Aulao 5 Discursiva Cfo Pmro Questoes
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CFO PMRO
Art. 121. A ação penal somente pode ser promovida por denúncia do
Ministério Público da Justiça Militar.
Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ação penal, quando o
agente for militar ou assemelhado, depende da requisição do Ministério
Militar a que aquele estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o
agente for civil e não houver coautor militar, a requisição será do Ministério
da Justiça.
QUESTÃO DISCURSIVA CFO PMDF 2017
Art. 124 CF - À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares
definidos em lei.
Art. 90-A da Lei 9099/95 - As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito
da Justiça Militar.
QUESTÃO DISCURSIVA CADETE PMGO 2022
Nos termos do art. 24 do Código Penal: ‘’considera-se em estado de
necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.’’ Nesse
contexto, à luz das normas do direito penal comum, discorra sobre o estado
de necessidade abordando, de forma fundamentada, os seguintes aspectos:
a) Distinção entre teoria unitária e teoria diferenciadora.
b) Qual é a teoria adotada pelo Código Penal?
c) É possível que o estado de necessidade se comunique aos coautores e
partícipes?
d) O estado de necessidade é compatível com a aberratio ictus?
e) Distinção entre estado de necessidade agressivo e defensivo.
QUESTÃO DISCURSIVA CADETE PMGO 2022
Nesse sentido, quando o bem jurídico sacrificado for de valor igual ou inferior
ao bem jurídico protegido, restará caracterizado o estado de necessidade
justificante, excludente da ilicitude. Contudo, caso o interesse sacrificado seja
de valor superior ao interesse protegido, incidirá o estado de necessidade
exculpante, causa de exclusão da culpabilidade, em face da inexigibilidade de
conduta diversa.
QUESTÃO DISCURSIVA CADETE PMGO 2022
No ordenamento jurídico brasileiro, a teoria diferenciadora encontra amparo
no Código Penal Militar. Noutro giro, no que concerne à comunicabilidade,
frisa-se que o estado de necessidade se comunica aos demais coautores e
partícipes do delito, eis que, se o fato é licito para um (e, portanto, não há
crime), também é lícito para os demais.
Além disso, o instituto do estado de necessidade também é compatível com o
erro na execução (aberratio ictus), de forma que ficará excluída a ilicitude do
fato quando o agente, para afastar situação de perigo a direito próprio ou
alheio, atinja pessoa ou objeto diverso do desejado, por acidente ou erro no
uso dos meios de execução.
Por fim, o estado de necessidade pode ser agressivo ou defensivo. Neste, o
agente pratica o fato necessitado contra bem jurídico pertencente àquele que
causou o perigo, já, naquele outro, comete o ato contra interesse relacionado
a terceiro inocente, isto é, que não provocou a situação de perigo.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a aplicação do princípio da insignificância e o Direito Penal
Militar
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a aplicação do princípio da insignificância e o Direito Penal Militar
1) Para o STF(HC 175945 AgR) a incidência deste princípio requer as seguintes circunstâncias objetivas:
- mínima ofensividade da conduta do agente;
- nenhuma periculosidade social da ação;
- reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e
- inexpressividade da lesão jurídica provocada.
2) A aplicação do princípio da insignificância em relação aos crimes militares é mais restrita devido à
especificidade de sua legislação e principalmente devido ao bem jurídico tutelado que indiretamente
afetem a hierarquia e a disciplina.
3) Quanto aos crimes patrimoniais, o STM e os TJMEs têm entendimento pacífico de não aplicar este
princípio. O STF já aplicou no crime militar de furto – HC 89104 MC/RS. Na maioria dos precedentes
afasta a aplicação do principio em razão do valor do bem ou por ter cometido o crime no quartel: HC
117215/BA.
4) Sendo crime cometido por civil ou em local civil é possível aplicar o princípio: STF HC 108373/MG.
5) Em relação crime de abandono de posto – socorrer filho que fora internado, em caso de urgência,
para retirada de rim - STF HC 92910/RJ – aplicou o referido princípio;
6) No crime de lesão corporal leve – um único soco – STF HC 95445 DF – aplicou o referido princípio.
