Relatório de Gestão Integrado Da Presidência Da República-2020
Relatório de Gestão Integrado Da Presidência Da República-2020
Relatório de Gestão Integrado Da Presidência Da República-2020
2020
2020
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
VICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CASA CIVIL
SECRETARIA DE GOVERNO
SECRETARIA-GERAL
Walter Souza Braga Netto Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira Onyx Dornelles Lorenzoni Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Casa Civil Secretaria de Governo Secretaria-Geral Gabinete de Segurança Institucional
O relatório de gestão de 2020, em conformidade com os artigos 70 e 71 da Constituição Federal, é um instrumento de prestação de contas dos órgãos da
Presidência da República (PR) à sociedade e consiste em informações e análises quantitativas e qualitativas dos resultados da gestão orçamentária, financeira,
operacional e patrimonial do exercício, com vistas ao controle social e ao controle institucional.
O presente documento foi elaborado conforme os normativos do Tribunal de Contas da União (TCU) que regulam a prestação de contas anual dos órgãos e
entidades da administração pública federal e é fruto de um processo colaborativo que envolveu a alta administração e as diversas unidades da Presidência da
República. Reconhecemos nossa responsabilidade por assegurar a integridade do documento que ora apresentamos, sob os aspectos da fidedignidade,
precisão e completude.
Trata-se de um relato integrado que transmite de maneira simples, precisa e ampla como os recursos orçamentários foram utilizados e em que medida
beneficiaram a sociedade brasileira e contribuíram para o desenvolvimento da nação, em conformidade com a legislação vigente e alinhada às diretrizes do
Presidente da República.
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O trabalho integrado dos órgãos da Presidência da República em 2020 contribuiu para as entregas realizadas pela própria Presidência, assim como pelos
ministérios setoriais.
Em face da pandemia do coronavírus (Covid-19) que assola o mundo, o ano de 2020 foi desafiador para todas as nações, impondo uma severa alteração das
atividades até então exercidas. Não foi diferente no Brasil, o que provocou uma série de limitações nas atividades dos trabalhadores, sejam da iniciativa privada
ou das instituições públicas. A Casa Civil (CC) da Presidência da República, condizente com sua missão institucional de coordenadora da ação governamental,
desempenhou papel importante no enfrentamento à pandemia da Covid-19. O planejamento nacional foi reavaliado a fim de mitigar as consequências
econômicas e sociais da crise sanitária. A prioridade foi salvar vidas e proteger empregos. Para tanto, instituiu-se o Comitê de Crise para Supervisão e
Monitoramento dos Impactos da Covid-19, vinculado à Presidência da República, coordenado pela Casa Civil, para articular e monitorar as ações
interministeriais de enfrentamento ao coronavírus (Covid-19) e para assessoramento da Presidência da República.
Ainda em março, foi criado, sob a condução da Casa Civil, o Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19 (CCOP), com a finalidade
de operacionalizar as ações interministeriais e integrar as ações dos órgãos da administração pública federal, estados, municípios e instituições públicas e
privadas para enfrentar os impactos da doença, representando os esforços do Governo Federal na assistência integral às necessidades dos brasileiros,
atendendo, em especial, aos grupos mais vulneráveis.
Todas as medidas propostas pelos órgãos federais foram avaliadas e tramitadas em regime de urgência, o que contribuiu para respostas rápidas aos cidadãos
e às empresas. O Brasil desenvolveu um amplo programa de manutenção de emprego e renda, com a criação do Auxílio Emergencial, garantindo renda mínima
para mais de 60 milhões de brasileiros em situação vulnerável, em paralelo ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, preservando
milhões de empregos.
Devido às ações emergenciais adotadas, o Brasil foi destaque em relatórios internacionais que avaliam a projeção das principais economias do mundo no
enfrentamento à Covid-19. O Fundo Monetário Internacional (FMI) classificou, em seu relatório anual, a resposta do governo brasileiro como “rápida e
considerável”. O país foi, ainda, citado como destaque entre as economias emergentes em relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Económico (OCDE) no Composite Leading Indicator - CLI (Indicador Principal Composto, em tradução livre), um sinal precoce de previsão de retomada da
economia no curto prazo.
O governo também priorizou o processo de acessão do Brasil à OCDE. Avanços no processo, coordenado pela Casa Civil em 2020, incluem o alinhamento de
todos os planos setoriais, a revisão pelos pares do centro de governo brasileiro e o monitoramento dos instrumentos de adesão, permitindo a consolidação
de ambientes institucionais mais seguros, confiáveis e favoráveis à efetivação de políticas públicas e entrega de resultados mais eficientes à sociedade.
Atualmente, o Brasil é o país não membro com maior número de requisitos exigidos aprovados.
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Destaca-se que, em 2020, o planejamento estratégico da Casa Civil foi construído coletivamente, tornando-se peça fundamental na governança, coordenação
e articulação de políticas públicas estratégicas do governo.
Por sua vez, o estreito relacionamento da Secretaria de Governo (SeGov), em 2020, com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal assegurou a aprovação
de medidas legislativas imprescindíveis ao êxito no enfrentamento dos efeitos da Pandemia da Covid-19, na forma e tempo necessários. Além da aprovação
da Emenda Constitucional do “Orçamento de Guerra”, que viabilizou o enfrentamento à calamidade pública, foram editadas 108 Medidas Provisórias, das
quais mais de 60% foram relacionadas a soluções face às consequências da Pandemia.
A boa interlocução com o Congresso também contribuiu com as medidas necessárias à retomada do crescimento econômico nacional, como o Novo Marco
Legal do Saneamento Básico, o Novo Marco Legal do Mercado de Gás Natural, a Política Nacional de Segurança de Barragens, o Marco Legal da Cabotagem
(BR do Mar), entre outros. O trabalho deu resultado, visto que, das proposições do Poder Executivo na Câmara dos Deputados, 84,13% obtiveram
posicionamento favorável, e dentre àquelas apresentadas ao Senado Federal, o percentual foi de 87,02%.
No âmbito federativo, o ano de 2020 trouxe grandes desafios à SeGov, tanto em face à Pandemia da Covid-19, como a diversas situações (queimadas,
enchentes, secas), que ensejaram providências como a declaração de Situação de Emergência ou Calamidade Pública, demandando apoio técnico e financeiro
do Governo Federal. Em todas as ocasiões, a Secretaria de Governo se fez presente em reuniões diárias para o processamento e monitoramento da situação
e dos indicadores de cada Estado e/ou capital do País. Para tanto, foi estabelecida uma rotina de reuniões e videoconferências com Entes Federativos e
Entidades Municipalistas (CNM e FNP), com mais de 80 encontros realizados para a divulgação de informes gerais, soluções administrativas e logísticas, e
outros atos governamentais com impactos positivos relevantes nos Estados e Municípios da Federação.
No que tange às Eleições Municipais de 2020, intensificou-se o trabalho de colaboração federativa por meio de apoio técnico ao processo de encerramento
de ciclos de gestão nas prefeituras e organização dos processos de transição entre equipes. Para isso, a SeGov elaborou e disponibilizou o “Guia do Prefeito +
Brasil: Como Deixar a Prefeitura em Dia no Último Ano de Mandato”. O Guia faz parte de um conjunto de materiais digitais (textos, links, vídeos e publicações
diversas) disponíveis no Portal Federativo, para apoiar gestores municipais no encerramento do mandato 2017-2020. Já para 2021, foi disponibilizado o “Guia
do Novo Prefeito + Brasil”, no intuito de auxiliar os governos municipais nas etapas relacionadas aos 100 primeiros dias de mandato, envolvendo conteúdos
essenciais à transição de governo, gestão fiscal, territorial e social.
A SeGov também manteve seu foco na articulação social e desenvolveu o Portal “Participa + Brasil”, uma plataforma digital com o intuito de promover e
qualificar a participação social, potencializar a transparência no processo de tomada de decisões dos órgãos e fortalecer a cidadania. A plataforma oferece
módulos que possibilitam a participação social na formatação de normas e projetos, bem como um ambiente propício à verificação de informações sobre os
colegiados e audiências públicas, no âmbito da administração pública. Um dos objetivos é proporcionar ao cidadão oportunidades de participação efetiva nas
decisões públicas, e exercer o controle social, parte essencial da democracia responsiva.
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No contexto disruptivo associado a pandemia de coronavírus (Covid-19), a Secretaria-Geral (SG) da Presidência da República demonstrou relevante capacidade
de reação e trabalho, alcançando entregas importantes neste período.
Além das atribuições regulamentares, a Secretaria-Geral se destacou na contribuição para a construção de um Brasil moderno, digital, com uma gestão focada
no cidadão e que apresente um ambiente de negócios dinâmico e próspero. Em 2020, os esforços coordenados para indução, supervisão e monitoramento
das políticas de modernização do ambiente de negócios, de transformação digital e da melhoria de serviços públicos se traduziram em resultados expressivos
para a sociedade brasileira.
No que tange ao arcabouço regulatório, o ano de 2020 foi marcado por importantes iniciativas, tais como o envio ao Congresso de Medidas Legislativas com
propostas de melhorias nas Leis 11.101, de 2005 (Lei de Falências), 6.404, de 1976 (Lei das S/A), 8.666, de 1993 (Lei de Licitações), 6.015, de 1973 (Lei de
Registros Públicos), 11.598, de 2007 (Redesim) e 8.934, de 1994 (Registro Mercantil).
Ainda no âmbito da Secretaria-Geral, ressalta-se também a importante contribuição realizada no exercício de sua competência de verificação prévia da
constitucionalidade e da legalidade dos atos presidenciais, tendo promovido a publicação de 654 atos normativos, sendo 398 decretos, 148 leis e 108 medidas
provisórias. Foram ainda elaboradas 101 mensagens ao Congresso, das quais 59 versaram sobre vetos. Entre os atos normativos, do total de medidas
provisórias publicadas, 79 são relacionadas à pandemia e, entre as leis editadas, 55 guardam relação com a pandemia. Em relação aos decretos editados, são
55 os atos afetos à pandemia. Com vistas a otimizar a base normativa, o foco é a revogação de atos normativos considerados desnecessários. Além dos 1.410
decretos revogados, já mencionados, foram ainda enviados dois projetos de lei ao Congresso Nacional, que visam declarar a revogação expressa de mais de
1.200 diplomas legais diversos, considerados superados por legislação mais atual. Percebe-se a contribuição da Secretaria-Geral na consolidação do
ordenamento jurídico pátrio, pela democratização do acesso à legislação ao cidadão e mais segurança jurídica aos brasileiros. A racionalização administrativa
também alcançou mais de 500 órgãos colegiados, que foram extintos por serem considerados inativos, inoperantes, com sobreposição de atribuições ou ainda
de resultados práticos positivos desconhecidos.
Na permanente busca da modernização de seus meios, a Secretaria-Geral lançou, em 2020, o aplicativo do Diário Oficial da União para acesso via celular;
realizou várias ações na área de inovação digital, aderentes ao modelo do Governo Digital, com migração para o ambiente gov.br; incrementou a acessibilidade
digital com a disponibilização de Libras (língua brasileira de sinais) em suas mídias digitais; e promoveu o redimensionamento do parque gráfico da Imprensa
Nacional e a revisão nos contratos administrativos vinculados a ela, gerando economia anual da ordem de R$ 6,4 milhões.
Destaca-se, ainda, o novo modelo de governança dedicado a toda a Presidência da República, caracterizado pela integração a ser conduzida em um fórum
especial de amplo alcance dentro da PR: o Comitê Integrado de Governança da Presidência da República, que foi instituído pelo Decreto nº 10.566, de 8 de
dezembro de 2020.
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No caso da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), é importante destacar que esta passou a ocupar um novo lugar na estrutura organizacional do
Poder Executivo. Em razão do disposto no Decreto nº 10.244, de 13 de fevereiro de 2020, a SAE tornou-se diretamente subordinada ao Senhor Presidente da
República, aspecto de extrema importância para o melhor cumprimento de suas competências.
A SAE, em sua missão de formular estratégias de Estado e políticas públicas de longo prazo para apoiar o Presidente da República em iniciativas que
impulsionem o desenvolvimento nacional, estuda diversos temas estratégicos. Destacam-se áreas como saneamento, tecnologia 5G, plano nacional de
fertilizantes, cenários pós Covid-19 e indicativos para a retomada do crescimento econômico e social do país. Nesse contexto, vale ressaltar o apoio oferecido
ao processo de acessão do Brasil à OCDE, atividades de relevância internacional, em especial na coordenação peer-review (revisão por pares) de respostas aos
questionamentos daquela entidade.
Para 2021, a SAE pretende continuar seu trabalho de reflexão sobre os destinos do País a longo prazo e de assessoramento ao Presidente da República.
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) também viu seu planejamento de 2020 impactado pela crise de saúde pública. Planos
foram adaptados e metas revistas, entretanto as atividades relacionadas ao seu tripé de atuação foram mantidas: a segurança de autoridades, a produção de
Inteligência federal e a coordenação de assuntos afetos à segurança institucional, com foco na segurança nuclear, nas atividades ligadas ao setor espacial, na
segurança da informação, no acompanhamento das infraestruturas críticas e na proteção de fronteiras.
Os resultados dos indicadores de suas atividades atestam o esforço realizado por todos os integrantes do GSI em cumprir o que havia sido planejado, já que
poucas foram as metas não alcançadas, conforme poderá ser averiguado ao longo do presente relatório.
O GSI envidou esforços para auxiliar no enfrentamento da pandemia, participando do Centro de Coordenação de Operações do Comitê de Crise para Supervisão
e Monitoramento dos Impactos da Covid-19 e coordenando a resposta à pandemia, focada de forma mais específica nas comunidades indígenas isoladas e de
recente contato.
Na área nuclear, sob coordenação do GSI, o Brasil foi um dos poucos países do mundo que, mesmo durante a pandemia, executou presencial e virtualmente
exercícios de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear, o que demostra a preocupação do Gabinete em garantir a segurança dos brasileiros.
Tal preocupação culminou, ainda, na aprovação e publicação da Estratégia Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas (Decreto nº 10.569, de 9 de
dezembro de 2020), que trouxe em seu conteúdo a descrição dos princípios a serem seguidos na implementação da Política Nacional de Segurança de
Infraestruturas Críticas e os desafios de caráter estratégico para que essa atividade seja desempenhada com eficácia em prol dos interesses do Estado e da
sociedade brasileira.
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Na área de gestão, pode-se destacar a aprovação e publicação do novo Plano Estratégico Institucional 2020-2025. Esse plano substituiu o antigo Planejamento
Estratégico, fazendo o alinhamento desse instrumento com o Plano Plurianual da União para o período de 2020 a 2023, conforme determinado pela legislação.
No que tange à Vice-Presidência da República (VPR), as medidas de proteção para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus (Covid-19) afetaram em muito suas atividades, impactando na realização de compromissos nacionais e internacionais para a
celebração ou continuidade de acordos internos e externos, essenciais para o Governo Brasileiro.
O ano também foi desafiador para as questões relacionadas à Amazônia. Foi transferida a responsabilidade do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL)
para a Vice-Presidência da República, que iniciou a elaboração do Plano Estratégico do Conselho para o horizonte temporal de 2020-2030, consubstanciado
no portfólio do CNAL constituído de seis Ações Estratégicas Prioritárias (1ª versão): Efetividade no Combate aos Ilícitos Ambientais e Fundiários; Fortalecimento
dos Órgãos de Combate aos Ilícitos Ambientais e Fundiários; Fontes de Financiamento Nacional e Internacional, Público e Privado; Ordenamento Territorial;
Monitoramento a Ilícitos Ambientais e Fundiários e Apoio à Decisão; e Estímulo à Inovação e à Bioeconomia. Mesmo com necessidades urgentes de
atendimento, o Governo Federal conseguiu dar respostas, primordialmente, às questões relacionadas ao desmatamento e às queimadas na região da Amazônia
Legal brasileira.
Mesmo diante das condicionantes impostas pela pandemia, inviabilizando em grande parte as reuniões presenciais, foi realizada uma viagem com chefes de
missão diplomática residentes no Brasil para apresentar ao mundo a complexidade ambiental e humana da Região Amazônica, e engajar aqueles que tenham
genuíno interesse na preservação da floresta e seu desenvolvimento sustentável. Participaram representantes da África do Sul, Alemanha, Canadá, Colômbia,
Espanha, França, Peru, Portugal, Reino Unido, Suécia, União Europeia e Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. Do lado brasileiro, estiveram os
Ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Meio Ambiente e do Gabinete de Segurança Institucional; o Secretário-Geral das Relações Exteriores e
representantes dos Ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública.
Assim, com efeito, os destaques iniciais do presente relatório revelam a reação dos órgãos integrantes da Presidência da República, que mesmo diante das
implacáveis circunstâncias causadas pela crise mundial de saúde, alcançaram, de forma integrada, resultados importantes, com impactos em âmbito nacional
e internacional, valendo-se do zelo e da dedicação das equipes, com foco no cidadão e objetividade na busca de soluções inovadoras e eficientes.
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A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
A Lei nº 13.844, de 18 de junho de 2019, estabelece, dentre outros, a organização básica dos órgãos da PR. Nos termos de seu art. 2º, integram a Presidência
da República: a Casa Civil, a Secretaria de Governo, a Secretaria-Geral, o Gabinete Pessoal do Presidente da República (GPPR), o Gabinete de Segurança
Institucional e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD). Ademais, como esclarecido, em 13 de fevereiro de 2020, por meio do Decreto
nº 10.244, a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos passou a ser diretamente subordinada ao Presidente da República.
Além do exposto, integram a Presidência da República, como órgãos de assessoramento ao Presidente da República: o Conselho de Governo; o Conselho
Nacional de Política Energética; o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República; o Advogado-Geral da União; e a Assessoria
Especial do Presidente da República.
Há, ainda, os órgãos de consulta do Presidente da República: o Conselho da República; e o Conselho de Defesa Nacional (CDN).
Por sua vez, a Vice-Presidência da República está estruturada nos termos do Decreto nº 9.697, de 31 de janeiro de 2019.
Por fim, tem-se a Comissão de Ética Pública (CEP), criada nos termos do Decreto de 26 de maio de 1999, que se vincula diretamente ao Presidente da República.
A Presidência da República, portanto, atua em diversas frentes, de acordo com suas áreas de especialização. A visão geral da estrutura organizacional da
Presidência da República encontra-se disposta na figura 1.
A Casa Civil assiste diretamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições, especialmente: na coordenação e na integração das ações
governamentais; na análise do mérito, da oportunidade e da compatibilidade das propostas normativas submetidas ao juízo do Presidente da República,
inclusive das matérias em tramitação no Congresso Nacional, com as diretrizes governamentais; na avaliação e monitoramento da ação governamental e da
gestão dos órgãos e entidades da administração pública federal; na gestão de crises e na coordenação e acompanhamento das atividades dos Ministérios e da
formulação de projetos e políticas públicas.
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presidenciais; na coordenação do processo de sanção e veto de projetos de lei enviados pelo Congresso Nacional; na elaboração e no encaminhamento de
mensagens do Poder Executivo federal ao Congresso Nacional; na análise prévia e na preparação dos atos a serem submetidos ao Presidente da República; na
referenda dos atos assinados pelo Presidente da República; e na publicação e na preservação dos atos oficiais.
O Gabinete Pessoal do Presidente da República, nos termos do Decreto nº 10.374, de 2020, presta assistência direta e imediata ao Presidente da República no
desempenho de suas atribuições, realiza as atividades de organização da agenda, gestão das informações em apoio à decisão, preparação e formulação de
subsídios para pronunciamentos, secretaria particular, acervo documental, recebimento e respostas das correspondências pessoais e sociais do Chefe do
Poder Executivo federal, coordena a formação do acervo privado e a ajudância de ordens do Presidente da República e é responsável pelas atividades de
cerimonial da Presidência da República.
Visando dar uniformidade ao apoio institucional ao Gabinete Pessoal do Presidente da República, o citado decreto aprovou sua Estrutura Regimental e seu
Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e estabeleceu uma transformação na sua estrutura organizacional, na qual as duas diretorias existentes
(Diretoria de Gestão Interna e Diretoria de Documentação Histórica) passaram ao nível de Gabinetes Adjuntos (Gabinete Adjunto de Gestão Interna e Gabinete
Adjunto de Documentação Histórica), cuja nova composição fortaleceu a estrutura de apoio do Gabinete.
A Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), em seu novo posicionamento na estrutura organizacional, desde 13 de fevereiro de 2020, encontra-se
diretamente subordinada ao Senhor Presidente da República, fato essencial para cumprimento de suas competências. As circunstâncias básicas de atuação da
SAE envolvem grandes questões nacionais, problemas brasileiros e assuntos estratégicos de escopo global. Assim, cabe à Secretaria produzir subsídios para o
assessoramento decisório de alto nível da administração pública federal, bem como planejar e formular as políticas e estratégias nacionais de longo prazo e,
ainda, produzir subsídios para a formulação do planejamento nacional estratégico e das ações estratégicas do Estado1.
Nos termos do Decreto nº 10.374/2020, as competências da SAE envolvem: produzir subsídios sobre assuntos estratégicos, a fim de contribuir com processos
de tomada de decisão; planejar e formular as políticas e as estratégias nacionais de longo prazo; produzir subsídios para a formulação do planejamento nacional
estratégico e das ações estratégicas de Estado; propor estratégias para a formulação de políticas, principalmente nas áreas de segurança, defesa nacional,
política externa, inteligência, indústria, comércio e desenvolvimento, e ciência/tecnologia; articular políticas e estratégias nacionais de longo prazo com órgãos
e entidades, públicos e privados; coordenar e supervisionar os projetos e programas necessários à preparação das ações estratégicas de Estado; elaborar
subsídios sobre o andamento dos projetos estratégicos nacionais; elaborar subsídios para a normatização e a sistematização do planejamento estratégico do
Governo Federal; orientar os órgãos de governo quanto ao planejamento estratégico de longo prazo e à inserção internacional do País; promover debate
1A Estratégia Nacional é o mais alto nível da gestão político-estratégica do país. Estabelece os Rumos, Diretrizes e Objetivos de Governo, que devem pautar as Estratégias Setoriais nos campos
político, econômico, psicossocial, militar e científico-tecnológico. Os Objetivos de Governo são estabelecidos pelo Poder Executivo e tornam concretos os Fundamentos, Objetivos Fundamentais e
Princípios que regem as relações internacionais do Brasil, consignados no Preâmbulo e Título I da CF/1988.
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com os entes federativos e a sociedade sobre o planejamento nacional de longo prazo; e assistir o Presidente da República nos contatos com autoridades e
personalidades estrangeiras e em outras atividades de natureza internacional ou ligadas à área diplomática.
O Gabinete de Segurança Institucional tem como principais competências a assistência direta ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições;
o assessoramento pessoal em assuntos militares e de segurança; as atividades permanentes, técnicas e de apoio ao funcionamento do Conselho de Defesa
Nacional (CDN); a coordenação das atividades de Inteligência federal; a análise e acompanhamento de questões com potencial de risco à estabilidade
institucional; e as atividades de coordenação, em âmbito federal, de segurança da informação, nuclear, espacial, das infraestruturas críticas e de fronteira.
O Gabinete de Segurança Institucional tem sua previsão no art. 2º da Lei nº 13.844, de 18 de junho de 2019, que estabelece a organização básica dos órgãos
da Presidência da República e dos Ministérios. Sua estrutura, competências e quadro demonstrativo de cargos em comissão e funções de confiança estão
previstos no Decreto nº 9.668, de 2 de janeiro de 2019.
Por sua vez, a Vice-Presidência da República é órgão cuja missão busca o assessoramento do Senhor Vice-Presidente da República, atuando nos processos de
gestão da agenda, missões internacionais e nacionais, comunicação com a imprensa e com a sociedade, bem como as atividades administrativas de apoio.
Vale lembrar que a Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que ao Vice-Presidente da República compete auxiliar e substituir o Presidente
da República, ou cumprir missões especiais a ele delegadas. Tal como estabelecido no texto legal, o Vice-Presidente da República pode exercer uma série de
funções especiais designadas pelo Presidente da República ou que sejam inerentes e estejam à altura do segundo cargo público executivo mais importante no
país.
Assim, a Vice-Presidência da República atua de forma complementar e supletiva no exercício das atribuições constitucionais da chefia do Poder executivo por
meio do auxílio na gestão de uma miríade de atividades e da adequada estrutura de assessoramento ao Vice-Presidente.
Do ponto de vista legal, a Vice-Presidência da República tem sua estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em comissão aprovados pelo
Decreto nº 9.697, de 31 de janeiro de 2019; e regimento interno regulamentado nos termos da Portaria nº 63, de 17 de junho de 2020.
Por fim, integra também a PR a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, que foi criada pela Lei nº 13.853/2019, que alterou a Lei Geral de Proteção de
Dados – LGPD (Lei nº 13.709/2018). A Autoridade possui autonomia técnica e decisória, sendo responsável por zelar pela proteção dos dados pessoais, e por
orientar, regulamentar e fiscalizar o cumprimento da legislação. A ANPD é, assim, órgão central de interpretação da LGPD e do estabelecimento de normas e
diretrizes para a sua implementação. Nesse âmbito de atuação, destacam-se as seguintes funções: elaborar as diretrizes para a Política Nacional de Proteção
de Dados e da Privacidade; promover na população o conhecimento das normas e das políticas públicas sobre proteção de dados pessoais e das medidas de
segurança; promover e elaborar estudos sobre as práticas nacionais e internacionais de proteção de dados pessoais e privacidade; estimular a adoção de
padrões para serviços e produtos que facilitem o exercício de controle dos titulares sobre seus dados pessoais; e fiscalizar e aplicar sanções em caso de
tratamento de dados realizado em descumprimento à legislação.
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A ANPD é um órgão colegiado, formado por cinco diretores, sendo um deles o Diretor-Presidente. Os membros do Conselho Diretor são indicados pelo
Presidente da República, passam por sabatina do Congresso Nacional para aprovação de sua indicação e possuem mandato de quatro anos. Excepcionalmente,
a Lei nº 13.709, de 2018, em seu art. 55-D, § 4º, define que os mandatos dos primeiros membros do Conselho Diretor nomeados serão de 2 (dois), de 3 (três),
de 4 (quatro), de 5 (cinco) e de 6 (seis) anos, conforme estabelecido no ato de nomeação.
Além da LGDP, compõe a base jurídica da ANPD o Decreto nº 10.474, de 26 de agosto de 2020, que dispõe sobre a estrutura regimental da ANPD e dota a
Autoridade com um quadro de cargos e funções para o início de suas atividades.
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As duas figuras a seguir ilustram, de forma geral, a missão e a visão de futuro da Presidência da República, expressas por meio de arranjos específicos das
Pastas especializadas que a compõem.
Figura 2 - Quadro esquemático, representando as missões dos órgãos da Presidência da República Figura 3 - Quadro esquemático, representando as visões dos órgãos da Presidência da República
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CENTRO DE GOVERNO
O Centro de Governo (CdG) brasileiro é a estrutura que presta apoio direto e coordenado ao Chefe do Executivo no gerenciamento integrado do governo. Esse
núcleo é responsável por transformar as plataformas aprovadas pela sociedade num planejamento estratégico nacional e em políticas públicas que
assegurarem as atuações tática e operacional da gestão do Estado, com o objetivo de atender as demandas dos cidadãos. Para isso, o CdG deve atuar no
fomento da capacidade e da qualidade do sistema político-administrativo e na prospecção de informações fundamentadas em evidências para subsidiar as
decisões do Chefe do Executivo.
Destacam-se três colegiados na atuação do CdG: a Junta de Execução Orçamentária (JEO), o Comitê Interministerial de Governança (CIG) e o Conselho Brasil-
OCDE.
A Junta de Execução Orçamentária, instituída pelo Decreto nº 9.169 de 16 de outubro de 2017, é órgão de assessoramento direto ao Presidente da República
na condução da política fiscal do Governo Federal. O seu principal objetivo é zelar pelo equilíbrio fiscal, orçamentário e financeiro na gestão pública, tendo em
vista a importância da redução de incertezas no ambiente econômico e da sustentabilidade do endividamento público.
O Colegiado é composto pelo Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República e pelo Ministro da Economia. A Junta de Execução
Orçamentária conta com o apoio da Comissão Técnica de Gestão Orçamentária e Financeira, composta por oito membros integrantes dos citados ministérios.
Ao longo das dez reuniões da junta em 2020, foram tomadas decisões que garantiram a estabilidade fiscal do país num ano marcado por grandes incertezas
ocasionadas pela pandemia. Destaca-se que é por meio do Comissão Técnica de Gestão Orçamentária e Financeira que os ministérios encaminham propostas
de alterações orçamentárias para apreciação no âmbito da Junta de Execução Orçamentária.
O Comitê Interministerial de Governança, criado pelo Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017, e composto também pelo Ministro de Estado Chefe da
Casa Civil da Presidência da República e pelo Ministro da Economia, além do Ministro da Controladoria-Geral da União, é responsável pelo assessoramento ao
Presidente da República na condução da política de governança da administração pública federal, bem como incentiva e monitora, de forma estratégica, a
evolução da aplicação das práticas de governança.
O mesmo decreto também estabelece a política de governança da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, os princípios, diretrizes e
práticas relacionadas à governança pública, com foco na melhoria da prestação de serviços ao cidadão e na redução de custos. A propósito, vale destacar que
o CIG emitiu deliberações importantes em 2020: a Resolução n° 2, de 29 de junho de 2020, que estabeleceu o fluxo, os prazos e as obrigações relacionados ao
monitoramento das recomendações e dos alertas exarados pelo Tribunal de Contas da União , no âmbito do Processo de Prestação de Contas do Presidente
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da República (PCPR); e a Resolução nº 3, de 1º de outubro de 2020, que instituiu grupo de trabalho para o acompanhamento e avaliação dos resultados da
revisão por pares do Centro de Governo.
No atual contexto de retomada, em que as necessidades socioeconômicas são muito intensas, o cenário fiscal mais rigoroso e as propostas de projetos das
mais diversas áreas de governo se avolumam, o CdG assume papel ainda mais relevante enquanto espaço de coordenação e priorização da ação
governamental. Fundamental, portanto, estabelecer um centro integrado e estruturado de Governo para criar ambientes institucionais mais seguros,
confiáveis e favoráveis para coordenação estratégica, priorização, acompanhamento, avaliação e comunicação de políticas públicas de maneira eficiente e
efetiva.
Para tanto, é de suma importância zelar pelo fortalecimento da capacidade institucional do CdG, potencializando sua capacidade de atendimento às demandas
da sociedade. Premido por essa lógica, a Casa Civil atua em diversas frentes com o fim último de fortalecimento da capacidade de entrega de resultados aos
cidadãos.
Um aspecto fundamental da atuação do CdG diz respeito à preparação do processo de acessão do Brasil à OCDE. A acessão do país é um dos principais objetivos
estratégicos do Governo Federal. Não só o ingresso efetivo do país na Organização, mas o próprio processo de preparação para a acessão contribuirá de
maneira significativa ao aperfeiçoamento das políticas públicas nacionais, aproximando-as às melhores práticas mundiais.
Para este objetivo, criou-se o Conselho Brasil-OCDE, instituído por meio do Decreto nº 9.920, de 18 de julho de 2019. Trata-se de órgão colegiado de
coordenação política e estratégica e de cooperação com a organização até que a acessão seja concluída. O Conselho é coordenado pelo Ministro Chefe da
Casa Civil e composto pelo Ministro Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ministro Chefe da Secretaria de Governo, Ministro da Economia e
Ministro das Relações Exteriores. O decreto também criou um comitê gestor, composto por representantes das pastas ministeriais que integram o Conselho
para subsidiar no exercício de suas atribuições.
A Casa Civil contratou, em 2020, os serviços especializados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico para realização de projeto
intitulado “Rumo a um Centro de Governo Integrado e Estruturado no Governo Federal do Brasil”. O objeto da contratação abrange a realização de avaliação
conhecida por revisão por pares (peer review), que é essencialmente o exame do desempenho ou práticas de um país em uma área específica feito por outros
países, auxiliado por contribuições técnicas de especialistas.
A revisão por pares enseja o aperfeiçoamento da organização institucional e funcional do CdG no Brasil, pois trará insumos para criação de ambientes
institucionais mais seguros, confiáveis e favoráveis para a coordenação estratégica, priorização, monitoramento e avaliação mais eficaz de políticas públicas e
entrega de resultados mais eficientes à sociedade. A revisão também prevê um plano de ação com diversas recomendações de melhoria específicas para o
funcionamento mais efetivo e sinérgico do CdG no seu papel de coordenar e integrar os projetos e agenda prioritária de governo. Os componentes temáticos
são os seguintes: (i) funções e capacidade de coordenação do Centro de Governo; (ii) planejamento estratégico, priorização e objetivos; (iii) papel do Centro
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de Governo na governança orçamentária; e (iv) monitoramento e avaliação do governo como um todo. No ano de 2020, deu-se início ao processo sistemático
de convergência das políticas públicas brasileiras aos padrões da OCDE. Nesse sentido, elaborou-se diagnóstico inicial nas áreas mais importantes e estratégicas
para o ingresso do país na Organização e com alto potencial de impacto no aperfeiçoamento das políticas públicas nacionais.
Em 2021, a análise de mais de 450 notas técnicas permitirá o fechamento da posição de governo a respeito dos instrumentos da Organização e possibilitará a
implementação de plano de convergência das políticas nacionais priorizadas aos padrões da OCDE. Para tanto, prevê-se a constituição de grupos temáticos
com as pastas do Governo brasileiro, em espelhamento aos comitês da Organização, visando, inclusive, fomentar o engajamento do país naquelas instâncias
e contribuindo para a consolidação de um discurso coeso, harmônico e cuidadosamente discutido, potencializando o posicionamento e a voz do país na
Organização.
Se por um lado essa estratégia contribui sobremaneira para o processo de acessão, por outro, representará oportunidade única de aperfeiçoamento das
políticas públicas nacionais. Atualmente, o Brasil está aderente a 94 instrumentos da OCDE, de um total de 245, e outros 49 estão em análise na Organização.
O gráfico abaixo demonstra a evolução do processo de adesão:
98
81
66
33 37
26 29 29
22 23 24
16 17 18 19 17
11 12 15
1 4 1 1 1 3 1 1 2 3 4 4
1997 1999 2000 2004 2007 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
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Dentro dessa lógica, destacam-se algumas áreas estratégicas para o ingresso do Brasil na OCDE e que contam
com ações de elevado impacto transformador da realidade nacional:
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O processo de acessão, portanto, destaca-se por sua governança e abordagem integrada de governo. Nesse esforço serão revisitadas políticas prioritárias para
o desenvolvimento sustentável e inclusivo do país, no contexto de retomada econômica e da necessidade de criação de ambiente estável e seguro para os
investimentos.
Em 2020, outros dois colegiados formados no Centro de Governo merecem destaque: o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da
Covid-19 e o Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise do Covid-19 (Decreto nº 10.277 de 16 de março de 2020 e Decreto 10.289 de 24 de
março de 2020).
O Comitê tem como objetivo deliberar sobre as prioridades, diretrizes e os aspectos estratégicos relativos aos impactos da Covid-19, sendo composto pelos
Ministros de Estado, presidentes de bancos estatais e da Anvisa. Já o Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise do Covid-19 tem como objetivo
coordenar as operações do Governo Federal, conforme determinado pelo Comitê de Crise, articular com entes públicos e privados as ações de enfrentamento
da Covid-19, monitorar as ações adotadas pelos atores públicos e privados em relação ao enfretamento da Covid-19 e informar ao Sr. Presidente da República
sobre as atividades realizadas.
No âmbito do Comitê, foram criados grupos de trabalho temporários para resolver questões relacionadas ao enfretamento da situação de emergência causada
pela Covid-19: Grupo para Coordenação de Ações Estruturantes e Estratégicas para Recuperação, Crescimento e Desenvolvimento do País (Resolução nº 1 de
13 de abril de 2020); Grupo para a Coordenação de Ações Estratégicas para Construção de Hospitais de Campanha Federais e Logística Internacional de
Equipamentos Médicos e Insumos de Saúde (Resolução nº 3 de 15 de abril de 2020); Grupo para a Coordenação de Ações Estratégicas de Tecnologia da
Informação (Resolução nº 4 de 13 de maio de 2020); Grupo de Apoio aos Brasileiros no Exterior (Resolução nº 5 de 13 de maio de 2020); Grupo para a
Consolidação das Estratégias de Governança e Gestão de Riscos do Governo Federal (Resolução nº 6 de 2 de junho de 2020); e Grupo para a Coordenação de
Esforços da União na Aquisição e na Distribuição de Vacinas Contra a Covid-19 (Resolução nº 8 de 9 de setembro de 2020).
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ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA
A Presidência da República possui, em sua estrutura, áreas especializadas de governança e comitês de governança, que se organizam em uma visão sistêmica,
conforme disposto na figura a seguir.
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Um sistema de governança refere-se ao modo como os diversos atores se organizam, interagem e procedem para obter boa governança, englobando instâncias
internas e externas de governança, fluxo de informações, processos de trabalho e atividades relacionadas a avaliação, direcionamento e monitoramento da
organização2.
Essa visão sistêmica da governança foi concebida a partir de alterações nas competências da Secretaria-Geral, que passou a ser responsável por articular,
coordenar, promover e acompanhar a implementação das medidas, dos mecanismos e das práticas organizacionais de governança da Presidência da República
e, supletivamente, da Vice-Presidência da República.
Assim, como forma de viabilizar a coordenação e a articulação de ações transversais de governança em toda a PR, e percebendo a oportunidade de realizar a
transição para um modelo baseado na coordenação e na sinergia de esforços, foram criadas, no ano de 2020, duas novas estruturas com atuação transversal
em governança: o Comitê Integrado de Governança da Presidência da República (triângulo laranja na figura), descrito mais à frente; e a Diretoria de Governança
(quadrado laranja na figura), estrutura vinculada à Secretaria-Executiva da Secretaria-Geral.
Articular, promover e acompanhar a implementação e a manutenção de mecanismos, instâncias, medidas e práticas de governança na
Presidência da República e, supletivamente, na Vice-Presidência da República, em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Comitê
Interministerial de Governança;
Coordenar ações transversais de governança, de modo a promover a sua integração no âmbito da Presidência da República e,
supletivamente, da Vice-Presidência da República;
Coordenar ações de conscientização e divulgação de temas relacionados à governança;
Coordenar o processo de planejamento estratégico institucional integrado da Presidência da República e, supletivamente, da Vice-
Presidência da República;
Atuar como unidade de gestão de integridade da Presidência da República;
Apoiar a implementação e acompanhar a gestão de riscos, no âmbito da Presidência da República e da Vice-Presidência da República; e
Articular as atividades relacionadas à segurança da informação, no âmbito da Presidência da República e, supletivamente, da Vice-Presidência
da República, observadas as normas editadas pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
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Com a operacionalização do sistema, espera-se que sejam introduzidas capacidades até então inexistentes ou de conformações ainda insuficientes, tais como:
O Comitê Interministerial de Governança (CIG) é um colegiado composto pelo ministro de Estado Chefe da Casa Civil, que o coordena, o ministro de Estado da
Economia e o ministro de Estado da Controladoria-Geral da União, sendo responsável pelo assessoramento do presidente da República na condução da política
de governança da Administração Pública Federal.
Na primeira reunião, em 16 de janeiro de 2020, foi aprovada a atualização do texto-base da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
relativa ao período de 2020 a 2031 (ENDES 2020-2031), recomendando-se a adoção de procedimentos finais para a sua formalização; e a Estratégia de Governo
Digital 2020-2021.
