Lei de Drogas

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Direito Penal

Lei de drogas – Lei 11.343/2006.

Prof.ª Maria Cristina


Lei de Drogas.

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social
de usuários e dependentes de drogas; estabelece
normas para repressão à produção não autorizada e ao
tráfico ilícito de drogas e define crimes.
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se
como drogas as substâncias ou os produtos capazes de
causar dependência, assim especificados em lei ou
relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo
Poder Executivo da União. (Norma penal em branco)
Portaria MS 344, de 12 de maio de 1998.
Lei de Drogas.

Art. 2o Ficam proibidas, em todo o território nacional, as


drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a
exploração de vegetais e substratos dos quais possam
ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a
hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem
como o que estabelece a Convenção de Viena, das
Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de
1971, a respeito de plantas de uso estritamente
ritualístico-religioso.
(Ex. Ayahuasca - Santo daime – fora da lista do
Ministério da Saúde a partir de 2004)
Lei de Drogas.

TÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE
DROGAS
Art. 3o O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar,
organizar e coordenar as atividades relacionadas com:
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção
social de usuários e dependentes de drogas;
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico
ilícito de drogas.
Lei de Drogas.

Título III – Capítulo III


DOS CRIMES E DAS PENAS
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
drogas sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar será submetido às
seguintes penas: (crime/c. penal - Decreto lei 3.914/41)
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa
ou curso educativo.
Lei de Drogas.

- Crime de ação múltipla.


- Uso pretérito não foi tipificado.
- STF - descriminalização – fere o direito à intimidade e
à vida privada -Votaram em setembro de 2015 a favor da
descriminalização do uso e porte da maconha (Gilmar
Mendes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso).
- Destinação da droga: uso (como aferir?) art. 28, § 2º.
- Uso e tráfico – absorção.
- Bem jurídico protegido: a saúde pública? Crime de
perigo abstrato.
Lei de Drogas.

- Tentativa (na modalidade permanente é impossível).


Quanto ao verbo adquirir, há divergência em relação à
necessidade ou não de recebimento da droga para a
consumação do crime.
- Competência: Juizado Especial Criminal.
Lei de Drogas.

Art. 28. (...)


§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência
física ou psíquica. (figura equiparada)
§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da
substância apreendida, ao local e às condições em que se
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais,
bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
Lei de Drogas.

Art. 28. (...)


§ 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput
deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5
(cinco) meses.

§ 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos


incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo
prazo máximo de 10 (dez) meses.
Lei de Drogas.

Art. 28. (...)


§ 5o A prestação de serviços à comunidade será
cumprida em programas comunitários, entidades
educacionais ou assistenciais, hospitais,
estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem
fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da
prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e
dependentes de drogas.
Lei de Drogas.

Art. 28. (...)


§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas
educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III,
a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o
juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
§ 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à
disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento
de saúde, preferencialmente ambulatorial, para
tratamento especializado.
Lei de Drogas.

Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se


refere o inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à
reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-
multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta)
nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um,
segundo a capacidade econômica do agente, o valor de
um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário
mínimo.
Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da
multa a que se refere o § 6o do art. 28 serão creditados à
conta do Fundo Nacional Antidrogas.
Lei de Drogas.

Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a


execução das penas, observado, no tocante à
interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e
seguintes do Código Penal.
Lei de Drogas.

Site Dizer o Direito, 27 de outubro de 2018.


O porte de droga para consumo próprio, previsto no art.
28 da Lei nº 11.343/2006, possui natureza jurídica de
crime.
O porte de droga para consumo próprio foi somente
despenalizado pela Lei nº 11.343/2006, mas não
descriminalizado.
Mesmo sendo crime, o STJ entende que a condenação
anterior pelo art. 28 da Lei nº 11.343/2006 (porte de
droga para uso próprio) NÃO configura reincidência.
Lei de Drogas.

