Dossiê Do Professor-Mensagens
Dossiê Do Professor-Mensagens
Dossiê Do Professor-Mensagens
MENSAGENS
PORTUGUÊS 11.º ANO Célia Cameira
Alexandre Dias Pinto
Carla Cardoso
Ana Andrade
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www.mensagens11.te.pt
PORTUGUÊS 11.º ANO MENSAGENS
Índice geral
Pág.
I 2 O projeto Mensagens
IV Testes de avaliação
183 Testes de avaliação da Compreensão do Oral
195 Transcrições e soluções
197 Testes de avaliação escrita
293 Soluções
V Questões de aula
303 Educação Literária
315 Gramática
339 Leitura
351 Oralidade (Compreensão do Oral)
363 Transcrições e soluções
VI Materiais de apoio
• 3 obras de opção (subunidade didática de «A abóbada»,
Viagens na minha terra e A ilustre casa de Ramires)
• Projetos de interdisciplinaridade
• Avaliação por rubricas
• Projeto de Leitura
• Transcrições dos recursos áudio/vídeo do Manual
O projeto
NOVO
MENSAGENS
PORTUGUÊS 11.O ANO
O projeto
Mensagens 11.º ano:
componentes e organização
MANUAL DO ALUNO
MANUA
O Manual promove estratégias que trabalham:
todos os descritores dos diferentes domínios da disciplina previstos nas Apren-
dizagen
dizagens Essenciais (AE);
os autores
auto e as obras de leitura obrigatória de Educação Literária de 11.º ano;
os autores
auto e as obras de leitura obrigatória de Educação Literária de 11.º ano
em interação
inte com os autores e as obras de leitura obrigatória de Educação
Literári
Literária de 10.º ano;
os géneros
géne textuais obrigatórios de Leitura, de Oralidade e de Escrita de 11.º e
10.º anos;
ano
os conteúdos
cont gramaticais de 11.º e 10.º anos, bem como de retoma dos ciclos
anteriores;
anterio
o Perfil
Per
e fil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória;
a Estratégia
Estrat Nacional de Educação para a Cidadania.
SIGA
O SIGA (Síntese Informativa e Gramatical de Apoio), integrado no final do Manual,
apresenta:
explicação e sistematização das características de todos os géneros textuais
de Leitura, de Oralidade e de Escrita do 11.º ano;
sistematização de todos os conteúdos gramaticais de 11.º e de 10.º anos, bem
como de retoma dos ciclos anteriores, complementada por um conjunto de
exercícios para treino e consolidação;
sistematização de todos os recursos expressivos de 11.º e 10.º anos, bem
como dos ciclos anteriores;
Glossário de termos literários;
Breve dicionário de símbolos.
MANUAL DO PROFESSOR
O Manual do Professor inclui:
desdobrável com as Aprendizagens Essenciais (AE) + lista de obras e textos
para Educação Literária (11.º ano) + Áreas de Competências do Perfil dos Alu-
nos + Domínios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania;
banda lateral exclusiva do professor com indicação das Aprendizagens Essen-
ciais (AE), sugestões de trabalho, cenários de resposta e remissões para ou-
tros componentes do projeto.
2
PORTUGUÊS 11.º ANO MENSAGENS
DOSSIÊ DO PROFESSOR
O Dossiê do Professor inclui:
Documentos curriculares de referência*; a*;
Quadro comparativo dos descritores
de desempenho por domínio;
Planificação anual, semestral e planoss de aula*;
Contributos do Português para o PAA/roteiros*;
/roteiros*;
OFERTA
OF
Guia de recursos multimédia; AVA
AVALIAÇÃO
Fichas de trabalho por domínios; DIFERENCIADA
DIF
Questões de aula por domínios; Testes e Questões
Testes de Compreensão do Oral; de Aula
Testes de avaliação de Educação Literária,
ria,
de Gramática, de Leitura e de Escrita;
Grelhas de registo e de avaliação, em Excel®;
Avaliação por rubricas*;
Guiões com propostas de implementação dos projetos de
interdisciplinaridade (Mensagens de Hoje) *;
Sugestões de leitura com sinopses para apoio ao Projeto de Leitura*;
Obras de opção (Viagens na minha terra, de Almeida Garrett, «A abóbada»,»,
de Alexandre Herculano, e A ilustre casa de Ramires, de Eça de Queirós*;
Transcrições de recursos áudio/vídeo do Manual *.
* disponíveis em 3
Projeto Mensagens
projeto Mensagens trabalha de
O proje
forma integrada os diferentes domínios,
disponibilizando ao Professor um conjunto
dispon
diversificado de opções e de recursos.
diversi
LEITURA
LEI
Ma
Manual
SIGA (sistematização)
•S
Dossiê do Professor
Do
•F
Fichas de trabalho com outros textos
d
dos géneros textuais de referência
Questões de aula
•Q
Aula Digital
Au
Vídeos tutoriais
•V
•A
Animações
Avaliação por rubricas
•A
ORALIDADE
Manual EDUCAÇÃO LITERÁRIA
• SIGA (sistematização) Manual
Dossiê do Professor • Orientações para o Projeto de Leitura
• Fichas de Compreensão e Expressão SIGA:
• Testes de Compreensão e Expressão • Glossário de termos literários
• Questões de aula • Dicionário de símbolos
Recursos áudio Dossiê do Professor
Recursos vídeo • Fichas de trabalho com outras propostas
Aula Digital dos textos das obras de referência
• Vídeos tutoriais • Questões de aula
• Animações Aula Digital
• Avaliação por rubricas • Dicionário de autores
• Vídeos
• Animações
• Apresentações PowerPoint®
• Quizzes
GRAMÁTICA • Sinopses para o Projeto de Leitura
Manual • Guias de estudo
• SIGA (sistematização e exercícios) • Encenação das obras de referência
Caderno de Atividades
• Fichas de trabalho
Dossiê do Professor
• Fichas de trabalho ESCRITA
• Questões de aula Manual
Aula Digital • SIGA (sistematização)
• Animações Caderno de Atividades
• Apresentações PowerPoint® • Fichas de trabalho
• Atividades interativas
Dossiê do Professor
• Quizzes
• Fichas de trabalho
• Avaliação por rubricas
Aula Digital
• Vídeos tutoriais
• Animações
• Avaliação por rubricas
4
PORTUGUÊS 11.º ANO MENSAGENS
Organização
«Primeiros dias» com atividades iniciais para a avaliação de
Unidade 0 diagnóstico dos diferentes domínios
Projeto de Leitura
Padre António Vieira, «Sermão de Santo António [aos Peixes]»
Unidade 1 (leitura integral dos capítulos I e V e de excertos dos restantes
capítulos)
Unidade 2 Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (obra integral)
Camilo Castelo Branco, Amor de perdição
Unidade 3
(Introdução, capítulos I, IV, X, XIX e Conclusão)
Unidade 4 Eça de Queirós, Os Maias (leitura integral)
Unidade 5 Antero de Quental, Sonetos completos (dois poemas)
Cesário Verde, Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde)
Unidade 6
(leitura integral de «O sentimento dum ocidental»)
Géneros textuais
SIGA Gramática
(Síntese Informativa Recursos expressivos
e Gramatical de Apoio) Glossário de termos literários
Breve dicionário de símbolos
5
Dossiê
do Professor
I Apresen
Apresentação do projeto
II Docume
Documentos de referência, planificação anual
e semestral,
semes planos de aula e guia de recursos
multimé
multimédia
Quadro comparativo dos descritores
Quad
de de
desempenho por domínio e ano de
esco
escolaridade
Planificação anual e semestral
Plan
Planos de aula
Plan
Cont
Contributos do Português para o Plano Anual
de A
Atividades
Ensino digit@l
Ensi
– Aula
Au digital – Guia do utilizador (Professor)
– Gu
Guia de recursos multimédia
III Fichas dde trabalho
Educação
Educ Literária
Gramática
Gram
Leitura/Gramática
Leitu
Escrita
Escr
Oralidade (Compreensão do Oral)
Oral
Oralidade (Expressão Oral)
Oral
Transcrições
Soluções
IV Testes de avaliação
Testes de avaliação da Compreensão do Oral
Soluções
Transcrições
Teste de avaliação escrita
Matrizes e cotações
Soluções
Grelhas de avaliação em Excel®
V Questões de aula
Educação Literária
Gramática
Leitura/Gramática
Oralidade (Compreensão do Oral)
Transcrições
Soluções
Grelhas de avaliação em Excel®
VI Materiais de apoio
3 obras de opção (subunidade didática
de «A abóbada», Viagens na minha terra
e A ilustre casa de Ramires)
Projetos de interdisciplinaridade
Avaliação por rubricas
Projeto de Leitura
Transcrições dos recursos áudio/vídeo
do Manual
6
NOVO
MENSAGENS
Documentos de referência
Planificações/Planos
PORTUGUÊS 11.O ANO
Documentos de
referência
Planificação anual
e semestral
Planos de aula
Guia de recursos
multimédia
Oralidade: Compreensão
- Interpretar textos orais dos géneros reportagem e - Interpretar textos orais dos géneros exposição sobre - Interpretar o(s) discursos(s) do género debate.
documentário, evidenciando perspetiva crítica e um tema, discurso político e debate, evidenciando
criativa. perspetiva crítica e criativa.
- Sintetizar o discurso escutado a partir do registo de - Avaliar os argumentos de intervenções orais - Apreciar a validade dos argumentos aduzidos pelos
informação relevante quanto ao tema e à estrutura. (exposições orais, discursos políticos e debates). participantes de um debate.
- Identificar marcas reveladoras das diferentes
intenções comunicativas
Oralidade: Expressão
verbais para aumentar a eficácia das apresentações eficácia das apresentações orais a realizar.
orais.
- Utilizar de modo apropriado processos como
retoma, resumo e explicitação no uso da palavra em
contextos formais.
- Recorrer a processos de planificação e de avaliação - Avaliar, individualmente e/ou em grupo, os discursos - Avaliar, individualmente e/ou em grupo, textos
de textos para melhoria dos discursos orais a orais produzidos por si próprio, através da discussão produzidos por si próprio através da discussão de
realizar. de diversos pontos de vista. diferentes pontos de vista.
9
10
10.o Ano 11.o Ano 12.o Ano
Leitura
- Ler em suportes variados textos de diferentes graus - Ler em suportes variados textos de diferentes graus - Ler, em suportes variados, textos de diferentes graus
de complexidade dos géneros seguintes: relato de de complexidade argumentativa dos géneros de complexidade argumentativa dos géneros
viagem, exposição sobre um tema, apreciação seguintes: discurso político, apreciação crítica e apreciação crítica e artigo de opinião.
crítica e cartoon. artigo de opinião.
- Realizar leitura crítica e autónoma. - Realizar leitura crítica e autónoma. - Realizar leitura crítica e autónoma.
- Analisar a organização interna e externa do texto. - Analisar a organização interna e externa do texto. - Analisar a organização interna e externa do texto.
- Clarificar tema(s), ideias principais, pontos de vista. - Clarificar tema(s), subtemas, ideias principais, pontos - Clarificar tema(s), subtemas, ideias principais, pontos
de vista. de vista.
- Analisar os recursos utilizados para a construção do - Analisar os recursos utilizados para a construção do - Compreender a utilização de recursos expressivos
sentido do texto. sentido do texto. para a construção de sentido do texto.
- Exprimir, com fundamentação, pontos de vista - Exprimir, com fundamentação, pontos de vista
suscitados por leituras diversas. suscitados por leituras diversas.
10.o Ano 11.o Ano 12.o Ano
Educação Literária
- Interpretar textos literários portugueses - Interpretar obras literárias portuguesas de diferentes - Interpretar obras literárias portuguesas de diferentes
de diferentes autores e géneros, produzidos entre autores e géneros, produzidas entre os séculos XVII e autores e géneros, produzidas no século XX
os séculos XII e XV (anexo 1). XIX (anexo 2). (anexo 3).
- Contextualizar textos literários portugueses - Contextualizar textos literários portugueses dos - Contextualizar textos literários portugueses do
anteriores ao século XVII em função de marcos séculos XVII ao XIX de vários géneros em função de século XX em função de grandes marcos históricos e
históricos e culturais. grandes marcos históricos e culturais. culturais.
- Relacionar características formais do texto poético - Mobilizar para a interpretação textual os - Mobilizar para a interpretação textual os
com a construção do sentido. conhecimentos adquiridos sobre os elementos conhecimentos adquiridos sobre os elementos
constitutivos do texto poético, do texto dramático e constitutivos do texto poético e do texto narrativo.
do texto narrativo.
- Analisar o valor de recursos expressivos para a - Analisar o valor de recursos expressivos para a - Analisar o valor de recursos expressivos para a
construção do sentido do texto, designadamente: construção do sentido do texto, designadamente: construção do sentido do texto, designadamente:
alegoria, interrogação retórica, metonímia, adjetivação, gradação, metonímia, sinestesia. adjetivação, gradação, metonímia, sinestesia.
aliteração, apóstrofe, anástrofe.
- Comparar textos em função de temas, ideias e - Comparar textos de diferentes épocas em função dos - Comparar textos de diferentes épocas em função dos
valores. temas, ideias, valores e marcos históricos e culturais. temas, ideias, valores e marcos históricos e culturais.
- Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos - Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos
- Desenvolver um projeto de leitura que revele - Desenvolver um projeto de leitura que revele - Desenvolver um projeto de leitura que revele
pensamento crítico e criativo, a apresentar pensamento crítico e criativo, a apresentar pensamento crítico e criativo, a apresentar
publicamente em suportes variados. publicamente em suportes variados. publicamente em suportes variados.
11
12
10.o Ano 11.o Ano 12.o Ano
Escrita
- Escrever sínteses, exposições sobre um tema e - Escrever textos de opinião, apreciações críticas e - Escrever textos de opinião, apreciações críticas,
apreciações críticas, respeitando as marcas de exposições sobre um tema. exposições sobre um tema.
género.
- Planificar o texto a escrever, após pesquisa e seleção - Planificar os textos a escrever, após pesquisa e - Planificar os textos a escrever, após pesquisa e
de informação pertinente. seleção de informação relevante. seleção de informação relevante.
- Redigir o texto com domínio seguro da organização - Redigir com desenvoltura, consistência, adequação e - Redigir com desenvoltura, consistência, adequação e
em parágrafos e dos mecanismos de coerência e de correção os textos planificados. correção os textos planificados.
coesão textual.
- Editar os textos escritos, em diferentes suportes, - Utilizar os mecanismos de revisão, de avaliação e de - Utilizar os mecanismos de revisão, de avaliação e de
após revisão, individual ou em grupo, tendo em correção para aperfeiçoar o texto escrito antes da correção para aperfeiçoar o texto escrito antes da
conta a adequação, a propriedade vocabular e a apresentação da versão final. apresentação da versão final.
correção linguística.
- Respeitar os princípios do trabalho intelectual: - Respeitar princípios do trabalho intelectual como - Respeitar princípios do trabalho intelectual como
identificação das fontes utilizadas, cumprimento das referenciação bibliográfica de acordo com normas referenciação bibliográfica de acordo com normas
normas de citação, uso de notas de rodapé e específicas. específicas.
referenciação bibliográfica.
Gramática
- Analisar com segurança frases simples e complexas - Sistematizar o conhecimento dos diferentes - Realizar análise sintática com explicitação de funções
(identificação de constituintes e das respetivas funções constituintes da frase (grupo verbal, grupo nominal, sintáticas internas à frase, ao grupo verbal, ao grupo
sintáticas, incluindo complemento do nome e do grupo adjetival, grupo preposicional, grupo nominal, ao grupo adjetival e ao grupo adverbial.
adjetivo, divisão e classificação de orações, incluindo adverbial) e das funções sintáticas internas à frase.
orações subordinadas substantivas relativas).
- Explicitar o conhecimento gramatical relacionado - Sistematizar conhecimento gramatical relacionado com
com a articulação entre constituintes e entre frases. a articulação entre constituintes, orações e frases.
- Reconhecer valores semânticos de palavras - Reconhecer os valores semânticos de palavras - Distinguir frases com diferentes valores aspetuais
considerando o respetivo étimo. considerando o respetivo étimo. (valor perfetivo, valor imperfetivo, situação genérica,
situação habitual e situação iterativa).
- Explicitar o significado das palavras com base na
análise dos processos de formação.
- Relacionar situações de comunicação, interlocutores – Utilizar intencionalmente os processos de coesão – Avaliar um texto com base nas propriedades que o
e registos de língua (grau de formalidade, relação textual (gramatical e lexical). configuram (processos de coerência e coesão).
hierárquica entre os participantes, modo oral ou
escrito da interação), tendo em conta os diversos – Utilizar intencionalmente modalidades de – Utilizar intencionalmente modalidades de
atos de fala. reprodução do discurso (incluindo discurso indireto reprodução do discurso.
livre).
13
Guia de recursos multimédia
MENSAGENS 11
U0
• Projeto de Leitura
Breve sinopse de obras literárias sugeridas e/ou estudadas neste ano de
escolaridade.
U1
• Animação Linha do tempo: o Barroco
Animação com texto e imagens que apresenta e faz uma breve abordagem a datas
relevantes ocorridas no intervalo temporal a ser explorado ao longo da unidade.
• Animação Conheces António Vieira… ou queres que faça um desenho?
Animação biográfica acerca da vida e obra do Padre António Vieira, cuja obra é
explorada ao longo da unidade.
• Animação Como responder bem? «Sermão de Santo António»
Animação que explicita, através de dicas e de esquemas explicativos, como
responder a questões literárias, tendo como base um excerto de «Sermão de
Santo António».
• Animação O Barroco
Animação que explora o período literário em causa, definindo-o e exemplificando
as suas principais características e temas.
• Animação O sermão
Animação que define e explicita as principais características do sermão, enquanto
género literário.
• Animação Texto de opinião
Tutorial que, de forma dinâmica, exemplifica como escrever um texto de opinião,
Apresentação explicando as características deste género textual, assim como as diferentes
de conteúdos etapas na elaboração deste tipo de texto.
• Animação Texto expositivo
Tutorial que, de forma dinâmica, exemplifica como escrever um texto expositivo,
explicando as características deste género textual, assim como as diferentes
etapas na elaboração deste tipo de texto.
• Animação O que é uma anáfora?
Animação que identifica e explica, através de exemplos, o valor expressivo da
anáfora. O recurso termina com a definição deste recurso expressivo para registo
no caderno.
• Animação Questão de exame explicada: processos fonológicos
Animação que ilustra a resolução passo a passo, de forma esquemática, de uma
questão de exame nacional que versa matéria gramatical do presente ano de
escolaridade.
• Animação Questão de exame explicada: funções sintáticas
Animação que ilustra a resolução passo a passo, de forma esquemática, de uma
questão de exame nacional que versa matéria gramatical do presente ano de
escolaridade.
• Encenação «Sermão de Santo António»
Vídeo da adaptação de um excerto da obra «Sermão de Santo António».
U3
• Animação Conheces Camilo Castelo Branco… ou queres que faça um desenho?
Animação biográfica acerca da vida e obra do escritor Camilo Castelo Branco, cuja
obra é explorada ao longo da unidade.
• Animação Como responder bem? Amor de perdição
Animação tutorial que explicita, através de dicas e de esquemas explicativos,
como responder a questões literárias, tendo como base um excerto da obra
Amor de perdição.
• Animação O que é uma hipérbole?
Animação que identifica e explica, através de exemplos, o valor expressivo da
hipérbole. O recurso termina com a definição deste recurso expressivo para
registo no caderno.
• Animação O que é uma antítese?
Animação que identifica e explica, através de exemplos, o valor expressivo
da antítese. O recurso termina com a definição deste recurso expressivo
para registo no caderno.
• Animação Apreciação crítica
Vídeo tutorial que, de forma dinâmica, exemplifica como escrever uma apreciação
crítica, explicando as características deste género textual, assim como as
diferentes etapas na elaboração deste tipo de texto.
• Animação Texto expositivo
Apresentação Vídeo tutorial que, de forma dinâmica, exemplifica como escrever um texto
de conteúdos expositivo, explicando as características deste género textual, assim como as
diferentes etapas na elaboração deste tipo de texto.
• Animação Questão de exame explicada: dêixis espacial e temporal
Animação que ilustra a resolução passo-a-passo, de forma esquemática, de uma
questão de exame nacional que versa matéria gramatical do presente ano de
escolaridade.
• Animação Texto de opinião
Vídeo tutorial que, de forma dinâmica, exemplifica como escrever um texto de
opinião, explicando as características deste género textual, assim como as
diferentes etapas na elaboração deste tipo de texto.
• Encenação Amor de perdição
Adaptação de um excerto da obra Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco.
• Encenação comentada Amor de perdição
Adaptação comentada da obra Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco,
em que, através de pausas estratégicas no desenrolar da ação, se explicam ou
levantam questões relevantes da mesma, sendo um importante suporte de
compreensão textual.
• Síntese Guia de estudo: Amor de perdição – as personagens
Recurso com a análise das características principais das personagens da obra
Amor de perdição. Através de áudios e de exemplos textuais, são destacados
os conteúdos mais pertinentes desta parte da obra.
U4
• Linha do tempo Realismo
Animação com texto e imagens que apresenta e faz uma breve abordagem a datas
relevantes ocorridas no intervalo temporal a ser explorado ao longo da unidade.
• Animação Conheces Eça de Queirós… ou queres que faça um desenho?
Animação biográfica acerca da vida e obra do escritor Eça de Queirós, cuja obra é
explorada ao longo da unidade.
• Animação Como responder bem? Os Maias
Apresentação Animação tutorial que explicita, através de dicas e de esquemas explicativos,
de conteúdos como responder a questões literárias, tendo como base um excerto da obra
Os Maias.
• Animação Realismo e Naturalismo
Animação conceitual que explora os períodos literários em causa, definindo-o e
exemplificando as suas principais características e temas.
• Animação O romance
Animação conceitual que define e explicita as principais características
do romance, enquanto género literário.
