NR 18 - Segurança Do Trabalho Programas e Equipamentos
NR 18 - Segurança Do Trabalho Programas e Equipamentos
NR 18 - Segurança Do Trabalho Programas e Equipamentos
SEGURANÇA DO TRABALHO:
a importância dos programas e equipamentos de segurança em
obras na zona urbana da Cidade de Canindé de São Francisco
(SE)
Paripiranga
2021
TAISE ÁLIA SANTOS OLIVEIRA
SEGURANÇA DO TRABALHO:
a importância dos programas e equipamentos de segurança em
obras na zona urbana da Cidade de Canindé de São Francisco
(SE)
Paripiranga
2021
Oliveira, Taise Ália Santos, 1996
SEGURANÇA DO TRABALHO: a importância dos programas e
equipamentos de segurança em obras na zona urbana da Cidade de Canindé
de São Francisco (SE)/ Taise Ália Santos Oliveira. - Paripiranga, 2021.
69 f.: il.
SEGURANÇA DO TRABALHO:
a importância dos programas e equipamentos de segurança em obras na
zona urbana da Cidade de Canindé de São Francisco (SE)
BANCA EXAMINADORA
A Deus, por ter me dado forças, saúde, coragem e perseverança durante esses 5 anos de
curso e concepção deste trabalho.
A minha mãe, Maria Cleudice dos Santos, por ter sido meu alicerce, minha maior
incentivadora, por ter batalhado para realizar meu sonho e me apoiado em todos os momentos,
principalmente nos mais difíceis, sem ela nada seria possível.
Ao meu filho, Ricardo Miguel, por ser o grande motivo que me fez continuar todos os
dias e meu apoio nos dias difíceis.
Aos meus irmãos, Bárbara e Rai Júnior, que me ajudaram a chegar até aqui, por não me
deixarem ceder nos momentos difíceis, por abdicarem de muitos momentos em suas vidas para
que eu pudesse concluir esta caminhada.
A José Henrique, por ter estado ao meu lado na construção desse trabalho, por todas as
palavras de incentivo, por acreditar no meu potencial, mesmo quando eu mesma duvidei, e
aguentando, fortemente, esse período tão conturbado ao meu lado.
Ao Centro Universitário Ages, por ter me proporcionado uma intensa experiência
acadêmica, por me possibilitar conhecer pessoas incríveis, as quais levarei para toda a vida, por
todo o conhecimento adquirido e a oportunidade de ter alcançado a tão almejada graduação em
Engenharia Civil.
Ao meu orientador, Me. Raphael Sapucaia dos Santos, por compartilhar o seu
conhecimento, por toda a sua dedicação e paciência, por todos os ensinamentos passados,
disponibilidade, responsabilidade e competência na orientação deste trabalho.
Ao coordenador, Me. Bruno Almeida Souza, por toda a sua dedicação, empatia e
contribuição para a minha formação.
Aos professores, Ma. Taísa Andrade Barbosa, Ma. Vanessa Silva Chaves, Me. Elso
Moisinho e Me. Leonardo Andrade Bispo Silva, por terem contribuído de forma significativa,
empática e competente para a minha formação acadêmica, por todo o conhecimento partilhado
e dedicação singular ao seu trabalho como docente.
As minhas comadres, Marília Oliveira, Luana Cordeiro e Vanilza da Conceição, por
todo o apoio neste projeto e em toda a minha trajetória acadêmica, por todo o companheirismo,
madrugadas, alegrias e angústias compartilhadas, por todo o incentivo e ajuda nos momentos
mais difíceis.
Ao meu compadre, Etevaldo Almeida, ao meu amigo José Antônio e as minhas amigas
Jeane Ribeiro e Rosana de Farias, por terem, diretamente, me ajudado a chegar até aqui, com
apoio e incentivo, além de acreditarem em mim em todos os momentos.
A minha prima Tatiane Oliveira, por todas as palavras de apoio nas madrugadas de
desespero.
A minha amiga Amanda Mayletti, por me ajudar diretamente neste trabalho e por
dedicar parte do seu tempo a torná-lo possível, pelas palavras de incentivo, apoio e por acreditar
em mim.
Aos meus companheiros de república, Natália Borges, Lucas Menezes, Ediane
Peixinho, Renisson Silva e Luana Marinho, por todas a experiências compartilhadas, todos os
momentos de alegria, tristezas e dificuldades vividas juntos, por uma vida construída e o apoio
que encontramos uns nos outros.
Aos meus amigos de curso, Ítalo Dantas, Tamires Dantas, Fabrícia Lima, Fábio
Henrique e Charles Andrade, por todos os momentos compartilhados, as madrugadas de estudo
e conhecimento, por terem prestados os melhores incentivos e apoio, por todos os momentos
de dificuldade e alegria partilhados.
Aos meus amigos, Gabriel Tiago e Liliana Alves, por indiretamente terem sido
responsáveis pela consolidação desse trabalho, me apoiando, incentivando e partilhando
comigo as madrugadas de sua construção, por tornarem leves os momentos difíceis e me
ajudado a acreditar em mim mesma em todos os momentos finais da minha formação.
