Resumo Cirurgia Bucal
Resumo Cirurgia Bucal
Resumo Cirurgia Bucal
técnicas de bloqueio)
Planejamento em exodontia - pacientes que fazem uso de anticoagulantes,
agentes imunossupressores, bifosfonatos
- descrever tudo, tipo de cirurgia, nervos
anestesiados, exames complementares Anestesia e sedação
(radiográfico), prescrição medicamentosa...
- inervação
- necessidade x oportunidade - dor x pressão: a anestesia resulta na perda de
sensação de dor, temperatura e toque, mas não
Avaliação médica pré-cirúrgica anestesia as fibras proprioceptivas dos nervos
envolvidos, o que faz com que o paciente sinta a
- pedir exames se preciso; pressão exercida, principalmente, quando a força é
intensa.
Indicações - ansiolíticos (midazolam, diazepam, lorazepam).
- inalação de óxido nitroso.
- cáries extensas
- necrose pulpar Técnicas em exodontia
- dentes com focos de infecção
- dentes decíduos/erupção Simples/ não complicada
- dentes inclusos ou retidos - dentes com coroa íntegra ou parcial
- dentes supranumerários - raízes com apoio para fórceps ou alavanca
- razões ortodônticas (falta de espaço no arco)
- raízes fraturadas Complicada
- dentes dentro de neoplasias benignas - dentes multirradiculares com coroa destruída
- dentes com doença periodontal - dentes ectópicos
- dentes mal posicionados - dentes portadores de pino intraradicular
- dentes associados a lesões patológicas - dentes ou raízes sem apoio para fórceps ou
- radioterapia** alavanca
- dentes envolvidos em fraturas - dentes anquilosados
- questões financeiras - hipercementose
- dilacerações
Contra-indicações
Avaliação clínica dos dentes a serem extraídos
- são relativas – oportunidade cirúrgica
- acesso ao dente (pacientes com dificuldade de
Sistêmicas: abertura de boca = trismo; dentes mal
- doenças sistêmicas não controlada posicionados, com apinhamento dentário)
Ex: diabetes não controlada, coagulopatias, - mobilidade dentária (dentes com doença
leucemia, doenças cardíacas severas etc.. periodontal são mais fáceis de serem extraídos, ao
passo que dentes anquilosados ou com
Gestação: (2º trimestre da gestação o mais hipercementose são mais difíceis)
indicado para exodontia) – 1º e 3º tremestre X - condições da coroa (dentes com restaurações ou
(deve-se evitar o máximo, só atender em casos de cáries extensas dificultam a remoção)
urgência e emergência)
Exame radiográfico
Locais:
- radioterapia/ osteorradionecrose - relação com estruturas vitais (seio maxilar, canal
(se tiver indicação de extração, o indicado é tirar mandibular e forame mentoniano)
antes da radioterapia) - configuração das raízes (número de raízes,
- dentes localizados dentro de tumores malignos curvatura, forma, tamanho, cárie e reabsorção
- pericoronarite grave ao redor de um 3º molar radicular)
retido - condições do osso adjacente (avaliar densidade
- abcesso dentoalveolar agudo (não é contra- do osso circundante); osso mais radiolúcido:
indicado, a anestesia que muitas vezes é mais
menos denso, fácil extração; osso mais Princípios para uso de alavanca e fórceps
radiopaco: densidade aumentada, difícil extração.
- analisar região apical/ detectar lesões - As alavancas auxiliam na luxação.
radiolúcidas. - O fórceps continua o processo promovendo a
expansão óssea e ruptura do ligamento
PRINCÍPIOS EM EXODONTIAS SIMPLES periodontal.
Objetivos do uso de fórceps: expansão do alvéolo
Movimentos importantes utilizados no fórceps através das pontas ativas e remoção do dente do
e alavanca alvéolo.
(pontas ativas dos fórceps sempre em vestibular e
PREENSÃO - LUXAÇÃO – TRAÇÃO lingual)
- 5 principais movimentos dos fórceps:
PREENSÃO: 1. Pressão apical:
- Apreender primeiro pela lingual/palatina, pois é - A pressão apical sobre os dentes causa
de difícil acesso. expansão óssea.
