 1991 IDHM 2000 IDHM 2010 Ranking
Atibaia 0,545 (baixo) 0,675 (médio) 0,765 (alto) 138
Bragança Paulista 0553 (baixo) 0,687 (médio) 0,776 (alto) 83
Joanópolis 0,425 (muito baixo) 0,589 (baixo) 0,699 (médio) 584
Mairiporã 0,533 (baixo) 0,682 (médio) 0,788 (alto) 40
Nazaré Paulista 0,407 (muito baixo) 0,527 (baixo) 0,678 (médio) 625
Piracaia 0,461 (muito baixo) 0,620 (médio) 0,739 (alto) 314
Vargem 0,428 (muito baixo) 0,596 (baixo) 0,699 (médio) 584
Estado de São Paulo 0,578 (baixo) 0,702 (alto) 0,783 (alto)
Fonte: SEADE (2019a), elaborado por SIMA/CPLA
APÊNDICE 4.1.5.C.
Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) nos municípios da APA Sistema Cantareira e do
estado de São Paulo em 2010, 2012 e 2014
Município 2010 2012 2014
Grupo
R L E Grupo R L E R L E Grupo
Atibaia Alta Média Média 1 Alta Alta Alta 1 Alta Alta Alta 1
Bragança Paulista Alta Média Baixa 2 Baixa Alta Baixa 4 Baixa Alta Média 3
Joanópolis Baixa Média Alta 3 Baixa Baixa Alta 4 Baixa Baixa Alta 4
Mairiporã Baixa Média Baixa 4 Baixa Média Baixa 4 Baixa Baixa Baixa 5
Nazaré Paulista Baixa Alta Baixa 4 Baixa Alta Baixa 4 Baixa Alta Baixa 4
Piracaia Baixa Média Alta 3 Baixa Média Alta 3 Baixa Média Média 3
Vargem Baixa Média Baixa 4 Baixa Alta Baixa 4 Baixa Alta Baixa 4
estado de São Paulo alta alta baixa alta alta baixa alta alta média
Fonte: SEADE (2019B), elaborado por SIMA/CPLA.
R: dimensão riqueza. L: dimensão longevidade. E: dimensão escolaridade.
G1 - Municípios que se caracterizam por um nível elevado de riqueza com bons níveis nos indicadores sociais;
G2 - Municípios que, embora com níveis de riqueza elevados, não são capazes de atingir bons indicadores sociais;
G3 - Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores sociais;
G4 - Municípios que apresentam baixos níveis de riqueza e níveis intermediários de longevidade e/ou escolaridade;
G5 - Municípios mais desfavorecidos do Estado, tanto em riqueza quanto nos indicadores sociais.
APÊNDICE 4.1.5.F.
Taxa de mortalidade geral e infantil (p/mil hab) nos municípios da APA Sistema Cantareira em
2017
Município Taxa de Mortalidade geral (p/mil hab) Taxa de Mortalidade infantil (p/mil hab)
Atibaia 8,06 11,13
Bragança Paulista 7,17 10,05
Joanópolis 7,97 13,70
Mairiporã 6,39 13,44
Nazaré Paulista 8,3 10,20
Piracaia 8,33 5,36
Vargem 6,43 17,54
Estado de SP 6,73 12,34
Fonte: SEADE (2019a), elaborado por SIMA/CPLA
APÊNDICE 4.1.5.G.
APÊNDICE 4.1.5.H.
Tipos de abastecimento de água por município da APA Sistema Cantareira
Município Recurso Mineral Arrecadação em 2018 (R$)
Granito 51.637,45
Atibaia
Água mineral 2.555,23
Granito 215.774,95
Bragança Paulista
Água mineral 184.904,14
Joanópolis - -
Granito 134.965,79
Mairiporã
Água mineral 4.191,47
Nazaré Paulista Água mineral 1.837,66
Areia 37.881,68
Piracaia
Granito 4.626,89
Vargem - -
Fonte: ANM, 2019
APÊNDICE 4.1.5.I.
Domicílios atendidos por coleta de lixo nos municípios da APA Sistema Cantareira
APÊNDICE 4.1.5.K.
Mapa de domicílios atendidos por coleta de esgoto nos municípios da APA Sistema Cantareira
APÊNDICE 4.1.6.C - Número de Estações de Tratamento de Água (ETA) nos municípios da APA
Sistema Cantareira em 2017
APÊNDICE 4.1.6.E.
Índice de Coleta e Tratamento de Esgoto, Eficiência e ICTEM dos municípios da APA Sistema
Cantareira e comparação com o estado de SP em 2012 e 2017
Atendimento (%) Eficiência do processo Atendimento (%) Eficiência do processo
ICTEM ICTEM
Município de tratamento de de tratamento de
Coleta Tratamento 2012 Coleta Tratamento 2017
esgoto (%) esgoto (%)
Atibaia 62,71 66,09 94,00 4,96 55 74 86 4,70
Bragança Paulista 86 0,00 0 1,29 85 100 94 8,46
Joanópolis 59 96 78 5,70 61 100 91 6,53
Mairiporã 57 62 85 3,94 26 76 80 3,04
Nazaré Paulista 46 60 84 3,60 14 100 88 3,00
Piracaia 44 30 96 6,78 49 100 84 5,43
Vargem 68 12 95 2,20 51 100 98 6,04
Estado de São 87,00 51,00 79,00 5,00 88,00 64,00 85,00 6,27
Paulo
Fonte: CETESB (2012, 2017, 2018a), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.6.F.
