Uma Reflexão Sobre o Comportamento Humano - O Trânsito Como Um Espaço de Convivência Social
Uma Reflexão Sobre o Comportamento Humano - O Trânsito Como Um Espaço de Convivência Social
Uma Reflexão Sobre o Comportamento Humano - O Trânsito Como Um Espaço de Convivência Social
PÓS-GRADUAR
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
BELO HORIZONTE
2012
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PÓS-GRADUAR
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
BELO HORIZONTE
2012
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AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................6
2 O TRÂNSITO..............................................................................................9
5 CONCLUSÃO.............................................................................................38
6 REFERÊNCIAS...........................................................................................40
Anexos...........................................................................................................45
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1 INTRODUÇÃO
Considera-se que esse tema tenha grande relevância, uma vez que, a partir
do momento que se compreende o trânsito como um espaço de convivência social,
percebe-se a importância do comportamento humano para a manutenção da paz
principalmente nos centros urbanos.
Desse modo, esse estudo pretende ser uma referência para a reflexão e o
debate de como o trânsito urbano pode ser melhorado a partir da mudança no
comportamento das pessoas. Espera-se que, a partir dele, novos estudos venham a
ser realizados, uma vez que, quando se trata de buscar soluções para os problemas
de grande importância para a sociedade quanto são os do trânsito, todas as
discussões que possam vir a acrescentá-lo, são bem-vindas.
1.1 O Problema
O problema que norteou esse estudo pode ser assim descrito: como diminuir
a violência e acidentes de trânsito?
1.2 A hipótese
2 O TRÂNSITO
Assim, se por um lado a invenção dos veículos deu maior mobilidade aos
homens, facilitando seu deslocamento, sua comunicação e interação com os outros,
para comportar o tráfego fez-se necessário que se construíssem as ruas e estradas
que formam o sistema viário, e, sobretudo, que se criassem leis que permitissem um
trânsito fluido e seguro.
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Freitas e Ferreira (2010, p. 122) avaliam que por não haver unicidade em
relação à obrigatoriedade de construção e manutenção, menos ainda de fiscalização
destes componentes, o sistema se torna inseguro, resultando em um número maior
de acidentes de trânsito.
Freitas e Ferreira (2010) revelam que os leitos carroçáveis são a parte dessa
infraestrutura que mais recebe investimentos por parte dos órgãos governamentais,
uma vez que são neles que os veículos transitam, principalmente os particulares.
Nesse viés, vale ainda lembrar que o conceito de trânsito está intimamente
agregado ao elemento comportamental, haja vista que o bom trânsito exige que os
indivíduos equilibrem entre si os seus desejos, interesses e necessidades, pois,
caso contrário, acabarão se afastando das normas sociais, causando conflitos e
provocando, até mesmo, graves acidentes, que será exatamente o tema abordado
na próxima seção.
Honorato (2011, p. 15) vai além, considerando que o ideal seria que o termo
acidente passasse a ser substituído por “evento culposo (ou doloso) de trânsito”. Em
sua concepção, essa mudança de conceito é importante na medida em que permite
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afastar “[...] a falsa noção de mera fatalidade, atribuindo-se à conduta humana que
gerou o evento juridicamente relevante, o devido grau de responsabilidade”.
NACIONAL
e o registro dos órgãos de trânsito também não refletem o número real de acidentes
ocorridos.
A coleta de dados como estes servem para gerar as análises dos acidentes
e, para que, a partir destas, sejam criadas políticas públicas de intervenção,
campanhas e ações de prevenção e conscientização. Estas análises são
normalmente feitas em termos de sua morfologia, sua anatomia e seus custos.
idade avançada ou a alteração por álcool, drogas e outros fármacos que alteram o
estado de vigília e reduzem o grau de ativação necessário para uma direção segura.
Afora o caso das pessoas que são permanentemente agressivas, seja por
não possuírem estabilidade emocional para conduzir veículos ou por serem
portadoras de algum tipo de transtorno (esquizofrenia, bipolaridade, etc.), tem-se
ainda os casos que a manifestam pela necessidade de se fazer notar, a
agressividade orgânica, que é aquela que se manifesta pela cólera, ressentimento,
irritação, bem como aquele condutor que se entrega a comportamentos agressivos
para se livrar do tédio.
Entre outras infrações de alto risco (conforme anexo II), o CTB estabeleceu
em seu art. 74 que a educação para o trânsito é um direito e dever de todos,
sugerindo no art. 79, que órgãos e entidades pudessem firmar convênio com outros
órgãos da União, do Estado e dos Municípios, para desenvolver medidas e
campanhas que contribuíssem nesse sentido.
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Por outro lado, a tabela abaixo demonstra o resultado obtido por Waiselfisz
(2011b), com relação ao número de óbitos por categoria nos acidentes de trânsito,
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para todo o Brasil. Pode-se observar que as estatísticas demonstram que o mais alto
percentual de mortes envolve os motociclistas.
