Associação & Causalidade.4

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ASSOCIAÇÃO

&

CAUSALIDADE
Inferência
 Processo de raciocínio em que passa de
observações, ou axiomas, para generalizações.

 Em estatística é o desenvolvimento de
generalizações/extrapolações a partir de dados de
amostras, habitualmente acompanhado de graus
de incerteza calculados por métodos apropriados

Laste 1988
Tipos de Inferência
1. Estatística
2. Epidemiológica
3. Saúde Pública
Causalidade vs Associação
 Na associação existe dependência estatística
entre um ou mais acontecimentos.

 a probabilidade de uma ocorrência depende da


acorrência de um ou mais acontecimentos.

 Associação positiva ou negativa

 Na associação causal um acontecimento dá


origem a outro acontecimento
Associação

 A existência de uma associação não implica


necessariamente uma relação causal

 A associação pode não ser causal

 Pode ser fortuita


Associações assimétricas e
Simétricas
 Assimétrica:
- Definida pelo tempo e direcção
- A variável independente deve causar alterações na
variável dependente e a variável independente deve
proceder o seu efeito.

 Simétrica: é uma associação nem causal nem


direccional
Associação
 Directa
- verifica-se directamente, isto é não existe um
factor intermediário

A B

 Associação indirecta ou secundária:


- um factor C está associado com a doença A
somente porque ambos estão associados a um
factor B

A C
Associação indirecta ou associação
indirecta causal

 Associação de um factor C com a doença A, por


intermédio de um outro factor interveniente B (que
pode ser, ou não conhecido)

B (Melanina)

 C A (exposição à raios solares)


(cancro da pele)

A- baixo peso
B- nível sócio económico
C- distribuição geográfica onde vive
Associação espúria

 “Associações artificiais, fortuitas ou devidas


ao acaso”

 Uma associação pode ser:

 Devida ao acaso Espúrias


(falsas)
 Resultante de viezes ou confundimentos
 verdadeiras
Critérios de causalidade de Hill

 Consistência
 Força
 Especificidade
 Relação dose- resposta
 Temporalidade
 Reversibilidade
 Plausibilidade biológica
 Coerência
 Comprovação experimental

 Quando maior fôr o critério, maior será o efeito da associação de


uma causa.
Critérios de causalidade
Somente os estudos experimentais estabelecem
definitivamente a causalidade, porém a maioria das
associações encontradas nos estudos epidemiológicos não é
causal
 Consistência da associação: “ a associação é consistente se os
resultados são observados ou reproduzidos em diferentes populações e
por métodos diferentes”. Ex: a maioria dos estudos sobre o cancer de pulmão,
detectou o fumo como um dos principais factores associados a esta doença

 Força da associação e magnitude: “ expressão da disparidade


entre a frequência de um factor encontrado numa doença e a frequência
com que ocorre na sua ausência” Quanto mais elevada a medida de
efeito,maior a plausibilidade de que a relação seja causal.
“ frequência da doença entre os expostos(fumadores) e não
expostos (não fumadores) ou seja adolecentes com 3 ou
mais amigos fumando, têm maior risco para serem fumantes
de que aqueles que têm amigos não fumantes ”
Critérios de causalidade

 Especificidade: “ a associação está


especificamente associada a um tipo de
doença e não a vários tipoos, ou seja: para
uma dada causa só existe um único efeito. Ex:
poeira de sílica e formação de múltiplos nódulos fibrosos no pulmão
(silicose)

 Efeito dose-resposta: “ o aumento da


exposição causa um aumento do efeito.
 Ex: os estudos prospectivos realizados aos médicos ingleses, demonstraram que
os que maior número de cigarros fumavam por dia, maior era a chance de
morrerem em relação aos que não fumavam
Critérios de causalidade
 Temporalidade ou sequência cronológica: “ a causa
precede o efeito. a exposição ao hipotético factor de
risco antecede o aparecimento da doença e é
compátivel com o respectivo periodo de incubação”.
Nem sempre é fácil estabelecer a sequência
cronológica, nos estudos realizados qdo o periodo de
latência é longo entre a exposição e a doença.
 Reversibilidade:” na presença da putativa causa ocorre
o efeito na sua ausência o efeito desaparece”.
 Plausibilidade biológica: “a associação deverá estar de
acordo com os conhecimentos correntes” é preciso
alguma coerência entre o conhecimento existente e os
novos achados. A associação entre o fumo passivo e cancer de
pulmão é um os exemplos da plausibilidade biológica
 Coerência: “a associação não deve estar em
contradição com os factos geralmente conhecidos da
história natural e biológica das doenças”
Critérios de causalidade
 Comprovação experimental:” quando é possível
demonstrar a associação por métodos
experimentais ou quase experimentais:

CAUSALIDADE

Estabelece o tipo de relação entre uma causa e os seus efeitos.

