Cadernos Do Curso GESTAO TEMPO

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Gestão do Tempo

e Produtividade

Conhecimento e aplicabilidade na prática das atividades


Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Diretoria de Desenvolvimento Profissional

Conteudista
Rilvanda Maria Pires Santos (Conteudista, 2021).

Enap, 2021
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário

Módulo 1– AUTOCONHECIMENTO: paradas e reflexões.............................5

1. Introdução ao autoconhecimento............................................................6
1.1 Traçando caminhos e perspectivas................................................................ 6
1.2 Exercício de autoavaliação: ferramenta perguntas
poderosas para reflexão........................................................................................ 8
1.3 Autoconhecimento: Crenças e valores........................................................ 12

2. Perfil comportamental: definição...........................................................12


2.1 Perfil comportamental................................................................................... 12
2.2 Conhecendo as características dos perfis comportamentais................... 13

Módulo 2 – PRODUTIVIDADE: conceitos e contextos................................16

1. O que é produtividade?............................................................................17
1.1 Conceituando produtividade em tempos atuais........................................ 17

2. Mudanças no cenário pessoal e profissional.........................................21


2.1 O contexto pandêmico: falando em produtividade................................... 21

3. Produtividade pessoal e coletiva............................................................24


3.1 Produtividade pessoal................................................................................... 24
3.2 Produtividade coletiva................................................................................... 25

Módulo 3 – Elementos e ferramentas de produtividade..........................29

1. Construindo hábitos produtivos.............................................................30


1.1 Sistema nervoso central: o córtex pré-frontal............................................ 30
1.2 O cérebro produtivo e a habilidade de plasticidade neural..................... 31
1.3 Comportamentos produtivos e improdutivos............................................ 32
1.4 Caminhos da produtividade.......................................................................... 35
2. Metodologias de produtividade..............................................................42
2.1 Processos para adoção de métodos produtivos........................................ 42

Módulo 4 – Gestão do tempo.......................................................................47

1.Definindo importante, urgente circunstancial......................................48


1.1 Definição de tempo: Cronos e Kayrós ........................................................ 48

2. Métodos para a gestão do tempo: GTD e tríade do tempo..................53


2.2 Método GTD.................................................................................................... 53
2.2 Método tríade do tempo............................................................................... 55

Módulo 5 – Atitudes de pessoas produtivas..............................................59

1. Priorizar. Dizer não e delegar tarefas ...................................................60


1.1 A prioridade de tarefas.................................................................................. 60
1.2 Tarefas delegáveis e indelegáveis................................................................ 61
1.3 Saiba como dizer não..................................................................................... 63

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AUTOCONHECIMENTO:
PARADAS E REFLEXÕES

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública


1
Módulo

5
Unidade

1 Introdução ao
autoconhecimento

Objetivo de Aprendizagem:
Refletir acerca da jornada do autoconhecimento.

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1.1 Traçando caminhos e perspectivas


Iniciamos hoje uma nova jornada, um novo caminho e como tudo que é novo, podemos
estar cheios de dúvidas como também de muitas certezas. E para iniciarmos, colocaremos
você em movimento com nossa primeira indagação.

• Você sabe para onde está indo?

Pense bem no sentido dessa pergunta, reflita, escreva e avalie. É importante escrever,
porque quando escrevemos, estamos nos conectando com nossa essência, com aquilo
que acreditamos, com os nossos sonhos, nossas perspectivas e também com os nossos
medos.
A pergunta foi simples e a resposta também é, caso ela seja sim, “bingo”, você é um
privilegiado(a), mas se ela for não, “bingo” também, você não está só.
“Quando não sabemos para onde ir, qualquer caminho serve”. Você já deve ter lido ou
escutado essa frase, uma forma irônica de dizer que você vai perder tempo e terá poucos
ou nenhum resultado quando não souber o que quer ou aquilo que busca. Cada caminho
que você toma deve ser questionado, afinal ele fará parte de sua história, daquilo que
você está construindo. Nós, definitivamente, devemos nos recusar a tomar qualquer
caminho.

• Como você pode fazer para escolher o melhor caminho?

O melhor caminho é aquele que te faz bem, mas não pense que nele não haverá problemas
ou decepções, dias de desânimo e de cansaço. Todas essas situações são importantes na
jornada. Elas somam ao nosso processo. Nos colocam numa posição de aprendizado e de
constante adaptação.

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Tomar consciência de quem você é, de como você tem vivido sua vida, para onde tem
caminhado, os sonhos que tem realizado, aquilo que tem sonhado, o legado que pretende
deixar, é, sem dúvidas um passo muito importante.

Exercício de autoavaliação: ferramenta perguntas poderosas para reflexão


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Faça esse exercício simples de autoavaliação. Pegue um caderno, uma caneta e escreva
um pequeno texto respondendo as perguntas a seguir. Lembre-se, você estará sozinho
consigo mesmo, escreva sem medo. Não siga antes de fazer o exercício, ele é para seu
aprendizado pessoal e dependendo da energia que você se dispuser a colocar sobre ele,
terá muitas respostas a respeito de você mesmo e do seu lugar no mundo.

1. Quem sou eu?


2. Como eu me vejo diante dos desafios que a vida me impõe?
3. O que espero viver daqui a cinco anos?
4. O que tenho feito hoje que me satisfaz e leva cada vez mais para perto do meu
caminho almejado?
5. O que tenho feito que me atrasa rumo aos meus objetivos?
6. O que tenho privilegiado? Isso é importante?
7. O que tenho negligenciado? Isso me faz ou me fará falta?

• Feedback

Esperamos que você tenha construído o texto respondendo as perguntas anteriores, do


seu jeito, falando aquilo que somente você sabe e conhece. Você agora, pode lê-lo e
refletir.
Muitas vezes nós achamos que sabemos quem somos, mas quando somos questionados
sobre isso pode ocorrer de termos dúvidas e dificuldades em escrever ou falar. Quantas
verdades você disse? O que te impressionou? Como você se vê? Qual o desenho que você
faz de si mesmo. Está satisfeito? Calma, é somente um exercício, você conviveu com você
mesmo por todos esses anos e se aceitou. Aceite quem você é, isso diz um pouco sobre
você, mas não diz tudo, o que tiver de mudar, mudará com ações e não com lamentos e
mais porquês.
Você começa a tomar consciência de como comportamentos e atitudes impactam na sua
vida pessoal, profissional e nos seus resultados. Somos seres em constante mudança,
há coisas que não podemos mudar, mas podemos ressignificar, dá um novo sentido,
buscar a intenção positiva ou simplesmente aceitar como são e a partir dessa tomada de
consciência, agir de forma diferente para colher resultados diferentes.
Seu processo de mudança já começou, mas ele precisa ser formalizado. Escolha uma ação
para executar nos próximos sete dias. Essa ação deverá melhorar ou aperfeiçoar algo que
mexeu com você no exercício anterior.

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1.2 Autoconhecimento: crenças e valores.

Na atualidade se fala bastante sobre autoconhecimento. Vimos surgir nos últimos


tempos uma série de métodos, de metodologias, de estudos, de técnicas, de terapias,
entre outros, a fim de resolver questões tão internas dos seres humanos. Muitas pessoas
buscaram na psicologia, coaching, programação neurolinguística, constelações sistêmicas,
mindfulness, uma forma de lidar com seus conflitos e melhorar seus relacionamentos e
resultados.
Por que se autoconhecer é tão importante? Por que essa necessidade do ser humano de
buscar respostas, de sair em busca de sentido para sua vida, de encontrar um propósito?
O processo de autoconhecimento é um caminho profundo e sem volta, uma vez que você
decide ir atrás disso saiba que só terá melhorias. Quando nos conhecemos de verdade,
nos tornamos libertos, e ser livre, ter liberdade, é algo que o ser humano busca por
essência, isso está diretamente ligado a poder fazer escolhas que consideramos ideais,
que nos tragam felicidade, que nos levem a obter resultados e encontrar a felicidade
naquilo que encontramos ou no que temos.
Dentro do processo de autoconhecimento, dois pontos valem muito a pena ser destacados
pelo grau de importância e relevância que possuem. São eles: as crenças e os valores.

Vejamos um pouco sobre eles:

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Crenças: de forma simples podem ser definidas como tudo aquilo ligado ao que acreditamos
e que tomamos por verdade. As crenças são formadas por convenções sociais, boa parte
delas é formada dentro de nossas famílias e muitas vezes são negativas, o que nos impede
de avançarmos em muitos pontos importantes. Quebrar crenças negativas é um processo
e exige primeiro reconhecê-las.

Para Covey (1989):


Vemos o mundo não como ele é, mas como nós somos – ou seja, como
fomos condicionados a vê-lo. Quando abrimos a boca para descrever o
que vemos, na verdade descrevemos a nós mesmos, nossas percepções e
paradigmas. Quando as outras pessoas discordam de nós, imediatamente
achamos que há algo de errado com elas[...].pág 15

As crenças nos limitam porque nos impedem de ver além daquilo que estamos
condicionados a ver. Interessante ressaltar que nossas crenças são exercidas de forma
inconsciente, ou seja, não nos damos conta de sua existência, do malefício ou benefício
que elas nos proporcionam.

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Uma pessoa pode ter crenças de identidade quando se acha incapaz de executar algo,
afinal passou uma vida inteira ouvindo palavras que lhe diziam isso e as tomou como
verdades. Outra pessoa pode recusar uma oportunidade de trabalho ou até um prêmio
por ter uma crença de merecimento e acreditar que não merece ser reconhecida ou
premiada. Uma pessoa pode recusar o amor por ter uma crença de relacionamento ao
ter visto ou vivenciado experiências de várias pessoas próximas em relacionamentos
fracassados, e assim passou a acreditar que era de família, portanto ela também seria
infeliz no amor. Existem pessoas que não conseguem poupar porque acreditam “que
dinheiro na mão é vendaval”. Como podemos ver, esses são alguns dos exemplos de
crenças e existem inúmeras outras que poderíamos citar.
Mas é importante também dizer que a partir do momento que essas crenças recebem
o impacto de ser reveladas e passamos a ter maior percepção sobre elas, é possível
transformá-las em crenças positivas e fortalecê-las para que possam dessa forma nos
proporcionar um novo olhar, novas experiências sobre nossa realidade.

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Valores: Os valores estão ligados àquilo que valorizamos, aquilo que é realmente
importante, aquilo que nos faz acordar para cuidar, aquilo pelo que vivemos. Pode ser
família, trabalho, liberdade, conhecimento, respeito, honestidade, e assim por diante. Os
valores definem quem somos e vivê-los de forma alinhada nos torna seres humanos mais
evoluídos.
Os valores estão dentro das leis, não escritas, que regem as relações humanas é como se
fossem um código de conduta, mas cada um vive o seu e alguns valores podem não ser
bem aceitos convencionalmente, como por exemplo o Dinheiro, alguém de repente pode
valorizar muito o dinheiro, outros podem não achar isso um valor e questionar sobre,
mas quais os critérios que essa pessoa usa para ter esse valor tão em alta? Sim, cada valor
tem um critério de uso, neste caso específico, a pessoa usa o dinheiro, assim como todos
nós, para atender uma necessidade ou outros valores, imagine por exemplo, se alguém
da família dessa pessoa precisa de um tratamento de saúde, e ela não possui condições
financeiras para financiar um tratamento. O que vai acontecer? Ela vai querer viver esse
valor e sofrerá por não conseguir vivê-lo. O critério que ela usa é de uma vida em risco,
vida de quem ela ama.
Muitas pessoas não vivem seus valores, mas os defendem, um questionamento simples
àquele nosso amigo do trabalho sobre o que ele mais valoriza, e uma resposta como:
família, Deus, amigos. De repente uma reflexão esse dito amigo, vive longe de casa a
maior parte do dia durante a semana, aos finais de semana sai para o futebol, deixando
a esposa e os filhos. Quando estes pedem atenção, ele sempre responde que tem muito
trabalho e que não pode atendê-los. O que isso nos leva a constatar? Essa pessoa não
está vivendo esse valor, ela pode tê-lo, mas ele não é sua prioridade.
Tanto crenças quanto valores nos acompanham em todos os espaços que estamos
inseridos e eles alteram nossas relações. Quantas pessoas existem que desacreditam

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na sua própria capacidade de realizar algo? Embora tenham muitos ao seu redor lhes
dizendo o contrário, enquanto elas não tomarem a decisão de mudança e buscar quebrar
as crenças limitantes para poder evoluir, nada vai acontecer e permanecerão aprisionadas
ao que acreditam. A mudança depende mais dela que do meio em que se encontram. Já
em relação aos valores, quantos não conhecemos que dizem valorizar a Deus, mas nunca
se conectam com ele, nunca demonstram amor ao próximo? Aqui é preciso ver se esse
realmente é o valor mais importante da pessoa e ajudá-la a reconhecer o que importa
para que ele viva seus valores. Valores desalinhados é vida sem equilíbrio.
Assim, todos nós podemos melhorar nossos resultados e ganhar a liberdade almejada.
Sim, ainda que seja difícil aceitar, vivemos muitas vezes prisioneiros de nossas escolhas,
de nossas ideias, opiniões, comportamentos e até mesmo de sonhos que temos. E para
que possamos nos libertar é preciso buscarmos o equilíbrio naquilo que vivenciamos,
entendendo cada ação que executamos e cada resultado que obtemos.

Referências:

CARDOSO, Andresa. Curso Facilitadores de aprendizagem: Uma abordagem Coaching.


Escolas de coaches APPA: Belém, 2018.

COVEY , Stephen. Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. Editora Best Seller.
Tradução Celso Nogueira, 1989.

CHAPMAN, Gary. As cinco linguagens do amor. Editora Mundo Cristão, 1997.

DALE, Carnegie. Como fazer amigos e influenciar pessoas. 45ª edição. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1995.

DILTS, Robert. HALLBOM, Tim. SMITH, Suzi. Crenças: Caminhos para saúde e bem-estar.
São Paulo: Sumus Editorial. 4ª ed.1993.

DUHIGG, Charles. O poder do hábito: Por que fazemos o que fazemos na vida e nos
negócios? Tradução Rafael Mantovani. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

DWECK, Carol. Mindset: A nova psicologia do sucesso. Trad. S. Duarte- 1ª edição. São
Paulo: Objetiva, 2017.

FONSECA, Rodrigo. Guia definitivo de inteligência emocional. E-book, PDF. Web 22 de


janeiro de 2019.

VIEIRA, Paulo. O poder da ação: faça sua vida sair do papel. São Paulo: Editora Gente,
2015.

WALSCH, Neale Donald. Conversando com Deus: um diálogo sobre os maiores problemas
que afligem a humanidade. Livro 1. Trad. Clara Fernandes.

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Glossário

TERMO DEFINIÇÃO/SIGNIFICADO

Mindfulness Tradução: atenção plena no presente.

Programação É uma abordagem pseudocientífica que visa aproximar a comunicação, o


neurolinguística desenvolvimento pessoal e a psicoterapia. Fonte: Wikipédia.

É uma metodologia de desenvolvimento, onde o Coach( profissional que


Coaching aplica a metodologia) utiliza de várias ferramentas para que o cliente(co-
achee) trace um caminho até o objetivo que deseja alcançar.

Constelação Método psicoterápico que estuda as emoções e as energias que o cons-


sistêmica ciente e o inconsciente acumulam. Fonte: IBC.

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Unidade

2 Perfil comportamental:
definição

Objetivo de Aprendizagem:
Conhecer e identificar as características dos perfis comportamentais.