Argumento principal: se a contravenção penal, que é


punível com pena de prisão simples, não configura
reincidência, mostra-se desproporcional utilizar o art. 28
da LD para fins de reincidência considerando que este
delito é punida apenas com “advertência”, “prestação de
serviços à comunidade” e “medida educativa”, ou, seja,
sanções menos graves e nas quais não há qualquer
possibilidade de conversão em pena privativa de
liberdade pelo descumprimento. STJ. 5ª Turma. HC
453.437/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado
em 04/10/2018. STJ. 6ª Turma. REsp 1672654/SP, Rel. Min.
Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 21/08/2018.
Lei de Drogas.

DOS CRIMES E DAS PENAS


Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir,
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa.
Bem jurídico protegido: a saúde pública.
Lei de Drogas.

18 verbos – crime de ação múltipla.


Importar – afasta o crime de contrabando (art. 334 do
CP – princípio da especialidade).
Preparar = combinar substâncias não entorpecentes,
formando uma tóxica.
Produzir = criar.
Remeter = deslocar a droga de um local para outro do
território nacional. # transportar (uso de veículo).
Guardar # ter em depósito (guardar para 3º e ter em
depósito para si mesmo // ter em depósito é provisório –
controvérsia.
Lei de Drogas.

- Norma penal em branco - Portaria nº 344/98 da


ANVISA.
- Elemento normativo: “sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar”.
- Alguns verbos de consumação instantânea e outros
permanentes (guardar e ter em depósito).
- Tentativa possível, mas de difícil configuração.
- Súmula 145 do STF: É nulo o flagrante quando a
preparação do flagrante pela polícia torna impossível a
consumação do delito. (adquirir # ter em depósito).
Lei de Drogas.

- Pena de multa. Inconstitucional por ofensa ao


princípio da proporcionalidade? Os Tribunais não tem
reconhecido.
Lei de Drogas.

Art. 33. (...) § 1o Nas mesmas penas incorre quem:


I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire,
vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em
depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima,
insumo ou produto químico destinado à preparação de
drogas;
Matéria prima: substâncias das quais podem ser extraídas o
produzidas drogas. Elas integram o produto.
Insumo: também é usado na produção, mas não integra o
produto final.
Lei de Drogas.

Art. 33. (...)


§ 1o (...)
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar,
de plantas que se constituam em matéria-prima para a
preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que
tem a propriedade, posse, administração, guarda ou
vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico
ilícito de drogas.
Lei de Drogas.

Art. 33. (...)


§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido
de droga: (pessoa indeterminada – art. 286CP/ tráfico).
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de
100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de
lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a
consumirem: (não há tentativa).
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e
pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas
previstas no art. 28.
Lei de Drogas.

CP

Incitação ao crime
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Lei de Drogas.

Art. 33. (...)


§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste
artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a
dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de
direitos, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas
nem integre organização criminosa.
4 requisitos.
Vedação à substituição. Declarada inconstitucional.
Resolução nº 5 do Senado Federal – 2012).
Não é equiparado a hediondo // Inconstitucional (?)
Lei de Drogas.

- Como escolher a fração a ser aplicada? Quantidade de


droga? O Plenário do STF entendeu ser bin in idem – art.
42 da Lei 11.343/2006.

Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com


preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código
Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do
produto, a personalidade e a conduta social do agente.

OBS. Reincidência como agravante e sendo motivo para


recusar a causa especial de diminuição de pena (?)
Lei de Drogas.

Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer,


vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir,
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente,
maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
destinado à fabricação, preparação, produção ou
transformação de drogas, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e
pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil)
dias-multa.
Ato preparatório do art. 33 da Lei 11.343/2006.
Balança de precisão (? – TJSP)
Lei de Drogas.

Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim


de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e
pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos)
dias-multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste
artigo incorre quem se associa para a prática reiterada
do crime definido no art. 36 desta Lei.
Crime plurissubjetivo – mera reunião ocasional (? –
associarem-se indica pacto de ajuste de vontades).
Lei de Drogas.