Na reunião de 29 de junho de 2020, aprovou-se resolução que estabelece o programa de trabalho para o monitoramento das recomendações e dos alertas
exarados pelo TCU por ocasião da apreciação da Prestação de Contas do Presidente da República; aprovou-se a realização de uma reunião extraordinária do
Comitê, para deliberar sobre a proposta de regulamentar a elaboração do Plano Integrado de Longo Prazo da Infraestrutura Econômica; e o cronograma das
reuniões do Comitê para o ano de 2020.
Na primeira reunião extraordinária, em 11 de setembro, aprovou-se a entrega do relatório final do Grupo de Trabalho para Investimentos em Infraestrutura,
instituído pela Resolução CIG nº 1, de 24 de julho de 2019.
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Na terceira reunião ordinária do exercício, em 1º de outubro, houve diversas deliberações: recomendação à Casa Civil, com o apoio da Controladoria-Geral de
União, para que promova o acompanhamento das providências de responsabilidade dos órgãos setoriais do Governo Federal, necessárias ao tempestivo
atendimento das recomendações e alertas que possam ter reflexo nas Contas do Presidente da República, exaradas pelo TCU no âmbito do Programa de
Atuação no Enfrentamento da Crise da Covid-19 (Coopera), observados os destinatários originais das deliberações; e recomendação à Casa Civil que, em
consonância com a competência legal de avaliação e monitoramento da ação governamental e gestão dos órgãos e entidades da administração pública federal,
que lhe atribui a alínea d), inciso I, art. 3º da Lei nº 13.844, de 18 de junho de 2019, estabeleça e apresente ao CIG plano de trabalho visando promover ações
de gestão junto aos Comitês Internos de Governança, de forma a (i) propiciar o acompanhamento da internalização, no âmbito da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional, dos princípios e diretrizes de governança pública estabelecidos pelo Decreto nº 9203/2017; (ii) incentivar o
encaminhamento de propostas relacionadas às competências do CIG, em conformidade com o disposto no art. 9º-A do Decreto nº 9.203/2017; e (iii) subsidiar
a atuação do CIG no que se refere ao incentivo e monitoramento da aplicação das melhores práticas de governança.
Além disso, a reunião também aprovou resolução instituindo grupo de trabalho para o acompanhamento e avaliação dos resultados da Revisão por Pares do
Centro de Governo, e recomendou à Secretaria-Executiva do CIG: (i) que cientifique o Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP)
do teor dos Acórdãos nº 2.781/2018 e 2.098/2020, ambos do Plenário do TCU, que recomendam a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) boas práticas de
avaliação; e (ii) que promova o acompanhamento do atendimento das determinações e recomendações do Acórdão nº 2.781/2018 junto à Funasa.
Na última reunião ordinária do ano, em 14 de dezembro, além da apresentação de informes do Comitê, aprovou-se o cronograma de reuniões do colegiado
para o ano de 2021.
Instituído por meio do Decreto nº 10.566, de 8 de dezembro de 2020, o Comitê Integrado de Governança da Presidência da República permitiu o
aprimoramento na integração das iniciativas de governança do órgão, ao desenvolver e monitorar políticas e diretrizes estratégicas de governança com alcance
transversal na Presidência da República e Vice-Presidência da República.
Coordenado pelo Secretário-Executivo da Secretaria-Geral, o comitê é composto pelos secretários-executivos da Casa Civil, Secretaria de Governo e Gabinete
de Segurança Institucional, além do Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, do Assessor-Chefe da Assessoria Especial do Presidente da
República, do Secretário Especial de Assuntos Estratégicos e do Chefe de Gabinete do Vice-Presidente da República.
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Ao colegiado compete:
Estabelecer orientações e deliberar sobre temas estratégicos de governança de alcance transversal entre os órgãos que o compõe;
Atuar, de forma integrada, na manutenção de processos, de estruturas, de práticas e de mecanismos adequados à incorporação dos
princípios e das diretrizes de governança previstos no Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017;
Incentivar a aplicação das melhores práticas de governança que visem a implementar o acompanhamento de resultados, promovam soluções
para melhoria do desempenho institucional ou adotem instrumentos que aprimorem o processo decisório;
Promover e acompanhar a implementação das medidas, dos mecanismos e das práticas organizacionais de governança oriundas do Comitê
Interministerial de Governança;
Promover a integração de iniciativas de governança e o aperfeiçoamento dos fluxos transversais de comunicação;
Aprovar planos, políticas, planejamentos e projetos no contexto de ações de governança;
Promover a padronização de procedimentos e práticas de governança; e
Promover a implementação, execução e monitoramento do Programa de Integridade da Presidência da República.
O Comitê de Governança Digital da Presidência da República (CGD/PR) foi instituído pelo Decreto nº 10.159, de 09 de dezembro de 2019 e tem por finalidade
aprimorar os serviços relacionados à tecnologia da informação e comunicação (TIC) desenvolvidos na Presidência da República, propondo planos, políticas,
normas e diretrizes que assegurem o alinhamento destes serviços às necessidades institucionais, além de atuar na avaliação e análise de assuntos relativos
aos objetivos estabelecidos nessa portaria.
Reposicionamento do Comitê de Governança Digital para um nível mais estratégico, a partir da sua composição pelos respectivos Secretários-
Executivos de órgãos integrantes da PR, buscando deliberar e tomar decisões de forma racional e transparente, com o intuito de elevar a
maturidade da gestão dos recursos de TIC no âmbito da PR.
Incorporação da governança da Segurança da Informação às competências do colegiado, em atendimento ao Decreto nº 9.637, de 26 de
dezembro de 2018, em seu art. 15, inciso IV, bem como a instituição do Subcomitê de Segurança da Informação, propondo-se a atender ao
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esforço da racionalização administrativa, visando a uma atuação em coesão e em sinergia de esforços, em proveito também da viabilidade e
fluidez da agenda da Alta Administração.
Revisão dos Planos Estratégico e Diretor de TIC da PR, o qual definem os objetivos estratégicos, princípios e diretrizes, ações, indicadores e
metas de TIC no âmbito da PR, com o intuito de assegurar o alinhamento estratégico entre as ações de TIC e as necessidades de negócio dos
órgãos integrantes da PR que fazem uso da infraestrutura tecnológica provida pela Diretoria de Tecnologia (Ditec/SA/SG).
Elaboração do Plano de Transformação Digital da PR, instrumento de planejamento setorial compreendendo as ações de (a) transformação
digital de serviços, (b) unificação de canais digitais, e (c) interoperabilidade de sistemas, em cumprimento à Estratégia de Governo Digital,
instituída pelo Decreto n° 10.332 de 28 de abril de 2020.
Aprovação e publicação da Política de Segurança da Informação em Meios Tecnológicos da Presidência da República (Positec/PR), com o
objetivo de instituir as diretrizes estratégicas de segurança da informação que visam garantir a disponibilidade, integridade, confidencialidade
e autenticidade das informações armazenadas, transmitidas ou processadas nos meios tecnológicos da Presidência da República, assim como
proteger a imagem institucional da Presidência da República e da Vice-Presidência da República, em atendimento ao Decreto nº 9.637, de
26 de dezembro de 2018.
Revisão do processo e dos critérios de priorização de desenvolvimento de sistemas de informação da PR, bem como aprovação de novo modelo
de contratação do serviço, com o intuito de otimizar os resultados aumentando a capacidade de entrega deste serviço para os órgãos
integrantes da PR.
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O quadro a seguir apresenta os comitês internos de governança da PR, contextualizando-se os respectivos dispositivos legais.
A Portaria nº 483, de 21 de outubro de 2020, instituiu o Comitê de Governança da Casa Civil da Presidência da República, colegiado
Casa Civil
destinado a atuar na condução da política de governança no âmbito do órgão.
A Portaria nº 99, de 3 de dezembro de 2020, instituiu o Comitê de Governança Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da
Secretaria-Geral República, destinado a atuar na condução da política de governança a que se refere o Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017,
no âmbito do órgão.
A Portaria nº 33, de 16 de abril de 2020, instituiu o Comitê Ministerial de Governança da Secretaria de Governo da Presidência da
Secretaria de Governo
República.
Gabinete de Segurança A Portaria nº 78, de 27 de novembro de 2020, dispõe sobre o Comitê de Governança, Riscos e Controle do Gabinete de Segurança
Institucional Institucional da Presidência
Imprensa Nacional A Portaria IN nº 234, de 1º de agosto de 2018, instituiu o Comitê de Governança, Riscos e Controles no âmbito da Imprensa Nacional.
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Casa Civil
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33 //
Subsidiar com
Analisar o mérito, a oportunidade e a
Indicar atos normativos informações que
compatibilidade de atos normativos Indicar atos normativos
Unidade responsável pelo necessários à envolvam a alocação de
1 submetidos ao Presidente da prioritários para a
macroprocesso implementação de projetos recursos orçamentários
República e de projetos de lei em acessão
prioritários e financeiros e de
tramitação no Congresso Nacional
governança
Subsidiar com
informações que
Coordenar a formulação, Subsidiar com informações
Unidade responsável pelo Subsidiar com melhores envolvam a alocação de
2 implementação e avaliação de relacionadas aos projetos
macroprocesso práticas da OCDE recursos orçamentários
políticas públicas prioritários
e financeiros e de
governança
Subsidiar com a análise do
mérito dos atos normativos
Coordenar as ações para promoção
necessários para
de grandes eventos considerados
implementação das Unidade responsável pelo
3 prioritários pela Presidência da - -
atividades para macroprocesso
República e para enfrentamento de
enfrentamento dos efeitos
situações de emergência pública
negativos de emergência
pública
Subsidiar a seleção e a composição Informar acerca de
Subsidiar com
da carteira, programas e projetos Unidade responsável pelo temas críticos de
4 - informações relativas ao
prioritários da Presidência da macroprocesso políticas públicas para a
CIG e à JEO
República acessão à OCDE
Apoiar na articulação
Subsidiar com a análise do
Promover a articulação de atores e o de instituições dos
mérito dos atos normativos
monitoramento da execução das Unidade responsável pelo projetos prioritários Apoiar na articulação
5 necessários para
ações para o alcance das metas dos macroprocesso para possibilitar a junto ao CIG
implementação dos projetos
programas e projetos prioritários acessão do Brasil à
prioritários
OCDE
Coordenar a governança para Subsidiar com
Unidade responsável
6 acessão do Brasil como membro - - informações relativas ao
pelo macroprocesso
pleno da OCDE CIG e à JEO
Legenda: Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais (SAG); Subchefia de Articulação e Monitoramento (SAM); Secretaria Especial de Relacionamento
Externo (Serex); Secretaria Especial de Relações Governamentais (Serg)
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Legenda: Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais (SAG); Subchefia de Articulação e Monitoramento (SAM); Secretaria Especial de Relacionamento
Externo (Serex); Secretaria Especial de Relações Governamentais (Serg)
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O processo de planejamento estratégico institucional finalizou com a 3ª etapa, quando foram definidos indicadores e metas, as iniciativas estratégicas e a
metodologia de monitoramento do Plano Estratégico Institucional da Casa Civil da Presidência da República.
Para a supervisão e monitoramento dos impactos da crise sanitária, foi constituído o Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19
(CCOP), criado pelo Decreto nº 10.289, de 24 de março de 2020. Coordenado pela Casa Civil, o CCOP representa a integração dos trabalhos dos órgãos e
entidades da administração pública federal para combater os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus3,4.
Portanto, o Comitê deu respostas à pandemia ouvindo atores técnicos representativos, não somente do campo da saúde, como também de diversos setores
sociais e econômicos, incluindo-se todos os demais ministérios e entes subnacionais, de forma integrada e coordenada, dada a condição sistêmica da crise em
curso. Isso contribuiu com propostas de ações transversais e multissetoriais.
A coordenação da Casa Civil efetivamente combinou políticas sociais, econômicas e de saúde de âmbito nacional, mas com um olhar federativo a fim de
atender condições heterogêneas da população no nível local.
Secretaria de Governo
A Cadeia de Valor da Secretaria de Governo, apresentada na figura adiante, traz uma perspectiva transversal da organização, a partir do entendimento dos
seus macroprocessos de negócio, que permitem uma visão lógica e estruturada do funcionamento interno desse órgão.
3 https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2020/setembro/centro-de-coordenacao-das-operacoes-do-comite-de-crise-da-covid-19-completa-seis-meses-de-atuacao.
4 https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/balanco-semanal-das-acoes-do-governo-federal-e-destaques-ministeriais-2
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Os macroprocessos reúnem grandes conjuntos de atividades desenvolvidas a fim de que a Secretaria de Governo cumpra sua missão organizacional e atinja
sua visão de futuro, por meio do valor público gerado em benefício da sociedade.
Após revisão da Cadeia de Valor, ocorrida no segundo semestre de 2020 em virtude das alterações na sua estrutura organizacional, ficaram definidos três
macroprocessos finalísticos e um macroprocesso gerencial, com o propósito de permitir melhor domínio do negócio e a busca pela excelência e integração
dos processos de trabalho da Secretaria.
Os processos finalísticos, que se referem às atividades-fim da organização, geram os produtos ou serviços finais para os usuários. São esses processos que
contribuem diretamente para a geração de valor, respondendo às expectativas das partes interessadas.
O quadro a seguir apresenta os três macroprocessos finalísticos e os respectivos valores públicos gerados.
Articulação Federativa Relação com os entes federativos integrada e pacto federativo aprimorado
Comunicação acessível, coordenada e
Articulação Social Participação social e desenvolvimento sustentável estimulados tempestiva com as partes interessadas
O macroprocesso gerencial da SeGov reúne as atividades que dão suporte aos processos finalísticos, gerenciando os recursos requeridos por eles para
cumprimento da missão da organização, alcance de sua visão de futuro e geração de valor aos usuários.
A figura a seguir apresenta a Cadeia de Valor da Secretaria de Governo da Presidência da República revisada em 2020, após a saída da Secretaria de
Comunicação (Secom).
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Secretaria-Geral
A cadeia de valor da Secretaria-Geral, construída em 2018 no âmbito do planejamento estratégico 2018-2023, e revisada em 2020, reflete as estruturas
organizacionais e engloba um fluxo de atividades que vai da origem dos recursos até a entrega de um conjunto de “valores” (produtos) aos diversos públicos-
alvo atendidos.
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O esquema analítico representativo do modelo de negócios da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE) descreve o arranjo dos principais elementos
que configuram o modo como esta Secretaria desenvolve o seu trabalho. Construído na perspectiva da governança pública, o modelo explicita a concepção e
prática do processo de geração de valor público a partir de determinadas capacidades e qualidades institucionais, da colaboração entre agentes públicos e
privados na coprodução de serviços, políticas e bens públicos de interesse da sociedade.
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O modelo Canvas de Governança espelha o esforço da SAE em dupla direção: internamente, busca ser fortalecida enquanto equipe de alto desempenho; e
externamente, almeja ser reconhecida como parceira estratégica a serviço da sociedade e por essa valorizada.
Ciente da importância e interdependência desses elementos, bem como do desafio em conduzir tal processo de forma sincrônica e harmoniosa, a SAE visa
avançar na maturidade em gestão e governança pública.
Este arranjo foi capaz de gerar valor público em termos de produtos e resultados gerados, preservados ou entregues no exercício, e a capacidade de
continuidade em exercícios futuros.
Os produtos gerados pela SAE se encaixam em dois grandes grupos: o primeiro diz respeito à participação de seu corpo dirigente e técnico em iniciativas
governamentais de alta importância para a gestão desta administração, como a acessão do Brasil à OCDE, Análise de Investimentos Estratégicos Diretos,
Conselho da Amazônia etc. O segundo grupo se traduz na produção de conhecimento destinado às maiores autoridades da República a respeito de temas
estratégicos.
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O valor dos trabalhos executados não se traduz necessariamente em numerário, mas, por mais intangível que seja, tem grande importância no momento
histórico que vivemos. A missão de reconstrução do país, especialmente com o desafio adicional de ocorrer durante uma pandemia, exige que as autoridades
tenham ao seu dispor um conjunto de conhecimentos e expertises que as possibilite tomar as melhores decisões possíveis. Vale registrar que, sendo um órgão
governamental de assessoria, a SAE não executa projetos diretamente.
O modelo de negócios do Gabinete de Segurança Institucional demostra os parceiros-chave, as principais entregas e o público-alvo atendido pelas ações
desenvolvidas no órgão.
Por sua vez, a Cadeia de Valor do Gabinete de Segurança Institucional estabelece as funções da instituição – Finalísticas, de Governança e de Suporte, bem
como o valor público gerado pela Pasta.
Tais instrumentos integram o Plano Estratégico Institucional do órgão e foram desenhados a partir de sua Estrutura Regimental.
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Como observado, para a execução da missão do GSI, foram determinadas três funções
finalísticas que abarcam as principais atividades executadas pelo órgão, quais sejam:
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Vice-Presidência da República
Quadro 4 - Cadeia de Valor da Vice-Presidência da República
A Vice-Presidência da República é um órgão de assessoramento de uma das DA REPÚBLICA CADEIA DE VALOR DA VICE-PRESIDÊNCIA
maiores autoridades do país, o Vice-Presidente da República. Dessa forma, o
Orçamento
modelo de negócio corresponde às relevantes funções do Gabinete da Vice-
Administração
Presidência da República e para as quais estão voltadas as suas assessorias e
Apoio
Assessoria Jurídica
departamento.
Assessoria Temas Institucionais
Relacionados diretamente à cadeia de valor, os macroprocessos podem ser Gestão de Pessoas
entendidos como agrupamentos de processos necessários para a produção de
Finalísticos
uma ação ou desempenho de uma atribuição da organização ou ainda como
Comunicação
grandes conjuntos de atividades pelos quais a organização cumpre sua missão, Militar Diplomática Parlamentar
Social
gerando valor para o cliente.
No mapeamento dos macroprocessos do Gabinete da Vice-Presidência da República, foram identificados os seguintes processos finalísticos e respetivos
produtos.
Quadro 5 - Processos VPR
PROCESSOS PRODUTOS
Gestão da Agenda do Vice-Presidente. Planejamento de uma agenda otimizada e produtiva; Boa gestão das audiências no gabinete
Participação em Eventos Internacionais; Relacionamento com outros países; Visitas de Estado e; Outras ações
Missões Internacionais.
que precisam da atuação do Vice-Presidente na comunidade internacional
Missões Nacionais Participação da autoridade em eventos, encontros e outros compromissos dentro de regiões Brasil
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A Lei nº 13.971, de 27 de dezembro de 2019, institui o Plano Plurianual da União para o período de 2020 a 2023 (PPA 2020-2023), em cumprimento ao disposto
no § 1º do art. 165 da Constituição.
O art. 5ª da referida Lei prevê que integram o PPA 2020-2023: Programas Finalísticos, de Gestão, Investimentos Plurianuais Prioritários e Investimentos
Plurianuais das Empresas Estatais não Dependentes.
PROGRAMA AÇÃO
15ST - Acessão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE
2000 - Administração da Unidade
0032 - Programa de Gestão e Manutenção do
216H - Ajuda de Custo para Moradia ou Auxílio-Moradia a Agentes Públicos
Poder Executivo
2C55 - Disseminação de Conduta Ética no Poder Executivo federal
6662 - Formulação e Desenvolvimento de Políticas e Estratégias de Longo Prazo
217Z - Gestão do Sistema Nacional de Certificação Digital da Infraestrutura de Chaves Públicas ICP - Brasil e de outras tecnologias de segurança
2201 - Brasil Moderniza da informação e identificação digital
21AN - Coordenação, Elaboração e Proposições para Modernização do Estado
2206 - Política Nuclear 2B27 - Proteção e Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro
4001 - Comunicação Pública e Divulgação de
2804 - Publicações Oficiais
Atos e Matérias do Governo Federal
15R5 - Implantação do Sistema de Proteção das Instalações Presidenciais (ProPR)
219M - Implementação do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF)
4002 - Segurança Institucional 21AP - Apoio à Implementação da Política Nacional de Segurança da Informação
2684 - Ações de Inteligência
4693 - Segurança Institucional do Presidente da República e do Vice-Presidente da República, Respectivos Familiares, e Outras Autoridades
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A atuação do Gabinete de Segurança Institucional é direcionada, primordialmente, para dentro da organização Presidência da República. Por tal motivo, a
pasta não está incluída em políticas e programas de governo, à exceção do Plano Plurianual da União.
No escopo do PPA, o GSI desenvolve Ações Orçamentárias do tipo “Atividade”, que têm como característica o modo contínuo de aplicação e o caráter
permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação governamental; e do tipo “Projeto”, que têm como característica a
aplicação limitada num período.
No PPA 2020-2023, o GSI se insere nos programas e ações orçamentárias abaixo relacionados:
Objetivo: 1205 – Aprimorar a articulação e o assessoramento político/estratégico nas questões relacionadas à soberania, aos interesses nacionais e à segurança
do Estado e da sociedade.
Descrição: Implantação de um sistema integrado que compreende aquisição de equipamentos com hardware, software, ferramentas de apoio e toda
infraestrutura necessária para garantir a interoperabilidade de seus subsistemas, necessários ao seu funcionamento ininterrupto.
Especificação do Produto / Principais resultados: Este sistema visa propiciar um maior controle no acesso de pessoas, veículos, de entrada e saída de materiais
e saída de resíduos, segurança da informação, de comunicações e do acervo histórico e cultural da Presidência da República e Vice-Presidência da República,
dentre outros.
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Descrição: Definição de protocolos padronizados de inserção e de acesso conjunto a dados produzidos pelas instituições participantes do PPIF, seguindo
critérios de proteção da informação; ampliar e otimizar a operacionalização do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) com Estados e Municípios, incluindo
a elaboração de proposta de protocolos de atuação integrada e coordenada dos órgãos de segurança pública nas fronteiras; delinear e propor protocolos de
governança para a atuação integrada e conjunta dos órgãos federais, que possibilite a inclusão de Estados e Municípios; execução de instruções, treinamentos
e exercícios, propiciados pelas instituições participantes do PPIF; cooperação logística mútua entres os participantes do PPIF.
Especificação do Produto / Principais resultados: Integração/articulação das ações de segurança pública da União, de inteligência, de controle aduaneiro e das
Forças Armadas com as ações dos Estados e Municípios situados na faixa de fronteira, incluídas suas águas interiores, e na costa marítima.
Descrição: Realização de ações de coordenação e articulação com os demais órgãos da administração pública federal, Estados e Municípios para implementar
a Política Nacional de Segurança da Informação para tornar o Brasil mais próspero e confiável no ambiente digital, promover a sensibilização e a conscientização
de segurança na sociedade e prepará-la para o mundo digital, estimular o desenvolvimento de novas tecnologias para segurança cibernética, fortalecer a
liderança brasileira nos fóruns globais relativos ao tema de segurança digital e aumentar a resiliência brasileira às ameaças cibernéticas.
Especificação do Produto / Principais resultados: Integração/articulação/execução de ações voltadas à melhoria da capacidade institucional para segurança
cibernética; desenvolvimento e aquisição de ferramentas para o Sistema Nacional de Segurança da Informação; formação e capacitação de profissionais da
segurança da informação; implementação da regulação, controle e avaliação da segurança da informação e promoção e fortalecimento da segurança da
informação.
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Atividade/Ação: 4693 – Segurança Institucional do Presidente da República e do Vice-Presidente da República, Respectivos Familiares e Outras Autoridades
Descrição: Realização de suporte técnico e operacional às ações necessárias ao assessoramento direto e imediato ao Presidente da República no desempenho
de suas atribuições, inclusive no que se refere ao Conselho de Defesa Nacional , à Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) e ao Gabinete
de Crises, quando constituído, por meio das ações de segurança pessoal e de instalações do Presidente da República, do Vice-Presidente da República e dos
respectivos familiares; do planejamento e coordenação das atividades relativas às viagens presidenciais e realização do apoio aos Escritórios de Representação
da Segurança Presidencial.
Especificação do Produto / Principais resultados: Planejamento e custeio das viagens e das missões de segurança presidencial e de outras autoridades;
descentralização de crédito para organizações empregadas nas missões de segurança presidencial; apoio ao gabinete de crises no âmbito da Presidência da
República; suporte logístico ao Conselho de Defesa Nacional; aquisição e manutenção de material permanente; capacitação de recursos humanos; aluguel,
manutenção e conservação de imóveis; contratação de frota veicular alugada; manutenção e uso de frota veicular própria; outras despesas com viagens e
locomoção; e custeio das demais despesas com atividades inerentes ao órgão.
Descrição: A ação compreende atuação relacionada à Atividade de Inteligência de planejamento, execução, coordenação, supervisão e controle; de capacitação
na área de Inteligência para servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e dos órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin); de
desenvolvimento e implementação de soluções na área de tecnologia da informação; e de gestão de pessoal e administrativa
Especificação do Produto / Principais resultados: A ação visa a coordenar o Sisbin, produzir conhecimentos destinados a assessorar o Presidente da República
e o processo decisório nacional, capacitar profissionais dos órgãos integrantes dos Sisbin e proteger conhecimentos sensíveis. Em geral, a consecução das
ações de Inteligência observará os objetivos setoriais estabelecidos para a segurança institucional, conforme previsto na Política Nacional de Inteligência e na
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Estratégia Nacional de Inteligência; nas orientações estratégicas da Presidência da República; nas diretrizes da Câmara de Relações Exteriores e Defesa
Nacional; e nas orientações do Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional e do Diretor-Geral da Abin.
Objetivo: 1193 - Promover o desenvolvimento da tecnologia nuclear e suas aplicações, para ampliar a capacidade de oferta de produtos e serviços, para
atender a demanda e os benefícios dos usos pacíficos da energia nuclear e das radiações ionizantes, de forma segura e sustentável.
Descrição: Realização do planejamento integrado e da coordenação da ação conjunta com a finalidade de atender às necessidades de segurança das atividades,
das instalações e dos projetos nucleares brasileiros, bem como do pessoal neles empregados, da população e do meio ambiente a eles relacionados. São
realizados, principalmente, por meio da administração e manutenção do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro - Sipron; da realização de
exercícios simulados de comunicação e de resposta a emergências nucleares; da execução de campanhas de esclarecimento; da promoção e/ou participação
em cursos e seminários, conferências e reuniões internacionais; do treinamento e capacitação de equipes; da coordenação de estudos e mapeamento de
áreas de risco de acidente; e da participação em atividades da Comissão e dos Comitês que compõem o Sipron. Além da articulação, da coordenação, do
acompanhamento e, das diretrizes e metas para o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro.
Especificação do Produto / Principais resultados: Promover o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro e supervisionar sua execução, por meio do
Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, contribuindo para o desenvolvimento nacional e para a promoção do bem-estar da sociedade
brasileira.
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AMBIENTE EXTERNO
Visão Geral
Casa Civil
A Casa Civil, nos termos do Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017, é a coordenadora do Comitê Interministerial de Governança (CIG) que, em conjunto
com o Ministério da Economia e a Controladoria-Geral da União (CGU), tem por finalidade assessorar o Presidente da República na condução da política de
governança da administração pública federal.
Ademais, a Casa Civil é órgão que atua como peça-chave de Centro de Governo (CdG), de forma a assegurar a coerência das ações dos ministérios setoriais em
uma estratégia comum e integral (whole-of-government approach). Isso busca evitar o desperdício de esforços na consecução das políticas públicas e
prioridades governamentais, além de garantir que a gestão das restrições orçamentário-financeiras também esteja alinhada àquela estratégia.
Nesse sentido, a Junta de Execução Orçamentária (JEO) é o colegiado de assessoramento direto ao Presidente da República, nas questões à condução da
política fiscal do Governo Federal. A JEO foi instituída por meio do Decreto nº 9.169, de 16 de outubro de 2017, atualizado pelo Decreto nº 9.884, de 2019, e
é composta pelo Ministro de Estado da Economia, que a coordena, e pelo Ministro de Estado Chefe da Casa Civil. Além disso, é parte integrante da JEO a
Comissão Técnica de Gestão Orçamentária e Financeira (CTGOF).
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O Comitê de Crise é um órgão colegiado de caráter transitório que possui por objetivo
reportar ao Presidente da República a consciência situacional em questões relacionadas
à Covid-19. Além disso, cabe a ele a coordenação das ações dos diversos ministérios em
resposta aos impactos decorrentes da pandemia, deliberando acerca de questões
estratégicas com o intuito de manter a coerência das referidas ações para o
enfrentamento de problemas transversais e multidimensionais. Na conjuntura de 2020,
o Comitê de Crise foi pilar crucial do CdG, uma vez que a sua atuação resultou na
minimização dos efeitos da pandemia.
Ressalta-se, por fim, que integra as competências legais da Pasta fazer parte da
governança desses órgãos colegiados (CIG, JEO e Comitê de Crise). O infográfico (figura
Figura 13 - Tripé de Governança Casa Civil. 13) ao lado representa esse tripé de governança que funcionou em 2020.
Além desses três pilares, a Casa Civil ainda participa de dezenas de colegiados visando a coordenação e alinhamento das políticas públicas. Nesse papel, a
edição do Decreto n° 9.759, de 2019, evidenciou o seu esforço em tornar o funcionamento dos colegiados, de um modo geral, mais eficiente e transparente,
o que se mostra de grande relevância tendo em vista que a atuação daqueles possui impactos transversais na elaboração e implementação de diversas políticas
públicas. Essa iniciativa, portanto, concilia-se com a finalidade de uma abordagem whole-of-government de CdG.
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Destaca-se ainda que, em 2020, com a finalidade de orientar as ações de enfrentamento à Covid-19, estabeleceram-se oito eixos prioritários de atuação: 1.
Saúde; 2. Economia, Emprego e Renda; 3. Assistência Social; 4. Infraestrutura e Logística; 5. Defesa e Segurança Pública; 6. Comunicação; 7. Relações Exteriores;
e 8. Governança.
Essa segmentação fundamentou-se na compreensão de que os impactos da Covid-19 se refletem de modo mais intenso nessas áreas. Além disso, facilitou a
implementação das ações governamentais na medida em que estabelece macroáreas. Por se tratar de um evento com repercussões multifacetadas e que
requer, para a minimização dos impactos da pandemia, o diálogo entre diversos atores (órgãos e entidades nacionais e internacionais), delimitou-se uma
estratégia de atuação holística e integrada, de modo a tornar possível o alinhamento e a convergência dos esforços.
Nesse sentido, foram delimitados objetivos gerais e específicos visando a balizar a priorização das ações de enfrentamento no âmbito de cada eixo. As ações
passaram a ser norteadas pelo fim precípuo de alcançar esses objetivos, permitindo a construção de uma resposta coordenada aos efeitos da pandemia.
Secretaria de Governo
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A SEAF atendeu diretamente a mais de 3.400 entes federados e realizou 109 reuniões virtuais (videoconferências), entre elas, 85 com Comitês Estaduais de
Crise e 24 com entidades municipalistas. Esta Secretaria atuou também no apoio às demandas de equipamentos nas áreas de saúde e na distribuição logística
dos mesmos, colaborando para distribuição de: mais de 300 milhões de itens de equipamentos de proteção individual (EPI); mais de 15 milhões de testes
rápidos e PCR aos Estados; e, mais de 11.500 respiradores.
A Secretaria Especial de Articulação Social (Seas) da SeGov realizou atendimentos diretos à sociedade, totalizando 485 demandas recebidas, finalizadas e/ou
articuladas com os Ministérios setoriais e 47 agendas referentes a Organizações da Sociedade Civil realizadas.
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Já a Secretaria Especial de Relações Institucionais (Seri) atuou na articulação com parlamentares para a destinação de recursos orçamentários visando o
atendimento das necessidades urgentes de ações na área de saúde, em virtude da crise global provocada pela pandemia do coronavírus (Covid-19).
Foi aberto prazo especial de janela de crédito para a realização de pedidos de alterações orçamentárias por meio de crédito extraordinário para que tanto as
bancadas estaduais quanto os parlamentares pudessem destinar, com a edição de Medida Provisória (MP), recursos oriundos das emendas impositivas para
programação orçamentária específica de enfrentamento da emergência.
Com relação às emendas de bancadas estaduais, foi editada a MP nº 941, de 02 de abril de 2020, que abriu crédito extraordinário no montante de 2,1 bilhões,
destinados ao Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério da Cidadania. A MP em comento foi posteriormente convertida na Lei nº 10.032, de
04 de agosto de 2020.
Já para as emendas impositivas individuais, as indicações de remanejamento efetuadas resultaram na edição da MP nº 989, de 08 de julho de 2020, que abriu
crédito extraordinário em favor dos Ministérios da Educação, da Saúde e da Cidadania, no valor de 348,3 milhões.
Em relação aos aspectos financeiros, após estudos da área técnica e visando possibilitar a adequação necessária diante das situações ocorridas no ano atípico
de 2020, foi solicitada à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) antecipação do cronograma de pagamento relativo às emendas impositivas.
Tal solicitação justificou-se em razão da necessidade de contenção da pandemia de coronavírus (Covid-19), de forma a auxiliar Estados e Municípios na
realização de políticas públicas de apoio à população nesse momento de calamidade pública.
Nesse sentido, a Seri solicitou a antecipação do cronograma de pagamento devido à demanda apresentada pelo Ministério da Saúde, que analisou e identificou
a necessidade de 3,3 bilhões de pagamento para o mês de abril. O pedido encaminhado à STN foi atendido com a edição do Decreto nº 10.324, de 22 de abril
de 2020, que antecipou o limite de pagamento de emendas impositivas individuais em 1,6 bilhões, alterando o limite do mês de abril de 3,1 para 4,7 bilhões.
Ainda sobre os impactos causados pelo aumento da demanda de recursos financeiros bem como sobre a dificuldade de cumprimento do cronograma de
pagamento estabelecido no Decreto de Programação, esta Secretaria buscou alertar os envolvidos no processo financeiro sobre a indisponibilidade de limite
após a publicação das Medidas Provisórias de créditos extraordinários para o remanejamento de emendas individuais e de bancada.
Desta forma, foi sugerida a não inclusão desses créditos na base de cálculo dos limites estabelecidos no Decreto de programação com base no Art. 9º da Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF) e no art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que trata os créditos extraordinários como uma
exceção à regra.
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Diante das considerações e dos impactos apresentados, foi editado o Decreto nº 10.444, de 30 de julho de 2020, que retirou do cronograma de pagamento
os montantes relativos aos créditos extraordinários das emendas impositivas individuais e de bancada, o que possibilitou uma melhor gestão desses recursos
financeiros.
Do total de 2,4 bilhões de reais destinado às ações de enfrentamento à Covid-19, foram pagos 2,3 bilhões, totalizando uma execução de 96% dos recursos,
conforme detalhamento abaixo:
Tabela 1 - Execução de emendas - crédito extraordinário - Covid-19
A Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares (Separ) trabalhou para a aprovação de medidas legislativas em atendimento à crise sanitária, tendo: mais de
2.000 (duas mil) propostas legislativas acompanhadas, com destaque para aprovação das seguintes mais relevantes:
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Secretaria-Geral
A Secretaria-Geral, por meio da Secretaria Especial de Modernização (Seme), cuja missão é liderar os esforços governamentais para modernização do Estado,
realiza, continuamente, interações com atores governamentais e membros da sociedade civil, no intuito de reunir e harmonizar esforços em prol da
modernização do Estado brasileiro.
Para isso, a Seme participa e promove debates, constrói parcerias e se faz presente nos grandes eventos onde são discutidos os principais temas afetos à modernização
do estado, tais como: melhoria do ambiente de negócios, transformação digital e de serviços, transparência, governança interfederativa, dentre outros.
Como principal estratégia para fortalecer os processos de fomento, articulação e monitoramento das políticas de modernização do Estado, foi idealizada e
elaborada a Política Nacional de Modernização do Estado (PNME), construída com a participação de vários órgãos da administração federal, dos demais poderes,
de entes subnacionais e da iniciativa privada, que elenca os marcos principiológicos dos esforços de modernização, representando um grande avanço em direção
a uma visão central e coesa do Estado Moderno. A previsão é que a mencionada política seja publicada, por decreto presidencial, no início do ano de 2021.
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A SAJ ainda presta informações aos cidadãos acerca dos atos normativos produzidos pela Presidência da República em pedidos fundamentados na Lei de
Acesso à Informação.
A Imprensa Nacional atua no setor de disponibilização de informação oficial e encontra-se como elemento de intersecção primordial na interação entre
governo, sociedade e mercado. Dessa maneira, possui amplo espectro de parcerias, que inclui praticamente todos os setores atuantes do país, entre eles:
Estado: Órgãos Estatais: órgãos da administração pública dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo que utilizam os serviços do DOU e/ou
parque gráfico ou acompanham as informações publicadas das esferas federal, estadual e municipal.
Sociedade: Cidadãos: que utilizam os serviços de publicidade no DOU ou acompanham as informações publicadas; Sociedade Civil
Organizada: organizações da sociedade civil organizada que utilizam ou acompanham os serviços do DOU; Academia: Pesquisadores e
acadêmicos que acompanham as informações publicadas no DOU; Mídia: empresas jornalísticas e autônomos que utilizam o Diário Oficial
da União para acompanhar os atos oficiais do governo brasileiro.
Mercado: Anunciantes/leitores da iniciativa privada: Empresas que utilizam os serviços do DOU ou acompanham as informações publicadas;
Fornecedores: empresas que são fornecedoras de produtos ou serviços à Imprensa Nacional.
Ainda no âmbito da Imprensa Nacional, o atendimento aos clientes e destinatários se dá por meio da Ouvidoria e da Coordenação de Relacionamento Externo.
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Vice-Presidência da República
A gestão do relacionamento com a sociedade se dá através da Assessoria de Comunicação da Vice-Presidência da República, cuja equipe é composta por
servidores responsáveis pelo atendimento à imprensa, elaboração de estratégia de comunicação e posicionamento público.
As atividades rotineiras incluem atendimento a demandas por entrevistas ou posicionamentos do VPR, divulgação de agenda e eventos, cobertura fotográfica (registro,
edição, tratamento), cobertura com vídeos, criação de artes gráficas/virtuais, gestão de web, prospecção de soluções de tecnologia de informação e comunicação.
O relacionamento com a sociedade também ocorre por meio da Ouvidoria da PR, e consequente adesão ao Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo federal
(e-OUV), sob a competência de receber, dar tratamento e responder as manifestações referentes a sugestões, elogios, solicitações reclamações e denúncias.
Tabela 2 - SIC VPR A Vice-Presidência da República se relaciona também, por meio de canais
de comunicação, estabelecido através da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Período Jan/2020 a
Serviços Produto No Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br) também
Dez/2020
constam informações referentes à VPR e seus servidores.
Ponto Focal - Total de Pedidos
Tratados (inclusive os 195 Outras solicitações, reclamações, denúncias e sugestões chegam por meio
Serviço de Informação redirecionados a outros órgãos) *¹ de mensagens eletrônicas e pelo Serviço de Informação ao Cidadão
ao Cidadão - SIC/VPR Ponto Focal - Pedidos (SIC/VPR). Todo o material passa por um processo de triagem, onde após
98
Respondidos *² feita a analise, é respondido pela estrutura do Gabinete da VPR.
Ponto Focal - Recursos *² 20
Outros mecanismos de transparência das informações relevantes sobre a
Fontes: *¹ SADWEB; *² https://www.gov.br/acessoainformacao/pt-br/assuntos/relatorios-dados atuação da unidade com a sociedade e partes interessadas, poderão ser
realizadas por meio de acesso aos portais abertos disponíveis.
O Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), que pode ser utilizado pela sociedade em geral, foram tratados tratou de diversos pedidos e assuntos para atender
às manifestações dos cidadãos relacionada à Vice-Presidência da República.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 3 RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS
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CASA CIVIL
No início de 2020, a Casa Civil identificou a necessidade de realizar um novo ciclo de gestão de riscos em virtude de alterações normativas com impactos na
sua estrutura regimental. Constatou-se também a necessidade de atualizar o Planejamento Estratégico do órgão e modernizar a sua gestão.