De acordo com Abreu et al. (2010), assim como em diversos outros países,
no Brasil o consumo de álcool é apontado como um dos principais fatores de
acidentes com vítimas.
resiste menos tempo aos ferimentos, já que as hemorragias quase sempre são
fatais”. (PRF, 2012, p.1).
A chamada Lei Seca (Lei 11.705) surgiu, dentro desse cenário, como
tentativa de diminuir os altos percentuais de acidentes provocados pelo uso de
bebidas alcoólicas concomitante com direção. Este dispositivo legal, ao alterar os
artigos 165, 276 e 277 do CTB, determinou ser infração gravíssima dirigir após
ingestão de álcool ou outras substâncias psicotrópicas, passível de multa e de
suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Além disso, prevê ainda a retenção do
veículo até que um condutor habilitado possa retirá-lo.
Estabeleceu-se por meio do artigo 277 do CTB que todo condutor de veículo
automotor que for pego trafegando sob suspeita de haver ingerido bebida alcóolica
acima dos limites previstos em Lei, deverá se submeter atestes de alcoolemia para
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certificar seu estado de embriaguez, que poderão ser realizados por meio do
etilômetro (ou bafômetro como ficou vulgarmente conhecido), exames clínicos ou
outros testes realizados por meios técnicos ou científicos, desde que os aparelhos
sejam homologados pelo Contran (PRF, 2012).
Estes dispositivos têm como função primordial reduzir o risco das crianças,
em caso de colisão ou de desaceleração repentina do veículo, contendo o
deslocamento do corpo da criança.
Como se sabe, mudar uma prática que, mais que social é cultural, não é
tarefa fácil. Entretanto, isso foi conseguido a partir de uma “campanha local,
envolvendo importantes agências sociais, cujos representantes reuniam-se no
Fórum Permanente pela Paz no Trânsito, organizado pela Universidade de Brasília
(UnB).” (MACHADO; TODOROV, 2007, p.1).
5 CONCLUSÃO
Enquanto isso, milhares de vidas são ceifadas, muitas vezes na mais tenra
idade, causando inúmeros sofrimentos e redundando em custos altíssimos para toda
a sociedade.
Contudo, esta não pode ser considerada a única responsável por mudar os
comportamentos problemáticos no trânsito. Seria interessante também que se
pudessem aumentar os recursos humanos que trabalham como agentes de trânsito,
tornar a legislação mais rigorosa, investir em um sistema viário mais fluido, sem
deixar de lado as campanhas preventivas e de conscientização.
6 REFERÊNCIAS
ABREU, Ângela Maria Mendes; LIMA, José Mauro Braz de; MATOS, Ligia Neres;
PILLON, Sandra Cristina. Uso de álcool em vítimas de acidentes de trânsito:
estudo do nível de alcoolemia. Rev. Latino-Am. Enfermagem. n. 18. 2010. p.513-20.
ANDRADE, Selma Maffei de; SOARES, Darli Antônio; BRAGA, Gabriel Pereira;
MOREIRA, Jemima Herrero; BOTELHO, Fábio Martins Nardo. Comportamentos de
risco para acidentes de trânsito: um inquérito entre estudantes de medicina na
região sul do Brasil. Rev Assoc Med Bras. 2003; 49(4): 439-44.
BARROS, Daniel Martins de. Beber, dirigir, morrer: por uma lei seca baseada em
evidências. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/daniel-martins-de-
barros/beber-dirigir-morrer-por-uma-lei-seca-baseada-em-evidencias/?
doing_wp_cron=1346149391> Acesso: 25 ago. 2012.
BASTOS, Yara Gerber Lima; ANDRADE, Selma Maffei de; CORDONI JUNIOR, Luiz.
Acidentes de Trânsito e o Novo Código de Trânsito Brasileiro em Cidade da
Região Sul do Brasil (1999) Inf. Epidemiol. Sus. 1999, vol. 8, n. 2, pp. 37-45.
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ago. 2012.
LUCCA, Eliane de. Habilidade social: uma questão de qualidade de vida. [2004]
Disponível em: < http://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?
codigo=A0224&area=d4&subarea=> Acesso: 22 ago. 2012.
MACHADO, Vívica Lé Sénéchal; TODOROV, João Claudio. A travessia na faixa de
pedestre em Brasília (DF/ Brasil): exemplo de uma intervenção cultural. Revista
Brasileira de Análise do Comportamento / Brazilian Journal of Behavior Analysis,
2008, Vol. 4, no. 2, pp.191-204.
ONUBR. Organização das Nações Unidas. Década de Ação pelo Trânsito Seguro
2011-2020. Disponível em: <http://www.onu.org.br/decada-de-acao-pelo-transito-
seguro-2011-2020-e-lancada-oficialmente-hoje-11-em-todo-o mundo/> Acesso: 22
ago. 2012.
ANEXOS