#Tema 4 - Geração de Energia Elétrica
#Tema 4 - Geração de Energia Elétrica
#Tema 4 - Geração de Energia Elétrica
Há, obviamente, uma conexão entre o nível de consumo energético de um país e o seu próprio
desenvolvimento. No mundo moderno, a melhora das condições de vida está intrinsecamente
ligada ao acesso direto à energia elétrica. Na verdade, o consumo de energia elétrica per
capita é tomado como índice de desenvolvimento de um país. Desse modo, é incongruente
pensar em uma nação desenvolvida sem acesso à energia.
O consumo de energia elétrica tem aumentado em todos os ramos, seja ele residencial,
comercial ou industrial. O fato de os combustíveis fósseis serem recursos limitados, aliado ao
impacto ambiental que proporcionam, fez com que vários países explorassem fontes
alternativas de energia. Energia alternativa é, geralmente, definida como qualquer fonte de
energia que não seja baseada em combustíveis fósseis ou em reações nucleares. A eletricidade
gerada por meio da ação do vento, dos raios do Sol, de fontes geotérmicas e hídricas e da
biomassa são exemplos de energia alternativa, também, por vezes, denominada energia
“verde” ou de fontes renováveis
Um detalhe que merece atenção é o quanto uma dada tecnologia é eficiente no seu processo
de conversão energética. Uma turbina eólica converte, no máximo, 59,3% do vento (o
chamado limite de Betz), ao passo que uma turbina hídrica pode alcançar até 90%, e uma a
vapor chega a 60%. No caso de uma célula solar, a faixa de eficiência varia bastante,
geralmente entre 6 e 40%.
Até o momento, os combustíveis fósseis têm sido a principal fonte de energia, a qual
vem sendo esgotada a uma taxa acelerada, dificultando, portanto, o atendimento às
necessidades de energia no futuro. É urgente que se desenvolvam tecnologias que
utilizem fontes de energias limpas e renováveis para solucionar tais problemas. A
energia solar entra neste quadro, já que é abundante e livre das emissões dos gases de
efeito estufa.
Hidroeletricidade
Ver tbm o material Geração de energia elétrica através da energia hidráulica e seus
impactos ambientais na pasta: G:\.shortcut-targets-by-id\
0Bxc90rBpLm2YLWdVWXo0X2lfNzg\ROANA_ifJU\ENGENHARIA ELÉTRICA\
CONCURSOS\Concurso IF sertão\1-Geração de energia elétrica convencional
Hidroeletricidade, Termoeletricidade
(ii) O vertedouro (ou sangrador) é uma estrutura usada para descarregar o excesso de
água que o reservatório possa acumular devido às chuvas abundantes, quando a vazão
do rio supera a capacidade de armazenamento do reservatório. O vertedouro está
localizado no topo deste. Não há um cronograma preestabelecido para a sua abertura, e
o escoamento pode acontecer via comportas (caso da usina de Itaipu). O vertedouro é
uma alternativa de segurança para a barragem.
(iv) As comportas são as estruturas por meio das quais o fluxo de água alcança as
turbinas. São, geralmente, feitas de concreto armado ou aço. As comportas de concreto
armado são adequadas para quedas menores de água (até 30 m), e as de aço são
projetadas para qualquer queda d’água. Vários dispositivos (como válvulas, por
exemplo) são acoplados às comportas para a sua proteção. As comportas também são
importantes durante os momentos de manutenção de uma hidrelétrica, já que podem
impedir o fluxo de água para as turbinas.
(b) Turbinas – são os equipamentos usados para converter a energia da queda d’água
(energia cinética) em energia mecânica.
O Impacto Ambiental
Na construção de uma hidrelétrica, há impactos ambientais que precisam ser analisados,
como, por exemplo: (i) a inundação da terra, provocando afogamento de espécies da
fauna e da flora; e (ii) a desapropriação dos residentes locais, forçando sua remoção
para outras áreas.9 Dessa forma, o principal impacto costuma ser o alagamento de áreas
importantes e o desaparecimento do habitat de animais da região. Na verdade, há
impactos sociais, econômicos e culturais que vão além da área inundada. As ações de
mitigação desses impactos podem não ser completamente eficientes, não compensando
todos os efeitos negativos decorrentes da obra. Estima-se que, no Brasil, os mais de 34
mil km2 de terras inundadas para a construção das centenas de hidrelétricas brasileiras
provocaram o deslocamento compulsório de aproximadamente 250 mil famílias.