RESUMO: APLICAÇÃO DE FORMA CRITERIOSA E CASUÍSTICA
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o interrogatório do réu, no âmbito da Justiça Militar, e a
aplicação do art. 400 do CPP;
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o interrogatório do réu, no âmbito da Justiça Militar, e a
aplicação do art. 400 do CPP;
1) De acordo com o previsto no CPPM, o interrogatório do réu é o primeiro ato
da instrução criminal;
2) No CPP, ocorreu uma alteração no artigo 400 pela Lei 11.719/2008, deixando
o interrogatório como o último ato da instrução criminal;
3) Assim, diante da diferenciação, o STF decidiu, por maioria de votos, no
julgamento do HC 127.900/AM, que se aplica ao processo penal militar a
exigências de realização do interrogatório do réu ao final da instrução criminal,
conforme previsto no art. 400 do CPP; os ministros fixaram a orientação no
sentido de que, a partir da publicação da ata de julgamento, fosse aplicada a
regra do CPP às instruções não encerradas nos processos de natureza penal
militar e eleitoral e a todos os procedimentos penais regidos por legislação
especial.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a classificação dos crimes militares em crimes propriamente e
impropriamente militar, explicitando qual a necessidade desta diferenciação
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a classificação dos crimes militares em crimes propriamente e
impropriamente militar, explicitando qual a necessidade desta diferenciação
1) De acordo com a Teoria Clássica Romana: crimes propriamente militares – são
aqueles crimes militares que para seu cometimento exige que o autor seja militar e
crimes impropriamente militares - são aqueles crimes militares que para seu
cometimento pode ser autor tanto o militar como o civil.
2) De acordo com a Teoria Topográfica: crimes propriamente militares são aqueles
que se enquadram no inciso I do art. 9º do CPM e crimes impropriamente militares
são aqueles previstos no art. 9º, inciso II do CPM, ou seja, aqueles que encontram
previsão no CPM e na legislação penal comum, como o homicídio, furto, roubo.
3) De acordo com a teoria processual: crimes propriamente militares são aqueles cuja
ação penal militar só pode ser proposta em face de militar, o que deve ser verificado
ao tempo da ação ou omissão; e crimes impropriamente militares cuja ação pode ser
proposta em face de militar ou civil, como o crime militar de violência contra militar de
serviço – art. 158 do CPM;
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o crime de pederastia ou outro ato de libertinagem previsto no
art. 235 do CPM após o julgamento da ADPF 291
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o crime de pederastia ou outro ato de libertinagem previsto no
art. 235 do CPM após o julgamento da ADPF 291
Art. 33 da Lei 11343/2006 - Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda,
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico
destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em
matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se
utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com
a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas
previstas no art. 28.
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância e da
Lei nº 11.343/2006, acerca do crime de tráfico de drogas realizado em
militares da ativa dentro do quartel, conforme decisão do Supremo Tribunal
Federal.
“Art. 18. As polícias militares e os corpos de bombeiros militares serão regidos por
Código de Ética e Disciplina, aprovado por lei estadual ou federal para o Distrito
Federal, específica, que tem por finalidade definir, especificar e classificar as
transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas a sanções disciplinares,
conceitos, recursos, recompensas, bem como regulamentar o processo administrativo
disciplinar e o funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina Militares, observados,
dentre outros, os seguintes princípios:
VII - vedação de medida privativa e restritiva de liberdade.”
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade ou não da prisão disciplinar pelo militar estadual e
pelo militar federal
- O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou norma federal que extinguiu
a pena de prisão disciplinar no âmbito das polícias militares e dos corpos de
bombeiros militares. Na sessão virtual concluída em 20/5/2022, o Tribunal julgou
procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6595 para derrubar a regra,
prevista na Lei 13.967/2019. A ação foi proposta pelo governador do Rio de Janeiro,
Cláudio Castro;
- A norma teve origem por iniciativa parlamentar. Em voto seguido por unanimidade, o
relator, ministro Ricardo Lewandowski, explicou que compete ao chefe do Poder
Executivo federal a iniciativa de projeto de lei sobre o regime jurídico dos integrantes
das Forças Armadas, e não ao Poder Legislativo. Por sua vez, quando se trata do
regime jurídico de militares estaduais e distritais, a jurisprudência do STF é pacífica ao
concluir pela reserva da iniciativa do chefe do Executivo local, por força do princípio da
simetria.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade ou não da prisão disciplinar pelo militar
estadual e pelo militar federal