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2.1 Perfil comportamental


Os seres humanos não são iguais uns aos outros, somos diferentes e nos portamos
diferente em cada ambiente ou situação que somos colocados. Isso acontece porque cada
um de nós atende a um perfil de comportamento ou também chamado de preferência
cerebral.
Ned Herman, (1922 -1999), foi um americano que desenvolveu estudos com os quais
pôde criar uma teoria a qual ele chamou de “dominância cerebral”. De uma forma geral,
podemos dizer que essa teoria demonstrou que algumas características que possuímos
estariam mais relacionadas a um lado do cérebro. Para esse pesquisador, o cérebro
poderia ser dividido em quatro quadrantes, assim de acordo com o lado do cérebro
que mais fazemos uso, esse será o da dominância sobre nossos comportamentos e
emoções. Herman agrupou comportamentos por grau de proximidade para formar perfis
denominados: analítico, sequencial, interpessoal e imaginativo. Com base nessa teoria, o
coach e escritor José Roberto Marques desenvolveu os perfis comportamentais, os quais
foram identificados por uma metáfora feita com animais, assim temos: águia, tubarão,
gato (também pode ser chamado de golfinho) e lobo.
Todos nós temos características dos quatro perfis comportamentais, mas um se sobressai,
caracterizando dessa forma, aquilo que melhor nos define. Entretanto, isso depende
muito da fase que estamos vivendo, do ambiente, das experiências, dos relacionamentos,
isto é, o perfil vai mudando, e deve mudar, porque nós somos seres de mudança.
Cada perfil vai contar com pontos fortes, positivos, motivadores, que podem ser
maximizados, mas também, vai contar com pontos fracos, negativos, paralisantes e que
devem ser minimizados ou simplesmente neutralizados. O conhecimento de nossos perfis
e as características que os compõem, nos tornam em muitas situações mais capazes de
assim buscar as melhorias e reunir tudo aquilo que é necessário para atingirmos nossos
objetivos.

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2.2 Conhecendo as características dos perfis


comportamentais
a. Gato (golfinho):

É o perfil mais comunicador, e, portanto, relacional que há. Para ele, poder exercer essa
característica torna a sua vivência bem melhor, afinal “pessoas precisam de pessoas”. O
gato prefere e gosta de um trabalho em equipe, com muitas pessoas interagindo e vivendo
de forma harmônica, aliás para ele, manter o equilíbrio entre os relacionamentos, bem
como, a paz é extremamente saudável.
Interessante é que o gato também gosta de ser reconhecido e aceito pelo que ele é e
pelo que faz. Elogios são uma forma muito eficaz de agradar o gato e deixá-lo satisfeito,
sentindo-se mais valorizado.
O gato sentirá maior dificuldade ao ficar sozinho. Desta forma, é preciso trabalhar para
potencializar seus resultados, aprendendo dessa forma a conectar-se de outras formas e
consequentemente obter os resultados que busca.
Podemos destacar alguns pontos fracos do gato, entre eles: o fato de guardar conflitos
dentro de si para evitar um desequilíbrio na harmonia da equipe, grupo ou instituição; o
outro ponto que pode ser destacado é que para o golfinho muitas vezes a felicidade que
ele demonstra está muito acima do resultado que se obteve, também é um manipulador
e manipula através dos sentimentos.

b. Águia

A águia pode ser entendida como aquele perfil da criatividade, a que gosta das ideias
relacionadas a inovação, da novidade, tudo o que foge a ideia de rotina, da repetição.
Um perfil criativo impacta positivamente o ambiente de trabalho porque transforma,
motiva quando possibilita um trabalho diferenciado que economize tempo ao encurtar
processos desnecessários utilizando de muita criatividade. A águia enxerga sempre a
frente, no futuro, lá onde ninguém ainda pensou chegar.
Mas a águia também pode prejudicar quem tem esse perfil em alta, uma vez que perde o
foco muito rápido e o interesse naquilo que estava trabalhando pelo simples fato de criar
novas ideias.
Diante dessas características, como seria o comportamento de uma águia sozinha? A
águia sozinha perde-se dentro de sua imaginação tendo a possibilidade de criar muito
mais e sempre que cria pensa na possibilidade de executar e novamente cria perdendo-se
num loop de onde não pode sair. Desta forma, a águia vai ter dificuldades para terminar
um determinado trabalho, pois também necessita ver suas ideias acontecendo.

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c. Tubarão

O tubarão é o perfil de comando, de ação, objetivo, aquele que se coloca em posição


de liderança criando as melhores estratégias para atingir os resultados de determinada
ação. O tubarão não tem a visão do processo, apenas do alvo que quer atingir.
É um perfil muito interessante quando um objetivo que requer mais ações para ser
atingido aparece. E como o tubarão age sozinho? Ele gosta de trabalhar só, pois dessa
forma terá seu maior valor em evidência, o reconhecimento por ter conseguido realizar e
alcançar os resultados esperados.

d. Lobo

O lobo é o perfil da organização, do planejamento, totalmente o oposto do tubarão. Nada


deve sair daquilo que já está pré-estabelecido. Portanto, o lobo adapta-se muito bem
as rotinas e prefere trabalhar com elas com aquilo que já foi anteriormente acordado.
Mudanças repentinas desestabilizam o lobo, uma vez que ele não tolera muito bem as
mudanças.
O trabalho de organização e planejamento do lobo possibilita que os resultados sejam
alcançados sem erros ou com o mínimo de erros possíveis.

No link abaixo, você pode acessar um teste de perfil comportamental e


encontrar um indicador do seu perfil. Leia a pergunta e NÃO reflita sobre as
respostas, apenas marque aquela opção que mais lhe chamar a atenção no
momento da leitura.
http://www.trt12.jus.br/portal/areas/ascom/extranet/documentos/
TestedePreferenciasCerebrais.pdf

Referências:

CARDOSO, Andresa. Curso Facilitadores de aprendizagem: Uma abordagem Coaching.


Escolas de coaches APPA: Belém, 2018.

COVEY , Stephen. Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. Editora Best Seller.
Tradução Celso Nogueira, 1989.

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CHAPMAN, Gary. As cinco linguagens do amor. Editora Mundo Cristão, 1997.

DALE, Carnegie. Como fazer amigos e influenciar pessoas. 45ª edição. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1995.

DWECK, Carol. Mindset: A nova psicologia do sucesso. Trad. S. Duarte- 1ª edição. São
Paulo: Objetiva, 2017.

DUHIGG, Charles. O poder do hábito: Por que fazemos o que fazemos na vida e nos
negócios? Tradução Rafael Mantovani. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

FONSECA, Rodrigo. Guia definitivo de inteligência emocional. E-book, pdf. Web 22 de


janeiro de 2019.

MARQUES, José Roberto. Avaliação de perfil comportamental. Instituto Brasileiro de


Coaching: Workshop, 2015. Web. 27 de novembro de 2015.

VIEIRA, Paulo. O poder da ação: faça sua vida sair do papel. São Paulo: Editora Gente,
2015.

Sites pesquisados

BORDIGNON, Dolores. Águia, tubarão, gato ou lobo? Conheça seu perfil comportamental.
Disponível em: < https://doloresbordignon.com.br/aguia-tubarao-gato-ou-lobo-conheca-
seu-perfil-comportamental/> Acesso em: 14 de dezembro de 2021

FIALHO, Francisco A. P. et al. Análise da relação entre aptidões cerebrais e competências


gerenciais: O caso de uma empresa têxtil. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/gp/a/
VvxcFTJGfB6cCjxtzmPXnQg/?lang=pt > Acesso em: 06 de dezembro de 2021.

MARQUES, José Roberto. Análise e comportamento - teste perfil. Disponível em: < https://
www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/analise-comportamento-teste-perfil-
comportamental/ > Acesso em: 06 em dezembro de 2021.

SANTANA, Anselmo. Preferência cerebral: As quatro personalidades e como lidar com cada
uma. Disponível em: < https://www.anselmosantana.com.br/2020/12/09/preferencia-
cerebral-as-quatro-personalidades-e-como-lidar-com-cada-uma/> Acesso em: 07 de
dezembro de 2021.

ROCHA, Sergio Ricardo. A preferência cerebral. Disponível em: < https://preferenciacerebral.


com.br/> Acesso em: 18 de outubro de 2021.

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PRODUTIVIDADE:
CONCEITOS E CONTEXTOS

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2
Módulo

16
Unidade

1 O que é produtividade?

Objetivo de Aprendizagem:
Conhecer os principais conceitos de produtividade.

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1.1 Conceituando produtividade em tempos atuais


Antigamente, o conceito de produtividade podia ser definido como a capacidade
de produção, em larga escala, de produtos. Mas, essa definição ganhou novo sentido
quando passou a ser usada tanto pelo RH como por profissionais voltados para a área de
desenvolvimento humano. Agora, falar de produtividade é falar em linhas gerais também
da qualidade de trabalho desenvolvido pelas pessoas, observando que o tempo foi menor,
e os custos também, além disso, tem-se uma avaliação dos recursos que foram utilizados
e os resultados que foram alcançados, sendo este último a parte mais importante do
processo produtivo. Unindo todos esses elementos, percebemos que a produtividade
agora está mais relacionada ao sujeito e como ele consegue lidar com as situações que
enfrenta, com os desafios que surgem, com as dificuldades, com os conflitos, com as
novidades e assim por diante, para poder chegar ao resultado, de forma equilibrada.
Segundo a afirmativa de Cristian Barbosa em seu livro “a tríade do tempo”, “A verdadeira
produtividade está relacionada ao equilíbrio” (2018, pág.49). Quando falamos de
produtividade e o tanto de tarefas a realizar estamos incluindo todos os papéis que
desempenhamos na vida e consequentemente a atenção e disposição que damos a cada
um deles, encontrando dessa forma o equilíbrio.
Ser produtivo não está diretamente ligado apenas a trabalhar, mas sim a viver, e viver
com inteligência construindo caminhos saudáveis, relevantes, com resultados positivos e
também com aprendizados.
Equilíbrio e resultados caminham lado a lado e são os elementos essenciais para que a
vida seja leve e produtiva. Produtividade nos remete a ideia de eficiência e aumento de
desempenho, ambos contribuem para o resultado. Conseguir ser eficiente para fazer o
que precisa ser feito sem que isso nos gere uma piora na qualidade de vida e, portanto,
um prejuízo emocional, esse é o equilíbrio.
Sabemos que hoje, conhecer um pouco mais de pessoas e de seus comportamentos bem
como ajudá-las a se conhecer e ver onde podem melhorar, facilita a criação de estratégias,

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de como aumentar a produtividade delas, garantindo na maioria das vezes obter um
efeito significativo naquilo que buscamos enquanto empresa ou instituição.
Entretanto é importante destacar que não há uma fórmula mágica que lhe diga como se
tornar mais produtivo, o que há são caminhos, estratégias, técnicas que dependem muito
mais de você, (do seu planejamento, organização, papéis, identidade), que do contexto
para que eles se tornem efetivos, ou seja, possam realmente funcionar se você colocá-los
em prática. Lembrando que sempre há como adaptá-los.
Muitas pessoas passam uma vida inteira dedicando-se a trabalhos que não lhe trazem
resultados. Trabalhos que as cansam, trabalhos onde elas “andam e andam, mas não saem
do lugar”. Isso, além de gerar frustação para a pessoa na sua vida pessoal, gera também
prejuízos para a sua vida profissional, uma vez que você não atende as expectativas e
demandas dos espaços que faz parte e acaba prejudicando não apenas a si mesmo, mas
a todo um sistema, seja de forma direta ou indiretamente.
Importante lembrarmos que não somos máquinas, somos seres humanos feitos de
sentimentos e emoções, e em vários momentos, é preciso reconhecer nossas fragilidades
e trabalhar para fortalecer nossas forças.
Gerônimo Telm (2016), coach e também especialista em produtividade trata o fato de
uma pessoa não ter resultados, como alguém que não terá histórias interessantes para
contar sobre aquilo que está vivendo. Nesse sentido, cabe uma pergunta reflexiva: Quais
histórias você pretende ou quer contar sobre aquilo que tem realizado ou a vida que tem
vivido?

Ele enfatiza que:

O nível de produtividade e realização não está ligado somente a quantidade


de tarefas que uma pessoa consegue cumprir ou ao esforço dela (quanto
que isso traz de sacrifício), e sim a relação entre o esforço que faz e os
resultados que obtém - ou seja, você mede sua produtividade por uma
relação de comparação entre esforço e resultado. Pág. 40

A respeito da produtividade, da eficiência e do alto desempenho, temos uma vasta


literatura que trabalha com esses temas, e isso nos dá uma base que fortalece nosso
trabalho e nos faz adaptar e criar estratégias que se adequem a nossa realidade, deem
uma direção para os profissionais e pessoas envolvidos em diferentes processos dos quais
nós também fazemos parte.

Referências:

BARBOSA, Christian. A tríade do tempo: Um modelo comprovado para organizar sua vida

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e aumentar sua produtividade e seu equilíbrio. São Paulo: Buzz Editora, 2018.

COVEY , Stephen. Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. Editora Best Seller.
Tradução Celso Nogueira, 1989.

_____________. 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo. Rio de Janeiro: Sextante.
2013. PDF.
MAITLAND, Iain. Administre seu tempo. Tradução Maria Cristina Fioratti Florez e Giorgio
de Cappeli. São Paulo: Nobel, 2000.

MORAES, Joel. Esteja, viva, permaneça 100% presente: O poder da disciplina, do foco e
dos minihábitos para conseguir realizar seu potencial máximo. São Paulo: editora Gente,
2019.

TELM, Gerônimo. Produtividade para quem quer ter tempo: Aprenda a produzir mais
sem ter que trabalhar mais. São Paulo: Editora Gente, 2016.

______________ 05 atitudes simples que aumentam sua produtividade logo pela manhã.
Academia da produtividade. PDF

SITES PESQUISADOS

CUPOLLILO, Fernanda. De volta para casa: reflexões sobre o isolamento social no Brasil
durante a pandemia. Disponível em: < https://www.uff.br/?q=noticias/03-06-2020/de-
volta-para-casa-reflexoes-sobre-o-isolamento-social-no-brasil-durante > Acesso em: 14
de dezembro de 2021.

PRODUTIVIDADE Pessoal: Como aumentar? 8 dicas para te ajudar. Cross Know Ledge.
04/12. 2020. Disponível em: <https://blog.crossknowledge.com/pt/produtividade-
pessoal/ >. Acesso em: 14 de dezembro de 2021.

PRODUTIVIDADE: O que é? Qual a importância? Quais as influências? Mereo Blog.


08/07. 2020. Disponível em: <https://mereo.com/blog/fatores-que-influenciam-na-
produtividade/>. Acesso em: 18 de dezembro de 2021.

PRODUTIVIDADE: Tudo o que você precisa saber para se tornar mais produtivo. Na
prática.Org. 06/10.2020. Disponível em: <https://www.napratica.org.br/produtividade-
como-ser-mais-produtivo/ > Acesso em: 19 de dezembro de 2021.

RODRIGUES, Viviane. Diagrama de Ishikawa. Disponível em: <https://www.siteware.com.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19


br/metodologias/diagrama-de-ishikawa/ > Acesso em: 14 de dezembro de 2021.

SILVA, Ricardo Nóbrega da. Veja com mensurar e melhorar a produtividade dos
colaboradores. Disponível em: <https://intelligenzait.com/produtividade-dos-
colaboradores/ > Acesso em: 15 de dezembro de 2021.

TUDO sobre produtividade e como ser mais produtivo no trabalho. Rock Content. 14/08.
2016. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/produtividade/ >Acesso em: 04
de janeiro de 2022.

KPI: como medir o que importa no seu negócio. Endeavor Org. 22/06. 2015. Disponível
em: <https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/kpi/ >Acesso em: 20 de dezembro de
2021.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 20


Unidade

2 Mudanças no cenário
pessoal e profissional

Objetivo de Aprendizagem:
Analisar o contexto pandêmico e as mudanças provocadas em todas áreas da vida.

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2.1 Contexto pandêmico: falando em produtividade.