Fichas de trabalho
Fichas de trabalho
• Educação Literária
• Gramática
• Leitura/Gramática
• Escrita
• Oralidade (Compreensão do Oral
e Expressão Oral)
• Transcrições e soluções
Gramática
Ficha 1 – Processos fonológicos ........................................................................... 71
Ficha 2 – Etimologia (valor semântico do étimo, palavras divergentes
e convergentes) ..................................................................................... 73
Ficha 3 – Classes de palavras ................................................................................ 75
Ficha 4 – Funções sintáticas I (sujeito, predicado e vocativo) .............................. 77
Ficha 5 – Funções sintáticas II (complementos do verbo, predicativo
do sujeito, predicativo do complemento direto e modificador –
do grupo verbal) .................................................................................... 79
Ficha 6 – Funções sintáticas III (modificadores do nome e complemento
do nome) ............................................................................................... 81
Ficha 7 – Funções sintáticas IV (modificadores do nome, complemento
do nome, complemento do adjetivo).................................................... 83
Ficha 8 – Funções sintáticas (global) .................................................................... 85
Ficha 9 – Coordenação ......................................................................................... 87
Ficha 10 – Subordinação (orações subordinadas adverbiais)............................... 89
Ficha 11 – Subordinação (orações subordinadas adjetivas) ................................ 91
Ficha 12 – Subordinação (orações subordinadas substantivas) .......................... 93
Ficha 13 – Coordenação e subordinação (global) ................................................ 95
Ficha 14 – Modalidade epistémica, deôntica e apreciativa (valores modais) ...... 97
Ficha 15 – Atos ilocutórios .................................................................................... 99
Ficha 16 – Anáfora como mecanismo de coesão e de progressão ....................... 101
Ficha 17 – Processos de coesão (gramatical e lexical) .......................................... 103
Ficha 18 – Deíticos ............................................................................................... 105
Leitura/Gramática
Ficha 1 – Cartoon .................................................................................................. 107
Ficha 2 – Apreciação crítica .................................................................................. 109
Ficha 3 – Discurso político .................................................................................... 113
Ficha 4 – Artigo de opinião ................................................................................... 117
Escrita
Ficha 1 – Exposição sobre um tema ..................................................................... 121
Ficha 2 – Apreciação crítica .................................................................................. 129
Ficha 3 – Texto de opinião .................................................................................... 137
Oralidade
Compreensão do Oral
Ficha 1 – Exposição sobre um tema ..................................................................... 145
Ficha 2 – Discurso político .................................................................................... 146
Ficha 3 – Debate ................................................................................................... 147
Expressão Oral
Ficha 1 – Exposição sobre um tema ..................................................................... 149
Ficha 2 – Apreciação crítica .................................................................................. 153
Ficha 3 – Texto de opinião .................................................................................... 161
Unidade 1
2. Indica o tipo de relação que se estabeleceu entre os homens e os animais da terra e do ar.
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
4. Refere os dois valores que surgem, em antítese, neste excerto, relacionando-os com o objetivo
do «Sermão».
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
5. Das afirmações que se seguem, apenas uma não está de acordo com o conteúdo do texto.
Seleciona-a.
A. Existe uma gradação na enumeração dos animais que vivem presos perto dos
homens.
B. Para os peixes, a melhor solução será a de conviverem com os homens «De casa, e
das portas adentro» (linha 25).
C. Os animais que se aproximaram dos homens foram «castigados», pois perderam a sua
liberdade.
D. O advérbio «lá» (linha 10) reforça a diferença existente entre os peixes e os outros
animais.
Unidade 1
2. Explica o motivo que levou o autor a nomear duas antigas autoridades da Igreja.
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
5. Pode dizer-se que, na parte final deste excerto, o autor faz uma amplificação do seu raciocínio.
Explica de que modo isso acontece.
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
Unidade 2
2. De acordo com os teus conhecimentos de Frei Luís de Sousa, completa as afirmações que se
seguem, de modo a obteres enunciados corretos e verdadeiros.
a) No monólogo reflexivo de D. Madalena (cena I, ato I) surgem, em forma de antítese, a sua
__________________________________________________________________________________________
b) Ao longo de todo o texto são vários os indícios trágicos que vão surgindo, por exemplo,
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
c) O clímax da tragédia é atingido quando __________________________________________________
d) A morte de Maria de Noronha, a separação do casal e a «morte» para o mundo constituem
o momento da __________________________________________________________________________
e) Frei Luís de Sousa é uma tragédia portuguesa sebastianista porque ___________________
__________________________________________________________________________________________
CENA X
JORGE, MADALENA
MADALENA (falando ao bastidor) – Vai, ouves,
Miranda? Vai e deixa-te lá estar até veres chegar o
bergantim; e quando desembarcarem, vem-me
dizer para eu ficar descansada. (Vem para a cena.)
5 Não há vento, e o dia está lindo. Ao menos não
tenho sustos com a viagem. Mas a volta… quem
sabe? o tempo muda tão depressa…
JORGE – Não, hoje não tem perigo.
MADALENA – Hoje… hoje! Pois hoje é o dia da
10 minha vida que mais tenho receado… que ainda
temo que não acabe sem muito grande Fotografia de Filipe Ferreira, encenação de Frei Luís
de Sousa, por Miguel Loureiro.
desgraça… É um dia fatal para mim: faz hoje Teatro Nacional D. Maria II, 2016.
anos que… que casei a primeira vez; faz anos
que se perdeu el-rei D. Sebastião; faz anos também que… vi pela primeira vez Manuel de
15 Sousa.
JORGE – Pois contais essa entre as infelicidades da vossa vida?
MADALENA – Conto. Este amor – que hoje está santificado e bendito no Céu, porque Manuel de
Sousa é o meu marido – começou com um crime, porque eu amei-o assim que o vi… e quando
o vi – hoje, hoje… foi em tal dia como hoje! – D. João de Portugal ainda era vivo. O pecado
20 estava-me no coração; a boca não o disse… os olhos não sei o que fizeram; mas dentro da alma
eu já não tinha outra imagem senão a do amante… já não guardava a meu marido, a meu bom…
a meu generoso marido… senão a grosseira fidelidade que uma mulher bem nascida quase que
mais deve a si do que a seu esposo. – Permitiu Deus… quem sabe se para me tentar?… que
naquela funesta batalha de Alcácer, entre tantos, ficasse também D. João…
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, fixação de texto por Maria João Brilhante,
3.a ed., Lisboa, Editorial Comunicação, 1994, pp. 152-169.
4.1 «É um dia fatal para mim» (linha 12) diz D. Madalena. Prova a veracidade desta afirmação,
justificando com o teu conhecimento da globalidade da obra.
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Unidade 2
Fotografias de Filipe Ferreira, encenação de Frei Luís de Sousa, por Miguel Loureiro. Teatro Nacional D. Maria II, 2019.
3. No diálogo que trava com a filha, D. Madalena procura dissuadi-la de determinada ideia.
3.1 Identifica essa ideia.
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3.2 Explica os motivos que estão na base de tal atitude de D. Madalena.
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4. Maria recorre ao uso de um provérbio – «Voz do povo, voz de Deus» (linha 13).
Explica por que motivo o faz.
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5. Na terceira fala de Maria, torna-se evidente um dos traços mais marcantes da sua
personalidade. Identifica-o.
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6. Transcreve do texto expressões que se afigurem um indício trágico e explica a tua opção.
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8. Identifica duas características do Romantismo presentes neste excerto de Frei Luís de Sousa.
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Unidade 3
1.1 Tendo em conta as linhas 4 a 10 do texto, explicita o contraste entre as atitudes de Tadeu
de Albuquerque e de Baltasar Coutinho perante o facto de Teresa ter sido forçada a
mudar-se para um convento no Porto. Fundamenta a resposta com citações do texto.
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2. Com base no diálogo entre Tadeu de Albuquerque e Baltasar Coutinho, enuncia os argumentos
apresentados pelo primo de Teresa para persuadir o tio de que estava a tomar a atitude
correta em relação à sua filha. Ilustra a resposta com transcrições textuais.
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Unidade 3
1. Lê o texto seguinte.
À meia-noite, estendeu Simão o braço trémulo ao maço das cartas que Teresa lhe enviara, e
contemplou um pouco a que estava ao de cima, que era dela. Rompeu a obreia, e dispôs-se no
camarote para alcançar o baço clarão da lâmpada.
Dizia assim a carta:
5 «É já o meu espírito que te fala, Simão. A tua amiga morreu. A tua pobre Teresa,
à hora em que leres esta carta, se me Deus não engana, está em descanso. [...]
A vida era bela, era, Simão, se a tivéssemos como tu ma pintavas nas tuas cartas,
que li há pouco! Estou vendo a casinha que tu descrevias defronte de Coimbra,
cercada de árvores, flores e aves. A tua imaginação passeava comigo às margens do
10 Mondego, à hora pensativa do escurecer. [...]
Oh! Simão, de que céu tão lindo caímos! À hora que te escrevo, estás tu para
entrar na nau dos degredados, e eu na sepultura.
Que importa morrer, se não podemos jamais ter nesta vida a nossa esperança de
há três anos?! Poderias tu com a desesperança e com a vida, Simão? Eu não podia.
15 Os instantes do dormir eram os escassos benefícios que Deus me concedia; a morte é
mais que uma necessidade, é uma misericórdia divina, uma bem-aventurança para
mim. [...]
Rompe a manhã. Vou ver a minha última aurora… a última dos meus dezoito anos!
Abençoado sejas, Simão! Deus te proteja, e te livre duma agonia longa. Todas as
20 minhas angústias lhe ofereço em desconto das tuas
culpas. Se algumas impaciências a justiça divina
me condena, oferece tu a Deus, meu amigo, os teus
padecimentos, para que eu seja perdoada.
Adeus! À luz da eternidade parece-me que já te
25 vejo, Simão!»
2. Enquanto Teresa sucumbiu definitivamente afastada de Simão, Mariana acompanha-o até ao final.
2.1 Identifica o papel desempenhado por esta figura feminina neste momento da ação.
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2.2 Caracteriza o tipo de amor que move Mariana.
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3. Interpreta o último parágrafo do texto, tendo em conta a relação que, em vida, se estabeleceu
entre as duas personagens.
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Unidade 3
1. Faz corresponder cada excerto textual da coluna A ao capítulo a que pertence na coluna B.
A B
a) «Vou nada menos que a Santarém: e protesto que de quanto
vir e ouvir, de quanto eu pensar e sentir se há de fazer
crónica.»
b) «Parti para Lisboa cheio de agoiros, de enguiços e de tristes
pressentimentos. O vapor vinha quase vazio, mas nem por
isso andou mais depressa. Eram boas cinco horas da tarde
quando desembarcámos no Terreiro do Paço.»
c) «Perdido para todos, e para ti também. Não me digas que não;
tens generosidade para o dizer, mas não o digas. Tens
1. Capítulo I
generosidade para o pensar, mas não podes evitar de o sentir.»
d) «Os campinos ficaram cabisbaixos; o público imparcial aplaudiu
2. Capítulo XLIV
por esta vez a oposição, e o Vouga triunfou do Tejo.»
e) «Sentia-me como na presença da morte e aterrei-me. Fiz um
3. Capítulo XLIX
esforço sobre mim, fui deliberadamente ao meu cavalo,
montei, piquei desesperado de esporas, e não parei senão no
Cartaxo.»
f) «Havia três meninas naquela família. Dizer que eram as três
Graças é uma vulgaridade cansada, e tão banal que não dá
ideia de coisa alguma.»
g) «Acordei no outro dia e não vi nada... só uns pobres que
pediam esmola à porta. Meti a mão na algibeira, e não achei
senão notas... papéis!»
4. Indica a quem se refere o narrador quando conjuga o verbo flartar nas três pessoas (linha 26).
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6. Caracteriza o narrador e o seu estado de espírito no momento das confissões que são feitas.
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7. Pode dizer-se que esta passagem por Inglaterra leva o narrador a viver uma contradição. Justifica.
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48 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano
Ficha de Educação Literária 8
Almeida Garrett, Viagens na minha terra (obra de opção)
Unidade 3
1. Lê o texto seguinte.
Este é que é o pinhal da Azambuja?
Não pode ser. [...]
Por quantas maldições e infernos adornam o estilo dum
verdadeiro escritor romântico, digam-me, digam-me: onde
5 estão os arvoredos fechados, os sítios medonhos desta
espessura? Pois isto é possível, pois o pinhal da Azambuja
é isto?...
[...] Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou
explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa literatura.
10 Já me não importa guardar segredo; depois desta desgraça
não me importa já nada. Saberás pois, ó leitor, como nós
outros fazemos o que te fazemos ler.
Trata-se de um romance, de um drama – cuidas que
vamos estudar a história, a natureza, os monumentos, as
15 pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da época?
Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos.
Desenhar carateres e situações do vivo da natureza, colori-
los das cores verdadeiras da história... isso é trabalho Vincent van Gogh, Pinheiros contra um céu
difícil, longo, delicado, exige um estudo, um talento, e vermelho com o pôr do sol (1889).
20 sobretudo tato!... Não senhor: a coisa faz-se muito mais
facilmente. Eu lhe explico.
Todo o drama e todo o romance precisa de:
Uma ou duas damas, mais ou menos ingénuas,
Um pai – nobre ou ignóbil,
25 Dois ou três filhos, de dezanove a trinta anos,
Um criado velho,
Um monstro, encarregado de fazer as maldades,
Vários tratantes, e algumas pessoas capazes para intermédios e centros.
Ora bem; vai-se aos figurinos franceses de Dumas, de Eug. Sue, de Victor Hugo, e recorta a gente,
30 de cada um deles, as figuras que precisa, gruda-as sobre uma folha de papel da cor da moda, verde,
pardo, azul – como fazem as raparigas inglesas aos seus álbuns e scrapbooks; forma com elas os
grupos e situações que lhe parece; não importa que sejam mais ou menos disparatados. Depois vai-se
às crónicas, tiram-se uns poucos de nomes e de palavrões velhos; com os nomes crismam-se os
figurões, com os palavrões iluminam-se... (estilo de pintor pinta-monos). – E aqui está como nós
35 fazemos a nossa literatura original.
E aqui está o precioso trabalho que eu agora perdi!
Isto não pode ser! Uns poucos de pinheiros raros e enfezados através dos quais se estão quase
vendo as vinhas e olivedos circunstantes!... É o desapontamento mais chapado e solene que nunca tive
na minha vida – uma verdadeira logração em boa e antiga frase portuguesa.
40 E contudo aqui é que devia ser, aqui é que é, geográfica e topograficamente falando, o bem
conhecido e confrontado sítio do pinhal da Azambuja...
Almeida Garrett, Viagens na minha terra, prefácio de Annabela Rita, Cap. V,
Porto, Edições Caixotim, 2004, pp. 94-96.
2. De acordo com este excerto, podemos afirmar que a criação literária tem algo que a aproxima
da culinária. Explica porquê.
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2.1 Refere as características do Romantismo indicadas neste excerto.
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4. A realidade e a literatura cruzam-se neste capítulo de forma muito evidente. Explica como
acontece essa relação.
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5. Transcreve do texto dois exemplos de marcas do tom coloquial e «sincero» usado pelo
narrador.
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A B
Unidade 3
1. Lê o excerto seguinte.
O dia 6 de janeiro do ano da redenção 1401 tinha amanhecido puro e sem nuvens. Os campos,
cobertos aqui de relva, acolá de searas, que cresciam a olhos vistos com o calor benéfico do Sol,
verdejavam ao longe, ricos de futuro para o pegureiro e para o lavrador. Era um destes
5 formosíssimos dias de inverno mais gratos que os do estio, porque são de esperança, e a esperança
vale mais do que a realidade; destes dias, que Deus só concedeu aos países do Ocidente [...]. Era
um destes dias antipáticos aos poetas ossiânico-regelo-nevoentos1, que querem fazer-nos aceitar
como cousa mui poética Esses gelos do Norte esses brilhantes [...].
No adro do mosteiro de Santa Maria da Vitória, vulgarmente chamado da Batalha, fervia o povo,
10 entrando para a nova igreja, que de mui pouco tempo servia para as solenidades religiosas. [...]
Não estava, porém, inteiramente ermo o terreiro da frontaria do edifício. Assentado sobre um
troço de fuste, com os pés ao Sol e o resto do corpo resguardado dos seus ardentes raios pela
sombra de um telheiro, a qual se começava a prolongar para o lado do oriente, via-se um velho,
venerável de aspeto, que parecia embrenhado em profundas meditações. Pendia-lhe sobre o peito
15 uma comprida barba branca: tinha na cabeça uma touca foteada, um gibão escuro vestido, e sobre
ele uma capa curta ao modo antigo. A luz dos olhos
tinha-lha de todo apagado a velhice; mas as suas feições
revelavam que dentro daqueles membros trémulos e
enrugados morava um ânimo rico de alto imaginar. As
20 faces do velho eram fundas, as maçãs do rosto elevadas,
a fronte espaçosa e curva e o perfil do rosto quase
perpendicular. Tinha a testa enrugada, como quem
vivera vida de contínuo pensar [...].
– De merencório humor estais hoje – disse o prior
25 sorrindo. – Não só eu vos amo e venero: el-rei me fala
sempre de vós em suas cartas. Não sois cavaleiro de sua
casa? E a avultada tença que vos concedeu em paga da
obra que traçastes e dirigistes, em quanto Deus vos
concedeu vista, não prova que não foi ingrato?
30 – Cavaleiro!? – bradou o velho – Com sangue comprei
essa honra! Comigo trago a escritura. – Aqui mestre
Afonso, puxando com a mão trémula as atacas do gibão,
abriu-o e mostrou duas largas cicatrizes no peito. – Em
Aljubarrota foi escrito o documento à ponta de lança por Fyodor Bronnikov, Retrato de um idoso (1874).
35 mão castelhana: a essa mão devo meu foro, que não ao
Mestre de Avis. Já lá vão quinze anos! Então ainda estes
olhos viam claro, e ainda para este braço a acha de armas era brinco. El-rei não foi ingrato, dizeis
vós, venerável prior, porque me concedeu uma tença!? – Que a guarde em seu tesouro; porque
40 ainda às portas dos mosteiros e dos castelos dos nobres se reparte pão por cegos e por aleijados.
Alexandre Herculano, «A abóbada», in Lendas e narrativas, apresentação crítica, seleção, notas e linhas de leitura
de Helena Carvalhão Buescu, Lisboa, Editorial Comunicação, 1987.
1
ossiânico-regelo-nevoentos: poetas ossiânico-regelo-nevoentos: referência aos poetas do norte da Europa. (Ossian é um bardo
lendário da mitologia celta.)
3. Indica a personagem fundamental de toda a narrativa que nos é apresentada neste excerto.
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4. A descrição desta personagem remete-nos para a figura do Velho do Restelo, criada por
Camões para encarnar a oposição e criticar a ambição desmedida dos portugueses. Tendo em
conta este paralelismo, analisa a personagem do ponto de vista:
a) das semelhanças físicas;
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b) do «saber de experiência feito»;
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c) da forma como encara a tença atribuída pelo rei.
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5. Pelo discurso do ancião percebe-se que a personagem não está interessado em riquezas.
Refere que outro tipo de recompensa ele preferiria obter do rei.
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6. Identifica o recurso expressivo usado em «Não sois cavaleiro de sua casa?» (linhas 26-27) e
explica o respetivo valor.
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Unidade 3
Texto B
Um ruído, semelhante ao de cem bombardas que se tivessem disparado dentro do mosteiro e que
soara da banda da sacristia, tinha arrancado aquele grito de mil bocas e convertido em estátuas essa
multidão de povo. […]
El-rei ia adiante, e o prior era o que mais de perto o seguia. Cruzaram o arco gótico que dava
5 comunicação para a sacristia: aí tudo estava em silêncio; uma lâmpada que pendia do teto dava luz
frouxa e mortiça, e, a esta luz incerta e baça, encaminharam-se para a porta do Capítulo. Ao chegar a
ela, todos recuaram de espanto, e um segundo grito soou e veio morrer sussurrando pelas naves da
igreja quase deserta:
– Jesus!
Texto C
– Sei, meu bom cavaleiro, que estais muito torvado comigo por dar a outrém o cargo de mestre das
obras do mosteiro: nisso cria eu fazer-vos assinalada mercê. Mas, venhamos ao ponto: sabeis que a
abóbada do Capítulo desabou ontem à noite?
– Sabia-o, senhor, antes do caso suceder.
5 – Como é isso possível?
– Porque todos os dias perguntava a alguns desses poucos obreiros portugueses que aí restam como
ia a feitura da casa capitular. No desenho dela pusera eu todo o cabedal do meu fraco engenho, e este
aposento era a obra-prima da minha imaginação. Por eles soube que a traça primitiva fora alterada
e que a juntura das pedras era feita por modo diverso do que eu tinha apontado.
Texto D
– Vencestes, senhor rei, vencestes!... A
abóbada da casa capitular não ficará por terra.
[…]
Que me restituam os meus oficiais e obreiros
portugueses; que português sou eu, portuguesa
5 a minha obra! De hoje a quatro meses podeis
voltar aqui, senhor rei, e ou eu morrerei ou a
casa capitular da Batalha estará firme, como é
firme a minha crença na imortalidade e na
glória.
Mosteiro da Batalha, Sala do Capítulo.
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano 53
Texto E
– Senhor rei, é chegado o momento de vos declarar meu segundo voto. Pelo corpo e sangue do
Redentor jurei que, sentado sobre a dura pedra, debaixo do fecho da abóbada, estaria sem comer nem
beber durante três dias, desde o instante em que se tirassem os simples. De cumprir meu voto ninguém
poderá mover-me. Se essa abóbada desabar, sepultar-me-á nas suas ruínas: nem eu quisera encetar,
5 depois de velho, uma vida desonrada e vergonhosa. Esta é a minha firme resolução.
Alexandre Herculano, «A abóbada», in Lendas e narrativas, apresentação crítica, seleção, notas e linhas de leitura
de Helena Carvalhão Buescu, Lisboa, Editorial Comunicação, 1987, pp. 63-67.
1.1 Faz corresponder a cada um dos excertos a(s) personagem(ns) que o protagoniza(m).
Texto A: ________________ Texto B: ________________ Texto C: ________________
Texto D: ________________ Texto E: ________________
5. Explica por que motivo os textos D e E podem ajudar à construção do herói romântico.
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7. Retira dos excertos transcritos marcas do estilo e da linguagem que caracterizam a obra.
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Unidade 4
Texto B (Capítulo X)
Por entre o alarido vibravam, furiosamente, os apitos da polícia; senhoras, com as saias
apanhadas, fugiam através da pista, procurando espavoridamente as carruagens – e um sopro
grosseiro de desordem reles passava sobre o hipódromo, desmanchando a linha postiça de
civilização e a atitude forçada de decoro...
5 Carlos achou-se ao pé do marquês, que exclamava, pálido:
– Isto é incrível, isto é incrível!...
Carlos, pelo contrário, achava pitoresco. [...]
2. Comprova que qualquer um dos textos anteriores contribui para a crítica de costumes
transversal em Os Maias, explicitando os aspetos sociais criticados.
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A B
a) «[...] sob o nariz aquilino, longos, espessos,
românticos bigodes grisalhos [...]» (texto A, linhas 5-6)
b) «[...] os anéis fofos […] caíam-lhe inspiradamente
sobre a gola [...]» (texto A, linhas 6-8)
1. Uso expressivo do advérbio
c) «– Num galopezinho muito seguro [...]» 2. Ironia
(texto A, linha 13)
3. Uso expressivo do adjetivo
d) «[...] sopro grosseiro de desordem reles [...]»
(texto B, linhas 2-3)
Unidade 4
1. Lê o texto seguinte.
E Ega, miudamente, contou a sua longa, terrível conversa com o Guimarães, desde o momento
em que o homem por acaso, já ao despedir-se, já ao estender-lhe a mão, falara da «irmã do Maia».
Depois entregara-lhe os papéis da Monforte à porta do Hotel de Paris, no Pelourinho...
– E aqui está, não sei mais nada. Imagina tu que noite eu passei! Mas não tive coragem de te
5 dizer. Fui ao Vilaça... [...]
No curto silêncio que caiu, um chuveiro mais largo, alagando o arvoredo do jardim, cantou nas
vidraças. [...]
E nesse momento, sem que um rumor os prevenisse, Afonso da Maia apareceu numa abertura
do reposteiro, encostado à bengala, sorrindo todo com alguma ideia que decerto o divertia. [...]
