Aulao 5 Discursiva Cfo Pmro Questoes

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PROVA DISCURSIVA CONCURSO

CFO PMRO

Prof. Leandro Antunes


@leandroanttuness
PROVA DISCURSIVA CADETE PMRO 2022

- A prova discursiva valerá um total de 100,00 pontos e consistirá


de:
- a) quatro questões dissertativas, relacionadas às matérias
específicas de Direito Penal, Direito Militar, Direito Processual
Penal Militar, Direito Administrativo e Direito Constitucional, a
serem respondidas em até 10 linhas cada, no valor de 15,00
pontos cada, totalizando 60,00 pontos; e
- b) elaboração de uma peça procedimental de competência da
Polícia Judiciária Militar, relacionadas às matérias específicas de
Direito Penal, Direito Militar, Direito Processual Penal Militar,
Direito Administrativo e Direito Constitucional, de até 90 linhas,
no valor de 40,00 pontos
QUESTÃO DISCURSIVA CFO PMDF 2017
Leia, com atenção, a situação hipotética a seguir. Durante uma ação de suporte a
uma força de pacificação, um civil, sem razão aparente, proferiu palavras de baixo
calão e jogou cerveja no uniforme de um cabo do Exército Brasileiro. Considerando a
situação hipotética apresentada e segundo a lei e o entendimento jurisprudencial do
Superior Tribunal Militar, redija um texto dissertativo e (ou) descritivo acerca da
conduta do civil que aborde, necessariamente, os seguintes tópicos:
a) crime cometido pelo civil;
b) pena cabível em abstrato;
c) modalidade de ação penal cabível;
d) instituição responsável para o oferecimento da ação penal;
e) justiça competente;
f) juízo competente para julgamento; e
g) indicação e justificativa se são cabíveis ou não os institutos despenalizadores da
lei dos juizados especiais criminais (Lei no 9.099/1995).
QUESTÃO DISCURSIVA CFO PMDF 2017
QUESTÃO DISCURSIVA CFO PMDF 2017
Desacato a militar
Art. 299. Desacatar militar no exercício de função de natureza militar ou em
razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui outro
crime.

Art. 121. A ação penal somente pode ser promovida por denúncia do
Ministério Público da Justiça Militar.
Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ação penal, quando o
agente for militar ou assemelhado, depende da requisição do Ministério
Militar a que aquele estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o
agente for civil e não houver coautor militar, a requisição será do Ministério
da Justiça.
QUESTÃO DISCURSIVA CFO PMDF 2017
Art. 124 CF - À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares
definidos em lei.

Art. 90-A da Lei 9099/95 - As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito
da Justiça Militar.
QUESTÃO DISCURSIVA CADETE PMGO 2022
Nos termos do art. 24 do Código Penal: ‘’considera-se em estado de
necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.’’ Nesse
contexto, à luz das normas do direito penal comum, discorra sobre o estado
de necessidade abordando, de forma fundamentada, os seguintes aspectos:
a) Distinção entre teoria unitária e teoria diferenciadora.
b) Qual é a teoria adotada pelo Código Penal?
c) É possível que o estado de necessidade se comunique aos coautores e
partícipes?
d) O estado de necessidade é compatível com a aberratio ictus?
e) Distinção entre estado de necessidade agressivo e defensivo.
QUESTÃO DISCURSIVA CADETE PMGO 2022

De início, cumpre destacar que, no âmbito doutrinário, existem duas principais


correntes que fundamentam a natureza jurídica do estado de necessidade,
quais sejam, a teoria unitária e a teoria diferenciadora.

Para a primeira, presentes os requisitos do estado de necessidade, não haverá


crime quando o bem jurídico sacrificado for de valor igual ou inferior ao bem
jurídico protegido.