- Pontas ativas mais apical possível, longo eixo do - o centro de rotação do dente é deslocado
dente. o mais apicalmente possível, diminuindo o
risco de fratura no ápice.
LUXAÇÃO: intrusão, pendulares (V e L), - ** se o centro de rotação não estiver
rotacional e tração. suficientemente apical, ele fica muito
oclusal, o que causa excesso de
TRAÇÃO: remoção do dente. movimento apical, aumentando, assim, o
risco de fratura no ápice radicular.
Princípios mecânicos envolvidos na extração - dentes com íntimo contato com o seio
dentária maxilar – Não uso essa técnica. Ex:
molares superiores.
Movimentos mecânicos
2. Força vestibular:
Sequência: (cunha, cunha e rotação, roda e eixo e - a pressão vestibular causa expansão da
alavanca) cortical vestibular, principalmente da crista
óssea do alvéolo.
- Alavanca: atua como elevador, responsável por - é importante ressaltar que também gera
adentrar no ligamento periodontal, ocasionando o pressão lingual no ápice, assim, força
deslocamento da raiz em direção oclusal e, excessiva vestibular pode ocasionar fratura
consequentemente, para fora do alvéolo. no terço apical da raiz.
Utiliza a alavanca seldin reta (desloca e segura até a resistência)
- Cunha: as pontas ativas dos fórceps agem como 3. Pressão palatina ou lingual:
uma “cunha”, expandindo o osso alveolar e - similar à força vestibular, no entanto visa
deslocando o dente em direção oclusal. E alavanca à expansão da cortical lingual, sem
reta também atua como “cunha”. (CRIAR UM ocasionar força excessiva no terço apical
ESPAÇO ENTRE O DENTE E O OSSO) da raiz vestibular.
(desloca e segura até a resistência)
- Roda e eixo= alavanca triangular ou tipo
bandeira: quando fragmento de raiz é deixado no 4. Pressão rotacional:
alvéolo. O cabo atua como eixo e a ponta da - consiste em girar o dente. (roda e segura
alavanca triangular atua como uma roda e eleva a até a resistência)
ponta da raiz para fora do alvéolo. - dentes com raízes únicas, cônicas (como
Utiliza a alavanca bandeirinha/ seldin curva incisivos maxilares e pré-molares
Luxação: alavanca/ponta ativa/ parte mandibulares - em especial o 2º pré-molar)
superior voltada para coroa do dente. e com raízes que não sejam curvas são
Remoção: alavanca/parte inferior em mais passíveis de serem luxados por essa
contato com a cervical do dente. técnica).
- dentes multirradiculares, não cônicos, - alavanca reta.
curvo são mais fáceis de sofrer fraturas - realização dos 3 movimentos (cunha,
com essa técnica – Não usa essa técnica. alavanca e roda e eixo).
- alavanca é inserida perpendicularmente
5. Força de tração: ao dente dentro do espaço interdental
- são úteis para remover o dente do alvéolo (quando a papila é descolada também).
quando se tem obtido uma boa expansão - a alavanca é girada no seu longo eixo:
óssea. porção inferior da ponta encosta em osso
- deve ser limitadas à parte final do alveolar; porção superior ou oclusal gira
processo e deve ser bem delicada, utilizar em direção ao dente a ser extraído.
força leve. ** usa-se a alavanca pelas proximais
(mesial e distal).
Espessura/densidade do osso cortical - se o dente vizinho estiver quebrado ou
ausente à quantidade de movimento obtido
MAXILA será maior. Se estiver dente vizinho, a
quantidade de movimento deve ser
- osso vestibular: mais fino; mínima.
- osso palatino: mai espesso; 3. Adaptação do fórceps ao dente
- em geral, forças por vestibular são mais intensas
e forças por palatina menos vigorosas. - pontas ativas do fórceps devem está
paralelo ao longo eixo do dente.