A todos os funcionários da construção civil, que diretamente se disponibilizaram a
responder meus questionamentos e foram extremamente solícitos ao me ajudarem a construir
esse estudo.
Por fim, e não menos importante, gostaria de agradecer a mim mesma, por ter sido tão
forte e batalhar para a conquista desse sonho, que mesmo nos momentos mais difíceis encontrou
coragem e forças para continuar, não fraquejou mediante aos problemas e provou para muitos
que duvidaram a sua capacidade e persistência.
RESUMO
A construção civil é o setor industrial com os maiores índices de acidentes de trabalho, sendo
estes uma consequência da realidade que os colaboradores da área enfrentam no canteiro de
obras. Um agente agravante está no fato de a sua mão de obra ser, quase que exclusivamente,
artesanal, requerendo atenção especial para a segurança e saúde do trabalho. Partindo deste
pressuposto, este trabalho tem como objetivo analisar a importância de programas e
equipamentos de segurança na zona urbana de Canindé de São Francisco (SE). Os
equipamentos e programas de segurança possuem a finalidade de proteger e conservar a saúde
física e mental dos colaboradores, de forma individual e coletiva, contudo, a reclamação
constante do desconforto é considerada uma das causas pela negligência ao uso dos
equipamentos de segurança individual, sendo que cabe ao contratante disponibilizar e fiscalizar
o seu uso. Apesar de existirem inúmeros riscos relacionados ao canteiro de obras, a falta de
equipamentos de segurança, treinamento e programas adequados continuam sendo os principais
causadores de acidentes e doenças ocupacionais no setor. Sendo assim, é importante buscar e
estabelecer os aspectos que conduzem os funcionários da construção civil a negligenciarem a
própria segurança durante a execução de seu trabalho. Para se chegar, então, a resultados
satisfatórios foi feita uma pesquisa bibliográfica através de livros, artigos, manuais e
dissertações renomadas, além da aplicação de um questionário presencial que teve como intuito
um aprofundamento prático no tema, conhecendo de forma eficaz a população estudada,
podendo construir informações quanto às causas e às consequências da falta de uso de
equipamentos, falta de informação e um ambiente de trabalho instável. Assim, foi constatado
que na zona urbana de Canindé de São Francisco em todas as obras visitadas existia pouca ou
nenhuma presença de equipamentos de segurança, a falta de responsável técnico necessário e
de programas, além da completa falta de fiscalização que possibilitou o não cumprimento das
normas legislativas vigentes e a negligencia por parte dos empregadores.
Civil construction is the industrial sector with the highest rates of work accidents, which are a
consequence of the reality that employees in the area face at the construction site. An
aggravating agent is the fact that their workforce is almost exclusively handcrafted, requiring
special attention to safety and health at work. Based on this assumption, this work aims to
analyze the importance of security programs and equipment in the urban area of Canindé de
São Francisco (SE). The safety equipment and programs are intended to protect and preserve
the physical and mental health of employees, individually and collectively, however, the
constant complaint of discomfort is considered one of the causes of negligence in the use of
individual safety equipment, being it is up to the contractor to make available and supervise its
use. Although there are numerous risks related to the construction site, the lack of safety
equipment, training and adequate programs continue to be the main causes of accidents and
occupational diseases in the sector. Therefore, it is important to seek and establish the aspects
that lead civil construction employees to neglect their own safety while performing their work.
In order to reach satisfactory results, a bibliographical research was carried out through
renowned books, articles, manuals and dissertations, in addition to the application of a face-to-
face questionnaire aimed at a practical deepening of the subject, effectively getting to know the
studied population, being able to build information about the causes and consequences of the
lack of use of equipment, lack of information and an unstable work environment. Thus, it was
found that in the urban area of Canindé de São Francisco, in all of the works visited, there was
little or no presence of safety equipment, the lack of the necessary technical manager and
programs, in addition to the complete lack of inspection that allowed the non-compliance with
the current legislative norms and negligence on the part of employers.
MS Ministério da Saúde
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14
3 METODOLOGIA................................................................................................................ 41
3.1 Local de Pesquisa e Coleta de Dados ............................................................................ 42
3.1.1 Questionário ......................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 59
APÊNDICES ........................................................................................................................... 63
ANEXOS ................................................................................................................................. 64
14
1 INTRODUÇÃO
Para tanto, este projeto é composto por cinco capítulos distintos, sendo: o primeiro
capítulo é a introdução, responsável por apresentar o tema e a problemática abordada; no
segundo capítulo o referencial teórico, onde foi discutido sobre os conceitos importantes que
circundam a segurança do trabalho, além dos programas e normas legislativas que
regulamentam o tema e os equipamentos de segurança necessários para evitar acidentes e
doenças ocupacionais. No capítulo três apresentou-se a metodologia, onde se descreveu as
ferramentas utilizadas para se chegar aos resultados e ao ambiente objeto de estudo. No quarto
capítulo foram apresentados todos os resultados e discussões obtidas através da aplicação do
questionário de pesquisa e o confronto destas respostas com a bibliografia proposta. No quinto
e último capítulo foi discorrido as considerações finais acerca do projeto.