Geração Nuclear
Energia Eólica
[VitalSource Bookshelf: Fundamentos de Energia Eólica]:
As fontes de energias convencionais como o óleo, o gás natural, o carvão ou a energia nuclear
sãofinitas e poluem o planeta. Ao mesmo tempo, há uma forte oposição popular contra o
fortalecimento da energia nuclear em muitas partes do mundo. Assim, devido à atenção com
as questões do meio ambiente e o esgotamento dos combustíveis fósseis, foi demandada uma
busca para mais fontes de energia. Nesse cenário, surgem as energias renováveis, que são
limpas e abundantes e que terão que contribuir cada vez mais para a já crescente necessidade
de energia no futuro. A não emissão de alguns poluentes na atmosfera terrestre por parte da
geração renovável representa uma vantagem significa-tiva comparada às usinas fósseis. Entre
as fontes renováveis, a eólica ganhou certo destaque mundial, principalmente pela boa
experiência ocorrida em países como Dinamarca e Alemanha.
Energia Solar
O Brasil, por ser um país localizado, em sua maior parte, na região intertropical, tem grande
potencial de energia solar durante todo o ano. É importante ressaltar que mesmo as regiões
com menores índices de radiação apresentam grande potencial de aproveitamento energético.
Existe uma infinidade de pequenos aproveitamentos da energia solar no Brasil, mas isso ainda
é pouco significativo diante do grande potencial existente. A utilização da energia solar traz
benefícios em longo prazo para o país, viabilizando o desenvolvimento de regiões remotas (nas
quais o custo da eletrificação pela rede convencional é demasiadamente alto em relação ao
retorno financeiro do investimento), regulando a oferta de energia em períodos de estiagem,
diminuindo a dependência do mercado de petróleo e reduzindo as emissões de gases
poluentes à atmosfera, como estabeleceu a Conferência de Kyoto. Hoje em dia, essa energia
ainda tem uma participação incipiente na matriz energética brasileira. Há uma proliferação
maior da energia solar térmica para o aquecimento de água no mercado nacional,
principalmente para o emprego entre as classes A e B da sociedade, na indústria e nos serviços
de hotelaria.
O Atlas Solarimétrico do Brasil, publicado em 2000, mostra que o país tem um grande
potencial de aproveitamento da energia solar em todo o seu território, o que se dá devido à
sua localização tropical. A média de 5 kWh/m2/dia é bem semelhante ao valor europeu, de
apenas 0,5 kWh/m2/dia a mais do que o brasileiro. A região Nordeste apresenta a menor
variabilidade interanual das médias anuais do total diário de irradiação solar incidente, entre
5,7 e 6,1 kWh/m2, com uma radiação global média de 5,9 kWh/m2 e uma radiação média de
plano inclinado de 5,8 kWh/m2. Esses valores são seguidos pela região Norte (entre 5,2 e 5,8
kWh/m2).
Vantagens:
(a) A energia solar não polui durante seu uso. A poluição decorrente da fabricação dos
equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável hoje
em dia;
(b) As centrais necessitam de manutenção mínima;
(c) Os painéis solares tornam-se, dia após dia, mais potentes, ao mesmo tempo em que seu
custo vem decaindo. Isso transforma a energia solar, cada vez mais, em uma solução
economicamente viável;
(d) A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em
pequena escala não exige enormes investimentos em linhas de transmissão;
(e) Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente
todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a
diminuir esta demanda e, consequentemente, a perda de energia que ocorreria na
transmissão.
Desvantagens:
(a) Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica (chuvas,
neve), além de, durante a noite, não haver produção alguma, o que exige meios de
armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não
estejam ligados à rede de transmissão de energia;
(b) Locais em latitudes médias e altas (por exemplo: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia, Sul da
Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de inverno, devido à
menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens
(Curitiba, Londres) tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de
nebulosidade;
(c) As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas,
por exemplo, aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), à energia hidrelétrica (água) e à
biomassa (bagaço da cana ou da laranja).
Neste último, toda potência gerada pelo usuário volta em crédito na sua fatura de
energia elétrica.
Geração distribuída.
[Livro Marcello Energia Solar Fotovoltaica – Conceitos e Aplicações - Sistemas Isolados e
Conectados à Rede ]
redes em que o fluxo de potência se dá em múltiplas direções devido à presença cada vez
maior da geração distribuída.
A microrrede pode ser entendida como uma rede autônoma em baixa ou média tensão,
controlável, com geração distribuída (GD) e capacidade de armazenamento de energia
apta a operar conectada (on-grid) ao sistema elétrico de potência (SEP) ou desconectada
(off-grid) desse sistema.