MANDÍBULA - Pontas ativas abaixo do tecido mole
descolado.
- osso vestibular: mais fino na região anterior. Por - fórceps deve ser forçado o mais apical
consequência, os pré, caninos e incisivos, são possível.
removidos com força vestibular intensa e pressão
lingual menos vigorosa. 4. Luxação do dente com o fórceps (entra
- já os dentes molares têm um osso vestibular mais os 3 primeiros movimentos do fórceps)
espesso, necessitando, assim, uma pressão lingual
mais intensa do que os outros dentes da boca. - maior amplitude do movimento para
tábua óssea de menor resistência, ou seja,
Procedimentos para extração fechada para o osso mais fino/fraco.
- maxila e todos os dentes da mandíbula,
Técnica aberta: técnica de retalho com exceção dos molares, o principal
- força excessiva é necessária para remover o movimento é vestibular.
dente. - conforme o osso alveolar começa a se
- quantidade substancial da coroa está ausente. expandir, o fórceps é reposicionado
- coroa está recoberta por tecido. apicalmente (obs: não retira o fórceps,
- coroa frágil está presente. apenas empurra para mais apical).
- difícil acesso a uma raiz. - forças nas direções v-l devem ser lentas,
controlada e não bruscas.
Técnica fechada: técnica simples - a força deve ser mantida por vários
segundos para permitir a expansão do
1. Liberação dos tecidos moles aderidos à osso.
porção cervical do dente:
5. Remoção do dente do alvéolo
- Sindesmotomia.
- uso dos instrumentais: lamina de bisturi e - após expansão óssea suficiente e luxação
descolador de molt nº 9. dentária.
- etapa necessária para o c-d averiguar se a - força de tração leve aplicada para
anestesia pegou e facilitar a remoção do dente.
entrada/posicionamento mais apical das
pontas ativas das alavancas e fórceps. Em seguida realiza-se a inspeção do
alvéolo e curetagem com Cureta de Lucas
2. Luxação do dente com um extrator: em casos de dentes com lesões apicais.
Lima pra osso para alisar espículas ósseas.
Irrigação abundante com soro fisiológico.
Manobra de Chompret: consiste na Caninos
compressão das duas paredes de um
alvéolo dentário. Com o uso dos dedos, 1. Adaptação
realiza-se a compreensão das paredes V e 2. Pressão p/ vestibular
L/P do alvéolo, visando diminuir a 3. Pressão p/ palatina
espessura do alvéolo dentário. (Deve ser 4. Força de tração na direção vestíbulo-incisal
evitar quando o paciente desejar a com pequena força rotacional
instalação de implantes futuramente.)
Compreensa com gaze embebida com soro 1° Pré-molar
fisiológico no local. (1h)
1. Adaptação
Função da mão oposta 2. Pressão apical
3. Pressão p/ vestibular
- afastar os tecidos moles da bochecha, dos lábios 4. Pressão p/ palatina
e da língua. 5. Força de tração na direção vestíbulo-oclusal
- estabilização da mandíbula na extração de dentes
inferiores. 2° Pré-molar
- estabilização do palato em caso de dentes
superiores. 1. Adaptação
- apoia o processo alveolar e fornece informações 2. Pressão p/ vestibular
táteis pra o c-d a respeito da expansão do processo 3. Pressão p/ palatina
alveolar. 4. Força rotacional e Força de tração na
direção vestíbulo-oclusal
FÓRCEPS
Molares
Dentes superiores Dentes anteriores
150: Incisivos, Caninos e 151: Incisivos, Caninos e 1. Adaptação
Pré-molares Pré-molares 2. Pressão vestibular
18 R: Molares direito 17: Molares com coroa 3. Pressão palatina
integra 4. Força de tração na direção vestíbulo-oclusal
18 L: Molares esquerdo 16: Molares com
destruição coronária Inferiores
65: Incisivos e Raízes
superiores Anteriores (Incisivo Central, Lateral e
Canino)
TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA
REMOÇÃO DE CADA DENTE 1. Adaptação
2. Pressão p/ vestibular
Quando a angulação da raiz for grande 3. Pressão p/ lingual
deve-se evitar realizar rotação. 4. Força de tração na direção vestíbulo-incisal
Realizar remoção/rotação somente
quando o dente estiver bem Pré-molares
folgado/luxado.