Tipos de relacionamento, causa:

Necessária e suficiente

Necessária

Suficiente

Nem necessária nem suficiente


CAUSALIDADE

 Necessária: “ designa-se como necessária


toda a causa (ou factor causal) que deve
sempre proceder um dado efeito”

 Suficiente: “ causa que inevitavelmente


desencadeia ou produz um determinado
efeito”
CAUSALIDADE

X é “necessária” X é “ suficiente”
Necessária e
suficiente + +

Necessária + -

Suficiente - +
Nem suficiente nem
necessária - -
Ex: - o cancro do pulmão não é necessário nem é suficiente
- o cancro da próstata é necessário ser homem
- o cancro do pulmão: é suficiente ser fumador
Factores causais
 Factores predisponentes
 Factores facilitadores
 Factores precipitantes
 Factores de reforço

 Factores predisponentes: “ são aqueles que preparam,


promovem, sensibilizam, condicionam ou, de qualquer forma,
criam uma situação de predisposição ou susceptibilidade ao
desencadeamento ou à ocorrência de uma doença”.

Ex: Idade, sexo, estado civil

 Factores facilitadores:” são os que facilitam a manifestação


da doença ou facilitam a recuperação de uma doença”

Ex: acessibilidade aos cuidados de saúde, clima....


 Factores precipitantes: “são os que
definitivamente se associam ao
desencadeamento da doença”
Ex: exposição a um agente infeccioso

 Factores de reforço: “ são os que tendem a


perpetuar, reforçar ou agravar a presença da
doença”

Ex: exposição repetida ao mesmo estímulo. Satisfação ou


estímulo pessoal
VIEZES

 Viés ou erro sistemático ocorre quando


existe uma tendência para produzir
resultados que diferem de um modo
sistemático dos verdadeiros valores

 Os viezes ocorrem com facilidade nos


estudos epidemiológicos porque não existe
controlo entre os participantes
Tipos de viezes

Estão identificados mais de 30 tipos de viezes.


Os mais importantes são:
De selecção
De medição (ou classificação)

Viés de Selecção: “ocorre quando existe uma diferença


sistemática entre as características das pessoas
seleccionadas e as não seleccionadas”
Ex: quando os participantes num estudo aceitam participar porque
estão doentes ou porque estão mais preocupados com a exposição

-Em estudo sobre consumo de tabacos os participantes tendem a ser


menos fumadores que os não participantes.
Viés de selecção

 Um importante viés de selecção ocorre


quando a doença ou o factor em investigação
por si próprio impedem ou dificultam a
participação das pessoas no estudo.

 Efeito do trabalhador saudável: os


trabalhadores tendem a ser mais saudáveis
que a população em geral.
- as doenças graves e as incapacidade geralmente
excluem as pessoas do trabalho
Viés de medição

 Ocorre quando as medições individuais ou


classificação de doença ou exposição são
imprecisas.

 Se as amostras de grupos de controlo e


expostos são analisados em diferentes
laboratórios e um deles fornece resultados
sistematicamente diferentes, ocorre um viés
de medição
Viés de medição
o Vies de escolha (colheita)- “ importante nos
estudos retrospectivos”

o - ocorre quando existe uma diferença na


colheita de dados entre casos e controlos.
Por exemplo: os casos podem subestimar a
exposição passada, principalmente se souberem que
está potencialmente associada à doença em estudo
Controlo dos viezes

 Bom delineamento dos estudos


epidemiológicos

 selecção de participantes (questionários)

 Bons instrumentos de medição (métodos do laboratório)


Confundimento

 Ocorre quando existe uma exposição, para


além da estudada, que está relacionada com
a doença e a exposição em estudo.

 Exposição Doença
(consumo de café)

variável de confundimento
(consumo de tabaco)
Controlo do confundimento

 No delineamento
 Aleatorização
 Restrinção
 emparelhamento

 Na análise
 Estratificação: diferença entre homens e mulheres
 modelização

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