Residencia Médica - UERJ - 2016

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9/9/2020 MedQ

UERJ - 2016
1) Durante uma consulta de rotina, um paciente nefropata recebeu a recomendação de que fosse
investigada a possibilidade de ter aneurisma intracraniano, devido ao relato de falecimento por
hemorragia subaracnóidea de dois familiares de primeiro grau, também nefropatas. A provável doença
renal desse paciente é:

A. Doença de Alport.
B. Doença de Berger.
C. Doença renal policística.
D. Síndrome de Goodpasture.

2) Um paciente de 24 anos refere lombalgia com padrão inflamatório há um ano. O exame físico
revelou a presença de entesites. Os exames radiológicos mostraram sacroileíte bilateral. Há dois
meses, procurou um oftalmologista devido a desconforto e hiperemia ocular direita, sendo
diagnosticada uveíte anterior. Tendo em vista o diagnóstico mais provável para o caso, entre os
exames laboratoriais que podem corroborá-lo, encontra-se a dosagem sérica normal de:

A. IgA.
B. Anti-CCP.
C. Fosfatase alcalina.
D. Proteína C-reativa.

3) Uma paciente de 48 anos com obesidade grau II procurou atendimento médico relatando ter
verificado glicemia capilar acima do valor da normalidade. Negou perda ponderal, polifagia, polidipsia e
poliúria. A avaliação clínica não evidenciou lesões atribuíveis à alteração glicêmica. Contudo, o
diagnóstico de diabetes mellitus poderá ser firmado se houver:

A. Glicemia pós-prandial de duas horas de 160 mg/dl.


B. Glicemia de jejum repetida de 120 mg/dl.
C. Glicemia randômica de 180 mg/dl.
D. Hemoglobina glicada de 7%.

4) Uma paciente de 63 anos foi atendida com aumento da região cervical anterior, cansaço, sono
excessivo, intolerância ao frio, constipação, alopecia e síndrome do túnel do carpo bilateral. O exame
da pele poderá revelar os seguintes achados, EXCETO:

A. Aumento da umidade.
B. Coloração amarelada.
C. Hiperceratose.
D. Palidez.

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5) Paciente de 52 anos, hipertenso e tabagista de longa data, se encontra internado em unidade


coronariana em reabilitação no terceiro dia após um infarto agudo do miocárdio de parede inferior. O
paciente se queixa de mal-estar e tonteiras. Ao exame físico, além da presença de uma quarta bulha e
de hipotensão arterial, é observada uma irregularidade do ritmo cardíaco, caracterizada por pausas
ventriculares precedidas ritmicamente por uma redução progressiva da intensidade da primeira bulha.
No eletrocardiograma, é observada a presença de onda Q e inversão de onda T nas derivações D2, D3
e aVF, além de eventuais ondas P não seguidas por complexos QRS. O diagnóstico apropriado para o
caso é:

A. Pausas sinusais.
B. Bloqueio atrioventricular de 2º grau Mobitz I.
C. Bloqueio atrioventricular de 2º grau Mobitz II.
D. Taquicardia paroxística supraventricular com bloqueio 2:1.

6) Uma paciente de 78 anos, em acompanhamento por hipertensão arterial e doença articular


degenerativa, é admitida no hospital em função do desenvolvimento espontâneo de extenso hematoma
na região da coxa esquerda. Ela nega diátese hemorrágica prévia, tanto ao nível pessoal como familiar,
tendo realizado no passado três cirurgias que transcorreram sem maiores intercorrências. A
investigação laboratorial revela apenas a presença de prolongamento no PTT (tempo de
tromboplastina parcial ativada). A dosagem do fator VIII, o tempo de sangramento e a agregação
plaquetária em resposta à ristocetina são normais. Um exame da mistura do PTT revelou a não
correção com a adição de plasma de doador normal. A hipótese diagnóstica mais provável é:

A. Hemofilia A adquirida.
B. Doença de Von Willebrand adquirida.
C. Púrpura trombótico-trombocitopênica.
D. Síndrome do anticorpo antifosfolipídio.

7) Uma paciente de 42 anos é admitida no ambiente hospitalar em função de quadro de dor torácica de
forte intensidade, ventilatório-dependente, com cerca de quatro horas de evolução. O
eletrocardiograma revela a presença de um supradesnivelamento difuso do segmento ST (exceto em
aVR e V1), com concavidade superior, além de infra de PR em diversas derivações; não há ondas T
negativas, exceto em aVR. O tratamento correto dessa paciente mais provavelmente incluirá:

A. Corticoide intravenoso e hemodiálise.


B. Anti-inflamatório não esteroide e colchicina.
C. Terapia trombolítica ou angioplastia primária.
D. Anticoagulação plena, nitrato intravenoso, AAS e betabloqueador.

8) Uma paciente de 72 anos é trazido à consulta neurológica em função de quadro demencial a


esclarecer. Ao exame físico, são observados baixo desempenho no exame mini mental status
examination e presença de ataxia de marcha. Seus familiares relatam ainda histórico de incontinência
urinária. Acerca do diagnóstico pertinente para o caso, é esperado que:

A. A condição tenha se instalado de forma progressiva ao longo de dez anos.


B. Haja dilatação dos ventrículos cerebrais na tomografia de crânio.
C. Haja redução dos níveis séricos de vitamina B12.
D. A pressão liquórica seja aumentada.

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9) Paciente do sexo masculino, 28 anos, procura assistência médica ambulatorial em função de "olho
vermelho". Ao exame ocular, apresenta hiperemia conjuntival bilateral associada à presença de
copiosa quantidade de secreção ocular purulenta, que se mantém constante e na mesma intensidade
ao longo de todo o período do dia. Há suspeita de existirem microperfurações na córnea. A dor ocular é
minima e o paciente relata ocasional turvação visual. A hipótese diagnóstica mais provável é:

A. Uveíte anterior aguda autoimune.


B. Conjuntivite aguda estafilocócica.
C. Conjuntivite gonocócica.
D. Ceratite dendrítica.

10) Uma paciente de 48 anos, praticante de jiu-jitsu, comparece à consulta em caráter de emergência,
queixando-se de quadro de vertigem. Segundo informa, suas crises têm ocorrido de forma intermitente
nos últimos meses, sempre associadas a movimentos bruscos enquanto ela se encontra deitada na
cama. A realização da manobra de Dix-Hallpike evoca a instalação de nistagmo horizontal com
componente rápido para a direita, além de náuseas. A paciente não apresenta qualquer
comprometimento auditivo. A melhor conduta para a paciente é:

A. Solicitação de angiorressonância de encéfalo.


B. Avaliação através de eletronistagmografia.
C. Realização da manobra de Epley.
D. Prescrição de anti-histamínico.

11) Uma jovem de 22 anos teve o diagnóstico de enxaqueca clássica definida por um especialista em
cefaleias primárias. Um dos critérios diagnósticos que poderia estar presente na paciente seria:

A. Crises álgicas com duração de duas a três horas, caso não esteja em tratamento.
B. Início da cefaleia cerca de quatro horas após o aparecimento de escotomas.
C. Presença de manisfestações disautonômicas, como lacrimejamento.
D. Agravamento do quadro álgico ao subir escadas.