20
2 REFERENCIAL TEÓRICO
as prováveis causas que levam a acidentes de trabalho e a doenças ocupacionais, podendo assim,
prevenir que venham a ocorrer no ambiente de trabalho, afetando a produtividade, a qualidade
de vida, a saúde e a segurança dos funcionários de uma empresa em geral. Sendo essa um campo
de extrema importância, contudo, em sua maioria, negligenciada, mesmo sendo responsável
pela manutenção da vida, ambiente seguro e até redução de custos, pois os danos causados aos
colaboradores afetam diretamente ao empregador (RIBEIRO FILHO, 1974).
segurança e saúde do trabalho e o treinamento adequado, atitudes rotineiras que trariam maiores
seguranças ao trabalhador e ao empregador (TAKAHASHI et al., 2012).
As circunstâncias de trabalho na construção civil tratam-se de um agravante a esta
realidade, uma vez que é mostrado um grande percentual de trabalhadores informais, ou seja,
que não possuem suas carteiras de trabalho regularizadas, tampouco possuem seus direitos
mínimos estabelecidos assegurados por leis. Posto que, em sua maioria, não se tem assegurado
o direito à previdência social em caso de acidente de trabalho, além da falta de presença dos
órgãos competentes, a fim de fiscalizar os empregadores, os quais agem de negligência, quanto
às medidas protetivas à saúde e à segurança do trabalho dos colaboradores, sendo que estes se
encontram de forma irregular em seus empregos (IRIART; COL, 2008).
desgastados ser periódica. Sobre isto, diversas empresas apresentam grandes resistências em
manter todas as condições adequadas e necessárias, contudo, sabe-se que é de extrema
necessidade para que se haja a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, além de que é
necessário levar em consideração o custo-benefício que a empresa terá, além da representação
no mercado econômico, fazendo com que mais clientes se interessem por se mostrar engajada
com a causa de seus colaboradores (RODRIGUES, 2002).
Trata-se de acidentes de trabalho todo evento que ocorra em ambiente de trabalho, que
cause lesões, leves e graves, corporais ou até mesmo a morte ao/do colaborador, fazendo com
que esse necessite se afastar temporário ou permanentemente de suas funções profissionais. Os
incidentes de trabalho são caracterizados por aqueles que não chegam a causar nenhum tipo de
dano à saúde do colaborador ou do empregador (BARBOSA, 2018).
Na área da construção civil é possível identificar os mais variados tipos de acidentes e
incidentes, dentre estes podem ser dos mais cotidianos e/ou dos mais graves, além dos acidentes
de trajeto. Cabe à empresa a responsabilidade da segurança física e mental de seus funcionários,
além de arcar com as responsabilidades de eventuais acidentes, sendo assegurado por lei
(COLOMBO, 2009).
É conhecido que o maior índice de segurança no ambiente de trabalho vem
acompanhado da negligencia humana, ou seja, que poderia ser evitado através dos
procedimentos necessários de segurança. A falta de informação, de treinamento e do
conhecimento da importância do uso de equipamentos de segurança trata-se de um agravante
para os grandes índices de acidentes na construção civil, sabendo que as consequências de tais
acontecimentos afetam diretamente aos colaboradores e às empresas, e indiretamente à
sociedade como um todo. Partindo desse pressuposto, compreende-se que a prevenção se trata
da melhor maneira de lidar com os acidentes de trabalho (PRATES et al., 2016).
A forma mais eficaz de se prevenir os acidentes trata-se de estimular a consciência dos
colaboradores, quanto à importância e à necessidade de se seguir à risca todas normas de
27
de trabalho inadequado são considerados agravantes. A partir desse pressuposto tem-se como
base que um dos instrumentos mais eficazes na prevenção de acidentes trata-se da utilização de
equipamentos de segurança, sejam esses de proteção individual ou coletiva (FERREIRA,
2012).
O empregado é protegido pela legislação quando se encontra adequadamente legalizado
dentro da empresa. A prevenção de acidentes torna-se a maneira mais eficaz de se investir na
saúde e na segurança dos funcionários, além de diminuir impactos financeiros e encontrar-se
cientes de que estes parâmetros são de responsabilidades do empregador, os quais devem
despertar em seus funcionários a consciência de sua responsabilidade para com a própria saúde.
Assim, tomando as medidas adequadas, através do treinamento, das informações e do uso de
equipamentos de segurança, fornecidos pelos empregadores. Logo, mostrar os riscos presentes
no canteiro de obras é indispensável, sabendo esses que tais riscos vão além de lesões físicas,
podendo até levar a óbito (TORREIRA, 1999).
A conscientização dos colaboradores é a forma mais eficaz de se prevenir os acidentes
e as doenças de trabalho. A informação é a necessária para haver controle nos índices altíssimos
que circundam o setor da construção civil ao longo dos anos. Os programas de treinamentos
são meios eficientes de se chegar a este objetivo, de modo que este treinamento deve ser feito
de forma especificamente ligado à cada atividade exercida pelo indivíduo. Desta forma, será
aproveitado melhor e aplicado da forma correta no ambiente de trabalho, mediante também às
tecnologias que dispõem cada atividade e às técnicas específicas (ZOCCHIO, 1980).