1. Adaptação
Superiores 2. Pressão p/ vestibular
Incisivos 3. Pressão p/ lingual
4. Força rotacional
1. Adaptação 4. Força de tração no sentido vestíbulo-oclusal
2. Pressão p/ vestibular
3. Pressão p/ palatina Molares
4. Força rotacional 1. Adaptação
5. Força de tração na direção vestíbulo- 2. Pressão p/ vestibular
incisal 3. Pressão p/ lingual
4. Força de tração no sentido vestíbulo- uma base maior que a margem
oclusal livre.
PRINCÍPIOS EM EXODONTIAS A incisão vertical deve cruzar a
MAIS COMPLEXAS margem gengival do ângulo livre
no dente e não deve ser diretamente
Planejamento do retalho em tecidos na região vestibular e nem
moles diretamente na papila.
Evitar incisões sobre estruturas
Base mais ampla que a margem proeminentes, como bossa canina.
gengival livre para manter o
suprimento sanguíneo. Tipos de retalhos mucoperiósticos
Acesso adequado para inserção dos
instrumentais. 1. Incisão sucular/ envelope
Incisão reta e precisa- cicatrizam - Em pacientes que possuem dentes, faz uma
mais rápidas do que incisão incisão no sulco gengival até a crista óssea
dilacerada. através do periósteo e, rebate-se, apicalmente,
Em caso de retalhos em um retalho mucoperióstico de espessura total.
envelopes: comprimento na - Se o paciente for edentulo, a incisão em
direção ântero-posterior deve envelope é feita ao longo da cicatriz do
incluir dois dentes antes do rebordo. Não há estruturas vitais nessa região
elemento a ser removido e um e a incisão em envelope pode ser tão ampla
dente após o dente a ser removido. para fornecer acesso adequado.
Ou em casos de relaxantes, deve-se
estender desde um dente anterior a 2. Neumann/triangular
um dente posterior. - Se a incisão sucular possui uma relaxante
Incisão sobre osso sadio. Ou em vertical, é um retalho de três ângulos. Essa
casos de destruição patológica a incisão promove um aceso maior com uma
incisão deve ser feita de no mínimo incisão sucular mais curta. Quando é
6 a 8 mm de distancia do necessário um acesso maior na direção apical,
comprometimento ósseo. E em em especial na região posterior da boca, essa
casos de remoção de osso sobre incisão é, frequentemente, necessária.
determinado dente, a incisão deve
ser feito de modo que, após a 3. Quadrangular // Neumann modificado
remoção óssea, a incisão esteja de - Se a incisão possui duas relaxantes verticais
6 a 8 mm do defeito ósseo. é um retalho quadrangular, de quatro ângulos.
Evitar acidentes em estruturas Fornece acesso a regiões que tem dimensão
vitais, bem como nervo lingual, Antero-posterior limitada. Raramente é
mentoniano, na mandíbula, e a indicado.
região posterior do palato duro,
pois pode comprometer a artéria 5. Incisão semilunar
palatina maior, na maxila. - oferece acesso ao ápice radicular, evitando
Incisões relaxantes em alívio trauma à papila e à margem gengival, mas
devem ser usadas quando com acesso limitado, pois o ápice não fica
necessárias, e não como rotina.** totalmente visível. Útil para cirurgia periapical
Incisões em envelope geralmente extensa.
fornecem bom acesso e
visualização adequada para 6. Incisão em y
extração dentária. - Útil no palato, principalmente, para remoção
de torus palatino. Incisão feita na região
Quando incisões verticais de alívio
ântero-laterais dos caninos. (Y)
são necessárias, apenas uma única
incisão deve ser feita, geralmente
Técnica para realização de um retalho
na extremidade anterior do retalho
mucoperióstico
em envelope.