12) Um paciente de 33 anos comparece para atendimento de emergência em função de febre alta,
tosse produtiva (escarro amarelado) e dor torácica. Há histórico de tabagismo, mas o restante da
anamnese não é significativo. Ao exame físico, é detectada síndrome de condensação lobar na metade
inferior do pulmão direito, sendo a imagem radiográfica compatível com a clínica. O paciente se
encontra levemente taquipneico (25 irpm), febril (38,6ºC), taquicárdico (121 bpm) e normotenso (130 x
80 mmHg); com exceção dos dados assinalados e da presença de herpes labial, o restante do exame
físico é normal. A escolha da antibioticoterapia pode recair sobre alguns fármacos, NÃO sendo, porém,
recomendado o uso isolado de:

A. Amoxicilina-clavulanato.
B. Ciprofloxacino.
C. Claritromicina.
D. Doxiciclina.

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13) Uma paciente de 64 anos, portadora de cirrose hepática alcoólica e encefalopatia hepática crônica
em uso de espironolactona e lactulona, inicia quadro de ascite, oligúria e elevação de ureia e
creatinina, além de sódio urinário de 8 mEq/L, sem proteinúria. De acordo com a principal hipótese
diagnóstica, podem ser instituídos os seguintes regimes terapêuticos para essa paciente, EXCETO:

A. Furosemida.
B. Midodrina.
C. Octreotida.
D. Albumina.

14) Uma paciente de 24 anos, hipertensa em uso de captopril, apresenta quadro clínico de poliartralgia
simétrica de médias e grandes articulações sem sinais de artrite, além de febre vespertina de 38°C,
mialgia, rash malar fotossensível poupando o sulco nasogeniano e dor torácica agravada à inspiração
profunda e ao decúbito dorsal, além de tosse seca. Negava cefaleia ou alterações urinárias. Os
exames laboratoriais iniciais mostraram hemoglobina de 10 g%, plaquetas de 180.000/mm³, ureia de
30 mg% e creatinina de 1,0 mg%, além de VHS = 90 mm/h. A sedimentoscopia urinária mostrou
ausência de proteinúria ou cilindrúria. A dosagem do fator antinuclear revelou títulos de 1/128, padrão
homogêneo. O autoanticorpo que mais provavelmente será encontrado nessa paciente é:

A. Anti-RNP.
B. Anti-Smith.
C. Anti-DNAds.
D. Anti-histona.

15) Um paciente de 28 anos procura a emergência com quadro iniciado a 48 horas de febre de 39,2°C,
tosse com hemoptoicos e dispneia. Há relato de congestão nasal e rinorreia sete dias antes do início
dos atuais sintomas. A radiografia de tórax mostra consolidação em lobo médio. Entre os achados
clínicos e laboratoriais, aquele que NÃO indica maior possibilidade de etiologia pneumocócica é:

A. Hipogamaglobulinemia.
B. Insuficiência cardíaca.
C. Miringite bolhosa.
D. Micterícia.

16) Paciente de 32 anos com quadro de disfagia de condução, regurgitação e perda de peso
significativa, realiza endoscopia digestiva alta que mostra dilatação de esôfago distal. A
esofagomanometria evidencia redução da peristalse e prejuízo do relaxamento do esfíncter esofagiano
inferior. Tais achados são compatíveis com diagnóstico de:

A. Acalásia.
B. Polimiosite.
C. Adenocarcinoma de esôfago.
D. Estenose péptica de esôfago.

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17) Uma mulher de 47 anos realizou tomografia do abdome devido à dor abdominal recorrente. O
exame evidenciou lesão cística na cauda do pâncreas com calcificações em casca de ovo, sendo
então indicada análise do conteúdo do cisto através de punção guiada por ecoendoscopia. Houve
suspeita de neoplasia cística mucinosa do pâncreas, pois o líquido aspirado apresentava concentração
elevada de:

A. CA 19.9.
B. K- ras
C. AFP.
D. CEA.

18) No ocidente, tem-se observado um aumento na incidência de adenocarcinoma do esôfago, em


relação ao carcinoma epidermoide. Um dos fatores causais para a ocorrência desse fenômeno é:

A. Ingestão de vitaminas.
B. Consumo de álcool.
C. Doença do refluxo.
D. Obesidade.

19) Um paciente com tumor estromal gastrointestinal (GIST) do estômago foi submetido à gastrectomia
parcial. O tumor ressecado tinha 3,5cm e o seu índice mitótico foi de 12/50HPF (campo de alta
potência). Nesse momento, a conduta a ser adotada consiste em:

A. Iniciar imatinib.
B. Totalizar a gastrectomia.
C. Acompanhar clinicamente.
D. Realizar radioterapia do abdome superior.

20) Uma paciente com história de emagrecimento significativo e queixas dispépticas realizou
endoscopia digestiva que evidenciou espessamento da mucosa antral. Foi realizada uma biópsia que
demonstrou tratar-se de linfoma gástrico de células B de baixo grau (MALT) com presença de infecção
pelo H. pylori. Diante desse quadro, o tratamento a ser proposto é:

A. Radioterapia do abdome superior.


B. Erradicação do H. Pylori.
C. Quimioterapia sistêmica.
D. Gastrectomia distal.

21) Homem de 40 anos dá entrada no setor de emergência, vítima de atropelamento, apresentando


ansiedade moderada, escoriações e dor abdominal acentuada em hipocôndrio esquerdo, embora no
restante do abdome apresente dor moderada. Ao exame físico, constata-se: PR = 110 bpm e PA = 110
x 70 mmHg. O lavado peritoneal foi positivo para sangue. Nesse caso, deve-se estimar uma perda
sanguínea de:

A. 10%.
B. 20%.
C. 30%.
D. 40%.

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22) Um paciente de 48 anos foi submetido à gastrectomia subtotal para tratamento de neoplasia
gástrica precoce. No período pós-operatório, permanece durante 36 horas com cateterismo vesical.
Após a retirada do cateter, o paciente apresenta disúria, polaciúria e febre. A amostra de urina enviada
para cultura confirma a presença de infecção. O agente causador mais provável, nesse caso, deve ser:

A. Staphylococcus aureus.
B. Enterobacter cloacae.
C. Candida albicans.
D. Escherichia coli.

23) Uma paciente de 32 anos, em investigação diagnóstica de tumoração hepática de 6,0cm em


segmento VI do fígado, apresenta quadro súbito de hemoperitônio espontâneo. Após melhora das suas
condições circulatórias, ela é levada ao centro cirúrgico em caráter emergencial. O cirurgião que a
atende, deve ter como hipótese mais provável uma complicação da seguinte patologia hepática:

A. Hamartoma biliar.
B. Adenoma hepático.
C. Cancinoma fibrolamelar.
D. Hemangioma cavernoso.

24) Para a avaliação da função hepática no pré-operatório de um paciente diagnosticado com


coledocolitíase com obstrução da via biliar principal, os parâmetros laboratoriais mais fidedignos são
revelados através das dosages sanguíneas de:

A. Tempo de protrombina e albumina.


B. Fosfatase alcalina e bilirrubina direta.
C. GamaGT e alanina aminotransferase.
D. Aspartato aminotransferase e alfafeto proteína.

25) O sistema nervoso central (SNC) participa ativamente na regulação da resposta endócrina ao
trauma. Um importante mecanismo de ação ocorre através:

A. do eixo hipotálamo-hipofisário, com aumento na sístese de somatostatina


B. das vias aferentes de nervo vago, com liberação de acetilcolina
C. da produção de citocinas nos neurônios do corpo caloso
D. da ativação da micróglia

26) Paciente de 36 anos foi atendido no pronto-socorro devido a quadro de dor e distensão abdominal
progressivos, com 48 horas de evolução. Associados a esses sintomas, estão presentes vômitos
fecaloides e oligúria. Na história colhida junto à família, soube-se que o paciente realizou uma
apendicectomia há aproximadamente três anos. A etiologia mais provável da síndrome apresentada
pelo paciente é:

A. Brida.
B. Tumor carcinoide.
C. Volvo de sigmoide.
D. Câncer de cólon esquerdo.

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27) Uma das complicações pós-operatórias típicas do paciente idoso é o delirium. Entre os fatores de
risco que podem colaborar para o desencadeamento desse quadro, é correto citar:

A. obesidade
B. risco cirúrgico ASA I
C. cirurgia de pequeno porte
D. deficit cognitivo preexistente

28) Um paciente tem hérnia de hiato e a endoscopia realizada mostra que a linha Z está deslocada
superiormente, em direção ao mediastino, e não há migração do estômago ou outro órgão abdominal.
Essa hérnia deve ser classificada como tipo:

A. I.
B. II.
C. III.
D. IV.

29) Durante procedimentos eletivos de cirurgia que requerem infusão moderada de volume nos
pacientes, o uso de somente soro fisiológico a 0,9% pode causar:

A. Acidose metabólica hiperclorêmica com ânion-gap normal.


B. Alcalose metabólica hipercalcêmica com ânion-gap normal.
C. Alcalose metabólica hipoclorêmica com ânion-gap reduzido.
D. Acidose metabólica hipocalêmica com ânion-gap aumentado.

30) Mulher de 35 anos, IMC = 47, com diabetes mellitus tipo 2 de difícil controle e artralgia importante
de quadril, veio se aconselhar sobre qual método de cirurgia bariátrica deveria escolher. A grande
motivação em se operar é melhorar a diabetes, pois ela não está preocupada com a estética nem com
o pós-operatório. O único procedimento bariátrico que ela deve evitar realizar é:

A. gastroplastia em Y de Roux
B. derivação biliopancreática
C. gastrectomia em manga
D. switch duodenal

31) Mulher de 27 anos tem doença de Graves mal controlada e múltiplos nódulos tireoideanos em lobo
direito (o maior em polo inferior de 3,5cm, cujo PAAF revelou ser um carcinoma papilífero). A paciente
refere que já possui um nódulo em lobo inferior direito há cinco anos e nesse intervalo ele aumentou
pouco de tamanho. O melhor tratamento para essa paciente é a realização de:

A. Iodo radioativo.
B. Tireoidectomia total.
C. Lobectomia direito com istmectomia.
D. Tireoidectomia subtotal com esvaziamento radical modificado no lado direito.

32) Mulher de 25 anos apresenta fístulas anais complexas e diarreia com muco, está aguardando
definição cirúrgica pela proctologia. O tratamento cirúrgico das fístulas anais será contraindicado para
ela se for definido o diagnóstico de:

A. doença de Crohn
B. retocolite ulcerativa
C. hidradenite supurativa
D. cistite intersticial com fístula vesicoanal

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33) Menina de 18 meses iniciou quadro de febre (39,5°C) há 24 horas. A mãe nega qualquer outro
sintoma. Ao exame físico, apresenta-se afebril, em bom estado geral, hidratada e eupneica, ausência
de linfonodomegalias, orofaringe e otoscopia sem alterações, ausculta respiratória e cardíaca normais,
palpação do abdome indolor e sem visceromegalias. Não há história de intercorrências neonatais ou
internações prévias. Ao checar o cartão de vacinas, encontram-se: BCG ao nascer, hepatite B uma
dose, pentavalente três doses + reforço DTP, VIP duas doses, VOP uma dose + reforço, pneumocócica
três doses + reforço, rotavírus duas doses, meningocócica duas doses + reforço, tríplice viral uma
dose, e tetraviral uma dose. O pediatra opta por colher apenas EAS e urinocultura para afastar a
hipótese de infecção urinária. O menor risco de bacteremia oculta nessa criança é justificado pela:

A. história vacinal
B. idade superior a 12 meses
C. ausência de internações prévias
D. ausência de alterações ao exame físico

34) Menino de 13 anos, negro e obeso, há três semanas apresenta dor no joelho direito, além de leve
claudicação. Nega febre ou edema do local. Não há história de infecções virais prévias. Ao exame
articular, não há artrite ou restrição de movimento dos joelhos, porém, nota-se restrição à rotação
interna, abdução e flexão do quadril ipsilateral. O diagnóstico mais provável é:

A. doença de Osgood-Schlatter
B. sinovite transitória do quadril
C. epifisiólise proximal do fêmur
D. doença de Legg-Calvé-Perthes