O empregador deve colocar em pauta que a prevenção dos acidentes e das doenças
ocupacionais deve ser o principal objetivo no campo da segurança e saúde do trabalho. Eliminar
e/ou minimizar os agentes de riscos nesta área deve ser prioridade, de modo a se tornar cotidiano
em todas as áreas da empresa. Pois, em sua maioria, as práticas inseguras podem ser evitadas,
uma vez que os próprios colaboradores, muitas vezes, desinformados, agem sem priorizar a
própria segurança, ou sendo o oposto, encorajados pela empresa, visam sempre o serviço,
porém é importante tornar as práticas de segurança um hábito no local de trabalho (ZOCCHIO,
1980).
A indústria da construção civil dispõe das mais diversas ferramentas para manter a
integridade física, mental e social dos seus colaboradores, sendo considerada a mais negligente
no campo da segurança e saúde do trabalho. Em todos os campos, desde o administrativo ao
operacional, deve-se ser aplicado princípios de segurança ao funcionário, para que este
compreenda que o mais interessado em sua saúde e segurança é o próprio funcionário. Seguir
30
Sabendo que a prevenção é a forma mais eficaz para a proteção dos colaboradores, é
possível descrever as mais diversas formas para se alcançar esse objetivo. Desse modo, tem-se
os equipamentos de segurança, os programas de implementos internos, os comitês que serão
responsáveis por implementar e fiscalizar a segurança dentro da empresa, além de disseminar
informações e conscientizar o trabalhador (ALMEIDA; JACKSON FILHO, 2007).
O PCMAT pode ser determinado como um conjunto de atividades e ações que tem como
objetivo a prevenção da saúde e da segurança dos colaboradores da construção civil. Dentro
deste programa podem ser inclusos terceiros, que venham a ter contato com o canteiro de obra
(PIZA, 1997).
Existem parâmetros mínimos para a obrigatoriedade da implantação do PCMAT, sendo
que: deve-se conter vinte ou mais funcionários, ser elaborado e executado por um profissional
habilitado da área de segurança do trabalho, além de seguir as exigências da NR-18 e NR-9.
Além disso, deve estar no PCMAT todos os critérios de responsabilidade e hierarquia, quanto
às atividades que circundam a segurança do trabalho na empresa (PIZA, 1997).
Um canteiro de obra devidamente regularizado contém imprescindivelmente a
implantação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho. Haja visto que, dentro
deste será feita a prevenção de riscos, o treinamento de trabalhadores, a redução das
consequências dos acidentes, tanto para a empresa quanto para o empregado, e o levantamento
de dados, que é muito importante, tais como os índices de acidentes e doenças de trabalho, os
impactos que as ações contra esses estão causando no ambiente de trabalho e a fiscalização da
integração da segurança com os funcionários no local de trabalho (SAMPAIO, 1998).
31
Além de tudo já citado, tem-se as etapas que se deve seguir, sendo a antecipação, o
estabelecimento de prioridades, a avaliação de riscos, a execução do plano e, por fim, o
monitoramento. Os riscos que são encontrados no ambiente de trabalho são oriundos de agentes
físicos, químicos e biológicos, os quais são causadores de danos à saúde do trabalhador e ao
ambiente natural, através da repetição, tempo e intensidade de uma atividade profissional
(BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2020).
O mínimo que o empregador deve tomar para a segurança de seus colaboradores trata-
se do investimento em EPI’s e EPC’s. A utilização destes instrumentos é normatizada por lei,
sendo cabível a punição legal (BAÚ, 2013).
Compreende-se que a importância e a necessidade do uso de tais equipamentos é
indispensável, pois a falta destes trata-se da principal causa de acidentes no trabalho na
construção civil. Por se tratar de uma área de trabalho pesado, a falta de uso de dispositivos de
segurança pode levar o colaborador a óbito (BAÚ, 2013).
Assim, levando em consideração o ambiente de trabalho da construção civil, sabe-se
que os equipamentos de proteção individual e coletivo devem ser utilizados de acordo com a
atividade em atuação, garantindo assim a total proteção do indivíduo. Além disso, é necessário
o treinamento do funcionário de forma adequada, para que ele possa utilizar da forma mais
correta garantindo a total eficácia do aparelho, além da fiscalização regular, onde se tem
tecnologias e instrumentos que atualmente facilitam o empregador de fazer esta inspeção (BAÚ,
2013).
Visto que, mesmo havendo um grande investimento nestes equipamentos, é inerente o
baixo índice de funcionários que fazem o seu uso, mesmo que haja informações periódicas dos
riscos que a não utilização pode trazer para o próprio colaborador que tem como ambiente de
trabalho os canteiros de obras, que por si só tendem a manifestar acidentes de grandes riscos
físicos e mentais (BAÚ, 2013).
Partindo deste pressuposto, é necessário fazer uma análise para que se possa encontrar
a causa que induz o funcionário a não querer utilizar os equipamentos de segurança,
principalmente os EPI’s, que possuem contato direto com eles, na execução das atividades de
trabalho, ainda que essas sejam de grande risco a sua integridade física. Ademais, por ser
regulamentada por norma, tal qual deve ser seguida rigorosamente para que as funções
34
São definidos como EPI’s todos e quaisquer dispositivos que possuem como objetivo a
proteção física e a preservação do colaborador, sendo um equipamento de uso, como o nome já
informa, individual. Estes são previstos e normatizados na NR-6, e a sua principal função trata-
se de evitar lesões causadas por acidentes de trabalho, além da manifestação de doenças
ocupacionais (CUNHA, 2006).