Bragança Paulista 72,72 9,6 6,3 Bragança Paulista Adequado 143,23 9,80 - Bragança Paulista–AP Adequado
Joanópolis 4,79 9,6 - Joanópolis Adequado 9,06 8,60 6,48 Joanópolis Adequado
Mairiporã 29,40 8,3 6,1 Caieiras – AP Adequado 66,84 9,82 6,77 São Paulo – AP Adequado
Nazaré Paulista 5,67 8,3 - São Paulo – AP Adequado 10,75 9,82 - São Paulo – AP Adequado
Piracaia 10,15 8,3 7,1 São Paulo – AP Adequado 21,59 9,82 3,59 São Paulo – AP Adequado
Vargem 1,82 9,1 - Vargem Adequado 3,57 9,80 - Bragança Paulista AP Adequado
Fonte: CETESB (2012, 2017, 2018a), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 4.1.6.G.
Outorgas válidas em 2017 nos municípios da APA Sistema Cantareira
Tipo de Captação Finalidade
Município Outorgas Superficial Subterrânea Lançamento Soluções Abastecimento Industrial Rural Outras
Superficial Alternativas Público finalidades
Atibaia 945 175 726 44 622 28 88 183 24
Bragança Paulista 689 108 531 50 490 2 55 100 42
Joanópolis 105 42 48 15 59 7 5 28 6
Mairiporã 101 14 79 8 67 12 11 5 6
Nazaré Paulista 114 20 82 12 84 4 7 10 9
Piracaia 188 54 105 29 111 2 29 32 14
Vargem 129 22 105 2 100 1 12 12 4
Total 2.271 435 1.676 160 1.533 56 207 370 105
APÊNDICE 4.1.6.I.
Consumo de energia elétrica (em MWh) nos municípios da APA Sistema Cantareira
Município Total Industrial Comércio e Serviços Rural Residencial Iluminação e Serviços Públicos e
Outros
Atibaia 469.185 165.765 102.205 27.801 142.616 30.797
Bragança Paulista 541.526 251.700 85.045 18.679 149.136 36.966
Joanópolis 21.460 2.423 4.961 3.097 8.997 1.983
Mairiporã 475.839 40.348 29.667 1.620 83.877 320.327
Nazaré Paulista 36.569 8.007 7.727 3.122 15.515 2.197
Piracaia 50.087 11.331 6.905 4.987 21.637 5.227
Vargem 14.317 1.635 1.750 2.377 6.726 1.831
Fonte: IBGE (2011), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 5.1.B.
Mapa Macrozoneamento vigente do município de Bragança Paulista
APÊNDICE 5.1.D.
Mapa Plano Diretor do município de Mairiporã
APÊNDICE 5.1.F.
Mapa Macrozoneamento do Plano Diretor do município de Piracaia
APÊNDICE 5.1.H.
Unidades de Conservação sobrepostas a APA Sistema Cantareira
Unidade de Conservação
Proteção Integral Município Área (Km2) Legislação
Parque Estadual de Itapetinga Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Mairiporã, Nazaré Paulista 100 Decreto nº 55.662/2010
Parque Estadual de Itaberaba Guarulhos, Arujá, Santa Isabel, Nazaré Paulista, Mairiporã 150 Decreto nº 55.662/2010
Parque Estadual da Cantareira (núcleo Águas Claras) Guarulhos, São Paulo, Mairiporã 79,16 Lei nº 10.228/1968
RPPN Federal Parque das Nascentes Bragança Paulista 69,25 Portaria Ibama nº58/2002
RPPN Federal Parque dos Pássaros Bragança Paulista 174,9 Portaria Ibama nº60/2002
APÊNDICE 5.1.J.
Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais do Alto Juquery
POLÍTICAS PÚBLICAS
APÊNDICE 5.2.A. - Áreas prioritárias para restauração de vegetação nativa nos municípios da APA
Sistema Cantareira
Município Superfície (ha) Cobertura vegetal (ha) Percentual de cobertura Classe de prioridade
vegetal nativa (%)
Atibaia 47.810 11.622 24,3 Muito alta
Bragança Paulista 51.359 5.727 11,2 Muito alta
Joanópolis 37.458 9.510 25,4 Muito alta
Mairiporã 32.148 15.566 48,4 Muito alta
Nazaré Paulista 32.654 11.982 36,7 Muito alta
Piracaia 38.473 7.418 19,3 Muito alta
Vargem 14.260 2.931 20,6 Muito alta
Fonte: SÃO PAULO (2014), elaborado por SIMA/CPLA (2019).
APÊNDICE 5.2.C. - Porcentual da área rural, da área urbana e da área total dos municípios da APA
Cantareira por sub-bacia e por zona.
Município Zona Sub-bacia % da área rural % da área urbana % da área total
Atibaia 09 Atibaia 57,0 80,1 65,2
10 Atibaia 26,4 16,7 22,9
Bragança Paulista 09 Atibaia 0,0 11,5 7,0
10 Atibaia 30,7 20,1 24,3
02 Jaguari 2,4 26,3 16,9
03 Jaguari 31,5 33,0 32,4
04 Jaguari 35,4 9,1 19,4
Joanópolis 09 Atibaia 0,0 68,1 68,1
02 Jaguari 0,0 31,9 31,9
Mairiporã 33 Jundiaí 4,6 30,4 12,5
Nazaré Paulista 09 Atibaia 68,0 90,6 83,7
Piracaia 02 Jaguari 0,0 14,7 14,7
Vargem 01 Jaguari 8,7 0,0 8,5