10 Então Carlos, no ardente egoísmo da sua paixão, sem pensar no abalo cruel que ia dar ao pobre
velho, cheio só de esperança que ele, seu avô, testemunha do passado, soubesse algum facto,
possuísse alguma certeza contrária a toda essa história de Guimarães, a todos esses papéis da
Monforte – veio para ele, desabafou:
– Há uma coisa extraordinária, avô! O avô talvez saiba... O avô deve saber alguma coisa que nos tire
15 desta aflição!... Aqui está, em duas palavras. Eu conheço aí uma senhora que chegou há tempos a Lisboa,
mora na rua de S. Francisco. Agora, de repente, descobre-se que é minha irmã legítima!... [...] Que
significa tudo isto? Essa minha irmã, a que foi levada em pequena, não morreu?... O avô deve saber!
Afonso da Maia, que um tremor tomara, agarrou-se um momento com força à bengala, caiu por
fim pesadamente numa poltrona, junto do reposteiro. E ficou devorando o neto, o Ega, com o olhar
20 esgazeado e mudo. [...]
O velho levou muito tempo a procurar, a tirar a luneta de entre o colete, com os seus pobres
dedos que tremiam; leu o papel devagar, empalidecendo mais a cada linha, respirando
penosamente; ao findar deixou cair sobre os joelhos as
mãos, que ainda agarravam o papel, ficou como
25 esmagado e sem força. As palavras por fim vieram-lhe
apagadas, morosas. Ele nada sabia... O que a Monforte
ali assegurava, ele não o podia destruir... [...]
E Carlos diante dele vergava os ombros, esmagado
também sob a certeza da sua desgraça. O avô,
30 testemunha do passado, nada sabia! Aquela declaração,
toda a história do Guimarães aí permaneciam inteiras,
irrefutáveis. [...]
Por fim Afonso ergueu-se fortemente encostado à
bengala, foi pousar sobre a mesa o papel da Monforte.
35 Deu um olhar, sem lhes tocar, às cartas espalhadas em
volta da caixa de charutos. Depois, lentamente, passando
a mão pela testa:
– Nada mais sei... Sempre pensámos que essa criança
tinha morrido... Fizeram-se todas as pesquisas... Ela Leonid Mikhailovic, Idoso com uma bengala (s/d).
40 mesma disse que lhe tinha morrido a filha, mostrou já
não sei a quem um retrato... [...]
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Unidade 4
4. A atitude de Gonçalo Ramires vai evoluindo à medida que este se aproxima de casa. Explica de
que modo se processa essa evolução.
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6. Estabelece uma relação entre a condição social de Gonçalo Mendes Ramires e a forma como
se comporta.
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A B
Unidade 4
3. Sintetiza, a partir das palavras de João Gouveia, os traços que caracterizam a personalidade de
Gonçalo Mendes Ramires.
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5. A partir da comparação que é sugerida por João Gouveia, refere a forma como o autor olha
para o país, no momento em que escreve A ilustre Casa de Ramires.
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Unidade 5
1. Lê o poema seguinte.
Nox1
A Fernando Leal
Noite, vão para ti meus pensamentos,
Quando olho e vejo, à luz cruel do dia,
Tanto estéril lutar, tanta agonia
E inúteis tantos ásperos tormentos...
E ele, o mundo, sem mais lutar nem ver, Vincent van Gogh, A noite estrelada (1889).
Dormisse no teu seio inviolável,
Noite sem termo, noite do Não-ser!
1 Nox: noite.
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2. Identifica a entidade a quem se dirige o sujeito poético, justificando com elementos textuais.
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4. Identifica no poema os elementos que caracterizam o dia, por oposição aos elementos que
surgem associados à noite.
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7. Podemos afirmar que este soneto constitui um bom exemplo da poesia de Antero de Quental.
7.1 Indica duas características que confirmem esta afirmação.
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Unidade 5
1.1 Delimita as duas partes lógicas em que o soneto pode ser dividido.
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1.2 Sintetiza, por palavras tuas, o conteúdo dessas duas partes.
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2. Ao longo das duas quadras, o sujeito poético define, pela negativa, «aquela» que adora.
Justifica esta afirmação.
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4. Explica por que razão podemos afirmar que a mulher ideal é, neste caso, um ser inatingível.
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5. A solidão e a incerteza são estados de alma que, facilmente, se podem associar a esta
definição de «ideal». Justifica.
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Unidade 6
1. Lê atentamente o excerto de «O sentimento dum ocidental» que se segue. Caso seja necessário,
consulta as notas.
Ave-Marias
I
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício,1 o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
1
bulício: grande movimento de pessoas.
2 turba: multidão.
3 calafates: operários que calafetam, por exemplo, os navios.
4 jaquetão: jaqueta comprida.
5
boqueirões: ruas que desembocam num rio ou num canal.
6 baixéis: pequenos navios ou barcos.
7 couraçado: navio de guerra.
8 escaleres: pequenas embarcações para serviços de navios.
9 arlequim: personagem cómica oriunda de Itália que enverga muitas vezes um traje feito de losangos de várias cores; palhaço.
10 querubins: anjos.
11 arsenais: edifícios do Estado para construção ou reparação de navios ou para guardar armamento ou outros objetos.
12 pilastras: pilares de quatro faces.
1.1 Tendo em conta a primeira e a segunda estrofes, aponta o(s) motivo(s) por que o «eu», na
terceira estrofe, manifesta o desejo de evasão. Fundamenta a resposta através de
citações do texto.
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2. Identifica o recurso expressivo que está presente na quarta estrofe e explicita o seu valor
expressivo.
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3. Com base na sexta estrofe, enuncia os sentimentos que o sujeito poético manifesta em relação
à época do passado que é evocada. Ilustra a resposta através de transcrições textuais.
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Unidade 6
Ao gás
As burguesinhas do catolicismo
10 Resvalam pelo chão minado pelos canos;
E lembram-me, ao chorar doente dos pianos,
As freiras que os jejuns matavam de histerismo.4
1 14
impuras: imorais (no texto, o termo é utilizado para fazer reverbero: reflexo da luz.
15
referência às prostitutas). lúbrico: que tem tendência para a luxúria.
2 embocaduras: entradas de uma rua. 16 debuxo: desenho ou estampa.
3 tépidas: mornas. 17 mogno: madeira nobre.
4 18
histerismo: doença nervosa antigamente associada às bandós: cada uma das duas partes em que se divide o cabelo
mulheres. através de uma risca ao meio.
5 cuteleiro: fabricante ou vendedor de objetos cortantes. 19 traîne: (francês) cauda do vestido.
6 torno: aparelho em que se colocam as peças que se 20 escarvar: escavar superficialmente, esgaravatar.
21 vitória: carruagem descoberta, com quatro rodas.
pretende limar ou polir.
7 forjador: indivíduo que forja. 22 mecklemburguês: originário de Meclemburgo, na Alemanha
8 malho: martelo grande de ferreiro.
(no texto, é feita referência a cavalos importados desta região).
9 exacerbar: irritar, exasperar. 23 requebrar-se: mover o corpo com requebros, saracotear-se.
10 casa de confeção: estabelecimento onde se fabrica roupa 24 regougar: falar em voz áspera e gutural.
25 cauteleiro: vendedor de bilhetes de lotaria.
em série.
11 ratoneiro: indivíduo que pratica pequenos furtos. 26 mausoléu: sepulcro sumptuoso.
12 27
magistral: perfeito, exemplar. fulgente: brilhante.
13 salubre: saudável.
3. Explica o objetivo da transfiguração poética do real que é realizada na segunda estrofe do excerto.
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4. Explicita o contraste que é estabelecido nesta parte do poema entre as classes altas e as
classes baixas da sociedade, apontando a intenção crítica que lhe está subjacente. Ilustra a
resposta através de transcrições textuais.
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1. Classifica as afirmações que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
2. Associa cada um dos étimos da coluna A à palavra a que deram origem, na coluna B, e ao
processo fonológico que está associado a esta evolução, na coluna C.
A B C
2. ET b) hoje B. apócope
7. STELLA g) e G. vocalização
4. Tendo em conta o(s) fonema(s) sublinhado(s), faz corresponder o processo fonológico ocorrido
em cada um dos étimos (ou palavras) da coluna A à sua classificação na coluna B.
(Um elemento da coluna B pode corresponder a mais do que um elemento da coluna A.)
A B
a) HUMILE -> humilde 1. prótese
b) OCULU -> oclo > olho 2. epêntese
c) LEGERE -> leer > ler 3. paragoge
d) LEGE -> lee > lei 4. aférese
e) REGNU -> reino 5. síncope
f) LILIU -> lírio 6. apócope
g) VIDEO -> vejo 7. metátese
h) CIVITATE -> cidade 8. assimilação
i) SPECULU -> espelho 9. dissimilação
j) EPISCOPU -> obispo > bispo 10. sonorização
k) CASTIGAT -> castiga 11. vocalização
l) AQUILA -> águia 12. palatalização
m) CLAVE -> chave 13. crase
n) PALEA -> palha 14. sinérese
o) NOSTRU -> nosso 15. redução vocálica
1. Preenche o quadro que se segue com um exemplo de uma palavra na qual se inclui a forma
apresentada do étimo latino ou grego.
A B C
1. ACTU- a) clave A. chave
3. Preenche o quadro que se segue com a classificação das palavras apresentadas, de acordo com
o seu processo evolutivo.
Nome Adjetivo
mãe
branco
altivo
digno
bondade
sono
lento
tolerante
sedução
compaixão
admiração
2. Transcreve as palavras sublinhadas em cada uma das frases para o quadro, agrupando-as de
acordo com a classe a que pertencem.
a) A elegância dos felinos surpreendia todos os visitantes do Jardim Zoológico.
b) Eles comunicaram-nos que na semana seguinte não iriam à reunião.
c) Alguns alunos entregaram o trabalho mais tarde.
d) A festa estava cheia de jovens.
e) Aquela equipa ganhou o primeiro prémio pelo seu desempenho.
f) O velho era sapientíssimo.
g) Os seus colegas apenas lhe perguntaram se sabia a resposta.
h) Alguém explicou o motivo por que a reunião terminou abruptamente.
i) Que queres que faça?
j) A cidade onde eles vivem é muito famosa.
k) Ambas as crianças responderam a todas as questões.
l) Abre a porta, por favor, que a sala precisa de arejar.
m) Como estava frio, levámos muitas mantas.
Classes Palavras
a) Nomes
b) Verbos
c) Adjetivos
d) Advérbios
e) Pronomes
f) Quantificadores
g) Preposições
h) Conjunções
i) Determinantes
3.1 a) _________________________________
b) _________________________________
3.2 a) _________________________________
b) _________________________________
c) _________________________________
3.3 a) _________________________________
b) _________________________________
3.4 a) _________________________________
b) _________________________________
c) _________________________________
3.5 a) _________________________________
b) _________________________________
3.6 a) _________________________________
b) _________________________________
c) _________________________________
d) _________________________________
3.7 a) _________________________________
b) _________________________________
c) _________________________________
1. Faz corresponder cada uma das frases da coluna A à classificação do seu tipo de sujeito
apresentada na coluna B.
A B
a) As etapas do processo de seleção de candidatos duraram
várias semanas. 1. sujeito simples
b) Na maior parte das ocasiões, faz-se este caminho a pé.
c) Na semana passada, chegaram várias encomendas a
nossa casa.
d) A maioria dos alunos resolveu o exercício com facilidade. 2. sujeito composto
e) Alguns dos gatos mais pequenos esgueiraram-se através
da porta entreaberta.
f) No ano passado, nomeei-o gerente da empresa.
3. sujeito indeterminado
g) Marta, podes tomar nota disto, por favor?
h) O António, o mais aventureiro dos meninos, decidiu
fazer uma caminhada à noite.
i) Correr e caminhar são atividades muito saudáveis.
4. sujeito subentendido
j) Naquela aula, todas as nossas dúvidas foram esclarecidas
pela professora.
2. Classifica as frases que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
V F
a) O constituinte sublinhado na frase Eles perguntaram quem viria à festa desem-
penha a função sintática de sujeito.
b) Na frase Durante vários meses, todos os seus amigos o ajudaram na realização
das suas tarefas, o predicado é «o ajudaram na realização das suas tarefas».
c) O constituinte sublinhado na frase Rir muito faz bem à saúde desempenha a
função sintática de sujeito.
d) Na frase Estimado público, este filme foi galardoado com vários prémios no ano
passado, o predicado é «foi galardoado com vários prémios».
e) O constituinte sublinhado na frase Seria benéfico que todos experimentassem
pelo menos uma vez esta atividade desempenha a função sintática de sujeito.
f) Na frase A organização de vários eventos da área do desporto foi uma experiência
extremamente enriquecedora, o sujeito é «A organização de vários eventos».
g) Na frase Caros membros da associação de estudantes da Faculdade de Direito,
vamos dar início à sessão, o vocativo é «Caros membros».
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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano 77
3. De entre as orações sublinhadas, assinala com X aquelas que desempenham a função sintática
de sujeito.
A B
a) Os alunos garantiram à professora que
tinham terminado o trabalho.
b) Ele foi acompanhado por vários
especialistas ao longo de todo o processo.
1. complemento direto
c) Perguntámos-lhe se queria viajar connosco.
2. Classifica as afirmações que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
V F
a) Na frase «Ele esforçou-se muito para que a sua equipa tivesse um bom resultado»,
a oração sublinhada desempenha a função sintática de complemento oblíquo.
b) O constituinte sublinhado, na frase «Todos o consideravam digno de admiração»,
desempenha a função sintática de predicativo do sujeito.
c) O constituinte sublinhado, na frase «Durante vários dias, todos meditaram
profundamente sobre essa questão», desempenha a função sintática de
complemento oblíquo.
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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano 79
3. Assinala com um X a frase da coluna B cujo constituinte sublinhado não desempenha a função
sintática indicada na coluna A.
A B
1. Chegaram agora várias pessoas.
2. Ele ajudava frequentemente todos os seus colegas.
a) complemento direto 3. Eles cumprimentavam quem queriam.
4. Ele prometeu que chegaria cedo.
5. Não sei se escrevi a morada corretamente.
A B
a) A prima da Joana é muito simpática.
Modificador Modificador
Complemento
Frases do nome do nome
do nome
apositivo restritivo
a) O Miguel, profundamente satisfeito, aceitou
prontamente o convite.
b) A distribuição das tarefas foi realizada
rapidamente.
c) Eles vivem no arquipélago dos Açores.
d) Os amigos da Marta ofereceram-lhe um livro.
e) Os turistas entraram no palácio, onde o guia os
aguardava.
f) Esse vestido preto é muito elegante.
g) A rua onde moro é muito tranquila.
h) A peça de que te falei vai estrear agora.
i) A hipótese de nos perdermos na floresta é muito
remota.
j) O regresso dos alunos trará mais vida à escola.
k) O gelado que fizeste era delicioso.
l) A elaboração do relatório demorou vários dias.
1. Classifica as afirmações que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
V F
a) Na frase O neto da Rita é muito simpático, o constituinte sublinhado
desempenha a função sintática de modificador do nome restritivo.
b) O constituinte sublinhado na frase O trabalho da turma tem sido muito
satisfatório desempenha a função sintática de complemento do nome.
c) Na frase O museu que visitámos abriu recentemente, o modificador do nome
restritivo é «que visitámos abriu recentemente».
d) O constituinte sublinhado na frase Ele está confiante de que faremos um ótimo
trabalho desempenha a função sintática de complemento do nome.
e) Na frase Todos ficaram deslumbrados com a imponência do edifício, o
constituinte «do edifício» desempenha a função sintática de modificador do
nome restritivo.
f) O constituinte sublinhado na frase O país cuja capital visitei é muito exótico
desempenha a função sintática de modificador do nome restritivo.
g) Na frase Os ramos da árvore oscilavam com o vento, o constituinte «da
árvore» desempenha a função sintática de complemento do nome.
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2. Assinala com um X a frase da coluna B cujo constituinte sublinhado não desempenha a função
sintática indicada na coluna A.
A B
1. O teu amigo é muito simpático.
1. Classifica as frases que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
V F
a) A oração sublinhada na frase É fundamental que sigas as minhas instruções
desempenha a função sintática de complemento direto.
b) Na frase Ele está convicto de que todos ficarão entusiasmados com a sua
proposta, a oração sublinhada desempenha a função sintática de complemento
do nome.
c) O constituinte sublinhado na frase Eles conversaram durante toda a tarde
sobre a exposição de pintura desempenha a função sintática de complemento
oblíquo.
d) Na frase Ao ver o filme, lembrei-me de vários momentos da minha infância,
o constituinte sublinhado desempenha a função sintática de complemento
indireto.
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3. Assinala com um X a frase da coluna B cujo constituinte sublinhado não desempenha a função
sintática indicada na coluna A.
A B
1. Fizemos o trabalho em equipa.
2. Na cerimónia de encerramento do ano letivo, foram premiados vários
alunos.
a) sujeito
3. É urgente travar o aquecimento global.
4. Caminhar é uma atividade muito agradável.
5. A festa de homenagem ao cientista foi um evento muito concorrido.
1. Faz corresponder as orações sublinhadas em cada uma das frases da coluna A à sua
classificação na coluna B.
A B
a) Não te atrases, que o filme já começou.
b) Tirei os legumes do frigorífico, acendi o
fogão e comecei a cozinhar.
c) Ora corriam, ora nadavam. 1. oração coordenada
d) O aluno enganou-se, mas o professor não o
censurou.
2. oração coordenada conclusiva
e) Abri a janela e inspirei o ar fresco.
f) Este é o único trajeto até à praia, logo não
estamos perdidos. 3. oração coordenada copulativa
g) Não só terminámos o trabalho, como
também fomos à praia.
4. oração coordenada explicativa
h) Os atletas esforçaram-se ao máximo,
contudo os seus adversários eram mais
velozes.
5. oração coordenada assindética
i) Queres ir jantar a um restaurante ou
preferes encomendar uma refeição?
j) Aproxima-se uma grande tempestade, 6. oração coordenada adversativa
portanto vamos ficar em casa.
k) Quer fiques em casa, quer venhas
connosco, acabarás sempre por te divertir. 7. oração coordenada disjuntiva
l) Disse-lhe a verdade e ele manifestou a sua
compreensão.
m) Fecha a janela, pois tenho frio.
A B
1. oração coordenada copulativa +
oração coordenada copulativa
a) Nós fomos a Paris. Nós visitámos Londres.
2. oração coordenada disjuntiva +
b) Podes comer o pudim. Em alternativa, podes escolher oração coordenada disjuntiva
a salada de fruta.
3. oração coordenada + oração
c) Trouxe vários brinquedos para as crianças. Comprei-te
coordenada copulativa
um livro.
4. oração coordenada + oração
d) Estas flores são lindas. Vou oferecê-las às minhas
coordenada conclusiva
amigas.
5. oração coordenada + oração
e) O seu discurso foi longo. Todos o escutaram com
coordenada adversativa
atenção.
f) Fui à praia. Apanhei vários búzios. Fiz um colar. 6. oração coordenada + oração
coordenada assindética + oração
g) Entrega a encomenda o mais rapidamente possível. coordenada copulativa
A encomenda deveria ter chegado ontem ao seu destino.
7. oração coordenada + oração
coordenada explicativa
a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________
d) _________________________________________________________________________
e) _________________________________________________________________________
f) _________________________________________________________________________
g) _________________________________________________________________________
1. Classifica as frases que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
V F
a) Na frase A menos que tragas o casaco, não poderás vir connosco, a oração
sublinhada classifica-se como subordinada adverbial concessiva.
b) A oração sublinhada na frase Como chegámos muito cedo, podemos ir passear
classifica-se como subordinada adverbial comparativa.
c) Na frase Mal terminei a leitura, arrumei o livro, a oração sublinhada classifica-se
como subordinada adverbial temporal.
d) A oração sublinhada na frase Mesmo que eles cheguem agora, não poderemos
partir já classifica-se como subordinada adverbial consecutiva.
e) Na frase Salvo se comprares um bilhete, não poderás assistir ao concerto, a
oração sublinhada classifica-se como subordinada adverbial condicional.
f) A oração sublinhada na frase A confusão era tão grande que nos perdemos uns
dos outros classifica-se como subordinada adverbial concessiva.
g) Na frase Ele é tal qual o seu irmão, a oração sublinhada classifica-se como
subordinada adverbial comparativa.
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____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
A B
1. Como está muito frio, vamos acender a lareira.
a) oração
2. Ele canta tão bem como dança.
subordinada
3. Visto que eles ainda não chegaram, vamos aguardar mais um pouco.
adverbial
4. Já que o bolo está delicioso, vou comer mais uma fatia.
causal
5. Decidi ajudá-los, uma vez que havia uma pessoa em falta na equipa.
1. Classifica as frases que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
V F
a) Na frase A fase em que nos encontramos é fundamental para o
desenvolvimento do projeto, a oração subordinada é «é fundamental para o
desenvolvimento do projeto».
b) A oração subordinante na frase Na zona onde moramos, há muitos jardins é
«Na zona onde moramos».
c) Na frase Fiz tudo quanto queria, a oração subordinada é «quanto queria».
2. Assinala com um X a classificação que corresponde a cada uma das orações sublinhadas nas
frases.
A B
oração subordinante + oração
a) Eles estão no café. No café, há uma esplanada.
subordinada adjetiva relativa restritiva
b) O António é um melómano. O António comprou oração subordinante + oração
um piano. subordinada adjetiva relativa explicativa
c) Este realizador ganhou um prémio. O último filme oração subordinante + oração
deste realizador é absolutamente admirável. subordinada adjetiva relativa explicativa
d) O Manuel é um apreciador de pintura. O Manuel oração subordinante + oração
ofereceu-nos convites para a exposição. subordinada adjetiva relativa explicativa
e) A informação foi transmitida a poucas pessoas. oração subordinante + oração
Essas pessoas divulgaram-na através da internet. subordinada adjetiva relativa restritiva
f) Falei-te deste livro. Este livro foi recentemente oração subordinante + oração
galardoado com um prémio. subordinada adjetiva relativa restritiva
g) Neste momento, estou a viver em Coimbra. oração subordinante + oração
Coimbra é uma cidade cheia de tradições. subordinada adjetiva relativa explicativa
a) _________________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________________
d) _________________________________________________________________________________________
e) _________________________________________________________________________________________
f) _________________________________________________________________________________________
g) _________________________________________________________________________________________
92 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano
Ficha de Gramática 12
Subordinação
(orações subordinadas substantivas)
1. Assinala com um X a classificação que corresponde a cada uma das orações sublinhadas nas
frases.
A B
a) Algumas pessoas esforçaram-se ao máximo. Essas oração subordinada substantiva
pessoas conseguiram ultrapassar todos os obstáculos. relativa + oração subordinante
b) As crianças fizeram um juramento. Comprometeram- oração subordinante + oração
-se a ajudar-se sempre umas às outras. subordinada substantiva completiva
c) Os alunos fizeram uma pergunta ao professor. oração subordinante + oração
Queriam saber se ele gostava de chocolate. subordinada substantiva completiva
d) Eles telefonavam a algumas pessoas. Essas pessoas oração subordinante + oração
sentiam-se solitárias. subordinada substantiva relativa
e) Ele começou a procurar os óculos. Fê-lo no sítio em oração subordinante + oração
que os tinha visto pela última vez. subordinada substantiva relativa
a) __________________________________________________________________________
b) __________________________________________________________________________
c) __________________________________________________________________________
d) __________________________________________________________________________
e) __________________________________________________________________________
4. Completa as frases que se seguem com o tipo de oração subordinada substantiva indicado
entre parênteses.