Ademais, estes são necessários principalmente em casos de emergências, ou seja, em
situações em que as medidas de proteção coletiva se tornem irrealizáveis. Contudo, no ambiente
de trabalho, encontra-se uma realidade adversa da prevista em legislação, em que se tem os
EPI’s como principais métodos de proteção, deixando a segundo plano a análise do canteiro, de
forma a economizar no investimento da segurança e na saúde dos funcionários (CUNHA,
2006).
Segundo a NR- 6, Portaria de número 3.214, de 1978, é de obrigação do empregador
fornecer todos os EPI’s necessários, de forma a manter a integridade física e mental do seu
funcionário, de modo totalmente gratuito, além de ser responsável por todo treinamento e
informação que careça a utilização adequada do mesmo, além de fiscalizar a qualidade e a
conservação do equipamento, substituindo sempre que necessário. A norma diz ainda em quais
circunstância os equipamentos de proteção individuais devem ser utilizados, tais como
emergência, a eminente implementação ou falta de proteção completa dos EPC’s e ainda
quaisquer eventuais mudanças no andamento da obra, tal qual apresente riscos de acidentes ou
doenças ocupacionais.
35
h) Sapatos fechados: proteção para os pés, podem ser botas ou sapatos, tendo as
mais diversas matérias-primas, tais como plástico ou couro, dependendo do tipo de atividade
que será realizado pelo indivíduo que está utilizando. Protege principalmente da exposição dos
pés aos produtos químicos, aos materiais perfurantes e/ou cortantes, ao impacto de objetos, aos
choques elétricos, à umidade e aos agentes biológicos.
Assim, a Figura 1, mostra exemplos de equipamentos segurança individual, utilizados
na construção civil, e em que local, do corpo, o colaborador deve fazer o uso do mesmo para
que faça a proteção de acidentes e doenças ocupacionais.
Figura 1: Tipos mais comuns de equipamentos de segurança individual utilizados na Construção civil.
Fonte: Frank e Sustentabilidade (2012)1.
São definidos como equipamentos de proteção coletiva todo dispositivo que tem como
função a preservação da integridade física, saúde e psicológica dos funcionários como um todo,
1
FRANK E SUSTENTABILIDADE. EPI na construção civil. in.: Vários assuntos ligados a sustentabilidade,
reciclagem, educação ambiental, coleta seletiva, cidadania, engenharia, cultura. 12 de julho de 2012. [blogger].
Disponível em: <https://www.frankesustentabilidade.com.br/2012/06/epi-na-construcao-civil.html?spref=pi>.
38
tendo como principal objetivo manter a segurança dos mesmos contra acidentes e doenças
ocupacionais. Os EPC’s são a segurança primária, ou seja, devem ser optados antes dos EPI’s,
por apresentarem maior eficiência e, ainda por não estar em contato direto com o trabalhador,
não causam desconfortos, tendo esta vantagem em relação aos equipamentos de proteção
individual (BELTRAMI; STUMM, 2012).
Segundo Vieira (2005), os dispositivos de proteção coletiva agem diretamente no
provável causador de acidentes/incidentes e doenças ocupacionais, se tornando de extrema
necessidade, sendo ainda uma prioridade dentro do ambiente de trabalho, inclusive na área de
construção civil, onde possui diversos agentes causadores de agressões físicas e psicológicas
para seus operários.
A produtividade do trabalhador não é afetada pelo uso dos EPC’s, porém é necessário
que os mesmos sejam instalados de forma correta e de acordo com a atividade a ser executada.
Assim, devem: ser independente da função individual para que proteja de forma eficaz; ser de
boa qualidade, a fim de possuir grande resistência aos agentes agressores; e não apresentar
nenhum tipo de risco para a execução do trabalho do funcionário (PIZA, 1997).
tipos, tais como de tapume, leve e de fachadeiro, sendo que cada uma possui uma finalidade e
característica específica. As telas são utilizadas para cercar canteiros de obras, locais de riscos
expostos, prédios com aberturas laterais, protegem principalmente das quedas, porém evitam o
lançamento de materiais e objetos, evitar trânsito de indivíduos por áreas de risco e mais. Vale
enfatizar a importância da resistência desse material para suportar o peso e o impacto de
indivíduos e objetos (SANTOS, 2015).
c) Plataforma de proteção: a sua principal função é evitar a queda, seja de pessoas
ou de materiais. Estas devem apresentar resistência, estarem instaladas de forma rígida e estável
para que possa desempenhar a sua função da forma correta. A quantidade de plataformas
adequa-se a quantidade de pavimentos que possuir a edificação, seu principal material é o aço
e é fixada com parafusos e vigas de aço reforçado para que possa manter a resistência. Além de
proteger os colaboradores, esse dito de EPC trata-se de uma segurança aos pedestres que
venham a circular aos lados das dependências da obra. Este tipo de dispositivo é regulamentado
pela NR-18, que estabelece a sua obrigatoriedade e seus parâmetros de execução (MACHADO,
2015).
d) Guarda-corpo: Comumente encontrado como matéria-prima a madeira. Trata-se
de uma proteção vertical, evitando quedas de pessoas e materiais, resíduos e ferramentas. Deve
ser fixado ao chão e de material resistente e rígido (BELTRAMI; STUMM, 2012).