Se, entretanto, o interesse sacrificado detém valor superior ao interesse


preservado, e era razoável exigir-se o sacrifício desse direito ameaçado, não se
configurará o estado de necessidade, subsistindo o crime, mas, permitindo-se
a redução da pena, de um a dois terços.
QUESTÃO DISCURSIVA CADETE PMGO 2022
Assim, a teoria unitária admite somente o estado de necessidade justificante,
isto é, como causa de exclusão da ilicitude, sendo a corrente adotada pelo
Código Penal.

Por outro lado, a teoria diferenciadora, contrapondo-se à teoria unitária,


atribui ao estado de necessidade efeitos justificante e exculpante.

Nesse sentido, quando o bem jurídico sacrificado for de valor igual ou inferior
ao bem jurídico protegido, restará caracterizado o estado de necessidade
justificante, excludente da ilicitude. Contudo, caso o interesse sacrificado seja
de valor superior ao interesse protegido, incidirá o estado de necessidade
exculpante, causa de exclusão da culpabilidade, em face da inexigibilidade de
conduta diversa.
QUESTÃO DISCURSIVA CADETE PMGO 2022
No ordenamento jurídico brasileiro, a teoria diferenciadora encontra amparo
no Código Penal Militar. Noutro giro, no que concerne à comunicabilidade,
frisa-se que o estado de necessidade se comunica aos demais coautores e
partícipes do delito, eis que, se o fato é licito para um (e, portanto, não há
crime), também é lícito para os demais.
Além disso, o instituto do estado de necessidade também é compatível com o
erro na execução (aberratio ictus), de forma que ficará excluída a ilicitude do
fato quando o agente, para afastar situação de perigo a direito próprio ou
alheio, atinja pessoa ou objeto diverso do desejado, por acidente ou erro no
uso dos meios de execução.
Por fim, o estado de necessidade pode ser agressivo ou defensivo. Neste, o
agente pratica o fato necessitado contra bem jurídico pertencente àquele que
causou o perigo, já, naquele outro, comete o ato contra interesse relacionado
a terceiro inocente, isto é, que não provocou a situação de perigo.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a aplicação do princípio da insignificância e o Direito Penal
Militar
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a aplicação do princípio da insignificância e o Direito Penal Militar
1) Para o STF(HC 175945 AgR) a incidência deste princípio requer as seguintes circunstâncias objetivas:
- mínima ofensividade da conduta do agente;
- nenhuma periculosidade social da ação;
- reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e
- inexpressividade da lesão jurídica provocada.
2) A aplicação do princípio da insignificância em relação aos crimes militares é mais restrita devido à
especificidade de sua legislação e principalmente devido ao bem jurídico tutelado que indiretamente
afetem a hierarquia e a disciplina.
3) Quanto aos crimes patrimoniais, o STM e os TJMEs têm entendimento pacífico de não aplicar este
princípio. O STF já aplicou no crime militar de furto – HC 89104 MC/RS. Na maioria dos precedentes
afasta a aplicação do principio em razão do valor do bem ou por ter cometido o crime no quartel: HC
117215/BA.
4) Sendo crime cometido por civil ou em local civil é possível aplicar o princípio: STF HC 108373/MG.
5) Em relação crime de abandono de posto – socorrer filho que fora internado, em caso de urgência,
para retirada de rim - STF HC 92910/RJ – aplicou o referido princípio;
6) No crime de lesão corporal leve – um único soco – STF HC 95445 DF – aplicou o referido princípio.
RESUMO: APLICAÇÃO DE FORMA CRITERIOSA E CASUÍSTICA
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o interrogatório do réu, no âmbito da Justiça Militar, e a
aplicação do art. 400 do CPP;
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o interrogatório do réu, no âmbito da Justiça Militar, e a
aplicação do art. 400 do CPP;
1) De acordo com o previsto no CPPM, o interrogatório do réu é o primeiro ato
da instrução criminal;
2) No CPP, ocorreu uma alteração no artigo 400 pela Lei 11.719/2008, deixando
o interrogatório como o último ato da instrução criminal;
3) Assim, diante da diferenciação, o STF decidiu, por maioria de votos, no
julgamento do HC 127.900/AM, que se aplica ao processo penal militar a
exigências de realização do interrogatório do réu ao final da instrução criminal,
conforme previsto no art. 400 do CPP; os ministros fixaram a orientação no
sentido de que, a partir da publicação da ata de julgamento, fosse aplicada a
regra do CPP às instruções não encerradas nos processos de natureza penal
militar e eleitoral e a todos os procedimentos penais regidos por legislação
especial.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a classificação dos crimes militares em crimes propriamente e
impropriamente militar, explicitando qual a necessidade desta diferenciação
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a classificação dos crimes militares em crimes propriamente e
impropriamente militar, explicitando qual a necessidade desta diferenciação
1) De acordo com a Teoria Clássica Romana: crimes propriamente militares – são
aqueles crimes militares que para seu cometimento exige que o autor seja militar e
crimes impropriamente militares - são aqueles crimes militares que para seu
cometimento pode ser autor tanto o militar como o civil.
2) De acordo com a Teoria Topográfica: crimes propriamente militares são aqueles
que se enquadram no inciso I do art. 9º do CPM e crimes impropriamente militares
são aqueles previstos no art. 9º, inciso II do CPM, ou seja, aqueles que encontram
previsão no CPM e na legislação penal comum, como o homicídio, furto, roubo.
3) De acordo com a teoria processual: crimes propriamente militares são aqueles cuja
ação penal militar só pode ser proposta em face de militar, o que deve ser verificado
ao tempo da ação ou omissão; e crimes impropriamente militares cuja ação pode ser
proposta em face de militar ou civil, como o crime militar de violência contra militar de
serviço – art. 158 do CPM;
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o crime de pederastia ou outro ato de libertinagem previsto no
art. 235 do CPM após o julgamento da ADPF 291
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o crime de pederastia ou outro ato de libertinagem previsto no
art. 235 do CPM após o julgamento da ADPF 291