1. Faz corresponder as orações sublinhadas em cada uma das frases da coluna A à sua
classificação na coluna B.
A B
a) A ave cujo comportamento estou a estudar é 1. oração coordenada
praticamente desconhecida.
b) Não sei se o horário do museu sofreu 2. oração coordenada
alterações. conclusiva
c) Ele defende sempre quem é mais frágil. 3. oração coordenada
copulativa
d) A menos que tenha companhia, não farei a 4. oração coordenada
caminhada. explicativa
e) A Maria (de quem sou amiga há vários anos) 5. oração subordinada adjetiva
não hesitou em abrir-me as portas da sua casa. relativa restritiva
f) Calcei os ténis e comecei a correr. 6. oração subordinada adjetiva
relativa explicativa
g) Embora não esteja há muito tempo nesta 7. oração subordinada
empresa, já fiz bons amigos. adverbial causal
h) Como as crianças vêm connosco à praia, vou 8. oração subordinada
levar um guarda-sol. adverbial comparativa
i) O jardim que eles me levaram a visitar é 9. oração subordinada
deslumbrante. adverbial concessiva
j) Não venho aqui há dez anos, portanto ainda 10. oração subordinada
não tinha visto este edifício. adverbial condicional
k) Assim que souberes a resposta, telefona-me, 11. oração subordinada
por favor. adverbial consecutiva
l) Ele acendeu a lareira e sentou-se no sofá. 12. oração subordinada
adverbial final
m) Ele desenha melhor do que escreve. 13. oração subordinada
adverbial temporal
n) Eles limparam a casa de tal maneira que esta 14. oração subordinada
ficou irreconhecível. substantiva completiva
o) Não demores muito, por favor, que estou com 15. oração subordinada
muita fome. substantiva relativa
p) Ele comprou um cronómetro para controlar 16. oração subordinante
melhor os seus resultados.
A B
c) Esta praia é a minha preferida. Todos os anos regresso cá. oração subordinada adverbial
causal + oração subordinante
d) A temperatura tinha subido bastante. O gelo não derreteu. oração subordinante + oração
subordinada adverbial concessiva
1. Faz corresponder cada uma das frases da coluna A à sua modalidade (e, caso se aplique, ao
respetivo valor modal), que é apresentada na coluna B.
A B
A B
1. Eles conheceram-se nesse jantar.
2. Não há dúvida de que o comboio será pontual.
a) Modalidade epistémica
3. Estou certa de que este é o caminho correto.
(valor modal de certeza)
4. Aprecio bastante este prato.
5. É incontestável que este resultado está correto.
3. Identifica a modalidade (e, caso se aplique, o valor modal) das frases que se seguem.
1. Classifica as frases que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
V F
a) Na frase Que horas são? está presente um ato ilocutório diretivo.
b) Através da frase Concordo com o que disseste é realizado um ato ilocutório expressivo.
c) Na frase Juro que não te vou desiludir está presente um ato ilocutório assertivo.
d) Através da frase Agradeço profundamente a tua ajuda é realizado um ato ilocutório
assertivo.
e) Na frase Confesso que não percebi o que me disseste está presente um ato ilocutório
diretivo.
f) Através da frase Está contratado! (proferida por um locutor com autoridade para o
fazer) é realizado um ato ilocutório diretivo.
g) Na frase Aconselho-te a não desistires dos teus objetivos está presente um ato
ilocutório assertivo.
h) Através da frase Garanto-te que, daqui em diante, passarei a ser pontual é realizado
um ato ilocutório compromissivo.
i) Na frase Aprecio profundamente as caminhadas no meio da Natureza está presente um
ato ilocutório expressivo.
j) Através da frase Parabéns pelo teu novo emprego! é realizado um ato ilocutório
assertivo.
k) Na frase Suplico-vos que me ouçam está presente um ato ilocutório diretivo.
l) Através da frase Peço desculpa pelo meu atraso é realizado um ato ilocutório assertivo.
m) Na frase Farei tudo o que puder para te ajudar está presente um ato ilocutório
expressivo.
n) Através da frase Sugiro que recomeces o texto é realizado um ato ilocutório diretivo.
o) Na frase Podes abrir a porta, por favor? está presente um ato ilocutório assertivo.
p) Através da frase Responsabilizar-me-ei pelos resultados do projeto é realizado um ato
ilocutório expressivo.
q) Na frase O romance Os Maias foi publicado em 1888 está presente um ato ilocutório
assertivo.
A B
1. Admito que me enganei no caminho.
2. O degelo tem vindo a acentuar-se cada vez mais.
a) Ato ilocutório assertivo 3. Confesso que não ouvi o seu discurso.
4. Amanhã começarei o trabalho.
5. Todos os verões, vou passar férias ao Algarve.
1. Faz corresponder cada uma das anáforas da coluna A à sua classificação, que é apresentada na
coluna B.
A B
A B
1. Faz corresponder as frases da coluna A ao tipo de coesão que é garantido através dos
elementos sublinhados, que é apresentado na coluna B.
(Um elemento da coluna B pode corresponder a mais de uma frase.)
A B
A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no outono de 1875, era conhecida na
vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do
Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda campestre,
o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro
5 no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o
aspeto tristonho de residência eclesiástica que competia a uma edificação do reinado da senhora
3. Identifica o tipo de coesão que é garantido através dos processos referidos nas alíneas que se
seguem.
a) Relação entre os vocábulos «casa» (linha 1) e «varandas» (linha 4), «janelinhas» (linha 5),
«telhado» (linha 5), «postigos» (linha 13), «tetos» (linha 16), «paredes» (linha 16), «terraço» (linha 19)
e «quintal» (linha 19).
____________________________________________________________________
b) Utilização do pronome «que» (linha 1).
____________________________________________________________________
c) Recurso ao termos «Ramalhete» (linhas 3, 4, 8, 12, 19 e 25).
____________________________________________________________________
d) Relação entre as palavras «edificação» (linha 6), «vivenda» (linha 3) e «casarão» (linha 4).
____________________________________________________________________
e) Utilização do advérbio «lá» (linha 14).
____________________________________________________________________
f) Recurso ao pronome «lhe» (linha 15).
____________________________________________________________________
g) Utilização da conjunção coordenativa «mas» (linha 17).
____________________________________________________________________
h) Recurso ao advérbio relativo «onde» (linha 21).
____________________________________________________________________
i) Utilização do conector «Além disso» (linha 22).
____________________________________________________________________
1. Classifica as frases que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas.
V F
a) Na frase Eles foram à praia comigo, a palavra sublinhada é um deítico pessoal.
b) O deítico sublinhado na frase Maria, por favor, fecha a porta classifica-se como
espacial.
c) Na frase Ontem encontrámos os nossos amigos naquele jardim, a palavra
sublinhada é um deítico temporal.
d) O deítico sublinhado na frase Este livro é muito interessante classifica-se como
espacial.
e) Na frase Eles deram-te os bilhetes?, a palavra sublinhada é um deítico espacial.
____________________________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________________________
E Dâmaso rompeu pela sala, carregado de luto, de flor ao peito, gorducho, risonho, familiar,
com o chapéu na mão, trazendo dependurado por um barbante um grande embrulho de papel
pardo… Mas ao ver Carlos ali, intimamente, de cadelinha no colo, estacou assombrado, com o
olho esbugalhado, como tonto. […]
– Então tu aqui, homem? Isto é que é uma surpresa! Ora quem me diria!... Eu estava mais
longe…
Maria Eduarda, incomodada com aquele alarido, indicou-lhe vivamente uma cadeira,
interrompeu um instante o bordado, quis saber como ele tinha chegado.
– Perfeitamente, minha senhora… Um bocado cansado, como é natural… Venho direitinho
de Penafiel… Como Vossa Excelência vê – e mostrou o seu luto pesado – acabo de passar por
um grande desgosto.
Eça de Queirós, Os Maias, Porto, Livros do Brasil, 2002, p. 379.
A B
2. deítico pessoal
k) O café fica aqui perto.
m) Respondeste-me ontem?
Texto A
Observa com atenção o cartoon de Igor Pashchenko, abaixo apresentado, intitulado «O que há
no menu?».
Texto A
Lê com atenção a apreciação crítica de Mamadou Ba que se segue.
5
A dos mais famosos stand-up
comediants do mundo, o autor
deste livro é ele próprio um
condensado da história de uma das maiores
vilanias ideológicas do século XIX, arrastada
35
reprimi-lo», p. 36), retratando como a violência
simbólica e física era presença quotidiana em
todas as esferas da vida dos não brancos, sobre-
tudo negros, e como foi a forma administrativa
de gestão política da segregação racial e da
até finais do século XX: o Apartheid. manutenção do privilégio branco. Ele nasce 10
Nelson Mandela disse um dia que «uma 40 anos antes do fim oficial do Apartheid com a
autobiografia não é um mero catálogo de eventos chegada ao poder de Mandela, em 1994, e nessa
10 e experiências, mas serve também como uma década o regime sul-africano estava cada vez
espécie de anteprojeto em que os outros podem mais isolado, perdendo apoio das antigas po-
modelar as suas vidas», mostrando como a tências coloniais ocidentais devido à luta dos
história dos resistentes contra o Apartheid é 45 movimentos de libertação dos negros, mas tam-
também a história do país e da sua gente. bém às pressões e mobilizações internacionais
15 Assim se pode ler este livro que se contra o Apartheid, num continente quase
concentra numa história familiar cujo lugar de totalmente livre do jugo colonial.
enunciação parte dum corpo mestiço numa Todos os episódios contados com a avó e com o
sociedade em que a mistura racial era uma 50 avô, mas, sobretudo, com os colegas negros e
heresia. Trevor nasce do amor que a política do brancos da escola em que para estes era negro e
20 ódio transformou em crime porque, para a para aqueles era branco, são o resultado da
ideologia da supremacia racial, ele era o cultura da ideologia da raça que definiu a
resultado da conspurcação da pureza branca. dimensão cromática como uma fronteira de
O autor de Sou um crime nasceu em 1984, 55 identificação. Trevor percebeu bem cedo que
de mãe sul-africana negra e pai suíço germa- tinha de se posicionar face ao não lugar que o
25 nófono, na township de Soweto, arredores de Apartheid lhe atribuía: «Apesar de tudo, tinha
Joanesburgo, onde 8 anos antes Hector Pieterson, de escolher. Porque o racismo existe e temos de
uma criança de 13 anos, fora assassinado pela eleger um lado. Podemos afirmar que não
polícia numa manifestação estudantil. O autor 60 escolhemos lados, mas, mais cedo ou mais
narra a infância durante um regime que tarde, a vida obrigar-nos á a escolher» (p. 231)
30 mantinha o poder pela violência e terror («a «e com os miúdos negros, não estava constan-
township vivia num estado constante de temente a tentar ser. Com os miúdos negros,
insurreição; onde havia sempre alguém a simplesmente era». (p. 63).
4. A oração «que a política do ódio transformou em crime» (linhas 20-21) desempenha a função
sintática de
A. modificador do nome apositivo.
B. modificador do nome restritivo.
C. complemento do nome.
D. complemento direto.
5. A oração «que tinha de se posicionar face ao não-lugar que o Apartheid lhe atribuía» (linhas 56-58)
desempenha a função sintática de
A. sujeito.
B. complemento direto.
C. complemento oblíquo.
D. complemento indireto.
Q
uem leu há mais de uma década o 45 Nela, por causa dos avanços tecnológicos,
romance Nunca me deixes, de sofre-se perda de status e respeito por si
Kazuo Ishiguro, publicado em 2005 próprio. O fosso não existe só entre ricos e
pela Gradiva, editora portuguesa do pobres. Máquinas como Klara podem sofrer
5 escritor britânico
bri nascido no Japão, poderá não se bullying, por parte dos humanos que as veem
recordar bem da história ou das suas 50 como uma ameaça, e são de alguma maneira
personagens. Mas nunca terá esquecido o escravas até ficarem obsoletas. Por outro lado,
impacto que sentiu ao lê-lo: não só por causa do há por vezes uma crença nela e nas suas
ambiente que o autor, galardoado com o Prémio capacidades por parte dos humanos que é
10 Nobel da Literatura anos depois, em 2017, recria inexplicável. Tal como existe a crença de
naquele romance distópico de ficção científica 55 Klara no Sol todo-poderoso.
que aborda a clonagem; mas também pela forma Uma das características mais apaixonantes
brilhante como conduz os leitores através da deste romance, em que Ishiguro volta a abordar
narrativa e demora a revelação do que realmente o tema da condição humana, da alma, da
15 ali se passa. Essa mesma sensação é-nos dada solidão, da doença, da morte, do amor, é a
pela leitura deste Klara e o Sol, o primeiro 60 oportunidade que o escritor tem aqui de jogar
romance que lança depois do Nobel, e que situa com a perceção através da maneira como Klara
algures nos Estados Unidos da América. Há por vê o mundo que tem à sua frente. Às vezes, as
isso em Klara e o Sol um imaginário e paisagens imagens que ela vê estão divididas em caixas.
20 como as dos quadros de alguns pintores norte- Isto é, sob stress, a sua visão muda: em vez de
americanos, com vastos campos e céu no 65 um único painel, surgem muitos painéis, às
horizonte, mas também, imagens como as dos vezes com imagens em conflito. Uma
prédios e luzes artificiais de Edward Hopper coincidência ou talvez não em relação à
(1882-1967). situação pandémica que agora vivemos, em
25 Klara é uma Amiga Artificial, um tipo de que passamos muitas horas em frente a ecrãs
androide alimentado a energia solar que os pais 70 de computador, enfrentando diversos rostos, tal
compram para que faça companhia aos filhos como Klara. E há cenas em que as suas
enquanto estes crescem. Ela é a narradora que nos memórias, se assim lhe podemos chamar,
descreve e revela todas aquelas personagens – parecem intrometer-se na sua visão, o que é
30 Josie, a menina que a escolhe para com- bastante surreal, pois não têm qualquer lugar
panheira; o seu amigo Rick, que constrói 75 naquilo que ela está a ver nesse momento.
pássaros mecânicos; as mães de ambas as «Como se fossem diferentes olhos», ou «uma
crianças, a governanta, o pai de Josie, etc. – e espécie de cubismo» como se lhe referiu
aquela sociedade imaginária, jovem, com valores Ishiguro durante a conferência de imprensa
35 em mudança servindo-se da Inteligência Artifi- online. Uma das coisas mais libertadoras que
cial como recurso para a vida quotidiana, com 80 conseguiu por ter escolhido uma inteligência
questões éticas levantadas pela opção de criar artificial como narrador. «É como se fosse
crianças geneticamente modificadas para serem aquela sequência na última parte do filme de
mais capazes. Com alguns ecos do tempo atual, Kubrik, 2001: odisseia no Espaço, em que as
40 pois há poluição neste mundo e estes jovens coisas ficam muito avant-garde, em que vemos
estudam a partir de casa, frente a um retângulo e 85 no ecrã aquelas formas estranhas coloridas e
de auscultadores nos ouvidos. É uma sociedade abstratas. Lembro-me de ver aquilo em miúdo e
estratificada, em que uns ainda mantêm o emprego pensar como era interessante podermos colocar
e outros o perderam para sempre. um pedaço de um filme completamente abstrato,
Texto A
Lê o discurso político que se segue.
5
H desinteresse dos jovens em relação
à política e à coisa pública. Eu não
estou preocupado, porque cada
geração sabe encontrar respostas para os seus
próprios problemas. Não vou dizer, como é
35
Assim em relação a vocês: se não
defenderem os vossos direitos, se não fizerem
política pelos vossos direitos, alguém a fará por
vós ou contra vós.
Quem ataca o Parlamento ataca-se a si
costume, que no meu tempo é que era. Não era. mesmo. O Parlamento é a casa da Democracia
No meu tempo era a ditadura, a censura, a e a instituição que representa o povo.
repressão política, social, cultural, sexual. No Robert Buron, um resistente francês, disse
10 meu tempo era a guerra. 40 que «ser deputado é a mais nobre missão do
Também não vou dizer que hoje é tudo bom. mundo». Claro que pode haver bons e maus
Os problemas são outros, outras as guerras da deputados. O parlamento podia ser melhor. Mas
juventude de hoje: primeiro emprego, precarie- o pior de tudo é não haver parlamento nenhum.
dade, incerteza e insegurança em relação ao Estamos num mundo diferente, global, com
15 futuro. 45 novas causas – o ambiente, o urbanismo, a luta
Mas há uma diferença. Essa diferença é a contra o desemprego e contra as desigualdades.
liberdade e a democracia. Essa diferença é a Um mundo difícil para todos e para a
Constituição, onde estão não só os direitos juventude. Têm na vossa mão uma grande
políticos, mas os direitos sociais, económicos, arma – a liberdade de falar, de pensar pela
20 culturais, ambientais. Essa diferença é a 50 vossa cabeça, de protestar, de votar, de agir, de
possibilidade de falar de política sem medo de intervir.
falar de política. A possibilidade de criticar Sartre, um filósofo francês, escreveu: «Não
sem medo de criticar. O direito de protestar tenham medo de pedir a Lua, porque o próprio
sem medo de protestar. da juventude é pedir o impossível.»
25 Havia uma má tradição em Portugal – 55 Não se conformem, não deixem que vos
antipolítica e antiparlamentar. Quem diz que não roubem a juventude, não deixem que vos roubem
é político já está a fazer uma declaração política e a vossa vida.
a manifestar o pior de todos os incivismos. Ousem a vossa vida, dancem a vossa vida.
Sócrates, o filósofo grego, dizia que fazia
30 política em legítima defesa, para não serem
2. Para comprovar que «Quem diz que não é político […] está […] a manifestar o pior de todos os
incivismos» (linhas 26-28), Manuel Alegre afirma que
A. os jovens devem lutar pelos seus direitos; caso contrário, estes poderão vir a ser
postos em causa.
B. os deputados, na qualidade de representantes do povo no Parlamento, desempenham
uma missão muito nobre, razão pela qual devem ser incondicionalmente apoiados
pelos jovens.
C. Sócrates, o filósofo grego, dedicava-se à política, uma vez que tinha consciência de
que, se outros o fizessem no seu lugar, seria inevitavelmente prejudicado pelos seus
adversários.
D. o Parlamento, enquanto casa da Democracia, funciona de forma perfeita.
3. Através da última frase do texto – «Ousem a vossa vida, dancem a vossa vida.» (linha 58) –, na
qual é retomado o seu título, o autor visa
A. salientar o facto de que, na época atual, a vida dos jovens é muito difícil.
B. sublinhar o facto de que a globalização levou ao aparecimento de novas causas.
C. incentivar os jovens a terem a coragem de lutar ativamente pelos seus ideais.
D. destacar o crescente conformismo dos jovens.
4. A oração «que no meu tempo é que era» (linha 7) classifica-se como subordinada
A. adverbial temporal.
B. adjetiva relativa restritiva.
C. adverbial consecutiva.
D. substantiva completiva.
5. A oração «onde estão não só os direitos políticos, mas os direitos sociais, económicos, culturais,
ambientais» (linhas 18-20) classifica-se como subordinada
A. substantiva relativa.
B. adjetiva relativa explicativa.
C. adjetiva relativa restritiva.
D. adverbial concessiva.
5
H sob cuja sombra simbólica nos en-
contramos, assinava a Proclamação
da Emancipação. Esse decreto funda-
mental foi como um raio de luz de esperança para
milhões de escravos negros que tinham sido
45 areias movediças da injustiça racial para a
rocha sólida da fraternidade.
Não haverá tranquilidade nem descanso na
América até que o Negro tenha garantido todos
os seus direitos de cidadania.
marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa 50 Existe algo, porém, que devo dizer ao meu
injustiça. Veio como uma aurora feliz para povo que se encontra no caloroso limiar que
terminar a longa noite do cativeiro. Mas, 100 conduz ao palácio da justiça. No percurso de
10 anos mais tarde, devemos enfrentar a realidade ganharmos o nosso legítimo lugar não devemos
trágica de que o Negro ainda não é livre. ser culpados de atos errados. Não tentemos
100 anos mais tarde, a vida do Negro é 55 satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça
ainda lamentavelmente dilacerada pelas alge- da amargura e do ódio.
mas da segregação e pelas correntes da discri- Temos de conduzir a nossa luta sempre no
15 minação. nível elevado da dignidade e disciplina. Não
Por isso, encontramo-nos aqui hoje para devemos deixar que o nosso protesto realizado
dramaticamente mostrarmos esta extraordinária 60 de uma forma criativa degenere na violência
condição. Num certo sentido, viemos à capital do física. Teremos de nos erguer uma e outra vez
nosso país para descontar um cheque. Quando os às alturas majestosas para enfrentar a força
20 arquitetos da nossa república escreveram as física com a força da consciência.
magníficas palavras da Constituição e da Esta maravilhosa nova militância que
Declaração de Independência, estavam a assinar 65 engolfou a comunidade negra não nos deve levar
uma promissória de que cada cidadão americano a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois
se tornaria herdeiro. muitos dos nossos irmãos brancos, como é claro
25 Este documento era uma promessa de que pela sua presença aqui, hoje, estão conscientes de
todos os homens veriam garantidos os direitos que os seus destinos estão ligados ao nosso
inalienáveis à vida, à liberdade e à procura da 70 destino, e de que a sua liberdade está intrinse-
felicidade. É óbvio que a América ainda hoje não camente ligada à nossa liberdade.
pagou tal promissória no que concerne aos seus Voltem para o Mississipi, voltem para o
30 cidadãos de cor. Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem
Por isso viemos aqui cobrar este cheque – um para a Geórgia, voltem para a Luisiana, voltem
cheque que nos dará quando o recebermos as 75 para os bairros de lata e para os guetos das nossas
riquezas da liberdade e a segurança da justiça. modernas cidades, sabendo que, de alguma
Também viemos a este lugar sagrado para forma, esta situação pode e será alterada. Não nos
35 lembrar à América a clara urgência do agora. embrenhemos no vale do desespero.
Não é o momento de se dedicar à luxúria do Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar
adiamento, nem para se tomar a pílula tran- 80 das dificuldades e frustrações do momento,
quilizante do gradualismo. Agora é tempo de ainda tenho um sonho. É um sonho profun-
tornar reais as promessas da Democracia. Agora damente enraizado no sonho americano.
40 é o tempo de sairmos do vale escuro e desolado Tenho um sonho que um dia esta nação
da segregação para o iluminado caminho da levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da
justiça racial. Agora é tempo de abrir as portas 85 sua crença: «Consideramos estas verdades como
da oportunidade para todos os filhos de Deus. evidentes por si mesmas, que todos os homens são
criados iguais.»
Discurso de Martin Luther King, Jr., em Washington, D.C., após a Marcha para Washington, 28/08/1963
(texto adaptado e com supressões, consultado em https://www.arqnet.pt a 23/12/2021).
2. A anáfora utilizada nas frases apresentadas entre as linhas 22 e 26 visa demonstrar que
A. as mudanças exigidas devem ser implementadas de forma gradual, para que o
processo não acabe por degenerar em conflitos violentos.
B. é urgente acabar com a segregação racial.
C. é fundamental que os seus interlocutores enfrentem a força física com dignidade e
disciplina.
D. os seus interlocutores devem regressar urgentemente aos locais de onde são
naturais.