Há dois anos estamos passando pela maior transformação do século em termos de
saúde, comportamentos, costumes, mercado de trabalho, consumo, entre tantos outros
aspectos da vida em sociedade. O contexto que vivenciamos na atualidade é reflexo
da pandemia do novo SARS-COV-2, vírus que causa a covid 19, uma doença altamente
contagiosa e em muitos casos, mortal.
De uma só vez fomos obrigados a parar e a planejar os próximos dias ainda assustados
pelo novo cenário que se desenhava e que não nos dava nenhuma certeza. Afinal lutar
pela sobrevivência era a ideia que mais imperava quando nem a ciência sabia muito bem
com o que estava lidando.
Nossos escritórios fechados, nossa comunicação corpo a corpo impedida, nossas
interações com as pessoas e com o mundo fisicamente impedidas, medidas necessárias
para controlar a pandemia. Nada de abraços, nada de contato físico, uso de máscara.
Cenário caótico, cenas reais do filme da vida, onde nós só precisávamos atuar como nós
mesmos. Não imaginávamos que os dias se transformariam em semanas, meses, anos.
O que observamos durante esse tempo todo de pandemia é que muitas pessoas passaram
a reclamar sobre um aumento de trabalho e de cobranças em relação a produtividade do
trabalhador, seja no setor público, seja no privado. Isso é reflexo da dinâmica de trabalho
que mudou, assim também como o cenário, os sujeitos, as percepções, os suportes, as
expectativas, tudo mudou.
À medida que a pandemia foi ganhando proporções inimagináveis, nossa forma de nos
portarmos no mundo também foi alterada. Os postos de trabalho agora estavam, e
alguns continuam, dentro de nossa casa. De repente, a sala, o quarto, a cozinha, viraram
escritório, sala de aula, sala de reuniões. A tecnologia transformou-se em nosso maior
suporte, nos levou virtualmente para onde fisicamente era impossível está. Muitas
mudanças, algumas pensadas e sonhadas para um tempo futuro, mas que de repente

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se tornaram o nosso tempo presente, sem planejamento, sem estudo. Nós apenas
precisávamos nos adaptar a maneira inesperada de viver em um cenário pandêmico, de
entender e conhecer o sentido de pandemia.
Nossa rotina mudou a configuração, e agora tínhamos o “novo normal”. Não eram apenas
novos cenários, era também uma nova linguagem que passaríamos a usar: “reuniões
online”, “home-office”, “trabalho remoto”, embora já existissem, passaram a naturalidade
do dia a dia. As pessoas, ainda que muito criativas, sentiram o impacto dessa mudança
e em muitos cenários essa adaptação foi mais lenta, ocasionando acúmulo de tarefas,
procrastinação, adoecimento. Nossas habilidades foram testadas e para muitos, embora já
soubessem, reafirmaram a capacidade que temos de nos reinventar, quando conseguimos
lidar com o que está acontecendo. Adaptação, portanto, foi uma das palavras de ordem.
A correria do dia a dia se tornou menos frenética, menos pessoas ou ninguém nas ruas,
menos trânsito, menos barulho, menos tudo. Agora tínhamos o tempo para ficar com a
família, a tranquilidade de trabalhar em nossas casas, o tempo para ler um livro, comer
comida caseira todo dia, não ter que esperar horas no trânsito. Mas a humanidade é
extremamente inconformada e os dias isolados, tornaram-se para muitos, uma verdadeira
prisão e para alguns um tormento. Agora, o grande problema da humanidade já não era
mais a falta de tempo, o grande problema era o excesso provocado pelo fato de não
poder exercer a vida com todas as suas possibilidades (ir a festas, eventos, academia,
shoppings etc.).
Trabalhar em casa nos exigiu lidar com outras tarefas, utilizar outros suportes, mecanismos,
meios para comunicar e desempenhar as tarefas. Acontece que essa nova possibilidade,
que antes parecia algo interessante, não contava com um cenário onde todas as outras
atividades desempenhadas por outros membros de nossa família também tivessem que
parar. Como lidar com esse estresse de se manter dentro de casa tentando trabalhar para
o escritório, atender o cliente, cuidar da casa, dos parceiros, dos filhos, da alimentação,
da saúde física e mental?
Naturalmente, problemas como o estresse, a ansiedade, a depressão, a síndrome de
bournout, a síndrome do pânico, a baixa produtividade, entre outros, tiveram o contexto
ideal para se manifestarem ou se fortalecerem.
Lembrar da fase mais crítica da pandemia é rever um filme, onde com certeza algumas cenas
seriam puladas. Entretanto, para muitas pessoas esse momento foi uma oportunidade a
qual souberam usar e assim conseguir passar por ele com menor impacto possível. Para
isso, a busca por ajuda em fontes seguras foi essencial. Adquiriu-se novas habilidades e
aprendemos a lidar com as novas situações, provando que é possível se adaptar, mesmo
diante dos contextos desafiadores.
A tecnologia nos facilitou muito a vida, os aplicativos como o ZOOM, Google meet, Google
hangouts, Skype, whatsapp, entre outros, foram usados como suportes ao home-office
e a nossa vida pessoal. Mesmos aqueles que não tinham muita familiaridade como eles,
aprenderam para poder usar e torná-los parte de sua rotina. O quanto que isso gerou
benefícios e ganhos de tempo podem ser evidenciados em setores onde vemos aumento
de produtividade e excelentes resultados.

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Infelizmente o contexto pandêmico ainda é uma realidade e muitas situações trazidas
pela pandemia se fortaleceram e tornaram-se efetivas no nosso dia a dia. Saber gerenciar
tantas mudanças é com certeza um grande desafio e vamos seguindo na busca incessante
de encontrar respostas.

Referências:

Sites pesquisados

CUPOLLILO, Fernanda. De volta para casa: reflexões sobre o isolamento social no Brasil
durante a pandemia. Disponível em: <https://www.uff.br/?q=noticias/03-06-2020/de-
volta-para-casa-reflexoes-sobre-o-isolamento-social-no-brasil-durante> Acesso em: 14
de dezembro de 2021.

HISTÓRICO da pandemia de covid 19. OPAS/OMS. Publicado em 31 de dezembro de 2019.


Disponível em: <https://www.paho.org/pt/covid19/historico-da-pandemia-covid-19>.
Acesso em: 10 de dezembro de 2021.

IMPACTOS sociais, econômicos, culturais e políticos da pandemia. Portal Fiocruz.


Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/impactos-sociais-economicos-culturais-e-
politicos-da-pandemia>. Acesso em: 10 de dezembro de 2021.

SAÚDE mental e a pandemia de Covid – 19. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/saude-mental-e-a-pandemia-de-covid-19/> .Acesso em: 10
de dezembro de 2021.

SCHUELER, Paulo. O que é uma pandemia? Publicado em 28 de julho de 2021. Disponível


em: <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1763-o-que-e-uma-pandemia>
Acesso em: 10 de dezembro de 2021.

SILVEIRA, Ingrid Raiol de; FERREIRA, Deborah Melo. O que a pandemia pode nos ensinar?
Disponível em: <https://institutocoi.org/o-que-a-pandemia-pode-nos-ensinar/> Acesso
em: 09 de dezembro de 2021.

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Unidade

3 Produtividade pessoal e
coletiva

Objetivo de Aprendizagem:
Identificar alguns elementos que caracterizam a produtividade pessoal e coletiva.

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3.1 Produtividade Pessoal


O cenário pandêmico que vivenciamos nos últimos dois anos nos revelou que não somos
seres desconectados dos diversos papéis que desempenhamos. Não há um papel de pai e
de um gerente, onde para viver cada um deles basta apenas trocar de roupa. A pandemia
trouxe de certa forma todos os nossos papéis para o mesmo espaço de convivência, trabalho
e vida pessoal, agora em casa, o chefe da família e o chefe da equipe. Definitivamente
eles não são a mesma coisa, mas são desempenhados pela mesma pessoa.
Quando olhamos para o ser humano que somos, precisamos analisar o que nos compõe,
ou seja, é preciso olhar a diversidade de papéis que exercemos. Com certeza foi difícil
manter o equilíbrio, mas foi um desafio que quem soube lidar com ele conseguiu criar
estratégias para desenvolver competências com sabedoria, obtendo resultados valiosos,
entendendo que o ser humano é complexo. Vimos, dessa forma que o equilíbrio é
uma habilidade essencial para gerenciarmos nossa vida, nossos papéis, mantendo ou
melhorando a qualidade.
Entretanto, houve pessoas que não conseguiram entender ou lidar bem com o
contexto, nesse sentido cabe questionarmos, o que pode ter sido o fator ou os
fatores desencadeadores dessa dificuldade? Cenários? Suportes? Apoio? Motivação?
Conhecimento?
Cristian Barbosa, enfatiza que a produtividade pessoal pode ser visualizada pelos
resultados que uma pessoa tem em várias áreas da sua vida fazendo o uso do equilíbrio,
gerando dessa forma uma prosperidade, também, em todas as áreas.
Na produtividade pessoal, o indivíduo não privilegia apenas o trabalho, mas ele aprende a
equilibrar todas as outras funções que desempenha. Sua produtividade aparece quando
você identifica o que realmente é importante para sua vida, para sua realização pessoal,
para seu crescimento. É o que Cristian Barbosa denomina de capacidade seletiva em
escolher o que fazer, usando critérios que são justamente, resultado e equilíbrio. Se o que
você seleciona não lhe traz resultados e nem equilíbrio, então não é importante.

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Para qualquer um dos papéis que vamos desempenhar é bom que se destaque: o
comprometimento, a dedicação para realizar um trabalho com excelência. Respeitar os
espaços e as opiniões alheias, criando relacionamentos saudáveis, evitando ou diminuindo
conflitos que só tendem a tirar você do foco, do equilíbrio e diminuem sua capacidade para
enxergar soluções que sejam benéficas. Lembre-se: conflitos e discordâncias são naturais
também, e são importantes desde que bem administrados, pois nos dão feedbacks de
como estamos agindo ou como podemos sanar problemas. Quando você não sabe lidar
com isso ou administrar a carga emocional, gera uma diminuição do seu desempenho.
Cabe a você definir o que lhe afeta e como lhe afeta.
Em se tratando de produtividade pessoal profissional é bom fazer uma seleção das
coisas que você quer que façam diferença no seu trabalho e eliminar o que não soma,
como distrações do ambiente que vão desde o uso desenfreado do celular até mesmo as
conversas paralelas totalmente sem sentido para o ambiente em que se encontra.
Ainda sobre produtividade pessoal profissional é bom destacar que ela também está
ligada a sua qualificação e o quanto que você busca se aperfeiçoar com novos recursos,
novas ferramentas e suportes que o ajudam a diminuir processos, e consequentemente,
realizar mais tarefas e ter mais resultados. Para isso, você deve ter a ação de procurar
informações que sejam relevantes e qualificar-se. Afinal, quanto mais conhecimento você
busca, mais sua mente se expande, seu desempenho melhora e você evolui.
Diante de tudo isso, cabem algumas perguntas autorreflexivas: O que torna seu papel de
pai, mãe, amigo, profissional, entre outros, diferente dos mesmos papéis desempenhados
por pais, mães e profissionais que você conhece? O que lhe diferencia e o que lhe
aproxima? Isso é relevante? Quando você se compara a outros o que te chama a atenção?
Não somos iguais uns aos outros, mas há coisas que admiramos em outras pessoas ou
que elas admiram em nós. O que podemos ensinar ou modelar dos outros?
Produzir bem e com qualidade requer um pensamento estratégico que se baseia num
método que você cria usando conhecimentos já adquiridos ou que simplesmente adapta
de outros, como por exemplo técnicas e ferramentas de produtividade. Ao final é sempre
aquilo que melhor se adequa a seu perfil.

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3.2 Produtividade Coletiva

Para falar sobre produtividade coletiva, vamos nos restringir ao ambiente profissional. Na
produtividade coletiva, assim como na produtividade pessoal, há exigências, empenho e
dedicação, mas em relação ao grupo como um todo, afinal os resultados para a instituição,
para o time, pessoas dependerá da forma como o grupo se organiza para trabalhar, como
ele recebe ou lida com instruções e executá-las. Aqui o cuidado para obter os resultados
esperados é bem complexo, um grupo não é homogêneo e criar um clima de cooperação

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depende muito da forma como são tratados, dos recursos que são disponibilizados, bem
como, da boa vontade, do engajamento, da disponibilidade do grupo. Nesse sentido,
uma liderança que exerça seu papel, também se faz muito necessária, uma vez que é ela
quem vai direcionar as ações, cuidar do sistema para que tudo saia dentro daquilo que é
esperado.
Uma equipe motivada e valorizada produz bem mais, e nesse sentido é bom destacar que
todo ser humano gosta de reconhecimento, gosta de ser elogiado. Equipes são compostas
de pessoas e pessoas são formadas de muitas emoções e experiências que moldam seus
comportamentos. Ainda que a conquista e o resultado sejam pequenos, é importante
receber o reconhecimento. Isso é ganho para o grupo e/ou organização. Caso contrário,
pode haver perdas e metas esquecidas.
A produtividade coletiva também necessita de uma comunicação clara, isto é, sem
ruídos que atrapalham a compreensão da informação. Um espaço onde muitos falam e
poucos escutam ou onde circulam muitas informações vindas de muitas fontes sem um
gerenciamento eficiente, é um espaço difícil de produzir. Nesses espaços, os resultados
são insatisfatórios, abaixo do esperado. Quando o coletivo sabe o que está fazendo ou o
que deve fazer, por que está fazendo, como está fazendo, quais os resultados que quer
alcançar, os prazos que possui, é porque a comunicação está fluindo e eles estão sendo
direcionados para o alcance de um resultado.
Para ajudar na produtividade coletiva, além do que já foi falado, contamos com algo que
nos dias de hoje é também essencial, o uso da tecnologia. Afinal, ela é um dos grandes
aliados, uma vez que nos permite o compartilhamento de tarefas a serem executadas
de forma mais rápida, encurta caminhos quando bem utilizada. Entretanto, para que
isso ocorra, é necessário que o grupo se aproprie dela. Não basta um ou dois conhecer
o suporte e o que ele pode oferecer para o grupo, como pode facilitar o trabalho na
organização. Se isso acontece, teremos poucos resultados para a equipe, onde uns
terão sobrecarga de trabalho e outros não encontrarão seus espaços. Ao final, o que
pode ocorrer é diminuição e não o aumento de produtividade. O bom uso da tecnologia
perpassa pela ideia de que ela é um suporte, uma ferramenta, portanto, não deve e
não pode nos escravizar, nos desviar do foco que temos, roubando nosso tempo com
distrações desnecessárias nos processos. A apropriação e o conhecimento facilitam muito
para que a equipe trabalhe engajada.
Um grupo organizado realiza seu trabalho focado nas metas, mas cada meta precisa ser
minuciosamente bem definida, e dessa forma, ajudarão consideravelmente a verificar
como estão os avanços e os progressos da equipe. Avaliando o que já foi alcançado e
o que precisa melhorar. Nesse sentido, é bom destacar a importância de obedecer aos
prazos, os sujeitos que estão desenvolvendo o trabalho e mais uma vez comemorar as
conquistas e os resultados que surgem ou que se alcançam.
Vale ainda destacar o quanto que é importante criar valores para a organização e trabalhar
esses valores com a equipe estimulando dessa forma o crescimento de todos.
Em relação aos relacionamentos divergentes dentro do grupo é primordial saber
gerenciá-los, e nesse caso, quem melhor pode cuidar disso é a figura do líder. Um bom

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líder sabe conduzir esse tipo de situação e contribui para o crescimento da equipe. O líder
acompanha como os processos estão se desenrolando e monitora os conflitos que possam
surgir, lembrando que muitos desses conflitos podem ser formas eficazes de olharmos por
outras lentes diferentes situações. Quando temos uma equipe madura, que entende a
importância de divergir para convergir, também temos aumento de produtividade. Afinal,
quais os objetivos que a equipe quer alcançar? Será que para alcançar esses objetivos é
relevante perder horas discutindo pontos desnecessários ou um único ponto de vista?
Cabe reflexão.