Pederastia ou outro ato de libidinagem


Art. 235. Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique ato libidinoso,
homossexual ou não, em lugar sujeito a administração militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre o crime de pederastia ou outro ato de libertinagem previsto no art.
235 do CPM após o julgamento da ADPF 291
Ementa: ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. ART. 235 DO
CÓDIGO PENAL MILITAR, QUE PREVÊ O CRIME DE “PEDERASTIA OU OUTRO ATO DE
LIBIDINAGEM”. NÃO RECEPÇÃO PARCIAL PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988.
1. No entendimento majoritário do Plenário do Supremo Tribunal Federal, a
criminalização de atos libidinosos praticados por militares em ambientes sujeitos à
administração militar justifica-se, em tese, para a proteção da hierarquia e da
disciplina castrenses (art. 142 da Constituição). No entanto, não foram recepcionadas
pela Constituição de 1988 as expressões “pederastia ou outro” e “homossexual ou
não”, contidas, respectivamente, no nomen iuris e no caput do art. 235 do Código
Penal Militar, mantido o restante do dispositivo.
2. Não se pode permitir que a lei faça uso de expressões pejorativas e discriminatórias,
ante o reconhecimento do direito à liberdade de orientação sexual como liberdade
existencial do indivíduo. Manifestação inadmissível de intolerância que atinge grupos
tradicionalmente marginalizados.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância e da
Lei nº 11.343/2006, acerca do crime de tráfico de drogas realizado em
militares da ativa dentro do quartel, conforme decisão do Supremo Tribunal
Federal.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância e da Lei nº 11.343/2006,
acerca do crime de tráfico de drogas realizado em militares da ativa dentro do quartel, conforme
decisão do Supremo Tribunal Federal.