3. O constituinte «100 anos mais tarde» (linha 12) desempenha a função sintática de
A. complemento oblíquo.
B. modificador (do grupo verbal).
C. modificador apositivo do nome.
D. complemento do adjetivo.
Texto A
Lê atentamente o seguinte artigo de opinião, de Vítor Belanciano.
Se necessário, consulta as notas.
5
O Mas dir-se-ia que nos últimos
tempos se intensificou. Diz a
sabedoria popular que o fenó-
meno tem nome: virar o bico ao prego. Ou
40
anos. A comparação não faz qualquer sentido e
esquece o principal, o que é habitual em quem
passa o tempo a assegurar que o passado não
pode ser reparado, como se essa fosse a questão.
seja, mudar de assunto, fazendo com que não Claro que o passado não pode ser emendado.
se discuta verdadeiramente o que está em Mas estes gestos são relevantes e profiláticos
causa. Quando se debate assédio sexual ou para o presente e levam-nos a pensar também
machismo, acaba-se a discutir as responsabili- 45 noutros futuros possíveis. São reconhecimentos
10 dades de quem resolveu queixar-se. Quando o de que algo está a mudar, de que surgiram
assunto é a representatividade ou o direito à outras compreensões que antes não entrevíamos,
igualdade, por razões raciais, de género ou e que vieram adicionar outras camadas de
outras, como parece normal em democracias entendimento à realidade. Ao mesmo tempo, são
com alguma maturidade como a portuguesa, 50 demonstrações de que é possível criar coabita-
15 inverte-se a contestação e fala-se antes de ções sem paternalismos, expondo vontade de
boicote, censura ou intolerância. construir com quem foi desumanizado e sobre
Agora existe ainda um outro fenómeno. quem continua a ser alvo dos piores estereó-
Antecipar controvérsias. Em Portugal, aconte- tipos.
ceu isso recentemente quando, a propósito da 55 Querem-nos fazer acreditar que o mundo está a
20 polémica à volta de Os Maias, de Eça de ser varrido por uma onda de choque que já se teria
Queirós,1 se afirmou que, por este andar, qual- tornado dominante e que deseja censurar tudo à
quer dia, os visados poderiam ser Camões, sua passagem, o que só pode provocar sorrisos. É
Fernando Pessoa e sabe-se lá que mais outras inegável que existe uma nova consciência sobre
figuras imaculadas da Lusitânia, forma evi- 60 questões raciais, de género, ambientais ou
25 dente de desvalorizar o que está a ser nomeado classistas, mas os ventos de mudança são lentos.
no presente e o que virá no futuro. Agora parece evidente que existe muita gente a
Um outro fenómeno é o escarnecer de sentir-se posta em causa, aproveitando com
quem pede desculpa por acontecimentos do astúcia algumas das fragilidades – e excessos, aqui
seu passado. Nos últimos dias, o comediante 65 e ali, é verdade – destas lutas, tentando nivelá-las
30 John Cleese mostrou-se irónico em relação a com pregões como a «invasão da ideologia de
um pedido de desculpas, endereçado a género» ou as «fogueiras da inquisição» e outras
imigrantes indianos pelo ator Hank Azaria tontarias que tais. O objetivo da intoxicação,
(por ter dado voz a uma personagem de consciente ou inconsciente, é óbvio. Entra-se na
estereótipo racial na série Os Simpsons),2 70 discussão, mas nunca se fala do que realmente está
35 argumentando que sendo assim também os a ser questionado, seja racismo, sexismo ou
Monthy Pyton teriam de pedir desculpa a todos classismo, para o foco serem possíveis efeitos
1 Em 2021, Vanusa Lima, uma estudante de doutoramento da universidade americana de Massachussetts, apresentou uma palestra na
qual fez referência a passagens racistas d’ Os Maias, leitura do romance que gerou muita polémica.
2
No documentário The problem with Apu (2017), da autoria de Haru Kondabolu, a série Os Simpsons é criticada por, através da
personagem Apu, contribuir para a manutenção dos estereótipos das pessoas sul-asiáticas na cultura norte-americana. Em
consequência disso, o ator Hank Azaria decidiu deixar de dar voz a esta figura.
A. a «onda de choque» (linha 56) que está a varrer o mundo não tem qualquer tipo de
fragilidades.
B. o mundo atual está a ser invadido pela ideologia de género.
C. a sociedade atual está a ser intoxicada por aqueles que não desejam discutir o que
está verdadeiramente em causa nas questões fraturantes.
D. a nova ideologia pretende exercer uma censura feroz sobre todas as formas de
expressão.
4. A oração «de quem resolveu queixar-se» (linha 10) classifica-se como subordinada
5
U do debate público, trazido pelas
chamadas «redes sociais», mas
não só, é o funcionamento em
pleno da máquina a preto e branco. Para o
35
os gritos vierem de figuras que se apresentam de
forma folclórica. Olhem para mim e vejam
como estou indignado/a. Este estilo estava já no
futebol, passa para tudo o resto. Está bem para
debate político e cívico, só há duas os tempos, porque gera audiências. E mete
componentes que ganham em ser colocadas a medo aos medrosos, porque a intimidação e
preto e branco: uma é do domínio ético, é justo vingança têm aqui um papel importante.
ou injusto; e outra do domínio factual, é 40 O preto e branco é simples, é preguiçoso, é
10 verdade ou mentira. E mesmo nestes casos há redutor, é cómodo, não implica qualquer saber
muita coisa em cinzento que torna estas ou trabalho, e é eficaz para arregimentar pessoas
exceções difíceis de usar e fácil abusar delas. para a política tribal. As longas fiadas de tweets
Fora disso, fora das fotografias artísticas, o pouco mais são do que verificações de presença
preto e branco é tóxico e faz mal à cabeça. 45 e identidade, através das quais o autor do tweet
15 Cuidem-se para não se deixarem formatar. entra na cadeia alimentar para se sentir seguro e
As coisas têm cor, as que se veem e as que acompanhado e vilipendiar1 o adversário em
não se veem, mas hoje, se não forem a preto e cenas de matilha. Nada é verificado, frases,
branco, não circulam no ambiente tribal das factos, opiniões, nada é datado, nada tem o
políticas dos nossos dias. A redução da 50 contexto das circunstâncias, como se tudo fosse
20 complexidade, das nuances, das diferenças de na mesma e os tempos fossem iguais, e como
tempo e circunstância a duas simples caixas, tudo é repetido ad nauseam2 transforma-se não
preto e branco, esquerda e direita, nossos e digo em verdade, mas em imprecações úteis
deles, e as múltiplas variantes deste dualismo para o fim em vista. Ajustar contas, garantir o
contraditório exercem um feito perverso de 55 território, disseminar a calúnia e voltar para casa
25 empobrecimento de qualquer discussão que muito contente e feliz pelo serviço prestado ao
começa e acaba com uma classificação ou um ego próprio e às suas causas. Pobre mundo em
epíteto. Ou é preto, ou é branco. Ou é dos que vive esta gente viciada nas redes, mundo
nossos, ou é contra nós. Este estilo está a triste e solitário, enclausurado em boiões de
migrar para toda a comunicação social, para a 60 vinagre e numa gigantesca insegurança associada
30 imprensa sensacionalista e, em particular, para à covardia do anonimato ou ao conforto da tribo.
as televisões, com toda uma indústria da indi-
1
vilipendiar: menosprezar.
2
ad nauseam: até provocar náuseas ou aborrecimento.
4. Na frase «O preto e branco é simples, é preguiçoso, é redutor, é cómodo, não implica qualquer
saber ou trabalho, e é eficaz para arregimentar pessoas para a política tribal» (linhas 40-43), as
formas verbais exprimem um valor aspetual
A. genérico.
B. perfetivo.
C. habitual.
D. iterativo.
Na elaboração de uma exposição sobre um tema, deves ter em conta as fases que se seguem.
1. Planificação
2. Textualização
Utilizando como ponto de partida o plano que elaboraste, procede à escrita do texto, tendo
em conta as informações abaixo indicadas.
x A linguagem deve ser objetiva, não podendo ter marcas de subjetividade.
x O texto deve ser redigido na terceira pessoa.
x A introdução, o desenvolvimento e a conclusão do texto devem ser demarcados de forma
clara, através de parágrafos.
x As ideias devem ser articuladas de forma clara e coesa, através da utilização de conectores
e articuladores do discurso.
3. Revisão
Proposta A
Fazendo apelo à tua experiência de leitura do «Sermão de Santo António», de Padre António
Vieira, redige um texto expositivo no qual explicites as repreensões que são dirigidas aos
Roncadores, aos Pegadores, aos Voadores e ao Polvo, bem como as críticas aos homens que estão
associadas a cada um destes animais.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual explicites as repreensões que são dirigidas aos Roncadores,
aos Voadores, aos Pegadores e ao Polvo, bem como as críticas aos homens que estão
associadas a cada um destes animais, fundamentando os aspetos apontados com
referências concretas ao texto em causa;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta B
Fazendo apelo à tua experiência de leitura do «Sermão de Santo António», de Padre António
Vieira, redige um texto expositivo no qual explicites as repreensões, em geral, aos peixes que são
apresentadas nesta obra, bem como as críticas aos homens que lhes estão associadas.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual explicites as repreensões, em geral, aos peixes que são
apresentadas nesta obra, bem como as críticas aos homens que lhes estão associadas,
fundamentando os aspetos apontados através de referências concretas ao texto em causa;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta A
Redige um texto expositivo sobre o afunilamento do tempo em Frei Luís de Sousa, de Almeida
Garrett.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual expliques de que modo se processa o afunilamento do tempo
em Frei Luís de Sousa, bem como o seu contributo para a intensificação da tensão
dramática, fundamentando a tua resposta através de referências concretas à obra;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta B
Redige um texto expositivo sobre o afunilamento do espaço em Frei Luís de Sousa, de Almeida
Garrett.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual expliques de que forma se processa o afunilamento do espaço
em Frei Luís de Sousa, bem como o seu contributo para a intensificação da tensão
dramática, fundamentando a tua resposta através de referências concretas à obra;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta A
Redige um texto expositivo no qual compares a forma como Inês, na Farsa de Inês Pereira, de
Gil Vicente (obra que estudaste no 10.o ano), e Simão, Teresa e Mariana, em Amor de perdição,
reagem ao fracasso das suas expectativas em relação ao futuro.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual apontes uma diferença entre o modo como o malogro das
esperanças é encarado, por um lado, por Inês Pereira e, por outro lado, por Simão, Teresa e
Mariana, fundamentando a tua resposta através de exemplos significativos de cada uma
das obras;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta B
Redige um texto expositivo no qual compares o comportamento que a Mãe tem em relação a
Inês na Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente (obra que estudaste no 10.o ano), com a atitude que
João da Cruz tem relação à sua filha ao longo de Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual apontes uma semelhança e uma diferença entre a atitude da
Mãe de Inês e de João da Cruz em relação às respetivas filhas, fundamentando cada um dos
aspetos apontados através de um exemplo significativo da obra;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta A
Tendo em conta a tua experiência de leitura d’Os Maias, de Eça de Queirós, redige um texto
expositivo sobre as críticas que são feitas à sociedade portuguesa no episódio do jantar no Hotel
Central.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual enuncies duas críticas que são feitas à sociedade portuguesa
oitocentista no episódio do jantar no Hotel Central, fundamentando cada uma delas através
de referências concretas à obra;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta B
Tendo em conta a tua experiência de leitura d’Os Maias, de Eça de Queirós, redige um texto
expositivo no qual te refiras ao contraste entre a forma como Pedro da Maia e Carlos da Maia
foram educados, bem como às consequências que cada um dos métodos teve no percurso de vida
das personagens.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual explicites as diferenças entre o método seguido na educação
de Pedro da Maia e aquele que é aplicado na educação de Carlos da Maia, bem como os
efeitos que o processo educativo terá implementado no percurso de cada uma destas
personagens, fundamentando os aspetos apontados através de referências concretas à
obra;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta A
Tendo em conta a tua experiência de leitura do poema «O palácio da Ventura», redige um
texto expositivo no qual te refiras ao modo como, neste texto, é configurada a busca do Ideal.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual explicites a forma como, no poema «O palácio da Ventura», é
perspetivada a busca do Ideal, fundamentando os aspetos apontados através de
referências concretas ao texto em causa;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta B
Tendo em conta a tua experiência de leitura do poema «Tormento do ideal», redige um texto
expositivo no qual explicites o contraste Ideal/realidade que é estabelecido neste texto.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual explicites o contraste Ideal/realidade que é estabelecido no
poema «Tormento do ideal», fundamentando os aspetos apontados através de referências
concretas ao texto em causa;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta A
Tendo em conta a tua experiência de leitura do poema «O sentimento dum ocidental», de
Cesário Verde, redige um texto expositivo no qual te refiras ao modo como, neste texto, é feita
uma crítica às discrepâncias sociais existentes na sociedade portuguesa do final do século XIX.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual explicites a forma como, no poema «O sentimento dum
ocidental», de Cesário Verde, é feita uma crítica às discrepâncias sociais que marcavam a
sociedade portuguesa do final do século XIX, fundamentando os aspetos apontados através
de referências concretas ao texto em causa;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Proposta B
Tendo em conta a tua experiência de leitura do poema «O sentimento dum ocidental», de Cesário
Verde, redige um texto expositivo no qual explicites a forma como, neste texto, é estabelecido
um contraste entre o passado e o presente de Portugal.
A tua exposição deve incluir:
x uma introdução ao tema;
x um desenvolvimento no qual explicites a forma como, no poema «O sentimento dum
ocidental», de Cesário Verde, é estabelecido um contraste entre o passado e o presente de
Portugal, fundamentando os aspetos apontados através de referências concretas ao texto em
causa;
x uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
1. Planificação
2. Textualização
Utilizando como ponto de partida o plano que elaboraste, procede à escrita do texto, tendo
em conta as informações abaixo indicadas.
x Deves recorrer a um discurso valorativo – ou seja, a um discurso em que apresentes, de
forma explícita ou implícita, juízos de valor sobre a questão em causa.
x O texto pode ser redigido na primeira ou na terceira pessoa.
x A introdução, o desenvolvimento e a conclusão do texto devem ser demarcados de forma
clara, através de parágrafos.
x As ideias devem ser articuladas de forma clara e coesa, através da utilização de conectores
e articuladores de discurso.
3. Revisão
Proposta A
Atenta na gravura que se segue, intitulada Tobias e o arcanjo Rafael, de Jacopo Vignali.
Elabora um texto bem estruturado, com um
mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
e cinquenta palavras, na qual faças uma
apreciação crítica da pintura apresentada,
relacionando-a com o «Sermão de Santo
António», do Padre António Vieira.
O texto deve incluir:
x a descrição da imagem apresentada, des-
tacando elementos significativos da sua
composição;
x um comentário crítico fundamentado
através de argumentos válidos. Jacopo Vignali, Tobias e o arcanjo Rafael (s/d).
Proposta B
Atenta na gravura que se segue, intitulada Os hipócritas, de Gustave Doré, na qual é ilustrado
um passo da Divina comédia em que Dante e Virgílio observam as almas daqueles que cometeram
o pecado da hipocrisia.
Elabora um texto bem estruturado, com um
mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
e cinquenta palavras, na qual faças uma
apreciação crítica da pintura apresentada,
relacionando-a com o «Sermão de Santo An-
tónio», do Padre António Vieira.
O texto deve incluir:
x a descrição da imagem apresentada, des-
tacando elementos significativos da sua
composição;
x um comentário crítico fundamentado Gustave Doré, Os hipócritas (séc. XIX),
através de argumentos válidos. in Dante Alighieri, A Divina Comédia.
Proposta A
Proposta B
Proposta A
Observa com atenção a pintura intitulada A noiva relutante, de Auguste Toulmouche.
Elabora um texto bem estruturado, com um mínimo
de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta
palavras, na qual faças uma apreciação crítica da
pintura apresentada, relacionando-a com a intriga de
Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco.
O texto deve incluir:
x a descrição da imagem apresentada, destacando
elementos significativos da sua composição;
x um comentário crítico fundamentado através de
argumentos válidos.
As Facas
Quatro letras nos matam quatro facas
que no corpo me gravam o teu nome.
Quatro facas amor com que me matas
sem que eu mate esta sede e esta fome.
Proposta A
Observa com atenção a pintura intitulada Édipo cego confiando os seus filhos aos deuses, de
Bénigne Gagneraux.
Depois de realizares uma breve
investigação sobre a tragédia que se abateu
sobre Édipo, elabora um texto bem
estruturado, com um mínimo de duzentas e
um máximo de trezentas e cinquenta
palavras, na qual faças uma apreciação
crítica da pintura apresentada, relacionando-
a com a intriga d’ Os Maias, de Eça de
Queirós.
O texto deve incluir:
Proposta B
Observa atentamente o graffitto de Banksy que se segue.
Elabora um texto bem estruturado, com
um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, na qual faças
uma apreciação crítica do graffitto apre-
sentado, relacionando-o com a intriga d’Os
Maias, de Eça de Queirós.
O texto deve incluir:
Proposta A
Lê com atenção o seguinte poema de António Nobre.
Elabora um texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e
cinquenta palavras, na qual faças uma apreciação crítica do poema apresentado, relacionando-o
com o poema «O palácio da Ventura», de Antero de Quental.
Proposta B
Observa com atenção a gravura que se segue, intitulada Alegoria da caverna de Platão.
Depois de realizares uma breve investigação sobre a
alegoria da caverna, elabora um texto bem estruturado, com
um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e
cinquenta palavras, na qual faças uma apreciação crítica da
gravura apresentada, relacionando-a com o poema «Tormento
do Ideal», de Antero de Quental.
O texto deve incluir:
x a descrição da imagem apresentada, destacando
elementos significativos da sua composição;
x um comentário crítico fundamentado através de
argumentos válidos.
Proposta A
Observa com atenção a pintura de Jorge Barradas intitulada As varinas.
Elabora um texto bem estruturado, com um
mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, na qual faças
uma apreciação crítica da pintura apre-
sentada, relacionando-a com o poema «O
sentimento dum ocidental», de Cesário Verde.
O texto deve incluir:
x a descrição da imagem apresentada,
destacando elementos significativos da
sua composição;
x um comentário crítico fundamentado
através de argumentos válidos.
Proposta B
Observa com atenção o cartoon de Pawel Kuczynski que se segue, intitulado Pobreza.
Elabora um texto bem estruturado, com
um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, na qual faças
uma apreciação crítica do cartoon
apresentado, relacionando-o com o poema «O
sentimento dum ocidental», de Cesário Verde.
O texto deve incluir:
x a descrição da imagem apresentada,
destacando elementos significativos da
Pawel Kuczynski, Pobreza (2007).
sua composição;
x um comentário crítico fundamentado
através de argumentos válidos.
1. Planificação
Antes de iniciares a escrita do texto, procede à sua planificação, tendo em conta as
informações que deverão ser apresentadas em cada uma das suas partes.
2. Textualização
Utilizando como ponto de partida o plano que elaboraste, procede à escrita do texto, tendo
em conta as informações abaixo indicadas.
x Deves recorrer a um discurso valorativo – ou seja, a um discurso em que apresentes, de
forma explícita ou implícita, juízos de valor sobre a questão em causa.
x O texto pode ser redigido na primeira ou na terceira pessoa.
x A introdução, o desenvolvimento e a conclusão do texto devem ser demarcados de forma
clara, através de parágrafos.
x As ideias devem ser articuladas de forma clara e coesa, através da utilização de conectores
e articuladores do discurso.
3. Revisão
Após a elaboração do texto, procede à sua revisão, verificando se:
a) o tema foi tratado sem desvios;
b) os argumentos e exemplos utilizados são válidos e diversificados;
c) a informação foi apresentada de forma coerente;
d) os parágrafos foram adequadamente marcados;
e) foi utilizada uma linguagem valorativa;
f) as ideias foram articuladas através de conectores discursivos;
g) o vocabulário se adequa ao tema tratado;
h) não existem incorreções a nível linguístico.
Proposta A
O Padre António Vieira, após proferir o «Sermão de Santo António», partiu ocultamente para o
reino de Portugal, a fim de solicitar ao monarca que os índios fossem libertados da escravatura e
ficassem sob a jurisdição dos jesuítas.
Do teu ponto de vista, a defesa dos direitos humanos é uma questão importante na sociedade
atual?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta B
No capítulo IV do «Sermão de Santo António», de Padre António Vieira, são feitas críticas
àqueles que se deixam levar pela vaidade.
Na tua opinião, a vaidade tem consequências positivas ou negativas na vida do ser humano?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta A
Na Cena II do Ato I de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, D. Madalena pede a Telmo que
não fale a Maria em coisas «fora […] de seu sexo».
Na tua perspetiva, a discriminação em relação às mulheres ainda se mantém na atualidade?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta B
No final do Ato I de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, Manuel de Sousa Coutinho
incendeia o seu palácio para impedir que os governadores ao serviço de Castela se instalem nele.
Deste modo, sacrificou a sua propriedade e os seus pertences em nome dos seus valores.
Na tua opinião, na sociedade atual, ainda faz sentido sacrificarmo-nos pelos nossos ideais?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta A
Em Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, Teresa e Simão sacrificam as suas vidas em
nome do amor.
Do teu ponto de vista, na atualidade, o sofrimento amoroso ainda é um tema importante?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta B
Na novela Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, o conflito entre gerações é uma
questão fundamental.
Na tua perspetiva, na sociedade atual, os jovens ainda têm necessidade de se revoltar contra
as gerações mais velhas para defenderem os seus valores?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta A
No romance Os Maias, de Eça de Queirós, são apresentadas diversas críticas à sociedade
portuguesa do final do século XIX.
Do teu ponto de vista, algumas das críticas desta obra ainda se aplicam ao nosso país na
atualidade?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta B
Em Os Maias, de Eça de Queirós, Afonso da Maia suplica a Carlos e a Ega que façam alguma
coisa para mudar a sociedade.
Na tua opinião, nos dias de hoje, os jovens têm um papel importante na mudança da
sociedade?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta A
Nos poemas de Antero de Quental, o sujeito poético aspira muitas vezes à perfeição.
Do teu ponto de vista, o desejo de alcançar a perfeição é benéfico ou prejudicial para o ser
humano?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta B
No poema «O palácio da Ventura», apesar de o sonho do eu poético acabar por culminar no
desalento, este mostra uma profunda determinação na busca do seu objetivo.
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual te refiras ao papel que a determinação tem na
concretização dos sonhos.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta A
No poema «O sentimento dum ocidental», de Cesário Verde, o sujeito poético manifesta o
desejo de se evadir da cidade através de uma viagem para o estrangeiro.
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual te refiras ao papel que as viagens têm na vida do ser
humano.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Proposta B
No poema «O sentimento dum ocidental», de Cesário Verde, é apresentada uma crítica ao
fosso existente entre as classes mais altas e as classes mais baixas na sociedade portuguesa do
final do século XIX.
Do teu ponto de vista, na sociedade atual, esta distância entre as classes ainda se mantém ou
tem vindo a esbater-se?
Elabora um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão.