Referências:

BARBOSA, Christian. A tríade do tempo: Um modelo comprovado para organizar sua vida
e aumentar sua produtividade e seu equilíbrio. São Paulo: Buzz Editora, 2018.

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Tradução Celso Nogueira, 1989.

_____________. 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo. Rio de Janeiro: Sextante.
2013. PDF.
MAITLAND, Iain. Administre seu tempo. Tradução Maria Cristina Fioratti Florez e Giorgio
de Cappeli. São Paulo: Nobel, 2000.

MORAES, Joel. Esteja, viva, permaneça 100% presente: O poder da disciplina, do foco e
dos minihábitos para conseguir realizar seu potencial máximo. São Paulo: editora Gente,
2019.

TELM, Gerônimo. Produtividade para quem quer ter tempo: Aprenda a produzir mais
sem ter que trabalhar mais. São Paulo: Editora Gente, 2016.
______________ 05 atitudes simples que aumentam sua produtividade logo pela manhã.
Academia da produtividade. PDF

PRODUTIVIDADE Pessoal: Como aumentar? 8 dicas para te ajudar. Cross Know Ledge.
04/12. 2020. Disponível em: <https://blog.crossknowledge.com/pt/produtividade-
pessoal/>. Acesso em: 14 de dezembro de 2021.

PRODUTIVIDADE: O que é? Qual a importância? Quais as influências? Mereo Blog.


08/07. 2020. Disponível em: <https://mereo.com/blog/fatores-que-influenciam-na-
produtividade/>.Acesso em: 18 de dezembro de 2021.

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RODRIGUES, Viviane. Diagrama de Ishikawa. Disponível em: <https://www.siteware.com.
br/metodologias/diagrama-de-ishikawa/ > .Acesso em: 14 de dezembro de 2021.

SILVA, Ricardo Nóbrega da. Veja com mensurar e melhorar a produtividade dos
colaboradores. Disponível em: <https://intelligenzait.com/produtividade-dos-
colaboradores/ > . Acesso em: 15 de dezembro de 2021.

TUDO sobre produtividade e como ser mais produtivo no trabalho. Rock Content. 14/08.
2016. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/produtividade/ > Acesso em: 04
de janeiro de 2022.

Glossário

TERMO DEFINIÇÃO/SIGNIFICADO

Feedback Retorno que um receptor dá ao emissor de uma mensagem

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ELEMENTOS E
FERRAMENTAS DE
PRODUTIVIDADE

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3
Módulo

29
Unidade

1 Construindo hábitos
produtivos

Objetivo de Aprendizagem:
Conhecer algumas funções do sistema nervoso central para a construção de hábitos
produtivos.

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1.1 Sistema nervoso central: o cortex pré-frontal


O nosso corpo é uma máquina, onde tudo o que executamos ou fazemos está sendo
comandado por um sistema que é chamado Sistema Nervoso Central (SNC). É ele quem
recebe as informações vindas do nosso corpo e cuida do processamento delas, tornando
dessa forma, possível nossa locomoção, nossa linguagem, o entendimento de outras
linguagens, raciocínio diante dos problemas, busca de soluções, tomada de decisões,
entre outros.
A estrutura do SNC pode ser dividida em duas partes: a primeira é formada pelo encéfalo
que é protegido pelo crânio, e a segunda, é formada pela medula espinhal (protegida
pela coluna vertebral).
Nos deteremos a respeito da parte do sistema nervoso central formada pelo encéfalo já
que é nele que se localiza o cérebro. É justamente no cérebro, onde muitas informações
são originadas e processadas para assim podermos desempenhar inúmeras funções que
necessitamos.
Para a compreensão do cérebro é bom que se considere suas divisões, são elas: o hemisfério
esquerdo (de forma generalizada estaria mais relacionado as atividades racionais) e, o
hemisfério direito (estaria mais relacionado as atividades ligadas a emoção, percepção,
intuição).
No cérebro, a área mais externa era chamada por muitos pesquisadores como “massa
cinzenta”, essa massa é na verdade o córtex cerebral, nele há grande presença de corpos
neurônios. O córtex é composto pelos lobos cerebrais, e dentre esses lobos temos aquele
chamado de lobo frontal no qual está localizado o córtex pré-frontal.
O córtex pré-frontal fica localizado logo atrás da testa, e de acordo com muitas pesquisas
essa área ainda é recente na evolução humana. Interessante ressaltar que o processo de
amadurecimento do córtex é mais lento, por essa razão pessoas mais jovens como crianças

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 30


e adolescentes têm maior dificuldade para desenvolver algumas habilidades, deixar de
fazer alguma coisa, planejar e concentrar. À medida que o cérebro vai amadurecendo,
fica mais fácil resolver os problemas e as atribuições da espécie humana, conforme sua
complexidade e assim novas habilidades vão surgindo.

Veja algumas das funções do córtex segundo Maria Critis:

“O córtex pré-frontal desempenha papel fundamental na formação de


metas e objetivos, no planejamento de estratégias, de ação necessárias
para a consecução de objetivos. Ele seleciona as habilidades cognitivas
requeridas para a implementação dos planos, coordena essas habilidades
e as aplica em uma ordem correta. Finalmente o córtex pré-frontal é
responsável pela avaliação do sucesso ou do fracasso de nossas ações em
relação aos nossos objetivos.”

A atividade do córtex pré-frontal torna-se mais ativa à medida que ele precisa encontrar
repostas ou caminhos para resolver desafios, ou seja, ele começa a trabalhar de forma
articulada resgatando informações, associando, selecionando recursos, entre outras
estratégias, para assim dá uma resposta que tenha um resultado.

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1.2 O cérebro produtivo e a habilidade de plasticidade


neural
Hoje, temos uma noção do quanto que a ciência evoluiu e nos proporcionou
conhecimentos que nos auxiliam em quase todos os aspectos de nossa vida, inclusive na
nossa produtividade. Tornar-se uma pessoa produtiva é possível graças aos estímulos que
enviamos ao nosso cérebro, ou seja, um bom treinamento pode mudar muito do nosso
desempenho pessoal e profissional.
Muitos estudos já foram realizados a respeito do funcionamento do cérebro e como que
essa dinâmica impacta nos nossos resultados, e cada vez mais somos surpreendidos com
as funções que nosso cérebro possui. Antigamente, acreditava-se que ele era basicamente
imutável, mas não foi bem o que os estudos e as experiências comprovaram. Na verdade,
constatou-se que ele possui uma característica muito peculiar: a capacidade de se adaptar
e se moldar de acordo com as experiências vividas ou habilidades adquiridas. O cérebro
muda a forma e muitas de suas funções a fim de adaptar-se a novas situações, como por
exemplo, no caso de traumas ou lesões sofridas na região do córtex pré-frontal.
O cérebro, portanto, é capaz de aprender algo novo ou reaprender algo que foi esquecido

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por algum trauma sofrido, nesse reaprender pode ser que ele passe a utilizar novos
recursos ou outros caminhos. Para melhor entender isso, imagine alguém que perdeu
a visão, ele precisara desenvolver outros sentidos com maior precisão. Esse processo é
mais lento, mas possível.
A capacidade que o cérebro possui de mudança recebe o nome de plasticidade neural.
É ela que podemos usar para ajudar o cérebro a desenvolver hábitos e comportamentos
importantes para nosso desenvolvimento pessoal ou profissional. Veja bem, quando você
começa a frequentar academias e a treinar pesado, você percebe ao longo do passar dos
dias muitas mudanças que ocorrem no seu corpo, isso é reflexo do treino, mas também,
da dedicação, do objetivo, da motivação, da tomada de decisão. Você pode ganhar
músculos pelo corpo todo (motivação, disposição, qualidade de vida, treinando, criando
novos hábitos). Esses novos hábitos são treinamento para o seu cérebro que começa a
percebê-los como algo benéfico e torna-os efetivos à medida que o tempo passa.
Importante ressaltar que os hábitos são comportamentos que de tanto realizarmos se
tornam automáticos e muitas vezes não nos damos conta de sua existência e de como
os executamos sem esforço. Ao criarmos os novos hábitos, devemos considerar o caráter
saudável deles e o resultado positivo que venham a promover. Os bons hábitos aumentam
sua produtividade e por conseguinte, melhoram sua qualidade de vida.
Portanto, considerar as características do cérebro e utilizá-las para benefício próprio
com certeza o farão alcançar muito mais resultados que outros que desconhecem tais
elementos. Nesse caminho, podemos usar alguns recursos já bem conhecidos como o
uso da meditação, a prática de exercícios físicos, uma boa alimentação e hidratação do
corpo, os intervalos para descanso e um bom sono ajudam a turbinar o cérebro e dessa
forma auxiliá-lo para desenvolver um bom trabalho.

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1.3 Comportamentos produtivos e improdutivos


Todos os comportamentos que temos apresentam, mesmo que de forma sutil, uma
intenção positiva, ainda que o beneficiário dessa intenção seja apenas o próprio dono do
comportamento. Isso explicaria o porquê de muitas vezes, ao longo do dia, realizarmos
ou deixarmos de realizar muitas das nossas atividades, inconscientemente buscamos a
recompensa para tal.
Quando enviamos uma informação ao cérebro, ele passa a trabalhar sobre ela, processá-
la. Criando caminhos para formalizá-la, estratégias que venham a confirmá-la. Se adiamos
um trabalho, mesmo sabendo que isso nos prejudicará, automaticamente o cérebro cria
uma recompensa para que não sintamos culpa.

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Veja alguns comportamentos improdutivos:

a) Procrastinação: todos nós seres humanos procrastinamos, isso é natural, mas quando
tornamos essa ação mais frequente que o normal, estamos contribuindo para o insucesso
em nossos papéis desempenhados. Um profissional que procrastina muito tende a
não realizar o trabalho, não obedece a prazos e dá desculpas sobre o fato de não ter
desenvolvido tarefas.

b) Excesso de uso das redes sociais: Murilo Gun, especialista em criatividade fala que
hoje temos nossa atenção sequestrada pelo uso do celular, quantas vezes por dia somos
“sacudidos” por nós mesmos e voltamos bruscamente a realidade após termos perdido
alguns minutos navegando nas redes sociais? Uma “olhadinha” e de repente lá se vai um
tempo precioso, desperdiçado com coisas sem importância, na maioria das vezes.

c) Não saber gerir as emoções: cuidar das emoções e saber controlá-las é uma das
habilidades mais importantes existentes. Quando você não sabe fazer bom uso delas, seu
nível de desempenho cai consideravelmente, você se torna menos eficiente e dessa forma
gera menos ou nenhum resultado. Pessoas desequilibradas emocionalmente tendem
a deixar o ambiente em que estão confusos e hostis. Reprogramar nossas emoções é
possível por meio da plasticidade neural, nossas experiências passadas e atuais podem
nos ajudar a criar novos comportamentos, formas de nos vermos e agirmos dentro das
realidades que estamos.

d) Assumir muitas responsabilidades: ser responsável é uma qualidade importante, mas


quando você assume responsabilidades além da conta, isso só prejudicará você e até
mesmo outras pessoas envolvidas. Dizer sim para tudo é uma característica de pessoas
que gostam de ser prestativas e agradar aos demais, mas quando você faz isso com
frequência, você se sobrecarrega e não consegue desenvolver outros papéis importantes
na sua vida e acaba por entregar trabalhos de má qualidade, haja vista, que tem de dividir
sua atenção para várias tarefas. É bom destacar que nosso cérebro é monotarefa, isso
quer dizer que ele não consegue realizar muitas atividades ao mesmo tempo e, ainda
assim, colocar foco em todas elas de uma forma que produza resultados eficientes.

e) Focar no problema, em vez da solução: quantas pessoas conhecemos que perdem


muito tempo discutindo sobre um problema, reclamando sobre uma situação, “girando
e girando” no mesmo ponto? Se já temos um problema, se já sabemos como ele é, não
precisamos dá mais méritos a ele, mas sim buscar a solução para que seja solucionado, e
dessa forma, ganhamos tempo para produzir ainda mais.
Estagnação: existe uma máxima que diz que “conhecimento nunca é demais” não importa
qual função você desempenha, nunca deixe de buscar conhecimento para se aprimorar,
expandir a mente, buscar soluções, reduzir custos, encontrar oportunidades. Pessoas que
ficam estagnadas, usando sempre os mesmos recursos, sempre as mesmas estratégias,
são improdutivas, não evoluem.

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f) Estagnação: existe uma máxima que diz que “conhecimento nunca é demais” não
importa qual função você desempenha, nunca deixe de buscar conhecimento para se
aprimorar, expandir a mente, buscar soluções, reduzir custos, encontrar oportunidades.
Pessoas que ficam estagnadas, usando sempre os mesmos recursos, sempre as mesmas
estratégias, são improdutivas, não evoluem.

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Vejamos agora os comportamentos produtivos

a) Foco: ter foco é um dos comportamentos produtivos, saber o que vai fazer e desenhar
o caminho para fazer da melhor forma possível. Quando temos foco, conseguimos
completar as tarefas com maior eficiência, menor tempo, dentro dos prazos. Focar em
algo exige muito autocontrole e o uso de técnicas de meditação ajuda bastante. Também
é importante construir uma rotina de trabalho, um planejamento minucioso para que o
objetivo seja alcançado ao final do trabalho a ser realizado. Evitar distrações e ambientes
com muita informação ou barulho que também são prejudiciais para a maioria das
pessoas.

b) Proatividade: pessoas proativas são altamente produtivas afinal não ficam


procrastinando para fazer o que precisa ser feito. Elas têm ação e executam o trabalho,
evitando dessa forma que muitas tarefas fiquem acumuladas. São determinadas, planejam
o trabalho que vão realizar sempre focando naquilo que querem ao final alcançar. Nesse
planejamento também entra a prioridade, aquilo que é mais importante fazer naquele
momento.

c) Capacitação e desenvolvimento pessoal: uma pessoa produtiva busca recursos que


são necessários ao seu desempenho, assim ela se qualifica, aprende novas habilidades,
pesquisa assuntos pertinentes, faz cursos e desenvolve-se cada vez mais. Com o
conhecimento em mãos, ela pode executar o trabalho com maiores resultados.

d) Foco na solução: pessoas produtivas pensam na solução de um problema ou desafio


e saem em busca de encontrá-las. Traçam planos e estratégias relevantes, encontram
soluções criativas e avançam. Os problemas devem ser analisados com objetividade, para
que assim a solução surja de forma descomplicada.

e) Organização: se a pessoa tem uma boa organização seja pessoal e profissional, seu
trabalho e desempenho também rendem. Os prazos são obedecidos à medida que você
tem noção deles. Você não fica atarefado porque consegue fazer uma atividade de cada
vez evitando a sobrecarga de trabalhos. Seu espaço de trabalho deve está organizado e
tranquilo para que você se sinta confortável, e dessa forma, consiga encontrar com mais
facilidade aquilo que busca para desenvolver determinada atividade.

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f) Gestão emocional: saber gerir as emoções é um excelente comportamento e as pessoas
produtivas possuem essa qualidade em alta. Pessoas que gerem bem suas emoções,
além de ser muito requisitadas, não deixam que um problema emocional atrapalhe seu
rendimento profissional. Conseguem lidar com os outros e com ambientes hostis e cheios
de pressão, gerenciando com cautela qualquer situação que surja.

g) Pontualidade: esse comportamento não está apenas relacionado aos horários, mas
também aos prazos. Uma pessoa pontual com suas tarefas e compromissos passa a ideia
de responsabilidade, afinal saberemos que ela sempre cumprirá o que se propôs. Ao
sermos pontuais também demonstramos organização.