Além dos destacados acima, tem-se como EPC’s extintores de incêndio, exaustores de
materiais tóxicos, corrimão de escadas e mais (BELTRAMI; STUMM, 2012). A Figura 2,
mostra exemplos de equipamentos de segurança coletiva utilizados na construção civil.
2
GONÇALVES, Ricardo. EPI, SINÔNIMO DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL. In.: TEM
SUSTENTÁVEL. 2016 – 2021. [Blogger]. Disponível em: < https://www.temsustentavel.com.br/epi-sinonimo-
de-seguranca-na-construcao-civil/>.
40
3 METODOLOGIA
Para a composição de informações contidas neste trabalho, foi feita a coleta de dados
em obras de pequeno porte na zona urbana do município de Canindé de São Francisco,
localizado no estado de Sergipe.
Para este trabalho a população base selecionada trata-se de colaboradores, das mais
diversas vertentes, da construção civil. Sendo visitados oito canteiros de obras, totalizando 26
funcionários, dentre estes pedreiros e serventes. A coleta de dados se deu através da aplicação
de um questionário, presencial, individual e objetivo, e as visitas ocorreram com total permissão
dos devidos proprietários, além da colaboração voluntária dos entrevistados.
3.1.1 Questionário
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através dos dados coletados, mediante a aplicação do questionário, foi construído este
capítulo, com o intuito de fazer o levantamento de informações, a construção de gráficos e
quadros comparativos e fazer o diagnóstico do comportamento dos colaboradores e
empregadores em relação ao tema central da pesquisa. Assim, gerando a contextualização dos
resultados da pesquisa com as informações bibliográficas levantadas é que se poderá constatar
percentuais e frequência do uso de equipamentos de segurança, os motivos pela ausência do seu
uso e a ocorrência de acidentes e doenças de trabalho.
Foi constado no ambiente de pesquisa que 100% dos colaboradores entrevistados são
do gênero masculino. No Gráfico 1 mostra-se que a faixa etária de idade está entre 17 a 51 anos,
sendo 26,92% de 17 a 29 anos, 46,16% de 30 a 39 anos e 26,92% de 40 a 51 anos.
40,00%
20,00%
10,00%
0,00%
17 - 29 30 - 39 40 - 51
Uma das perguntas dirigidas aos entrevistados questionava o nível de escolaridade dos
mesmos. Uma vez que, segundo Cantisiani e Castelo (2015), a construção civil é marcada pelo
fato de a mão de obra possuir, em sua maioria, nível de graduação baixo e até nenhum. Dieese
44
(2012) diz ainda que a maior parte destes trabalhadores possuem o ensino fundamental
incompleto. Partindo desse pressuposto, foi coletado que o grau de escolaridade da população
de pesquisa varia entre nenhuma, fundamental incompleto, fundamental completo, médio
incompleto e médio completo, como mostrado na Tabela 1:
Função
46,15%
53,85%
Serventes Pedreiros
Além disso, constatou-se que estes estão há uma quantidade de tempo significativa na
área. Visto que, em sua maioria, estão há mais de 20 anos trabalhando com a construção civil,
a saber, exatamente, 73,08% possuem mais de 20 anos de profissão e apenas 26,92% estão na
área há menos de 20 anos, como apresentado no Gráfico 3.
0
0a5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 20 a 25 25 a 30 35 a 40
Uso de EPI's
38,46%
61,54%
Sim Não
Dentro desta premissa, foi constatado que dentro da população de pesquisa que utiliza
o equipamento de segurança individual, estavam dentro deles capacetes, botas, luvas e óculos,
distribuídos conforme a Tabela 2.
EPI’S QUANTIDADE
Apenas capacetes 3
Apenas botas 2
Tabela 2: Distribuição dos tipos de EPI’s utilizados.
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
7,70%
26,92%
23,08%
42,30%
A Figura 5, mostra o canteiro de obras com agentes de risco para acidentes de trabalho
e doenças ocupacionais sem a instalação de qualquer equipamento de segurança coletiva.
Disponibilidade de EPC's
34,61%
65,39%
Sim Não
Com base nos resultados obtidos, nenhuma das obras visitadas segue as normas de
segurança, além de não disponibilizar e exigir o uso de EPI’s, não se tem a instalação de EPC’s,
não possuem nenhum tipo de informação ou treinamento quando há a execução de suas
atividades. Foram apresentados colaboradores informais com baixo índice de escolaridade,
reafirmando a realidade da indústria da construção civil nacionalmente.
Além de todos os parâmetros ergonômicos e das negligências por parte dos
empregadores, foi constatado dos próprios operários a falta de vontade de utilizar os
equipamentos de segurança. Em que alguns demonstraram que mesmo com o fornecimento não
fariam o uso, caracterizando a falta de informação para com a importância de tais ferramentas,
a exigência de cumprimento das normas não é um método eficaz de incentivo. Sendo assim,
mostrou-se grande déficit participativo dos colaboradores para manter um ambiente seguro e
equilibrado de trabalho.