No teu texto:
x explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o com dois
argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo;
x utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Escuta com atenção o excerto (desde o início até aos 9 min e 13 s) de uma conferência
proferida por Martim Sousa Tavares em outubro de 2019, no âmbito das Ted Talks realizadas em
Aveiro, intitulada «Ouvir não chega (para melhorar o mundo» e, de entre as opções apresentadas,
seleciona a única hipótese correta).
2. O orador refere-se ao projeto-piloto que a Tate Modern desenvolveu num hospital para
4. O músico faz referência ao quadro que tem na parede da sala onde trabalha para
Escuta com atenção o discurso que o Presidente da República, o Professor Marcelo Rebelo de
Sousa, dirigiu aos jovens no Dia Nacional do Estudante (24 de março) de 2021.
4. Na sociedade atual, os jovens têm de enfrentar desafios que não eram tão importantes no
passado, como é o caso
1. Segundo o orador (Carlos Moedas), o fator mais importante para se ter uma ideia diferente é
A. a interdisciplinaridade.
B. a diversidade.
C. a existência de jovens na equipa.
D. a preparação científica dos elementos da equipa.
4. Carlos Moedas alude à alteração da lei de proteção de dados que teve lugar no Parlamento
Europeu com o objetivo de
Na elaboração de uma exposição sobre um tema a ser apresentada oralmente, deves ter em
conta as fases que se seguem.
1. Planificação
2. Exposição oral
Além disso, é muito importante que procures trabalhar a tua linguagem não verbal, isto é,
aspetos como a postura corporal, a expressão facial, a entoação, a fluência do discurso e a
dicção.
Proposta A
Os peixes referidos no «Sermão de Santo António», de Padre António Vieira: factos científicos
e aspetos ficcionais.
Proposta B
Comparação entre a forma como a hipocrisia é perspetivada no «Sermão de Santo António»,
de Padre António Vieira, e na sociedade atual.
Proposta A
Comparação entre a forma como o casamento é perspetivado em Frei Luís de Sousa, de
Almeida Garrett, e na atualidade.
Proposta B
Comparação entre o modo como o papel das figuras femininas é perspetivado em Frei Luís de
Sousa, de Almeida Garrett, e na atualidade.
Proposta A
Comparação entre a forma como o amor é perspetivado em Amor de perdição, de Camilo
Castelo Branco, e na atualidade.
Proposta B
Comparação entre a relação pais/filhos em Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, e na
atualidade.
Proposta A
Comparação entre a forma como a classe política é descrita n’Os Maias, de Eça de Queirós, e o
modo como é vista pela opinião pública na atualidade.
Proposta B
Comparação entre o modo como as figuras femininas são perspetivadas n’Os Maias, de Eça de
Queirós, e a forma como a mulher é vista na sociedade atual.
Proposta A
Comparação entre a importância que a busca dos ideais tem na poesia de Antero de Quental e
a relevância que é atribuída a esta questão na atualidade.
Proposta B
Comparação entre a forma como o pessimismo é configurado na poesia de Antero de Quental
e o modo como este é perspetivado na sociedade atual.
Proposta A
Comparação entre a forma como as diferenças sociais são configuradas em «O sentimento
dum ocidental», Cesário Verde, e o modo como são perspetivadas na sociedade atual.
Proposta B
Comparação entre o modo como os Descobrimentos portugueses são descritos em
«O sentimento dum ocidental», Cesário Verde, e a forma como são configurados aos olhos da
sociedade atual.
Na elaboração de uma apreciação crítica a ser apresentada oralmente, deves ter em conta as
fases que se seguem.
1. Planificação
2. Apresentação oral
Além disso, é muito importante que procures trabalhar a tua linguagem não verbal, isto é,
aspetos como a postura corporal, a expressão facial, a entoação, a fluência do discurso e a
dicção.
Proposta A
Observa com atenção o cartoon de Galym Boranbayev que se segue.
Proposta B
Observa atentamente a seguinte gravura de Gustave
Doré, na qual é retratado o dilúvio bíblico.
Elabora uma apreciação crítica da gravura apresen-
tada, relacionando-a com o «Sermão de Santo António»,
de Padre António Vieira.
Proposta B
Observa com atenção o quadro de Pietro da Cortona, intitulado Cristo e a mulher surpreendida
em adultério.
Elabora uma apreciação crítica da pin-
tura apresentada, relacionando-a com a
intriga de Frei Luís de Sousa, de Almeida
Garrett.
Proposta A
Lê com atenção o poema de Rupi Kaur que se segue.
Elabora uma apreciação crítica do poema apresentado, relacionando-o com a intriga de Amor
de perdição, de Camilo Castelo Branco.
Proposta B
Observa com atenção a pintura de Julius Kronberg, intitulada Romeu e Julieta na varanda.
Elabora uma apreciação crítica da pintura apresentada, relacionando-a com a intriga de Amor
de perdição, de Camilo Castelo Branco.
Proposta B
Observa com atenção a pintura de Berthold Woltze, intitulada
O cavalheiro irritante.
Elabora uma apreciação crítica da gravura apresentada, relacio-
nando-o com a intriga d’Os Maias, de Eça de Queirós.
Berthold Woltze,
O cavalheiro irritante (1874).
Proposta A
Observa com atenção a seguinte pintura de Viktor Vasnetsov, intitulada Um cavaleiro na
encruzilhada.
Elabora uma apreciação crítica deste excerto desta reportagem, relacionando-a com o poema
«O palácio da Ventura», de Antero de Quental.
Elabora uma apreciação crítica deste excerto do documentário, relacionando-o com o poema
«O sentimento dum ocidental», de Cesário Verde.
Proposta B
Observa com atenção a seguinte obra de Vhils.
Elabora uma apreciação crítica desta fotografia, relacionando-a com o poema «O sentimento
dum ocidental», de Cesário Verde.
1. Planificação
2. Apresentação oral
Além disso, é muito importante que procures trabalhar a tua linguagem não verbal, isto é,
aspetos como a postura corporal, a expressão facial, a entoação, a fluência do discurso e a
dicção.
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano 161
162 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano
Ficha de Expressão Oral 3
Texto de opinião – Propostas
Proposta A
No «Sermão de Santo António», de Padre António Vieira, os Voadores surgem como um
símbolo da ambição desmedida.
Na tua opinião, a ambição é benéfica ou prejudicial?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta B
No «Sermão de Santo António», de Padre António Vieira, a palavra é investida de um enorme
poder persuasivo.
Do teu ponto de vista, atualmente, a palavra continua a ter um grande poder persuasivo ou
esta função passou a ser primordialmente desempenhada pela imagem?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta A
Em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, o patriotismo é um tema fundamental.
Na tua opinião, na sociedade atual, o patriotismo continua a ser uma questão importante?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta B
Em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, Maria mostra ser uma jovem idealista, acreditando
que é possível «emendar» o mundo.
Do teu ponto de vista, atualmente, os jovens ainda são idealistas?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta A
Em Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, Teresa e Simão deixam-se levar inteiramente
pelo coração no momento em que escolhem a pessoa com quem desejam casar.
Na tua opinião, na sociedade atual, na escolha de um parceiro para a vida, é mais importante
seguir o coração ou a razão?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta B
Em Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, o amor que Simão sente por Teresa tem nele
um efeito redentor.
Do teu ponto de vista, o amor tem, de facto, o poder de redimir o ser humano?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta A
N’Os Maias, um dos temas fundamentais é a diferença ser/parecer que caracteriza a sociedade
portuguesa oitocentista.
Na tua opinião, esta diferença ainda existe na sociedade portuguesa atual?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta B
N’Os Maias, a sociedade portuguesa oitocentista é criticada, entre outros aspetos, pelo facto
de imitar acriticamente os modelos estrangeiros.
Do teu ponto de vista, a sociedade portuguesa atual ainda mantém este tipo de com-
portamento?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta A
Nos poemas de Antero de Quental, um dos temas tratados é o da busca da felicidade.
Na tua opinião, na sociedade atual, esta questão é importante?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta B
Na obra poética de Antero de Quental, as reflexões do sujeito poético levam-nos, muitas
vezes, a assumir uma visão desencantada em relação à vida.
Do teu ponto de vista, aqueles que refletem com alguma profundidade sobre aquilo que os
rodeia têm mais tendência a ter uma visão negativa da existência?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta A
No poema «O sentimento dum ocidental», é referida, entre outras questões, a ligação de
Portugal ao mar (que passa de um domínio do mar de contornos épicos da época dos
Descobrimentos a uma relação com o elemento marítimo meramente associada à morte dos
pescadores).
Na tua opinião, atualmente, o mar ainda tem um papel importante no nosso país?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Proposta B
No poema «O sentimento dum ocidental», o espaço citadino é configurado como um local
claustrofóbico.
Do teu ponto de vista, na sociedade atual, a cidade ainda é um espaço opressivo?
Elabora um texto de opinião no qual defendas uma perspetiva pessoal sobre esta questão,
fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e ilustrando cada um deles com um
exemplo pertinente.
Texto B ESCRITA
1. Nesta imagem, é possível observar uma caneta negra
Disponível em
de tinta permanente que, com o seu traço azul,
realiza um movimento ascendente com o qual corta
uma espada que realiza um movimento descendente.
COMPREENSÃO DO ORAL
A cor azul do traço da caneta contrasta com o
Ficha 1 (p. 145)
vermelho do sangue que banha a espada. No cimo da
imagem, encontra-se uma barra azul-clara. EXPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA
2. A caneta que, com o seu traço azul ascendente, corta 1. B; 2. B; 3. C; 4. B.
a espada banhada de sangue representa simbo-
licamente o facto de que a escrita (por exemplo, Ficha 2 (p. 146)
enquanto forma de crítica à sociedade) é mais forte DISCURSO POLÍTICO
do que a violência.
A barra azul que se encontra no cimo da imagem 1. C; 2. B; 3. B; 4. B.
pode ser interpretada como uma alusão à paz, à
serenidade, à harmonia ou à liberdade a que a escrita Ficha 3
nos permite chegar. DEBATE (p. 147)
3. a) oração subordinada adjetiva relativa restritiva; 1. B; 2. C; 3. B; 4. D.
b) oração subordinada substantiva completiva; c) oração
subordinada substantiva completiva.
EXPRESSÃO ORAL
3.1 a) modificador do nome restritivo; b) sujeito; c) com-
plemento do nome. Disponível em
Testes de avaliação
• 6 testes de avaliação da Compreensão do Oral
• 12 testes de avaliação escrita
Cada teste inclui:
– matriz
– transcrições de recursos áudio
Testes de avaliação
– cenários de resposta/soluções
– grelhas de correção em formato Excel®
181
182
Ficha de Educação Literária 1
Teste de avaliação da Compreensão
Nome N. 10. do Oral
Data 1/ o o
/
Padre António Vieira, «Sermão de Santo António»
Avaliação E. Educação Professor
1.a audição
Ouve o episódio sobre Padre António Vieira, do programa Portugueses com História, da RTP.
1. Assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes. 75 pts.
V F
20 pts.
1.1 Corrige as afirmações que assinalaste como falsas.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 Padre António Vieira foi uma figura que assumiu uma posição de destaque,
A. antes do momento de rutura com os castelhanos em 1640.
B. após a saída da governação espanhola de Portugal no século XVII.
C. ao apoiar a governação castelhana até ao ano de 1640.
D. por pertencer à fação integralista que defendia o domínio espanhol.
2.2 Vieira apresentou na Corte uma proposta insólita que passava por
A. recuperar belicamente o Nordeste brasileiro, ocupado por holandeses.
B. estabelecer um contrato pacífico em que se entregava o território brasileiro.
C. vender a região do Brasil que os invasores holandeses haviam ocupado.
D. exigir aos holandeses que se retirassem rapidamente para outra zona do país.
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano 183
2.3 A sua postura relativamente a vários assuntos era vista como
A. retrógrada.
B. conservadora.
C. inusitada.
D. vanguardista.
2.7 Para o Padre António Vieira, os vastos conhecimentos que os judeus possuíam da área
financeira eram
A. irrelevantes para o futuro da economia portuguesa no século XVIII.
B. marcantes para que a monarquia não mergulhasse numa crise.
C. vastos, mas pouco determinantes para o futuro económico.
D. retrógrados, mas muito orientados para a poupança de capital.
2.a audição
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
Teste de avaliação
Avaliação da CompreensãoProfessor
E. Educação do Oral 2
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
1.a audição
Ouve o excerto do programa O som que os versos fazem ao abrir, com Ana Luísa Amaral e Luís
Caetano, da Antena 2.
1. Assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes. 75 pts.
V F
a) A vida de Almeida Garrett é marcada pelo sofrimento devido aos desgostos
amorosos.
b) Garrett jurou, aos vinte anos, que nunca mais iria escrever poesia.
c) Ana Luísa Amaral e Luís Caetano discordam relativamente à importância
de Viagens na minha terra.
d) Os escritos poéticos de Almeida Garrett são amplamente conhecidos, como
a sua literatura narrativa e dramática.
e) Segundo Luís Caetano, o poema em análise inicia de um modo original, já que
o seu primeiro verso é «Não te amo».
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 O Romantismo português, inaugurado com os textos garrettianos «Camões» e «Dona
Branca»,
A. é muito anterior à mesma corrente que se impunha na Alemanha.
B. tardou em impor-se, surgindo muito depois do Romantismo alemão.
C. apresenta simultaneidade em relação à mesma corrente europeia.
D. contrasta com o Romantismo alemão, já que surgiu alguns anos antes.
2.2 Ana Luísa Amaral refere que Almeida Garrett
A. é um autor de pouco relevo entre os vários estudiosos brasileiros.
B. tem tido pouco destaque no estudo feito por Sérgio Nazar David.
C. é reputado entre alguns dos maiores críticos literários brasileiros.
D. tem assumido um destaque cada vez maior na literatura brasileira.
2.4 No prefácio escrito por Garrett ao seu livro Fábulas e folhas caídas, este define o poeta
como um ser
A. marcado pela visão prática da vida.
B. dotado de características singulares.
C. que não se norteia por ideais justos.
D. dominado pela sociedade materialista.
2.a audição
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
Teste de avaliação
Avaliação
da CompreensãoProfessor
E. Educação
do Oral 3
Camilo Castelo Branco, Amor de perdição
1.a audição
Ouve o programa Crónicas portuguesas, com André Canhoto Costa, da RDP Internacional.
1. Assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes. 75 pts.
V F
a) Camilo Castelo Branco vai ajudar os intervenientes no programa a apresentar
a obra em análise.
b) Camilo possuía apenas um exemplar da obra, que se encontrava intacta, sem
quaisquer apontamentos.
c) Rebelo da Silva foi uma figura que estudou a historiografia nacional e teve uma
longevidade notável.
d) As obras que, no século XIX, versavam sobre História eram muito vastas
e organizadas em vários volumes.
e) André Canhoto Costa considera que a obra de Rebelo da Silva é pertinente pela
dificuldade de se reunir informação sobre o século XVII.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 O estudo histórico sobre o século XVII
A. é fulcral para se compreender o período das invasões francesas.
B. releva o período após o desaparecimento de D. Sebastião.
C. valoriza a importância da influência filipina em Portugal.
D. foca-se na centralidade que Portugal assumiu no mundo.
2.4 Camilo Castelo Branco, ao analisar a obra de Rebelo da Silva, refere que esta é
A. custosa de ler devido aos dados biográficos apresentados.
B. complexa, tendo em conta o contexto histórico a que diz respeito.
C. muito densa e reitera as informações que vai apresentando.
D. aborrecida, mas muito interessante na seleção vocabular.
2.5 O autor das obras de historiografia tem como pressuposto
A. auxiliar outros autores na seleção de dados históricos.
B. apoiar o leitor na sua busca por informação pertinente.
C. fomentar a pesquisa e o estudo das épocas visadas.
D. criar o gosto pelo conhecimento da História de Portugal.
2.7 Com o exemplo de Camilo e de Rebelo da Silva, percebe-se que o estudo da História
pressupõe uma
A. afirmação da verdade dos factos sobre a interpretação pessoal.
B. desvalorização da objetividade da informação sobre a visão pessoal.
C. disputa entre a subjetividade interpretativa e o rigor factual.
D. análise rigorosa e imparcial do período histórico em causa.
2.a audição
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
Teste de avaliação
Avaliação da CompreensãoProfessor
E. Educação do Oral 4
Eça de Queirós, Os Maias
1.a audição
Ouve o excerto do programa A páginas tantas sobre Eça de Queirós, com Fernanda Almeida e Rita
Ferro, da Antena 1.
1. Assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes. 75 pts.
V F
b) Produzida por Francisco Manso, esta ficção é apenas uma série televisiva.
c) A faceta queirosiana mais em evidência no filme associa-se à sua carreira
diplomática.
d) As obras de Eça de Queirós foram apenas publicadas postumamente.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 Rita Ferro considera que Eça escreveu,
A. criticando deliberadamente um país mergulhado no ócio e na apatia.
B. revelando todos os aspetos, negativos e positivos, da sociedade.
C. recorrendo à criação de personagens caricaturais, sem o veio crítico.
D. mostrando que só é possível concretizar uma crítica objetiva e direta.
2.2 Ao recorrer à expressão «sobe a bitola da escrita», Rita Ferro destaca que
A. as características do estilo queirosiano só foram melhorando com o tempo.
B. Eça foi precursor de um novo período literário e enriqueceu a literatura nacional.
C. a inteligência da produção literária de Eça foi muito marcante para o nosso país.
D. a literatura nacional começou a ser expandida de forma mais célere com Eça.
2.4 Não obstante Eça ser visto como um homem do mundo, as suas personagens são
A. historicamente marcadas.
B. resultado da sua mundividência.
C. sempre associadas ao meio rural.
D. fruto de uma visão nacional.
2.5 Eça de Queirós passou por diferentes continentes, entre eles
A. Europa, América e Oceânia.
B. Ásia, África e Europa.
C. Europa, África e América.
D. Ásia, Europa e América.
2.a audição
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
Teste de avaliação
Avaliação da CompreensãoProfessor
E. Educação do Oral 5
Antero de Quental, Sonetos completos
1.a audição
Ouve o excerto do programa O som que os versos fazem ao abrir, com Ana Luísa Amaral e Luís
Caetano, da Antena 2.
1. Assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes. 75 pts.
V F
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 Segundo Luís Caetano, o soneto «Na mão de Deus» expressa
A. a angústia existencial e o sofrimento causado pela doença.
B. o amor à vida e a dor de não conseguir ultrapassar a frustração.
C. a liberdade que Antero deseja alcançar no momento da morte.
D. a tragicidade da vida e a sombra que encobriu Antero.
2.a audição
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
Teste de avaliação
Avaliação da CompreensãoProfessor
E. Educação do Oral 6
Cesário Verde, «O sentimento dum ocidental»
1.a audição
Ouve o excerto do programa Literatura aqui, de Pedro Lamares, com Maria Filomena Mónica,
da RTP 2.
1. Assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes. 75 pts.
V F
a) Cesário Verde viveu a sua vida circunscrito à zona urbana da cidade de Lisboa.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 Maria Filomena Mónica considera Cesário Verde um
A. autor comum que foi precursor do Realismo.
B. génio que não foi reconhecido pelo público.
C. homem que viveu fechado numa cidade.
D. poeta de uma genialidade defendida por todos.
2.7 Segundo Maria Filomena Mónica, a presença da pobreza e dos pobres na obra poética de
Cesário faz com que esta seja
A. controversa.
B. discriminatória.
C. conservadora.
D. transformadora.
2.a audição
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
Educação Literária/Leitura
A
Interpretar obras literárias Parte A
A – Texto de leitura 1. 16 pontos
portuguesas. 3 itens de resposta
literária: «Sermão 2. 16 pontos
Reconhecer valores restrita
de Santo António» 3. 16 pontos
culturais, éticos e estéticos 1 item de seleção
4. 12 pontos
manifestados nos textos.
Analisar o valor de recursos
expressivos para a constru-
ção do sentido B – Texto de leitura
Parte B B
do texto. literária: soneto –
'ƌƵƉŽ/ 2 itens de resposta 5. 16 pontos
Rimas, de Luís de
restrita 6. 12 pontos
Leitura Camões
Interpretar o texto, com
especificação do sentido
global e da intencionalidade
comunicativa. C
C – Exposição sobre Parte C
7. 16 pontos
um tema: «Sermão 1 item de resposta
Escrita
de Santo António» restrita
Escrever uma exposição
sobre um tema.
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
1. Refere dois argumentos de autoridade a que Vieira recorre para comprovar que as virtudes
dos peixes agradam a Deus.
2. Relaciona os exemplos apresentados pelo orador nas linhas 4 e 7 com o conselho que dirige
aos peixes nas linhas 14 a 18.
3. Explicita a expressividade da antítese presente em «quanto mais buscava a Deus, tanto mais
fugia dos homens» (linhas 18-19).
a) b)
PARTE B
Lê o poema e as notas.
O tempo acaba o ano, o mês e a hora,
a força, a arte, a manha, a fortaleza;
o tempo acaba a fama e a riqueza,
o tempo o mesmo tempo de si chora.
7. Padre António Vieira, nos seus sermões, teceu críticas à sociedade do século XVII que podem
ser consideradas intemporais.
Escreve uma breve exposição na qual refiras dois aspetos sobre o modo como a sátira social
surge alegorizada no «Sermão de Santo António».
Lê o texto e as notas.
3. Na linha 24, ao referir que «o espelho é um demónio mudo», o Padre António Vieira utiliza uma
A. hipérbole que destaca o engano cruel da realidade, através do espelho.
B. apóstrofe que mostra a crueldade do espelho para o ser humano.
C. metáfora que revela o lado enganador das primeiras impressões.
D. antítese que evidencia a capacidade de visão do ser humano.
5. No excerto «[A] beleza do corpo vivo, a degradação e a decadência que atingem todos os
corpos. Em 1651, o padre António Vieira […] afirmou com clareza […] que "o espelho é um
demónio mudo"» (linhas 22 a 24), as palavras sublinhadas são
A. pronomes em ambos os contextos.
B. conjunções em ambos os contextos.
C. uma conjunção e um pronome, respetivamente.
D. um pronome e uma conjunção, respetivamente.
7. Para além da metátese, indica o outro processo fonológico que ocorreu na evolução do étimo
latino PATER para a palavra «padre» (linha 23).
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
оƵŵĚĞƐǀŝŽĚŽƐůŝŵŝƚĞƐĚĞĞdžƚĞŶƐĆŽŝŶĚŝĐĂĚŽƐŝŵƉůŝĐĂƵŵĂĚĞƐǀĂůŽƌŝnjĂĕĆŽƉĂƌĐŝĂů;ĂƚĠϱƉŽŶƚŽƐ) do texto produzido;
оƵŵƚĞdžƚŽĐŽŵĞdžƚĞŶƐĆŽŝŶĨĞƌŝŽƌĂϴϬƉĂůĂǀƌĂƐĠĐůĂƐƐŝĨŝĐĂĚŽĐŽŵϬƉŽŶƚŽƐ͘
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
1
Tapuias: tribo de índios brasileiros que, nos rituais fúnebres, devoravam os seus mortos.
2
açougue: talho, matadouro, matança.
3 Meirinho: empregado judicial.
1. Comenta a função desempenhada pelas formas verbais alusivas à visão que se encontram entre
as linhas 6 e 13.
2. Explicita o sentido da expressão «Cuidais que só os Tapuias se comem uns aos outros; muito
maior açougue é o de cá, muito mais se comem os brancos» (linhas 9 e 10).