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1.4 Caminhos da produtividade


Sabendo alguns dos comportamentos produtivos e improdutivos, você agora pode seguir
os caminhos da produtividade. Acompanhe!

• Tenha metas

Quer ter bons resultados? Então aprenda a criar metas e boas metas. Quando temos
objetivos e queremos alcançá-los, é preciso criar caminhos que nos levem até eles. Assim,
você ganha tempo, e um tempo de qualidade.
As metas nos colocam em movimento para podermos realizar nossos sonhos, mas
precisam ser bem escritas para que possam sinalizar o quanto que você precisa evoluir
ou já evoluiu para chegar onde quer chegar. Ao escrevermos a meta temos a visualização
dela e podemos corrigir, acrescentar detalhes, além disso mandamos uma mensagem ao
nosso cérebro sobre como que ele precisa trabalhar para que alcancemos o que estamos
buscando. Pensar bem nelas impede que você fique andando em “círculos” e possa a
cada etapa vivida, ver as coisas realmente acontecerem.
Importante ressaltar que ao elaborar suas metas nunca deixe de atentar para um ponto
relevante que é o caráter positivo que elas devem conter, ou seja, não basta apenas
querer que algo aconteça é preciso acreditar e realizar cada ação pensando que é de
pequenas vitórias que chegamos ao maior prêmio.
As metas ajudam muito na nossa produtividade e na produtividade da equipe de trabalho,
sem elas como veremos os resultados? Como saberemos para onde estaremos indo?
“Sonhar é importante, mas insuficiente. É preciso realizar. E as metas são uma forma
eficaz de transformar sonhos em realidade.” Christian Barbosa (2018, pág. 154).
Toda vez que você criar uma meta, leve em consideração alguns fatores que o ajudarão
a ter maior clareza sobre aquilo que realmente quer. São esses fatores que compõem
a sigla SMART que significa: Specific- específica: Measuable - mensurável; Attainable –

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alcançável; Relevant – relevante; Time based – tempo.
As metas precisam de tempos em tempos ser revisadas e até mesmo refeitas caso não
atendam mais a necessidade para qual foram escritas. Uma meta pode ser deixada de
lado ou até mesmo substituída sempre que você avaliar que é necessário.

1. A primeira parte da meta é a especificidade dela, saber o que você quer. Nada de rodeios,
seja direto naquilo que quer alcançar, dando detalhes de como a ver. Não basta apenas
dizer que quer algo, sem também descrever isso. É uma casa, mas ela é grande? Como é
a faixada? Quantos quartos? Tem jardim? Tem piscina? Qual será seu espaço preferido?
Avalie tudo isso e formule atentando para esses detalhes, criando dessa forma, uma
visualização.
2. Após especificar o que quer, você irá mensurar, avaliar se é possível medi-la, isto é, saber
que tamanho ela tem ou qual resultado queremos alcançar. Aqui também é possível fazer
uso de alguns indicadores para saber como você está caminhando e o que tem alcançado.
Para medir uma meta, usamos números, quantidade e qualidade dela.
3. Agora você precisa saber se sua meta é alcançável, e o primeiro passo é saber que ela
deve estar nessa dimensão. Como você saberá que conseguiu realizá-la? Você não pode
pensar em algo impossível e aqui é bom que se avalie tudo isso considerando o caminho
já feito e o caminho a fazer. Para esse caminho um bom plano de ação se faz imprescindível.
Lembre-se que aqui é possível delegar tarefas, mas a meta é sua. Considere no seu plano
de ação: tarefas, sujeitos, datas, tempo disponível, entre outros como elementos para
avaliar se o seu caminho está bem formado.
4. Sua meta é relevante? Nessa parte de elaboração da meta SMART, a relevância tem a ver
com o porquê de você criar a meta, qual o propósito dela? Qual a importância? Nesse
ponto, você avalia os motivos que o levaram a criá-la. Sabendo dessa importância, dessa
motivação você tem mais elementos para lutar pelo que quer alcançar.
5. Tempo é quando você quer alcançar a meta, aquilo que desenhou e que já sabe dos
valores envolvidos, da relevância. Metas são de curto, médio e longo prazo, e ter isso
definido é importante e ajuda seu cérebro a trabalhar porque agora ele sabe que precisa
cumprir os prazos. A meta, portanto, precisa de uma data para que você possa caminhar
até ela.

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• Planejamento

Todos os caminhos da produtividade são importantes, mas o planejamento é sem dúvidas


o indispensável, afinal definir aquilo que é importante, saber priorizar entre outros,
também faz parte dele.
Nossas atividades estão ligadas aos nossos objetivos e metas, portanto o planejamento
segue o caminho para atingi-los. Ele é essencial em cada processo pelo qual passamos
ou realizamos. Pessoas que se planejam e seguem executando, tendem a ganhar mais
tempo, porque elas conseguem dentro dele prever erros e buscar caminhos alternativos.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 36


Todo planejamento deve levar em consideração alguns pontos interessantes e essenciais,
como por exemplo, as tarefas que são necessárias realizar todos os dias. Essas tarefas
podem se tornar um grande problema se não houver a clareza para gerenciá-las e,
principalmente, para saber quais são elas. Sim, muitas vezes por falta do planejamento
o indivíduo nem sabe a quantidade de tarefas que necessita realizar. Isso gera uma
completa desorganização e aumenta o trabalho. Muitas tarefas ficam incompletas, outras
são deixadas de lado e isso tudo acaba por provocar um estresse na pessoa à medida que
os prazos para desenvolver ou entregar as tarefas prontas se aproximam.
Durante o planejamento, lembrar de organizar uma rotina também é fundamental. Para
muitas pessoas a palavra rotina lembra algo enfadonho, e difícil de seguir, principalmente
para aqueles que amam trabalhar com certa liberdade, mas uma rotina bem desenhada
não precisa ser enfadonha, ela precisa atender suas necessidades, ser flexível e ao
mesmo tempo relevante para que suas tarefas possam ser realizadas. A rotina deve
contemplar seu lado pessoal e profissional com atividades que atendam eles e que os
tornem satisfatórios na sua produtividade.
O planejamento deve contemplar os intervalos para descarregar energia. Lembre-se da
escola, da hora do recreio e o quanto que era bom esperar por esse momento e poder
brincar livremente. Não, não pense que estamos falando que o trabalho que você esteja
desempenhando deva ser visto sempre como uma obrigação e uma tarefa que o enfade,
não, queremos dizer que os intervalos são importantes, são estratégicos e não podem
ser demorados, mas sim ideais para que você possa aliviar a pressão da mente quando
estiver envolvido em algum trabalho mais complexo. Paradas para ir ao banheiro, tomar
um café, fazer uma ligação para um amigo, marcar uma “reuniãozinha de lazer”, alongar
o corpo. Não importa quanto tempo você esteja dedicado a um trabalho, as paradas são
necessárias e importantes nesse processo. Portanto, entre uma tarefa e outra ou entre
blocos de tarefas semelhantes faça seu intervalo para melhorar seu desempenho.
É importante destacar que cada pessoa tem um ritmo de trabalho e desenvolve suas
tarefas dentro dele e dependendo do ritmo, as tarefas podem demorar mais ou menos
tempo, mas grande parte das pessoas sabem os horários em que conseguem produzir
mais, desenvolver mais tarefas, mesmo sem se darem conta disso. Portanto, se você
quer aumentar sua produtividade inclua no seu planejamento esse ponto e comece a
identificar os horários em que consegue ser mais eficiente, aproveitando assim para
executar o máximo de tarefas possíveis, evitando o acúmulo, a preocupação e o estresse.
Algumas formas de planejamento contemplam a limitação de horas por dia que você
deseja dedicar ao trabalho profissional, por exemplo. Se você vive para o trabalho, mas
está insatisfeito com essa situação, então construa seu planejamento limitando que a
partir de agora seguirá de outra forma, quantas pessoas não levam trabalho para casa?
E agora com a adoção do home-office por muito mais setores e instituições, se você não
tiver planejamento e se organizar, poderá ter prejuízos, não somente para sua identidade
pessoal como para sua identidade profissional.
Outra forma de planejamento que dá bastante certo, também, é o planejamento de
atividades para três dias. Esse planejamento é bem eficiente e simples de fazer. A cada
três dias você faz uma organização de tarefas para executar dentro desse prazo. Mas

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 37


lembre-se de sempre pensar quais tarefas podem ser contempladas e que são possíveis
de realizar em um dia, haja vista que se você selecionar muitas tarefas pode ao final ter a
sensação de frustração caso não as execute.
O planejamento de atividades para três dias está dentro do planejamento semanal,
mensal, anual que são planejamentos com perspectivas mais longas. Nesse sentido, o
olhar deve ser cuidadoso para que você consiga contemplar aquilo que é importante e
que deve ser feito, antecipado se possível, e sempre de uma maneira tranquila.
Lembre-se de olhar no planejamento mensal ou anual, os compromissos que estão
agendados, para que seu planejamento semanal ou de três dias os considere. Também
lembre de contemplar suas atividades fixas, que fazem parte da rotina. Além disso,
considere deixar um espaço no seu planejamento para as atividades urgentes que sempre
surgem, se você considera essas eventualidades, seu planejamento terá muito menos
chances de dá errado e você evitará que tarefas já planejadas deixem de ser executadas
para atender as urgências.
O acompanhamento de seu planejamento deve ser executado continuamente para que
você tenha uma ideia das tarefas já executadas, verificar as já iniciadas, os prazos, os
resultados e o cumprimento de seus papéis. Nesse caso, o uso de uma ferramenta de
produtividade é essencial para ajudar a você a gerenciar tantos processos.

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• Organização

Um elemento importante nos caminhos da produtividade, que vale destacar, é a


organização. Não é apenas um comportamento produtivo, mas um passo necessário que
deve ser priorizado e adotado.
Há pessoas que acham interessante falar que se encontram no meio da própria bagunça.
Falam com tanta segurança que acreditam ser bom para elas, sem ao menos se dá conta
o quanto que isso as prejudica, lhes rouba um tempo e oportunidades. Quando alguém
se acostuma a ver algo de um jeito, a mudança pode parecer estranha e difícil. Pessoas
assim, dificilmente tem sua produtividade em alta, uma vez que perdem muito mais
tempo para encontrar o que buscam. Às vezes nem sabem para onde estão indo, vão
executando tudo na esfera da urgência.
A organização torna seu trabalho mais ágil e eficiente. Ela começa com pequenas ações,
coisas simples, mas que somam aos seus resultados. Sua cama, seu guarda-roupas, sua
mesa de trabalho, seus documentos, arrumados trazem leveza para o ambiente, tiram o
peso do cansaço, até mesmo a falta de motivação pode estar ligada ao fato de você ter
um ambiente sempre desorganizado.
Organize sua mente, priorize ações ou aquilo que está sobre seu comando. Organize seu
trabalho agrupando assuntos por semelhança, os compromissos que precisa comparecer
ou cumprir, as tarefas do dia ou da semana, observe os prazos e se organize para atendê-

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los. Organize as pastas no computador, tenha um espaço para anotações de ideias, de
ferramentas, livros, cursos que precisa fazer.
Um espaço bagunçado, uma mente cheia de informações torna a busca por objetos ou
ideias importantes bem difícil de fazer e rouba minutos que podem se somar a horas
de um tempo que poderia estar sendo utilizado em outras situações. Não deixe o “trem
passar”, se você sabe onde deixa suas ferramentas, suas tarefas levarão menos tempo
para ser realizadas. Um ambiente organizado passa uma mensagem ao cérebro e ele se
molda conforme aquilo que ver e passa a seguir esse novo caminho sempre alertando
você se algo sair do lugar.

• Execute

Depois de realizar seu planejamento minucioso, o próximo caminho da produtividade


é o da execução, de nada adiantará planejar se não colocar em prática. Na execução, a
atenção deve se deter sobre cada momento do planejamento. Caso você fuja ao que foi
planejado, os resultados colhidos podem o levar a outro ponto distante de seu objetivo.
Durante a execução daquilo que foi planejado, é bom também observar se as metas estão
alinhadas ao que é importante, ao que traz resultado, caso contrário, a execução pode ser
refazer esse planejamento.
Outra situação que deve ser considerada é que na execução podem surgir sujeitos
necessários a ajudá-lo(a) no trabalho. Quando isso ocorre, há vários benefícios envolvidos,
entre eles o fato de você conseguir fazer o trabalho andar mais depressa, mas lembre-se
que tarefas dadas a terceiros devem ser acompanhadas, monitoradas, avaliadas para que
também, tudo ocorra dentro do planejado. Considere, portanto, no seu planejamento,
um prazo maior para cobrar o que foi delegado, assim você terá como saber se o trabalho
está seguindo de acordo com aquilo que você espera, evita surpresas, caso a pessoa não
execute o que foi acordado. Não é apenas passar um trabalho à frente e se desligar dele,
a responsabilidade do todo é sua por estar delegando.
Para a execução você utiliza de suas competências, daquilo que sabe fazer, daquilo que
conhece, e de suas habilidades, suas qualidades sendo utilizadas como importantes
ferramentas para desenvolver o trabalho.
Quando você executa um trabalho procurando fazê-lo com excelência isso pode permitir
que você acabe por criar oportunidades para si mesmo. Por isso, é bom que você avalie
se os prazos e a tarefa que precisa fazer estão coerentes e se você possui competências
para tal.

Referências:

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rockcontent.com/br/blog/metas-smart/ > Acesso em: 12 de dezembro de 2021.

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BARBOSA, Christian. A tríade do tempo: Um modelo comprovado para organizar sua vida
e aumentar sua produtividade e seu equilíbrio. São Paulo: Buzz Editora, 2018.
CÉREBRO humano. Brasil escola. Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/
biologia/cerebro-humano.html> Acesso em: 13 de dezembro de 2021.

COVEY , Stephen. Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. Editora Best Seller.
Tradução Celso Nogueira, 1989.

______________ 05 atitudes simples que aumentam sua produtividade logo pela manhã.
Academia da produtividade. PDF

CRITIS, Maria. Aspectos neuropsicológicos do córtex pré-frontal. PDF. Disponível em:


<http://www.jobairubiratan.com.br/cortex.html> Acesso em: 21/11/2021.

SALES, Dayane Caroline S. Reabilitação neurológica e neuroplasticidade. Disponível


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_____________. 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo. Rio de Janeiro: Sextante.
2013. PDF.
LIPPI, Flavia. 5 indicadores da vida irresponsável e improdutiva. Publicado em 21 de
setembro. Disponível em: <https://comunidade.marketingdegentileza.com/blog/5-
indicadores-da-vida-irresponsavel-e-improdutiva> Acesso em: 26 de dezembro de 2021.

MAITLAND, Iain. Administre seu tempo. Tradução Maria Cristina Fioratti Florez e Giorgio
de Cappeli. São Paulo: Nobel, 2000.

MORAES, Joel. Esteja, viva, permaneça 100% presente: O poder da disciplina, do foco e
dos minihábitos para conseguir realizar seu potencial máximo. São Paulo: editora Gente,
2019.

SABATER, Valeria. O córtex pré-frontal: a última área do cérebro a se desenvolver.


Disponível em: <https://amenteemaravilhosa.com.br/cortex-pre-frontal/ > Acesso em:
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dezembro de 2021.

6 DICAS para melhorar sua organização pessoal e profissional. Publicado em 17 de agosto


de 2021. Disponível em: <https://gestaodeequipes.com.br/6-dicas-para-melhorar-sua-

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organizacao-pessoal-e-profissional/>.Acesso em: 15 de janeiro de 2022.
7 COMPORTAMENTOS para você se tornar superprodutivo. ÉPOCA NEGÓCIOS. Publicado
em 29 de junho de 2016. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/Carreira/
noticia/2016/06/7-comportamentos-para-voce-se-tornar-superprodutivo.html> Acesso
em: 28 de dezembro de 2021.