Tráfico, posse ou uso de entorpecente ou substância de efeito similar


Art. 290. Receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, ainda que para uso próprio, guardar, ministrar ou entregar de qualquer
forma a consumo substância entorpecente, ou que determine dependência física ou psíquica, em
lugar sujeito à administração militar, sem autorização ou em desacôrdo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - reclusão, até cinco anos.
Casos assimilados
§ 1º Na mesma pena incorre, ainda que o fato incriminado ocorra em lugar não sujeito à
administração militar:
I - o militar que fornece, de qualquer forma, substância entorpecente ou que determine dependência
física ou psíquica a outro militar;
II - o militar que, em serviço ou em missão de natureza militar, no país ou no estrangeiro, pratica
qualquer dos fatos especificados no artigo;
III - quem fornece, ministra ou entrega, de qualquer forma, substância entorpecente ou que determine
dependência física ou psíquica a militar em serviço, ou em manobras ou exercício.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância e da Lei nº 11.343/2006, acerca do crime de tráfico de drogas realizado
em militares da ativa dentro do quartel, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.

Art. 33 da Lei 11343/2006 - Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda,
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico
destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em
matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se
utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com
a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas
previstas no art. 28.
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância e da
Lei nº 11.343/2006, acerca do crime de tráfico de drogas realizado em
militares da ativa dentro do quartel, conforme decisão do Supremo Tribunal
Federal.

Quanto a aplicação ou não do princípio da insignificância no delito de posse


substância entorpecente na justiça militar, o pleno do STF decidiu pela
INAPLICABILIDADE na Justiça Militar e do novo regramento da Lei nº
11.343/2006 – STF HC 100223 SP;
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade ou não da prisão disciplinar pelo militar
estadual e pelo militar federal
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade ou não da prisão disciplinar pelo militar estadual e
pelo militar federal

Lei nº 13.967/2019 - Altera o art. 18 do Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, para


extinguir a pena de prisão disciplinar para as polícias militares e os corpos de
bombeiros militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, e dá outras
providências.

“Art. 18. As polícias militares e os corpos de bombeiros militares serão regidos por
Código de Ética e Disciplina, aprovado por lei estadual ou federal para o Distrito
Federal, específica, que tem por finalidade definir, especificar e classificar as
transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas a sanções disciplinares,
conceitos, recursos, recompensas, bem como regulamentar o processo administrativo
disciplinar e o funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina Militares, observados,
dentre outros, os seguintes princípios:
VII - vedação de medida privativa e restritiva de liberdade.”
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade ou não da prisão disciplinar pelo militar estadual e
pelo militar federal

- O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou norma federal que extinguiu
a pena de prisão disciplinar no âmbito das polícias militares e dos corpos de
bombeiros militares. Na sessão virtual concluída em 20/5/2022, o Tribunal julgou
procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6595 para derrubar a regra,
prevista na Lei 13.967/2019. A ação foi proposta pelo governador do Rio de Janeiro,
Cláudio Castro;
- A norma teve origem por iniciativa parlamentar. Em voto seguido por unanimidade, o
relator, ministro Ricardo Lewandowski, explicou que compete ao chefe do Poder
Executivo federal a iniciativa de projeto de lei sobre o regime jurídico dos integrantes
das Forças Armadas, e não ao Poder Legislativo. Por sua vez, quando se trata do
regime jurídico de militares estaduais e distritais, a jurisprudência do STF é pacífica ao
concluir pela reserva da iniciativa do chefe do Executivo local, por força do princípio da
simetria.
Exemplo de questão discursiva
Disserte sobre a possibilidade ou não da prisão disciplinar pelo militar
estadual e pelo militar federal

- O ministro afirmou, ainda, que os militares estaduais e distritais, à semelhança


dos integrantes das Forças Armadas, se submetem a um regime jurídico
diferenciado, que tem como valores estruturantes a hierarquia e a disciplina.
Segundo ele, a própria Constituição Federal, "de forma clara e inequívoca",
autoriza a prisão de militares, por determinação de seus superiores
hierárquicos, caso transgridam as regras do regime jurídico ao qual estão
sujeitos.
Nesse sentido, o artigo 5°, inciso LXI, da Constituição Federal prevê que
"ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”.
FOCO NOS ESTUDOS!!!
VAMOS PRA CIMA!!!
@leandroanttuness

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