PARTE B
[…] O motivo principal de serem excluídos os peixes foi porque os outros animais podiam ir vivos
ao sacrifício, e os peixes geralmente não, senão mortos; e coisa morta não quer Deus que se Lhe ofereça,
nem chegue aos Seus Altares. […] Peixes, dai muitas graças a Deus de vos livrar deste perigo, porque
melhor é não chegar ao Sacrifício, que chegar morto. Os outros animais ofereçam a Deus o ser
5 sacrificados; vós oferecei-Lhe o não chegar ao sacrifício; os outros sacrifiquem a Deus o sangue, e a
vida; vós sacrificai-Lhe o respeito, e a reverência.
Ah Peixes, quantas invejas vos tenho a essa natural irregularidade! Quanto melhor me fora não
tomar a Deus nas mãos, que tomá-Lo tão indignamente! Em tudo o que vos excedo, peixes, vos
reconheço muitas vantagens. A vossa bruteza1 é melhor que a minha razão, e o vosso instinto melhor
10 que o meu alvedrio2. Eu falo, mas vós não ofendeis a Deus com as palavras; eu lembro-me, mas vós
não ofendeis a Deus com a memória; eu discorro, mas vós não ofendeis a Deus com o entendimento;
eu quero, mas vós não ofendeis a Deus com a vontade. Vós fostes criados por Deus, para servir ao
homem, e conseguis o fim para que fostes criados: a mim criou-me para O servir a Ele, e eu não
consigo o fim para que me criou. Vós não haveis de ver a Deus, e podereis aparecer diante Dele muito
15 confiadamente, porque O não ofendestes; eu espero que O hei de ver; mas com que rosto hei de
aparecer diante do Seu divino acatamento3, se não cesso de O ofender? Ah que quase estou por dizer
que me fora melhor ser como vós, pois de um homem, que tinha as minhas mesmas obrigações, disse
a suma Verdade que melhor lhe fora não nascer, ou não nascer homem: Si natus non fuisset homo
ille. E pois os que nascemos homens respondemos tão mal às obrigações de nosso nascimento,
contentai-vos, Peixes, e dai muitas graças a Deus pelo vosso.
Padre António Vieira, «Sermão de Santo António», capítulo VI, in Obra completa
(Direção de José Eduardo Franco e Pedro Calafate), Tomo II, Volume X, Lisboa, Círculo de Leitores, pp. 164-165.
1
bruteza: qualidade do que é próprio do animal.
2 alvedrio: livre-arbítrio, vontade.
3 acatamento: respeito, veneração.
5. Explica o sentido da frase «A vossa bruteza é melhor que a minha razão, e o vosso instinto melhor
que o meu alvedrio» (linhas 9 e 10), no contexto em que ocorre.
A. o Exórdio … a apóstrofes
B. a Exposição … a citações bíblicas
C. a Peroração … ao paralelismo sintático
D. o Prefácio … interrogações retóricas
PARTE C
7. Padre António Vieira é considerado, por Fernando Pessoa, como o «imperador da língua
portuguesa», pela versatilidade dos seus sermões.
Escreve uma breve exposição na qual explicites dois aspetos sobre o modo como Vieira
organizou o seu discurso no «Sermão de Santo António».
A tua exposição deve incluir:
භ uma introdução ao tema;
භ um desenvolvimento, no qual refiras dois aspetos sobre o modo como Vieira organizou a
sua argumentação no «Sermão de Santo António», fundamentando cada um desses
aspetos em, pelo menos, um exemplo pertinente;
භ uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Lê o texto e as notas.
1
baluartes: alicerces.
2
latente: oculto.
2. A cronista defende que se pode dar o «caso de serem guardadas palavras» (linha 11) que
A. serão eternos ensinamentos a que recorremos em momentos cruciais.
B. poderão vir a ser úteis quando usadas apenas de modo inconsciente.
C. ressoarão sempre como algo distante, impossível de se recuperar.
D. só terão o efeito desejado quando nós atingirmos a vida adulta.
3. Quando Ana Eduardo Ribeiro menciona que «é bom quando encontramos alguém que fale a
nossa língua» (linha 24),
A. refere-se unicamente ao sentido denotativo da palavra «língua».
B. destaca a importância de sabermos escutar os outros de forma eficaz.
C. releva a forma como é determinante compreendermo-nos mutuamente.
D. evidencia a centralidade de se falar um só idioma no nosso país.
4. No contexto em que ocorre, o adjetivo «profícuos» (linha 25) pode ser substituído por
A. vantajosos.
B. proveitosos.
C. prejudiciais.
D. inúteis.
5. No excerto «considerar que aquilo que dizemos tem poder e afeta certamente o recetor» (linhas
31 e 32), as palavras sublinhadas são
Numa sociedade em que a intolerância e a crueldade se instalaram, é o amor que, muitas vezes,
faz a diferença.
Será que o amor poderá guiar o ser humano para um caminho de sucesso no futuro?
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
e cinquenta palavras, defende um ponto de vista pessoal sobre a questão apresentada.
No teu texto:
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
'ƌĂŵĄƚŝĐĂ
Identificar a função sintática 'ƌƵƉŽ//
de constituintes da frase.
Funções sintáticas 4. 8 pontos
Conhecer a referência 2 itens de escolha
Dêixis 5. 8 pontos
deítica (deíticos e respetivos múltipla
Pronominalização 6. 8 pontos
referentes). 2 itens de resposta
Coordenação e 7. 8 pontos
Explicitar o conhecimento curta
subordinação
gramatical relacionado com
a articulação entre
constituintes e entre frases.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever apreciações
críticas, respeitando as
1 item de resposta
marcas de género. Apreciação crítica
'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir com desenvoltura, de um cartoon
palavras)
consistência, adequação e
correção os textos
planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
TELMO (ajoelhando e beijando-lhe a mão) – Senhora… Senhora D. Madalena, minha ama, minha
senhora… Castigai-me... Mandai-me já castigar, mandai-me cortar esta língua perra1 que não toma
ensino – Oh! Senhora, senhora!... É vossa filha, é a filha do senhor Manuel de Sousa Coutinho,
fidalgo de tanto primor e de tão boa linhagem como os que se têm por melhores neste reino, em
5 toda a Espanha. A senhora D. Maria… a minha querida D. Maria é sangue de Vilhenas e de Sousas;
não precisa mais nada, mais nada, minha senhora, para ser… para ser…
MADALENA – Calai-vos, calai-vos, pelas dores de Jesus Cristo, homem.
TELMO (soluçando) – Minha rica senhora!...
MADALENA (enxuga os olhos e toma uma atitude grave e firme) – Levantai-vos, Telmo, e ouvi-me.
10 (Telmo levanta-se). Ouvi-me com atenção. É a primeira vez e será a última vez que vos falo deste
modo e em tal assunto. Vós fostes o aio e o amigo do meu senhor… de meu primeiro marido, o
senhor D. João de Portugal; tínheis sido o companheiro de trabalhos e de glória de seu ilustre pai,
aquele nobre conde de Vimioso, que eu de tamanhinha2 me acostumei a reverenciar como pai.
Entrei depois nesta família de tanto respeito; achei-vos parte dela, e quase que vos tomei a mesma
15 amizade que aos outros… chegastes a alcançar um poder no meu espírito, quase maior… – decerto,
maior – que nenhum deles. O que sabeis da vida e do mundo, o que tendes adquirido na
conversação dos homens e dos livros – porém, mais que tudo, o que de vosso coração fui vendo e
admirando cada vez mais – me fizeram ter-vos numa conta, deixar-vos tomar, entregar-vos eu
mesma tal autoridade nesta casa e sobre minha pessoa… que outros poderão estranhar…
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, texto fixado por Maria João Brilhante,
3.a edição, Lisboa, Editorial Comunicação, 1994, pp. 111-112.
1
perra: teimosa, obstinada.
2
tamanhinha: pequena.
1. Refere um dos efeitos de sentido produzidos pelo uso das reticências na primeira réplica de
Telmo.
2. Explica por que motivo D. Madalena assume uma «atitude grave e firme» (linha 9).
Na folha de respostas, regista apenas as letras – a), b) e c) – e, para cada uma delas,
o número que corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.
Neste excerto do ato I de Frei Luís de Sousa, denota-se a presença de marcas da linguagem e
estilo garrettianas, nomeadamente a utilização de vocábulos e expressões do século XVII, como,
por exemplo, a) ____________. Por outro lado, a repetição da palavra «senhora», na primeira
réplica de Telmo, b) ____________ perante a figura de D. Madalena. Já o recurso às reticiências,
no discurso final de D. Madalena, demonstra a sua c) ____________, uma vez que teme
recordar-se de um passado que não pretende recuperar.
a) b) c)
3. «tamanhinha» (linha 13) 3. mostra o seu receio e o terror que o assola 3. revolta
PARTE B
4. Clarifica um dos papéis que a mãe assume nesta composição poética, justificando com
elementos textuais pertinentes.
7. Em Frei Luís de Sousa, Maria e Telmo são os arautos de um Portugal que necessita de se reerguer
sob a égide de D. Sebastião.
Escreve uma breve exposição na qual comproves esta afirmação, baseando-te na tua
experiência de leitura de Frei Luís de Sousa.
A tua exposição deve respeitar as orientações seguintes:
භ uma introdução ao tema;
භ um desenvolvimento no qual explicites dois aspetos que concretizem a presença do
Sebastianismo na peça, fundamentando cada um desses aspetos em, pelo menos, um exemplo
pertinente;
භ uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Lê o texto.
2. De acordo com o terceiro parágrafo, as motivações para se reviver uma experiência amorosa
podem ser consideradas
A. complementares, pois todas dependem umas das outras.
B. inexplicáveis devido à ausência de racionalidade no amor.
C. idênticas, já que todas têm por base o bem-estar emocional.
D. antagónicas e associadas principalmente ao domínio racional.
3. Com a expressão «Os amores não concretizados tornam-se eternos» (linhas 20 e 21), a cronista
A. demonstra que as relações amorosas são alvo de constantes contradições.
B. evidencia que a expectativa consegue superar as adversidades da realidade.
C. realça que a eternidade anula a possibilidade de materializar as relações.
D. mostra que o amor só tem validade quando não é colocado em prática.
5. Na expressão «nos tolda muitas vezes a visão» (linha 6), o pronome encontra-se anteposto ao
verbo, porque está
A. integrado numa oração subordinante.
B. integrado numa oração subordinada.
C. dependente da expressão «forma prática e racional» (linha 5).
D. dependente de uma oração coordenada.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
'ƌĂŵĄƚŝĐĂ
Identificar a função
sintática de constituintes 'ƌƵƉŽ//
da frase. Funções sintáticas
Conhecer a referência Dêixis 2 itens de escolha 4. 8 pontos
deítica (deíticos e Pronominalização múltipla 5. 8 pontos
respetivos referentes). Coordenação e 2 itens de resposta 6. 8 pontos
Explicitar o conhecimento subordinação curta 7. 8 pontos
gramatical relacionado
com a articulação entre
constituintes e entre
frases.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever apreciações
críticas, respeitando as
1 item de resposta
marcas de género. Apreciação crítica
'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir o texto com de um cartoon
palavras)
desenvoltura, consistência,
adequação e correção os
textos planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano 221
222 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano
Teste de avaliação escrita 4
Frei Luís de Sousa e «Sermão de Santo António»
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
Lê o texto, um excerto da cena I do ato III de Frei Luís de Sousa, e consulta as notas.
JORGE (chamando timidamente) – Manuel!
MANUEL – Que me queres, irmão?
JORGE (animando-o) – Ela não está tão mal: já lá estive hoje...
MANUEL – Estiveste?... oh! conta-me, conta-me; eu não tenho... não tive ainda ânimo de a ir ver.
5 JORGE – Haverá duas horas que entrei na sua câmara, e estive ao pé do leito. Dormia, e mais sossegada
da respiração. O acesso de febre que a tomou quando chegámos de Lisboa e que viu a mãe naquele
estado, parecia declinar... quebrar-se mais alguma coisa. Doroteia e Telmo... pobre velho,
coitado!... estavam ao pé dela, cada um de seu lado... disseram-me que não tinha tornado a... a...
MANUEL – A lançar sangue?... Se ela deitou o do coração!... não tem mais. Naquele corpo tão
10 franzino, tão delgado, que mais sangue há de haver? – Quando ontem a arranquei de ao pé da mãe
e a levava nos braços, não mo lançou todo às golfadas aqui no peito? (Mostra um lenço branco
todo manchado de sangue.) Não o tenho aqui... o sangue... o sangue da minha vítima?... que é o
sangue das minhas veias... que é sangue da minha alma – é o sangue da minha querida filha!
(Beija o lenço muitas vezes.) Oh meu Deus, meu Deus! eu queria pedir-te que a levasses já... e
15 não tenho ânimo. Eu devia aceitar por mercê de tuas misericórdias que chamasses aquele anjo
para junto dos teus, antes que o mundo, este mundo infame e sem comiseração1, lhe cuspisse na
cara com a desgraça do seu nascimento. – Devia, devia... e não posso, não quero, não sei, não
tenho ânimo, não tenho coração. Peço-te vida, meu Deus (ajoelha e põe as mãos), peço-te vida,
vida, vida... vida para ela, vida para a minha filha!... saúde, vida para a minha querida filha!... e
20 morra eu de vergonha, se é preciso; cubra-me o escárneo do mundo, desonre-me o opróbrio2 dos
homens, tape-me a sepultura uma loisa de ignomínia3, um epitáfio4 que fique a bradar por essas
eras desonra e infâmia sobre mim!... Oh meu Deus, meu Deus! (Cai de bruços no chão.... Passado
algum tempo, Frei Jorge se chega para ele, levanta-o quase a peso, e o torna a assentar.)
JORGE – Manuel, meu bom Manuel, Deus sabe melhor o que nos convém a todos: põe nas suas mãos
25 esse pobre coração, põe-no resignado e contrito, meu irmão, e Ele fará o que em sua misericórdia
sabe que é melhor.
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, texto fixado por Maria João Brilhante,
3.a edição, Lisboa, Editorial Comunicação, 1994, pp. 188-189.
4
epitáfio: inscrição tumular, elogio fúnebre.
2. Refere um dos efeitos de sentido produzidos pela pontuação presente na terceira réplica de
Manuel de Sousa Coutinho.
PARTE B
Lê o texto, um excerto do capítulo V do «Sermão de Santo António», e as notas.
[…] Grande ambição é que sendo o mar tão imenso lhe não basta a um peixe tão pequeno todo o
mar, e queira outro elemento mais largo. Mas vede, peixes, o castigo da ambição. O Voador fê-lo Deus
peixe, e ele quis ser ave, e permite o mesmo Deus que tenha os perigos de ave, e mais os de peixe.
Todas as velas para ele são redes como peixe, e todas as cordas, laços como ave. Vê, Voador, como
5 correu pela posta1 o teu castigo. Pouco há nadavas vivo no mar com as barbatanas, e agora jazes em
um convés amortalhado nas asas. Não contente com ser peixe, quiseste ser ave, e já não és ave, nem
peixe: nem voar poderás já, nem nadar. A Natureza deu-te a água, tu não quiseste senão o ar, e eu já
te vejo posto ao fogo. Peixes, contente-se cada um com o seu elemento. Se o Voador não quisera
passar do segundo ao terceiro, não viera a parar no quarto2. Bem seguro estava ele do fogo, quando
10 nadava na água; mas porque quis ser borboleta das ondas, vieram-se-lhe a queimar as asas.
À vista deste exemplo, Peixes, tomai todos na memória esta sentença: quem quer mais do que lhe
convém perde o que quer, e o que tem. Quem pode nadar, e quer voar, tempo virá em que não voe,
nem nade. Ouvi o caso de um Voador da terra. Simão Mago, a quem a Arte Mágica, na qual era
famosíssimo, deu o sobrenome, fingindo-se que ele era o verdadeiro Filho de Deus, sinalou o dia,
15 em que nos olhos de toda Roma havia de subir ao Céu, e com efeito começou a voar mui alto; porém
a oração de São Pedro, que se achava presente, voou mais depressa que ele, e caindo lá de cima o
Mago, não quis Deus que morresse logo, senão que nos olhos também de todos quebrasse, como
quebrou os pés. Não quero que repareis no castigo, senão no género dele. Que caia Simão, está muito
bem caído; que morra, também estaria muito bem morto, que o seu atrevimento, e a sua arte diabólica
20 o merecia. Mas que de uma queda tão alta não rebente, nem quebre a cabeça, ou os braços, senão os
pés? Sim, diz São Máximo: porque quem tem pés para andar, e quer asas para voar, justo é que perca
as asas, e mais os pés. […] E Simão tem pés, e quer asas; pode andar, e quer voar; pois quebrem-se-
-lhe as asas para que não voe, e também os pés, para que não ande. Eis aqui, Voadores do mar, o que
sucede aos da terra, para que cada um se contente com o seu elemento. Se o mar tomara exemplo nos
25 rios, depois que Ícaro3 se afogou no Danúbio, não haveria tantos Ícaros no Oceano.
Oh Alma de António, que só vós tivestes asas, e voastes sem perigo, porque soubestes voar para
baixo, e não para cima!
Padre António Vieira, «Sermão de Santo António», capítulo V, in Obra completa (Direção de José Eduardo Franco e
Pedro Calafate), Tomo II, Volume X, Lisboa, Círculo de Leitores, pp. 160-161.
1
correu pela posta: veio depressa.
2
quarto: fogo (quarto elemento).
3
Ícaro: figura mitológica grega que, ao pretender ascender ao Sol com asas de cera, morre afogado no rio Danúbio, quando estas
derreteram.
5. Relaciona os exemplos de Simão Mago (linha 13) e de Ícaro (linha 25) com a referência a Santo
António nas linhas 26 e 27.
6. Transcreve:
a) a antítese que, nas linhas 4 a 9, destaca a facilidade com que morre o peixe «Voador»;
b) a metáfora que, nas linhas 11 a 18, evidencia o poder da palavra religiosa.
PARTE C
7. A defesa da pátria é uma temática que perpassa várias obras da literatura portuguesa.
Escreve uma breve exposição sobre o modo como o patriotismo é apresentado em Frei Luís de
Sousa.
Lê o texto.
4. No segmento «Dei por mim, durante um período de reflexão, a pensar no que realmente nos
faz feliz» (linha 7), há a presença de deíticos
A. temporais e pessoais.
B. espaciais e pessoais.
C. pessoais.
D. espaciais.
5. Em «só o fiz por necessidade» (linha 21), o pronome encontra-se anteposto ao verbo, porque está
7. Classifica a oração «que só me apetece juntá-los a todos na mesma mesa» (linhas 22 e 23).
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
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'ƌĂŵĄƚŝĐĂ
Classificar orações.
Coordenação e 1 item de escolha
Analisar processos de 5. 8 pontos
subordinação múltipla
coesão textual. 6. 8 pontos
Funções sintáticas 2 itens de resposta
Identificar a função 7. 8 pontos
Coesão curta
sintática de constituintes
da frase.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever textos de opinião,
respeitando as marcas de
1 item de resposta
género.
Texto de opinião 'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir com desenvoltura,
palavras)
consistência, adequação e
correção os textos
planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
PARTE B
Neste excerto da Farsa de Inês Pereira, a mãe dirige-se a Inês, através de várias
a) ________________, com o objetivo de a elucidar sobre o que é correto. Além disso, alerta-a
para a necessidade de ser ponderada, usando várias expressões populares, tais como,
b) ____________________.
a) b)
PARTE C
7. A afirmação da figura feminina assume relevo em Amor de perdição e na Farsa de Inês Pereira.
Escreve uma breve exposição na qual comproves a afirmação anterior, baseando-te na tua
experiência de leitura das duas obras referidas.
Lê o texto.
Menina e moça chegou ao Porto de copo de vinho na mão e olhos nos livros
Num espaço forrado a livros em prateleiras habitadas por autores tão diversos como Fernando
Pessoa, José Saramago, Italo Calvino ou George Orwell, ouvem-se palavras de histórias que nascem
nas ruas e nos bairros do Porto, ditas por quem acumulou experiência ao chocar nas esquinas mais
afiadas dos limites da cidade. Uns minutos antes apenas se ouvia o som de um piano e o burburinho
5 quase silencioso de quem conversava nas mesas de uma sala parecida com a de uma outra casa
qualquer, onde o conforto é feito da presença de pessoas que nos são próximas.
No entanto, essa «musiquinha» de fundo deu lugar à palavra dura e crua atirada por quem se
atreveu a tomar o lugar de narrador numa sala cheia de gente que não se conhecia, mas que, de alguma
forma, pertencia àquele sítio. Esta sala de um prédio do coração do Porto, encostado ao Jardim da
10 Cordoaria, virada para a cadeia onde Camilo Castelo Branco esteve encarcerado, tem nova dona.
Numa quarta-feira entramos nesta livraria-bar que foi buscar o nome ao romance de Bernardim
Ribeiro sem precisar de pedir licença para uma primeira experiência dedicada ao spoken word. Com
curadoria de Nuno Rebelo, da Somos Bipolar, conduzida pelo ator/escritor/poeta Ismael Calliano,
nesta sessão estão presentes alguns representantes da comunidade hip-hop local.
15 Com o coração perto da boca deixam sair das entranhas poemas, que, ao mesmo tempo, são letras
de músicas, mas sem ajuda de batida. Só eles e um microfone, um a um, a olhar para quem os vê (e
ouve) e para estantes onde também estão alguns dos maiores poetas portugueses, despem-se de medos
e com a palavra na ponta da língua dizem o que lhes vai na alma sem ajuda de cábulas. Será assim
todas as quartas-feiras, com outras histórias, outros participantes e outros autores.
20 Esta é apenas parte da programação deste espaço idealizado por Cristina Ovídio, que em fevereiro
de 2017 abriu a primeira Menina e moça, no Cais do Sodré, em Lisboa. Num futuro próximo,
a proprietária, que trabalhou como editora no Clube do Livro, quer ver na agenda da programação
mensal um quizz cultural, leituras encenadas e um clube de leitura. Todas estas atividades podem ser
acompanhadas por um menu que inclui tábuas de queijos, tostas e outros petiscos, vinho, vinho do
25 Porto, bagaço com lima ou simplesmente café. Brevemente, pensa também vender livros em segunda
mão e deseja ter cada vez mais autores portugueses traduzidos para outras línguas.
Os livros que lá se encontram, roubando o espaço aos bestsellers, estão à venda, mas também
podem ser folheados. Convida-se também que lá se apareça com um livro na mão para aproveitar a
leitura num espaço cujo teto tem pintadas ilustrações da autoria de uma artista da cidade – Mariana
30 Rio. Quem olhar para cima vê representações de Camilo Castelo Branco, quando esteve preso na
Cadeia da Relação, do gato de Manuel António Pina ou Ana Plácido a chorar a um canto.
André Borges Vieira, «Menina e moça chegou ao Porto de copo de vinho na mão e olhos nos livros»,
in https://www.publico.pt (texto adaptado e com supressões, consultado em 12/12/2021).