TELM, Gerônimo. Produtividade para quem quer ter tempo: Aprenda a produzir mais
sem ter que trabalhar mais. São Paulo: Editora Gente, 2016.

OLIVEIRA, Marcelo. Lobos cerebrais. Disponível em: <https://www.infoescola.com/


anatomia-humana/lobos-cerebrais/> Acesso em: 13 de dezembro de 2021.

QUER ser mais produtivo? Veja 7 dicas da neurociência para melhorar a sua concentração.
EDUQC CONCURSOS. Disponível em: <https://qualconcurso.jusbrasil.com.br/
artigos/415720449/quer-ser-mais-produtivo-veja-essas-7-dicas-da-neurociencia-para-
melhorar-a-sua-concentracao> Acesso em: 28 de dezembro de 2021.

KPI: como medir o que importa no seu negócio. Endeavor Org. 22/06. 2015. Disponível
em: <https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/kpi/ > Acesso em: 20 de dezembro de
2021.

KNAPP, Kati; MORTON, J. Bruce. Desenvolvimento do cérebro e funcionamento executivo.


Publicado em janeiro de 2013. Western University- Canadá. Disponível em: <https://www.
enciclopedia-crianca.com/funcoes-executivas/segundo-especialistas/desenvolvimento-
do-cerebro-e-funcionamento-executivo > Acesso em: 26 de dezembro de 2021.

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Unidade

2 Metodologias de produtividade

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2.1 Processos para adoção de métodos produtivos


A adoção de métodos produtivos perpassa por processos nos quais você se dispõe a
vivê-los. Veja bem, se fizermos uma busca rápida na internet encontraremos inúmeras
metodologias e ferramentas que prometem nos ajudar na gestão de nossas tarefas, e
assim contribuir para o aumento da produtividade. Acontece que não é saudável e muito
menos produtivo, você querer usar todos eles para cada papel que exerça.

Todo método carece de planejamento para ser colocado em prática, Christian Barbosa,
sugere em seu livro “60 estratégias práticas para ganhar mais tempo” (2013), 05 passos
para escolher um método de produtividade:

1º passo: visualização do resultado (o sentido daquilo que você quer alcançar). A


visualização é uma técnica que o aproxima de seu objetivo, que faz lembrá-lo daquilo que
está buscando, pode ser feito por uma fotografia, um objeto, um texto, mas precisa estar
acessível ao seu campo de visão para que você seja sempre lembrado. Sem um objetivo
sem saber o que quer, você não terá como ter resultados, como conquistar e nem o que
buscar.

2º passo: estudo (apropriação, conhecimento), o conhecimento é importante, assim também,


como a apropriação dele. É com o conhecimento que você tem maior discernimento sobre
tudo o que está acontecendo e os processos pelos quais passa. Ao buscar pelo método,
você deve estudá-lo e compreender como ele funciona e se funciona para você, por isso
se informar sobre ele é fundamental. Aplique aos poucos o que aprendeu, analise se está
funcionando ou se você está aprendendo realmente como é.

3º passo: escolha da ferramenta. Essa escolha é em cima daquilo que melhor se adequa
às suas necessidades, há pessoas que optam por aplicativos de organização e outras
preferem escrever em cadernos, agendas. Isso pouco importa, porque para o autor
desses passos você deve usar aquilo que achar mais conveniente, mas não pode deixar
armazenado na cabeça, procure algum lugar para colocar.

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A ferramenta escolhida, segundo Barbosa (2013), deve considerar os três aspectos que
ocupam nosso tempo no dia a dia, são eles:

9 Tarefas (tudo o que fazemos);


9 Compromissos (o que tem data e duração);
9 Conhecimento (informação de qualquer gênero).

4º passo: aplique. O método tem os caminhos que devem ser seguidos, se você já
estudou, já se apropriou, então agora, é preciso seguir o que ele propõe sem querer
“inventar” dentro dele, porque se você fizer isso estará fugindo da metodologia e ainda
corre o risco de não ter os resultados que está buscando. Siga os passos para que consiga
verificar como está evoluindo.

5º passo: compartilhe. O último passo sugerido pelo Christian, favorece a você se apropriar
mais ainda daquilo que aprendeu, afinal quando ensinamos algo a alguém o aprendizado
se efetiva, criamos e visualizamos novos caminhos e temos até novas percepções sobre
o que aprendemos.

O que podemos ver com esses passos é que um método ou uma ferramenta carecem de
nossa disposição para usá-los de maneira produtiva. Sem isso, sem conhecimento, eles
se tornarão inúteis, algo só se torna válido se atender às suas necessidades, um método
ou ferramenta em si, não solucionam os nossos problemas e tampouco aumentam nossa
produtividade.

A seguir algumas sugestões de aplicativos ou ferramentas, técnicas que podem ser


úteis para o seu trabalho. Queremos ressaltar que eles só serão usados quando você
já tiver definido o método, os seus objetivos, as metas, as prioridades e até mesmo os
indicadores de resultados. Assim poderá escolher onde serão distribuídas as tarefas, os
compromissos, o conhecimento.

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a. Técnica Pomodoro

Tarefas que exijam foco contam com o apoio de uma técnica chamada pomodoro. Essa
técnica é bastante conhecida e consiste em dividir o tempo dedicado a uma tarefa em
“pomodoros” que são blocos de tempo de 25 minutos cada. Nesse tempo, você não deve
ter interrupções ou realizar outra tarefa que não seja a que focou. A outra parte da técnica
é que a cada 25 minutos trabalhados, você terá uma pausa de 5 minutos, à medida que
você avança os pomodoros, essa pausa vai aumentando.
Para utilizar a técnica você pode usar o aplicativo com o próprio nome dela, disponibilizado
na internet. No aplicativo é possível selecionar o tempo que você achar melhor para

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se manter focado, isto é, se 25 minutos é um tempo pequeno e você consegue ficar
concentrado por mais tempo, então pode modificar, isso não importa, mas o tempo de
pausa precisa ser respeitado.

b. Mindfulness

Uma sugestão muito interessante para ter maior concentração naquilo que você quer
desenvolver é o mindfulness. Essa técnica é conhecida como atenção plena e exige
conhecimento de como funciona. Os resultados da prática de mindfulness vem a longo
prazo. É uma prática que proporciona um bem estar, e que se manifesta ao longo do
processo de adoção dela, ou seja, não é algo que se visualize rapidamente, mas de
maneira gradual.
Para exercitar o mindfulness a atenção toda é voltada para aquilo que você está fazendo,
desligar-se de outros afazeres para se dedicar a um em especial, buscando recursos,
ideias, estratégias, para realizá-lo.

Ferramentas que ajudam na produtividade usando a escrita.

Escrever e visualizar o que está escrito é um procedimento muito interessante e um


exercício saudável para o cérebro, pode facilitar o trabalho de quem tem pouca habilidade
com a tecnologia, se bem gerenciado, isto é, se usado para o fim ao qual se propõe.
Abaixo algumas possibilidades:

a. Caderno ou agenda

Um caderno ou uma agenda de papel, ainda que pareçam ultrapassados, ainda são muito
úteis para quem não abre mão da escrita. Podem ser práticos, fáceis de usar, e sempre
estão acessíveis para que você visualize os trabalhos que tem a fazer, os compromissos,
os contatos, as senhas. Geralmente no caderno, não há uma organização mais detalhada,
serve para anotações gerais, quanto a agenda já possui um padrão com datas, meses,
espaço para anotação de dados pessoais.

b. Bullet Journal

O bullet journal também conhecido por Bujo é uma ferramenta que lembra um pouco
o caderno ou a agenda de papel, mas a diferença é bem significativa e está no fato de
que você pode personalizar aquilo que está escrevendo e organizando, conforme seus
interesses, suas ideias, sua rotina, tudo de uma forma flexível. É como um diário, mas

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com mais possibilidades e funções. O bullet permite a você usar e abusar da criatividade
e que pode ser bem interessante para organização da vida pessoal, principalmente.

c. Planner

O planner lembra um pouco o bullet e a agenda, mas se diferencia muito, afinal o planner
já vem personalizado para atender aos seus interesses, é funcional, não é um caderno cru
como o bullet e nem pronto como a agenda com seus calendários e dias da semana. Nele
é possível colocar seus objetivos e metas para que possa acompanhá-los melhor, lendo
de vez em quando para saber como está progredindo. No planner você também coloca
suas tarefas e compromissos sem que estes tenham uma data para acontecer, apenas
para sua visualização. Cada planner atende uma necessidade, pode ser ela pessoal ou
profissional.
A ideia de ter um planner lhe permite juntar diferentes informações e cuidar do controle
delas.

Referências:

ALLEN, David. Getting Things Done: A arte de fazer acontecer, uma fórmula antiestresse
para estabelecer prioridades e entregar soluções no prazo. Elsevier. PDF.

BARBOSA, Christian. A tríade do tempo: Um modelo comprovado para organizar sua vida
e aumentar sua produtividade e seu equilíbrio. São Paulo: Buzz Editora, 2018.
COVEY , Stephen. Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. Editora Best Seller.
Tradução Celso Nogueira, 1989.

DANNY, Penman; WILLAMS, Mark. Atenção plena mindfulness: Como encontrar a paz
em um mundo frenético ( inclui links para áudio e meditação). Recurso digital. Rio de
Janeiro: Sextante, 2015.

_____________. 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo. Rio de Janeiro: Sextante.
2013. PDF.

MAITLAND, Iain. Administre seu tempo. Tradução Maria Cristina Fioratti Florez e Giorgio
de Cappeli. São Paulo: Nobel, 2000.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 45


MORAES, Joel. Esteja, viva, permaneça 100% presente: O poder da disciplina, do foco e
dos minihábitos para conseguir realizar seu potencial máximo. São Paulo: editora Gente,
2019.
Sites pesquisados

ALBUQUERQUE, Letícia. Como usar o método Bullet Journal para estudar: Descubra o
que é a técnica de organização que te permite adaptar sua agenda de estudos. Publicado
em 24 de julho de 2020. Disponível em: < https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/
como-usar-bullet-journal-estudar/ > Acesso em: 13 de janeiro de 2022.

ESTRELLA, Sérgio. O que é e para que serve o Evernote: Conheça este poderoso aplicativo
de anotações. CANALTECH. Disponível em: <https://canaltech.com.br/software/o-que-e-
e-para-que-serve-o-evernote-conheca-este-poderoso-app-de-anotacoes/ > . Acesso em:
07 de janeiro de 2022.

FREITAS, Felipe. Como aproveitar ao máximo Google Keep e integrá-lo ao Chrome.


Disponível em: < https://canaltech.com.br/apps/google-keep-no-chrome-como-usar/ >
Acesso em: 13 de janeiro de 2022.

GOOGLE Keep como ter mais produtividade usando o app. TEC MUNDO. Disponível em:
< https://www.tecmundo.com.br/software/217415-google-keep-ter-produtividade-
usando-app.htm > Acesso em: 13 de janeiro de 2022.

6 FERRAMENTAS de produtividade que vão turbinar seu trabalho. AMBRA. EDUCATION.


Disponível em: < https://blog.ambra.education/ferramentas-de-produtividade > Acesso
em: 07 de janeiro de 2022

SILVA, Douglas da. Ferramentas de produtividade. Você está usando as 11 melhores?


ZENDESK. Publicado em 08 de abril de 2021. Disponível em: < https://www.zendesk.com.
br/blog/ferramentas-de-produtividade/> Acesso em: 07 de janeiro de 2022.

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GESTÃO DO TEMPO

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública


4
Módulo

47
Unidade

1 Definindo importante, urgente,


circunstancial

Objetivo de Aprendizagem:
Compreender as definições de tempo e a divisão de atividades em importante, urgente
e circunstancial.

DEFINIÇÃO DE TEMPO CRONOS E KAIRÓS


https://cdn.evg.gov.br/cursos/468_EVG/videos/modulo4_unidade1video01.
mp4

1.1 Definição de tempo: Cronos e Kairós


O tempo é um dos assuntos que mais interessa aos seres humanos, afinal ele dita nossos
percursos. Ainda que tenhamos planejamento, metas, sonhos, compromissos, se não
soubermos como administrar cada um deles para assim melhor aproveitar nosso tempo,
tudo poderá ser em vão. Falar de tempo e tempo de qualidade exige além de coerência,
uma percepção mais sensível. Afinal de qual tipo de tempo queremos falar? Chronos
(cronos) ou Kairós?
Com relação ao tempo medido pelo relógio, horas, minutos, dias, anos, vamos ter a
denominação de cronos. Ele é o tempo cronometrado, medido, nosso tempo de vida
e existência, por isso tem limite, é finito, efêmero. Temos uma expectativa de quanto
tempo ainda possuímos se nos basearmos pelas horas do relógio, o dia ou o calendário.
Entretanto, um dia esse tempo se extingue para nós, se esvai, passa e leva consigo nossas
forças, nossos sonhos, nossos entes. Tudo se vai com o tempo, até nós mesmos. Não
temos o controle sobre ele, não podemos mudá-lo ou alterá-lo.
A outra figura, Kairós referente a ideia de tempo oportuno ou também o tempo de Deus,
o tempo vivido, tempo das oportunidades. É aquele tempo que não está marcado na
agenda, mas é ele que marca nossa história, dá sentido à nossa jornada enquanto ela
não acaba. No tempo de Kairós a pergunta a ser feita é, como estamos aproveitando
essa passagem? Quais as oportunidades que estamos deixando passar? Como estamos
vivendo cada uma delas? No tempo de Kairós somos convidados a viver desligados da ideia
de cronômetro e de tudo que nos faz pensar na ideia de finitude. Nesse tempo, somos e
vivemos mais leves e felizes, não que seja um tempo ocioso ou apenas despreocupado,
mas sim um tempo que é de qualidade, que traz equilíbrio, que dá graça e sentido à vida
pelas experiências e emoções que nos proporciona.
Para entendermos de onde vem essa separação de tempo é preciso mergulhar na

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 48


mitologia grega e conhecer essas figuras que personificam a ideia. Assim, temos a figura
de Chronos que era visto como um Deus, senhor do tempo. Temia perder seu reinado por
conta de uma profecia que dizia que seria destronado por um de seus filhos, portanto
resolveu engolir um a um quando nasceram, mas teria sido enganado por sua esposa que
lhe deu um pedaço de pano no lugar da última criança. O filho que foi salvo pela mãe,
mais tarde tornou-se um poderoso Deus, conhecido pelo nome de Zeus, e foi justamente
Zeus que com a ajuda de uma porção mágica fez com que Cronos vomitasse os filhos
engolidos.
Já Kairós, surge depois como o filho de Zeus, ele era conhecido como um atleta que
apresentava um alto desempenho por sua agilidade, tal qualidade era potencializada
pelas asas presentes tanto no tornozelo quanto nos ombros. Seus cabelos eram apenas
na área da testa, assim temos a ideia que quando Kairós passa por nós, não temos como
segurá-lo pelos cabelos, aqui há a referência mais pura sobre o tempo de Kairós de quanto
ele é veloz e que devemos aproveitá-lo, vivê-lo porque uma vez que passa não é possível
voltar a tê-lo daquela forma.
Quando falamos do tempo e do gerenciamento de nossas ações dentro dele precisamos
ter bem em evidência essa ideia de Kairós, afinal quantas vezes não nos perdemos diante
de nossa falta de planejamento, não aproveitando grandes momentos de nossa vida?
Podemos aproveitar mais nosso tempo se passarmos a compreender melhor que cada
tarefa ou ação que temos podem ser divididas em três esferas: importância, urgência e
circunstância, a chamada tríade do tempo, esse método foi criado por Christiam Barbosa,
especialista em produtividade. Para ele não há como essas três esferas se misturarem.
Veja mais sobre cada uma.

