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USO DO SOFTWARE ARENA EM REDE DE QUIOSQUES

Gabriel Rosa de Oliveira

[email protected]

Resumo: O Software Arena está presente em diversas empresas pelo mundo. Tem
grande utilidade pois é utilizado para a análise de estatísticas e de resultados, modelagem de
processos e animação. Com isso é possível prever mudanças, melhorias, visualização dos
problemas e o comportamento do sistema. Mas quando se fala em software para controle seja
de produção, estoque e etc., logo pensamos em grandes empresas. Mas nesse artigo
utilazeremos o software em uma rede de quiosque, a “Point”. Com aplicação do modelo ideal,
após varias tentativas e erros, realocamos cada funcionário para seu respectivo quiosque, de
maneira que nenhum funcionário fique sobrecarregado. Lucas foi o funcionário com maior
taxa de ocupação (98%) ele é o funcionário mais experiente e trabalha no quiosque de maior
fluxo. O método cientifico foi o experimental, com coleta de dados na área de trabalho. Os
dados foram armazenados e utilizados no Arena.

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1. Introdução.

A demora em atender o cliente e o aumento da insatisfação é por consequência, a


perda de vendas. Princípios básicos do marketing mostram que, para atrair, conquistar e
fidelizar consumidores, é necessário conseguir satisfazê-los plenamente. Na maioria dos
comércios os problemas são solucionados na pratica. Se alguma tarefa não der certo, alguma
decisão é tomada. Porem esse modelo pode trazer problemas ao estabelecimento. Pois algum
cliente teve uma experiencia negativa para o problema ser solucionado.

Hoje a simulação é fundamental dentro de grandes empresas, pois a simulação de processos


produtivos gera mudanças que tornam os processos mais eficientes, o que reduz o custo de
produção, melhora o potencial de capacitação de pessoas e fomenta a inovação. E o que gerou
a ideia inicial desse artigo é porque a simulação não está dentro dos comércios em sua
maioria? Este estudo tem por finalidade, auxiliar o processo de atendimento da rede de
quiosques Points, através do software, Arena.

2. Referencial Teórico.

2.1 Simulação.

Para J. Banks (2001), uma simulação é uma imitação aproximada da realidade,


operação de um processo ou sistema que representa sua operação ao longo do tempo. A
simulação é usada em muitos contextos, como simulação de tecnologia para ajuste ou
otimização de desempenho, engenharia de segurança, testes, treinamento, educação e
videogames.
2.2 Modelagem
Segundo Rodrigo Zago (2003), essa linguagem basicamente enxerga o sistema como
uma sequência de eventos aleatórios que causam mudanças nos estados do modelo. De uma
forma um pouco grosseira, a modelagem com ARENA assemelha- se à modelagem através de
Redes de Petri ou Autômatos.
Assim, os sistemas normalmente são reduzidos a um conjunto de estações de trabalho
que prestam serviços a clientes (entidades). Cada bloco ou módulo é interconectado a outros e
as entidades se locomovem entre eles seguindo uma sequência lógica. Podemos assim fazer
uma analogia com várias situações a serem modeladas, como por exemplo:

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Pessoas (entidades) percorrendo as diversas seções (estações) de um supermercado onde
efetuam compras; Um automóvel (entidade) sendo fabricado nas diversas seções (estações) de
Uma fábrica; Uma apólice de seguro (entidade) sendo processada nas diversas seções
(estações) de uma seguradora; O caminho da entidade pelo sistema pode depender de vários
atributos da própria entidade ou variáveis dentro do sistema.
Por exemplo, um carro sendo montado em uma fábrica pode seguir para uma ou outra
estação de trabalho dependendo qual o modelo do carro, ou do “Schedule” de trabalho da
equipe fabril. Na sequência são apresentados alguns conceitos que vão facilitar a compreensão
da modelagem com ARENA.
2.3 Leiaute
De acordo com Richard Muther, layout ou arranjo físico é a técnica de administração de
operações cujo objetivo é aumentar a eficiência do sistema de produção. Um fluxo ajustado
permite a rápida movimentação dos produtos através do sistema produtivo. Nas redes de
quiosque o leiaute é bem simples. Pois trata apenas da chegada, atendimento e saída dos
clientes.

2.4 Cronoanálise

Cronoanálise é uma ferramenta avançada de qualidade que consiste no estudo de


tempos e movimentos em uma linha de produção ou atividade logística, com o objetivo de
otimizar processos. Sua origem é creditada a Frederick Taylor – autor das análises do tempo –
e Bunker Gilbreth – responsável pelos movimentos.
Para a solução do problema a cronoanálise foi feita presencialmente. Foi cronometrado
a chegada de cada cliente em cada quiosque. Também foi cronometrado a media do tempo de
atendimento de casa funcionário.