Diante desse quadro, com a finalidade de tornar a gestão de riscos mais eficiente, a Casa Civil decidiu que o novo ciclo teria seu início com a conclusão do
planejamento estratégico, o que propiciaria uma visão mais precisa dos objetivos e dos processos de trabalho internos.
Assim, em 14 de maio de 2020, foi realizada a primeira oficina de Planejamento Estratégico da Casa Civil, com a presença dos altos dirigentes, e o patrocínio
do Ministro Chefe da Casa Civil, que proferiu a palestra de abertura. O processo de planejamento estratégico institucional foi finalizado em dezembro de 2020
e buscou estabelecer estratégia que orientasse a atuação do órgão para os próximos três anos, buscando o envolvimento e a sinergia de ações para a realização
do Programa de Governo do Presidente eleito. Suas informações servirão de base para o novo ciclo de gestão de riscos.
De forma concomitante à iniciativa de atualizar o seu planejamento estratégico, a Casa Civil convergiu seus esforços para a construção de uma matriz integrada
de riscos das ações do Governo Federal para o enfrentamento da Covid-19, na qual foram identificados e priorizados os riscos estratégicos pertencentes a
cada um dos oito eixos prioritários para esse enfrentamento.
Como ponto de partida para a construção da referida matriz, enviou para os dez ministérios, que lideram esses eixos, instrumentos de coleta das informações
sobre a gestão de riscos das ações executadas. Após a avaliação das informações enviadas, foram realizadas cerca de 30 reuniões com representantes dos
ministérios que lideram os eixos para delimitação dos riscos estratégicos, definindo-se um plano de tratamento e mitigação de riscos para acompanhamento
e monitoramento no âmbito do Comitê de Crise. A partir dessas reuniões, foi possível a consolidação em documento único das ações de governança e de
gestão de riscos concernentes às frentes prioritárias do Governo no combate à Covid-19.
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RISCOS
Ressaltamos que a Casa Civil, no exercício do Risco
seu papel no Centro de Governo, procedeu à Risco Risco Risco
Eventos de Muito Ações Ações
Eixos Causas Consequências Baixo Médio Alto
identificação e consolidação das ações Riscos Alto Preventivas Corretivas
0-4 5-9 10-19
20-25
relacionadas à gestão de riscos das atuações
1 Saúde 6 19 12 - - 2 4 18 16
do Governo Federal de enfrentamento à Economia,
pandemia. Após a consolidação de todos os 2 Emprego e 8 17 8 1 2 4 1 7 11
riscos e cálculo dos respectivos níveis a partir Renda
da análise de impacto e probabilidade dos Assistência
3 22 28 33 1 8 11 2 41 26
Social
eventos identificados, restaram, para
4 Infraestrutura 33 39 64 1 8 19 5 44 35
acompanhamento no âmbito do Comitê de
Defesa e
Crise, nove riscos categorizados como de 5 Segurança 8 24 16 3 2 3 - 32 13
nível baixo; 30 como médio; 48 como alto; e Pública
12 como muito alto, para os quais foram 6 Comunicação 5 21 15 - 3 2 - 13 22
delineadas 183 preventivas e 142 ações 7
Relações
7 10 7 - 4 3 - 11 8
corretivas específicas, conforme tabela 3 ao Exteriores
8 Governança 10 13 15 3 3 4 - 17 11
lado:
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 3 RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS
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Ressalta-se que o acompanhamento desses riscos pelo Comitê de Crise ocorre de modo simultâneo à gestão de riscos global realizada pelas unidades
responsáveis pelos respectivos eixos, as quais continuam a deter a responsabilidade pelo tratamento e monitoramento dos riscos que lhes são próprios.
Desse modo, tem-se, no âmbito do Comitê de Crise, uma gestão de riscos integrada, transversal e coordenada, em nível estratégico, que abrange todos os
eixos, a qual é complementada pela gestão de riscos setorial.
Cabe destacar que o Governo Federal, em função do ineditismo e incerteza que caracterizam a pandemia da Covid-19, por vezes precisou tomar decisões
urgentes com as informações disponíveis naqueles momentos específicos. Com intuito de mitigar eventuais riscos de integração e informação relacionados a
essas decisões, salienta-se que foram criadas as seguintes instâncias: a) o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19; b) o
Centro de Coordenação das Operações (CCOP); c) Comitê de Operações de Emergência (COE) – Covid-19; d) o grupo de Articulação Federativa para combate
à Pandemia; e e) diversos Grupos de Trabalho concebidos para apoiar as decisões do Governo Federal.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 3 RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS
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Assim, ressalta-se que, no atual contexto, o principal risco identificado que pode
comprometer o alcance dos objetivos da Casa Civil é um risco externo, derivado da própria
Integrar, e Ampliar a liderança da Casa Civil:
pandemia de Covid-19. Esta traz consigo grandes dificuldades e incertezas, desviando aperfeiçoar
esforços de parte dos recursos humanos da Casa Civil para seu enfrentamento. Destacam- Centro de Governo, Coordenação e
políticas Articulação
se, no entanto, que com a conclusão do planejamento estratégico e com o início do novo publicas
ciclo de gestão de riscos, estes serão reavaliados e tratados. Inovações Digitais e
Tecnológicas
Ainda cabe destacar que o processo de planejamento estratégico também permitiu a Casa Econômica:
Civil identificar as principais oportunidades que podem aumentar sua capacidade de atingir Crescimento Realizar reformas, e
seus objetivos. Ainda em seu início, a Casa Civil aplicou questionário eletrônico a todos os mudar paradigmas
servidores visando realizar um diagnóstico inicial, cujos resultados foram utilizados como
insumos para as oficinas subsequentes. Houve um retorno de cerca de 40% do público alvo.
No questionário, foi perguntado, entre outras questões, “Quais você considera as três
principais OPORTUNIDADES da Casa Civil”? Cada respondente as indicou livremente e as
respostas foram consolidadas, com o seguinte resultado: Figura 21 - Oportunidades identificadas
Nas atividades do Planejamento com a alta direção, relativas à análise de contexto da Casa Civil, foram avaliados os fatores internos (estrutura de poder,
planejamento, gestão, informação e comunicação, recursos humanos, cultura organizacional, infraestrutura) e fatores externos (políticos, legais, econômicos,
social e tecnológico) que impactam as atividades da organização. O resultado dos trabalhos de consolidação apresentou o mapeamento das seguintes
oportunidades:
Assim, os objetivos estratégicos da Casa Civil foram definidos com base na análise de contexto resumida no formato de matriz SWOT, visando a contornar
ameaças e a aproveitar oportunidades.
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SECRETARIA DE GOVERNO
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Neste ano, também foi aplicado um questionário para avaliar a maturidade em Gestão de Riscos, visando um melhor direcionamento da implementação da
política. O questionário foi adaptado de uma versão utilizada pelo Tribunal de Contas da União, que, por sua vez, baseou-se nas melhores práticas
internacionais, principalmente os modelos utilizados pelo Reino Unido, COSO e ISO.
A avaliação considera o envolvimento da alta administração em aspectos como liderança, políticas e estratégias, bem como a preparação dos servidores de
nível tático para implementar e aprimorar a gestão de riscos. É composta por quatro dimensões, cada uma com peso associado, de acordo com a figura
“Dimensões: ambiente, processos, parcerias e resultados” e a Tabela “Pesos por Dimensão”.
SECRETARIA-GERAL
A Política de Gestão de Riscos (PGR) da Secretaria-Geral da Presidência da República foi instituída pela Portaria SG nº 59, de 11 de outubro de 2017, com
aplicação a todas as unidades do órgão.
A partir de 2020, o acompanhamento dos riscos que podem afetar o atingimento dos objetivos estratégicos da Secretaria–Geral passou a ser realizado por
meio de relatórios mensais de forma a disponibilizar informações à alta administração para a tomada de decisão, formulação esta que se harmoniza com os
preceitos da governança, em especial na sua função de avaliar, direcionar e monitorar a gestão. Estes relatórios gerenciais mensais são instrumentos
regularmente utilizados pela alta administração, incluindo o Ministro Chefe da Secretaria-Geral.
Por meio da Portaria SG nº 62, de 29 de novembro de 2018, a Secretaria-Geral da PR aprovou o seu primeiro Plano de Integridade, revisado, em 2019, quando
foram identificados novos riscos e acrescidas novas medidas de tratamento. O Plano de Integridade visa o fortalecimento e a manutenção de uma cultura
sustentável de integridade em todos os níveis da organização; a estruturação, formalização ou mesmo o fortalecimento de suas instâncias de integridade; e o
aprimoramento da gestão de riscos à integridade e dos mecanismos de controle e tratamento dos riscos associados. O desenvolvimento de um ambiente ético
com a definição das funções e responsabilidades, associado ao processo de gestão de riscos à Integridade são fundamentais para termos uma adequada
avaliação, direcionamento e monitoramento da gestão, com vistas à uma condução eficiente das ações promovidas pela Secretaria.
Nesse sentido, as medidas de fomento à integridade desenvolvidas, até́ o momento, revelam o reconhecimento da alta administração quanto à importância
do tema e o comprometimento com a estruturação dos eixos consignados no Decreto nº 9.203/2017, que suportam a adequada organização de um programa
de integridade. Por outro lado, houve uma percepção conjunta, a partir de referências de estudos de Centro de Governo – em especial aquelas trazidas por
protocolos da OCDE –, que havia ainda espaço para avanço na efetividade da gestão dos riscos, caso se adotasse um único processo integrado para todos os
órgãos da Presidência da República.
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Assim, o ano de 2020 foi marcado pela idealização e estruturação de uma nova arquitetura de governança – que abrange o princípio da integridade – para
alcançar as condições legais e materiais visando formar uma gestão de riscos – prioritariamente, em um programa de integridade – única de todas as Casas
Palacianas. Isso só está sendo possível com a incorporação à Secretaria-Geral, por meio do Decreto nº 10.380, de 28 de maio de 2020, das competências e
funções de articulação do desenvolvimento do programa de integridade e apoio à implementação da gestão de riscos transversais no âmbito da PR.
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tados da organização” (BRASIL, 2019)5. Nesse sentido, também em sua atuação de suporte administrativo à Presidência da República, a Secretaria-Geral tem
regularmente monitorado os riscos potenciais que possam afetar negativamente o sucesso dos resultados e serviços prestados, conforme pode ser observado
no quadro 7.
Assim, conhecendo os riscos, tem-se acionado as ações mitigadoras, aproveitando as oportunidades e criando as perspectivas para o sucesso dos trabalhos
que são desenvolvidos pela Secretaria-Geral.
Entre as oportunidades, pode-se destacar a formalização da Rede de Gestão Estratégica (Rege) da Secretaria Especial de Administração, unidade da SG, que
será responsável pelo monitoramento e avaliação dos seus resultados e das entregas dos projetos estratégicos com as seguintes perspectivas: percepção de
excelência dos serviços prestados; melhora na comunicação, no atendimento e nas relações institucionais; implementação efetiva do Plano Estratégico da
Secretaria; ampliação da capacidade de entregas e a troca de experiências e foco na estratégia para auxiliar na tomada de decisão e na promoção da gestão
para resultado.
5BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital. Secretaria de Gestão. Guia Técnico de Gestão Estratégica. v. 1.0; Brasília; ME; SEDGG; SEGES,
2019. Versão 1/2020.
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Ainda no âmbito das oportunidades e em sintonia com a visão da Instituição de ser referência como fonte exclusiva de informações oficiais com modernidade,
confiabilidade e acessibilidade, pode-se citar a informatização do Diário Oficial da União. Considerando o grau de relevância e interesse público da base de
dados da Imprensa Nacional, e atendendo ao contido no Decreto nº 8.777, de 11 de maio de 2016, as unidades responsáveis pela sustentação do Plano de
Dados Abertos (PDA-IN) conduziram a atualização do Plano, direcionando esforços para a abertura dos dados das publicações do DOU, sendo parte composta
de arquivos nato-digitais e o restante de arquivos digitalizados.
Sendo o DOU a fonte primária da informação oficial, a divulgação desse conteúdo em dados abertos assume caráter prioritário, visto que contribui
efetivamente para a disseminação e desenvolvimento de instrumentos voltados ao aprimoramento da gestão pública e maior controle social.
A base de dados da Imprensa Nacional também está disponível para consulta no portal do Governo Federal www.dados.gov.br ou através do link
http://dados.gov.br/dataset/diario-oficial-da-uniao e serão atualizadas conforme previsto no PDA do Órgão.
Em contrapartida, a edição da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, LGPD) pode ser considerada uma fonte
específica de riscos, uma vez que determina que todos os dados pessoais (informação relacionada à pessoa natural identificada ou identificável, como nome,
idade, estado civil, documentos) só podem ser coletados mediante o consentimento do usuário. No que tange à aderência dos processos da Imprensa Nacional
à citada Lei, existe uma iniciativa de Análise e Diagnóstico do processo de produção do DOU que produziu como resultado um Plano de Ação contendo 106
iniciativas que foram priorizadas quanto à sua gravidade e urgência e organizadas em um cronograma de execução. Entre as iniciativas relacionadas está a
elaboração de Plano de Resposta a Incidentes.
Em adição e complementação ao Plano de Ação, tem-se a Portaria IN nº 95, de 28 de fevereiro de 2019, que estabelece a Política de Segurança da Informação
e Comunicações no âmbito da Imprensa Nacional e define suas diretrizes de Gestão da Segurança da Informação e Comunicações.
Encontra-se em elaboração, para respectiva aprovação do Comitê de Governança, Riscos e Controles, a Metodologia de Gestão de Riscos da Imprensa Nacional,
a fim de que seja dado início de forma estruturada à gestão de riscos do órgão para os demais setores.
Entretanto, determinados fatores são essenciais para o sucesso da execução da gestão de riscos, pois derivam das condições fundamentais para a sua
implantação e obtenção dos resultados desejados. Com base em diagnóstico realizado na Imprensa Nacional, foram identificados os seguintes fatores: (i)
envolvimento da alta administração; (ii) participação e envolvimento das áreas do órgão; (iii) relacionamento e a comunicação entre as partes interessadas;
(iv) avaliação contínua; (v) garantia dos recursos orçamentários e financeiros necessários; e (vi) garantia e gestão do capital intelectual necessário.
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No contexto da gestão de riscos, cabe destacar ainda a atuação efetiva da Subchefia para Assuntos Jurídicos na mitigação de riscos, a partir de controle do
número de atos em tramitação, bem como a indicação dos processos mais relevantes no “Radar SAJ”.
Além disso, são realizadas reuniões de alinhamento de modo a dar uma melhor conformidade jurídica aos atos da Presidência da República, bem como uma
efetiva avaliação de riscos realizada em resposta à provocação do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal Federal.
Na alçada da Secretaria Especial de Modernização (Seme), os principais riscos que afetam a capacidade da organização de gerar valor em curto, médio e longo
prazos e como a unidade lida com esses riscos, estão apresentados no quadro abaixo:
Quadro 8 - Riscos e ações de mitigação na Secretaria Especial de Modernização do Estado da Secretaria-Geral da Presidência da República.
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Para o avanço do plano estratégico de modernização do Estado, duas questões apresentam-se como essenciais: o uso intensivo da tecnologia para melhoria
dos serviços públicos e o permanente consenso político a respeito da importância das ações de modernização do Estado.
Nas últimas duas décadas, presenciou-se um grande salto tecnológico, que inseriu a sociedade no que muitos classificam como uma nova revolução industrial.
Essa onda já transformou e transformará ainda mais a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Além disso, a conexão entre pessoas e entre
dispositivos – cada vez mais abrangente, veloz e acessível – transformou a forma como as empresas e a sociedade operam e interagem. Estamos diante de um
ponto de mutação, à frente de um mundo digital conectado.
Esse cenário faz com que a sociedade exija do Estado cada vez mais a oferta de serviços públicos rápidos, digitais e seguros, e em função disso é primordial
que a forma como os serviços são prestados seja revista, sob risco de se perder governabilidade, ofertar produtos e serviços públicos obsoletos, reduzir a
competitividade das empresas nacionais e, consequentemente, submeter a população a um desenvolvimento social e econômico insuficiente.
Desse modo, tendo a tecnologia como aliada e o consenso político sobre a importância do tema, ao lado do desafio, temos a convicção de estarmos diante de
uma grande oportunidade de modernizar o Estado Brasileiro, simplificando etapas para realização de negócios, eliminando filas, reduzindo custos, melhorando
a comunicação com cidadãos e empresas, ampliando o acesso a serviços públicos, gerando empregos etc.
Todavia, a falta de clareza desse cenário pelas partes interessadas (stakeholders) representa um risco, que deve ser mitigado com atividades que promovam
o engajamento e esclarecimento.
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Com a mudança da associação hierárquica e das atribuições da secretaria dada pelos Decretos nº 10.244, de 13 de fevereiro de 2020 e nº 10.374, de 26 de
maio de 2020, a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE) passou a ser uma unidade de assessoria direta ao Presidente da República. O conjunto de
atribuições aumentou e fez com que os objetivos estratégicos passassem a apenas refletir parcialmente as novas atividades. Há necessidade da revisão do
Planejamento Estratégico para incluir as novas atividades e a identificação dos riscos será feita utilizando-se a clássica metodologia Risco-Severidade x Impacto-
Mitigação. Enquanto isso não ocorre, a Secretaria mapeou os potenciais riscos no ambiente atual.
Nesse sentido, foram identificados os seguintes riscos com potencial de afetar o alcance dos objetivos estratégicos da Secretaria:
Probabilidade Impacto
Descrição do Risco Severidade Mitigação
(1 a 5) (1 a 5)
Inexistência de um documento que apresente, de fato, a visão
Nesse caso, o risco já ocorreu. A SAE está elaborando esse
e os objetivos estratégicos nacionais. Isso se reflete, por
5 4 20 documento, que é fundamental para a orientação dos
exemplo, no planejamento das unidades setoriais (ministérios)
planejamentos setoriais.
e na definição de seus projetos estratégicos de longo prazo.
Ausência de um mapa estratégico indicando a missão, a visão e Aqui o risco também já ocorreu. A SAE também está
5 3 15
os objetivos organizacionais da SAE. trabalhando na elaboração de seu Mapa Estratégico.
Os papéis e responsabilidades estão definidos por portaria
Falta de definição de processos, papéis e responsabilidades, oficial. Já o mapeamento de processos não foi iniciado, uma
2 2 4
que orientem e otimizem as atividades. vez que as áreas possuem atribuições bem distintas e
mecanismos de trabalho também diferentes.
Profusão de ações/políticas/planos/ programas e projetos que
muitas vezes se sobrepõem ou se contrapõem a de outros
A SAE está trabalhando na elaboração da Agenda Nacional
órgãos provocando desperdícios e/ou ineficiências em relação
Estratégica, um documento que pretende dar essa "visão do
a aplicações e execuções. Questões de sombreamento de 5 2 10
todo" e que propiciará a tomada de ações para resolver essa
competências anulam forças ao se tentar resolver de forma
questão.
separada problemas relacionados ao mesmo tema por órgãos
distintos.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 3 RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS
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A gestão de riscos envolve também a ação de identificar as principais oportunidades que possuem potencial para aumentar a capacidade de a organização
atingir seus objetivos e as respectivas ações para aproveitá-las. As principais oportunidades identificadas pela Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos são:
Inserção no Centro de Governo, o que amplia a participação da SAE em decisões estratégicas do país.
Participação em comitês e grupos que tratam de assuntos sensíveis e estratégicos, o que permite uma visão geral da conjuntura e de cenários para
o país.
6
Think Tank - Laboratório de ideias, centro de reflexão.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 3 RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS
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Geração de tomada de decisão mais acertada, que pode maximizar os resultados e selecionar propostas que ofereçam maior valor agregado para
atingir a visão de futuro do país.
Promoção de agilidade no tratamento de questões que demandem maior articulação entre vários órgãos do Governo e alinhamento estratégico de
ações governamentais, articulando os planos estratégicos, tático e operacional, de forma a otimizar a aplicação dos recursos públicos com vistas ao
alcance dos objetivos.
Possibilidade de garantir recursos necessários à implementação dos projetos/programas e planos estratégicos, mediante o rearranjo orçamentário,
com o reforço de verbas e de controles sobre a execução deles.
Estruturação de uma lógica e de um fluxo consistentes para seleção e gestão de um portfólio de projetos estratégicos de longo prazo, permitindo à
SAE cumprir com as atribuições elencadas no decreto de sua estruturação, bem como contribuir para o aperfeiçoamento do planejamento estratégico
de longo prazo nacional, após a concepção da política.
Como uma unidade relativamente nova em seu posicionamento organizacional, agora diretamente vinculada à estrutura da Presidência da República, a SAE/PR
contempla novas perspectivas seja em sua missão, ou na visão de futuro e valores a desenvolver. Devido à reestruturação que ocorreu no início da pandemia
e com as evidentes limitações da atividade organizacional decorrentes, a elaboração do novo planejamento estratégico acabou sendo adiada. No entanto,
esse trabalho está em andamento e será apresentado no início do ano de 2021.
Esta Secretaria também contará com plano de recursos humanos capaz de atender às novas demandas, seja contando com amplo processo de
desenvolvimento pessoal bem como com a implementação de nova estrutura regimental, implicando em um novo quadro demonstrativo de cargos. Por outro
lado, as demandas conjunturais, definirão novos temas a estudar, a fim de melhor atender suas competências legais e ao novo cenário mundial.
A SAE/PR estima, ainda para 2021, a implementação de novos conceitos de estratégia nacional com inovadora metodologia de elaboração. Tal fato acarretará
novos estudos de cenários e inovadores planejamentos setoriais de longo prazo. Haverá, conforme plano em elaboração, um novo formato de comunicar o
que faz a SAE/PR, quais suas entregas e como visualiza o Brasil no longo prazo.
Os temas estratégicos a serem estudados se encontram em constante mutação. As demandas ocasionadas pela globalização, bem como a velocidade com que
as conjunturas geopolítica, econômica, social e de governo se modificam, demandam uma grande agilidade da área de assessoria do PR na sua missão de
prover conhecimento relevante para os tomadores de decisão. Adicionalmente, a SAE pretende dar o salto de formular muito mais do que estratégias e
políticas de governo, mas sim, de Estado. Importantes instrumentos que levarão o Brasil ao desenvolvimento sustentável e à crescente inserção e
representatividade na comunidade internacional.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 3 RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS
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Em atenção à Portaria GSI/PR nº 76, de 4 de maio de 2017, a implementação da Política de Gestão de Riscos do Gabinete de Segurança Institucional – a ser
realizada de forma gradual e continuada em até 48 meses a contar da publicação do ato – teve início em 2019. Ao final daquele exercício, foi realizado o
projeto piloto no órgão para verificar quais processos de trabalho da pasta apresentavam maturidade para avaliação dos seus riscos.
Em 2020, o GSI aprovou e publicou o seu Plano de Integridade (Portaria GSI/PR nº 12, de 7 de fevereiro de 2020), bem como aprovou o Processo de Gestão
de Riscos para a Integridade, que contou com o mapeamento básico de três processos desenvolvidos no órgão. Foram levantadas a descrição detalhada dos
riscos, suas causas e consequências, bem como a probabilidade e o impacto de sua ocorrência. A partir daí, determinou-se o nível dos riscos apontados e o
tratamento a ser dado, reforçando ou implementando novos controles internos.
Infelizmente, devido à pandemia de Covid-19, a implantação do Tratamento dos Riscos e da Comunicação e Monitoramento foram prejudicados e deverão ter
suas atividades e prazos revistos.
As fontes dos riscos abordados no projeto piloto de gestão de riscos para a Integridade do GSI são uma combinação de fontes internas e externas.
Paralelamente, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão do GSI, vem buscando aprimorar a gestão de riscos da instituição. A exemplo, cite-se a ação
GV06 do Programa de Gestão Estratégica e Transformação Institucional da Abin, cujo objetivo é “avaliar as possibilidades de aperfeiçoamento dos instrumentos
de Gerenciamento de Riscos”.
Nesse contexto, a Abin pretende implementar uma metodologia de gerenciamento de riscos nos processos de trabalho do órgão, por intermédio da
implantação de monitoramento contínuo das ações que forem sendo realizadas para tratamentos dos riscos identificados.
Como já mencionado, a análise realizada quando da construção da Matriz de Avaliação Estratégica (SWOT) do Gabinete de Segurança Institucional apontou,
como maiores oportunidades, a proximidade da Pasta com o Presidente da República e a demanda por apoio e coordenação na gestão de eventuais crises
com reflexos para a segurança institucional. A Pasta aproveita, então, tais oportunidades para fortalecer parcerias com outros órgãos e entidades federais,
estaduais e municipais, para realizar articulações internas e externas à Presidência da República necessárias ao desenvolvimento de suas ações, bem como
para manter-se atuante nos cenários nacional e internacional.
Conforme disposto, até então, o processo de identificação, análise, avaliação e priorização de riscos, bem como a definição de respostas a esses e seu
monitoramento, foram realizados apenas na forma de projeto piloto no GSI. Desta forma, ainda não há uma avaliação global e definitiva da ocorrência de
riscos e oportunidades, bem como de seus efeitos.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 3 RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS
76 //
No que diz respeito aos desafios e incertezas a serem enfrentados na execução do Planejamento
Estratégico Institucional do GSI, sendo a área de segurança institucional extremamente dinâmica,
os principais desafios se concentram na pertinência das análises realizadas para a criação do
Plano. Tal dinâmica impõe mudanças frequentes que, por vezes, podem fazer com que os
objetivos e ações tenham que ser adaptados ao longo do ciclo de vida do Planejamento. Estas
adaptações podem demandar mudanças no próprio modelo de negócio do GSI/PR
Tais mudanças não são exclusividade do GSI e, desta forma, a Instrução Normativa n° 24, de 18
de março de 2020 da Secretaria de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão
e Governo Digital do Ministério da Economia (SEGES/ME), que dispõe sobre a elaboração,
avaliação e revisão do Plano Estratégico, determina que ele deverá ser revisado pelo menos uma
vez por ano, a partir de 2021, e, se for necessário, atualizado. Desta forma, o GSI publicou o seu
Planejamento já fazendo referência à “Revisão 2020”, indicando a possibilidade de revisões nos
anos subsequentes.
VICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
77 //
ATUAÇÃO DA GOVERNANÇA
A política de governança do Poder Executivo Federal é definida pelo Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017, que estabelece princípios e diretrizes
voltados à difusão de boas práticas de governança no âmbito do Governo Federal. Em consonância com esses princípios e diretrizes, a governança pública é
responsabilidade da alta administração. Esse decreto, além de instituir o Comitê Interministerial de Governança (CIG), que assessora o Presidente da República
na condução da política de governança da administração pública federal, criou a obrigação dos órgãos e entidades constituírem comitês internos de
governança, de forma a garantir que as boas práticas de governança se desenvolvam e sejam apropriadas pela instituição de forma contínua e progressiva,
nos termos recomendados pelo Comitê Interministerial de Governança. Assim, cada órgão da Presidência tem seu próprio Comitê Interno de Governança, que
trata dos temas específicos da pasta.
Ciente que a adequação das estruturas de governança deve representar o caminho para a organização pública buscar melhor atender às novas aspirações
públicas reclamadas ao Estado, a Presidência da República está pondo em funcionamento estruturas de governança mais articuladas – com a tendência à
centralização –, de sorte a ganhar capacidade de integração dos planos estratégicos e da gestão dos riscos organizacionais dos órgãos palacianos, visando
garantir que os resultados pretendidos pelas partes interessadas sejam melhores definidos e alcançados de forma mais eficiente.
Com o objetivo de desenvolver e monitorar as políticas e diretrizes estratégicas transversais de governança entre os órgãos da Presidência e da Vice-Presidência
da República, foi instituído, por meio do Decreto nº 10.566 de 8 de dezembro de 2020, o Comitê Integrado de Governança da Presidência da República,
colegiado que atuará de forma integrada em temas estratégicos de governança.
De acordo com o Decreto, ao comitê compete: estabelecer orientações e deliberar sobre temas estratégicos de governança de alcance transversal entre os
órgãos que o compõe; atuar, de forma integrada, na manutenção de processos, de estruturas, de práticas e de mecanismos adequados à incorporação dos
princípios e das diretrizes de governança previstos no Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017; incentivar a aplicação das melhores práticas de
governança que visem a implementar o acompanhamento de resultados, promovam soluções para melhoria do desempenho institucional, ou adotem
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instrumentos que aprimorem o processo decisório; promover e acompanhar a implementação das medidas, dos mecanismos e das práticas organizacionais
de governança oriundas do Comitê Interministerial de Governança; promover a integração de iniciativas de governança e o aperfeiçoamento dos fluxos
transversais de comunicação; aprovar planos, políticas, planejamentos e projetos no contexto de ações de governança; promover a padronização de
procedimentos e práticas de governança; e promover a implementação, execução e monitoramento do Programa de Integridade da Presidência da República.
Casa Civil
Em 2020, a estrutura de governança da Casa Civil foi essencial na definição dos objetivos estratégicos. Seu Comitê de Governança aprovou a realização do
Planejamento Estratégico, em 4 de maio de 2020, propondo cronograma das atividades, objetivos, fases e produtos esperados. A Diretoria de Governança,
Inovação e Conformidade facilitou sua realização junto a outras áreas da Casa Civil.
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Os resultados do trabalho da equipe de comunicação durante o ano de 2020, no tocante aos seus principais produtos de divulgação institucional e atendimento
a órgão de imprensa, com o objetivo de fortalecer a imagem da Casa Civil em 2020 foram:
g. 30 Balanços Semanais; e
Além disso, houve atendimento a demandas de imprensa, participação e acompanhamento de eventos, e elaboração de destaques de mídia ao longo de 2020.
Impacto na Mídia
O trabalho desenvolvido pela Casa Civil envolvendo a OCDE em 2020 gerou 51 matérias para o site gov.br, 35 tweets, 2.738 curtidas (média de 78 por tweet)
e 679 retweets (média de 19 por postagem).
Em seu relacionamento com o Congresso Nacional (CN), a Casa Civil respondeu, tempestivamente, em 2020, 47 Requerimentos de Informação. Esses
Requerimentos são previstos nos termos do art. 50, § 2º, da Constituição Federal, que confere às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
competência para encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado, com prazo de 30 dias. Adicionalmente, houve um Requerimento
encaminhado pela Comissão CN-Covid-19, que recebeu tratamento idêntico ao dispensado aos Requerimentos de Informação previstos no texto constitucional
supramencionado. O tempo médio de resposta foi de 23 dias.
Estrutura de governança que atende ao cidadão, o Sistema de Informação do Cidadão da Casa Civil atualmente é gerido pela Coordenação-Geral de Gestão
de Acesso à Informação , responsável pelo monitoramento dos elementos relacionados às formas de acesso às informações públicas regidos pela Lei de Acesso
à Informação, Lei nº 12.527, de 2011 e seus decretos regulamentadores (Decreto nº 7.724 e Decreto nº 7.745, ambos de 2012), assegurando o sigilo àquelas
informações cuja divulgação possa colocar em risco a segurança da sociedade ou do Estado.
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Em 2020, foram recebidos 256 pedidos de acesso à informação, sendo que para 146
desse total, o acesso à informação foi concedido integralmente; para 17, o acesso foi
parcialmente concedido e para o quantitativo restante, o acesso não foi viabilizado, pois,
ou a informação não existia no órgão ou tinha restrição específica de acesso ou não se
tratava de pedido de acesso à informação de competência da Casa Civil.
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Secretaria de Governo
Quanto às estruturas de governança que apoiam o cumprimento dos objetivos estratégicos da Secretaria de Governo, apresenta-se a seguir suas descrições,
bem como dos processos específicos para tomada de decisão referentes ao exercício de 2020.
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O Comitê Interno de Governança da Secretaria de Governo, instituído pela Portaria SeGov nº 64, de 29 de agosto de 2017, foi revogado para adequar suas
competências às atuais necessidades da gestão da SeGov. Um novo Comitê Ministerial de Governança (CMG) foi instituído por meio da Portaria SeGov nº 33,
de 16 de abril de 2020, com reuniões semestrais presididas pelo Ministro de Estado. Já foram realizadas duas reuniões, justamente, as correspondentes ao
exercício de 2020, tendo sido deliberados e aprovados o Mapa Estratégico e o Calendário de Governança. A figura a seguir, adaptada do Guia de Governança
Pública, apresenta a composição e como interage com os demais órgãos.
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Secretaria-Geral
A existência de estruturas colegiadas efetivamente atuantes é crucial para o bom funcionamento da governança pública, na medida em que promove o
processo decisório baseado em evidências e o balanceamento de poder nas decisões. Ciente disso, em 9 de abril de 2019, a Secretaria-Geral da Presidência
da República criou seu Comitê de Governança Institucional (CGI), por meio da a Portaria nº 17, tendo como referência normativos que tratam de temas
correlatos à governança.
O aprimoramento contínuo das estruturas de governança é um princípio que se faz presente. Como mencionado no Guia da Política de Governança Pública
do Governo Federal, “o paradigma da governança pressupõe a implementação de um constante e gradual processo de melhoria institucional, no qual são
tratados problemas como a assimetria de poder [...] e a legitimidade da atuação pública [...]”.
Embora o Comitê de Governança Institucional da Secretaria-Geral tenha completado mais de um ano de existência, entendeu-se ser o momento oportuno
para avanços no aprimoramento desse importante colegiado em 2020. Dessa forma, foi apresentada revisão geral do texto, objetivando ajustes, adequações
e melhorias, e tendo em vista as alterações na estrutura organizacional e nas competências da Secretaria-Geral, com a edição do Decreto nº 9.982, de 20 de
agosto de 2019, e as alterações trazidas pelo Decreto nº 10.380, de 28 de maio de 2020 que, em particular, retirou da estrutura da SG a Secretaria Especial de
Assuntos Estratégicos. Além disso, a adequação atende às competências previstas nos comitês criados por meio do Decreto nº 9.203/17 (art. 15-A); do Decreto
de 7 de março de 2017 (§2º do art. 1º); da Instrução Normativa Conjunta MPOG/CGU nº 1, de 10 de maio de 2016 (art. 23); a promoção da simplificação
administrativa, uma das diretrizes da governança pública previstas no art. 4º do Decreto 9.203/2017, com a revisão e a simplificação do texto que disciplina o
funcionamento do CGI; e o atendimento ao disposto no art. 5º do Decreto nº 10.139, de 28 de novembro de 2019. Considerando a extensão das alterações
propostas, revogou-se a Portaria nº 17/2019, instituindo-se o novo comitê por meio da Portaria SG/PR nº 99, de 3 de dezembro de 2020.
No que diz respeito ao questionamento de onde se pretende chegar, é relevante rememorar a visão estratégica do Gabinete de Segurança Institucional, qual
seja: “Ser reconhecido como órgão de excelência no assessoramento político/estratégico da Presidência da República na garantia da segurança institucional,
da segurança do Estado e da sociedade brasileira, antecipando oportunidades e desafios, e contribuindo para a promoção da soberania e dos interesses
nacionais”.
Para orientação do GSI em direção a essa visão, em 2020 foram atualizados alguns dos instrumentos que compõem sua base de Governança e Estratégia:
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Plano de Integridade
o https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-12-de-7-de-fevereiro-de-2020-242339915
Plano Estratégico Institucional (PEI 2020-2025)
o https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gsi/pr-n-80-de-23-de-dezembro-de-2020-296140800
Comitê de Governança, Riscos e Controle (atualização)
o https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gsi/pr-n-78-de-27-de-novembro-de-2020-290791980
Grupo de Trabalho de Planejamento Estratégico e Gestão Estratégica (atualização)
o https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gsi/pr-n-77-de-27-de-novembro-de-2020-290913824
Tais instrumentos visam fortalecer a capacidade do GSI de realizar sua governança, possibilitando o alcance de sua visão estratégica.
Instituído em cumprimento ao disposto na Instrução Normativa Conjunta MPOG-CGU nº 1, de 10 de maio de 2016, no Decreto de 7 de março de 2017 e no
Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017, o Comitê de Governança, Riscos e Controle é composto por titulares das principais unidades do órgão e tem,
dentre suas atribuições, a de promover e garantir condutas e práticas relativas à ética, integridade, governança e controles internos.
No que tange à estrutura de governança do GSI/PR, além dos Planos indicados e do Comitê de Governança, há também na Assessoria de Planejamento e
Assuntos Estratégicos (AsPAE), vinculada à Secretaria-Executiva, atribuições dedicadas, tais como:
Em 2019 foi criado o Grupo de Trabalho de Planejamento Estratégico e Gestão Estratégica do GSI. Com integrantes de todas as unidades que compõem o
Comitê de Governança, Riscos e Controle, o grupo realiza as atividades de natureza técnica vinculadas à gestão estratégica do GSI. Esse grupo foi renovado em
2020, tendo como principais resultados no ano a publicação do Plano de Integridade e do Plano Estratégico Institucional.
Esse sistema realiza a conexão entre a instância estratégica superior e a instância de execução técnica (Grupo de Trabalho de Planejamento Estratégico e
Gestão Estratégica) e tem se mostrado uma ferramenta válida na capacidade de resposta e geração de valor em curto, médio e longo prazos. As orientações
estratégicas emanadas pelo Comitê são rapidamente disseminadas pelos integrantes do grupo de trabalho em cada uma de suas respectivas áreas, fazendo
com que a execução tática e operacional reflita aquelas orientações.
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A Agência Brasileira de Inteligência, por sua vez, possui sistema de governança próprio, o qual é composto pela Arquitetura de Governança (integrada por
documentos como Regimento Interno, Instruções Normativas, Plano de Integridade e outros) e pela Estrutura de Governança.
A estrutura de governança da Abin apoia o cumprimento dos objetivos estratégicos por intermédio da atuação deliberativa ratificatória do Comitê de Estratégia
e Orçamento (Ceso) e mediante atividade propositiva e consultiva dos demais comitês, quais sejam: Comitê de Governança, Integridade, Riscos e Controle
(CGIRC), Comitê de Governança Digital (CGD), Comitê de Gestão Estratégica de Pessoas (Cegep) e Comitê Estratégico de Segurança da Informação (Cesi).
As instâncias internas de apoio à governança, a Ouvidoria, a Corregedoria Geral e a Assessoria de Governança e Conformidade, cumprem a função de realizar
a comunicação entre as partes interessadas internas e externas, avaliar e monitorar riscos e controles internos e comunicar disfunções identificadas à Alta
Direção.
Vice-Presidência da República
A Portaria nº 24, de 31 de maio de 2017, instituiu a Política de Gestão de Riscos da Vice-Presidência da República, na qual as diretrizes foram definidas em
conjunto com o Planejamento Estratégico. As ações direcionadas à execução da Política de Gestão de Riscos são desempenhadas por uma equipe
administrativa que realiza o acompanhamento e atua em todos os setores da unidade na correção de rumos na execução dos processos.
Ademais, a Vice-Presidência da República passou a compor o Comitê Integrado de Governança da Presidência da República (Decreto nº 10.566, de 8 de
dezembro de 2020) que desenvolverá, de forma integrada, novas práticas e mecanismos de governança.
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ESTRATÉGIA
Casa Civil
Conforme citado anteriormente, em 14 de maio de 2020, foi realizada a primeira oficina de Planejamento Estratégico da Casa Civil, na qual estiveram presentes
os altos dirigentes. Nesse processo, a Casa Civil buscou estabelecer estratégia que oriente a atuação do órgão para os próximos três anos, buscando o
envolvimento e a sinergia de ações para a realização do Programa de Governo do Presidente eleito.