Esfera da importância, urgência e circunstância


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a. Esfera da importância

Tudo seria bem mais simples em nossa vida se déssemos maior atenção a esfera da
importância. É nessa esfera que acontecem as nossas melhores experiências, sejam elas
pessoais ou profissionais. A esfera da importância está relativamente ligada aos nossos
valores, aquilo pelo qual vivemos e que dá sentido à nossa existência.
Na esfera da importância damos mais sentido a pequenas coisas como aquele momento
em família, a atenção a nossa saúde, ao nosso espírito, a nossa mente. Essas atividades,
muitas vezes negligenciadas por nós é que farão diferença no curto, médio e longo prazo.
Quando tomamos consciência da esfera da importância, somos surpreendidos pelos
acontecimentos e resultados que ela nos favorece. Você passa a viver seu propósito, sabe
o que quer e para onde quer ir.
Importante ressaltar que as tarefas importantes não necessariamente apresentam a
mesma importância e relevância para outros, por exemplo, você decidiu que vai começar
a praticar exercícios físicos, então se matricula na academia, cuidar da saúde, prevenir

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 49


problemas, é importante para o seu bem estar, mas para outros isso é vaidade, perda de
tempo, e falta de disposição. Todos os dias, você já tem essa tarefa agendada e o dia que
por algum motivo fora do seu planejamento, você não puder ir, a sensação que terá é de
perda e frustração, isso acontece porque algo que para você é muito importante, lhe traz
resultados, equilíbrio deixou de ser realizado.

b. Esfera da urgência

A esfera da urgência nos atrapalha bastante no dia a dia e ela é reflexo de uma falta
de planejamento, de metas, de objetivos bem organizados, bem como também, da
procrastinação e das dificuldades em dizer não. Essa esfera nos tira energia porque nos
impede de vermos e vivermos o verdadeiro sentido de nossa vida e aquilo que importa à
medida que precisamos abrir mão do importante para solucionar o que não pode esperar
o que surge como urgente.
Interessante destacar que na nossa sociedade a esfera da urgência aparece como algo
natural onde muitas pessoas acreditam que deveriam ser exemplo pelo fato de viverem
na correria, resolvendo problemas, urgências e sem tempo para mais nada.
Aqui no Brasil, também temos uma crença que muito contribui para a esfera da urgência
que é justamente: “o brasileiro deixa sempre tudo para cima da hora”. Fortalecidos por
essa crença vamos adiando tarefas porque acreditamos que ainda dará tempo ou que
algo sempre pode ficar para depois, e é assim que vamos vivendo, passando horas nas
filas para pagar contas ou realizar procedimentos na última hora pelo simples fato de não
termos feito antes, antecipado. Isso pode se adequar perfeitamente na lei de Parkinson
que diz que "O trabalho se expande de modo a preencher o tempo disponível para a sua
realização", isto é, se você não sabe priorizar suas tarefas e toma consciência das coisas
importantes, acabará por preencher seu tempo com as urgências, como uma forma de
fuga daquilo que realmente precisa ser feito, assim quando se der conta já estará com o
tempo curto para realizá-lo.

• Esfera das circunstâncias

Nessa esfera acontece tudo aquilo que não soma que não traz nenhum resultado para
sua vida, mas que o prejudica, desestabiliza, o faz sair de um caminho já traçado e se
perder em curvas perigosas, que vão ao final lhe fazer perguntar: O que eu fiz de minha
vida?
A esfera das circunstâncias, pode ser exemplificada, por horas desperdiçadas “pulando”
pelas redes sociais, programas de televisão, dias sem produzir nada, sem ter propósito,
vivendo um dia de cada vez sem realmente viver. Sem dá sentido à sua existência, adiando
momentos que poderiam ser necessários para construir uma história que realmente vale
ser contada, deixando sua marca no mundo.
A esfera das circunstâncias é bem diferente da esfera da urgência, enquanto essa se refere
a algo que precisa ser feito, e ser feito agora, aquela tem a ver com o que não precisa ser

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realizado, mas você realiza como que para atender o pedido de alguém ou apenas por
procrastinação.
Vale ressaltar que a esfera da circunstância depende muito de sua percepção em saber
defini-la. Veja bem, passar um dia todo dormindo pode ser algo desnecessário e nada
produtivo, mas pode ser algo muito importante e necessário para outro sujeito que
necessita desse tempo para “recarregar as baterias”.
A esfera da circunstancia é bastante perigosa, uma vez que ela ocorre naturalmente e
às vezes nem percebemos que estamos vivendo nela, uma simples checada no celular
e você tem sua atenção sequestrada por minutos preciosos. Infelizmente não podemos
eliminá-la, mas podemos reduzi-la bastante.

O especialista em produtividade, Cristian Barbosa, disponibiliza na internet


vários testes que nos ajudam a traçar um perfil sobre a forma como estamos
dividindo nosso tempo. Caso deseje realizar o teste que identifica qual esfera
você mais utiliza, disponibilizamos abaixo o link para acesso.
https://teste.triadps.com/

Referências:

BARBOSA, Cristian. A tríade do tempo: Um modelo comprovado para organizar sua vida e
aumentar sua produtividade e seu equilíbrio. São Paulo: Buzz Editora, 2018.

_____________. 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo. Rio de Janeiro: Sextante.
2013. PDF.

TELM, Gerônimo. Produtividade para quem quer ter tempo: Aprenda a produzir mais
sem ter que trabalhar mais. São Paulo: Editora Gente, 2016.

Sites pesquisados

GOLDINHO, Thaís. Gestão do tempo. Publicado em 10 de dezembro de 2015. Disponível


em: < https://www.youtube.com/watch?v=jvN4j7TVaEw > Acesso em: 10 de janeiro de
2022.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 51


MARQUES, José Roberto. Entenda o tempo Chronos e Kairós. Disponível em: < https://
www.ibccoaching.com.br/portal/entenda-o-tempo-de-chronos-e-kairos/> Acesso em:
07 de janeiro de 2022.

PETENATE, Marcelo. O que é a lei de Parkinson e como aplicá-la para gerir melhor seus
projetos. ESCOLA EDTI. Publicado em 16 de marco de 2020. Disponível em: < https://
www.escolaedti.com.br/a-lei-de-parkinson-gestao-tempo-desperdicios >. Acesso em: 07
de janeiro de 2022.

WEN, Tiffanie A lei que explica por que desperdiçamos tempo. 20/09/2020. Disponível
em: < https://www.bbc.com/portuguese/geral-52927553 > Acesso em: 07 de janeiro de
2022.

GALAHAD, L. C. Cronos e Kairós, as personificações do tempo. Disponível em: < https://


mitologiagrega.net.br/cronos-e-kairos-personificacoes-do-tempo/ > Acesso em: 07 de
janeiro de 2022.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 52


Unidade

2 Métodos para a gestão do


tempo: GTD e tríade do tempo

Objetivo de Aprendizagem:
Conhecer os métodos de gestão do tempo.

Gerenciar nossas ações em relação ao tempo para que assim possamos conseguir
melhores resultados é um desafio enorme, principalmente quando não seguimos alguns
caminhos. Num primeiro momento, esses caminhos podem parecer não nos levar a lugar
algum, justamente porque temos um modelo de mundo diferente, modelo este formado
por nossas crenças (aquilo que acreditamos) e nossos valores (aquilo que valorizamos).
Quando “viramos a chave” e nos dispomos a aprender algo novo, seguindo cada parte do
percurso, e lá na frente, “colheremos os frutos”. Um aprendizado se torna efetivo quando
o praticamos, e a prática, é um hábito diário.
Por isso, trouxemos dois métodos que podem ser seguidos por você para conseguir uma
melhor organização e maior produtividade. Os métodos encontram-se descritos de uma
forma sintetizada, você pode ampliar o conhecimento sobre eles e assim seguir para o
uso de uma ferramenta onde o método é utilizado.

2.1 Método GTD


Método GTD
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O método GTD foi amplamente divulgado pelo seu criador o autor do Livro A arte de fazer
acontecer, David Allen e ganhou muitos adeptos. Para esse método, nossa mente deve
estar “clara como a água”, pois assim somos capazes de produzir mais ainda. O método
se divide em 05 passos e foi criado a partir das experiências vividas pelo próprio autor em
atendimentos aos seus clientes. Veja a divisão do método.

1º passo: coletar. Nossa cabeça tem uma série de informações armazenadas e isso a
sobrecarrega e faz com que em muitos momentos, nós acabemos por priorizar aquilo
que não tem importância e esqueçamos o que precisamos realmente fazer. Portanto é
importante resgatar, capturar, registrar o que é necessário, importante, e que precisa

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ser armazenado num local onde possa ser acessado com facilidade e segurança, aqui
denominadas de “caixas de entrada”
Lembre-se, essa seleção é sobre aquilo que precisa fazer, se você captura algo que não é
para ser feito, você corre o risco de ficar ligado a ele e se perder do seu objetivo inicial.
Além disso, o número de caixas de entrada deve ser um número com o qual você consiga
lidar e devem ser esvaziadas constantemente.

2º passo: processar. Nessa etapa, acontece a análise das informações capturadas, o que
iremos fazer com elas, quais devem ser priorizadas, tarefas que precisam de mais ações
para ser feitas, as que devem ser deixadas de lado para que se possa executar em outro
momento, tarefas que devem aguardar (caso elas dependam de outras que estejam
sendo executadas por outros colaboradores), tarefas que levem menos de dois minutos,
tarefas que devam ser eliminadas. Esse esclarecimento é possível porque após a captura
você terá uma visão geral do tanto de atividades que possui. Ao processar você terá uma
noção do tempo necessário para cada tarefa e se é possível delegá-la ou adiá-la.

3º passo: organizar. Após o processamento você vai fazer a organização das suas listas.
Nessa organização pode acontecer de você perceber que possui muitas atividades
importantes e precisa organizá-las para que elas aconteçam.

4º passo: refletir. É referente a revisão para que nada fique de fora. Pode ser que no
processo de captura algo tenha sido esquecido e você tem a chance de registrar nessa
fase.

5º passo: engajar. Nessa fase, vamos executar, mas aqui a atenção se volta para aquela
tarefa que foi escolhida e que se torna ao final a que realmente precisa ser feita.

Há disponíveis no mercado digital muitas ferramentas baseadas no GTD. Elas permitem


que muitas atividades sejam automatizadas e uma conexão entre o seu trabalho e o de
seus colegas, uma vez que é possível o compartilhamento de informações no meio digital.
Trouxemos aqui algumas:

a. Notas do keep

Essa é uma ferramenta simples e de fácil manuseio. Disponível tanto como aplicativo
quanto como na versão web. As notas do keep é basicamente uma ferramenta de notas,
sejam estas no formato de texto ou de áudio. É possível criar lembretes, listas de tarefas
para executar.
O google keep também permite que você crie os marcadores, onde você vai acrescentar
sua lista de tarefas a executar. Cada marcador pode ser personalizado com cores da sua
escolha que podem ter um significado de importância conforme a cor escolhida. Nele
ainda é possível acrescentar imagens.

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Os áudios gravados dentro do aplicativo são transformados em texto escrito que pode
ser editado. Isso facilita, para um momento em que você não digitar algo importante. A
produção do texto não exclui o áudio.
Os lembretes do google keep ficam aparecendo na barra de tarefas do celular para que
você não esqueça das tarefas que precisa começar ou terminar. Também é possível
arquivar as notas para consultas posteriores.

b. Evernote

O Evernote é outra ferramenta que ajuda na produtividade pessoal. Ela lhe permite fazer
inúmeras anotações necessárias e depois executá-las, consultá-las, acompanhá-las. É
possível organizar as notas criadas por nível de semelhança entre elas, assim quando
você precisar é mais fácil encontrar e utilizar.
O uso dessa ferramenta permite a digitalização de documentos para anexá-los junto as
notas e organizá-los, além também, da captura de páginas da internet que você deseja
ter para trabalhos ou leituras posteriores.
O Evernote permite, por meio do calendário, que você seja lembrado de algum
compromisso ou tarefa agendados.

c. Trello

Um aplicativo que lhe permite fazer o gerenciamento de projetos, o acompanhamento


de tarefas, muito oportuno para o trabalho pessoal ou de equipes, sendo que para esse
último, há a possibilidade de compartilhamento de dados entre todos. Dessa forma,
todos tem acesso ao que precisa ser feito, o que está sendo feito, os prazos, as tarefas do
dia, da semana, o que já foi concluído entre outras possibilidades, o que facilita na gestão
do tempo e na produtividade.

2.2 Método tríade do tempo


Método tríade do tempo
https://cdn.evg.gov.br/cursos/468_EVG/videos/modulo4_unidade2video02.
mp4

O método tríade do tempo foi criado pelo especialista em produtividade e gestão do


tempo Christian Barbosa, segundo ele, tal ferramenta é fruto de muita pesquisa onde
constatou-se a efetividade do método. O uso da tríade do tempo conta com vários
processos que podem ser acessados a partir da aquisição da ferramenta Neotriad. À
medida que você a utiliza, há uma série de medições feitas pela inteligência artificial que
monitora seu desempenho, bem como, o orientam e organizam melhor, suas atividades.
A tríade defende que devemos dividir o tempo entre importante, urgente e circunstancial.

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A ideia aqui enfatizada é que essas três esferas não podem se misturar jamais. A
metodologia da tríade se concentra em trazer resultados com equilíbrio, portanto se
divide em 5 momentos ou fases que segundo o seu criador, devem obedecer a sequência
em que são dispostas, além disso, são fases que se renovam por serem cíclicas.

Vejamos cada uma das fases:

1. Identidade

Nessa primeira fase, o indivíduo deve saber quem é e o que quer para sua vida. Aqui ele
passa pelo processo de autoconhecimento refletindo sobre si e buscando respostas sobre
tudo aquilo que afeta sua vida como sonhos, propósitos, papéis, entre outros.
Na fase da identidade entendemos que o processo de mudança para atingir resultados
começa de dentro para fora. Seu modelo mental muda quando você toma consciência
de qual lugar quer ter e como você desenha a você mesmo, como se ver no agora e
como quer se ver no futuro. Somente quando identificamos aquilo que queremos é que
podemos seguir para outros caminhos.

2. Metas

Nessa fase, o indivíduo cria suas metas para que assim possa ter com o que ocupar seu
tempo. Essas metas contemplam aquilo que é importante para ele e o permitem viver
com esse propósito, eliminando assim o que é circunstancial e que não favorece seu
crescimento

3. Planejamento

Na fase do planejamento você organiza como vai realizar e quais atividades vai realizar
para alcançar as metas já escritas. Nesse planejamento, você consegue dizer o que quer,
o que precisa, os recursos que possui, os problemas que podem surgir, os sujeitos e os
recursos que serão necessários. Com um bom planejamento, você será capaz de conseguir
ganhar tempo nas suas atividades.

4. Organização

Nessa fase do método Tríade, é enfatizado a importância da organização, desde atividades


mais simples, até a mais complexas, como uma forma, também, de ganhar tempo.
Segundo o autor, dados de diversas pesquisas apontam que o número de informações
que recebemos é muito grande e não aprendemos muita coisa para organizá-las, dessa
forma, o nosso tempo é consumido com ações que podem ser eliminadas se soubermos
organizar em: utilidade, necessidade da informação e a de como utilizá-las futuramente.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 56


Durante a organização você deve fazer o que Christian chama de dieta de informação.
A tríade divide a organização em três níveis: o físico (tudo o que está no seu campo de
visão), o digital (uso eficaz da computação, da tecnologia), e o conhecimento (ligado ao
gerenciamento eficaz das informações a que estamos submetidos).