3. Metodologia.

Point é uma rede de quiosque situada nas praias da cidade Rio de janeiro. E atualmente
possui 5 quiosques de ramos diferentes. Cerveja, coco, sorvetes, lanches e Artesanato. Cada
um dos estabelecimentos possui 1 funcionário. Os funcionários revezam uma vez por semana
em cada quiosque. Porém o dono percebeu que alguns funcionários tem mais dificuldade de
trabalhar com alta demanda e outros tem facilidade. Então o dono percebeu que para melhorar
o atendimento em cada quiosque, será necessário fixar os funcionários em cada ponto. A
decisão foi colocar os funcionários com mais experiência e habilidade nos quiosques que
exige mais tempo de ocupação.

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3.1 Fluxograma do Processo.
Fluxograma simples representando apenas a chegada e saída dos clientes em cada quiosque.

3.2 Coleta de dados:

Tempo de chagada em cada quiosque.

 Cerveja: 1 pessoa a cada 35s.


 Coco: 1 pessoa a cada 48s.
 Sorvete:1 pessoa a cada 54s.
 Lanche: 1 pessoa a cada 65s.
 Artesanal: 1 pessoa a cada 80s.

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4. Aplicando Arena

Com os dados em mãos, o proximo passo é aplicar no Arena para obter a tacha de ocupação de
cada funcionário. Para saber se todos vão dar conta das suas tarefas.

4.1 Primeiro passo – Criei 5 Módulos de Create. Um para cada quiosque.

A configuração ficou assim para o quiosque de cerveja: Cerveja: 1 pessoa a cada 35s.

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4.2 Segundo passo - 5 Módulos de Process. Um para cada quiosque.

Exemplo do Lucas: Apliquei os dados de cada funcionário utilizando a função “Seize Delay
Release.” Pois se trata de uma atividade que requer um tempo para ficar pronto. O tempo e o
desvio padrão foram dados.

Terceiro 4.3 Passo – Colocar o Modulo Dispose para cada quiosque. Dispose não tem
nenhuma configuração. Apenas a escolha do nome.

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4.4 Quarto Passo – Configuração dos Parâmetros de replicação. Que vai rodar 8h.

5. Resultados.

Em um dia trabalho, passaram no total em todas as barracas 2782 pessoas. Segundo os


valores do relatório, todos os funcionários dão conta de suas respectivas atividades. Sendo
Lucas o mais ocupado 98% do tempo e Gabriel o menos ocupado 81%

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6. Proposta de melhoria.

Com os resultados prontos, podemos analisar a taxa de ocupação de cada funcionário.


Os dados demonstram que todos os funcionários estão sobrecarregados. Mesmo que nenhum
funcionário tenha chegado a 100% de sua ocupação. Existe uma margem segura de 70%.
Lucas teve a taxa de ocupação próxima de 100%, mas as suas atividades são manuais e estão
suscetíveis a erros. Então como proposta de melhoria, recomenda-se que os trabalhos em cada
quiosque tenham dois funcionários por local. Reduzindo a taxa de ocupação de todos os
quiosques. Com isso os atendimentos ficam mais rápido e com mais qualidade.

7. Conclusão

Cada dia que passa a exigência dos consumidores aumenta mais, e as empresas devem
se esforçar para acompanhar esse ritmo. Quando se fala em satisfação do cliente, um dos
pilares é o bom atendimento, que busca mesclar a qualidade e velocidade. Devido a essas
demandas o artigo teve com objetivo utilizar o software arena para melhorar o tempo de
atendimento da rede de quiosque.

Os resultados demonstraram que todos os funcionários estavam sobrecarregados. O


artigo apresentou uma proposta de melhoria. Sugeriu cada quiosque trabalhar com dois
funcionários, assim reduzindo o tempo em ½. Com isso além do atendimento ter menor
tempo, a qualidade e a confiabilidade dos consumidores aumentam.

8. Referencias.

BATEMAN, Robert; HARREL, Charles. Simulação Otimizando os Sistemas. 1 ed São Paulo:


IMAM e Belge Simulação, 2005.

CHWIF, Leonardo; MEDINA, Afonso C. Modelagem e Simulação de Eventos Discretos:


Teoria e Aplicações. 4ª edição. São Paulo: Elsevier Brasil, 2014.

CHWIF, L.; MEDINA, A. C.; PEREIRA, W. I.; VIEIRA, D. R.; PÉCORA Jr, J. E.
Introdução ao Simul8: um guia prático. São Paulo: Ed. dos Autores, 2013.

José de. Introdução à Modelagem e Simulação de Sistemas: com Aplicações em Arena. 2.

Greenwood Allen; Beaverstock Malcolm;. App, lied Simulation: Modeling and


Analysis Using FlexSim. 2010

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