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propósitos maiores da organização, o Mapa foi construído após o trabalho de definição dos referenciais estratégicos bem como dos objetivos estratégicos,
classificados nas perspectivas de Resultados, Processos Internos e Suporte.
Elaboração da Cadeia de Valor e Matriz de Responsabilidade: complementando os elementos previstos no art. 3º da IN Seges/SGD/ME nº 24/2020, foram
realizadas oficinas para a construção da cadeia de valor institucional, bem como da matriz de responsabilidades, identificando as atribuições, papéis e
responsabilidades de cada unidade da Casa Civil, em relação aos macroprocessos finalísticos identificados na cadeia de valor.
O processo de planejamento estratégico institucional finalizado em dezembro de 2020 definiu: indicadores e metas, as iniciativas estratégicas e a metodologia
de monitoramento do Plano Estratégico Institucional da Casa Civil da Presidência da República.
Os objetivos estratégicos definidos que se encontram na perspectiva de Resultados do Mapa Estratégico servem como balizadores para a definição dos demais
objetivos da organização. A listagem consolidada dos objetivos estratégicos é apresentada a seguir:
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Quanto aos indicadores e metas, foi constituído um Painel de Indicadores da Casa Civil com os seguintes indicadores vinculados aos objetivos estratégicos:
Nº
Fortalecer a participação
do governo brasileiro % de comitês com planos de Quantidade de comitês da OCDE dos
4 nos FÓRUNS ação de participação nos comitês SEREX Semestral OCDE quais o Brasil consta, no mínimo, com
INTERNACIONAIS da OCDE status de participante
relevantes
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Nº
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Nº
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Secretaria de Governo
O Planejamento Estratégico da SeGov 2019-2022 teve início em agosto de 2019 e foi conduzido pela Secretaria-Executiva, utilizando recursos internos e sem
exigir recursos adicionais àqueles já previstos para as atividades de rotina. Utilizou-se a metodologia ágil, baseada no Balanced Scorecard (BSC), a fim de
fortalecer a governança, a ação integrada e a gestão estratégica da SeGov, alinhando trabalhos de planejamento estratégico às competências estabelecidas à
época no Decreto nº 9.980, de 2019.
Entretanto, após a saída da Secretaria de Comunicação (Secom) da estrutura da SeGov em 2020, os referenciais estratégicos - missão (razão de ser da
organização), visão (onde a organização quer chegar) e valores (princípios e crenças orientadores) - foram revisados conforme apresentados a seguir:
Retificados os critérios norteadores do Ministério, em 2020, também foram reformulados os objetivos estratégicos, que constituem os desafios que a
instituição deverá alcançar para implementação de sua estratégia. Os objetivos estratégicos da SeGov foram distribuídos nas quatro perspectivas adiante:
Sociedade e Governo: agrega os objetivos a serem seguidos para satisfazer a sociedade e o governo;
Resultados Institucionais: agrega os resultados a serem alcançados pela instituição para atender às necessidades da sociedade e do governo;
Processos Internos: agrega os processos internos aos quais a instituição deve buscar a excelência para satisfazer a sociedade e o governo;
Suporte, Infraestrutura e Conhecimento: agrega o que é possível melhorar em termos de infraestrutura, aprendizado, experiência e inovação para
o alcance dos demais objetivos estratégicos.
O ano de 2020, segundo do atual Governo, foi marcado pela pandemia da Covid-19 e por reestruturações organizacionais e de competências nas estruturas
da Presidência da República, assim como pelo aperfeiçoamento da gestão estratégica da Secretaria de Governo. Tais reestruturações levaram à necessidade
de readequação dos macroprocessos da SeGov e de elaboração de novo plano estratégico, em consonância com o Decreto nº 9.980, de 20 de agosto de 2019.
Apesar de o cenário de 2020 ter sido marcado por uma pandemia, que exigiu, entre outras adaptações, uma adequação imediata nos processos de trabalho
de todas as unidades, anteriormente presencial, para o trabalho remoto, esse fato não impediu a implementação do 1º ciclo do Plano Estratégico SeGov 2019-
2022, que foi de grande aprendizado para a Secretaria-Executiva, bem como para todas as demais áreas da SeGov.
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Como resultado da revisão do processo de planejamento ocorrido em 2020, obteve-se o Mapa Estratégico SeGov 2019-2022 (figura a seguir), que constitui a
representação gráfica da estratégia revista.
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Secretaria-Geral
O Planejamento Estratégico da SG/PR, para o período de 2018 a 2023, teve início no ano de 2017 e trabalhou a definição de referenciais estratégicos e objetivos
estratégicos. Na ocasião, foram definidas sua Missão e sua Visão, bem como estabelecidos os valores que norteiam a sua administração.
A estratégia da SG da Presidência da
República está representada no Mapa
Estratégico ao lado (figura 29):
Figura 29 - Mapa Estratégico da Secretaria-Geral
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O trabalho final, contemplando os indicadores estratégicos e as metas acordadas, foi entregue na última semana de novembro de 2020 e será incorporado
aos relatórios mensais de acompanhamento da Secretaria -Geral, aprimorando a uniformidade de informações e trazendo subsídios mais robustos à tomada
de decisão da alta administração.
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A estratégia do Gabinete de Segurança Institucional encontra-se demonstrada no Mapa Estratégico do órgão, desenvolvido quando da elaboração do
Planejamento Estratégico da Pasta para o período de 2018-2023, recém revisado, conforme figura a seguir:
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cialmente, a atualização do instrumento em conformidade com a nova organização, missão e visão de futuro da Pasta; o alinhamento das iniciativas do órgão
ao PPA; e uma melhor adequação ao atual cenário, principalmente em decorrência da pandemia de Covid-19.
O instrumento resultante desse trabalho de revisão foi o Plano Estratégico Institucional do GSI para o período 2020-2025, que prevê os seguintes objetivos
estratégicos (OE), indicadores e metas:
Prover a segurança das instituições através de instrumentos que permitam tratar a segurança como premissa, desenvolvendo competências
humanas, tecnológicas e processuais efetivas que contribuam para o desenvolvimento da maturidade e a excelência em Segurança Institucional.
Trata de desenvolver normas, conhecimentos e atitudes, além de mecanismos e modelos de acompanhamento, avaliação, conformidade e
“compliance” e estimular as práticas para que se incorporem como hábitos individuais e valores institucionais.
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OE2 – CONTRIBUIR PARA A GARANTIA DA SOBERANIA, DOS INTERESSES NACIONAIS E DA SEGURANÇA DO ESTADO
Fortalecer, nos limites legais da competência do GSI, os mecanismos de Inteligência, de acompanhamento, análise, avaliação, assessoramento,
articulação e ação, de maneira a promover oportunidade e sabedoria ao processo decisório e assegurar a ação do Estado como Instituição maior
da Nação brasileira. Fortalecer a credibilidade das Instituições de Estado de modo que elas sejam reconhecidas, junto à sociedade, pela garantia
da soberania, pela salvaguarda dos interesses nacionais e pela segurança do Estado, ou seja, a Segurança Nacional.
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Estabelecer mecanismos e ações que permitam a integração das iniciativas, buscando a convergência dos esforços no sentido de promover o
desenvolvimento da qualidade no ciclo vital do Estado e assegurando, não somente a sobrevivência do Estado, mas fortalecendo suas capacidades
institucionais de oferecer à Nação as garantias de manutenção do estado democrático de direito, o seu progresso e sua capacidade de
relacionamento no âmbito internacional. Capacitar o Estado, mediante regime próprio, a assegurar o Pacto Federativo e o Pacto Social, além de
manter o exercício da soberania em prol da unidade nacional, assim como da incolumidade de seu território.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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OE4 – GARANTIR O ACESSO À INFORMAÇÃO DE FORMA TRANSPARENTE E TEMPESTIVA E O RELACIONAMENTO EFETIVO COM A SOCIEDADE E O
ESTADO
Fortalecer os mecanismos de acesso à informação com foco das Instituições de Estado e do cidadão, ampliando a oferta de serviços de segurança
institucional junto aos sistemas de governo e à sociedade por meio de integração de dados e de canais de relacionamento, fomentando e
intensificando a utilização de canais remotos na prestação de serviços, bem como a divulgação de dados e informações a respeito de seu escopo
de atuação, respeitadas as necessidades de proteção do conhecimento e da segurança das informações e comunicações. Estabelecer a política e
diretrizes de gestão da informação e documentação que propicie e agilize o acesso à informação por diversos meios, com vista a implantação de
processo digital e políticas de segurança da informação e comunicações.
Garantir uma comunicação clara, objetiva, tempestiva, ágil, oportuna, consistente e acessível aos públicos externo e interno, por meio dos canais
de comunicação disponíveis.
Indicador 10: Índice de respostas às solicitações de acesso às informações remetidas antes do prazo legal*
Objetivo Setorial: Garantir o acesso à informação de forma transparente e tempestiva
Meta 2020: 100%
* Este indicador também é utilizado para medir os resultados intermediários no PPA 2020-2023.
OE4 - Garantir o acesso à informação de forma transparente e tempestiva e o relacionamento efetivo com a Sociedade e o Estado
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Propor programas de conscientização, formação, capacitação e desenvolvimento de servidores, colaboradores e, em determinadas situações,
oferecidos à cidadania conforme o interesse institucional.
Aperfeiçoar, padronizar e criar modelos referenciais em Segurança Institucional e em Inteligência de Estado. Fortalecer parcerias e a troca
permanente de informações para a promoção de ações preventivas relativas aos incidentes, às crises, às ameaças, às vulnerabilidades e às
oportunidades com potencial de impacto na Segurança do Estado ou que possam afetar os interesses nacionais.
Indicador 11: Número de eventos sobre segurança institucional realizados (seminários, workshops, palestras e cursos)
Objetivo Setorial: Objetivo compartilhado por diversas áreas
Meta 2020: 1 evento realizado por ano
Tabela 9 - Indicadores de Desempenho do OE5
Estabelecer e fortalecer um núcleo de gestão estratégica com a responsabilidade de articular a execução do Plano Estratégico Institucional, propor
alterações estruturais, promover o alinhamento de interesses entre os gestores, conduzir o monitoramento estratégico, publicar relatórios
regulares mais transparentes, assessorar no processo de inovação institucional e produzir relatório de gestão corporativa. Incentivar o
cumprimento das metas estabelecidas e acompanhar o desenvolvimento das iniciativas estratégicas aprovadas, assegurando a conformidade com
os objetivos estabelecidos e disponibilizando metodologias adequadas aos projetos e processos institucionais, mantendo registros atualizados a
respeito da eficiência, eficácia e efetividade da Instituição no cumprimento de sua missão e no alcance da visão de futuro. Efetivar o
gerenciamento de processos de negócio na organização, sejam finalísticos, gerenciais ou de apoio, que estabeleçam como base essencial o “foco
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na Proteção do Estado e na Salvaguarda dos Interesses Nacionais”, por meio da realização da análise, modelagem, desenho, transformação, troca
de experiências, cooperações técnicas e gerenciamento de desempenho de serviços e processos, com alcance aos serviços eletrônicos. Atestar a
qualidade dos “Valores Públicos” entregues à sociedade e ao Estado e fomentar a melhoria contínua para a evolução institucional, desenvolvendo
uma Cultura de Inovação. Assegurar clareza e objetividade nas normas institucionais. Promover a simplificação de procedimentos e garantir a
uniformidade de decisões em todas as instâncias.
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OE7 – PROMOVER A INOVAÇÃO DOS SERVIÇOS E PROCESSOS COM FOCO NA SIMPLIFICAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Assegurar a dinâmica necessária à era da informação, com flexibilidade e capacidade técnica de entrega oportuna, de qualidade e efetiva, no que
tange aos interesses nacionais e à segurança institucional. Incentivar a integração de dados entre as Instituições envolvidas nos processos do
GSI/PR, assegurando a proteção do conhecimento, a segurança da informação e facilitando o acesso seguro e simplificado. Promover, no que for
possível, a transformação digital. Propor mudanças que possam afetar a percepção da sociedade e sua interação com os temas estratégicos de
interesse nacional, inclusive os referentes à segurança do Estado. Promover a simplificação e assegurar a melhoria contínua dos processos, por
meio da análise sistemática do seu status. Incorporar tecnologias e metodologias ágeis em estratégias e processos, oferecendo uma velocidade
de resposta maior diante das expectativas do cliente e tornando os processos mais eficientes por meio da introdução constante de inovações.
Incentivar que clientes e demais “stakeholders” participem do processo de criação de valor. A principal contribuição é ir além da visão do que a
Instituição acha que a sociedade deseja para ter respostas mais concretas dos anseios do seu público-alvo.
OE7 - Promover a inovação dos serviços e processos com foco na simplificação e transformação digital
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Mapear as partes interessadas estabelecendo Grupos de Interesse. Estabelecer diretrizes de maneira a assegurar a potencialização dos valores e
facilitar a materialização dos objetivos institucionais em todos os relacionamentos com as partes interessadas. Definir estratégias e tecnologias
para gerenciar e analisar as interações Institucionais. Estabelecer um modelo de gestão de relacionamentos com as partes interessadas. Avaliar o
grau de satisfação das partes interessadas na articulação com o GSI/PR. Estabelecer uma política de representatividade institucional que assegure
a potencialização dos valores e a habilitação do poder de influência em favor dos interesses nacionais e da segurança do Estado brasileiro.
Incrementar a representatividade nos âmbitos nacional e internacional. Articulação Institucional é o modelo de relacionamento estabelecido pela
Instituição com seus “stakeholders” que, assegurada a potencialização de seus valores, busca solução e equilíbrio entre os interesses e
necessidades dos mesmos e a capacidade de saná-las ou atendê-las, bem como o apoio aos projetos em andamento ou a objetivos institucionais
estabelecidos. A representatividade confere legitimidade aos diversos papéis que assume o GSI/PR por competência legal, assegurando-lhe poder
de influência e capacidade negocial e participativa nos temas estratégicos de interesse nacional que lhe são afetos.
Indicador 16: Índice de designações de Gestores de Segurança da Informação na administração pública federal
Objetivo Setorial: Acompanhar e avaliar a gestão e governança da segurança da informação.
Meta 2020: 100% de órgãos da APF com Gestores de Segurança da Informação designados por ano
Indicador 17: Índice de presença em reuniões com países/organismos internacionais
Objetivo Setorial: Aprimorar as relações institucionais, nacionais e internacionais, nos temas afetos à segurança da informação.
Meta 2020: Participar de 10 reuniões por ano
Indicador 18: Índice de presença em reuniões com instituições nacionais do setor público e privado
Objetivo setorial: Aprimorar as relações institucionais, nacionais e internacionais, nos temas afetos à segurança da informação.
Meta 2020: Participar de 30 reuniões por ano
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Mapear e aprimorar os mecanismos de proteção, de modo a garantir a confiabilidade e o monitoramento da efetividade dos processos adotados
para proteção institucional. Identificar vulnerabilidades, ameaças e oportunidades à segurança do Estado Brasileiro e aos interesses nacionais.
Acompanhar continuamente as tendências e fatos relacionados a temas estratégicos. Analisar cenários alternativos. Identificar variáveis
determinantes. Produzir documentos conclusivos. Prover assessoramento superior. Articular com diversos órgãos que detenham potencial e
responsabilidade de ação, de maneira que as tendências indesejáveis possam ser evitadas, no que tange aos temas acompanhados.
Indicador 19: Índice de incidentes cibernéticos resolvidos*
Objetivo Setorial: Executar ações necessárias para a segurança da informação.
Meta 2020: 90% de solução dos incidentes cibernéticos recebidos e detectados por ano
* Este indicador também é utilizado para medir os resultados intermediários no PPA 2020-2023.
Indicador 20: Taxa de missões de segurança de instalações com sucesso
Objetivo Setorial: Manter em segurança os palácios e residências oficiais.
Meta 2020: 100% de missões com sucesso
Indicador 21: Taxa de atividade de Cerimonial Militar com sucesso
Objetivo Setorial: Garantir, com efetividade, a execução das atividades do cerimonial militar na Presidência da República
Meta 2020: 100% dos eventos com sucesso
Indicador 22: Taxa de eventos e viagens nacionais com sucesso
Objetivo Setorial: Garantir com efetividade a execução das viagens nacionais.
Meta 2020: 100% de viagens com sucesso
Indicador 23: Taxa de eventos e viagens internacionais com sucesso
Objetivo Setorial: Garantir a efetividade da logística no transporte aéreo internacional.
Meta 2020: 100% de viagens com sucesso
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OE-10 - POTENCIALIZAR AÇÕES DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS DE DEFESA E SEGURANÇA NACIONAL EM PROL DO INTERESSE DO ESTADO E SOCIEDADE
BRASILEIROS
Acompanhar continuamente as tendências e fatos relacionados a temas estratégicos. Analisar cenários alternativos. Identificar variáveis
determinantes. Produzir documentos conclusivos. Prover assessoramento superior. Articular com diversos órgãos que detenham potencial e
responsabilidade de ação, de maneira que as tendências indesejáveis possam ser evitadas, no que tange aos temas acompanhados.
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OE12 – DESENVOLVER SISTEMATICAMENTE COMPETÊNCIAS E CULTURA VOLTADAS AOS VALORES E AOS RESULTADOS INSTITUCIONAIS
Sistematizar a gestão por competências, incrementando a capacitação continuada, gerencial e profissional, com base no conhecimento técnico,
na liderança, na proatividade e no comprometimento com os objetivos institucionais de todas as pessoas envolvidas no processo. Disseminar e
internalizar os valores organizacionais: Patriotismo; Visão de Estado; Integração, Credibilidade e Governança, com foco nos resultados advindos
do compartilhamento de boas condutas e práticas. Conscientizar os servidores acerca da responsabilidade socioambiental e com a
sustentabilidade da Nação brasileira, incentivando-os a participarem ativamente.
No âmbito de capacitação de recursos humanos, cumpre registrar que a Agência Brasileira de Inteligência possui instituição própria com tal
finalidade, a Escola de Inteligência (Esint), que integra o Sistema de Escolas de Governo da União (Segu). A Esint é responsável pela formação,
capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais de Inteligência da Abin, possuindo, ainda, dentre suas atribuições a qualificação e o
aprimoramento em Inteligência de servidores de órgãos pertencentes ao Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin).
Em 2020, foram criados, realizados e concluídos 9 eventos de capacitação, dos quais participaram 1.305 pessoas da Abin, Sisbin e conveniados,
bem como de Serviços de Inteligência Estrangeiros. Assim a Abin superou sua meta para o exercício (4 eventos), atingindo resultado de 225%.
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Mapear e maximizar a gestão de recursos humanos. Reconhecer o mérito dos servidores, ter política de valorização justa e transparente, associada
ao desempenho individual e institucional, bem como, promover clima organizacional construtivo, participativo e harmônico, com foco na
qualidade de vida dos servidores. A qualidade de vida tem se tornado um elemento essencial para que os colaboradores se sintam motivados e
satisfeitos em realizar suas tarefas, contribuindo para que a Instituição alcance os melhores resultados.
Estabelecer uma Política de atualização tecnológica para o GSI/PR. Estabelecer o nível de maturidade em segurança e desempenho desejados.
Identificar oportunidades de integração de dados. Desenvolver projetos cooperativos visando à implantação de soluções tecnológicas integradas.
Desenvolver as competências necessárias e alinhar processos e tecnologia, de maneira a otimizar o alcance dos objetivos do GSI/PR.
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Indicador 32: Demandas de serviços de tecnologia da informação e geoprocessamento atendidas pelo GSI/PR/ano
Objetivo Setorial: Desenvolver serviços de tecnologia da informação e geoprocessamento
Meta 2020: Criar histórico
Produtos cartográficos
31 Somatório simples 200 427 SADSN/DADSN
produzidos/ano pelo GSI/PR
%ISTIG = NSTIGA x 100 / NSTIGS
Onde:
%ISTIG = Índice de Serviços de
Tecnologia da Informação e
Demandas de serviços de
Geoprocessamento
tecnologia da informação e
32 NSTIGA = Número de Serviços de Criar histórico 100% SADSN/DADSN
geoprocessamento atendidas pelo
Tecnologia da Informação e
GSI/PR / ano
Geoprocessamento Atendidos
NSTIGS = Número de Serviços de
Tecnologia da Informação e
Geoprocessamento Solicitados
No planejamento público a abordagem centra-se na análise da compatibilização do Plano Plurianual com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei
Orçamentária Anual e execução da despesa, evidenciando-se as iniciativas, os empreendimentos e o cumprimento de metas, de modo que se
possa avaliar a aplicação de recursos nos parâmetros de excelência de como gastar bem, com transparência e controle, para que se tenha
economicidade, eficiência e eficácia, com vistas a dar suporte estruturante à efetividade Institucional do GSI/PR.
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Em relação aos resultados obtidos e sua comparação com as metas e os objetivos pactuados, é importante considerar que a pandemia de Covid-19, declarada
pela Organização Mundial de Saúde no primeiro trimestre do exercício de 2020, trouxe consequências globais negativas, atípicas e surpreendentes aos setores
público e privado. O Gabinete de Segurança Institucional foi igualmente atingido.
Entretanto, como órgão cuja missão é garantir a segurança institucional, os interesses nacionais e a segurança do Estado e da sociedade brasileira, o GSI/PR
possui estrutura vocacionada para bem gerir e contornar situações adversas, ainda que inesperadas, e assim foi feito.
A maior parte dos objetivos estratégicos e metas traçados para o exercício foram alcançados e até superados. De toda forma, para aqueles poucos resultados
que, pontualmente, não atingiram as metas previstas para o ano de 2020, seguem as justificativas.
Indicador 3 – Índice de planejamento e coordenação das atividades de emergência e proteção física nuclear
Justificativa: A pandemia de Covid-19 e suas restrições trouxeram grande impacto às atividades presenciais planejadas no Programa Geral
de Atividades - PGA 2020. De forma inédita, tais atividades tiveram quer ser postergadas ou canceladas, trazendo prejuízos, principalmente,
à capacitação e conhecimento dos integrantes do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), que são executados e
compartilhados, por meio de visitas técnicas e treinamentos.
Indicador 13 – Número de reuniões anuais do Grupo de Trabalho de Planejamento Estratégico e Gestão Estratégica
Justificativa: As reuniões previstas não aconteceram integralmente devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19. No entanto, a
coordenação das atividades do colegiado foi realizada por meio de mensagens eletrônicas e contatos telefônicos e, apesar das dificuldades,
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o grupo conseguiu realizar a atualização do Plano Estratégico Institucional, bem como outras atividades não previstas, que demandaram,
igualmente, a dedicação de seus membros além das suas atribuições regulamentares.
Durante o ano de 2020, a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos foi reestruturada no mês de fevereiro, saindo da alçada da Secretaria-Geral e
passando a se constituir em unidade de assessoramento direto ao Presidente da República. Logo em seguida, com o surgimento da Pandemia de Covid-
19 e as limitações impostas ao funcionamento das unidades governamentais, vários trabalhos de organização interna (como a atualização do referido
planejamento estratégico) foram preteridos em relação a questões mais urgentes que demandavam a atenção do corpo técnico da Secretaria. Portanto,
o plano estratégico vigente ainda é o de quando a SAE se subordinava à Secretaria-Geral, contribuindo com o objetivo estratégico “Aperfeiçoar o
processo de implementação da estratégia nacional”.
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Vice-Presidência da República
No exercício de 2020, foi constituída Comissão Permanente com finalidade de propor e elaborar instrumentos de gestão que reflitam as diretrizes estratégicas
da Vice-Presidência da República (VPR), conforme Portaria nº 76, de 15 de julho de 2020, de modo a atualizar o Planejamento dedicado ao período anterior
Compete à Comissão Permanente as atribuições de identificar e formular os elementos que compõem o Planejamento Estratégico, incluindo a fase de
monitoramento dos indicadores. Entretanto, com o advento da pandemia Covid-19, o planejamento teve seus resultados prejudicados e há necessidade que
as atividades sejam retomadas.
Embora pendente de reavaliação, a Vice-Presidência da República mantém o balizamento do percurso da organização a partir das seguintes definições da
Missão, da Visão de Futuro e dos Valores:
Missão
Fornecer estrutura adequada de assessoramento ao Vice-Presidente da República para garantir a excelência no exercício complementar e supletivo das
atribuições constitucionais da chefia do Poder Executivo.
Visão de Futuro
Ser um órgão estruturado e com processos bem definidos para assessorar e dar suporte de excelência ao Vice-Presidente da República.
Valores
Compromisso com a Ética - Fomentar uma gestão pautada na conduta íntegra, moral, justa e comprometida com a verdade e com os
interesses institucionais.
Compromisso com a efetividade na aplicação dos recursos - Buscar a efetividade na aplicação dos recursos por meio da implementação de
mecanismos que otimizem o alcance dos objetivos institucionais a um menor custo.
Transparência na Gestão - Proporcionar acesso às informações de forma clara e aberta, viabilizando a fiscalização institucional e promovendo
o controle social para fortalecer a relação positiva com a sociedade.
Democratização da Gestão - Desenvolver servidores e criar um ambiente de colaboração ativa para tomada de decisão participativa.
Inovação e sustentabilidade - Fomentar a melhoria contínua e desenvolver novas práticas de trabalho de forma sustentável.
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O quadro a seguir apresenta o Mapa Estratégico que é a representação visual do Balanced Scorecard, servindo para definir e comunicar a estratégia de atuação
escolhida aos servidores, parceiros e cidadãos da organização de forma clara e transparente.
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ANPD
O ano de 2020 marca o início da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, com a publicação do Decreto que definiu sua estrutura organizacional (Decreto
nº 10.747/2020) e a nomeação dos seus Diretores, ocorrida em novembro de 2020. Nesse contexto, o primeiro desafio da ANPD é a composição de seu quadro
técnico, com o provimento dos cargos alocados e o recrutamento de servidores para formação das equipes. Além disso, são prioridades a publicação de
normativos que deem suporte à sua atuação, tais como Regimento Interno da ANPD, a Agenda Regulatória - que definirá os temas prioritários a serem
normatizados-, o referencial e o planejamento estratégico do órgão. Esses temas foram abordados em 2020, mas sua aprovação final é um dos primeiros
pontos do planejamento para 2021. A terceira frente de atuação é o fortalecimento do orçamento disponibilizado para a ANPD para os próximos anos.
No tema de estabelecimento de fluxos de trabalho, é prioridade da ANPD a criação de fluxos de recebimento de reclamação de titulares de dados e de
processamento de notificação de incidentes de segurança, conforme definido na LGDP. Além da publicação dos atos normativos e da composição das equipes,
a ANPD planeja, para 2021, empreender iniciativas de orientação aos titulares de dados e aos controladores de dados, capacitação em proteção de dados
pessoais e o estabelecimento de parcerias estratégicas.
Destaca-se ainda, como prioridades para o ano de 2021, a complementação da construção do sítio da ANPD, de modo a possibilitar uma melhor comunicação
entre o Órgão com o público externo. Além disso, encontram-se no rol de prioridade o aprimoramento do processamento quanto ao recebimento dos
formulários de comunicação de incidente de segurança de dados pessoais à ANPD, bem como orientações à sociedade sobre o que fazer em caso de um
incidente.
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Casa Civil
Em 2020, o objetivo de curto prazo mais significativo da estrutura de governança da Casa Civil foi
o de “coordenar e articular as ações do Governo Federal promovendo a sinergia dos esforços
para o combate aos efeitos da pandemia.” Em termos específicos, foram objetivos diretos:
Isso foi possível, em 2020, por meio da estrutura de governança baseada no tripé dos comitês
Comitê Interministerial de Governança, Junta de Execução Orçamentária e Centro de
Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19. Figura 33 - Premissas de atuação do Governo Federal
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Secretaria de Governo
Os projetos estratégicos da Secretaria de Governo são ações, iniciativas ou intervenções que devem ser realizadas para o alcance dos objetivos estratégicos.
A figura a seguir apresenta o portfólio dos projetos estratégicos da SeGov do ano de 2020.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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O quadro a seguir apresenta os projetos estratégicos da SeGov com o objetivo de cada um deles, os recursos alocados, as áreas relevantes da gestão que
tenham contribuição decisiva para o alcance dos resultados e seus respectivos status ao final do ano de 2020.
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O legado do 1º ciclo do Planejamento Estratégico 2019-2022 SeGov foi de: cinco projetos em andamento; um projeto em stand-by (aguardando início); dois
projetos concluídos totalmente; seis projetos concluídos parcialmente; e um projeto encerrado antes de iniciar, em um total de 15 projetos do portfólio.
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Foram considerados concluídos parcialmente todos os projetos cujas áreas entregaram Termos de Encerramento do Projeto (TEP) ao Departamento de
Planejamento e Governança (Deplag), justificando o cancelamento de algumas entregas.
Este primeiro ciclo caracterizou-se como um ciclo de aprendizado e integração organizacional, em que a nova gestão do Ministério buscou incluir todo tipo de
iniciativa apresentada e usar como oportunidade colaborativa para a construção da visão estratégica da SeGov e melhor conhecimento dos papeis de cada
área e de instrumentos de gestão para fortalecer o cumprimento destes papeis.
Sendo assim, em 2021, a SeGov dará continuidade a sete projetos estratégicos em sua carteira, agora com crivo técnico mais apurado para filtrar o que se
trata de fato de projeto estratégico em meio a várias iniciativas importantes, porém, com maior perfil de atividade ou rotina. O portfólio para 2021 será
conforme apresentado na figura que se segue.
A SeGov iniciará a elaboração de indicadores de desempenho em 2021, ou seja, no segundo ciclo do planejamento estratégico.
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Secretaria-Geral
No âmbito de atuação da Secretaria-Geral da Presidência da República, são destacados a seguir os principais programas, projetos e iniciativas.
Como principal estratégia para fortalecer os processos de fomento, articulação e monitoramento das políticas de modernização do Estado, foi idealizada,
discutida e elaborada a Política Nacional de Modernização do Estado (PNME), construída com a participação de vários órgãos públicos nacionais e subnacionais
e da iniciativa privada. A política elenca os eixos temáticos de trabalho, elege os princípios e as diretrizes para o desenvolvimento das ações de modernização
e cria o Fórum Nacional de Modernização do Estado, instância para debate, estudo e articulação de ações, representando um grande avanço em direção a
uma visão central e coesa do Estado Moderno. A previsão é que a mencionada política seja publicada, por decreto presidencial, no início do ano de 2021.
Dentre os eixos temáticos de modernização do Estado, previstos na PNME, destacam-se as ações de transformação digital, melhoria de serviços públicos e
melhoria do ambiente de negócios, que foram positivamente impactadas pelas ações desenvolvidas pela Seme e parceiros no ano de 2020, conforme abaixo.
Transformação Digital
O caminho para a entrega de um governo totalmente digital se deu por meio da publicação da Estratégia de Governo Digital (EGD) para o período 2020 – 2022
(Decreto nº 10.332, de 28 de abril de 2020).
O avanço da digitalização reflete-se, inclusive, na atuação do governo neste momento. Apesar da pandemia, foi possível acelerar o funcionamento dos serviços
totalmente digitais, tais como o “Auxílio Emergencial” e o “Seguro-Desemprego do Empregado Doméstico”, os quais milhões de brasileiros puderam acessar
de forma totalmente digital, sem a necessidade de comparecerem a um balcão físico de uma repartição. Outro exemplo significativo é a “Carteira de Trabalho
Digital”, aplicativo para celular acessado por mais de 23 milhões de trabalhadores a cada mês.
Nesse sentido, insta destacar as principais iniciativas tecnológicas materializadas em 2020, tais como a atualização da plataforma de Business Intelligence
aplicada nos painéis do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, o desenvolvimento de sistemas e portais, destinados a
viabilizar a Transformação Digital dos órgãos da PR e a implantação de solução corporativa segura de videoconferência para, até, 200 usuários simultâneos.
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Estas iniciativas representam um salto tanto em relação aos seus processos internos, quanto em suas interações externas com demais poderes, esferas de
governo e a sociedade.
Outro grande desafio é avançar na melhoria do ambiente de negócios, pois um ambiente complexo é um dos principais obstáculos para o desenvolvimento
econômico e social do País, a obtenção de um ritmo de crescimento do PIB e o aumento da renda per capita da população, visando proporcionar uma melhor
qualidade de vida e um maior nível de emprego e produtividade. Nessa linha, reformas estruturais no regime tributário, no modelo de acesso ao crédito, nos
procedimentos de abertura e fechamento de empresas, no arcabouço regulatório, entre outras, precisam ser realizadas, o que exige um grande esforço de
planejamento, articulação e engajamento de vários stakeholders.
A melhoria do ambiente de negócios foi marcada no ano de 2020 pela propositura ao Congresso Nacional de importantes alterações legislativas, tais como:
Lei de Falências (11.101/05), Lei das S/A (6.404/76), Lei de Licitações (8.666/93), Lei de Registros Públicos (6.015/73), Lei de Registro Mercantil (8.934/94), Lei
da REDESIM (11.598/2007). Além disso, medidas infra legais para proteção de investidores minoritários, redução de prazos e facilitação do processo de
obtenção de energia elétrica e facilitação dos procedimentos para abertura de funcionamento.
Eficiência Administrativa
Já no campo da eficiência da Administração Federal, visando implementar medidas de transformação institucional, de modernização das estruturas regimentais
e de aprimoramento da gestão estratégica nos órgãos e entidades públicas, está em curso o Programa de Gestão Estratégica e Transformação do Estado –
TransformaGov.
Instituído pelo Decreto nº 10.382, de 28 de maio de 2020, o Programa teve ampla adesão das intuições públicas, com a participação de 46 órgãos e possui
cerca de 1.092 ações de modernização em andamento. Tecnologias aplicadas à administração pública possibilitaram a implantação de inovações como o
Taxigov, o Almoxarifado Virtual e o Protocolo Digital. Caracterizado pela meta de padronizar uma modelagem de excelência em desempenho institucional, o
TransformaGov pretende, nos próximos anos, disponibilizar as soluções desenvolvidas aos Estados e Municípios brasileiros.
Desburocratização e Transparência
No âmbito da política de desburocratização, da transparência, da simplificação e da modernização do Estado, outra relevante iniciativa tem se destacado no
governo: a consolidação do ordenamento jurídico pátrio, pela democratização do acesso à legislação ao cidadão e mais segurança jurídica aos brasileiros. Estas
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medidas buscam não apenas otimizar o trabalho dos operadores do Direito, mas também facilitar aos cidadãos o acesso desburocratizado, transparente e
coerente ao arcabouço legal pátrio, hoje ainda disposto de forma desordenada e esparsa. O foco é a revogação de atos normativos considerados
desnecessários. Nesse sentido, já foram revogados expressamente mais de 3.400 decretos, bem como foram enviados dois projetos de lei ao Congresso
Nacional, que visam declarar a revogação expressa de mais de 1.200 diplomas legais diversos, considerados superados por legislação mais atual.
Buscou-se, ainda, numa iniciativa inédita, a redução do arcabouço de atos inferiores a decretos, com as determinações estabelecidas no Decreto nº 10.139,
de 28 de novembro de 2019, que dispõe sobre a revisão e a consolidação desses atos normativos. A expectativa é de que milhares de atos normativos inferiores
a decretos venham a ser declarados expressamente revogados, até o final de 2021.
E, na mesma seara, foi instituído o Projeto Codex que visa tornar o Poder Executivo federal referência nacional e internacional em organização, compilação,
integração e disponibilização das normas brasileiras. O Projeto, previsto para ser finalizado em julho de 2021, além de aperfeiçoar ferramentas de busca e
conexão entre normas para facilitar o acesso aos cidadãos, irá disponibilizar, em um único local, todas as normas federais – legais e infralegais – atualizadas.
Ainda no campo da transparência pública, foi realizado o lançamento na Internet da Biblioteca Digital que permitirá o acesso público ao acervo de obras raras
da Biblioteca Machado de Assis, da Imprensa Nacional, bem como a edições digitalizadas do acervo histórico do Diário Oficial da União, desde 1808.
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A atuação do Gabinete de Segurança Institucional é direcionada, primordialmente, para dentro da organização Presidência da República. Além dessa
característica, sua missão – de garantir a segurança institucional, os interesses nacionais e a segurança do Estado e da sociedade brasileira – e competências
limitam a atuação do órgão de forma seccionada ou o desenvolvimento de planos finalísticos a curto, médio ou longo prazos. O trabalho realizado no órgão
tem caráter constante, invariável, permanente, não sendo realizado, portanto, no formato de iniciativas ou projetos.
Por esse motivo a Pasta não está incluída em políticas e programas de governo, bem como não possui planos de curto prazo relacionados à sua atuação
finalística. O plano de governo em que o GSI se enquadra é o Plano Plurianual da União, caracterizado como plano de médio prazo.
Casa Civil
No âmbito de seu papel de coordenação de governo, a Casa Civil atuou primordialmente nos projetos do governo de enfrentamento à crise sanitária, pois
representa o maior desafio da nação, neste momento.
No âmbito federal, todas as medidas propostas pelos órgãos foram avaliadas e tramitadas em regime de urgência pela Presidência da República, o que
contribuiu para proporcionar respostas rápidas aos cidadãos e às empresas.
Assim, o Brasil desenvolveu o maior programa de manutenção de emprego e renda da história, com a criação do Auxílio Emergencial, que alcançou mais de
68 milhões de brasileiros elegíveis ao recebimento, em paralelo ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, preservando milhões de
empregos. A coordenação, a articulação e a integração de todos esses esforços podem ser consideradas o principal resultado da atuação da Casa Civil em
2020.
Ademais, a Casa Civil e a Secretaria-Geral da Presidência da República tiveram participação decisiva na preparação dos marcos legais publicados desde o início
do enfrentamento à Covid-19.
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Também compete à SAG o assessoramento ao Ministro da Casa Civil no acompanhamento da formulação e na análise de mérito de programas e projetos
governamentais. Com esse objetivo foram promovidas análises ex ante e ex post de políticas públicas, algumas avaliadas pelo Conselho de Monitoramento e
Avaliação de Políticas Públicas (CMAP), objetivando subsidiar a reformulação e o aperfeiçoamento das políticas públicas, como a revisão dos benefícios de
prestação continuada, a assistência social em saúde e educação, o seguro desemprego, o seguro defeso, o financiamento da habitação, a mineração em faixa
de fronteira, o transporte de cabotagem, a lei geral de finanças públicas, entre outras.
Entre os principais marcos legais resultante dos trabalhos realizados este ano pela SAG em conjunto com a Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral,
pode-se destacar como exemplos de tramitação em regime de urgência:
Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020 - Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;
Medida Provisória nº 925, de 18 de março de 2020, convertida na Lei nº 14.034, de 2020 - Dispõe sobre medidas emergenciais para a aviação
civil;
Medida Provisória nº 934, de 1º de abril de 2020, convertida na Lei nº 14.040, de 2020 - Estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo
da educação básica e do ensino superior decorrentes das medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que
trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020;
Medida Provisória nº 936, de 1º de abril de 2020, convertida na Lei nº 14.020, de 2020 - Institui o Programa Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública;
Medida Provisória nº 938, de 2 de abril de 2020, convertida na Lei nº 14.041, de 2020 – Dispõe sobre a prestação de apoio financeiro pela
União aos entes federativos que recebem recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM), com o objetivo de mitigar as dificuldades financeiras decorrentes do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.
Medida Provisória nº 944, de 3 de abril de 2020, convertida na Lei nº 14.043, de 2020 - Institui o Programa Emergencial de Suporte a
Empregos.
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Medida Provisória nº 945, de 4 de abril de 2020, convertida na Lei nº 14.047, de 2020 - Dispõe sobre medidas temporárias em resposta à
pandemia decorrente da Covid-19 no âmbito do setor portuário e sobre a cessão de pátios sob administração militar.