A incisão relaxante não é reta, mas
- Lâmina faz ângulo com o dente.
sim oblíqua, de modo a propiciar
- A incisão é feita de trás para frente no sulco - expansão do seio maxilar; dentes “dentro” do
gengival, puxando a parte cortante na direção do seio maxilar.
operador. - dentes com coroas destruídas, por cárie, ou
- O deslocamento do retalho começa pela papila. grandes restaurações de amálgama.
- A extremidade cortante é introduzida sob a - raízes residuais.
papila na área de incisão e girada lateralmente - dentes ectópicos.
para afastar a papila do osso subjacente. Essa - dentes anquilosados.
técnica é usada ao longo de toda a extensão da - dentes fraturados.
gengiva livre. - dentes portadores de núcleos.
- Uma vez que toda a margem livre do retalho - exodontias múltiplas.
tenha sido descolada com a extremidade cortante
do destaca periósteo, a extremidade maior é usada Técnica aberta para extração de dentes
para descolar o retalho mucoperióstico até a unirradiculados
extensão desejada.
- Se for usado um retalho triangular, o - o 1° passo é providenciar a visualização e acesso
descolamento inicial é feito com a extremidade adequado através de um retalho mucoperióstico
cortante do destaca periósteo nº 9 somente na suficientemente amplo.
primeira papila. Após iniciar o descolamento, a - na maioria das vezes, um retalho em envelope,
parte mais larga do instrumento é inserida na parte com extensão de dois dentes para anterior e um
mediana do retalho, e a dissecção é realizada com dente para posterior do que vai ser removido, já é
um empurrão no sentido posterior e apical. Isso o suficiente. Se for necessária uma incisão de
facilita o descolamento rápido e sem trauma do alívio, ela deve ser no mínimo, um dente anterior
retalho de tecido mole. ao dente que vai ser extraído.
- em seguida o CD deve analisar a necessidade de
Princípios de sutura remoção óssea. Existem várias opções para essa
etapa.
- Em casos de retalho triangular: com o uso do 1. Tentar recolocar o fórceps sob visão direta,
descolador de periósteo elevar a parte fixa do alcançando, assim, maior vantagem
tecido próximo a relaxante para facilitar a sutura. mecânica e removendo o dente sem
- retalho em envelope: sutura interpapilar ou em remover osso.
X (entra por vestibular, passa por palatina e volta 2. Colocar a ponta do fórceps sobre a cortical
pra vestibular). bucal para obter mais vantagem mecânica
- retalho com relaxante: A primeira sutura deve e abarcar a raiz. Isso permite que o CD
ser feita cruzando a papila onde foi feito a luxe bastante o dente sem qualquer
relaxante, em seguida sutura-se as papilas e se remoção adcional de osso. (uma pequena
necessário sutura-se a parte posterior da incisão de quantidade de osso bucal é removida junto
alívio. com o dente).
3. Usar a alavanca reta empurrando-a para
Indicações de extração para técnica aberta baixo ao longo do espaço do ligamento
periodontal do dente. Um pequeno
- Falha na exodontia a fórceps. movimento de rotação deve ser usado para
- Exodontias que necessitem de força excessiva. ajudar a expandir o espaço do ligamento
- pacientes jovens têm o osso mais elástico o que periodontal.
torna a luxação mais fácil, ao passo que idosos, 4. Remoção óssea sobre a área do dente, com
têm o osso mais denso, calcificado, o que acaba auxilio de broca para remoção óssea.
tornando a luxação mais difícil. A largura do osso bucal a ser
- pacientes com coroas de dentes pequenas, seja removida é a mesma dimensão
por bruxismo, ou hábitos de apertar os dentes, é mesiodistal do dente.
provável que esse dente esteja cercado por osso No sentido vertical a remoção
denso e espesso com forte inserção do ligamento óssea deve ser 1/2 a 2/3 do
periodontal. comprimento da raiz.