35) Lactente do sexo feminino, um mês de vida, é levada ao ambulatório de pediatria para primeira
consulta. Há dez dias, apresenta aumento progressivo do volume abdominal, constipação e redução do
volume urinário. A mãe refere que a última ultrassonografia (USG) do pré-natal não foi normal, sendo
solicitado um novo exame pelo médico que a acompanhava. Trouxe para a consulta o laudo da USG
realizada há dois dias, que evidenciou hidronefrose bilateral, dilatação da bexiga e aumento importante
do volume uterino. Ao exame do abdome, foi observado que este era globoso à inspeção, peristáltico,
algo tenso, doloroso à palpação e com presença de massa palpável em região hipogástrica,
estendendo-se até epigástrio, de difícil delimitação e consistência não endurecida. O diagnóstico mais
provável e a alteração do exame físico a ser pesquisada nesse momento, respectivamente, são:

A. Megacólon congênito; ausência de fezes ao toque retal.


B. Tumor de adrenal; genitália ambígua ao exame perineal.
C. Persistência de cloaca; malformação da genitália ao exame perineal.
D. Hidrometrocolpos; imperfuração himenal ao exame da região perineal.

36) Menina de 18 meses apresenta há 12 horas quadro de diarreia aguda líquida, cerca de oito
episódios até o momento, sem sangue ou muco nas fezes. Mãe relata que a criança recusa
alimentação, mas aceita líquidos, embora tenha notado que a diurese está um pouco reduzida. Ao
exame, encontra-se irritada, olhos fundos, boca seca, chora sem lágrimas, o sinal de prega desaparece
em menos de 2 segundos, temperatura axilar de 37,8°C. O peso anterior a este quadro era de 12kg e
atualmente é de 11,2kg. A pesquisa de leucócitos nas fezes foi negativa. A localização intestinal foi
mais acometida, o estado de hidratação e a conduta nesta criança são, respectivamente:

A. delgado distal, desidratação grave e soro fisiológico ou ringer lactato 20ml/kg IV


B. delgado distal, desidratação e soro reidratante oral 50-100ml/kg entre 3 e 4 horas
C. delgado proximal, desidratação e soro reidratante oral 50-100ml/kg entre 3 e 4 horas
D. delgado proximal e distal e desidratação grave e soro fisiológico ou ringer lactato 20ml/kg IV

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37) Recém-nascido com 38 semanas de idade gestacional, peso de nascimento 3.250 g, parto
cesárea, líquido amniótico claro, Apgar 8 e 9. Encontra-se com 36 horas de vida, assintomático,
frequência respiratória de 55 irpm, em aleitamento materno no alojamento conjunto. No exame de
oximetria de pulso, o resultado foi de 97% no membro superior direito e no membro inferior, de 92%. A
conduta e a principal suspeita diagnóstica são, respectivamente:

A. Eletrocardiograma, persistência do canal arterial.


B. Ecocardiograma, transposição de grandes vasos.
C. Nova oximetria após uma hora, coarctação de aorta.
D. Radiografia de tórax, taquipneia transitória do recém-nascido.

38) Paciente de um ano é levado a um serviço de pronto atendimento com história de febre e
desconforto respiratório, sendo diagnosticada pneumonia e iniciado o tratamento com amoxicilina.
Após uma semana, evoluiu com letargia, palidez cutâneo-mucosa e diminuição do débito urinário. Ao
exame físico, apresenta FC = 180 bpm, FR = 32 irpm e PA = 160 x 110 mmHg. Exames laboratoriais
evidenciam Hb = 5,6 mg/dl, plaquetas = 60.000 céls/mm³ e creatinina = 1,5 mg/dl. Nesse caso, a
hipótese diagnóstica mais provável é :

A. Dengue.
B. Choque séptico.
C. Lúpus eritematoso sistêmico.
D. Síndrome hemolítico-urêmica.

39) Lactente de 11 meses, na relação peso para estatura e comprimento para idade, encontra-se no
escore z abaixo de -3. A medida da circunferência do braço foi menor que 115mm. Ao exame físico,
constata-se que a criança está muito emagrecida, pele com turgor e elasticidade diminuídos, ausência
de gordura subcutânea, pregas cutâneas longitudinais e atrofia muscular. Não havia edema, lesões
cutâneas e alteração da cor de cabelos. O hematócrito era 21%, hemoglobina de 7g/dl e o VCM de 68.
A forma clínica da desnutrição, o tipo de anemia e a alteração eletrolítica possível de ocorrer na fase
de recuperação nutricional são, respectivamente:

A. Marasmo, anemia aplástica e hipocalcemia.


B. Marasmo, anemia ferropriva e hipofosfatemia.
C. Kwarshiorkor, anemia por deficiência de selênio e hipernatremia.
D. Kwarshiorkor marasmático, anemia ferropriva e hipomagnesemia.

40) Lactente de quatro meses, previamente hígido, é levado à emergência por apresentar-se letárgico
e com dificuldade para sugar. Mãe relata início do quadro há 72 horas com vômitos, sem febre. Sem
intercorrências nas fases pré-natal, neonatal e do parto. Na história alimentar, está em seio materno,
complementado com fórmula artificial à noite. Ao exame físico, nota-se sonolência, face atípica,
hipotonia muscular generalizada e hepatomegalia. A gasometria arterial mostra pH 7,28 / PO2 80 /
PCO2 26 / HCO3 17. Os pais são consanguíneos e têm história de óbito de um filho anterior no
período neonatal. Diante da hipótese diagnóstica mais provável, o exame que auxilia na investigação é:

A. Perfil Tandem, pois deve tratar-se de um erro inato do metabolismo.


B. Ressonância magnética de crânio, pois deve tratar-se de doença desmielinizante.
C. Cariótipo, pois deve tratar-se de uma doença genética com alteração cromossômica.
D. Sorologias para toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, pois deve tratar-se de uma infecção
congênita.

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41) Criança de seis anos apresenta há duas semanas quadro de cefaleia holocraniana que vem
piorando progressivamente, muitas vezes acordando à noite pela dor. Há dois dias, apresenta náuseas
e vômitos (três episódios ao dia). A mãe refere história familiar para enxaqueca. Ao exame, a criança
está em bom estado geral, FC = 85bpm, PA = 110 x 60mmHg, sem alterações ao exames cardiológico,
respiratório e abdominal. O exame de fundo de olho evidenciou papiledema. A principal hipótese
diagnóstica e as alterações que poderiam ser encontradas ao exame neurológico são,
respectivamente:

A. Glioma; déficit neurológico focal e afasia.


B. Astrocitoma cerebelar; ataxia e disdiadococinesia.
C. Enxaqueca; fotofobia e déficit neurológico focal pós-crise.
D. Infecção de sistema nervoso central; irritação meníngea e convulsão.