Medida Provisória nº 948, de 8 de abril de 2020, convertida na Lei nº 14.046, de 2020 - Dispõe sobre o cancelamento de serviços, de reservas
e de eventos dos setores de turismo e cultura em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20
de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.
Medida Provisória n° 950, de 08 de abril de 2020, dispõe sobre medidas temporárias emergenciais destinadas ao setor elétrico para
enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, e da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente da pandemia de coronavírus (Covid-19).
Medida Provisória nº 958, de 24 de abril de 2020 – Estabelece normas para a facilitação do acesso ao crédito e mitigação dos impactos
econômicos decorrentes da pandemia;
Medida Provisória nº 975, de 1º de junho de 2020, convertida na Lei nº 14.042, de 2020 - Institui o Programa Emergencial de Acesso a Crédito
e altera a Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, e a Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020.
Medida Provisória nº 982, de 13 de junho de 2020, convertida na Lei nº 14.075, de 2020 - Dispõe sobre a conta do tipo poupança social
digital.
Medida Provisória nº 983, de 16 de junho de 2020, convertida na Lei nº 14.063, de 2020 - Dispõe sobre as assinaturas eletrônicas em
comunicações com entes públicos e em questões de saúde e sobre as licenças de softwares desenvolvidos por entes públicos.
Medida Provisória nº 986, de 29 de junho de 2020, convertida na Lei nº 14.036, de 2020 - Estabelece a forma de repasse pela União dos
valores a serem aplicados pelos Poderes Executivos locais em ações emergenciais de apoio ao setor cultural durante o estado de calamidade
pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e as regras para a restituição ou a suplementação por meio de
outras fontes próprias de recursos pelos estados, pelos municípios ou pelo Distrito Federal.
Medida Provisória nº 992, de 16 de julho de 2020 - Dispõe sobre o financiamento a microempresa e empresa de pequeno e médio porte;
Medida Provisória n° 994, de 6 de agosto de 2020, convertida na Lei nº 14.107, de 2020 - Crédito extraordinário para a encomenda
tecnológica firmada entre Fiocruz e AstraZeneca/Oxford, para desenvolvimento de vacina contra a Covid-19;
Medida Provisória n° 998, de 1° de setembro de 2020, entre outras matérias esse ato normativo traz benefícios para os consumidores de
energia elétrica, especialmente da região Norte do país com a redução do valor na conta de eletricidade;
Medida Provisória n° 1003, de 24 de setembro de 2020 – Autoriza o Poder Executivo federal a aderir ao Instrumento de Acesso Global de
Vacinas Covid-19 – Covax Facility; e
Medida Provisória n° 1004, de 24 de setembro de 2020 - Crédito extraordinário para aportes do Brasil ao Instrumento Covax Facility.
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Articulação e Monitoramento
A tragédia sanitária ligada ao Covid-19, que impactou diversos campos da atividade humana no início de 2020, trouxe também consequências para a as
atividades da Subchefia de Articulação e Monitoramento (SAM) e entre elas, destaca-se a responsabilidade de ser a secretaria-executiva do Comitê de Crise
para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, conforme o Decreto nº 10.277, de 16 de março de 2020. Além disso, também como secretaria-
executiva, coube à SAM a coordenação do Centro de Coordenação e Operações da Covid-19, mantendo, concomitantemente, suas tarefas regimentais de
articulação e monitoramento dos projetos prioritários da Presidência da República (artigos 14 e 15 do Decreto nº 9.678 de 2 de janeiro de 2019).
Em situações de emergências e de respostas às crises de nível nacional e sob a gestão do centro de governo, a SAM exerce o trabalho de articulação
interministerial e de coordenação das respostas setoriais das pastas finalísticas. Também articula e monitora as ações entre os órgãos federais na execução de
grandes eventos considerados prioritários.
Para cumprir suas atribuições, a SAM possui como objetivo estratégico: “monitorar os programas, projetos e ações prioritárias da Presidência da República”,
conforme previsto no Planejamento Estratégico da Casa Civil. Para alcançar tal objetivo, os macroprocessos estratégicos da SAM são:
Suas competências podem ser sistematizadas e agrupadas em 3 blocos Figura 36 - Principais competências da SAM
principais, conforme figura 36, ao lado:
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Projetos Prioritários
Em 2020, uma nova metodologia de organizar os programas e os projetos em Eixos Prioritários foi estruturada com base nas premissas e nos objetivos
estabelecidos no Plano de Governo (“Caminho da Prosperidade”), na Estratégia Federal de Desenvolvimento – EFD (2020-2031) e no Plano Plurianual - PPA
(2020-2023), definindo o conceito a seguir:
“O Eixo Prioritário é a integração e a articulação do portfólio (políticas públicas, programas, projetos e ações, específicas e/ou transversais) prioritário da
Presidência da República. Esses projetos contribuem para: o crescimento econômico; o aperfeiçoamento da gestão pública e o aumento da eficiência do
Estado; o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida; a soberania nacional e a proteção ao cidadão; o desenvolvimento sustentável
e a proteção ambiental; a melhoria da qualidade de vida e a promoção da inclusão social; a modernização dos setores de produção e o incentivo à inovação”.
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Crises e Emergências
Crise da Covid-19
Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde OMS declarou emergência de saúde pública de interesse internacional pelo surto do novo
coronavírus (Covid-19). Em 20 de março de 2020, foi editado o Decreto Legislativo nº 6, reconhecendo que o Brasil se encontra em estado de calamidade
pública em virtude da pandemia de Covid-19.
Dado o cenário de crise epidemiológica, a atuação se concentrou em coordenar os setoriais no sentido de diminuir a proliferação do vírus na população
brasileira, articulando e monitorando medidas necessárias para desacelerar a disseminação da contaminação pela Covid-19, evitar o colapso do sistema de
saúde e, consequentemente, preservar vidas, tudo isso mantendo as atribuições dos ministérios finalísticos.
Dentre as atuações da Casa Civil na coordenação da resposta à crise desencadeada pela pandemia da Covid-19, destacam-se:
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b) Logística
Com o início da pandemia, instalou-se um cenário de novas demandas em que foi necessário centralizar algumas das decisões de coordenação
da logística interna e externa.
Diante disso, a Casa Civil coordenou diversas ações junto ao Ministério da Infraestrutura (Minfra), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Polícia Rodoviária Federal (PRF),
Abin, GSI e SeGov, tudo com intuito de manter a logística de itens mais expressivos e relacionados com a Covid-19 interno e de
importação/exportação, a conectividade aérea entre capitais e do Brasil com o mundo, em um exercício coordenado de manter a atividade
econômica, auxiliar no enfrentamento da pandemia, sem perder de vista os protocolos sanitários determinados pelo Ministério da Saúde e
Anvisa.
Ademais, destaca-se a coordenação da complexa missão de importação de 240 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) da China
durante o período mais crítico da pandemia, quando havia o risco de confisco de cargas nas escalas técnicas e o risco de retenção da aeronave
para quarentena de 14 dias, caso excedesse 6 horas em solo chinês.
c) Portaria de Fronteiras
A portaria interministerial sobre fronteiras diz respeito à medida de restrição excepcional e temporária de entrada no País de estrangeiros de
qualquer nacionalidade, em decorrência de recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por
motivos sanitários relacionados com os riscos de contaminação e disseminação da Covid-19, bem como da restrição de entrada de estrangeiros
em território brasileiro por terra, ar e mar.
Nesse sentido, houve a coordenação para edição das diversas Portarias Interministeriais para regulamentar a matéria. Em cada nova edição
foram incorporadas flexibilizações ou restrições, a depender da evolução da curva epidemiológica no Brasil e no mundo.
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Além dos mais de 15.000 respiradores obtidos ainda no auge da pandemia, a SAM
participou da frente de trabalho que consistia na articulação entre o MCTI, o Sistema S e o
Ministério da Defesa para reparação de mais de 2.000 respiradores que integravam a rede
do SUS e não estavam sendo utilizados por falta de manutenção.
f) Frigorífico
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g) Vacinas (Covid-19)
g.1) Estudo constante em relação às principais vacinas contra Covid-19. “Grupo de Trabalho (GT) para a coordenação de esforços da
União na aquisição e na distribuição de vacinas contra a Covid-19”
As informações sobre as vacinas contra a Covid-19 no mundo para o assessoramento do Ministro-Chefe da Casa Civil são produzidas
por meio de estudos atualizados sobre as iniciativas mais promissoras no mundo, assim como outros assuntos relevantes sobre o tema,
como a iniciativa Covax Facility, o cenário mundial e nacional e aquelas em teste no Brasil.
Sobre o Grupo de Trabalho, este teve como objetivo organizar de forma coordenada os esforços da União na aquisição e na distribuição
de vacinas contra a Covid-19, instituído pela Resolução nº 8, de 9 de setembro de 2020, para coordenar as ações governamentais
relativas à aquisição, ao registro, à produção e à distribuição de vacinas com qualidade, eficácia e segurança comprovadas contra a
Covid-19 e colaborar no planejamento da estratégia nacional de imunização voluntária contra Covid-19.
A Operação Acolhida é a principal operação de fluxo migratório das Américas, sendo reconhecida internacionalmente pela efetividade da gestão de governança
feita pelo Governo Federal e sua atuação conjunta com órgãos públicos, agências internacionais, entidades da sociedade civil e demais parceiros.
As articulações e os monitoramentos das ações são de responsabilidade da SAM em razão de sua função como Secretaria-Executiva do Comitê Federal de
Assistência Emergencial – SE/CFAE.
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Esta força-tarefa tem amparo legal na Lei nº 13.684, de 21 de julho de 2018 e Decreto nº 9.970, de 14 de agosto de 2019, tendo como eixos de trabalho o
ordenamento de fronteira, o abrigamento e a estratégia de interiorização.
A “Operação Acolhida” é a expressão que, atualmente, mais representa a “Acolhida Brasileira ao povo Venezuelano”, evidenciando traços dos valores dos
brasileiros como humanidade, solidariedade, voluntariado, amor ao próximo e brasilidade.
Organizada em 2018, essa ajuda humanitária dos brasileiros aos venezuelanos está sob a Coordenação do Comitê Federal de Assistência Emergencial, que
trabalha de forma interministerial e integrada com os entes federativos e com as parcerias ativas de organismos internacionais e de diversas Organizações da
Sociedade Civil (OSC) do Brasil. As ações humanitárias são focadas em 3 eixos de atuação: Ordenamento da Fronteira, Abrigamento e Interiorização.
Nesse ano atípico, protegendo as vidas de brasileiros e de imigrantes contra a Covid-19, com o apoio de parceiros, a Força-Tarefa Logística Humanitária
implementou a Área de Proteção e Cuidados APC, que atendeu a mais de 6 mil pessoas, ajudando a salvar vidas e contribuindo nos serviços de saúde do
município de Boa Vista e do estado de Roraima.
Destaca-se que em paralelo ao esforço de enfrentamento ao coronavírus, a Operação Acolhida manteve o esforço de atuação no eixo de Interiorização,
trabalhando para inserir mais de 19 mil refugiados e imigrantes na sociedade brasileira em 2020, conseguindo interiorizar o total de 46.649 venezuelanos em
645 municípios ao longo desses anos.
Assim, nessa operação de acolhida brasileira ao povo venezuelano, a ajuda humanitária do Estado Brasileiro tem sido reconhecida mundialmente como ação
exemplar e de modelo de boas práticas para uso internacional por outras Nações, que também, legalmente e respeitando os Direitos Humanos, acolhem e
recebem de abraços abertos refugiados e imigrantes.
Grandes Eventos
Cabe a Casa Civil a coordenação da atuação do Governo Federal na organização de grandes eventos, entre os quais, destaca-se em 2020, o Centenário Olímpico
Brasileiro. O evento foi celebrado com a assinatura do Decreto nº 10.250, de 19 de fevereiro de 2020 que institui a Comissão Interministerial Brasil 100 anos
Olímpicos que viabiliza o desenvolvimento de ações relacionadas às comemorações alusivas ao centenário olímpico. A cerimônia também foi marcada pelo
lançamento de selo comemorativo do centenário olímpico do Brasil com imagem de Guilherme Paraense, primeiro esportista brasileiro a receber medalha de
ouro nos Jogos Olímpicos, na modalidade de tiro, em Antuérpia, na Bélgica, em 1920.
Relacionamento Externo
Em 18 de julho de 2019, foi criado o Conselho para a Preparação e o Acompanhamento do Processo de Acessão da República Federativa do Brasil à Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e seu Comitê Gestor, por meio do Decreto nº 9.920/2019. Além de coordenar a preparação e o
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acompanhamento do processo de entrada do Brasil na OCDE, o Conselho atua como um dos pilares do Centro de Governo, subsidiando e apoiando o CdG para
garantir a coerência das ações e a gestão eficiente dos recursos públicos em todos os níveis e esferas da administração pública.
Em 22 de janeiro de 2020, por meio do Decreto nº 10.205/2020, foi constituída a Secretaria Especial de Relacionamento Externo (Serex), com o objetivo de
coordenar, no âmbito do Conselho Brasil - OCDE e na qualidade de Secretaria Executiva do Conselho e do seu Comitê Gestor, o processo de acessão do País como
membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Assim, compete à Serex coordenar o processo de avaliação da compatibilidade
do arcabouço normativo da OCDE com a legislação e as políticas públicas nacionais, bem como atuar como ponto focal junto a atores-chaves, tais como setor
privado, Congresso Nacional, Poder Judiciário e academia nas temáticas que digam respeito à estratégia de governo relativa ao processo de acessão à OCDE.
Durante o ano 2020, foram realizadas reuniões do Comitê Gestor, sob coordenação da Serex, que deliberaram, dentre outros assuntos, sobre i) a inclusão da
Secretaria de Governo da Presidência da República no colegiado; ii) a adesão do Brasil como membro observador do Fórum Internacional de Transportes – ITF; iii)
a elevação do “status” do país a participante no Comitê de Políticas do Consumidor (CCP); iv) a adesão como membro pleno na Força Tarefa Internacional de
Apoio Oficial Total para o Desenvolvimento Sustentável; e v) aprovação de solicitação de adesão a quatro instrumentos relacionados à Política do Consumidor.
Realizaram-se também amplas discussões sobre a Estratégia de Governo e a Política de Comunicação que se encontram em fase final de aprovação.
Além disso, o Comitê Gestor aprovou a criação de Grupos Temáticos Interministeriais (GTIs) que serão essenciais para a aceleração do processo de
convergência do Brasil às melhores práticas da OCDE e preparação para o início do processo de acessão que demandará uma ampla avaliação das políticas
públicas brasileiras. Os GTIs funcionarão com apoio da Secretaria-Executiva do Conselho Brasil-OCDE e sob coordenação do próprio Conselho. Os principais
objetivos dos GTIs incluem apoiar os processos decisórios do Conselho Brasil-OCDE nos seguintes aspectos: i) aderência das políticas públicas nacionais aos
instrumentos legais da OCDE; ii) fixação e defesa da posição brasileira quanto aos instrumentos; iii) avaliação de oportunidade e conveniência da adesão a
cada instrumento; iv) organização de peer reviews; v) organização e planejamento da representação do Governo Federal nos colegiados da OCDE; vi)
sistematização das informações sobre o Governo Federal para enviar à OCDE; e vii) articulação do diálogo do Conselho Brasil-OCDE com a sociedade, setor
privado, Poderes da República e entes federados.
A Serex também promoveu diálogos com a participação do Ministro Chefe da Casa Civil, o Secretário Geral da OCDE, Secretários de Estado e diretores da
OCDE, no contexto da pandemia, sobre os desafios relacionados à saúde, preservação de empregos e proteção dos mais vulneráveis, proporcionando as trocas
de experiências e informações sobre ações de combate à crise.
Em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Serex promoveu diálogos com a participação do Ministro-Chefe da Casa
Civil, membros do Comitê Gestor e autoridades da OCDE com a Costa Rica e Colômbia. Esses países latinos passaram recentemente pelo processo de acessão
à OCDE. Os eventos tiveram como objetivo propiciar a troca de experiências, a busca antecipada de eventuais desafios do processo de acessão para o caso
brasileiro, além de promover a cooperação regional.
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Ainda no escopo de coordenação do processo de entrada do Brasil na OCDE, a Serex promoveu, em parceria
com o MRE, a articulação com embaixadores de diversos países que já integram a organização. A principal
finalidade foi a de demonstrar os avanços já realizados, o inequívoco comprometimento do País no
alinhamento aos padrões internacionais e o alto grau de prontidão para o início do processo de acessão.
Nesse contexto, a Serex, em parceria com a Diretoria de Governança, Inovação e Conformidade e a Diretoria
de Gestão da Informação da Secretaria-Executiva da Casa Civil, desenvolveu o painel gerencial sobre o
processo de acessão e de alinhamento aos padrões da OCDE, por meio de dispositivo de business intelligence
(BI). O objetivo do painel é o de proporcionar aos membros do Conselho Brasil - OCDE e do Comitê-Gestor
informações atualizadas e de fácil acesso sobre a posição brasileira em relação aos instrumentos legais da
OCDE, tais como: quantidade de instrumentos legais da OCDE aderidos pelo Brasil, instrumentos separados
por Tema, instrumentos que estão passando por processo de revisão pela OCDE, comparativo com outros
países candidatos à entrada na OCDE, manifestações enviadas pelos Setoriais quanto à adequação das políticas
públicas e normas brasileiras aos instrumentos legais da OCDE, gargalos atualmente existentes para adesão
aos instrumentos legais.
Visando à divulgação para a sociedade e à disseminação de informações sobre a OCDE e sua importância para
a transformação das políticas públicas brasileiras, a Serex, em parceria da Assessoria Especial de Comunicação
Social da Casa Civil, desenvolveu o projeto de atualização da página da OCDE no site da Casa Civil. O projeto
foi dividido em quatro fases e teve as duas primeiras etapas parcialmente implementadas.
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No âmbito da articulação com atores-chaves com o objetivo de buscar apoio ao processo de acessão e convergência do Brasil à OCDE, a Serex firmou acordos
de cooperação com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex-
Brasil. Para além dos acordos estabelecidos, a Secretaria buscou aproximação com diversos setores, estabelecendo conversas com a Confederação Nacional
da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), além de outros organismos, como a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos
(Amcham-Brasil), Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-Brasil) e o
Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Administração (Consad).
A Casa Civil também participou, juntamente com o Ministério da Economia, Embaixada Britânica e OCDE, do Grupo de Trabalho (AWG) que coordena a parceria
entre o Governo inglês e o Governo brasileiro para promover as melhores práticas da OCDE no Brasil. Em decorrência dessa parceria foram realizados projetos,
tais como: Revisão da metodologia dos preços de transferência a luz das melhores práticas da OCDE, revisão por pares de pequenas e médias empresas, revisão
da performance ambiental, revisão por pares sobre governança de empresas estatais, estudos sobre direitos de minoritários, além de apoio à adesão aos
Códigos de Liberalização de Capitais.
Em parceira com o BID, a Serex iniciou o processo de desenho operacional de Delivery Unit, como apoio à organização do desafio de coordenação e integração
das ações de governo para realização da convergência e acessão do Brasil à OCDE.
Com o entendimento de que o processo de acessão à OCDE perpassa a necessidade de capacitação, estudos e pesquisas, buscou-se a aproximação com a
Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com a primeira, a Serex finalizou um plano de ação
envolvendo, capacitação, treinamentos, estudos e medidas de sensibilização de servidores públicos, em particular, dos pontos focais designados em cada
setorial para assuntos de acessão e convergência à OCDE. Com o Ipea, foi pactuada a realização e publicação de estudos e análises abordando o processo de
acessão e a efetividade de políticas públicas de modo a mapear e refletir sobre gargalos, desafios e oportunidades da entrada do Brasil na OCDE.
A Serex articulou a viabilização da Revisão por pares sobre a Política Regulatória do Brasil e da Revisão sobre Liderança e Capacidade do Serviço Público, que
serão executadas pelo Ministério da Economia.
A Serex coordena ainda a interlocução com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico para a realização da Revisão por Pares do Centro
de Governo, estudo realizado pelo organismo internacional com o objetivo de apresentar recomendações com base em boas práticas para o aprimoramento
do Centro de Governo (CdG) brasileiro. Destaca-se que a Resolução nº 03/2020 do Comitê Interministerial de Governança (CIG) instituiu o Grupo de Trabalho
para acompanhamento e avaliação dos resultados da Revisão por Pares do Centro de Governo.
Com o intuito de fomentar o debate e reunir subsídios relativos às funções do Centro de Governo, que é objeto da Revisão por Pares conduzida pela OCDE, a
Serex organizou o Ciclo de Webinários sobre o CdG com 17 rodadas e uma palestra magna. O foco foi nos capítulos da Revisão por Pares da OCDE, como
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mandatos e funções, planejamento, governança orçamentária, monitoramento, avaliação e controle e comunicação pública. Foram mais de 45 horas de
evento, reunindo, no total, 526 inscritos, 90 autoridades e especialistas que palestraram e 29 instituições com participação ativa.
Outras iniciativas da Serex envolveram a realização do 11º Fórum de CEOs Brasil-Estados Unidos, apoio executivo ao Comitê Interministerial para a promoção
de comércio e investimento entre o Brasil e a Arábia Saudita e as tratativas relativas ao Programa Global Entry, iniciativa dos Estados Unidos destinada a facilitar
a entrada naquele país de viajantes frequentes que apresentam baixo nível de risco.
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O trabalho desenvolvido pela Serex envolvendo a OCDE em 2020 gerou 51 matérias para o site gov.br, 35 tweets, 2.738 curtidas (média de 78 por tweet) e
679 retweets (média de 19 por postagem).
Voluntariado
A Casa Civil coordena o Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado – Pátria Voluntária que visa fomentar a prática do voluntariado como um ato de
humanidade, cidadania e amor ao próximo, além de estimular o apoio à população em situação de vulnerabilidade, contribuindo para a transformação do
Brasil em um país mais justo e mais solidário. Instituído pelo Decreto nº 9.906, de 09 de julho de 2019, apresenta-se como um instrumento para promover o
voluntariado de forma articulada entre o Governo, as organizações da sociedade civil e o setor privado e incentivar o engajamento social e a participação
cidadã em ações transformadoras da sociedade.
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Uma das estratégias do Pátria Voluntária, como dito, é promover a melhoria da qualidade de vida da população em situação de vulnerabilidade e, neste
sentido, o programa lançou, em abril de 2020, duas iniciativas: “Brasil Acolhedor” e “Arrecadação Solidária”.
Ambas as inciativas foram lançadas com foco no atendimento emergencial no contexto da pandemia por meio de distribuição de itens de primeira necessidade,
como: cestas básicas, produtos para higiene e proteção.
Apesar de serem semelhantes quanto ao objetivo, as duas iniciativas diferem nos aspectos operacionais. A iniciativa Arrecadação Solidária possibilita a
arrecadação de recursos financeiros, por meio de parceria estabelecida com a Fundação Banco do Brasil. Por outro lado, o Brasil Acolhedor viabiliza as doações
de itens, os quais são recepcionados diretamente por organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos e que atendam pessoas vulneráveis.
No âmbito da estratégia “Fortalecer o voluntariado”, os principais resultados no ano de 2020 foram: fortalecimento da plataforma do voluntariado, realização
de campanhas e prêmios. Essa plataforma possibilita a conexão entre oportunidades de voluntariado e voluntários. A ferramenta conta, também, com módulo
que possibilita às organizações realizarem a gestão de ações voluntárias, viabilizando o gerenciamento das atividades dos voluntários e sistematização de
resultados. Em 2020, contabilizou 1.572 instituições cadastradas, 1.172 ações e 14.984 voluntários.
Outra frente de trabalho do Pátria Voluntária é a organização de campanhas de sensibilização e doação em datas específicas. Uma das campanhas idealizadas
pelo Programa, em 2020, foi “Apadrinhe um Futuro”. A proposta possibilita o apadrinhamento de crianças e adolescentes vulneráveis, contribuindo para que
tenha melhores condições de educação, saúde, práticas esportivas e de lazer. Outras campanhas realizadas em 2020 foram: campanha do agasalho, do dia
das crianças, do dia do doador de sangue e a campanha de Natal.
O Pátria Voluntária também realiza premiações pelo reconhecimento de ações voluntárias, de atendimento à população vulnerável e de atuação na área de
acessibilidade. Há o Prêmio do Voluntariado e o Prêmio de Acessibilidade.
O Prêmio do Voluntariado é um concurso de atividades voluntárias que está inserido no âmbito do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado. O principal intuito
desta premiação, que teve sua segunda edição em 2020, é incentivar o engajamento, a responsabilidade cívica e social e a participação cidadã por meio do voluntariado.
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Podem concorrer ao Prêmio do Voluntariado organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, organizações públicas e empresas privadas, formalmente
constituídas no Brasil, e, ainda, pessoas físicas que desenvolvam diretamente atividades de voluntariado.
O Prêmio de Acessibilidade foi lançado em dezembro de 2020 e visa de reconhecer, incentivar e premiar, anualmente, iniciativas de organizações públicas e
privadas e de indivíduos que tenham notória atuação na promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência.
Concedido pela Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e pela presidente do Conselho do Programa Nacional de Incentivo ao
Voluntariado - a Primeira-dama do Brasil, o prêmio é realizado por meio da abertura de edital de chamamento público, de forma a garantir ampla participação
em âmbito nacional.
Outra estratégia do programa é o estabelecimento de redes e conexões. Tendo em vista tal perspectiva, em 2020 foram estruturados subcomitês, e foi lançada
a Aliança pelo Voluntariado. Os subcomitês têm duração máxima de um ano, além de temática e objetivos específicos. O subcomitê de políticas públicas, por
exemplo, visa a apresentação e monitoramento de políticas públicas relacionadas às temáticas afins ao Programa, bem como a internalização da legislação do
voluntariado nos setores público, privado e terceiro setor. O subcomitê de projetos, por sua vez, foca na construção de estratégias para a elaboração e
monitoramento de projetos empreendidos pelo Programa. Há ainda um subcomitê que objetiva a constituição do selo de acreditação do Programa Nacional
de Incentivo ao Voluntariado, bem como de seu sistema de acreditação e capacitação.
A “Aliança pelo Voluntariado” foi lançada pelo programa Pátria Voluntária, em novembro de 2020, com o objetivo de estimular a cultura do voluntariado no Brasil
e ampliar o alcance de ações em prol dos mais vulneráveis. Fazem parte da “Aliança” cônjuges de pessoas públicas como ministros e ministras; governadores e
governadora; e embaixadores e embaixadoras, Comandantes das Forças Armadas, além de representantes de organismos internacionais que atuam no Brasil.
O programa também conta com estratégia focada no aperfeiçoamento de políticas Tabela 20 - Resultados Agregados
públicas afins por meio da articulação entre o governo, o setor privado e a sociedade civil. Público atingido
No que diz respeito a esse aperfeiçoamento e a internalização de legislação e
instrumentos regulatórios na área de voluntariado, o programa Pátria Voluntária atuou Idosos 17.032
na melhoria do arcabouço legal, bem como no desenvolvimento de ações que viabilizem Mulheres em situação de vulnerabilidade 10.978
a internalização do conjunto de instrumentos regulatórios no âmbito dos diversos setores Pessoas com Deficiência 58.841
da economia, por meio de suas redes estratégicas
Crianças e adolescentes 16.804
Em 2020, o Pátria Voluntária beneficiou 472.829 pessoas em situação de vulnerabilidade Pessoas em situação de vulnerabilidade 220.583
em todo o território nacional.
População em situação de rua 30.549
A seguir, são apresentados alguns números relacionados a esse trabalho. Povos e comunidades tradicionais 118.042
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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O Pátria Voluntária possui uma estrutura de monitoramento e avaliação de desempenho organizacional orientada por resultados finalísticos. Essa perspectiva
implica em ser orientado, em primeiro lugar, pela busca de geração de valor para a sociedade. A ajuda aos que mais precisam, a transformação de realidades
locais, a melhoria da qualidade de vida da população vulnerável é o ponto de partida para a construção de estratégias, iniciativas e projetos.
Neste sentido, toda a estrutura de indicadores de desempenho institucional é conectada diretamente aos indicadores de resultados para a sociedade. Os
resultados operacionais focam no acompanhamento das entregas intermediárias e operacionalização de processos.
O Pátria Voluntária prima pela transparência de suas ações e resultados. Para tanto, conta com um canal de transparência ativa, que visa a divulgar para toda
a sociedade informações sobre as iniciativas e projetos. Acesso ao painel é feito pelo endereço https://www2.patriavoluntaria.org/painel/
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Tecnologia da Informação
No cenário de pandemia em 2020, o instrumento certificado digital assumiu um papel importante para facilitar as transações à distância.
O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), autarquia vinculada a Casa Civil da Presidência da República, é responsável pela segurança e certificação
digital de documentos e transações eletrônicas.
Em 2020, buscou-se ampliar o uso de tecnologias da informação e comunicação para o combate aos efeitos do Covid-19, além de receber, avaliar e selecionar
propostas de soluções e parcerias com a sociedade civil que envolvam o uso intensivo de tecnologia da informação e comunicação. Atuando como suporte
tecnológico na política pública de Governo Digital, o ITI está alinhado com os demais entes da administração pública federal a serviço do cidadão, sempre com
o objetivo de promover um governo mais eficiente e em dia com o novo mundo digital.
Em outubro de 2020, foi aprovado um conjunto de alterações normativas que proporcionaram avanços significativos para o Brasil se tornar cada vez mais
digital. As resoluções do Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (CG ICP-Brasil) nº177, nº178, nº179 e nº180 fazem parte de um conjunto
de alterações normativas acerca da emissão de certificados digitais que tratam basicamente de quatro assuntos:
possibilidade de emissão de certificados digitais de pessoa jurídica através do Balcão Único para Abertura de Empresas;
emissão de certificados digitais de pessoa física ICP-Brasil em conjunto com a Carteira de Identidade (RG) e Carteira Nacional de Habilitação
(CNH);
as emissões de Certificados Digitais ICP-Brasil por meio de videoconferência; e
revisão Normativa de acordo com o Decreto nº 10.139.
O ITI compôs também o Grupo de Trabalho (GT) para a Coordenação de Ações Estratégicas de Tecnologia da Informação, em resposta aos impactos
relacionados à pandemia da Covid-19. O GT foi integrado por representantes da Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência da República, Gabinete de Segurança
Institucional, dos ministérios da Saúde e de Ciência, Tecnologia e Inovações, Anvisa, Abin, ITI, além das estatais de TI Serpro e Dataprev.
Gestão
A Secretaria-Executiva da Casa Civil tem como principais atribuições a Coordenação e Assessoramento direto ao Ministro e também é responsável pela
Governança, Gestão Administrativa e Suporte Tecnológico e de Informação Estratégica à Casa Civil. Assim, podemos destacar como principais resultados:
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A Secretaria Executiva da Casa Civil da Presidência da República atuou na coordenação e apoio da estruturação e implementação da Autoridade Nacional de
Proteção de Dados em 2020. Além disso, subsidiou o Ministro de Estado Chefe da Casa Civil na escolha e indicação de perfis técnicos ao Presidente da República
dos cinco membros do Conselho Diretor.
Nesse momento inicial, a Casa Civil, em conjunto com a Secretaria-Geral da Presidência da República, tem acompanhado as ações administrativas necessárias
à implementação e funcionamento adequado da ANPD, dando apoio na definição de espaço físico, seleção, designação e nomeação de pessoal adequado,
instalação de infraestrutura tecnológica entre outras questões de caráter logístico, controle e de gestão de pessoas
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Secretaria de Governo
Gestão
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Relações Institucionais
O ano de 2020 foi muito intenso no que se refere a atendimento presencial a parlamentares agendados no Gabinete da Secretaria Especial de Relações Institucionais
(Seri). Foram realizados 704 atendimentos a parlamentares, sendo 112 atendimentos a Senadores e 592 atendimentos a Deputados Federais.
Considerando competência atribuída à Secretaria Especial no tocante a condução de matérias relativas ao orçamento impositivo, e no intuito de cumprir a legislação
vigente, é imprescindível destacar o acompanhamento da execução das programações relativas às emendas impositivas constantes da LOA.
Ainda nesse contexto, e à exceção dos casos que apresentem impedimentos de ordem técnica, é válido ressaltar a obrigatoriedade de execução orçamentária e
financeira dessas emendas de forma equitativa, que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente de autoria.
Válido destacar também o papel realizado por esta Secretaria, em cooperação com outros Órgãos, na produção de atos normativos necessários à execução do
orçamento impositivo conforme atribuição imposta ao Executivo.
Ao final do exercício de 2020, a execução orçamentária e financeira das emendas impositivas ao Orçamento Geral da União (OGU) assim se apresentou:
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Quadro 15 - Outras iniciativas desenvolvidas pela SERI em apoio às ações governamentais de combate à Covid-19 em 2020
SETOR ÓRGÃOS
RESULTADOS ESPERADOS /
Nº DESCRIÇÃO DA INICIATIVA ENCAMINHAMENTO RESPONSÁVEL ENVOLVIDOS OBS.
ALCANÇADOS
(Coordenação)
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SETOR ÓRGÃOS
RESULTADOS ESPERADOS /
Nº DESCRIÇÃO DA INICIATIVA ENCAMINHAMENTO RESPONSÁVEL ENVOLVIDOS OBS.
ALCANÇADOS
(Coordenação)
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SETOR ÓRGÃOS
RESULTADOS ESPERADOS /
Nº DESCRIÇÃO DA INICIATIVA ENCAMINHAMENTO RESPONSÁVEL ENVOLVIDOS OBS.
ALCANÇADOS
(Coordenação)
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Articulação Social
Na figura abaixo são apresentados os principais produtos ou resultados obtidos pela Secretaria Especial de Articulação Social (Seas) no ano de 2020.
Assuntos Parlamentares
Os principais resultados obtidos pela equipe da Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares (Separ) no ano de 2020 encontram-se na figura e nos quadros que
seguem.
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Assuntos Parlamentares
Os principais resultados obtidos pela equipe da Secretaria Especial de Assuntos
Parlamentares (Separ) no ano de 2020 encontram-se na figura e nos quadros que seguem.
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VETOS MANTIDOS VETOS DERRUBADOS PROJETOS DE LEI DO CONGRESSO NACIONAL (PLN) APROVADOS
38 14 32
Evitadas despesas de R$ 202 bilhões aos cofres públicos Déficit de R$ 17,3 bilhões aos cofres públicos
Realocação de recursos da ordem de R$ 372.338.394.583,00
SALDO: R$ 184,7 bilhões
MEDIDAS PROVISÓRIAS
DE CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS EDITADAS EDITADAS EM 2020 E JÁ CONCLUÍDAS EDITADAS EM 2020 – PERMANECEM EM TRAMITAÇÃO
38 46
7
Realocação de recursos da ordem de R$ 603.979.562.049,00 26 Convertidas em Lei e 20 com perda de eficácia
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Assuntos Federativos
A Secretaria Especial de Assuntos Federativos (Seaf) obteve, no ano de 2020, os principais resultados apresentados abaixo.
Figura 47 – Boletins SeGov em 2020 Figura 45 – Agenda do Novo Prefeito +Brasil – 2020
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157 //
Secretaria-Geral
Administração da Presidência
A Secretaria Especial de Administração (SA) atua como órgão setorial dos sistemas estruturadores da Administração Pública Federal. A centralização dessa
função na SA decorre da própria dinâmica do Centro de Governo. Em consequência disso, a estrutura de gestão interna dos demais órgãos da PR não é
uniforme. Sendo, portanto, responsabilidade da SA aperfeiçoar constantemente a gestão administrativa da PR.
No exercício de 2020, e em decorrência da pandemia do coronavírus, foi aprovado o Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, que reconheceu o
estado de calamidade pública e dispensou, entre outros, o cumprimento da meta fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A partir dessa
autorização, o Governo Federal ficou dispensado de efetuar a limitação de movimentação e empenho de despesas, conforme previsto no art. 9º da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Diante desse cenário, a Secretaria Especial de Administração, dentro de suas competências institucionais, tem envidado esforços para aprimorar a gestão
orçamentária e financeira perante às unidades seccionais da Presidência da República. Nesse contexto, destacam-se:
Coordenação e Consolidação do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2021 - PLOA-2021 da Presidência da República;
Coordenação da primeira etapa do processo de monitoramento do Plano Plurianual - PPA 2020-2023, contemplando os Programas Segurança
Institucional, Comunicação Pública e Divulgação de Atos e Matérias do Governo e Brasil Moderniza;
Padronização dos processos de pagamento, como medida de mitigação de riscos;
Padronização das solicitações de saque, como medida de mitigação de riscos;
Gestão de limites a partir do estabelecimento de programação orçamentária e financeira;
Relatórios de Restrição Contábil Propositivos.
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Gestão de Pessoas
A Secretaria Especial de Administração, no exercício de 2020, teve como um de seus objetivos a gestão de pessoas de modo estratégico e humanizado. Uma
gestão voltada na melhoria dos processos de trabalho, a partir de rearranjos institucionais, introdução de novas ferramentas de trabalho e de um maior
envolvimento dos servidores da PR. Nesse sentido, importante destacar iniciativas com vistas ao aperfeiçoamento contínuo da gestão:
Implementação da Modalidade Teletrabalho na PR, em observância à Instrução Normativa SGP/ME nº 109, de 29 de outubro de 2020;
Retomada das Atividades Presenciais na PR, em observância à Instrução Normativa SGP/ME nº 109, de 29 de outubro de 2020;
Definição de procedimentos para permuta ou alocação de Cargos e Funções de Confiança no âmbito da Presidência da República;
Processo seletivo para o Programa Pátria Voluntária;
Capacitação e o Desenvolvimento dos Servidores da Presidência da República.
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Logística Pública
As atividades de logística pública desenvolvidas pela Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República, no domínio de suas
competências regimentais, visaram atendimento às necessidades internas da Secretaria-Geral da Presidência da República e seus órgãos, na busca do alcance
de suas metas institucionais, bem como àquelas externas à SG, as quais compõem a estrutura da Presidência da República como um todo, que em suma, estão
relacionadas às licitações e aos contratos destinados à aquisição de bens e à contratação de obras e serviços, administração do arquivo central, da comunicação
administrativa e da publicação dos atos oficiais, administração de serviços gerais, restaurantes, cozinhas e refeitórios, a administração de palácios e residências
oficiais, administração de transporte de autoridades, servidores e cargas em geral, a guarda e a manutenção de veículos oficiais e o transporte de mobiliário e
bagagem de servidores. No desempenho dessas atividades em 2020, destacam-se as seguintes ações:
Ações de Planejamento Logístico e Ações Preventivas e de Controle de Padrões de Sustentabilidade no uso dos recursos naturais, na
prestação dos serviços e nas aquisições e contratações, com mitigação dos desperdícios e redução dos gastos;
Melhorias no Painel PR Sustentável, com vistas a maior eficiência na prestação de informações gerenciais;
Revisão/atualização dos procedimentos de elaboração e revisão do Plano Anual de Contratações (PAC), bem como a adoção de ações e
atividades voltadas para a fase de planejamento de contratações;
Novas Contratações com Dedicação Exclusiva de Mão de Obra, onde se destaca a contratação de serviço de Limpeza e de Jardinagem, com
implantação de novos formatos de prestação de serviços, por meio de utilização de novas tecnologias e equipamentos, com aumento de
produtividade e de qualidade dos serviços prestados, com a consequente de custos;
Avanços na Gestão Documental da Presidência da República:
o Implantação do módulo de Peticionamento Eletrônico
o Participação no barramento de serviços de Processo Eletrônico Nacional (PEN)
o Operacionalização da integração do Sistema INCOM da Imprensa Nacional com o Sistema SEI-PR
Substituição de frota desatualizada de veículos que atendiam aos ex-Presidentes da República, com estimativa de economia de despesas
com manutenção em torno de R$ 280,0 mil ao ano;
Reformulação de contratação de locação de veículo, em nível nacional, com vistas ao apoio terrestre ao Presidente da República e Vice-
Presidente;
Revisão em Critérios de Serviços de Fornecimento de Alimentação, com implicação em redução substancial de custos, em torno de 44,5%;
Redução de custos de contratos - exercícios 2019 e 2020.