5. Execução

Para essa fase da metodologia reúne-se todas as anteriores. É aqui que iremos visualizar
o quão fundamental é o encadeamento de ações, ou seja, nada acontece por si só, é
necessário um envolvimento, um impulso para realizar tudo o que já foi pensado e traçado
até aqui. A execução é o primeiro passo para as suas conquistas, é a fase da ação prática.
É durante a execução que sabemos o que precisamos priorizar dentro do nosso
planejamento.

Referências:

ALLEN, David. Getting Things Done: A arte de fazer acontecer, uma fórmula antiestresse
para estabelecer prioridades e entregar soluções no prazo. Elsevier. PDF.

BARBOSA, Christian. A tríade do tempo: Um modelo comprovado para organizar sua vida
e aumentar sua produtividade e seu equilíbrio. São Paulo: Buzz Editora, 2018.
_____________. 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo. Rio de Janeiro: Sextante.
2013
TELM, Gerônimo. Produtividade para quem quer ter tempo: Aprenda a produzir mais
sem ter que trabalhar mais. São Paulo: Editora Gente, 2016.

SITES CONSULTADOS

ADMINISTRAÇÃO do tempo: Método Tríade do tempo aproveite melhor seu dia. AMBRA
EDUCATION. Publicado em 03/11/2016. Disponível em: < https://blog.ambra.education/
administracao-do-tempo-metodo-triade-do-tempo-aproveite-melhor-seu-dia > Acesso
em: 10 de janeiro de 2022.

ANDRADE, Gustavo. Método Getting Things Done. Publicado em 22 de junho de 2020.


DIGIL NDIA. Disponível em: < https://digilandia.io/gestao-e-lideranca/metodo> . Acesso
em: 13 de janeiro de 2022.

BARBOSA, Christian. Comparando método tríade e o GTD de David Allen. Disponível em:
< https://christianbarbosa.wordpress.com/tag/metodo/ > Acesso em: 20 de janeiro de
2022.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 57


COM o Remember The Milk: Organize e gerencie suas tarefas online. TECHTUDO,
Publicado em 26/06.2013. Disponível em: < https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/
remember-the-milk.html >. Acesso em: 20 de janeiro de 2022.

CONRAD, Andrew; ROSSI, Lucca. 5 aplicativos de lista de tarefas para ser mais produtivo.
Disponível em: < https://www.capterra.com.br/blog/759/aplicativos-lista-de-tarefas >.
Acesso em: 20 de janeiro de 2022.

TRELLO: saiba como usar e aumente sua produtividade. B2B Stack. Disponível em <
https://blog.b2bstack.com.br/trello-como-usar/> Acesso em 12 de janeiro de 2022.

TRELLO e GTD: Unindo a ferramenta certa com a metodologia ideal. PLUGA. Publicado
em 20/06/2018. Disponível em: < https://pluga.co/blog/trello-gtd/ >. Acesso em: 20 de
janeiro de 2022.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 58


ATITUDES DE PESSOAS
PRODUTIVAS

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública


5
Módulo

59
Unidade

1 Priorizar, dizer não e delegar


tarefas

Objetivo de Aprendizagem:
Refletir como ter melhor desempenho diante de um desafio, sabendo o momento de
priorizar, dizer não e delegar..

1.1 Prioridade de tarefas


Priorização de tarefas
https://cdn.evg.gov.br/cursos/468_EVG/videos/modulo5_unidade1video01.
mp4

Como podemos priorizar as tarefas? Bom, todos os dias somos colocados diante de
inúmeras situações que precisamos dá soluções desde o momento em que acordamos.
É claro que muitas dessas situações precisam ser resolvidas, mas você já se perguntou se
tudo que vem até você é importante e lhe trará resultados?
Cada trabalho, cada tarefa, desafio, e até mesmo as pessoas e os relacionamentos que
surgem na nossa vida, só têm razão para existirem pelo tipo de resultado que nos trazem.
Caso contrário, por que mantermos ou aceitarmos?
Se algo sem importância surge em nosso caminho e nós damos a ele uma atenção
maior que a devida, estamos contribuindo para o desperdício de energia e deixando de
alimentar o que realmente vale a pena, ao final o que nos restará é um esgotamento
físico e também, mental.
Para ajudá-lo com essa priorização, os métodos de produtividade podem ser fundamentais
e você terá menos dificuldades. Para o método Tríade do tempo, a priorização de tarefas
segue três passos.

1. Revisar pendências

Que é uma análise daquilo que precisa ser resolvido e nesse caso inclui-se as demandas
não resolvidas no dia anterior, o que foi delegado, os e-mails, algo que ainda está na sua

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 60


cabeça e que você possa ter esquecido de registrar.

2. Calcular a duração

Agora, além das atividades do dia que já haviam sido planejadas, você também tem as
pendências e é preciso calcular o tempo que dispensará a cada uma delas para que você
possa executá-las.

3. Priorizar

Nesse terceiro e último passo, você irá priorizar as prioridades, quando você organiza
dessa forma, a execução deve ser feita uma de cada vez em ordem numérica, ou seja, da
maior prioridade para a menor prioridade.

Você pode também priorizar tarefas fazendo as seguintes análises:

• Algumas tarefas importantes que não sejam agradáveis, devem ser realizadas no
momento em que somos mais produtivos. Assim, iremos dispensar menos energia
na execução.
• Verifique se o ambiente em que você se encontra está adequado para a realização
daquela tarefa importante. Caso contrário, escolha outra que possa ser executada
no ambiente.
• A tarefa que é importante depende apenas de você para ser realizada, ou seja, você
possui autonomia, recursos, suportes para realizá-la logo? Se a resposta for negativa,
então priorize o que está mais acessível.

A priorização de tarefas também perpassa por uma questão de objetivos a se atingir,


caso eles não estejam definidos, escolher tarefas de forma aleatória serão uma prática
constante e prejudicial. Atente para aquilo que você está buscando e assim priorize as
tarefas e tenhas as ações adequadas para cada execução.

1.2 Tarefas delegáveis e indelegáveis


Tarefas delegáveis e indelegáveis
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Quando iniciamos a execução de nossas tarefas dependendo do nível de complexidade


delas e mesmo com planejamento podemos demorar um pouco mais para realizar o que
já está previamente definido. Assim, muitas outras atividades podem acabar por ficar
com o tempo “apertado” e consequentemente correm até o risco de não ser realizadas.
Como resolver isso?

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 61


Bom, primeiro você deve avaliar ou ter clareza de quais são essas tarefas? Portanto, é
interessante anotá-las ou visualizá-las dentro de seu planejamento. Após essa clareza,
avalie o nível de complexidade que elas possuem:

• São tarefas simples ou complexas?


• São sigilosas? Podem ser delegadas?
• São tarefas chatas?
• Quem poderá realizá-las por você?
• O tempo para executá-las é bem maior que o esperado?

Quando uma tarefa é simples fica melhor de delegá-la, afinal não exige envolver grandes
recursos. Veja exemplos de tarefas simples: uma ligação, um e-mail informando uma
reunião ou o seu cancelamento, um aviso ao grupo sobre algum assunto de pouca
relevância, lavar o carro, buscar o filho na escola, entre outras.
Já para tarefas complexas, sua avaliação sobre delegar precisa ser mais minuciosa, veja
bem, se uma tarefa exige a utilização de muitos recursos e conhecimentos específicos,
delegá-la também tem suas exigências e uma delas é se a pessoa que irá recebê-la é
realmente capaz de executá-la. Exemplo: montar uma planilha no excel sobre o caixa
da empresa nos últimos dois meses. A pessoa que recebeu a tarefa até consegue
montar uma planilha, é bastante proativa, mas desconhece alguns elementos que serão
necessários para montar a planilha, dados que se não forem colocados adequadamente
tendem causar enormes prejuízos a você e ao trabalho como um todo.
Importante também saber se o tipo de tarefa que você pretende delegar é sigilosa. A
tarefa pode até ser simples, como por exemplo, digitar uma lista com nomes de alguns
funcionários, acontece que essa lista inclui os nomes dos funcionários que serão demitidos
ou que sofrerão alguma penalidade, portanto uma informação até então sigilosa. Em
uma situação como essa, não será qualquer pessoa a quem você confiará a tarefa, por
isso você deve escolher alguém de sua inteira confiança e dessa forma manter o sigilo da
informação.
Se você tem determinada tarefa para desenvolver, mas acha que ela é muito chata, lhe
tomará muito tempo e acredita que é melhor delegar a alguém. Considere que se é chata
para você realizar, então também quem a receber pode ter a mesma avaliação sua. Mais
uma vez é importante conhecer bem quem irá receber a tarefa, se a pessoa terá uma boa
recepção, se tem competências e disposição para realizar a tarefa.
A tarefa que você pretende delegar dá autonomia a quem vai executá-la? Veja bem, não
adianta você delegar a tarefa a alguém que não tem como realizá-la porque necessita o
tempo todo solicitar apoio a você.
Outra questão é o acompanhamento da tarefa delegada, Christian Barbosa (2018), diz
que “delegar significa transferir a execução da tarefa para outra pessoa”, mas enfatiza
que “a responsabilidade final [...] nunca pode ser transferida.”. Se você não fizer o
acompanhamento da tarefa e nesse caso estou falando de um acompanhamento para
tarefas complexas, as quais você sabe onde a responsabilidade para sua execução é
maior, você poderá ser prejudicado juntamente com o seu trabalho.

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1.3 Saiba como dizer não
Saiba como dizer não
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Toda vez que nos relacionamos com pessoas, acabamos criando vínculos que favorecem
uma abertura para que certas atitudes sejam tomadas por elas em relação a nós, e uma
dessas atitudes, são pedidos feitos, trabalhos ou tarefas que pertencem a outros, mas
que chegam até nós de maneira as vezes despretensiosa, outras, impositiva, ambas
favorecidas pelo nível de afinidade ou proximidade existentes, entre você e o outro.
Quando esse tipo de situação acontece, precisamos saber nos desvencilhar para que assim
possamos delimitar nosso espaço, criar autoridade, autonomia em relação as decisões que
tomamos, sem aquele medo de errar. Saber dizer “não”, está ligado a priorização daquilo
que é importante para você. Se você é alguém que aceita a tudo o que lhe oferecem ou
apenas se dispõe a fazer pelo outro, ajudar, mesmo sabendo que tem inúmeras tarefas
para executar e que tal atitude só irá deixá-lo mais atarefado ainda, saiba que você está
contribuindo não apenas para deixar seu trabalho mal feito, mas também para diminuir
sua produtividade e rendimento, além de correr o risco de ser taxado de desorganizado,
de alguém que não sabe lidar com processos.
De onde vem essa dificuldade em dizer não?
Geralmente quando alguém lhe faz um pedido ou lhe dá uma ordem para executar uma
tarefa que está fora do seu planejamento e até mesmo das suas competências para executá-
las, surge a dúvida em aceitar, mas quase ou sempre a recusa não vem, principalmente se
tal ordem ou pedido vierem de uma instância superior. Isso geralmente acontece porque
o medo de dizer não impera, seja porque isso pode significar desobediência, ou seja, pelo
fato de você não querer magoar as pessoas, e outra questão também tem a ver também
caso você seja aquela pessoa “boazinha” e prestativa. Tudo isso influencia na sua decisão.
A psicóloga Marisa Alves em artigo publicado na internet, reforça a ideia anterior falando
que a dificuldade em dizer não, pode também, está relacionada a assumir o que se
pensa. Sendo assim, o que surge é um medo de recusar, de se defender, de ser rejeitado,
criticado, ficar só. Nesse sentido, ela enfatiza que auto estima do indivíduo é prejudicada,
porque ele deixa de fazer muitas vezes algo para si, para satisfazer as vontades alheias.
Para Marisa, dizer NÃO ajuda na sua saúde mental e emocional, você irá colocar suas
prioridades em primeiro lugar. Por isso, é tão importante sabermos quem somos,
nossas metas, objetivos a serem atingidos, nossos papéis e onde queremos chegar. Esse
conhecimento nos ajuda a dizer o não com mais facilidade.
Dizer não também fica mais fácil quando não estamos frente a frente com a pessoa que nos
faz o pedido, quando isso acontece a recusa se torna menos preocupante, principalmente
quando o pedido vem por meio de um telefonema ou uma mensagem escrita.

Algumas sugestões podem ser dadas para que você saiba o momento de dizer não. Veja

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abaixo algumas delas e busque coloca-las em prática.

• Avalie o tipo de tarefa que está recebendo, é uma tarefa simples ou complexa?
Você consegue realizá-la em quanto tempo?
• O pedido feito, vai atrapalhar suas atividades?
• Quem está pedindo essa tarefa? Qual a importância dessa pessoa na sua vida?
• Realizar essa tarefa vai lhe trazer algum resultado no curto, médio e longo prazo?
• Verifique se dizer “não”, será saudável para o sistema como um todo, se isso não irá
prejudicar alguém, caso sim, reavalie.

Como dizer não:

• Primeiro ponto é uma sugestão dada por Christian Barbosa, e tem a ver com a
clareza que você deve ter sobre as coisas que quer fazer e aquelas que não quer. O
autor sugere que para isso é importante utilizar uma ferramenta simples. Você vai
pegar uma folha de papel e dividi-la em duas colunas, onde de um lado você deverá
escrever aquilo que quer e, do outro, coisas que não admite fazer. Assim, ao olhar
para lista você terá uma visão mais privilegiada e toda vez que algo fugir ao que lá
está escrito, saiba o que escolher.
• Seja cordial e educado, explique bem o motivo real pelo qual você está se recusando
a fazer o trabalho.
• Caso a pessoa que recebeu o não, insistir muito, seja assertivo e categórico na sua
resposta. É possível que você magoe, mas saiba que para a pessoa também será um
aprendizado, uma vez que ela pode se esforçar para aprender e crescer.
• Caso a tarefa seja muito complicada e vier de um superior, saiba negociar, peça
autorização para abrir mão de outros trabalhos, mostrando quais tarefas você ainda
precisa executar, que assim poder se dedicar que está sendo solicitada. Assim você
não estará se prejudicando e nem prejudicando seu trabalho, pode ser que ao fazer
isso, seu superior desista do que lhe pediu.
• Sinalize a todos que está desempenhando atividades importantes e que não está
disponível no momento para atender a outras necessidades.

Referências:

BARBOSA, Christian. A tríade do tempo: Um modelo comprovado para organizar sua vida
e aumentar sua produtividade e seu equilíbrio. São Paulo: Buzz Editora, 2018.

_____________. 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo. Rio de Janeiro: Sextante.
2013

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MORAES, Joel. Esteja, viva, permaneça 100% presente: O poder da disciplina, do foco e
dos minihábitos para conseguir realizar seu potencial máximo. São Paulo: editora Gente,
2019.

TELM, Gerônimo. Produtividade para quem quer ter tempo: Aprenda a produzir mais
sem ter que trabalhar mais. São Paulo: Editora Gente, 2016.

Sites consultados

ALVES, Maria Abreu. Dizer não. Disponível em: < https://www.marisapsicologa.com.br/


dizer-qnaoq.html > Acesso em: 12 de janeiro de 2022.

GOLDINHO, Thais. Como definir prioridades e executar tarefas – VIDA ORGANIZADA.


Disponível em: < https://vidaorganizada.com/2011/05/30 > Acesso em: 11 de janeiro de
2022.

ROBSON, David. Ciência explica por que é tão difícil dizer não. 30 de setembro de 2021.
Disponível em: < https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/ciencia-explica-por-que-e-
tao-dificil-dizer-nao,c6355db9c26e16f2c5ea026a0cadb1c0myujf156.html > Acesso em:
12 de janeiro de 2022.

BARBOSA, CHRISTIAN. A Lista da Clareza - Estratégia para aprender a dizer não - YOUTUBE.
Publicado em 04 de novembro de 2015. Acesso em: 11 de janeiro de 2022.

_____________ Como dizer NÃO educadamente - YOUTUBE. Publicado em 07 de junho


de 2017. Acesso em: 11 de janeiro de 2022.

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