Assim, foi constato que os trabalhadores da construção civil apresentam resistência ao
uso de equipamentos de segurança, em especial dos EPI’s. Segundo Cunha (2006), existem
duas causas principais para o descaso quanto ao uso dos equipamentos, sendo descritos por:
falta de instrução, treinamento e informação junto com a distribuição do equipamento; e o
segundo fator é o desconforto físico, que junto com o mesmo vem a diminuição da
produtividade.
Quando questionados, observou-se que o incômodo, a desinformação e os empecilhos
devido ao uso incorreto do equipamento são as principais causas para esta resistência a sua
51
utilização, além de que os EPI’s e EPC’s não estão sendo fornecidos de forma devida e não há
nenhum tipo de fiscalização, nem por parte da empresa, nem por parte dos órgãos responsáveis,
fazendo com que ocorra acidentes de trabalho de forma mais periódica.
Foram citados como equipamentos de incômodos os capacetes, as botas, as luvas, os
cintos de segurança e os óculos (Gráfico 7), pelos mais diversos motivos, como descritos na
Tabela 3. Foi observado também que os EPI’s em utilização no momento não estavam em bom
estado, o que poderia ser um agravante nos sintomas descritos pelos funcionários.
E P I ' S C I TA D O S
25
20
15
10
5
0
Capacete Luva Bota Cinto Óculos
Os acidentes oriundos de trabalho podem ser dos mais diversos. Segundo Coleta (1991),
a diversidade e o índice alto destes acidentes são atribuídos aos próprios trabalhadores, através
da sua negligência dentro do ambiente ocupacional, sendo por falta de atenção, incapacitação,
falta de uso e materiais, e também ao próprio local de trabalho que se encontra em total
despreparo com a segurança dos colaboradores. Partindo deste pressuposto, foi obtido que
80,96% dos entrevistados já sofreram algum tipo de acidente no canteiro de obras,
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correspondendo a 21 funcionários, e apenas 19,24% não foram acometidos com nenhum tipo
de ocorrência, sendo 5 do total, como mostra o Gráfico 8.
Acidentes
19,24%
80,96%
Sim Não
A maioria dos entrevistados declararam já ter sofrido algum tipo de acidente, pelos mais
variados motivos, dentre a falta de EPI’s e EPC’s, tem-se a falta de atenção, o manuseio
incorreto de maquinário e equipamento, falta de organização no local de trabalho, acúmulo de
entulho em lugar transitável e a presença de agentes de riscos constantes, como eletricidade,
calor e umidade.
Dentro dessa premissa, foram citados os seguintes acidentes: cortes, quedas, choque,
impacto de objetos e perda de partes de um dedo, assim como mostrado no Gráfico 9.
Tipos de acidentes
18 16
16
14 13
12
10
8
6
4 2 2
2 1
0
Queda Choque Corte Perda de um Impactos de
dedo objetos
Doenças Ocupacionais
38,46%
61,54%
Sim Não
30,77%
69,23%
Sim Não
Presença de instrução
42,31%
57,69%
Sim Não
A partir deste, com o decorrer das entrevistas foi notado que, em sua maioria, os
entrevistados realmente possuem conhecimento sobre o que são equipamentos de segurança
individual e coletiva, porém são poucos os que realmente receberam um treinamento prévio
adequado, quando questionados de sua obrigatoriedade a resposta obtida foi que, quase em
unanimidade, havia uma cobrança de fiscalização apenas em obras de grande porte, por parte
de grandes construtoras.
Ademais, foi observado que a maioria não possui o hábito de fazer o uso de EPI em seu
cotidiano, e este alto índice trata-se de um reflexo do contexto histórico de negligencia por parte
da empresa, além disto, foi constatado que, quando fornecidos, os equipamentos de segurança
estavam sempre em péssimo estado e possuíam uma qualidade inferior do que o necessário.
Outro fator a se destacar foi observado que não havia nenhum responsável técnico,
confirmando a sua participação apenas na concepção do projeto, de forma que os proprietários
visam apenas economia, negligenciando a importância da sua presença no canteiro de obras,
contemplando a carência de orientações relevantes para a correta execução do trabalho,
organização do canteiro de obras e cumprimentos das normas regulamentadoras.