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Nesse sentido, foram envidados esforços para a reorientação ao longo do ano de 2020 de toda a cadeia de prestação de serviços, de modo a prover tanto
conectividade quanto soluções necessárias à viabilização em larga escala de serviços remotos, videoconferência, colaboração, apoio à tomada de decisões
estratégicas, bem como publicação de painéis informacionais à sociedade brasileira, conforme demonstram as ações destacadas a seguir:
Instalação de ambientes de videoconferência, disponibilização de serviço de acesso à distância (Virtual Private Network - VPN) ao ambiente
tecnológico da PR, implantação de plataforma de colaboração para apoio ao trabalho remoto e de redundância de links internet com
ampliação de velocidade;
Modernização da solução de conectividade (In-Flight Connectivity – IFC) da aeronave presidencial;
Aquisição de licenças de software de BUSINESS INTELIGENCE (BI) e atualização da infraestrutura da rede e Centro de Dados, com a aquisição
de solução hiperconvergente, aquisição de ativos de rede, solução WI-FI e atualização de licenças;
Modernização do parque computacional da PR, com a aquisição de desktops e notebooks;
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Com a publicação do Decreto nº 10.380, de 28 de maio de 2020, o qual estabeleceu a estrutura regimental da Secretaria-Geral da Presidência da República,
as áreas de engenharia e gestão patrimonial passaram a integrar uma Diretoria específica no âmbito da Secretaria Especial de Administração.
Em decorrência dessa nova configuração organizacional, a Diretoria de Engenharia e Patrimônio, além de dar continuidade às ações que se encontravam
anteriormente sob a gestão da Diretoria de Recursos Logísticos, envidará esforços para estruturar uma ampla agenda de trabalho destinada ao
aperfeiçoamento da gestão patrimonial, bem como ao aprimoramento e modernização das instalações e da infraestrutura dos palácios e residências oficiais.
Modernização do Pavilhão das Metas, por meio de uma ampla reforma a qual contemplou a cobertura, estruturas metálicas e instalações, a
fim de abrigar, com conforto e segurança, em torno de 180 servidores dos órgãos da PR;
Projeto de adequação e ampliação do 4º andar do Palácio do Planalto, que contempla os serviços de arquitetura, ar-condicionado, combate
a incêndio, rede elétrica e de dados;
Implantação de sistema integrado de drenagem para o Palácio do Planalto, visando o escoamento de excesso de água que está se confinando
no maciço que envolve a parte externa do Palácio;
Início da recuperação Estrutural da garagem do Palácio do Planalto, com a conclusão de aproximadamente 70% das etapas necessárias;
Início das ações com vistas à iluminação sustentável, adotando-se ações de substituição gradativa do sistema de iluminação fluorescente por
sistemas mais eficientes, com destaque para os de tecnologia em LED.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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Desde sua criação, o CGMC/PR tem trabalhado para construir um modelo de mensuração de custos
aderente e compatível com as diretrizes estratégicas do órgão, optando por um modelo que associa
duas metodologias de custeio: custeio por atividades e custeio departamental.
Embora o modelo de mensuração de custos da Presidência da República ainda esteja em construção, 1,9%
1,6%
a mensuração de custos é feita no âmbito da Presidência da República desde 2018 utilizando a 1,1%
metodologia de custeio por atividades (mensuração por macroprocessos), a partir da qual foram
definidos os primeiros centros de custos para apropriação por macroprocessos.
2018 2019 2020
Cabe destacar que a implantação da mensuração de custos no âmbito da Presidência tem sido feita
Gráfico 4 - Evolução de custos apropriados em macroprocessos definidos
gradualmente e ainda está restrita a algumas unidades administrativas e atividades selecionadas, não
ativos nos exercícios 2018, 2019 e 2020
representando a totalidade do custo da Unidade Prestadora de Contas. Fonte: Sistema de Informação de Custos – SIC
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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Considerando apenas o custo das unidades que fazem detalhamento de custos no âmbito da Presidência, observa-se involução na apropriação de custos em
Macroprocessos entre 2019 e 2020, isso ocorreu em razão da desativação de alguns centros de custos (macroprocessos) em 2020. No entanto, analisando
apenas os macroprocessos que se mantiveram ativos nos três exercícios, a apropriação de custos mantém uma tendência crescente. As análises ora
apresentadas restringem-se às atividades de gestão de custos desenvolvidas no âmbito do órgão 20101 – Presidência da República.
A mensuração dos custos por unidade organizacional (custeio departamental), p or ser feita 12,3%
atribuindo o custo à unidade organizacional que se beneficiou, tem os objetos de custo
definidos conforme a estrutura organizacional prevista na legislação e utiliza, como centro 9,3%
de custos, o código da unidade organizacional no Sistema de Informações Organizacionais
do Governo Federal - SIORG.
A utilização desta metodologia como parte do modelo de mensuração de custos teve início
em junho de 2019, apropriando apenas o custo de alguns tipos de despesas executados na
0,4%
unidade gestora executora da Secretaria Especial de Administração, que concentrar maior
parte dos custos dos tipos selecionados. 2018 2019 2020
Considerando todo o custo apropriado na unidade gestora executora da Secretaria Especial Gráfico 5 - Evolução de custos apropriados por unidade organizacional executados na
de Administração, a mensuração por unidade organizacional tem apresentado tendência unidade gestora executora Secretaria Especial de Administração
Fonte: Sistema de Informação de Custos – SIC
crescente.
Analisando apenas o custo relativo ao tipo de tipos de despesas selecionados para esta fase de implantação da mensuração de custo por unidade
organizacional, em 2019, o custo apropriado chegou a 58,5% do custo total realizado nessas despesas e, em 2020, passou para 70,7%.
Embora no total, o percentual de custo identificados por unidade organizacional tenha aumentado de 2019 para 2020, analisando mês a mês pode-se observar
que houve uma redução da média mensal de custos identificados.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2019 2020
Gráfico 6 - Evolução de Custos Apropriados por Unidade Organizacional executados na unidade gestora executora Secretaria Especial de Administração relativo ao tipos de despesas selecionados
Fonte: Sistema de Informação de Custos – SIC
Isso ocorre porque o modelo de mensuração de custos da Presidência é uma combinação das duas metodologias de custeio e, portanto, a suspensão da
utilização de alguns macroprocessos também impactou a leitura da apropriação de custos por unidade organizacional.
Em 2020, a Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral traçou uma nova diretriz para a gestão de custos, se dedicando a estudar quais caminhos
adotar para que a mensuração de custos proporcione efetivamente uma visão de como os custos estão alocados em termos de atividades e unidades
organizacionais, tornando-a aderente e compatível com a gestão e com os objetivos estratégicos da Presidência.
Embora o modelo de mensuração de custos, ora adotado, mostre-se adequado, a sua implantação ainda não alcançou patamares de abrangência relevantes
para impactar a tomada de decisão, sendo assim, busca-se identificar diretrizes para expandir a mensuração de custos no âmbito da Presidência.
Os principais desafios à melhoria na Gestão de Custos estão relacionados à complexidade da estrutura da Presidência e a singularidade de suas atividades.
Diante disso, pretende-se analisar o escopo de custos realizados no âmbito da Presidência, identificando quais são os mais relevantes para mensuração de
custos e como essa ferramenta pode ser melhor utilizada para, além de subsidiar a tomada de decisão, proporcionar maior transparência pública.
Controle Interno
Embora grande parte das atividades da Secretaria de Controle Interno (CISET) estejam voltadas para a fiscalização interna das atividades do Governo, existem
ações que geram grande impacto na prestação do serviço público, as quais agregam valor às atividades da Presidência da República como um todo. Essas
atividades são: a melhoria substancial no ranking de Transparência Ativa, a elaboração da Carta de Serviços ao Usuário, a elaboração do Plano de Dados Abertos
PDA – 2020/2022 e as iniciativas de capacitação e comunicação sobre Ética Pública. A seguir, apresenta-se a descrição de cada ação:
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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TRANPARÊNCIA ATIVA
Quanto aos demais itens avaliados pela CGU, vale registrar que estão sendo atendidos parcialmente, conforme ilustra o gráfico abaixo:
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
166 //
Além do cumprimento da legislação vigente, a Carta de Serviços do órgão proporciona a transparência institucional, fortalecendo a credibilidade e a confiança
da sociedade, bem como permite ao usuário ter mais visibilidade em relação às atividades desenvolvidas pela Secretaria-Geral.
O projeto de elaboração da Carta de Serviços foi coordenado pela CISET, e contou com o envolvimento de todas as unidades da SG/PR (SAJ, Seme, SA, CISET,
ASCOM e IN). Levantou-se 25 serviços, os quais foram inseridos no portal gov.br, gerando a Carta de Serviços da SG/PR.
A elaboração do PDA vem ao encontro do disposto na Lei nº 12.527, de 18 de outubro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), na Instrução Normativa nº 4, de
13 de abril de 2012, que institui a Infraestrutura Nacional de Dados Abertos, nos compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito da Parceria para Governo
Aberto, como também de outros normativos que abordam os princípios da publicidade e da transparência da administração pública.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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Nos últimos anos, a Secretaria-Geral da Presidência da República passou por transformações em sua estrutura organizacional, com a integração de unidades
e transferências de outras, situação que reforça a necessidade de revisão do PDA.
O art. 14 do Decreto nº 8.777, de 11 de maio de 2016, estabelece que a autoridade designada nos termos do art. 40 da Lei nº 12.527, de 18 de outubro de
2011 (Autoridade de Monitoramento da Lei de Acesso à Informação), será responsável por assegurar a publicação e a atualização do PDA, em cumprimento
às normas relativas à publicação de dados abertos, de forma eficiente e adequada.
Dessa forma, considerando que essa atribuição de monitoramento atualmente se desenvolve no âmbito da Secretaria de Controle Interno, o PDA da SG/PR –
2020/2022 foi concluído e validado pelo Comitê de Governança Digital, e atualmente aguarda publicação pelo Ministro da SG/PR.
Modernização do Estado
Construir um Brasil moderno, com uma gestão eficiente e focada no cidadão, que se reveste do digital e que apresenta um ambiente de negócios dinâmico e
próspero: esses são os grandes desafios e também os principais objetivos da agenda de modernização do Estado Brasileiro. Em 2020, os esforços coordenados
para indução, supervisão e monitoramento das políticas de modernização do ambiente de negócios, de transformação digital, do redesenho de processos e
da melhoria de serviços públicos garantiram resultados expressivos para a sociedade brasileira.
Com o desenvolvimento desses eixos de política pública, foi possível integrar serviços, reduzir filas, diminuir a complexidade dos processos, aperfeiçoar a eficiência
da atuação do estado e reduzir as barreiras para realização de negócios no Brasil, favorecendo a geração de emprego e renda, o acesso qualificado a serviços
públicos e a redução do Custo Brasil.
Os resultados já alcançados no ano de 2020 se somarão a outras entregas da modernização do estado, em fase de implementação ou execução, e que contribuirão
para a formação de um cenário nacional onde os serviços públicos estarão disponíveis a todos os cidadãos de modo digital, contínuo, ágil e com custo reduzido e
o ambiente para se fazer negócios será propício e estimulante aos empreendedores, contribuindo para o desenvolvimento econômico e crescimento do país
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Além dos benefícios concretos para o cidadão advindos do desenvolvimento das políticas públicas
mencionadas, cabe registrar outro importante ganho vinculado a esse e que é a construção de uma
percepção coletiva de respeito, admiração e confiança em relação ao estado, ratificada, diariamente,
pelo bom uso dos recursos públicos, pela eficiência estatal e pelo progresso econômico e social do país.
Com a competência de modernizar o Estado, a Secretaria Especial de Modernização do Estado (Seme), em
parceria com diversos atores, vem alcançando resultados expressivos para a população brasileira. De modo
especial, as políticas de transformação digital, transformação de serviços e melhoria do ambiente de negócios
foram significativamente impactadas pelas ações desenvolvidas no ano de 2020, conforme evidenciado abaixo.
Gráfico 8 - - Evolução das ações de transformação de serviços em 2020
TRANSFORMAGOV: Transformação Institucional e da Gestão Pública – Decreto nº 10.382/20:
Implementar propostas de transformação institucional nos órgãos da APF, englobando ações nas áreas
de governança e gestão estratégica, de serviços ao cidadão, de gestão de pessoas, de processos de
trabalho, de patrimônio, de custeio e de estruturas organizacionais.
Modernização do Ambiente de Negócios
Implementação de ações de simplificação e redução de burocracia, abordagem aos respondentes e
interação com o Banco Mundial, para alcance da 50ª posição no ranking, conforme meta do Presidente.
Transformação Digital: Decreto nº 10.332/20
Implementar transformação de serviços digitais nos órgãos da APF, visando oferecer ao cidadão a Gráfico 9 - Evolução das ações de melhoria do ambiente de negócios em 2020
possibilidade de acessar serviços digitalmente, em oposição ao canal presencial; unificar canais de
acesso e prestação de serviços e informações; integrar sistemas e serviços.
A meta estabelecida de digitalização de serviços ao cidadão, para o biênio 2019-2020, foi superada,
tendo sido alcançados mais de 1025 serviços transformados para canais digitais, em dois anos. Ou seja,
62% dos serviços ofertados pelo Governo Federal estão disponíveis ao cidadão por meio eletrônico. Os
beneficiários que, antes, gastavam horas em deslocamentos e filas para o atendimento presencial,
podem acessar os serviços públicos onde estiverem, nos locais que quiserem, e quando desejarem,
inclusive em dias não úteis e fora dos horários tradicionais de funcionamento, o que beneficiou 94,2
milhões de pessoas, além de ter reduzido os gastos do governo, com economia de mais de R$ 1 bilhão.
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Seminário Internacional
Em 11 de fevereiro de 2020, foi realizado o Seminário Internacional: Desafios para a Modernização do Estado, no auditório da Imprensa Nacional, em Brasília.
Cerca de 360 pessoas participaram do evento, entre servidores federais, estaduais e municipais, além de membros de organizações sociais e de organismos
internacionais. O encontro também contou com a participação de representantes internacionais, como a Secretária de Modernização de Portugal e agentes
de governo dos Estados Unidos e da Suécia.
Em pouco mais de sete meses após seu lançamento, já contabiliza mais de 120 mil
downloads pelos usuários e conta com boas avaliações nas principais lojas virtuais.
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Em 1º de janeiro de 2020, foi lançado o Portal INLABS, que disponibiliza, diariamente, em formato de dados abertos todo o conteúdo publicado no DOU do
dia, bem como suas edições extras.
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O Portal já conta com cerca de 6.800 usuários cadastrados. Além disso, registra na faixa de 15 mil eventos (cadastros, acessos, downloads, entre outros) por
mês. Destaque para os eventos de downloads, que estão próximos de 10 mil por mês.
No âmbito do Projeto CodeX, a fim de se avaliar o novo módulo para envio de atos normativos
estruturados, em parceria com a Secretaria de Governo Digital, realizou-se nos meses de
setembro e outubro de 2020 pesquisa com os usuários do INCOM.
No total, 228 servidores, de 93 órgãos distintos, participaram da pesquisa, que foi dividida em
três etapas: survey, grupos focais e testes de usabilidade.
De um modo geral, conforme ilustrado na figura ao lado, concluiu-se que a experiência dos
usuários com o sistema é boa, sendo clara e intuitiva a sua utilização.
Por sua vez, a experiência com o novo módulo foi considerada positiva, com processo de envio de atos
normativos para publicação fácil, rápido, simples e tranquilo, como indicado na figura 53 ao lado.
Entende-se por melhor qualidade uma organização mais bem estabelecida e padronizada dos atos
normativos, a ponto de uma máquina entender que eles são formados por epígrafe, ementa,
Figura 53 - Experiência com a nova proposta do INCOM resumida em uma palavra pelos preâmbulo, artigos, parágrafos, alíneas, assinatura, figuras, tabelas etc. Dessa forma, torna-se mais
participantes do teste de campo simples a automatização e a eficiência do processo de publicação desses atos normativos, bem como
são aumentadas as possibilidades de buscas e interconexões.
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Acessibilidade no Portal da IN
Implantação de configuração de ferramentas computacionais no Portal da IN a fim de traduzir conteúdos
digitais (texto, áudio e vídeo) para Língua Brasileira de Sinais (Libras), tornando computadores, celulares e Tabela 23 - Número de matérias publicadas no DOU até 25 de novembro
plataformas Web acessíveis para pessoas surdas.
Normativos 56.803
Resultados Obtidos
Pessoal 109.895
Produção remota do DOU pela 1ª vez na história da IN, sem descontinuidade
Como consequência da pandemia causada pelo coronavírus Covid-19, fez-se necessária a Compras e contratações 546.616
implantação de trabalho remoto para os servidores da Imprensa Nacional. Para tanto, soluções
Total 713.714
de Tecnologia da Informação foram implantadas de maneira célere a fim de garantir a
continuidade da produção do DOU, mesmo que de maneira não presencial. Média diária 3.300
Número de matérias publicadas no DOU até 25 de novembro estão demonstrados na tabela 23.
Número de matérias publicadas no DODF até o encerramento do convênio, em março de 2020:
127.989
Assuntos Jurídicos
Os pronunciamentos técnicos da Subchefia para Assuntos
Jurídicos (SAJ) são exarados por meio de Notas SAJ e
Pareceres SAJ. No ano de 2020, foram elaboradas 3.243
Notas SAJ, 549 Pareceres SAJ, além de outros 6.403
expedientes entre ofícios e despachos.
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No ano de 2020, a Subchefia para Assuntos Jurídicos analisou 1.542 Exposições de Motivos, das quais 358 foram subscritas por dois ou mais ministérios. Com
base nos registros e no período indicado, o Ministério da Economia foi responsável pelo maior volume de Exposições de Motivos encaminhadas, sendo 425 na
condição de autor e 94 em coautoria.
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Atos Judicializados
Outras quatro Medidas Provisórias sofreram algum tipo de suspensão parcial ou mereceram interpretação conforme a Constituição Federal de 1988, são elas:
MP 926/2020 - Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para dispor sobre procedimentos para aquisição de bens, serviços e insumos
destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus;
MP 927/2020 - Dispõe sobre as medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-
19), e dá outras providências;
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177 //
Gráfico 15 - MP judicializadas
No tocante aos Decretos, dos cerca de 398 atos editados, 9 foram impugnados
e apenas um, o Decreto nº 10.502 de 30 de setembro de 2020, foi suspenso
totalmente.
Durante o ano de 2020, foram expedidas 451 Notas SAJ com subsídios
para auxiliar a Advocacia-Geral da União na defesa judicial e extrajudicial
dos interesses da União Federal.
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Atos de Pessoal
Durante o ano de 2020, a Subchefia para Assuntos Jurídicos atuou em 25.822 pesquisas no Sistema Integrado de Nomeações e Consultas (Sinc), além de 7.292
indicações para cargos em comissão. Listas tríplices e promoções por merecimento e antiguidade foram 96.
Ao total, foram submetidos ainda 832 atos de pessoal ao Presidente da República e outros 419 ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil.
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O sítio do Portal da Legislação recebeu 148,3 milhões de visitas no período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2020, registrando um aumento de 16,7%
em comparação aos acessos em 2019, computados em 123,5 milhões.
Já a Revista Jurídica foi acessada 99,7 mil vezes em 2020, um aumento de 15% quando comparado aos 86,7 mil acessos registrados no ano anterior.
O ano de 2020, quase em sua totalidade, foi marcado pelas alterações advindas das medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente do novo coronavírus (Covid-19). A administração pública federal, por meio da Instrução Normativa nº 19, de 12 de março
de 2020, do Ministério da Economia, e alterações posteriores, estabeleceu orientações aos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração
Pública Federal (Sipec), quanto às medidas de proteção para enfrentamento da pandemia. Nesse sentido, destacamos as "hipóteses específicas de trabalho
remoto", cujas novas orientações impactaram diversos procedimentos executados rotineiramente pelo Gabinete Pessoal do Presidente da República. Diante
desse desafio, os dirigentes que integram o Gabinete Pessoal do Presidente da República instituíram novas rotinas, de modo a adequar as especificidades das
equipes ao atendimento das demandas de seus órgãos, com o foco em resultados e entregas. Foram tomadas todas as providências para continuidade dos
trabalhos, mesmo com parte de seus servidores em trabalho remoto, não havendo prejuízos aos serviços prestados. O Gabinete Pessoal do Presidente da
República, desde o primeiro momento da pandemia, adotou todas as medidas necessárias para a preservação da saúde de seus servidores. A preocupação
com a saúde dos servidores e a manutenção da qualidade dos serviços foram e têm sido a tônica da gestão atual para a implantação das escalas de revezamento
e trabalho remoto e, posteriormente, do retorno gradual ao trabalho presencial.
Visando dar uniformidade ao apoio institucional ao Gabinete Pessoal do Presidente da República, como órgão essencial de assistência direta e imediata ao
Presidente da República, entrou em vigor o Decreto nº 10.374, de 26 de maio de 2020 que, entre outras providências, aprovou a Estrutura Regimental e o
Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Gabinete Pessoal do Presidente da República. O novo decreto estabeleceu uma transformação na estrutura
organizacional do Gabinete Pessoal do Presidente da República, na qual as duas diretorias existentes (Diretoria de Gestão Interna e Diretoria de Documentação
Histórica) passaram ao nível de Gabinetes Adjuntos (Gabinete Adjunto de Gestão Interna e Gabinete Adjunto de Documentação Histórica), cuja nova
composição fortaleceu a estrutura de apoio do Gabinete.
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Informações
Em conformidade com as orientações do Chefe do Gabinete Pessoal do
Presidente da República, o Gabinete Adjunto de Informações focou seu
trabalho no atendimento às normas vigentes, incluindo-se as sanitárias, e no
alcance de melhores resultados, com base nos princípios da eficiência e da
transparência.
Defesa,
Segurança e Educação e
TIC Saúde
16% 24%
Gráfico 20 - Briefings 2020
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Agenda
No decorrer do ano de 2020, o Gabinete Adjunto de Agenda (GAA) procurou, para o melhor desempenho de suas atribuições, definir fluxogramas de atividades
e elaborar manuais. A confecção de fluxogramas e dos manuais de procedimentos, além de facilitar o trabalho de novos servidores, permite uma melhor
organização, divisão de funções, análise crítica das atividades e celeridade nas atividades administrativas.
Com a definição dos fluxos e manuais possibilita-se evidenciar fluxos insatisfatórios de trabalho, situações de retrabalho, duplicidade de funções e demais
divergências e ineficiências inerentes aos processos. Logo, por meio dos fluxogramas e manuais, o GAA vem aprimorando o processo de gestão gerando
simplificação de processo, desburocratização e melhoria administrativa. A referida manualização possibilitou, também, uma melhor adequação e
potencialização das atividades realizadas pelos servidores que, devido à pandemia da Covid-19, estão atuando via trabalho remoto, o que se tornou um desafio
para a manutenção da qualidade dos serviços prestados pelo GAA.
Cabe destacar que, além dos fluxos definidos e manuais, o GAA vem apostando na Gestão do Conhecimento. Visualizando o conhecimento como agregação
de valor às informações disponíveis no Gabinete, em que o acesso a essas informações passa a ser essencial para a criação e partilha desse conhecimento.
Logo, por meio do compartilhamento de narrativas das atividades diárias (tituladas pela equipe de “dicas diárias do processo de trabalho” - cartilha) está sendo
viável compartilhar com os membros da equipe o conhecimento, entendendo que o compartilhamento faz crescer não só o ambiente organizacional como o
seu próprio universo, em um círculo virtuoso.
Outro progresso implantado faz referência à melhoria na redação e à padronização dos documentos oficiais. Em 2019, o uso do Sistema Eletrônico de
Informação (SEI) trouxe agilidade nos despachos de proposta de agenda, organização e fácil localização das demandas de agenda, maior transparência e
segurança aos serviços executados pelo Gabinete Adjunto de Agenda. No entanto, apenas usar o SEI e organizá-lo não foi suficiente. Notou-se a necessidade
de melhoria na redação e na padronização dos documentos oficiais, sendo possível ter maior agilidade na elaboração dos documentos e diminuir as
possibilidades de erros. Logo, a padronização de documentos oficiais reforça positivamente a identidade do Gabinete, garantindo maior compreensão da
mensagem e qualidade de serviço.
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A partir do uso do SEI, em 2019; da padronização dos documentos, em 2020; e das melhorias implantadas no “Sistema Agenda PR”, iniciadas em 2019 e
continuada no exercício de 2020; tornou-se admissível a elaboração mais rápida da agenda do PR; a extração de relatórios de uma forma mais dinâmica e
menos burocratizada; a facilidade de localização, de visualização e de acesso à informação; bem como a economia de tempo e eliminação de tarefas repetitivas.
De certa forma, contribuindo para uma capacidade de resposta mais célere do Gabinete Adjunto de Agenda.
Agenda em Números
No ano de 2020, o Gabinete Adjunto de Agenda recebeu cerca de 4.165 solicitações. Desse total de entradas (4.165) foram efetivados 1.764 pedidos que, em
sua maioria, estão atribuídos ao número de audiências e despachos do Senhor Presidente da República, conforme visto no Gráfico 21 e na Tabela 24.
ENTRADAS
8
Tabela 24 - Agenda em números
GRAVAÇÃO DE VÍDEO 8
DESPACHO 807 Tipo Propostas Efetivadas % Efetivadas
1222
VIDEOCONFERÊNCIA 81 Agenda Internacional 12 3 25,0%
165
VIAGEM NACIONAL 60 Audiência 1431 480 33,5%
541
Cerimônia 418 96 23,0%
VIAGEM INTERNACIONAL 3
35 Despacho Interno 51 39 76,5%
TELEFONEMA 27
33 Foto 50 44 88,0%
REUNIÃO 33 Imprensa 152 83 54,6%
47
83 Reunião 47 33 70,2%
IMPRENSA 152
Telefonema 33 27 81,8%
FOTO 44
50 Viagem Internacional 35 3 8,6%
DESPACHO INTERNO 39
51 Viagem Nacional 541 60 11,1%
CERIMÔNIA 96 Videoconferência 165 81 49,1%
418
480 Despacho 1222 807 66,0%
AUDIÊNCIA 1431
Gravação de Vídeo 8 8 100,0%
AGENDA INTERNACIONAL 3
12 Total 4165 1764 42,4%
0 500 1000 1500 2000
Fonte: sistema Agenda PR.
Soma de Efetivadas Soma de Entradas
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Os atendimentos a ministros de estado somam 881 despachos realizados que, em sua maioria,
ocorreram com a participação de dois ou mais ministros (multiministerial), conforme Tabela 25 ao Tabela 25 - Atendimentos a ministros de estado
lado.
Ministério Quantidade
Cerimônias BACEN 2
CC 67
No tocante às cerimônias com participação do Senhor Presidente, 57 das 96 efetivadas foram CGU 8
propostas pelas pastas ministeriais distribuídas conforme Tabela 26 e Gráfico 22, abaixo: CIDADANIA 25
COMUNICAÇÕES 5
Tabela 26 - Cerimônias com participação do Senhor Presidente DEFESA 32
GSI 25
Cerimônias Contagem Porcentagem MAPA 13
MCTI 7
Ministérios e VPR 57 59%
MCTIC* 11
Outros* 39 41% MDR 17
Total 96 100% MEC 29
Fonte: Sistema Agenda PR. *Forças Armadas do Brasil, Judiciário, religiosos e etc MINFRA 17
MJSP 35
MMA 14
CC CGU MME 23
VPR CIDADANIA
SG 1,75% 5,26% 1,75%
3,51%
MMFDH 7
COMUNICAÇÕES MRE 28
7,02%
1,75%
SAÚDE
MTUR 14
CONJUNTA MULTIMINISTERIAL 297
10,53%
7,02%
MTUR SAÚDE 13
5,26% DEFESA
SeGov 41
1,75%
MRE SG 91
ECONOMIA
14,04% ECONOMIA 60
5,26%
Total 881
MMFDH MAPA
7,02% Fonte: Sistema Agenda PR.
MCTI 5,26%
MDR 3,51% *Agendas até o dia 10 de junho de 2020, quando o Ministério da
MME
3,51% MEC 3,51% Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) foi
MMA MJSP MINFRA desmembrado por meio da Medida Provisória nº 980, de 10 de junho
3,51%
1,75% 5,26% 1,75% de 2020.
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40
Reuniões
30
Em que pese as reuniões não terem um grande destaque no total das 14
agendas efetivadas (33), cabe destacar, conforme Gráfico 23, que 14 20
Gestão Interna
Em conformidade com as orientações do Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, o Gabinete Adjunto de Gestão Interna (Gagi) procurou adotar
mecanismos de suporte ao trabalho remoto, a realização de reuniões por vídeo conferência, não só como ferramenta de comunicação com a equipe, mas
também como meio de trabalho em grupos, o que viabilizou diversas atividades que, individualmente, demandariam mais tempo e dedicação. Paralelamente
à adoção de meios tecnológicos, também foram adotadas estratégias visando manter a equipe motivada e com foco nas atividades, com reforço na importância
da manutenção da rotina nessa nova modalidade de trabalho para o servidor público. Nesta oportunidade criaram-se meios para que o gerenciamento e o
acesso a registros fossem feitos com mais precisão, como boa medida de gestão da informação, evitando erros ou problemas de integridade. Como exemplo,
está em curso a elaboração do Manual de Procedimentos do Gagi, que surgiu a partir da necessidade de construção de um documento com informações
sistematizadas e segmentadas das atividades decorrentes das suas competências institucionais, conforme o Decreto nº 10.374/2020. O citado manual
pretende dispor uma fonte de consulta permanente e atualizada, tanto para o suporte ao servidor quanto para os gestores da unidade em seu processo de
gerenciamento, a fim de viabilizar o aumento da eficiência dos procedimentos administrativos e operacionais; favorecendo a qualidade do serviço e
minimizando as eventuais falhas.
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O Decreto nº 10.374/2020 estabeleceu unidades de chefias subordinadas ao Gagi, sendo criada a Divisão de Logística com servidores responsáveis
especificamente pelo suporte logístico do Gabinete Pessoal do Presidente da República (GPPR), da Assessoria Especial do Presidente da República (AESPPR) e
da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), bem como a governança e o controle efetivo dos bens patrimoniais pertencentes às unidades Chefia do
Gabinete Pessoal do Presidente da República - 23017 e Gabinete de Gestão Interna - 23023.
É importante mencionar que as unidades patrimoniais supracitadas possuem, respectivamente, 294 e 407 bens patrimoniais, totalizando-se 701 itens.
Mesmo em virtude da Covid-19, sabendo de sua necessária atuação, a Divisão de Logística manteve suas atividades, por meio de revezamento da equipe, a
fim de dar suporte à continuidade dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do Gabinete Pessoal do Presidente da República. Essas atividades geraram as
demandas que, somadas às substituições de rotina, resultaram em 202 movimentações patrimoniais.
Gestão de documentos
As correspondências oficiais já inseridas no Sistema Eletrônico de Informação (SEI), são tratadas e analisadas consoante suas origens e assuntos. Dessa forma,
são realizados os encaminhamentos às respectivas pastas e ao(s) interessado(s).
Na tabela e no gráfico a seguir são apresentados os quantitativos de documentos elaborados pelo Gabinete, que foram tratados a partir das respectivas
demandas recebidas, sendo encaminhados às pastas competentes e aos demandantes.
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Conforme dados informados no gráfico de 2019 abaixo, houve um quantitativo maior de documentos com categoria “Diversos - outros” e do Poder Legislativo,
uma vez que, pela ausência de categoria do Poder Executivo, todos os documentos desse poder eram cadastrados à época como “Diversos - outros”.
No ano de 2020, foram geradas categorias mais específicas do que as existentes no ano anterior.
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Judiciário 13 29 11 9 4 5 3 6 4 4 28 48
Legislativo 2 33 50 86 120 110 91 97 178 170 113 116
Diversos - Outros 195 134 139 115 79 76 79 257 109 53 38 116
Municípios e DF 62 32 47 44 12 7 8 10 6 2 10 7
Analisando as tabelas acima, podemos realizar o comparativo dos anos de 2019 e 2020, com 2.967 e 2.938 documentos, respectivamente.
Arquivo
O Arquivo é composto por documentos físicos recebidos pelo Gagi, que, após atendimento, são arquivados mensalmente e, posteriormente, encaminhados
ao Arquivo Central. Os documentos são classificados conforme o Conselho Nacional de Arquivamento (CONARQ), para posterior envio ao Arquivo Central. O
código de classificação tem como objetivo organizar os documentos relacionados ao mesmo assunto, como forma de agilizar sua alocação, recuperação,
transferência e recolhimento. Entretanto, em virtude da pandemia de Covid-19, houve alterações provisórias nos encaminhamentos.
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189 //
Total de 1885
Transferência de Acervo para o Arquivo Central
502
412
294
239
168
131 139
dez/2019 jan/2020 fev/2020 mar e abr/2020 mai e jun/2020 jul a out/2020 nov e dez/2020
Os encaminhamentos contabilizaram um total de 1.885 documentos durante os meses de janeiro a dezembro de 2020. Ressalta-se que os documentos de
dezembro de 2019, representados abaixo, foram transferidos para o acervo em janeiro de 2020.
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190 //
Acervo Arquivístico
Composto por material audiovisual, documentos manuscritos e publicações impressas.
Material audiovisual: em 2020 foram registrados no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) 1.915 itens, totalizando 2.579
itens, ao somá-los com os de 2019. Dentre os documentos tratados neste Gabinete, incluem-se gravações em áudio e vídeo de entrevistas,
pronunciamentos e discursos proferidos pelo Presidente da República, assim como fotos de cobertura de viagens, atos cívicos e eventos
oficiais que o Presidente tenha participado. A maioria do material audiovisual que é produzido em formato eletrônico por órgãos vinculados
e/ou subordinados à Presidência da República, permanece gravado em HDs externos e pastas restritas aos servidores da área. Além dos
registros oficiais, o acervo audiovisual é formado por vídeos, fotos e documentos sonoros ofertados ao Presidente;
Correspondências: em 2020 o Presidente recebeu 5.714 correspondências pessoais em suporte papel, totalizando 13.197 cartas tratadas, ao
somá-las com as de 2019, que se encontram arquivadas no GADH. Dentre as correspondências dirigidas ao Presidente da República, aquelas
contendo pedidos relacionados à execução de políticas públicas previstas em leis, tais como saúde, educação, seguridade social, proteção
social, segurança etc., foram redirecionadas aos órgãos competentes para conhecimento e providências, notificando-se o remetente sobre
o encaminhamento de sua solicitação pessoal a um outro órgão da administração pública federal, considerando o tratamento e
compartilhamento de dados pessoais, conforme o disposto da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais;
Mensagens eletrônicas: as correspondências em formato eletrônico enviadas ao Presidente da República chegam ao Gabinete Adjunto de
Documentação Histórica por dois canais: portal “Fale com o Presidente”, disponível na página Web da Presidência da República, e por
redirecionamento de e-mails enviados ao e-Ouv, cujo assunto seja pertinente aos temas tratados no GADH. Das 23.997 mensagens eletrônicas
recebidas e tratadas pelo Gabinete no ano de 2020, totalizando 44.753, ao somá-las com as de 2019, aquelas contendo pedidos relacionados
à execução de políticas públicas previstas em leis seguiram as mesmas regras de tratamento adotado para as correspondências em suporte
papel; e
Material textual: o acervo arquivístico textual é composto de documentação de cunho pessoal como: diplomas, certificados, convites etc.,
expedidos ou elaborados especialmente para o Presidente da República. No ano de 2020 foram registrados no GADH 536 documentos
textuais, totalizando 1.088, ao somá-los com os de 2019.
Acervo Bibliográfico
Este acervo é composto por publicações bibliográficas, um total de 705 itens como livros, revistas, jornais e outros materiais impressos de publicação nacional
e internacional enviados ao Presidente da República no ano de 2020, totalizando 1.877 itens, ao somá-los com os de 2019. O tratamento e acondicionamento
deste material seguem os padrões internacionais de catalogação e organização bibliográfica.
PR ES I DÊ N CIA
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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Acervo Museológico
O acervo museológico privado refere-se a todos os bens recebidos como presentes pelo atual Presidente da República, incluindo bens de natureza
personalíssima ou de consumo direto.
O acervo museológico público engloba todos os bens recebidos pelo Presidente da República nas audiências com Chefes de Estado e de Governo, por ocasião
das visitas oficiais ou viagens de Estado ao exterior, ou das visitas oficiais ou viagens de Estado de Chefes de Estado e de Governo estrangeiros ao Brasil.
Durante o mandato, o Presidente da República recebeu um montante de 3.652 itens museológicos. Destes, foram recebidos 2.016 ao longo de 2020.
Neste mesmo período, foram recebidos 364 itens classificados como perecíveis, sendo 220 no ano de 2020.
PR ES I DÊ N CIA
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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RESPOSTAS AO CIDADÃO
Respostas ao Cidadão
O Gabinete Adjunto de Documentação Histórica possui os seguintes
meios de resposta ao cidadão que escreve ao Presidente da 16
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193 //
Dentre as manifestações de populares recebidas no Gabinete, as intenções mais REMETENTES POR FAIXA ETÁRIA
frequentes são:
CRIANÇA (DE 1 A 12 ANOS)
Sugestão: proposição de ideia ou formulação de proposta de SEM CARACTERIZAÇÃO
JOVEM (DE 13 A 20 ANOS)
aprimoramento de serviços prestados ou forma de conduta
IDOSO (MAIS DE 60 ANOS)
pessoal do Presidente da República e seu governo (20.287); ADULTO (DE 21 A 60 ANOS)
Pedido: solicitação pessoal, de serviço oferecido pelo governo ou 0 10000 20000 30000 40000
reconhecimento de um direito (7.798);
ADULTO (de IDOSO JOVEM (de SEM CRIANÇA
Opinião: manifestação sobre serviço prestado ou conduta 21 a 60 (mais de 60 13 a 20 CARACTERI (de 1 a 12
pessoal do Presidente da República e seu governo (8.212); e anos) anos) anos) ZAÇÃO anos)
Percentual 76% 15% 5% 3% 0,56%
Apoio: demonstração de satisfação com a atuação do governo ou
Quantitativo 32519 6283 2145 1420 241
apoio ao Presidente (5.243).
Gráfico 33 - Remetentes por faia etária
INTENÇÃO DO REMETENTE
20287
% / Quantitativo
Manifestação
PR ES I DÊ N CIA
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194 //
PB 529
RN 548
AM 564 Gráfico 35 - Correspondência por assunto
MS 571 * O quantitativo por Macrodescritor não corresponde ao número total correspondências, devido ao fato de que cada uma pode conter
MT 595 mais de um dos assuntos elencados.
PA 767
ES 885
CE 938
EX 1172 MENSAGENS ELETRÔNICAS POR ASSUNTO
GO 1270
PE 1387
SC 1491
9973
BA 1685
7863
RS 2119
PR 2390 5537
4373
DF 2534 3752 3432
2254 2167 2002 1587 1480 1367 718 662 650 591 458 437 178 61 56
MG 4144
RJ 4905
SP 11565
Gráfico 36 - Remetentes por unidade da Federação Gráfico 37 - Mensagens eletrônicas por assunto
* O quantitativo por Macrodescritor não corresponde ao número total das mensagens eletrônicas, devido ao fato de que cada uma pode
conter mais de um dos assuntos elencados.