42) Menino de dois anos iniciou quadro de coriza, conjuntivite com fotofobia, tosse e febre com
aumento diário progressivo, há três dias. Evoluiu com exantema maculopapular inicialmente em fronte,
regiões retroauricular e cervical, disseminando para tronco e extremidades, com áreas de confluência.
Recebeu uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade. O conjunto de dados clínicos que
devem ser pesquisados para corroborar diagnóstico de sarampo e as medidas de profilaxia
recomendadas após exposição para os suscetíveis são:

A. Descamação laminar, eritema malar/vitamina A e vacina até 72 horas da exposição.


B. Manchas de Koplik, desaparecimento da febre após o exantema/vacina ou imunoglobulina até
seis dias da exposição.
C. Enantema de um a quatro dias antes do exantema, descamação fina/vacina até 72 horas ou
imunoglobulina até seis dias da exposição.
D. Escurecimento e recorrência do exantema, ausência de descamação/vacina até seis dias ou
imunoglobulina até 72 horas da exposição.

43) Criança de dois anos e meio apresenta há dois dias quadro de dispneia e edema, especialmente
em membros inferiores. Há duas semanas, teve quadro de resfriado comum com melhora espontânea.
Ao exame, a menina está em regular estado geral, FR = 44ipm, com presença de tiragem subcostal,
FC=148bpm, PA = 118 x 78mmHg. Ausculta cardíaca em ritmo de galope, com sopro sistólico em foco
mitral e a ausculta respiratória com estertoração bolhosa até terço médio de ambos os pulmões.
Fígado palpável a 5cm do RCD. O diagnóstico provável e a conduta imediata são:

A. Miocardite viral e administração de diurético venoso.


B. Febre reumática e administração de diurético venoso.
C. Miocardite viral e administração de betabloqueador e anti-hipertensivo.
D. Febre reumática e administração de betabloqueador e anti-hipertensivo.

44) Menina de quatro anos é trazida para atendimento de emergência, pois, segundo a mãe, apresenta
diversas manchas pelo corpo, além de hematomas. Há quatro semanas, a criança apresentou quadro
de IVAS com melhora após tratamento sintomático. Ao exame, apresenta-se em bom estado geral,
sendo notadas petéquias e equimoses especialmente em membros inferiores. O exame do abdome é
normal. O hemograma colhido mostra 6.000 leucócitos/mm³, Hgb de 11mgdL e 35.000 plaquetas/mm³.
Nesta doença, a fisiopatologia da trombocitopenia ocorre pelo(a):

A. Hiperesplenismo e destruição das plaquetas pelo baço.


B. Produção de anticorpos antiplaquetários e destruição das plaquetas pelo baço.
C. Produção de anticorpos antiplaquetários e destruição das plaquetas no sangue periférico.
D. Diminuição da produção de plaquetas pela medula óssea e destruição das plaquetas no sangue
periférico.

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45) Lactente de quatro meses, prematuro de 36 semanas, apresenta há três dias quadro de tosse e
coriza nasal. A mãe refere que a criança não apresentou intercorrências desde o nascimento até hoje.
Ao exame, o paciente encontra-se em bom estado geral, afebril; FC = 140 bpm; FR = 64 irpm; Sat =
90% e com tiragem subcostal leve. A ausculta respiratória revela sibilos difusos e o exame do abdome,
fígado palpável a 4 cm do RCD. É indicada a internação hospitalar pelo pediatra, pois há presença de
esforço respiratório grave e hipoxemia. Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia
e Tisiologia para o Manejo da Asma, as principais características que têm sido utilizadas para prever se
a sibilância nessa criança irá persistir na vida adulta estão relacionadas à história:

A. Materna ou paterna de asma e prematuridade.


B. De alergia medicamentosa e presença de dermatite atópica
C. De alergia medicamentosa e exposição à fumaça de cigarro.
D. Materna ou paterna de asma e presença de dermatite atópica.

46) Menina de três anos apresenta tosse produtiva, febre de até 39°C e taquipneia há quatro dias.
Procurou atendimento médico e lhe prescreveram amoxicilina, a qual está em uso há 24 horas. Tem
história vacinal completa e apresenta marca de BCG. Na história familiar, o pai está com tuberculose
em tratamento há dois meses. Para o diagnóstico de infecção tuberculosa latente, os critérios
necessários e o tratamento recomendado para essa criança seriam, respectivamente:

A. Melhora clínica e radiológica da pneumonia atual após completar tratamento; prova tuberculínica
maior ou igual a 5mm e isoniazida.
B. Melhora clínica da pneumonia atual após completar tratamento, pesquisa negativa para BAAR
no lavado gástrico; prova tuberculínica maior ou igual a 10mm e isoniazida.
C. Ausência de melhora dos sintomas, radiografia de tórax com linfonodomegalia hilar; prova
tuberculínica maior ou igual a 5mm e esquema RIP.
D. Ausência de melhora de sintomas, radiografia de tórax com linfonodomegalia hilar; prova
tuberculínica maior ou igual a 10mm e esquema RIP.

47) Criança de seis anos, com síndrome de Lennox-Gastaut, é internada com quadro de pneumonia,
sendo iniciada antibioticoterapia venosa adequada. Após 96 horas do tratamento, apresenta melhora
parcial da taquidispneia, porém mantém febre de 39°C, sendo encontrado ao exame físico diminuição
do murmúrio vesicular à direita. A radiografia revelou velamento de hemitórax ipsolateral. Nesse
momento, a conduta adequada é:

A. tomografia computadorizada de tórax


B. observação por mais 48 horas
C. troca do antibiótico
D. toracocentese

48) Menina de 18 meses, com diagnóstico de doença falciforme, é trazida ao pronto atendimento pela
mãe com quadro de febre (37,8°C), tosse produtiva e coriza há dois dias. Ao exame físico, a criança
apresenta-se em regular estado geral, muito pálida, Tax = 37°C, FC = 148 bpm, FR = 48 irpm, ausculta
cardíaca e respiratória sem alterações. O abdome é doloroso à palpação, sem sinal de irritação
peritoneal e o baço é palpável a 4 cm do RCE. O diagnóstico mais provável, a alteração esperada no
hemograma e a conduta adequada são, respectivamente:

A. Sepse; leucocitose; antibioticoterapia venosa.


B. Pneumonia; leucocitose; antibioticoterapia venosa.
C. Crise aplásica; anemia grave com reticulocitose; transfusão de concentrado de hemácias.
D. Sequestro esplênico; anemia com reticulocitose, transfusão de concentrado de hemácias.