- Crime formal – consuma-se com a mera união dos


envolvidos.

- Art. 33 e art. 35 – concurso material – reiteradas


decisões no STF.

- Tentativa não é possível.


Lei de Drogas.

Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos


crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta
Lei:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e
pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro
mil) dias-multa.
Crime autônomo (lei anterior seria partícipe no art. 33).
Deve ser financiador contumaz (habitual) – art. 40, VII.
Tentativa inadmissível.
Lei de Drogas.

Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo,


organização ou associação destinados à prática de
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o,
e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento
de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.
Informante colaborador (de grupo/org ou assoc). Ex.
policial (não faz parte do grupo/org/assoc).
Tentativa inadmissível.
Lei de Drogas.

Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas,


sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-
multa.
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao
Conselho Federal da categoria profissional a que
pertença o agente.
Lei de Drogas.

Prescrever = receitar
Ministrar = inocular, introduzir.
Se for dolosa a conduta = crime de tráfico.
Crime culposo, mas não um tipo aberto.
Crime próprio – médico, dentista, farmacêutico ou
enfermeiro.
Lei de Drogas.

Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o


consumo de drogas, expondo a dano potencial a
incolumidade de outrem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além
da apreensão do veículo, cassação da habilitação
respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da
pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de
200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas
cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6
(seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos)
dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo
for de transporte coletivo de passageiros.
Lei de Drogas.

Bem jurídico protegido: segurança no espaço aéreo e


aquático.
Para que haja o crime, deve o agente conduzir a
aeronave ou embarcação de forma anormal, expondo a
perigo a incolumidade de outrem. Se for veículo
automotor em via pública, o crime é o do art. 306 do
CTB.
Tentativa inadmissível.
Lei de Drogas.

Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei


são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do
produto apreendido e as circunstâncias do fato
evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função
pública ou no desempenho de missão de educação,
poder familiar, guarda ou vigilância;
Lei de Drogas.

Art. 40. (...)


III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de
locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de
serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou
em transportes públicos;
Enumeração taxativa.
Lei de Drogas.

Art. 40. (...)


IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave
ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer
processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo,
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e
determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
Lei de Drogas.

Súmula 587 STJ

Para a incidência da majorante prevista no artigo 40,


inciso V, da lei 11.343/06 é desnecessária a efetiva
transposição de fronteiras entre Estados da Federação,
sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção
de realizar o tráfico interestadual.
Lei de Drogas.

Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar


voluntariamente com a investigação policial e o processo
criminal na identificação dos demais co-autores ou
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do
produto do crime, no caso de condenação, terá pena
reduzida de um terço a dois terços.

Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com


preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código
Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do
produto, a personalidade e a conduta social do agente.
Lei de Drogas.

Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts.


33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art.
42 desta Lei, determinará o número de dias-multa,
atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas
dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem
superior a 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo.
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de
crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem
ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação
econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes,
ainda que aplicadas no máximo.
Lei de Drogas.

Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e


34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de
sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória,
vedada a conversão de suas penas em restritivas de
direitos.
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste
artigo, dar-se-á o livramento condicional após o
cumprimento de dois terços da pena, vedada sua
concessão ao reincidente específico.
Lei de Drogas.

Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da


dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso
fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação
ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Parágrafo único. Quando absolver o agente,
reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à
época do fato previsto neste artigo, as condições
referidas no caput deste artigo, poderá determinar o
juiz, na sentença, o seu encaminhamento para
tratamento médico adequado.
Lei de Drogas.

Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a


dois terços se, por força das circunstâncias previstas no
art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da
ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento.
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em
avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento
do agente para tratamento, realizada por profissional de
saúde com competência específica na forma da lei,
determinará que a tal se proceda, observado o disposto
no art. 26 desta Lei.

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