PR ES I DÊ N CIA
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195 //
Os acervos documentais privados dos Presidentes da República integram o patrimônio cultural brasileiro e são declarados de interesse público. Com vistas a
resguardar esse patrimônio, o art. 5º da referida Lei estabelece o Sistema de Acervos Documentais Privados dos Presidentes da República, o qual é coordenado
pela CMPR. O Sistema é composto pelos seguintes membros natos: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu da República, Biblioteca
Nacional, Arquivo Nacional e pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica.
Os trabalhos da CMPR estiveram focados em discutir e elaborar os normativos e os documentos de apoio técnico necessários à execução
dos seus objetivos. Em março, foi realizada a primeira visita técnica em instituições de guarda de acervo presidencial privado;
Fundamental no que concerne à estratégia, o alinhamento de todos os membros a partir do incentivo do método colaborativo foi um dos
alcances percebidos pela CMPR. Nesse sentido, o comprometimento da equipe técnica resultou em trabalhos que, além de subsidiarem as
ações futuras, são importantes instrumentos para a execução de um planejamento eficiente de atividades; e
Das metas estabelecidas para 2020, foram interrompidas as discussões sobre a criação de rubrica orçamentária para a Comissão, bem como
as viagens (visitas técnicas) e as reuniões ordinárias da CMPR programadas, em razão da situação de estado de emergência de saúde pública
(Covid-19).
Dentre as importantes realizações da CMPR em 2020 destacam-se:
Visitas presenciais em dois museus detentores de acervos presidenciais privados na cidade de Itu (SP) em fevereiro;
Apresentação do relatório das visitas realizadas em Itu (SP);
Elaboração da política de acervos documentais presidenciais privados (prevista na Lei nº 8.394, de 30 de dezembro de 1991);
Produção de material informativo aos detentores de acervos;
Conclusão do manual de diagnóstico de acervos da CMPR;
Revisão e atualização do Termo de Adesão (previsto na Lei Gabinete Adjunto) visando sua adequação à Lei Geral de Proteção de Dados;
Apontamentos sobre a implicação da LGPD nos trabalhos da comissão;
Atualização de dados dos acervos presidenciais privados em instituições de guarda;
Triagem e organização da documentação física armazenada por gestões anteriores relativa ao histórico da CMPR; e
Continuidade das reuniões e trabalhos de forma remota dos grupos técnicos.
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196 //
Em conformidade com as orientações do Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, no que concerne à estratégia adotada por este Gabinete
Adjunto para atingir os objetivos e metas estabelecidos para o ano de 2020, com base nos resultados obtidos no ano anterior e com o foco direcionado para
o aprimoramento contínuo das rotinas internas, mesmo diante do enfrentamento dos obstáculos impostos pela pandemia de Covid-19, foram empreendidos
esforços para a maior eficiência na alocação dos recursos materiais e humanos disponíveis, com a finalidade de aperfeiçoar os processos internos de trabalho,
capacitar os servidores nos conhecimentos técnicos conforme as respectivas áreas de atuação, modernizar o atual sistema do acervo privado presidencial,
recompor e qualificar a força de trabalho existente, incrementar a estrutura física, sempre na perspectiva maior de cumprir as atribuições e competências
instituídas pela legislação vigente.
É importante destacar que, durante o período em que o regime de trabalho remoto foi estabelecido, os níveis de produção, quantitativa e qualitativamente,
foram mantidos, tendo havido, inclusive, um aumento discreto do número de correspondências dirigidas ao Presidente da República recebidas e tratadas
neste Gabinete Adjunto. A qualidade, o aprimoramento e as diversas melhorias nas rotinas de trabalho tiveram sempre como norte o atendimento às
demandas encaminhadas pelos cidadãos, bem como os procedimentos técnicos relacionados com a formação, preservação, conservação e organização do
acervo privado do Presidente da República. O alcance das metas e objetivos traçados, ainda em 2019, foram obtidos, em grande parte, graças à valorosa
contribuição da equipe técnica e de apoio administrativo do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, que atuou sempre com profissionalismo, ética e
espírito público.
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197 //
Os resultados obtidos por cada uma das áreas finalísticas do órgão seguem abaixo, relacionados aos objetivos pactuados no Planejamento Estratégico do
Gabinete de Segurança Institucional.
publicação do Decreto nº10.222, de 5/2/2020, que aprova a Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber) (OEs 2, 3, 4, 6, 7, 9 e 10);
publicação da IN GSI/PR nº 1, de 27 de maio de 2020, que dispõe sobre a Estrutura de Gestão da Segurança da Informação (SI) nos órgãos e
nas entidades da administração pública federal (OEs 1, 2, 3, 4, 6, 9 e 10);
publicação da IN GSI/PR nº 4, de 26 de março de 2020, com os requisitos mínimos de Segurança Cibernética que devem ser adotados no
estabelecimento das redes 5G (OEs 1, 2, 3, 8 e 10);
conclusão da elaboração da minuta de decreto para criação do Sistema Federal de Gestão de Incidentes Cibernético (OE 9);
conclusão da minuta de projeto de lei sobre a Política Nacional de Segurança Cibernética (OEs 1, 2, 3, 4, 6, 7, 9 e 10);
continuação dos trabalhos para implementação de ferramenta de compartilhamento de informações sobre incidentes cibernéticos entre
nações (OEs 9 e 14);
realização de reunião do Comitê Gestor da Segurança da Informação e estabelecimento, no âmbito deste, de um subcolegiado para tratar
da governança da segurança das plataformas de governo (OE 3);
elaboração de minutas para atualização de normativos próprios, atuação na melhoria de normativos de iniciativa de outros órgãos e
entidades e desenvolvimento de ações de sensibilização e conscientização quanto à segurança da informação (OEs de 1 a 12 e 14);
ampliação dos Acordos de Troca de Informação Classificada com países de interesse e de Memorandos de Entendimento sobre segurança
da informação com outros países e instituições nacionais (OEs 1 e 8);
conclusão da primeira fase do Plano de Esclarecimento Público sobre Segurança da Informação 2020-2022, com a definição de áreas
temáticas, assuntos e tópicos de segurança da informação necessários à conscientização pública e à educação sobre SI;
conclusão da proposta de aprimoramento do Decreto nº 9.637, de 26 de dezembro de 2018, que instituiu a Política Nacional de Segurança
da Informação (PNSI); e
conclusão das minutas de revisão e conversão, em 4 instruções normativas, de 9 normas complementares (nº 4, 5, 6, 8, 10, 11, 13, 15 e
21/IN01/DSIC/GSIPR) e da minuta de uma nova instrução normativa (uso seguro de dispositivos de Internet das Coisas – IoT), com vista à
publicação ao longo do primeiro semestre de 2021.
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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condução de uma campanha de esclarecimento no primeiro semestre e duas no segundo semestre, contribuindo para conscientizar o público
interno da Presidência da República da importância de medidas de segurança orgânica (OE 1);
desenvolvimento da documentação dos sistemas relativos à modernização dos aplicativos próprios da Secretaria de Segurança e
Coordenação Presidencial (OE 7);
emprego diário de 142 agentes de segurança (OE 9) na segurança pessoal de autoridades e na segurança de instalações;
aprimoramento da atividade de vídeo-monitoramento, com a atualização de software do atual sistema utilizado no Palácio do Planalto e
Anexos, o que gerou consideráveis ganhos de desempenho para essa sensível atividade (OE 9);
atualização dos Planos Escudo do Palácio do Planalto e das Residências Oficiais (OE 9);
informatização do sistema de controle de acesso aos Palácios da Alvorada e do Jaburu (OE 9);
atualização do Plano de Prevenção de Combate a Incêndio e Abandono (PPCIA) e realização de exercícios de abandono do Palácio do Planalto
e Anexos, com emprego de meios da Presidência da República e dos Órgãos de Segurança Pública do Distrito Federal (OE 9);
início da implantação de sistemas de proteção antidrones para os Palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu (OE 9);
execução com sucesso de 161 eventos e viagens nacionais coordenados pelo GSI/PR(OE 9);
execução com sucesso de 224 eventos no Distrito Federal coordenados pelo GSI/PR (OE 9);
execução com sucesso de outros seis eventos e viagens internacionais (OE 9), dentre os quais pode-se destacar: visita do Presidente
Bolsonaro a Nova Delhi, no 71º aniversário do Dia da República da Índia, e a visita ao Taj Mahal, em Agra; participação na Operação Regresso,
onde o Departamento de Coordenação de Viagens, Eventos e Cerimonial Militar auxiliou na repatriação de 34 brasileiros e familiares
estrangeiros que estavam na cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, totalizando, aproximadamente, 100 horas voadas, no período
de 5 a 9 de fevereiro, implicando em complexas medidas de coordenação e administrativas para a contratação de serviços de handling,
catering e despacho dos passageiros; e participação na missão humanitária com destino ao Líbano, em agosto, quando os militares do
Departamento de Coordenação de Viagens, Eventos e Cerimonial Militar decolaram de Guarulhos/SP para Beirute, acompanhando a comitiva
chefiada pelo ex-Presidente da República Michel Temer, e coordenaram o envio de cerca de seis toneladas de donativos àquele país;
preparo e execução de 15 eventos nos palácios presidenciais, por ocasião das cerimônias de hasteamento da Bandeira Nacional e reuniões
do Conselho de Governo, da apresentação de credenciais de novos embaixadores, da recepção a Ministros de Estado e a outras autoridades
de nações amigas (OE 9);
qualificação, especialização, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos, assegurando o eficiente desempenho de suas atividades
finalísticas, promovendo cursos, estágios de qualificação e de especialização, além de executar integralmente o programa de treinamento e
desenvolvimento de agentes de segurança (OE 12);
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oferta de diversos estágios de qualificação para servidores de outros órgãos, como Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Casas Militares
dos Estados, Polícia Militar do Distrito Federal e Ministério Público Militar do Distrito Federal (OE 12); e
realização de intercâmbio com os Estados Unidos da América sobre Unidades de Proteção (OE 12);
licitação, contratação e início da execução de construção do pavilhão multiuso da Presidência da República, que trará significativas melhorias
para a execução das atividades de capacitação e administração da segurança presidencial;
equacionamento da substituição dos condutores de veículos de segurança (CVS) que atingiram o tempo limite de permanência na Presidência
da República, com a intensificação das ações para a requisição de recursos humanos junto às Forças Armadas, a outros órgãos federais e
distritais, bem como a realização de estágios de qualificação para os novos CVS;
celebração do Termo de Execução Descentralizada nº 2/2020 – GSIPR, objetivando a aquisição de materiais e a disponibilização do sistema
de comunicações críticas em apoio às atividades de segurança presidencial, propiciando o uso de um sistema de comunicação rádio
troncalizado e de um sistema de 4G/LTE pelas equipes de segurança; e
início da desafetação da área lindeira da SCP para construção de um centro de treinamento físico para os agentes de segurança.
continuidade das atividades colegiadas do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro e do Comitê de Desenvolvimento do Programa
Nuclear Brasileiro (CDPNB) e subcolegiados (OE 3);
articulação com parlamentares da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 e da Frente Parlamentar da Medicina, para apoio à
tramitação e à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 517/2010 na Câmara dos Deputados, que amplia a flexibilização
do monopólio da União na produção de radiofármacos, e acompanhamento do requerimento de constituição de Comissão Especial para
analisar o mérito dessa PEC;
acompanhamento e apoio ao registro da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia Nuclear no Congresso Nacional;
execução de tratativas com o Ministério da Saúde para aprovação da Estratégia Nacional de Expansão da Medicina Nuclear;
continuidade de articulações que buscam alternativas orçamentárias para viabilizar os projetos estratégicos do setor nuclear: o Reator
Multipropósito Brasileiro (RMB), o Irradiador Multipropósito Brasileiro (IMB) e o Centro Nacional de Tecnologia Nuclear e Ambiental (Centena);
tramitação e assinatura pelo GSI/PR da Medida Provisória que cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), como medida
necessária à separação das competências regulatórias daquelas de promoção e fomento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
realização do Primeiro Diálogo com Investidores sobre Irradiadores de Alimentos, com apoio da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de
Investimentos do Ministério da Economia, com foco na avaliação de possibilidades de envolvimento do setor privado na construção e operação de
irradiadores multipropósito no Brasil, visando a abertura de novos mercados externos e alavancagem da exportação de produtos do agronegócio brasileiro;
aprovação, pelo CDPNB, de diretrizes e metas para viabilizar a dinamização da área regulatória para o desenvolvimento do setor nuclear
brasileiro, que serão publicadas por meio de resolução do GSI/PR;
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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continuidade das atividades colegiadas do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro e subcolegiados (OEs 3 e 10);
execução de atividades de articulação com atores da área espacial (OEs 1 e 5);
prospecção e mobilização de políticas de desenvolvimento e promoção da cidadania em Alcântara/MA;
reunião com representantes da indústria nacional;
visita do Secretário de Coordenação de Sistemas ao polo industrial espacial de São José dos Campos/SP, representando o Ministro de Estado
Chefe do GSI/PR; e
capacitação de servidores (OE 12).
realização de 176 reuniões com os Grupos Técnicos de Segurança de Infraestruturas Críticas da Câmara de Relações Exteriores e Defesa
Nacional (Creden) do Conselho de Governo, por meio das quais foram alcançados avanços na identificação das vulnerabilidades, ameaças e
oportunidades à segurança das infraestruturas críticas, a saber: transportes aéreo, terrestre e aquaviário, telecomunicações, serviços postais,
radiodifusão, barragens, abastecimento de água, energia elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis e finanças (OEs 2 e 3);
entrega à Creden do Relatório Geral das atividades desenvolvidas entre agosto de 2019 e julho de 2020, contendo o cumprimento de todas
as metas estabelecidas nas Resoluções nº 7, 8, 9, 10 e 11, de 21 de agosto de 2019, daquele colegiado (OE 3);
criação de 3 Grupos Técnicos relacionados à área de Biossegurança e Bioproteção (OE 3), no âmbito da Creden;
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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elaboração e publicação da Estratégia Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas (Decreto nº 10.569, de 9 de dezembro de 2020),
com base no trabalho desenvolvido em workshop que contou com a participação de representantes de órgãos e entidades de todos os
setores afetos ao tema (OEs 1 e 5);
realização do Seminário sobre Infraestruturas Críticas no formato de webinário, com a presença virtual de mais de 300 participantes;
entrega do Relatório de Recomendações de Segurança ao Presidente dos Correios;
realização de 31 visitas técnicas relacionadas aos trabalhos desenvolvidos pelos Grupos Técnicos de Segurança das Infraestruturas Críticas da Creden;
participação em 33 seminários/webinários relacionados aos trabalhos desenvolvidos pelos Grupos Técnicos de Segurança das Infraestruturas
Críticas da Creden; e
capacitação de servidores (OE 12).
A respeito da segurança de fronteiras, pode-se citar:
realização de 26 reuniões em cumprimento aos Planos de Ação do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) (OEs 2 e 3);
realização de quatro seminários no formato webinário, que buscaram estimular a troca de informações entre os diversos entes da sociedade
envolvidos com o tema, além de propor soluções para os problemas relacionados aos delitos transfronteiriços (OEs 1 e 5);
compartilhamento de recursos orçamentários oriundos de outros órgãos integrantes do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, a
fim de auxiliar na execução das diretrizes, dos objetivos e das medidas do PPIF, dispostas no Decreto nº 8.903, de 16/11/2016(OE 6);
continuação da implementação do Planejamento Estratégico do PPIF;
realização de 33 visitas técnicas relacionadas aos trabalhos desenvolvidos pelo PPIF;
participação em 12 seminários/webinários relacionados aos trabalhos desenvolvidos pelo PPIF;
criação do Grupo Técnico interministerial para elaboração da Política Nacional de Fronteiras (PNF), no âmbito da Creden (Portaria GSI/PR nº
74, de 27 de outubro de 2020);
articulação junto ao Ministério da Defesa para envolver os órgãos de segurança pública na Operação Conjunta Ágata Norte, desde a sua fase
de planejamento, de modo a proporcionar um melhor aproveitamento de recursos humanos e materiais;
aquisição do software Stratec, para a aprimorar a governança do PPIF por meio do gerenciamento de banco de dados composto de informações
relativas aos Planos de Ação do Programa, além de proporcionar o acompanhamento dos índices de desempenho de cada um deles; e
capacitação de servidores (OE 12).
Quanto aos resultados das ações desenvolvidas pela Agência Brasileira de Inteligência, seu detalhamento é considerado sigiloso, por conter dados sensíveis
com potenciais impactos no processo de proteção do conhecimento, conforme previsto no art. 9º-A da Lei no 9.883, de 7 de dezembro de 1999.
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202 //
Como unidade de assessoria direta ao Presidente da República, a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE) obteve como destaque os resultados
categorizados indicados a seguir.
Webinário sobre Defesa e Pandemia, no Centro Perry, Universidade de Defesa Nacional dos EUA, Washington, DC (palestrante): julho.
Coordenação do preenchimento do questionário do Peer Review da OCDE: de junho a outubro.
Participação em reunião com a OCDE: junho a julho.
Estudos
Expansão chinesa da tecnologia 5G/6G e o conflito comercial/geopolítico com os EUA sob a perspectiva dos interesses nacionais: de julho a novembro;
Estratégia Nacional para as Tecnologias Emergentes e Críticas do Congresso dos EUA: novembro;
Bioengenharia: novembro.
Recomendações do FMI para recuperação da economia pós pandemia Covid-19: de fevereiro a abril;
Saneamento básico no Brasil: um fator de desenvolvimento. Será transformado em webinário promovido pela SAE: de maio a novembro;
Detalhamento do Tema Estratégico Nacional – ECONOMIA: de abril a junho;
Detalhamento do Tema Estratégico Nacional – LOGÍSTICA: de maio a agosto.
Estudo de estratégias para a Amazônia Brasileira: março;
Estudo de estratégias para CTI no Brasil: março;
Estudo sobre o panorama da Saúde no Brasil: março;
Contribuições ao documento de referência do Programa Pró-Brasil: maio;
Avaliação de conjuntura para o Programa Pró-Brasil: de maio a junho;
Elementos para elaboração dos cenários para o Programa Pró-Brasil: junho;
Estudos para desenvolvimento de sistemas de informação para a DEE: junho;
Mini cenário para o Programa Pró-Brasil: julho;
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206 //
Levantamento dos Assuntos Estratégicos Nacionais Fase junto às 23 pastas setoriais da administração pública brasileira: junho;
Consolidação da fase I do projeto da Política Nacional: junho;
Deliberações do GT de planejamento para a tomada de decisão referente à formulação e gestão da Política Nacional: junho;
Análise do Programa de Acompanhamento Estratégico de Estado (PAEE): julho;
Consolidação de deliberações com relação ao planejamento da Política Nacional: setembro;
Proposta de estruturação e implementação de novas fases no projeto da Política Nacional: setembro;
Reunião do Comitê Assessor de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados (VERBPAC): outubro.
Artigo técnico: “Política Nacional de Desenvolvimento Equilibrado: O Resgate dos Objetivos Nacionais de Longo Prazo no Planejamento
Estratégico Brasileiro”: novembro;
Artigo técnico, “Sistemática para o Planejamento de Longo Prazo para o Brasil: Uma Questão Estratégica”: outubro.
Panoramas
Terrorismo e sua relação com o crime organizado e movimentos insurgentes atuais: junho;
Centro de Governo – OCDE: novembro;
Projetos Estratégicos
Assessoria Estratégica: de junho a dezembro;
Programa de Acompanhamento Estratégico de Estado: de maio a dezembro;
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207 //
Vice-Presidência da República
Tecnologia e Informática
Em 2020, foram adquiridos novos equipamentos de informática visando a renovação do parque tecnológico da VPR, tais como: computadores, notebooks e
tablets, bem como aquisição de licenças de software para atender as demandas das videoconferências, as quais se tornaram uma excelente solução de
conectividade entre pessoas, órgãos públicos e entidades nacionais e internacionais.
Com a pandemia de coronavírus em 2020 e a consequente restrição para realização de viagens, encontros e reuniões presenciais, a videoconferência se tornou
extremamente relevante e mobilizou parte importante dos servidores da VPR.
Outrossim, é importante destacar que a referida pandemia provocou um conjunto de ações imediatas e necessárias para manutenção, sem interrupção das
atividades da VPR, o que demandou um grande e louvável esforço, assim como empenho da equipe para se adaptar à nova realidade imposta pelas
circunstâncias.
Cabe ressaltar que a VPR faz parte do Comitê de Governança Digital da PR como membro efetivo e está inserida no Plano Estratégico de Tecnologia da
Informação e Comunicação (Petic) e ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (PDTIC), o que lhe proporciona a participação nas discussões
e decisões necessárias para a padronização de interesses tecnológicos e de infraestrutura destes dois órgãos públicos.
Patrimônio e Infraestrutura
Quanto a Gestão do Patrimônio, obteve-se resultados satisfatórios por meio da utilização do sistema informatizado do SIADS, que proporcionou um controle
efetivo dos bens existentes nesta VPR, além daqueles existentes no Palácio do Jaburu.
Em relação ao patrimônio imobiliário, esta VPR possui somente um imóvel que é o Palácio do Jaburu, residência oficial do Vice-Presidente da República.
Ressalta-se que o mesmo é tombado pelo patrimônio público da União. No exercício de 2020, foram realizadas diversas manutenções preventivas, estruturais
e reformas naquela residência, entre elas, a revitalização do “Caminho de Burle Marx”, readequação da edícula, sistema elétrico, hidráulico, dentre outras
necessidades de intervenções já identificadas por esta VPR e encaminhadas à PR.
No caso do almoxarifado, utilizou-se todas as funcionalidades do sistema de gestão “Almoxarifado virtual”, disponibilizado pelo Governo Federal para as
aquisições de materiais de consumo na administração pública, propiciando eficiência e economicidade a este tipo de despesa pública (ganho de escala).
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Licitações e Contratos
A Vice-Presidência da República (VPR) iniciou o ano de 2020 tendo como foco principal a manutenção e implementação de um planejamento de ações
complementares ao ano anterior, considerando a necessidade de atender as diversas demandas com o objetivo de manter a continuidade de suas atribuições
institucionais.
O planejamento das licitações e contratações foi realizado considerando-se a necessidade de atender às diversas demandas das áreas que compõem a
estrutura regimental da VPR, conforme disposto no Decreto nº 9.697/2019, vinculadas às ações prioritárias para a implementação e desenvolvimento das
atividades de trabalho.
Podemos citar ainda a criação do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), que passou a ser presidido pelo Vice-Presidente da República, agregando novas
rotinas e procedimentos, bem como, a entrada de novos colaboradores ao seu quadro funcional, exigindo assim a contratação de novos serviços e bens, entre
eles, passagens, diárias, mobiliário e equipamentos de informática.
Uma característica relevante do modelo de gestão da VPR é que muitas de suas atividades são compartilhadas ou dependentes da Presidência da República
(PR), fruto das peculiaridades de sua estrutura física e funcional, com a utilização de espaços e locais sob gestão da PR e competências legais que impõem
responsabilidades por determinadas atividades ou funções, motivo pelo qual, em certas situações, a VPR se vale dos serviços contratados pela PR.
Dentre esses serviços compartilhados, destacam-se os de limpeza, copeiragem, telefonia, jardinagem, postagem, outsourcing de impressão, manutenção
predial, manutenções diversas, dentre outros, cujos custos são reembolsados pela VPR àquela Presidência da República.
Importante destacar que, nos processos licitatórios realizados no ano de 2020, houve economia, quando comparamos o valor estimado inicialmente com o
valor efetivamente contratado. Nos pregões houve uma economia aos cofres públicos em torno de 21,4%, nas cotações de 26,3% e nas adesões de 35%,
conforme disposto abaixo:
Tabela 27 - Licitações VPR
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O Acórdão 588/2018 contempla deliberação do Plenário para “dar ciência deste levantamento ao Comitê Interministerial de Governança, constituído nos
termos dos arts. 7º a 12 do Decreto nº 9.203/2017, para que estude a possibilidade de inserir, em suas próximas reuniões, avaliações sobre o diagnóstico
realizado pelo TCU e suas implicações nas ações necessárias à implementação da Política de Governança Pública” (item 9.6.).
A partir do monitoramento do Acórdão do Índice Geral de Governança e Gestão IGG7, o Tribunal de Contas da União propôs a edição de lei ou decreto que
pudesse institucionalizar os avanços que se pretendiam com os diagnósticos sobre a realidade da governança pública brasileira. Assim, foi lançada no dia
22/11/2017 a Política de Governança Pública, pelo Decreto de Governança nº 9.203/2017 e encaminhado ao Congresso Nacional o Projeto de Lei nº
9.163/2017, a partir de minuta oferecida pelo TCU, que vem acompanhando, por anos, a evolução da capacidade de governança e gestão dos diversos órgãos
e entidades da administração pública federal.
Desde então, o Comitê Interministerial de Governança, cuja Secretaria-Executiva é exercida pela Secretaria-Executiva da Casa Civil, já aprovou os seguintes atos:
Resolução nº 1, de 24 de julho de 2019: estabelece medidas de governança dos investimentos plurianuais e institui Grupo de Trabalho para
Investimentos em Infraestrutura.
Portaria nº 764, de 6 de agosto de 2019: designa os membros para compor o Grupo de Trabalho para Investimentos em Infraestrutura, no
âmbito do Comitê Interministerial de Governança.
Resolução nº 2, de 29 de junho de 2020: estabelece o fluxo, os prazos e as obrigações relacionadas ao monitoramento das recomendações
e dos alertas exarados pelo Tribunal de Contas da União no âmbito dos Processos de Prestação de Contas do Presidente da República.
Resolução nº 3, de 1º de outubro de 2020: institui grupo de trabalho para o acompanhamento e avaliação dos resultados da Revisão por
Pares do Centro de Governo.
Portaria nº 243, de 13 de outubro de 2020: designação dos membros para compor o Grupo de Trabalho para o acompanhamento e avaliação
dos resultados da Revisão por Pares do Centro de Governo.
7 O índice integrado de governança e gestão (iGG) é composto pelos índices: i) governança pública (iGovPúb), ii) gestão de pessoas (GestaoPessoas), iii) gestão de TI (GestaoTI) e iv) gestão de
contratações (GestaoContrat). No Acórdão do IGG, o TCU recomendou à Casa Civil, CNJ e CNMP que elaborassem modelo de governança com princípios, estratégia, gestão de riscos, auditoria
interna, responsabilidade da liderança e do conselho (ou da autoridade supervisora).
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Ademais, o CIG acompanha a evolução da aplicação das suas recomendações e de outras iniciativas que buscam melhorar a governança. Esse acompanhamento
tem caráter estratégico – e não operacional –, já que ter uma visão geral da implementação da política de governança é necessário para garantir sua adequada
condução.
Em 2020 a participação do Ministro de Estado Chefe da Casa Civil no Comitê Interministerial de Governança contou com o efetivo apoio técnico da Secretaria
Especial de Relações Governamentais (Serg), conforme já destacado.8
No âmbito do Gabinete de Segurança Institucional foram promovidas, por exemplo, ações que promovem impacto no Índice Integrado de Governança Publica
(iGG) do órgão.
No que se refere à Governança e à Gestão da Tecnologia da Informações e Comunicações (TIC), foi instituído o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de
Incidentes de Rede (CTIR), por intermédio da Portaria SPG/Abin/GSI/PR nº 15, de 16 de julho de 2020. Ademais, passou-se a utilizar o OpenProject para
realização do acompanhamento dos projetos de TIC.
Mediante a Portaria GAB/DG/Abin/GSI/PR nº 501, de 19 de agosto de 2020, foi aprovada a Política de Gestão de Pessoas da Abin. A Política em referência
estabeleceu os seguintes objetivos: apresentar diretrizes destinadas a orientar ações voltadas para a gestão de pessoas; orientar a atuação dos gestores na
condução das equipes de trabalho de maneira uniforme; assegurar um modelo de Gestão de Pessoas que valorize e estimule o desenvolvimento das
competências dos agentes públicos e propiciar um ambiente organizacional favorável ao desenvolvimento das práticas desejadas e à motivação das pessoas,
levando-as a contribuírem e a se comprometerem com a excelência do desempenho e dos resultados organizacionais.
Ressalta-se, finalmente, que foram realizadas melhorias nos processos formalizados para aquisições de bens e serviços, por intermédio de adequações em
procedimentos internos em observância às determinações dos órgãos de controle e às boas práticas de gestão das contratações. Envida-se, desta forma,
esforços no sentido de fortalecer a observância aos princípios da economicidade, da eficiência, da eficácia e da efetividade na realização dos gastos públicos.
O GSI/PR segue analisando a adequabilidade dos indicadores levantados ao trabalho realizado na Pasta, como forma de aprimorar sua governança e gestão
pública.
8 Competências da Serg foram atualizadas em 2020 pelos decretos nos 10.205, de 22 de janeiro de 2020, 10.372, de 25 de maio de 2020, e 10.400, de 16 de junho de 2020.
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Os atos normativos propostos pelos órgãos integrantes da Presidência da República e direcionados ao Presidente, têm, por força do Decreto nº 9.982/2019,
que se submeter à análise da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral, a quem compete prestar assessoria e consultoria jurídicas no âmbito dos
órgãos da Presidência da República e da Vice-Presidência da República. Os números e intervenções resultantes da ação do controle de legalidade realizado
pela SAJ já consta registrado no presente relatório.
Tratando mais diretamente dos recursos públicos, dado que os órgãos integrantes da Presidência da República não são Unidades Gestoras (UG) plenas, os atos
passam por dupla checagem, valendo-se de linhas de defesa externas às Pastas. Nesse sentido, os atos, processos e procedimentos que dizem respeito às
áreas de orçamento e finanças, pessoal, tecnologia da informação e logística são remetidos à Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da
Presidência da República para controle, avaliação e verificação de conformidade. Essa unidade é responsável por planejar, coordenar, supervisionar, dirigir e
controlar as atividades administrativas da Presidência da República.
Por outro lado, atuando no nível da terceira linha de defesa, está a Secretaria de Controle Interno da Secretária-Geral da Presidência da República, no exercício
das atividades de órgão setorial do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal e de unidade seccional do Sistema de Correição do Poder Executivo
federal, bem como no exercício das atividades de unidade de Ouvidoria. A CISET, pois, realiza a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial dos órgãos integrantes da Presidência da República e da Vice-Presidência da República. Há uma exceção para a Agência Brasileira de Inteligência
(Abin), cuja competência para sua correição cabe à Corregedoria-Geral (Coger) do próprio órgão que atua sob a supervisão técnica da Controladoria-Geral da
União (CGU), órgão central do Sistema de Controle Interno.
Assim, a Secretaria de Controle Interno é responsável por operacionalizar ações independentes e objetivas de avaliação e consultoria, desenhadas para
adicionar valor e melhorar as operações das organizações. As iniciativas fornecem posicionamentos sobre a eficácia dos processos de governança,
gerenciamento de riscos e estruturas de controle interno, como também auxiliam as unidades por meio de atividades de assessoramento, aconselhamento e
treinamento.
O trabalho da auditoria, em 2020, foi realizado em cumprimento às normas aprovadas pelo Tribunal de Contas da União que regem as diretrizes para o
julgamento das contas das unidades selecionadas para avaliação referente ao exercício de 2019.
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O escopo dos exames abrangeu as seguintes áreas: gestão de pessoas; gestão de compras e contratações; gestão das transferências; gestão de bens móveis;
e confiabilidade das demonstrações contábeis.
Sobre o programa/trilhas de auditabilidade, nos termos do § 6º, art. 9º, IN TCU 84/2020, destaque-se que a CISET presta apoio quando solicitado pelos gestores
ou quando determinado pelo TCU. No decorrer de 2020, não houve solicitação para o desenvolvimento dessas ações. Cumpre esclarecer que a CISET, como
órgão de controle interno, pode ser consultada pelos gestores para prestar apoio no desenvolvimento das trilhas de auditabilidade.
A Auditoria Anual de Contas visou instruir o processo de prestação de contas, que será submetido ao julgamento do Tribunal de Contas da União, nos termos
da Decisão Normativa TCU nº 180, de 11 de dezembro de 2019.
O Relatório de Auditoria foi elaborado, em 2020, referente ao ano de 2019, sob a forma de relatório integrado, que visa dar mais transparência e coesão ao
texto, tendo sido entregue (Processo nº 00010.000842/2020-02), conforme Certificado de Auditoria constante do ANEXO II. Além de utilizar uma linguagem
mais clara e objetiva, o relatório também recebeu tratamento visual adequado, formato moderno e linguagem técnica, precisa e imparcial.
Auditoria
Das ações de auditoria realizadas em 2020, destacam-se os seguintes resultados:
Avaliação da Prestação de Contas, referente ao exercício de 2019 – unidades auditadas: Advocacia-Geral da União (AGU) e Presidência da República
(processo supervisionado pela Secretaria-Geral, abrangendo os seguintes órgãos SEAS/SeGov, SECOM/SeGov, SA/SG, Imprensa Nacional/SG, GSI
e Abin/GSI).
Análise do Processo e-TCE nº 2179/2019, envolvendo o montante de R$ 137.155.642,97 – processo instaurado para apurar a ocorrência de danos
ao erário em função de pagamento irregular de gratificações aos servidores da Imprensa Nacional.
Asseguração de conformidade de 31 editais de compras e de contratações no montante de aproximadamente R$ 100 milhões – ação que
compreende a avaliação de atendimento a critérios específicos previstos em lei.
Asseguração de conformidade de 966 atos de admissões, aposentadorias e pensões – além de 179 diligências aos gestores para ajustes nos
processos.
Desenvolvimento de Trilha sobre Cálculo de Anuênios para aposentadorias – com identificação de 72 inconsistências.
Revisão da Instrução Normativa CISET nº 1/2012 sobre ressarcimento de despesas com transporte da Comitiva Presidencial em eventos eleitorais
– ainda pendente de publicação.
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Avaliação da conformidade e desempenho da gestão, para subsidiar o TCU no julgamento anual das contas (Exercício 2018) – com certificação de
cinco Unidades (Controladoria-Geral da União, Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro, Empresa Brasil de Comunicação, Secretaria-
Geral e Secretaria de Governo).
Resposta à consulta da Secretaria Especial de Comunicação da Secretaria de Governo (Secom/SeGov) – consulta sobre a Audiência Pública para o
novo edital de contratação de serviços de publicidade.
Ação permanente de monitoramento das recomendações – de forma a acompanhar a situação das recomendações pendentes oriundas de
trabalhos de auditoria.
Para melhor exercer sua competência correcional, a Secretaria de Controle Interno normatizou, em dispositivo único, a atividade correcional no âmbito da
Presidência da República e da Vice-Presidência da República, por meio da Portaria CISET/SGPR nº 6, de 7 de agosto de 2020, publicada no DOU de 10 de agosto
de 2020. Essa nova norma trouxe atualizações e inovações à portaria anterior (Portaria nº 60, de 20 de novembro de 2017), adequando seus dispositivos à
legislação vigente.
Entre as inovações importantes trazidas, destaca-se a atual estratégia de atuação da Corregedoria, que passou a concentrar a instauração e condução de
procedimentos contraditórios no âmbito dos órgãos da Presidência da República e da Vice-Presidência da República, a fim de trazer maior especialização à
atividade, haja vista sua condição de unidade específica de correição.
Quanto às alterações, merece destaque o advento do novo procedimento correcional de Investigação Preliminar Sumária (IPS), instituído pela Instrução
Normativa CGU nº 8, publicada em 26 de fevereiro de 2020, que tem em vista desburocratizar a atividade de investigação correcional. Ainda sobre a nova
norma, esta prevê a utilização da Matriz de Investigação, que tem o intuito de imprimir mais organização, celeridade e eficiência às investigações realizadas
pela Corregedoria.
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Ademais, insta destacar a atualização do instrumento correcional de natureza consensual, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que passou a ser cabível
para infrações correcionais de menor potencial ofensivo sujeitas à penalidade de suspensão de até 30 dias, além daquelas sujeitas à pena de advertência, para
a qual já era cabível a celebração de TAC.
Ainda em 2020, a Corregedoria da Presidência da República e a Atividade Correcional (CORPR) elaborou o Guia de Orientação Correcional aprovado por meio
da Portaria CISET nº 7, de 10 de agosto de 2020, a fim de: fortalecer a atividade correcional a cargo da Corregedoria da Presidência da República; aproximar
suas ações dos agentes públicos da PR; difundir sua missão institucional; e ressaltar o importante papel desempenhado na prevenção, detecção e punição de
infrações administrativas, contribuindo, dessa forma, para o fortalecimento da integridade institucional. O Relatório 2020 da Corregedoria da CISET consta no
ANEXO I.
Ouvidoria
Entre os resultados obtidos pela a Ouvidoria da Presidência da República, destacam-se:
0 1546
Satisfação do usuário – a OUVPR apresentou, em 2019, satisfação de 66,3% dos 2018 2019 2020
usuários. Em 2020, esse índice passou para 83%, o que demonstra o sucesso da
Gráfico 38 - Manifestações Ouvidoria
unidade na busca pela melhoria do atendimento ao cidadão.
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Total 89
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Ética Pública
Gráfico 39 - Fórum Virtual Rede de Ética do Poder Executivo Federal: Visitação (quantitativos por semana)
Incorporada em 2020 na estrutura da CISET, a Secretaria-Executiva da
Comissão de Ética Pública obteve expressivos resultados, tais como:
Gráfico 41 - Fórum Virtual Rede de Ética do Poder Executivo Federal: Postagens (quantitativos por semana)
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Elaboração de Curso EAD sobre Introdução à Gestão e Apuração da Ética Pública, em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) – lançado
em outubro de 2020, de forma permanente e gratuita. Em consulta ao site da Escola Virtual de Governo (EVG) da Enap
(https://emnumeros.escolavirtual.gov.br/alunos/), identificam-se os seguintes dados e resultados durante o exercício de 2020:
Promoção de curso de gestão e apuração da ética pública (níveis básico e avançado) – os cursos
foram elaborados em parceria com a Fundação Escola Nacional de Administração Pública (ENAP),
em diferentes turmas, sendo 3 para o nível avançado e 5 para o nível básico, resultando na
emissão de 258 certificados de conclusão.
Proposta para alteração do Código de Conduta da Alta Administração Federal (última edição –
2014) – criação de grupo de trabalho interministerial com objetivo de elaborar proposta de
revisão do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo federal e do
Código de Conduta da Alta Administração Federal.
Gráfico 43 - Aproveitamento do curso Introdução à Gestão e Apuração da
Ética Pública (EaD) em 2020
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 4 GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO
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Realização do XXI Seminário Internacional de Ética na Gestão – evento anual que visa compartilhar as experiências e instrumentos para a disseminação da ética no Poder
Executivo federal, e avaliar as ações de gestão da ética na administração pública. Contou com 757 agentes públicos inscritos, além daqueles que participaram sem inscrição.
Realização do VI Concurso de Boas Práticas – criado com o intuito de premiar as iniciativas em educação para a ética. Na 6ª edição do concurso, os participantes
puderam concorrer em duas categorias: A) instituições pertencentes à Administração Direta, universidades federais e institutos federais de ensino; e B) empresas estatais
e demais autarquias e fundações públicas federais. Ao todo, foram 16 projetos inscritos por 15 instituições diferentes, sendo vitoriosas as práticas do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais/IF SUDESTE MG, na categoria A e também das Furnas Centrais Elétricas SA, na categoria B.