- hipercementose. Em casos de hipercementose,
- raízes amplamente divergentes ou dilaceradas retira-se todo o aspecto vestibular
como do 1° molar superior. do comprimento da raiz.
Técnica de extração aberta para dentes - Não se deve fazer força na direção palatina com
multirradiculados o fórceps próximo a coroa, pois isso resulta em
fratura da raiz palatina. TODA FORÇA DE
Dentes com 2 raízes EXTRAÇÃO DEVE SER NA DIREÇÃO
- a mesma técnica cirúrgica utilizada para dentes VESTIBULAR.
unirradiculados, a única diferença é que o dente - Em seguida com auxilio de uma alavanca reta
pode ser dividido com uma broca, para dividir um inicia-se a luxação das raízes vestibulares.
dente multirradicular em dois ou três dentes
unirradiculados. SE NÃO TIVER COROA
Classe II:
Se o dente estiver posicionado posteriormente de - sem saco folicular: a extração é mais dificultada
maneira que aproximadamente metade esteja devido à necessidade de remoção de osso em volta
coberta pelo ramo. do dente.
Procedimento cirúrgico
Técnica cirúrgica
- incisão
- osteotomia e ostectomia
- odontosecção
- remoção do dente (alavancas e fórceps) - em 3° molares superiores prioriza-se retalho
- limpeza e sutura de ferida envelope com relaxante devido à baixa
elasticidade de tecido mole da maxila. No
1. Incisão e descolamento para acessibilidade entanto, pode-se utilizara s duas técnicas de
retalho.
Retalho em envelope - incisão se estende posteriormente à tuberosidade
distal do 2° molar e anteriormente a mesial do 2°
Molares inferiores molar. (envelope com relaxante)
- - incisão se estende posteriormente à
tuberosidade distal do 2° molar e anteriormente a
mesial do 1° molar. (envelope sem relaxante)
Na região palatina
- retalho tipo envelope sem relaxante, estende o
quanto puder para ter um acesso amplo do dente
incluso. Normalmente se faz do 1° molar ao
canino do lado oposto. Ou seja, depende da
posição do dente.
Vestibularmente/lateralmente/
- extensão do retalho em envelope vai variar
posteriormente à margem anterior do ramo
conforme a localização do dente, de tal forma que
da mandíbula, circundando pelo colo
o dente em questão esteja todo exposto.
cervical do 2° até a mesial do 1° molar.
Na região vestibular
- Obs: lateralmente para evitar tocar no trajeto do
- retalho tipo Neumann ou Neumann modificada.
NAI.
Na região lingual
Retalho envelope com relaxante // Retalho em
- retalho tipo envelope sem relaxante.
“L”
2. Remoção de osso (osteotomia e osteoctomia)
(serve tanto para superior/quanto inferior)
- Quando necessita de um maior acesso na região
- faz-se necessário avaliar a necessidade de
apical, ou seja, quando o 3° molar está mais
remoção de osso.
submerso no osso.
Incisão de alívio se estendendo desde a Brocas a serem utilizadas:
mesial do 2° molar. Se o 3° molar estiver
próximo ao plano oclusal à incisão de - brocas esféricas n° 6 e n° 8
alivio pode ser na distal do 2° molar. - brocas cilíndricas n° 702 e n° 703
- relaxante sem envolvimento da papila. - broca Zekrya
Envolvimento somente quando o 3° molar estiver
muito profundo. Ostectomia
- somente uma única incisão de alívio deve ser
usada.
Molares superiores
- a quantidade de osso removido varia conforme a
profundidade (quantidade de cobertura óssea) e Horizontal:
angulação do dente impactado. - secção separando a coroa das raízes a altura da
linha cervical.
Para dentes molares inferiores - se necessário, em caso de raízes divergentes,
- o osso na face oclusal, vestibular e distal do secciona as raízes (interradicular) também,
dente deve ser removido inicialmente. removendo uma de cada vez.