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49) Paciente de 25 anos comparece à consulta com resultado de preventivo evidenciando metaplasia
escamosa. A conduta adotada é:

A. Conização clássica.
B. Colposcopia e biópsia.
C. Cirurgia de alta frequência.
D. Acompanhamento citológico de rotina.

50) Paciente com queixa de secreção vaginal acinzentada com odor forte que piora após o coito e pH
vaginal maior que 4,5. Nega prurido ou ardor urinário. Ao exame microscópico da secreção, espera-se
encontrar:

A. Numerosos lactobacilos.
B. Numerosos leucócitos.
C. Leveduras e micélios.
D. Células-alvo.

51) Paciente de 34 anos, nuligesta, refere dor pélvica. Durante a anamnese relata queixa de
dismenorreia, dispareunia e disquezia menstrual. Ao toque vaginal e retal nota-se um nódulo vaginal de
aproximadamente 3cm, doloroso e fixo. Ressonância magnética sugere a presença de endometriose
intestinal no local mais comumente encontrado, que é o:

A. íleo
B. apêndice
C. retossigmoide
D. cólon ascendente

52) Os sinais e sintomas das patologias das mamas podem ser influenciados pela dinâmica funcional
destas, em resposta às variações hormonais próprias da mulher no menacme. Em relação à alteração
funcional benigna das mamas, é correto afirmar que:

A. está relacionada à funcionalidade do órgão e não reflete doença na mama


B. mesmo benigna, pode ser definida como fator de risco para câncer de mama
C. mesmo benigna, se transforma em fator impeditivo de diagnóstico dos cânceres de mama
D. pode ser indicativa de maior agressividade do câncer de mama quando associada com a
neoplasia maligna da mama

53) Não há mais dúvidas de que o rastreio mamográfico é fator, por si só, determinante na diminuição
da mortalidade por câncer de mama. Exames populacionais (abrangentes, perenes e de qualidade)
podem detectar a maioria dos cânceres de mama em fase inicial. Assim, é correto afirmar que:

A. a mamografia periódica é o principal método diagnóstico para o rastreio do câncer de mama


B. a ultrassonografia mamária é o método de imagem com maior especificidade e sensibilidade
para o rastreio das lesões iniciais de câncer de mama
C. inúmeras evidências cientificas demonstram que o autoexame das mamas é capaz de ter um
impacto significativo sobre a mortalidade por câncer de mama
D. a sensibilidade e especificidade da mamografia no rastreamento do câncer de mama não são
influenciados por fatores relacionados com a paciente

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54) Paciente de 36 anos, Gesta II Para II, procura ambulatório de ginecologia desejando orientação
contraceptiva. Na anamnese, a paciente revela ser fumante e portadora de dismenorreia e
hipermenorreia. A aferição da pressão arterial evidenciou níveis de 140 x 90 mmHg. Com relação à
orientação anticoncepcional dessa paciente, é CORRETO afirmar que o (s):

A. DIU de cobre seria uma indicação excelente.


B. Métodos de barreira são os únicos indicados para essa paciente.
C. SIU-LNG (Sistema Intrauterino Liberador de Levonorgestrel) seria uma opção adequada.
D. AOC (Anovulatórios Orais Combinados) não apresentam contraindicação para essa paciente.

55) Paciente de 70 anos, menopausada, sem terapia hormonal, refere queixa de sangramento uterino
anormal. A ultrassonografia evidenciou útero anteversofletido de dimensões reduzidas e endométrio de
4mm de espessura com lâmina líquida em seu interior. O diagnóstico mais provável dessa paciente é:

A. pólipo endometrial
B. atrofia endometrial
C. mioma submucoso
D. endometrite crônica

56) Paciente de 33 anos, nuligesta. Marido de 39 anos, também sem filhos. Infertilidade primária
conjugal há 4 anos. Frequência sexual de duas a três vezes por semana. Ela refere ciclos menstruais
irregulares (oligomenorreicos) e nega dismenorréia ou dispareunia. Tratamentos prévios: seis
tentativas de indução da ovulação via oral (citrato de clomifeno). Exames: USG TV: ovários com
volume de 10 cc (direito) e 11 cc (esquerdo), com cerca de 15 folículos antrais em cada ovário.
Espermograma do marido (segundo critérios da OMS): 14 milhões/ml; 30% móveis; 29% normais; 60%
vivos. HSG: cavidade uterina e trompas normais. Cotte + imediata bilateral. Dosagens hormonais: 1ª
fase: FSH = 4,5, LH = 14,5, E2 (estradiol) = 85,0, PRL = 19,0, TSH = 1,5. 2ª fase: P4 (progesterona) =
0,45, PRL (prolactina) = 20,0, TSH = 4,2. Com base no quadro acima, o diagnóstico de infertilidade
desse casal é:

A. Anovulação crônica por SOP (síndrome dos ovários policísticos) + fator tubário (Cotte + bilateral
significa obstrução tubária bilateral).
B. Anovulação crônica por SOP (síndrome dos ovários policísticos) + fator masculino leve.
C. Fator masculino + endometriomas ovarianos bilaterais (ovários aumentados de volume).
D. Fator masculino + fator tubário (Cotte + bilateral significa obstrução tubária bilateral).

57) Gestante de 34 anos, GIP0A0, inicia pré-natal na 8ª semana de gestação. Refere um episódio de
trombose venosa profunda aos 28 anos de idade, durante pós-operatório de cirurgia para fratura de
fêmur, após acidente automobilístico. Nega outras cirurgias ou comorbidades. A conduta recomendada
com relação à anticoagulação nessa paciente é:

A. vigilância clínica
B. prescrição de warfarin
C. prescrição de heparina de baixo peso molecular em dose plena
D. recomendação de heparina não fracionada, visando manter TTPa 1,5 a 2,5 vezes o valor basal

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58) Gestante de 16 anos, primigesta, 36 semanas de gestação, dá entrada na emergência com quadro
de crise convulsiva. Ao exame físico: PA = 170x120mmHg, FC = 89bpm, FR = 12irpm, AFU = 32cm,
BCF = 148bpm, metrossístoles ausentes, tônus uterino normal, membros inferiores com edema
simétrico 3+/4+ até raiz da coxa. A medicação de escolha para tratamento da crise convulsiva é:

A. diazepam
B. fenobarbital
C. difenil-hidantoína
D. sulfato de magnésio

59) Paciente G3P1A1 realiza exame ultrassonográfico na 12ª semana, tendo o diagnóstico de
gestação gemelar. Uma indicação para esse exame é:

A. estimar peso fetal


B. avaliar corionicidade
C. diagnosticar a apresentação fetal
D. calcular o volume de líquido amniótico

60) Paciente de 21 anos informa última menstruação em 18/10/2014. Iniciou acompanhamento pré-
natal em unidade de saúde da família na primeira semana de dezembro. Em 20/01/2015, apresentou
ultrassonografia confirmando idade gestacional pela data da última menstruação e os seguintes
resultados de exames laboratoriais: grupo sanguíneo A+, hemoglobina = 12 mg/dl, hematócrito = 37%,
VDRL não reator, glicemia = 78 mg/dl, anti-HIV não reator, toxoplasmose IgG positivo IgM positivo. O
resultado da rotina pré-natal e a conduta adequada são respectivamente:

A. Infecção crônica / não há necessidade de orientação ou tratamento.


B. Suscetibilidade da gestante / fornecer orientações de higiene e alimentação.
C. Inconclusivo em relação à fase de infecção / realizar teste de avidez da IgG.
D. Infecção aguda / iniciar terapia tríplice com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico.

61) Gestante de 32 anos, G3P2A0, altura = 157cm, peso = 76kg, apresenta os seguintes resultados
relativos à investigação de diabetes, tendo sido todos os valores confirmados: glicemia de jejum na
primeira consulta com 11 semana de gravidez = 88mg/dl, teste oral de tolerância a glicose (TOTG) com
75g de glicose anidra = 97mg/dl (jejum) / 197mg/dl (1 hora pós) / 164mg/dl (2h pós). A conduta inicial
para esse caso é:

A. Prescrever uso de insulinoterapia.


B. Recomendar dieta e exercícios físicos.
C. Orientar retorno após quatro semanas.
D. Prescrever uso de hipoglicemiante oral.

62) Um dos objetivos do pré-natal é a prevenção e o tratamento precoce das infecções. Para isso,
durante o acompanhamento, além do HIV e sífilis, devem ser solicitadas as seguintes sorologias:

A. Toxoplasmose e hepatite.
B. Rubéola e herpes.
C. Rubéola e CMV.
D. Herpes e CMV.

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63) Gestante de 29 anos, G4P2A1, encontra-se, no momento, com 21 semanas de idade gestacional.
Sua tipagem sanguínea é O negativo e a de seu companheiro é AB positivo. Quando estava com 17
semanas, realizou teste de Coombs indireto e o resultado foi positivo, com títulos de 1:4. Nesse caso, o
exame indicado para acompanhamento inicial é:

A. Cordocentese.
B. Coombs indireto.
C. Espectrofotometria de líquido amniótico.
D. Dopplervelocimetria de artéria cerebral média.

64) Analisando o acompanhamento do trabalho de parto registrado no partograma abaixo (VER


IMAGEM), o dado clínico fundamental para o estabelecimento do diagnóstico é:

A. Atividade uterina.
B. Dilatação cervical.
C. Altura da apresentação.
D. Frequência cardíaca fetal.

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65) O Programa de Saúde da Família (PSF), escolhido como o modelo assistencial para o
desenvolvimento da atenção primária no Brasil, extrapolou os limites de um programa, tornando-se
uma política do Estado brasileira com lugar na agenda dos gestores do SUS. Nenhuma outra iniciativa
dentro do SUS alcançou a magnitude desse programa que hoje é globalmente citado como exemplo.
Um elemento central para seu crescimento foram as mudanças ocorridas em 1996, na forma de
financiamento federal, sendo instituído o Piso de Atenção Básica (PAB), que produziu uma forte
indução de mudanças do modelo assistencial com aumento do acesso aos serviços de saúde pela
expansão do número de equipes de saúde da família. Nesse caso, o PAB:

A. quando é fixo, tem cálculo per capita e sua transferência está vinculada aos municípios que
apresentam baixos índices de desenvolvimento humano (IDH).
B. garantiu o repasse de forma automática de recursos do nível federal para o estadual,
interrompendo o pagamento por procedimentos na APS.
C. quando é variável depende dos procedimentos ambulatoriais realizados pelas equipes e
registrados nas bases de dados nacionais a cada mês.
D. representou que pela primeira vez houvesse transferência de recursos federais de forma mais
equitativa a todos os municípios brasileiros.

66) A Estratégia Saúde da Família (ESF) alcançou em 17 anos a cobertura de mais de 50% da
população brasileira, sendo reconhecida internacionalmente. O impacto positivo dessa mudança no
modelo assistencial é observado através das taxas:

A. de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária, que reduziram duas vezes mais
que as outras causas com a implantação da ESF, entre 1998 e 2006
B. maiores de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária por condições crônicas
(circulatórias, diabetes e respiratórias) em municípios com grande cobertura pela ESF, ocorridas
entres os homens
C. de mortalidade infantil calculada pela relação entre óbitos em menores de 1 ano e população de
crianças menores de 5 anos, que reduziu 4,6% a cada incremento em 10% na cobertura pela
ESF, independente de determinantes sociais e ambientais
D. de mortalidade infantil calculada pela relação entre óbitos em menores de 1 ano e o número de
nascidos vivos, que reduziu 4,6% a cada incremento em 10% na cobertura pela ESF nos
municípios com melhora em seus determinantes sociais e ambientais

67) Uma das principais demandas dos médicos de família para acompanhamento ambulatorial são de
pacientes portadores de dores crônicas. Sobre a dor crônica, é correto afirmar que:

A. a dor neuropática é proporcional ao grau de lesão tecidual que está agredindo o paciente
B. a educação, o conhecimento e o entendimento da fisiologia da dor pelo paciente podem
aumentar o limiar de dor crônica
C. na abordagem da dor moderada deve-se evitar o uso de opioides como codeína ou tramadol
pelo risco de dependência química
D. na fibromialgia, a prática de exercício, realizado com intensidade gradual e coordenada, deve ser
abolida se desencadear algum grau de dor

68) Nos casos de transtornos do humor, é possível identificar desordens orgânicas ou socioafetivas
fortemente associadas aos sintomas de ansiedade, como o(a):

A. sensação de injustiça nas relações de trabalho e ou iminência de demissão


B. aumento de peso, ressecamento de pele e constipação
C. insuficiência cardíaca ou coronariana não controlada
D. sentimento de luto parental