Assim, segundo Pinto (1997), a segurança do trabalho deve ser aplicada como o
conjunto de medidas para a preservação e saúde do trabalhador, em que o mesmo deve ter a
consciência de sua importância, sendo, economicamente, mais vantajoso lidar com a segurança
que com as suas consequências. Em contrapartida, Brito (1997) fala que o próprio processo da
manutenção à vida humana trata-se de um investimento econômico, além de que o planejamento
e a execução de uma edificação caminham em direção com a segurança, a fim de que, através
de se assegurar um ambiente digno de trabalho, segurança, treinamento e informações
adequadas. Comprovando assim que é necessário que o empregador e o empregado trabalhem
em conjunto para desenvolver a área de segurança e a saúde na construção, fazendo com que
os índices preocupantes possam se tornar cada vez mais obsoletos.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração que o objetivo geral deste projeto foi analisar a importância
dos programas e os equipamentos de segurança em obras na zona urbana da cidade de Canindé
de São Francisco (SE), foi necessário gerar os seguintes objetivos específicos: observar o uso
de equipamentos de segurança individual e coletivo nas obras visitadas; conhecer a importância
de seu uso; determinar quais os principais impedimentos para a sua utilização; conhecer as
principais consequências da negligência de segurança no canteiro de obras; conhecer os
principais tipos de EPI’s e EPC’s; e, por fim, conhecer os principais acidentes e doenças de
trabalho ocasionados pela falta do uso dos mesmos. Através do levantamento bibliográfico
executado e da pesquisa aplicada em campo, pode-se concluir que todos os objetivos foram
alcançados de forma satisfatória.
A construção civil, estando dentro do setor industrial, com grande influência na
economia brasileira, apresenta grandes quantidades de colaboradores, sendo estes, em sua
maioria, pouco qualificada, devido à grande facilidade em recrutamento, tendo baixa
escolaridade, pouca/nenhuma informação e pouca necessidade de experiência, priorizando
sempre a quantidade, ao invés da qualidade. Assim, dentro deste contexto tendo como base a
teoria bibliográfica mesclando com a experiência através da pesquisa de campo por meio dos
questionários aplicados, pode-se analisar de forma coesa qual a situação da segurança e saúde
do trabalho presente no ambiente objeto de pesquisa.
A partir dos resultados obtidos, compreende-se que nas obras de pequeno porte
visitadas, conheceu-se as principais reclamações e necessidades dos colaboradores da área,
podendo concluir acerca das principais razões que levam os mesmos a negligenciar,
principalmente, o uso de equipamentos de segurança. Tendo como fator agravante a
informalidade que se encontra os trabalhadores, a falta de responsável técnico de segurança
justifica a inexistência de qualquer tipo de programa de gestão da segurança, a lucratividade,
prazos e produtividade, além de mostrar que o investimento em tais programas e equipamentos
são despesas, mesmo sabendo de sua obrigatoriedade.
A partir da observação e identificação de fatores que levam à negligência da segurança
do trabalho, foi possível confirmar a hipótese de que o ambiente de trabalho tem grande
influência na produtividade e qualidade de trabalho dos funcionários no canteiro de obras. O
questionário focou na orientação e na importância do uso de EPI’s e EPC’s, logo, tendo base
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REFERÊNCIAS
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Paulo: Atlas - 4ª Ed. 2011.
BARROS, Aidil de Jesus Paes de. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis,
RJ: Vozes, 1990.
BELTRAMI, M; STUMM, S. EPI e EPC. Instituto Federal do Paraná rede E-Tec Brasil.
Curitiba: [s.n.], 2013.
BRASIL. Senado Federal. Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Brasília: Senado
Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017.
CUNHA, Marco Aurélio Pereira Da. Análise do uso de EPI’s e EPC’s em obras verticais.
2006. Tese (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) – Universidade
Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2006.
DALCUL, Ane Lise Pereira da Costa. Estratégia de prevenção dos acidentes de trabalho
na construção civil: Uma abordagem integrada construída a partir das perspectivas de
diferentes atores sociais. 2001. 31 f. Tese (Doutorado em Administração) – Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.
FILGUEIRAS, Vitor Araújo; SOUZA, Alessandro da Silva Giovani Lima de; SOUZA, Ilan
Fonseca de; SCIENZA, Luiz Alfredo; BRANCHTEIN, Miguel Coifman; CUNHA, Sebastião
Ferreira da; SIMON, Wilson Roberto. Saúde e segurança do trabalho na construção civil
brasileira. Aracaju: J. Andrade, 2015.
PINTO, Almir Pazzianotto. Direito ambiental do trabalho. Revista CEJ. Brasília: Conselho
de Justiça Federal/Centro de Estudos Jurídicos,1997.
PIZA, Fábio de Toledo. Informações Básicas sobre Saúde e Segurança no Trabalho. São
Paulo: CIPA, 1997.
SAMPAIO, José Carlos de Arruda. Manual de aplicação da NR – 18. São Paulo: PINI:
SindusCon – SP, 1998.
Questionário
1. Qual a sua idade?
2. Qual o seu nível de escolaridade?
3. Qual a sua função?
4. Há quanto tempo trabalha na área da construção civil?
5. Costuma usar algum tipo de equipamento de proteção individual? Qual?
6. Costuma usar algum tipo de equipamento de proteção coletiva? Qual?
7. O seu empregador disponibiliza os equipamentos? Treinamento ou
alguma informação sobre a segurança e saúde do trabalho?
8. Qual equipamento te causa alguma resistência para utilizar? E por qual
motivo?
9. Já sofreu algum acidente no seu local de trabalho? Qual?
10. Já desenvolveu alguma doença ocupacional oriunda de sua ocupação
profissional? Qual?
11. Acha importante o uso dos EPIs e EPCs? Por quê?
12. O senhor possui alguma instrução sobre segurança e saúde de trabalho?
Tem algum interesse no assunto?
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