- exposição da coroa até o colo anatômico do
dente. Importante:
- o osso não deve ser removido na face lingual, - independente do tipo de angulação da inclusão
haja vista a possibilidade de danificação ao nervo do dente, é interessante que a odontosecção seja
alveolar inferior. feita em um plano no qual parte do remanescente
- pode ser empregada uma manobra chamada de radicular que ficar esteja fora da área de
canaleta que consiste na remoção de osso entre o osteotomia, pois facilita a aplicação das alavancas.
dente e a cortical óssea na área medular do osso.
Isso pra propiciar o acesso às alavancas e criar Importante:
pontos de apoio. Não ir com a broca até o final pra não ocasionar
- dentes impactados em posição distoangular lesão no NAI. Terminar com alavanca.
requerem uma maior retirada de osso, haja vista
que a remoção do dente é feito pela posterior. Para caninos e outras inclusões
Para dentes molares superiores No palato
- a remoção óssea é quase sempre desnecessária,
mas quando preciso remove-se osso na face - odontossecção em 2 partes: separando a coroa da
vestibular abaixo da cervical para expor a coroa raiz
clinica do dente. - odontossecção em 3 partes : quando o dente
impactado estiver próximo do ápice de um dente,
3. Odontosecção opta por dividir o dente em 3 porções: próximo ao
ápice do dente e no colo anatômico. Remove-se
- obs: após a osteotomia, tenta luxar, pois com o parte intermediária, em seguida a coroa e por fim
dente hígido é mais fácil. a raiz.
- A odontossecção é guiado pela angulação da
CIRURGIA DE CORONECTOMIA
inclinação ou ainda pela morfologia das raízes.
Odontectomia parcial intencional
Raízes divergentes, bulbosas e dilaceradas tendem
- Em casos de 3° molares impactados em que as
a dificultar à remoção do dente.
raízes apresentam relação de proximidade com o
nervo alveolar inferior.
Para molares
- Ápice do dente não pode ter lesão nem cárie.
Deve está ileso de qualquer patologia.
Mesioangular:
- odontossecção 2-4mm abaixo da junção
- secção realizada na cúspide mesial do molar.
amelocementária.
- Secção no qual o fragmento cervical tem que ser
- desgaste dental 3-4mm abaixo da crista óssea.
menor que o fragmento oclusal.
Para ter uma margem de produzir osso e cobrir
- outra forma de odontossecção para esse caso é a
essa raiz para não deixar exposta.
remoção da coroa e, em seguida, se necesário a
secção das raízes. 2 situações podem ocorrer: criar osso por
cima da raiz e a raiz ficar para sempre ou
Vertical: se não criar osso a raiz radicular pode subir
- odontossecção interradicular. e uma segunda extração é necessária e
- divide o dente na direção vestíbulo-lingual em mais segura.
duas partes: mesial e distal. - evitar luxar o dente.
- avaliação pré-operatória
- planejamento cirúrgico - após a remoção do dente, analisar se existe osso
- análise minuciosa das imagens radiográficas unido as raizes, se existir, a comunicação
- história médica do paciente oroantral foi estabelecida.
- e, principalmente, seguir todo o protocolo - comunicações maiores pode se transformar em
clínico, desde a manutenção da cadeia asséptica uma fístula oroantral com epitelização e,
até o fechamento da ferida. posteriormente, sinusite crônica.
Indicações
- lesões de até 1 cm de diâmetro clinicamente
benignas
- qualquer lesão que possa ser removida sem
mutilar o paciente
- lesões vasculares e enegrecidas/pigmentadas
pequenas
Técnica
Incisão em forma de v ou elipse
Incisão paralela à estrutura anatômica
Por congelação
Cirurgia pré-protética
ANTIBIOTICOTERAPIA
necessidade do antibiótico?
- Infecção difusa em estágio inicial, com
envolvimento sistêmico (celulite)
- abcesso não precisa x
terapia empírica
1:
- amoxicilina ----- ampicilina (EV)= penicilina
- associação com metronidazol
2:
- cefalosporina associada com o metronidazol
- amoxicilina com clavulanato de potássio
antibióticos bactericidas
TRATAMENTO CIRÚRGICO