Atendimento a consultas de Conflito de Interesses – no ano de 2020, tramitaram na Secep 317 processos de
consulta de conflito de interesses, dos quais 260 foram encerrados e 57 encontram-se em trâmite. Desse total,
destacam-se 242 consultas formuladas por autoridades da alta administração pública federal sendo que 199
restaram julgadas pelo colegiado da CEP, nos seguintes termos: 32 consultas sobre conflito de interesses com
quarentenas aplicadas; 114 consultas a respeito de conflito de interesses após saída do cargo ou emprego
público pela inexistência do conflito; 40 consultas acerca de conflito de interesses no exercício do cargo ou
emprego público pela inexistência do conflito; e 13 consultas com relação a conflito de interesses no exercício
do cargo ou emprego público pela existência do conflito
Análise de Declarações Confidenciais de Informações – a CEP recebeu, até 30 de dezembro de 2020, 1.340
Declarações Confidenciais de Informações e analisou 1.187, considerando as recebidas e o estoque, das quais 826
Gráfico 44 - Minutas de votos julgados foram julgadas pela CEP.
Análise de denúncias éticas – no período de 1º de janeiro de 2020 a 30 de dezembro de 2020, a Secep instaurou 407 processos a partir de denúncias, dos quais
125 foram julgados. Entre esses últimos, incluídas as decisões monocráticas proferidas em casos de arquivamento por incompetência ou por ausência de
indícios mínimos de autoria e materialidade, foram obtidos os seguintes números: 4 resultaram na aplicação de penalidade de censura ética; 1 resultou na
aplicação de advertência; 10 resultaram em instauração de processo; e 110 resultaram em arquivamento.
Atendimento a consultas sobre o Sistema de Gestão da Ética Pública – em 2020, a Secep realizou atividades voltadas ao fomento do Sistema de Gestão da Ética
do Poder Executivo federal, tendo recebido 169 consultas relativas ao Sistema, entre as quais: 22 foram respondidas por meio de 15 votos julgados pela CEP;
126 foram respondidas diretamente pela Secep, com base nos precedentes do Colegiado.
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DECLARAÇÃO DO CONTADOR
A Coordenação-Geral de Contabilidade e Custos (CGCONT) foi criada pelo Decreto nº 9.038, de 26 de abril de 2017, que definiu a composição da Secretaria-
Geral (recriada pela Medida Provisória nº 768-2017). Esta Coordenação compõe a estrutura da Diretoria de Planejamento, Orçamento, Finanças e
Contabilidade da Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República, que exerce a função de órgão setorial dos Sistemas
de Contabilidade do Governo Federal.
Criada a partir da antiga Coordenação de Auditoria e Contabilidade da Secretaria de Governo, a CGCONT foi concebida para atender as necessidades de
segregação de funções e para dar maior autonomia no desempenho de suas funções estabelecidas no art. 29 da Portaria SGPR nº 7/2018 (Aprova o
Regimento Interno da Secretaria-Geral da Presidência da República).
O escopo desta declaração considera as Demonstrações Contábeis ora apresentadas, que abrangem os órgãos não superiores 20101 - Presidência da
República, 20116 - Imprensa Nacional e 60000 - Gabinete da Vice-Presidência.
Tais demonstrações foram elaboradas a partir do agrupamento simples das demonstrações dos órgãos supracitados, conforme Anexo I à Decisão Normativa
TCU nº 187, de 9 de setembro de 2020, que determinou, no âmbito da Presidência da República e da Vice-Presidência da República, considerar uma única
Unidade Prestadora de Contas (UPC) para Administração Direta.
Esta UPC, denominada Órgãos da Presidência da República, é composta pela Casa Civil (CC/PR), pela Secretaria de Governo (SeGov), pela Secretaria-Geral
(SGPR), pelo Gabinete Pessoal do Presidente da República (GP/PR), pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI/PR), pela Autoridade Nacional de
Proteção de Dados Pessoais (ANPD) e pela Vice-Presidência da República (VPR).
As Demonstrações Contábeis a seguir apresentadas são: o Balanço Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, o Balanço Orçamentário, o
Balanço Financeiro e a Demonstração dos Fluxos de Caixa; e foram elaboradas em consonância com a Lei nº 4.320/1964, a Lei Complementar nº 101/2001
(Lei de Responsabilidade Fiscal), as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP), o Manual Siafi e o Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 8ª Edição (MCASP).
A conformidade contábil das demonstrações contábeis é realizada pela CGCONT, de acordo com as normas vigentes e procedimentos estabelecidos no
Manual Siafi, visando assegurar as características qualitativas das informações constantes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal (Siafi), tais como a relevância, a fidedignidade e a comparabilidade, tendo apresentado as seguintes ressalvas:
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a) Créditos a Curto Prazo (Clientes): Os direitos a receber relativos às publicações e serviços gráficos não estão devidamente reconhecidos
e evidenciados na contabilidade da Imprensa Nacional em função de melhorias que estão sendo implementadas no sistema de controle
do faturamento;
b) Termo de Execução Descentralizada (TED): A Secretaria do Tesouro Nacional, por meio da Mensagem Siafi nº 2019/0204238, de 30 de
janeiro de 2019, alterou a rotina de contabilização dos Termos de Execução Descentralizada (TED). Com isso, as contas Adiantamento -
Termo Execução Descentralizada - TED e Transferências Financeiras a Comprovar - TED apresentam saldos relativos a Termos de Execução
Descentralizada – TED, cuja vigência encontra-se expirada, dos quais não se tem comprovação da execução e/ou devolução dos saldos
não utilizados pela unidade recebedora, conforme orienta a Macrofunção Siafi 020307 – Transferências Voluntárias.
DECLARAÇÃO
Considerando os aspectos supracitados, DECLARO que as informações constantes das Demonstrações Contábeis (Balanço
Patrimonial, Demonstração das Variações Patrimoniais, Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Demonstração dos
Fluxos de Caixa e Notas Explicativas), regidas pela Lei nº 4.320/1964, pelas Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas
Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) e pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), relativas ao
exercício de 2020, refletem, nos seus aspectos mais relevantes, a situação orçamentária, financeira e patrimonial da
Presidência da República, EXCETO no que tange às ressalvas apresentadas.
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Balanço Patrimonial
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Fonte: Siafi
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Balanço Orçamentário
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Balanço Financeiro
Tabela 37 - Balanço financeiro
Em Reais
Especificação NE 2020 2019
Ingressos 27.009.814.884,60 28.016.321.313,63
Receitas Orçamentárias 3.586.811.657,83 3.424.971.128,70
Ordinárias 1.509,02 -
Vinculadas 3.587.094.080,23 3.425.105.687,85
(-) Deduções da Receita Orçamentária -283.931,42 -134.559,15
Transferências Financeiras Recebidas 23.140.984.875,50 24.278.730.688,81
Resultantes da Execução Orçamentária 22.556.532.957,24 22.363.373.281,97
Independentes da Execução Orçamentária 584.451.918,26 1.915.357.406,84
Recebimentos Extraorçamentários 282.018.351,27 312.619.496,12
Inscrição dos Restos a Pagar Processados 53.899.043,19 57.396.973,28
Inscrição dos Restos a Pagar Não Processados 223.048.501,22 245.674.771,92
Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados 1.502.586,33 4.137.758,36
Outros Recebimentos Extraorçamentários 3.568.220,53 5.409.992,56
Saldo do Exercício Anterior 37.500.351.223,15 25.920.560.301,35
Caixa e Equivalentes de Caixa 37.500.351.223,15 25.920.560.301,35
Total (Ingressos + Saldo Exerc. Anterior) 64.510.166.107,75 53.936.881.614,98
Dispêndios 16.809.678.178,79 16.436.530.391,83
Despesas Orçamentárias 1.357.518.981,64 1.414.220.484,60
Ordinárias 861.959.090,78 1.094.666.857,74
Vinculadas 495.559.890,86 319.553.626,86
Transferências Financeiras Concedidas 15.178.631.489,61 13.871.077.966,38
Resultantes da Execução Orçamentária 14.043.873.200,69 11.909.236.836,78
Independentes da Execução Orçamentária 1.134.758.288,92 1.961.841.129,60
Despesas Extraorçamentárias 273.527.707,54 1.151.231.940,85
Pagamento dos Restos a Pagar Processados 55.226.334,58 52.226.402,63
Pagamento dos Restos a Pagar Não Processados 216.484.836,85 1.091.121.162,31
Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados 1.529.237,63 4.460.413,20
Outros Pagamentos Extraorçamentários 287.298,48 3.423.962,71
Saldo para o Exercício Seguinte 47.700.487.928,96 37.500.351.223,15
Caixa e Equivalentes de Caixa 47.700.487.928,96 37.500.351.223,15
Total (Dispêndios + Saldo Exerc. Seguinte) 64.510.166.107,75 53.936.881.614,98
Fonte: Siafi
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Fonte: Siafi
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O Subgrupo Caixa e Equivalentes de Caixa representa o montante de recursos disponíveis, sem restrições para uso imediato, para aplicação nas operações
da Presidência da República. Do total, 95,69% refere-se aos recursos do Fundo Social.
Desconsiderando o valor do Fundo Social, o saldo do subgrupo Caixa e Equivalentes de Caixa das demais unidades em 2020 restringiu-se ao valor dos
recursos liberados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), isto é, ao Limite de Saque da Conta Única do Tesouro (97,49%).
A conta Limite de Saque com Vinculação de Pagamento - Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (OFSS) registra o valor do limite de saque da conta única
do ente federativo ou da conta única institucional do INSS, estabelecido pelo órgão central de programação financeira, para atender a despesas com
vinculação de pagamento de órgãos pertencentes ao orçamento fiscal e da seguridade social (OFSS).
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230 //
Para essa adequação, em 2020, o saldo do subgrupo Demais Créditos e Valores a Curto Prazo teve seus valores incorporados ao subgrupo Créditos a Curto
Prazo. Essa alteração de agrupamento contemplou apenas a Demonstração Contábil emitida por meio do SIAFIWeb (transação Consultar Demonstrações
Contábeis – CONDEMCON), não estando refletida na estrutura do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP).
Sendo assim, a variação percebida entre os anos 2019 e 2020 nos subgrupos Créditos a Curto Prazo e Demais Créditos e Valores a Curto Prazo decorre desse
ajuste na estrutura da Demonstração Contábil.
Analisando o subgrupo Demais Créditos e Valores a Curto Prazo, à luz do PCASP, não houve variação relevante nos valores registrados nos exercícios de 2019 e 2020.
Tabela 42 - Demais créditos e valores a curto prazo
Em Reais
2020 2019 AH (%)
Demais Créditos e Valores a Curto Prazo 348.266.938,64 361.284.995,04 -3,60%
Nota 02.1 – Créditos a Curto Prazo: Demais Créditos e Valores a Curto Prazo
Com a alteração na estrutura do Balanço Patrimonial, o montante do subgrupo Créditos a Curto Prazo passou a contemplar o saldo dos adiantamentos feitos
em decorrência dos Termos de Execução Descentralizada.
Tabela 43 - Créditos a Curto Prazo contemplando o saldo dos adiantamentos feitos em decorrência dos Termos de Execução Descentralizada.
Em Reais
Demais Créditos e Valores a Curto Prazo 2020 AV (%) 2019 AH (%)
Adiantamento - Termo de Execução Descentralizada 260.654.602,32 74,84% 296.283.825,27 -12,03%
Outros Créditos e Valores a Curto Prazo 87.612.336,32 25,16% 65.001.169,77 34,79%
Total 348.266.938,64 361.284.995,04 -3,60%
Fonte: Tesouro Gerencial
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Em janeiro/2019, a Coordenação-Geral de Contabilidade da União – CCONT/STN informou, por meio da Mensagem Siafi nº 2019/0204238, de 30/01/19, a
alteração da rotina de contabilização dos Termos de Execução Descentralizada (TED) a partir do exercício de 2019.
Nesta nova rotina, quando houver recursos pendentes de comprovação, a UG descentralizadora irá apropriar o direito na conta 11382.38.00 - Adiantamento
– Termo Execução Descentralizada e a UG recebedora registrará a obrigação na conta 21892.06.00 – Transferências Financeiras a Comprovar - TED.
Nota 03 – Imobilizado
O Imobilizado refere-se aos bens tangíveis destinados à manutenção ou exercício da finalidade da Presidência da República e se divide em Bens Móveis e
Bens Imóveis. Nesse subgrupo existe ainda a Depreciação/Amortização/Exaustão Acumulada que compreende a diminuição do valor dos elementos do Ativo
Imobilizado devido ao desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência.
Tabela 45 - Imobilizado
Em Reais
Imobilizado 2020 AV (%) 2019 AH (%)
Bens Móveis 404.339.650,17 56,40% 606.271.640,09 -33,31%
Bens Imóveis 457.875.067,60 63,87% 468.665.435,55 -2,30%
Depreciação/Amortização/Exaustão Acumulada -145.293.465,75 -20,27% -75.645.359,11 92,07%
716.923.272,02 999.293.735,53 -28,26%
Fonte: Tesouro Gerencial
Em Bens Móveis houve uma redução de 33,31% (R$ 201.931.989,92). Essa variação deve-se à redução de R$ 229.853.097,87 na conta contábil Bens em
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A redução de R$ 229.853.097,87 na conta contábil Bens em Poder de Outra Unidade ou Terceiros ocorreu tendo em vista a publicação no Manual Siafi da
nova versão da Macrofunção 021134 - Movimentação e Alienação de Bens, em 20 de janeiro de 2020. Essa alteração foi realizada visando implementar
novas diretrizes prescritas pela Instrução de Procedimento Contábil IPC 12 - Contabilização de Transferências de Bens Móveis e Imóveis. Sendo assim, foi
feito o desreconhecimento (baixa) do saldo da conta contábil Bens em Poder de Outra Unidade ou Terceiros em janeiro de 2020 da Unidade Gestora
Executora Gabinete de Intervenção Federal Rio de Janeiro.
Com a baixa do saldo dessa conta contábil, o Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro passou a registrar o controle desses bens até sua efetiva
doação na conta de controle 89711.09.00 - Cessão de Uso - Bens Cedidos.
Além disso, devido à implantação do Sistema Siads - Sistema Integrado de Administração de Serviços em 2019, foram feitos lançamentos de baixa da
depreciação na Unidade Gestora Executora 110001 - Secretaria Especial de Administração/PR. Em 2020, ainda em decorrência da implantação do Siads,
foram realizados lançamentos de ajuste no valor de depreciação dos bens móveis a fim de adequar seu valor líquido contábil.
De acordo com o §1º do artigo 1º da Portaria nº 385, de 28 de novembro de 2018, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, que instituiu
o Sistema Integrado de Gestão Patrimonial (Siads):
§ 1º O Siads é ferramenta que se destina à informatização e à operacionalização do gerenciamento e controle dos acervos de bens móveis,
permanentes e de consumo, de bens intangíveis e frota de veículos, com a finalidade de viabilizar o reconhecimento periódico da depreciação e
da amortização desses bens, realizar o inventário eletrônico e ampliar a automação do registro contábil, possibilitando que o ato e fato das ações
administrativas sejam registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), de forma on-line.
Essa ferramenta é uma solução desenvolvida pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), sob gestão da Secretaria do Tesouro
Nacional (STN), que, por estar integrada ao Siafi, permite o registro e o cálculo automático da depreciação dos bens móveis. Com isso, tem-se
uma representação patrimonial mais fidedigna da situação dos bens móveis.
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Em janeiro/2019, a Coordenação-Geral de Contabilidade da União (CCONT/STN) informou, por meio da Mensagem Siafi nº 2019/0204238, de 30/01/19, a
alteração da rotina de contabilização dos Termos de Execução Descentralizada a partir do exercício de 2019.
Nessa nova rotina, quando houver recursos pendentes de comprovação, a UG descentralizadora irá apropriar o direito na conta 11382.38.00 - Adiantamento
– Termo Execução Descentralizada e a UG recebedora registrará a obrigação na conta 21892.06.00 – Transferências Financeiras a Comprovar - TED.
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Tanto nas transferências recebidas quanto nas concedidas, predominam aquelas destinada à execução orçamentária.
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O valor de movimentação de Saldos Patrimoniais refere-se ao montante arrecadado diretamente pelo Fundo Social, referente às receitas de comercialização
de Petróleo, de Gás Natural e de outros Hidrocarbonetos Fluidos da União destinadas ao Fundo Social de acordo com o art. 49, inciso III, da Lei nº 12.351,
de 22 de dezembro de 2010 e art. 2º, inciso III, da Lei nº 12.858, de 9 de setembro de 2013.
Conforme estabelecido no art. 16-C da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) é constituído por
dotações orçamentárias da União em ano eleitoral e “o Tesouro Nacional depositará os recursos no Banco do Brasil, em conta especial à disposição do
Tribunal Superior Eleitoral, até o primeiro dia útil do mês de junho do ano do pleito”.
Diante disso, a Presidência da República recebe os recursos referentes ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) da Secretaria do Tesouro
Nacional, transfere-os por meio de sub-repasse para a unidade gestora executora Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que faz o repasse
para a o Tribunal Superior Eleitoral.
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O Resultado Patrimonial do Exercício é, quase integralmente, decorrente das variações patrimoniais do Fundo Social que, em 2020, apresentou um resultado
13,19% menor que no ano anterior.
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Tendo em vista que o item 1 da NBC TSP 13 – Apresentação de Informações Orçamentárias nas Demonstrações Contábeis, exige que a divulgação das
razões das diferenças materiais entre os valores realizados e orçados, optou-se por gerar a informações relativas à receita orçamentária a partir dos órgãos
orçamentários que compõem a Unidade Prestadora de Contas (20101 – Presidência da República, 20116 – Imprensa Nacional e 60000 – Gabinete da Vice-
Presidência).
Optando por gerar as receitas arrecadadas no órgão da Unidade Gestora Executora, informações a partir do órgão orçamentário (visão orçamentária), abstém-
se da restrição de órgão executor, e se apresenta a totalidade da execução orçamentária referente aos órgãos que compõem a Unidade Prestadora de Contas.
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Também constitui o FS a remuneração dos depósitos bancários do Fundo como Receita Patrimonial de Valores Mobiliários e a Receita Industrial advinda da
comercialização do petróleo, do gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos da União, conforme previsto no art. 46 da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro
de 2010.
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Até o momento, o Fundo Social não foi regulamentado e o Comitê de Gestão Financeira do Fundo Social (CGFFS) não foi constituído, impossibilitando,
assim, a utilização dos recursos em suas finalidades e objetivos.
O Balanço Orçamentário apresenta economia na execução das despesas de 90,29% (R$ 12.628.319.363,36). No entanto, desconsiderando a Dotação
relativa ao Fundo Social devido a impossibilidade de execução, essa economia reduz para 62,81% (R$ 2.292.894.149,36).
A elevada economia na execução das despesas apresentada se deve ao fato de o Balanço Orçamentário ter sido gerado a partir dos órgãos das Unidades
Gestoras Executoras que compõem a Unidade Prestadora de Contas (20101 – Presidência da República, 20116 – Imprensa Nacional e 60000 – Gabinete da
Vice-Presidência). Sendo assim, o montante de Despesas Empenhadas reflete apenas os dados do órgão executor. No entanto, os montantes de dotação
abrangem tanto os valores a serem executados nos órgãos que compõem a Unidade Prestadora de Contas (execução centralizada) quanto aqueles a serem
executados em outros órgãos da administração pública federal (execução descentralizada).
Tendo em vista que o item 1 da NBC TSP 13 – Apresentação de Informações Orçamentárias nas Demonstrações Contábeis, exige que a divulgação das razões
das diferenças materiais entre os valores realizados e orçados, optou-se por gerar a informações relativas à despesa orçamentária a partir dos órgãos
orçamentários que compõem a Unidade Prestadora de Contas (20101 – Presidência da República, 20116 – Imprensa Nacional e 60000 – Gabinete da Vice-
Presidência).
Optando por gerar as informações a partir do órgão orçamentário (visão orçamentária), abstém-se da restrição de órgão executor, e se apresenta a totalidade
da execução orçamentária referente aos órgãos que compõem a Unidade Prestadora de Contas.
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Ainda desconsiderando a dotação relativa ao Fundo Social e, analisando a despesa sob a visão orçamentária, observa-se que a execução da Presidência da
República é realizada predominantemente no exercício vigente, não gerando elevados montantes de Restos a Pagar.
Tabela 61 - Execução da Presidência da República
Em Reais
Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas
Despesas Orçamentárias Dotação Atualizada
R$ % R$ % R$ %
Despesas Correntes 3.573.552.523,00 3.535.644.184,56 98,94% 3.355.625.880,66 94,91% 3.292.857.722,26 98,13%
Pessoal e Encargos Sociais 985.453.639,00 959.570.360,27 97,37% 940.089.744,87 97,97% 879.831.831,07 93,59%
Outras Despesas Correntes 2.588.098.884,00 2.576.073.824,29 99,54% 2.415.536.135,79 93,77% 2.413.025.891,19 99,90%
Despesas de Capital 76.860.406,00 68.475.095,63 89,09% 7.085.595,00 10,35% 7.083.350,60 99,97%
Investimentos 76.860.406,00 68.475.095,63 89,09% 7.085.595,00 10,35% 7.083.350,60 99,97%
Inversões Financeiras 0,00
Reserva de Contingencia 202,00 0,00%
Total 3.650.413.131,00 3.604.119.280,19 98,73% 3.362.711.475,66 93,30% 3.299.941.072,86 98,13%
Fonte: Tesouro Gerencial
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 5 INFORMAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS, FINANCEIRAS E CONTÁBEIS
244 //
De acordo com a Decisão Normativa – TCU nº 187, de 9 de setembro de 2020, “compõem a UPC as unidades de sua estrutura administrativa-organizacional,
consideradas como unidades de contexto, exceto as que estejam listadas como UPC no Anexo I”. O anexo I da Decisão Normativa, define, como Unidade
Prestadora de Contas, o órgão público Presidência da República (Vinculador).
Considerando a definição das unidades que compões as Unidades Prestadoras de Contas, têm-se que, no âmbito da Administração Direta, o órgão público
Presidência da República (Vinculador) abrange as seguintes unidades de contexto:
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR 5 INFORMAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS, FINANCEIRAS E CONTÁBEIS
245 //
Estas unidades estão compreendidas, no Siafi - Sistema Integrado de Administração Financeira, nos órgãos 20101 – Presidência da República, 20116 –
Imprensa Nacional (compõe a Secretaria-Geral da Presidência da República) e 60000 – Gabinete da Vice-Presidência.
Tendo em vista que, no Siafi, os critérios de compensações e consolidação estão disponíveis apenas a nível de Balanço Geral da União foi realizado
agrupamento simples das demonstrações contábeis enfatizando os principais saldos e fatos contábeis dos três órgãos.
As Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas individualizadas dos órgãos não superiores 20101 - Presidência da República, 20116 - Imprensa Nacional
e 60000 - Gabinete da Vice-Presidência podem ser acessadas através dos endereços eletrônicos:
https://www.gov.br/secretariageral/pt-br/acesso-a-informacao/demonstracoes-contabeis
https://www.gov.br/imprensanacional/pt-br/acesso-a-informacao/receitas-e-despesas
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-vice-presidencia/acesso-a-informacao-1
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR ANEXOS
246 //
4. O presente Relatório refere-se aos ministérios da Presidência da República, quais sejam, a Casa Civil, a Secretaria-Geral, a Secretaria de Governo, o
Gabinete de Segurança Institucional e o Gabinete Pessoal do Presidente da República. De acordo com o levantamento das informações oriundas desses
Órgãos, somente foram instaurados procedimentos correcionais, por iniciativa originária, na Secretaria-Geral, majoritariamente no âmbito da Secretaria
Especial de Administração e da Imprensa Nacional.
5. Nesse sentido, na esfera de suas atribuições, a Secretaria-Geral, a Secretaria Especial de Administração e a Imprensa Nacional, no exercício de 2020,
instauraram e/ou conduziram e finalizaram oito procedimentos correcionais concernentes a irregularidades ocorridas no âmbito das respectivas unidades.
Processos instaurados diretamente pela CISET/Presidência em Relação aos Órgãos da Presidência e Vice-Presidência da República
6. Conforme já relatado, compete à Secretaria de Controle Interno, por meio Corregedoria, a instauração, a condução e a supervisão de procedimentos
correcionais no âmbito da Presidência e Vice-Presidência da República, observando-se os normativos já citados, assim como as disposições da Instrução
Normativa CGU nº 14, de 14 de novembro de 2018, e da Instrução Normativa CGU nº 13, de 8 de agosto de 2019.
7. Dito isto, importa consignar que a CISET detém prerrogativa para instaurar diretamente procedimentos disciplinares, de forma
preferencial/concomitante à autoridade com competência originária. Assim, em relação aos processos instaurados diretamente, em curso ou finalizados
em 2020, registre-se 1 Sindicância Investigativa (encaminhada ao Ministério das Comunicações), 3 Processos Administrativos Disciplinares (1 encaminhado
para julgamento e 2 em fase de instrução), 2 Processos Administrativos de Responsabilização de Entes Privados (em fase de instrução), e 5 Investigações
Preliminares Sumárias (4 em fase de instrução e 1 encaminhada ao Ministério das Comunicações).
8. A Corregedoria também supervisionou procedimentos disciplinares instaurados no âmbito da Presidência e Vice-Presidência da República, de modo a
assegurar a legalidade dos trabalhos desenvolvidos pelas Comissões.
9. A esse respeito, seguem os dados sobre os acompanhamentos realizados no âmbito destas Pastas ao longo do exercício de 2020: 7 Sindicâncias
Investigativas (1 concluída, 1 encaminhada ao Ministério das Comunicações, por competência e 5 em andamento) e 5 Processos Administrativos
Disciplinares (1 encaminhado à Controladoria-Geral da União, por competência, 1 arquivado, 1 aguardando julgamento e 2 em andamento).
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR ANEXOS
248 //
Utilização do Sistema de Gestão de Processos Disciplinares (CGU-PAD) e Sistema de Gestão de Procedimentos de Responsabilização de Entes
Privados (CGU-PJ)
10. O Sistema de Gestão de Processos Disciplinares da Controladoria-Geral da União (CGU-PAD) se presta a manter o registro atualizado das informações
atinentes aos processos disciplinares, com base na Portaria CGU nº 1.043, de 24 de julho de 2017, que estabeleceu a obrigatoriedade de seu uso no domínio
dos órgãos e entidades que compõem o Sistema de Correição do Poder Executivo federal.
11. Igualmente, é obrigatório o uso do Sistema de Gestão de Procedimentos de Responsabilização de Entes Privados (CGU-PJ), nos termos da Portaria
CGU nº 1.196, de 23 de maio de 2017, cuja finalidade é otimizar a gestão de informações no âmbito dos órgãos e entidades do Poder Executivo federal,
notadamente no que diz respeito ao sancionamento de pessoas jurídicas em decorrência da prática de ato lesivo que implique em restrição ao direito de
contratar com a administração pública federal.
12. Destaque-se que a Secretaria de Controle Interno publicou no DOU de 6 de julho de 2020, a Portaria CISET/SGPR nº 5, de 2 de julho de 2020, com o
objetivo de estabelecer as regras e orientações de uso dos Sistemas de Gestão no setor da Presidência da República e da Vice-Presidência da República,
com ampla divulgação interna por meio de folders e destaque na intranet.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
SECRETARIA-GERAL
SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO
CERTIFICADO DE AUDITORIA
Ante a conclusão dos procedimentos sob a responsabilidade da Secretaria de Controle Interno da Secretaria-Geral da Presidência da República (CISET/SG/PR),
relacionados à prestação de contas integrada dos órgãos da Presidência da República pertencente ao exercício de 2019, a qual foi encaminhada pela Secretaria-Geral da
Presidência da República (SG/PR), expresso a seguinte opinião acerca dos atos de gestão, fazendo-o com base nos principais registros e recomendações formulados pela
equipe de auditoria.
Inicialmente, cumpre destacar que o escopo da auditora foi definido conjuntamente com o Tribunal de Contas da União, e baseou-se em trabalhos de auditoria
realizados pela CISET/Presidência em 2019 com o objetivo de contribuir para o aprimoramento da gestão das Unidades Prestadoras de Contas jurisdicionadas, e de conferir
maior eficácia a os processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controles internos.
As despesas mais expressivas da Presidência da República envolvem a gestão de pessoas, apuradas no valor de R$ 1.3 bilhões para atender 3.344 servidores
durante o exercício de 2019. Verificou-se que estão sendo realizados os procedimentos necessários para garantir o controle do teto constitucional nas requisições de
pessoal, e que os processos de admissão, aposentadoria e pensão estão sendo corretamente instruídos para encaminhamento ao TCU.
Quanto à gestão de compras e contratações, observou-se a conformidade legal dos respectivos processos, e melhorias no novo contrato de prestação de serviços
de limpeza e conservação, em atendimento à recomendação do controle interno. As despesas mais significativas tiveram como objeto a contratação de serviços de
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RELATÓRIO DE GESTÃO 2020 - PR ANEXOS
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publicidade, totalizando R$ 237 milhões, o que representa 49% das despesas correntes. Saliente-se que a justificativa para estas contratações foi a necessidade de ampliar
o alcance das campanhas publicitárias oficiais. Afora isso, vale destacar as adequações e melhorias nos procedimentos de inscrição em restos a pagar, cujo montante de
pagamentos atingiu R$ 135 milhões, alusivos a empenhos realizados de 2014 a 2018.
Especificamente quanto à contratação de serviços de comunicação digital analisados, verificou-se a prorrogação de sua vigência, sem a instrução de novo
processo licitatório durante o exercício, mesmo diante das falhas em sua formalização e de impropriedades identificadas na execução contratual.
Sobre o tratamento dado aos Termos de Execução Descentralizadas (TEDs) concedidos e recebidos, constataram-se pendências em prestações de contas final,
assim como ausência da baixa contábil dos valores recebidos, o que acarretou ressalva nos demonstrativos contábeis. Salienta-se a situação do TED nº 3/2012, no valor de
R$ 20 milhões, com vigência expirada em 31 de dezembro de 2015, que já havia sido objeto da Auditoria Anual de Contas relativa ao exercício de 2018.
No que se refere à análise do andamento dos processos de apuração de bens não localizados, concernentes a inventários anteriores ao exercício de 2018, verificou-
se que os processos não foram totalmente concluídos durante o exercício. Como resultado do Inventário anual do exercício de 2019, foram instaurados 25 processos para
apurar o desaparecimento de 454 bens.
Por fim, as inconsistências relacionadas à contabilização das faturas emitidas e baixadas, referentes à prestação de serviços gráficos, comprometeram a
confiabilidade dos demonstrativos contábeis, resultando na recomendação de atualização do Sistema Siafi e adoção de medidas para caracterização ou elisão do dano,
conforme determinado no Acórdão TCU nº 972/2019 – Plenário. Essas providências podem também evitar a ocorrência de prescrição de faturas vencidas.
Vale salientar que não foram identificadas determinações/recomendações do TCU, que indicassem a CISET/SG-PR para realizar o acompanhamento do seu
atendimento durante o exercício em referência. Por outro lado, os achados apresentados no relatório de auditoria demandarão providências da Unidade, conforme os
termos das recomendações registradas, e serão incluídos em sistema de monitoramento para controle da implementação.
Em atendimento às determinações contidas no inciso III do artigo 9º da Lei nº 8.443/92, combinado com o disposto no artigo 151 do Decreto nº 93.872/86 e com
os incisos V e VI do artigo 13 da IN/TCU nº 63/2010, acolho a conclusão pelo encaminhamento das contas dos integrantes do Rol de Responsáveis como regulares, nos
termos do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 157/2020.
Ante o exposto, solicito a inserção das peças sob a responsabilidade do Controle Interno no Sistema e-Contas do TCU, com vistas à obtenção do Pronunciamento
Ministerial de que trata o artigo 52 da Lei nº 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União, por meio do referido sistema.
EDSON LEONARDO DALESCIO SÁ TELES
Secretário de Controle Interno
Documento assinado eletronicamente por Edson Leonardo Dalescio Sá Teles, Secretário(a) de Controle Interno, em 11/11/2020, às 14:36, conforme horário
oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
A autenticidade do documento pode ser conferida informando o código verificador 2217729 e o código CRC 45A63F44 no site:
https://sei-pr.presidencia.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
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Uma vez que a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos é uma unidade de assessoramento ao Presidente da República, sua principal produção é o
conhecimento sobre assuntos estratégicos. Os assuntos sobre os quais se debruça o corpo técnico da SAE são altamente voláteis. Eles refletem uma
percepção do momento de quais assuntos devem ser estudados para que venham a subsidiar os órgãos governamentais na concepção e elaboração de
planos estratégicos tanto do governo como os setoriais. Com isso, concedendo às políticas públicas maior previsão de efetividade.
Estes temas são revistos periodicamente pelo corpo técnico e gerencial da SAE, especialmente quando alguma situação ocorre e que necessita da criação
de todo um conjunto de conhecimentos destinado ao assessoramento das altas autoridades da República. Um exemplo claro desse fenômeno é a Pandemia
de Covid-19, que não só jogou por terra todo o planejamento efetuado no primeiro ano de Governo, como forçou que toda a sociedade passasse a se
engajar na resposta à pandemia.
A concepção da Agenda Nacional Estratégica efetuada no ano de 2020 foi organizada em um conjunto de temas estratégicos, que, por sua vez, serão
desdobrados em estudos. Vários desses estudos já puderam ser verificados no presente relatório de gestão, como produtos das diretorias da SAE, e
certamente, no próximo ano, mais conteúdo será elaborado.
Dentro dos temas propostos, compõem a Agenda Nacional Estratégica os seguintes estudos, apresentados nos quadros de 22 a 31, bem como as diretorias
responsáveis pela sua elaboração, cujas siglas encontram-se no quadro 32:
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Desenvolvimento Econômico
DE-1 Cadeia Global de Valor e impactos para o Brasil. DDES
As oportunidades de financiamento de projetos brasileiros pelo Novo Banco de
DE-2 Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), mais conhecido como Banco dos Brics, DDES
a partir da abertura de seu Escritório de Representação em São Paulo.
DE-3 O turismo interno pós-pandemia como fonte de recuperação econômica. DDES
Um olhar estratégico quanto às vendas de ativos em empresas públicas e
DE-4 DDES
infraestruturas críticas.
A necessidade de atração de investimentos estrangeiros em infraestrutura e a
DE-5 DDS
garantia da soberania nacional.
A expansão do agronegócio nacional para a América do Sul e a África como
DE-6 estratégia de consolidação do Brasil na liderança da produção mundial de DDES
alimentos.
DE-7 A Região Norte como vetor de desenvolvimento nacional. DDES
DE-8 A Região Nordeste como vetor de desenvolvimento nacional. DDES
DE-9 A Região Centro-Oeste como vetor de desenvolvimento nacional. DDES
DE-10 A agregação de valor nas commodities primárias exportadas. DDES
DE-11 Impactos e oportunidades da abertura econômica no longo prazo. DDES
Economia do mar: como a organização da economia do mar pode auxiliar na
DE-12 DDES
retomada do crescimento econômico do país.
DE-13 Bioeconomia: avanços, desafios e oportunidades para o bioma amazônico. DDES
DE-14 Cenários pós Covid-19 e indicativos para a retomada econômica e social do país. DEE
DE-15 A Inserção do Brasil nas cadeias globais de valor CGV: vantagens e possibilidades. DDES
Desenvolvimento Social
DS-3 A necessidade de formulação de políticas de requalificação da força de trabalho DDES
tendo em vista as novas indústrias de alta tecnologia.
DS-4 O Brasil no mundo sem emprego: impactos potenciais na educação e organização DDES
socioeconômica do país.
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Saúde e Desporto
A necessidade de modernização e fortalecimento das redes pública e privada de
SD-1 DDES
saúde.
As políticas públicas para financiamento ao desenvolvimento de vacinas contra
SD-2 doenças tropicais como dengue, zyka, malária ou chikungunya, a exemplo da que já DEE
existe contra febre amarela.
Educação e Cultura
EC-1 Educação no Brasil: panorama do Plano Nacional de Educação. DDES
EC-2 A educação brasileira do futuro que está sendo desenhado. DDES
O futuro da formação no Brasil de especialistas em áreas-chave da medicina, a
EC-3 exemplo de epidemiologia, virologia, geriatria e modelagem matemática de DEE
epidemias.
Quadro 26 - Infraestrutura
Infraestrutura
I-1 Sistemas de transportes e obras em planejamento. DDES
I-2 A matriz energética do Brasil, demanda nacional e planos de expansão. DDES
O resgate da construção naval, o fortalecimento da frota mercante/offshore e a
I-3 exploração sustentável da Amazônia Azul como indutores do desenvolvimento DDES
nacional.
Minerais Estratégicos como "financiadores" do desenvolvimento da Indústria 4.0
I-4 DDES
Brasileira e como poder de negociação internacional.
O futuro do suprimento de água e energia no Brasil, com base na experiência de
I-5 DDES
outros países.
I-6 Mobilidade urbana: desafios e oportunidades das cidades inteligentes. DDES
Saneamento básico no Brasil: um fator de desenvolvimento - O que muda no
I-7 DDES
presente contexto? O que falta fazer?
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Relações Internacionais
Alternativas para a preservação dos interesses do Brasil diante da perspectiva de
RI-1 AAINT
uma nova Guerra Fria.
A necessidade de uma estratégia permanente sobre a imagem do Brasil no ACOMES
RI-2
exterior. T
RI-3 As perspectivas de aperfeiçoamento da integração na América do Sul. AAINT
A questão do desenvolvimento da faixa de fronteira Norte e a integração com a
RI-4 AAINT
Guiana e o Suriname.
RI-5 O aprofundamento da cooperação no âmbito da OTCA. AAINT
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Eficiência do Estado
Implicações para o planejamento estratégico nacional do processo de preparação
EE-1 DFPE
e acompanhamento do processo de acessão do Brasil à OCDE.
A necessidade de aperfeiçoamento de regulamentações públicas para lidar com
EE-2 DDES
os riscos representados pela instalação de serviços de telefonia 5G.
EE-3 A modernização do Estado como habilitadora da estratégia nacional de longo prazo. DFPE
EE-4 Agência Líder e seus impactos na eficiência de atividades públicas. DEE
A busca de eficiência da máquina pública: caminhos para contribuir na retomada
EE-5 DPE
do crescimento e desenvolvimento nacional.
A importância de uma sistemática para o planejamento estratégico de longo
EE-6 DFPE
prazo na busca pelo Desenvolvimento Nacional Equilibrado.
A importância da definição de uma política que estabeleça os grandes objetivos
EE-7 nacionais para o planejamento estratégico nacional de longo prazo e o DFPE
desenvolvimento nacional equilibrado.
Morosidade dos processos de concessões de infraestrutura diante do tamanho da
EE-8 carteira nacional de projetos e da urgência dos investimentos - necessidade de DEE
revisão e aperfeiçoamento.
A necessidade de montagem de uma Reserva Nacional Estratégica de insumos e
EE-9 equipamentos médicos, com abrangência nacional, distribuída por regiões, com DDES
base no exemplo norte-americano.
A necessidade de reforço da estrutura governamental de vigilância, prontidão e
EE-10 DDES
reação às próximas ameaças de doenças infecciosas.
O sistema de saúde brasileiro: aprendizado e os novos rumos pós crise pandêmica
EE-11 DDES
da Covid-19.
A necessidade de atualização da política migratória brasileira, com base na
EE-12 AAINT
experiência recente de outros países.
O aperfeiçoamento das políticas públicas de incentivo à pesquisa de minerais
EE-13 DEE
estratégicos e tecnologias agregadas, com base na experiência de outros países.
A questão da vulnerabilidade nacional a importações de insumos e equipamentos
EE-14 DEE
de saúde de relevância estratégica.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
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