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69) Paciente apresenta uma mamografia classificada como BI-RADS 0. Nesse caso, a equipe de
saúde da família deve:

A. encaminhar a paciente ao mastologista


B. informar que está tudo bem e repetir exames anualmente
C. realizar outros exames para elucidar esse exame inconclusivo
D. informar que está tudo bem e repetir exames a cada dois anos

70) Em relação à taxa de mortalidade materna, é correto afirmar que:

A. a elevada mortalidade infantil pode superestimar a taxa de mortalidade materna em uma


população
B. a elevada proporção de óbitos por causas obstétricas diretas é um indicativo de altas taxas de
mortalidade materna
C. para seu cálculo, o numerador é o número de óbitos maternos e o denominador é o número de
mulheres, ambos referentes ao mesmo local e período
D. para seu cálculo, o numerador é o número de óbitos maternos e o denominador é o número de
gestantes, ambos referentes ao mesmo local e período

71) Em relação ao procedimento de padronização pela idade de taxas e coeficientes de mortalidade, é


correto afirmar que:

A. O coeficiente de mortalidade, padronizado para um dado país, depende da população de


referência utilizada.
B. Não é recomendada a utilização de população hipotética como referência para padronização dos
coeficientes de mortalidade.
C. Ao comparar a mortalidade geral entre dois países com tamanho populacional semelhantes, não
há necessidade de padronização dos coeficientes.
D. Taxas não padronizadas poderiam servir, por exemplo, para comparar a mortalidade por
doenças cardiovasculares no Brasil ao longo das últimas cinco décadas.

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72) Uma forma de expressar graficamente a relação entre a sensibilidade e a especificidade de testes
diagnósticos é através da construção da curva ROC (receiver operator characteristic). Com base nos
exames (A) e (B) representados pelos gráficos (VER IMAGEM), é correto afirmar que o exame:

A. (A) apresenta elevada sensibilidade e baixa especificidade


B. (B) apresenta elevada sensibilidade e baixa especificidade
C. (B) apresenta maior poder de discriminar doentes e não-doentes
D. (A) apresenta maior poder de discriminar doentes e não-doentes

73) Em relação ao mascaramento (blinding), procedimento frequentemente usado em ensaios clínicos


randomizados para evitar a identificação dos grupos em comparação, é correto afirmar que:

A. estudos que não utilizam essa técnica são reprováveis do ponto de vista ético
B. ensaios do tipo "duplo cego" incluem mais de uma técnica de mascaramento
C. é indicado em ensaios clínicos com mais de dois grupos de comparação
D. pode ser estendido ao analista de dados

74) O valor preditivo positivo de um exame diagnóstico expressa a probabilidade de um indivíduo ter a
doença que foi investigada. Em relação às características desse conceito, é correto afirmar que:

A. aplica-se a qualquer fase da história natural das doenças


B. aplica-se exclusivamente ao diagnóstico precoce das doenças
C. quanto maior a especificidade do exame, maior será seu valor preditivo positivo do teste
D. quanto menor for a prevalência da doença, maior será seu valor preditivo positivo do teste

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75) O papel preventivo da atividade física tem sido largamente esclarecido como fundamental para a
manutenção da saúde. Na hora de orientar os exercícios, o médico deve fazer as seguintes
recomendações para adultos:

A. em hipertensos, os exercícios de força devem ser priorizados para o melhor controle da pressão
arterial
B. em osteoporose, os exercícios de força devem ser recomendados, visando o aumento de
densidade óssea
C. em diabéticos em uso de insulina, deve ser orientada a aplicação de insulina no local que será
mais exercitado
D. em obesos, é recomendado pelo menos 30 minutos diários de atividade física moderada para
diminuir o peso corporal

76) A adesão ao tratamento de doenças crônicas é um grande desafio na atenção à saúde. Quanto à
importância da adesão ao plano terapêutico é correto afirmar que o(a):

A. melhor estratégia para não adesão ao tratamento é trocar a medicação pelo risco de efeitos
colaterais
B. adesão a recomendações sobre estilo de vida costuma ser maior do que à adesão à prescrição
de medicamentos
C. avaliação da não adesão interfere tanto na avaliação do resultado do tratamento quanto na
confirmação do diagnóstico
D. número de tomadas diárias de medicamentos superior a duas é a causa mais comum de não
adesão ao tratamento farmacológico

77) Sobre o CAGE, questionário utilizado como triagem para detectar o uso nocivo de álcool, é correto
afirmar que:

A. mais de duas respostas positivas indicam abordagem mais detalhada


B. é um questionário complexo e demorado, por isso é pouco utilizado
C. é pouco usado, uma vez que o AUDIT é mais sensível e específico
D. utiliza cinco perguntas para a avaliação do uso nocivo de álcool

78) Idoso de 82 anos, viúvo há um ano, diabético há dez anos, procurou o médico de família com
queixa de palpitação sempre de madrugada. Está em uso de glibenclamida 5mg/dia e metformina
500mg/dia após o jantar. O exame realizado no último mês mostrou glicose de 155mg/dL e
hemoblobina glicada de 5,8%. Nesse caso, a conduta mais adequada é:

A. Prescrever benzodiazepínico para controle da ansiedade causada pela viuvez.


B. Aumentar a dose da metformina para controlar a glicemia de jejum.
C. Suspender a sulfonilureias pelo alto risco de hipoglicemia.
D. Iniciar um betabloqueador para controlar a palpitação.

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79) Mulher de 53 anos, não tabagista e em menopausa há quatro anos, procurou o médico de família
por apresentar histórico de doença cardiovascular (pai falecido de infarto agudo do miocárdio aos 70
anos e mãe diabética). O exame físico é normal, com exceção do IMC = 39. Os exames
complementares evidenciaram: glicose = 108mg/dL, colesterol total = 215mg/dL, HDL = 33mg/dL, LDL
= 139mg/DL e triglicerídeo = 600mg/dL. Além das medidas não farmacológicas, a conduta mais
apropriada é indicar o uso de:

A. estatina associada a fibrato


B. fibrato pelo risco de pancreatite
C. AAS pelo alto risco cardiovascular da família
D. estatina pelo alto risco cardiovascular da família

80) Um dos critérios para que um teste seja adequadamente usado para o rastreamento é:

A. ser um exame de alta sensibilidade diagnóstica e alta relação custo-efetividade


B. ter a capacidade do diagnóstico precoce independente do tratamento disponível
C. fazer o diagnóstico precoce independente dos riscos e/ou desconforto para a pessoa
D. ter evidências suficientes de que o diagnóstico precoce muda a evolução da doença

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