3. Quando os artistas convidados «dizem o que lhes vai na alma sem ajuda de cábulas» (linha 18),
4. No contexto em que ocorre, o uso da forma verbal «será» (linha 18) contribui para exprimir uma
A. condição.
B. suposição.
C. certeza.
D. dúvida.
A. gramatical referencial.
B. gramatical frásica.
C. gramatical interfrásica.
D. lexical.
Apesar dos avanços civilizacionais, as diferenças entre mulheres e homens – sobretudo no que
diz respeito ao mercado de trabalho – são evidentes, tanto em Portugal como no resto do mundo.
Será que, na atualidade, a luta pela igualdade de género é ainda justificável?
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
e cinquenta palavras, defende uma perspetiva pessoal sobre a questão apresentada.
No teu texto:
භ explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o em dois
argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
භ utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
'ƌƵƉŽ//
'ƌĂŵĄƚŝĐĂ
Analisar processos de
Coesão 1 item de escolha
coesão textual. 5. 8 pontos
Funções sintáticas múltipla
Identificar a função 6. 8 pontos
Coordenação e 2 itens de resposta
sintática de constituintes 7. 8 pontos
subordinação curta
da frase.
Classificar orações.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever textos de opinião,
respeitando as marcas de
1 item de resposta
género.
Texto de opinião 'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir com desenvoltura,
palavras)
consistência, adequação e
correção os textos
planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
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PARTE A
1 4
assuadas: motins. ensejo: momento.
2 5
granjear: conquistar. fueiro: estaca de carros de bois.
6
3
mecânicas: impulsivas. povoléu: povo (depreciativo).
2. Explicita três características psicológicas de Simão que o definem como herói romântico.
PARTE B
PARTE C
Lê o texto.
1. O objetivo do texto é
A. dar a conhecer os todos os espaços marcantes de Amor de perdição.
B. demonstrar a relação entre os espaços portuenses e a obra de Camilo.
C. transmitir uma perceção subjetiva sobre os espaços da obra camiliana.
D. evidenciar a ligação afetiva de Camilo Castelo Branco à cidade Invicta.
2. A frase «Teresa resistiu o quanto pôde, o que não foi muito» (linha 7) revela que
A. a protagonista de Amor de perdição sofreu por amor, mas de forma efémera.
B. esta figura feminina sucumbiu à clausura, após longos meses no convento.
C. teve uma coragem desmedida, ao lutar contra a vontade de seu pai.
D. viveu o amor por Simão com intensidade, mas rapidamente o esqueceu.
5. No contexto em que ocorrem, a expressão «Hoje foi recondicionado» (linha 10), por um lado, e o
uso de «Embora» (linha 18) e de «Além dos» (linha 19), por outro, contribuem para a
A. coesão gramatical referencial, em ambos os casos.
B. coesão gramatical interfrásica, em ambos os casos.
C. coesão gramatical temporal, no primeiro caso, e para a coesão gramatical interfrásica,
no segundo caso.
D. coesão gramatical temporal, no primeiro caso, e para a coesão gramatical referencial,
no segundo caso.
«Porque "nenhum homem é uma ilha", também nós não somos homens de pedra que não se
emocionam com as nobres paixões do amor, da amizade e da compaixão humana.»
Nelson Mandela
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
e cinquenta palavras, defende uma perspetiva pessoal sobre a centralidade das emoções na vida
humana.
No teu texto:
භ explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o em dois
argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
භ utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
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Classificar orações.
Coordenação
Identificar a função 1 item de escolha
e subordinação 5. 8 pontos
sintática de constituintes múltipla
Funções sintáticas 6. 8 pontos
da frase. 2 itens de resposta
Modalidade e valor 7. 8 pontos
Identificar diferentes curta
modal
valores modais atendendo
à situação comunicativa.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever apreciações
críticas, respeitando as
1 item de resposta
marcas de género. Apreciação crítica
'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir o texto com de uma pintura
palavras)
desenvoltura, consistência,
adequação e correção os
textos planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
1. Relaciona o sentido da exclamação final de Carlos com as suas ações ao longo do excerto.
PARTE B
4. Clarifica o apelo que o sujeito poético faz às suas «lembranças» na primeira estrofe.
6. Refere duas marcas linguísticas que conferem ao soneto uma natureza autobiográfica,
fundamentando a tua resposta com exemplos de cada uma dessas marcas.
7. O Destino é definido, muitas vezes, como um poder superior à vontade do ser humano que fixa,
de maneira irrevogável, o curso dos acontecimentos.
Escreve uma breve exposição na qual explicites o papel do Destino em Os Maias.
Lê o texto e a nota.
3. Na obra de Eça, surge «uma das mais notáveis galerias de personagens da literatura portuguesa»
(linhas 23 e 24),
4. De acordo com o quinto parágrafo, Ega pode ser visto como uma personagem paradoxal, já que
A. todos os ideais megalómanos que defende não podem ser executados.
B. é um acérrimo defensor dos ideais patrióticos que não coloca em prática.
C. se pauta por uma inércia atroz, não materializando os seus projetos.
D. defende que Portugal só terá sucesso ao ser apoiado pelos espanhóis.
7. Indica a modalidade e o valor modal expressos em «No centro narrativo de Os Maias, está a
história de uma família ao longo de três gerações» (linha 17).
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
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Classificar orações.
Coordenação
Identificar a função 1 item de escolha
e subordinação 5. 8 pontos
sintática de constituintes múltipla
Funções sintáticas 6. 8 pontos
da frase. 2 itens de resposta
Modalidade e valor 7. 8 pontos
Identificar diferentes curta
modal
valores modais atendendo
à situação comunicativa.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever apreciações
críticas, respeitando as
1 item de resposta
marcas de género. Apreciação crítica
'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir o texto com de uma pintura
palavras)
desenvoltura, consistência,
adequação e correção os
textos planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
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PARTE A
1. Explicita o efeito de sentido produzido pelo advérbio «ansiosamente» (linha 9), no contexto em
que ocorre.
PARTE B
Lê o texto, um excerto da Conclusão de Amor de perdição, e as notas.
Ergueu-se o degredado, olhou em redor de si e fitou com espasmo Mariana, que levantava a
cabeça ao menor movimento dele.
– Que tem, senhor Simão? – disse ela erguendo-se.
– Estava aqui, Mariana?… Não se vai deitar?!
5 – Não vou; o comandante deu-me licença de ficar aqui.
– Mas há de assim passar a noite?! Rogo-lhe que vá, porque não é necessário o seu sacrifício.
– Se o não incomodo, deixe-me aqui estar, senhor Simão.
– Esteja, minha amiga, esteja… […]
Simão ajuntou a carta de Teresa ao maço das suas, e saiu cambaleando. No convés sentou-se num
10 monte de cordame e contemplou o mirante de Monchique, que avultava negro ao sopé da serra
penhascosa em que atualmente vai a rua da Restauração. […]
Às três horas da manhã, Simão Botelho segurou entre as mãos a testa, que se lhe abria abrasada
pela febre. Não pôde ter-se sentado, e deixou cair meio corpo. A cabeça, ao declinar, pousou no seio
de Mariana.
15 – O Anjo da compaixão sempre comigo! – murmurou ele. – Teresa foi muito mais desgraçada…
– Quer descer ao camarote? – disse ela.
– Não poderei… Ampare-me, minha irmã.
Deu alguns passos para a escadinha, e olhou ainda sobre o mirante. Desceu a íngreme escada,
apegando-se às cordas. Lançou-se sobre o colchão, e pediu água, que bebeu insaciavelmente. Seguiu-
20 -se a febre, o estorcimento1, e as ânsias, com intervalos de delírio.
De manhã, veio a bordo um facultativo2, por convite do capitão. Examinando o condenado, disse
que era febre maligna a doença, e bem podia ser que ele achasse a sepultura no caminho da Índia.
Mariana ouviu o prognóstico, e não chorou.
Às onze horas saiu barra fora a nau. Às ânsias da doença acresceram as do enjoo. A pedido do
25 comandante, Simão bebia remédios, que bolsava3 logo, revoltos pelas contrações do vómito.
Ao segundo dia de viagem, Mariana disse a Simão.
– Se o meu irmão morrer, que hei de eu fazer àquelas cartas que vão na caixa?
Pasmosa serenidade a desta pergunta!
– Se eu morrer no mar – disse ele – Mariana, atire ao mar todos os meus papéis, todos; e estas
30 cartas que estão debaixo do meu travesseiro também.
Camilo Castelo Branco, Amor de perdição, Porto, Edições Caixotim, 2006, pp. 294-296.
1
estorcimento: contorção.
2
facultativo: médico.
3
bolsava: vomitava.
5. Refere o motivo que leva Simão a contemplar o mirante por duas vezes.
PARTE C
Lê o texto e as notas.
3. Nas linhas 19 e 20, ao referir que «começaram a dinamitar a atenção», Mário Cesariny utiliza
uma
A. hipérbole que destaca os novos hábitos instituídos nos cafés.
B. metáfora que mostra a perda das rotinas que existiam nos cafés.
C. personificação que revela a importância que a televisão passou a ter.
D. antítese que evidencia a revolta por se perderem as rotinas dos cafés.
4. Na última entrevista que deu à Antena 1, o poeta Mário Cesariny defende que as novas gerações
A. são cada vez mais individualistas e autocentradas.
B. tomam muitas decisões alheias à opinião do outro.
C. se apoiam mutuamente, apesar de não se entenderem.
D. vivem o momento presente, sem planearem o futuro.
7. Indica a modalidade e o valor modal expressos em «Mas hoje até isso está difícil» (linha 22).
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
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Reconhecer a anáfora
como mecanismo de
Anáfora 1 item de escolha
coesão e de progressão do 5. 8 pontos
Funções sintáticas múltipla
texto. 6. 8 pontos
Coordenação e 2 itens de resposta
Identificar a função 7. 8 pontos
subordinação curta
sintática de constituintes
da frase.
Classificar orações.
Total – 56 pontos
Escrita
Interpretar o texto, com
especificação do sentido 1 item de resposta
global e da Texto de opinião 'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
intencionalidade palavras)
comunicativa.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
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PARTE A
Lê o soneto e as notas.
Em viagem
Pelo caminho estreito, aonde a custo
Se encontra uma só flor, ou ave, ou fonte,
Mas só bruta aridez de áspero monte
E os sóis e a febre do areal adusto1,
Neste soneto anteriano, a ideia de árdua jornada é evocada desde a primeira estrofe, já que o
sujeito poético declara que a «bruta aridez de áspero monte» (verso 3) domina o «caminho
estreito» (verso 1). Esta metáfora revela a ________________ no percurso até à morte que o
sujeito poético não teme. Por outro lado, os quatro nomes grafados com maiúscula inicial, no
verso 10, são reconhecidos, pelo «eu», como _________________ neste caminhar até à morte.
A. importância da Justiça e da Fraternidade … objetores
B. falta de Liberdade e de livre-arbítrio … oponentes
C. ausência do Ideal e as adversidades …. orientadores
D. presença da Vontade e da satisfação … impulsionadores
PARTE B
No regresso a Portugal, os nautas lusos aportam na «ínsula divina», onde poderão restabelecer as forças e
unir-se amorosamente com as ninfas. A propósito do sentido alegórico desta Ilha, o Poeta desenvolve uma
exortação.
93 95
E ponde na cobiça um freio duro, E fareis claro6 o Rei que tanto amais,
E na ambição também, que indignamente Agora cos conselhos bem cuidados,
Tomais mil vezes, e no torpe1 e escuro Agora co as espadas, que imortais
Vício da tirania infame2 e urgente3; 20 Vos farão, como os vossos já passados.
5 Porque essas honras vãs, esse ouro puro, Impossibilidades não façais7,
Verdadeiro valor não dão à gente: Que quem quis, sempre pôde; e numerados
Milhor é merecê-los sem os ter, Sereis entre os Heróis esclarecidos
Que possuí-los sem os merecer. E nesta «Ilha de Vénus» recebidos.
94
Ou dai na paz as leis iguais, constantes,
10 Que aos grandes não deem o dos pequenos,
Ou vos vesti nas armas rutilantes4,
Contra a lei dos imigos Sarracenos5: 1 torpe: desonesto.
2 infame: desacreditada.
Fareis os Reinos grandes e possantes, 3 urgente: que oprime.
a) b) c)
PARTE C
7. A escrita de Antero de Quental evidencia tanto uma atitude otimista e positiva como depressiva
e desencantada.
Escreve uma breve exposição na qual comproves esta afirmação, baseando-te na tua
experiência de leitura da poesia anteriana.
1
indizível: inexplicável.
2 profano: estranho à religião ou ao sagrado.
2. Ao utilizar a expressão «sem fio, sem pavio» (linha 4), o cronista pretende destacar
A. a circularidade da conversa em família.
B. a longa tradição de diálogos familiares.
C. a eterna nostalgia presente nas conversas.
D. a carência temática das conversas familiares.
4. No contexto em que ocorre, o uso da forma verbal «seria» (linha 20) contribui para exprimir uma
A. condição.
B. suposição.
C. convicção.
D. dúvida.
5. Na frase «Não posso asseverar quem o acordou para ali» (linhas 8 e 9), o elemento sublinhado
constitui uma anáfora
A. por substituição (sinónimo).
B. por substituição (expressão adverbial).
C. por substituição (pronominal).
D. conceptual.
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
e cinquenta palavras, defende uma perspetiva pessoal sobre a importância das escolhas pessoais
para o crescimento humano.
No texto:
භ explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o em dois
argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
භ utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
'ƌĂŵĄƚŝĐĂ
Reconhecer a anáfora 'ƌƵƉŽ//
como mecanismo de
coesão e de progressão do Anáfora 1 item de escolha
5. 8 pontos
texto. Funções sintáticas múltipla
6. 8 pontos
Identificar a função Coordenação e 2 itens de resposta
7. 8 pontos
sintática de constituintes subordinação curta
da frase.
Classificar orações.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever exposições,
respeitando as marcas de
1 item de resposta
género.
Texto expositivo 'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir com desenvoltura,
palavras)
consistência, adequação e
correção os textos
planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
Lê o soneto e as notas.
Transcendentalismo1
(A J. P. Oliveira Martins)
2. Interpreta a segunda quadra, tendo em conta a temática anteriana das configurações do Ideal.
PARTE B
1 ruge-ruge: rumor de saias que roçam o chão; ruído característico da seda ou outro tecido.
2
tremó: mesa e espelho que se põem no espaço vazio de uma parede entre duas janelas.
3 boudoir: pequena sala privada anexa ao quarto de uma senhora, onde esta se vestia e podia receber visitas.
5. Refere a reação de Carlos após o encontro com a condessa, ilustrando a resposta com elementos
textuais pertinentes.
PARTE C
Escreve uma breve exposição na qual comproves esta afirmação, baseando-te na tua
experiência de leitura da poesia anteriana.
Lê o texto e as notas.
1 4
impressivas: marcantes. legado: herança.
2 5
indómita: indomada, rebelde. errância: qualidade de quem vagueia.
3
mastodôntico: gigantesco, colossal.
2. Nas linhas 11 e 12, para evidenciar a fúria dos elementos naturais, o autor recorre a uma
A. antítese.
B. personificação.
C. repetição.
D. enumeração.
5. Na frase «onde não faltam os temas clássicos que ficaram para sempre associados a este
arquipélago» (linhas 2 e 3), o elemento sublinhado constitui uma anáfora
A. por substituição (sinónimo).
B. por substituição (expressão adverbial).
C. por substituição (pronominal).
D. conceptual.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
'ƌĂŵĄƚŝĐĂ
Conhecer a referência
deítica (deíticos e respetivos
referentes). Dêixis 'ƌƵƉŽ//
Identificar a função sintática Funções sintáticas 1 item de escolha
de constituintes da frase. Palavras múltipla 5. 8 pontos
Reconhecer valores divergentes e 1 item de resposta 6. 8 pontos
semânticos de palavras convergentes curta 7. 8 pontos
considerando o respetivo Processos 1 item de seleção
étimo. fonológicos
Reconhecer processos
fonológicos que ocorreram
na evolução do português.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever textos de opinião,
respeitando as marcas de
1 item de resposta
género.
Texto de opinião 'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir o texto com
palavras)
desenvoltura, consistência,
adequação e correção os
textos planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
a) b) c)
1. «Muram-me» (verso 6) 1. «um ermo inquisidor severo»
1. o seu apreço singular
e «Afrontam-me» (verso 7) (verso 3)
2. «recolhem» (verso 15) 2. «Um épico d’outrora»
2. a sua visão pessoal
e «Inflama-se» (verso 16) (verso 12)
3. «Derramam-se» (verso 20) 3. «patrulhas de cavalaria»
3. a sua análise objetiva
e «Enlutam-me» (verso 23) (verso 17)
PARTE B
Lê o texto, um excerto do capítulo 148 da Crónica de D. João I, e as notas.
Oh quantas vezes encomendavom nas missas e preegações que rogassem a Deos devotamente
por o estado da cidade! E ficados os geolhos1, beijando a terra, braadavom a Deos que lhes acorresse,
HVXDVSUHFHVQRPHUDPFRPSULGDV8NJVFKRUDYRPDQWUHVLPDO-dizendo seus dias, queixando-se por
que tanto viviam, como se dissessem com o Profeta: «Ora veesse a morte ante do tempo, e a terra
5 cobrisse nossas faces, pera nom veermos tantos males!» Assi que rogavom a morte que os levasse,
dizendo que melhor lhe fora morrer, que lhe seerem cada dia renovados desvairados padecimentos.
Outros se querelavom2 a seus amigos, dizendo que forom desaventuirada gente, que se ante nom
derom a el-Rei de Castela que cada dia padecer novas mizquiindades3, firmando-se de todo nas
peores cousas que fortuna em esto podia obrar4.
10 Sabia porem isto o Mestre e os de seu Conselho, e eram-lhe doorosas d’ouvir taes novas; e
veendo estes males a que acorrer nom podiam, çarravom suas orelhas do rumor do poboo.
&RPRQRPTXHUHHVTXHPDOGLVVHVVHPVDYLGDHGHVHMDVVHPPRUUHUDOJXNJVKRPHHVHPROKHUHV
que tanta deferença há d’ouvir estas cousas aaqueles que as entom passarom5, como há da vida aa
morte? Os padres e madres viiam estalar de fame os filhos que muito amavom, rompiam6 as faces
15 e peitos sobr’eles, nom tendo com que lhe acorrer, senom planto7 e espargimento de lagrimas; e
sobre todo isto, medo grande da cruel vingança que entendiam que el-Rei de Castela deles havia
GHWRPDUDVVLTXHHOHVSDGHFLDPGXDVJUDQGHVJXHUUDVNJDGRVHPLJRVTXHRVFHUFDGRVWLLQKDPH
outra dos mantiimentos que lhes minguavom, de guisa8 que eram postos em cuidado de se defender
da morte per duas guisas.
20 Pera que é dizer mais de taes falecimentos9? Foi tamanho o gasto das cousas que mester haviam
TXH VRRX XNJ GLD SHOD FLGDGH TXH R 0HHVWUH PDQGDYD GHLWDU IRUD WRGRORV TXH QRP tevessem pam
que comer, e que soomente os que o tevessem ficassem em ela; mas quem poderia ouvir sem gemidos
e sem choro tal ordenança de mandado aaqueles que o nom tiinham? Porem sabendo que
non era assi, foi-lhe já quanto10 de conforto. Onde sabee que esta fame e falecimento que as gentes
25 assi padeciam, nom era por seer o cerco perlongado, ca nom havia tanto tempo que Lixboa era
cercada; mas era per aazo das muitas gentes que se a ela colherom de todo o termo; e isso meesmo
da frota do Porto quando veo, e os mantiimentos seerem muito poucos.
Teresa Amado, Crónica de D. João I de Fernão Lopes, Lisboa, Seara Nova/Comunicação, 1980, pp. 193-194.
1 ficados os geolhos: ajoelhados. 4 firmando-se de todo nas peores cousas que fortuna em esto 6 rompiam: feriam.
2 7
querelavom: queixavam. podia obrar: só pensando nos maiores males que naquelas planto: pranto.
3 mizquiindades: misérias. circunstâncias lhes podiam acontecer. 8 guisa: maneira.
5 9
d’ouvir estas cousas aaqueles que as entom passarom: entre falecimentos: misérias.
10 quanto: um pouco.
ouvir estas coisas e passá-las.
5. Relaciona a reação do «Mestre e os de seu Conselho» (linha 10) com a situação em que se
encontravam os populares durante o cerco de Lisboa.
PARTE C
Ana Raquel Conceição, «O Admirável mundo novo, a Humanidade e a Mãe Natureza», in https://www.publico.pt
(texto adaptado e com supressões, consultado em 19/11/2021).
1
Huxley: referência a Aldous Huxley, escritor inglês, autor do romance Admirável mundo novo.
3. Ao recorrer às expressões «como uma espécie de filho rebelde que vai aprendendo com os seus
erros» (linhas 22 e 23) e «só deixará a rebeldia com a interiorização da reverência» (linhas 23 e 24),
a autora utiliza
A. a metáfora para evidenciar o reconhecimento humano perante a sua falibilidade, no
primeiro caso, e a antítese que destaca a força modeladora da autoridade reconhecida,
no segundo caso.
B. a antítese que destaca a força modeladora da autoridade reconhecida, no primeiro caso,
e a metáfora para evidenciar o reconhecimento humano perante a sua falibilidade, no
segundo caso.
C. a metáfora para evidenciar o reconhecimento humano perante a sua falibilidade, no
primeiro caso, e para destacar a força modeladora da autoridade reconhecida, no
segundo caso.
D. a antítese para evidenciar o reconhecimento humano perante a sua falibilidade, no
primeiro caso, e para destacar a força modeladora da autoridade reconhecida, no
segundo caso.
A. reformulação. C. contradição.
B. confirmação. D. explicação.
5. A expressão «Estou certa de que iremos ver e viver muito diferentemente» (linha 26) apresenta
referências deíticas
A. espaciais e pessoais. C. pessoais.
B. temporais. D. temporais e pessoais
a) b) c)
'ƌƵƉŽ///
Muitos são aqueles que rapidamente perpassam os olhos por uma grande quantidade de
informação, sem, muitas vezes, a compreenderem.
Será que esta continua a ser a postura do ser humano?
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
e cinquenta palavras, defende uma perspetiva pessoal sobre a questão apresentada.
No teu texto:
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Domínios – ĚƵĐĂĕĆŽ>ŝƚĞƌĄƌŝĂൟ>ĞŝƚƵƌĂൟ'ƌĂŵĄƚŝĐĂൟƐĐƌŝƚĂ
'ƌĂŵĄƚŝĐĂ
Conhecer a referência 'ƌƵƉŽ//
deítica (deíticos e
respetivos referentes).
1 item de escolha
Identificar a função Dêixis 5. 8 pontos
múltipla
sintáticade constituintes Funções sintáticas 6. 8 pontos
2 itens de resposta
da frase. Anáfora 7. 8 pontos
curta
Reconhecer a anáfora
como mecanismo de
coesão e de progressão do
texto.
Total – 56 pontos
Escrita
Escrever apreciações
críticas, respeitando as
1 item de resposta
marcas de género. Apreciação crítica
'ƌƵƉŽ/// extensa (200 a 350 Item único
Redigir o texto com de uma pintura
palavras)
desenvoltura, consistência,
adequação e correção os
textos planificados.
Total – 40 pontos
Total – 200 pontos
'ƌƵƉŽ/
PARTE A
5 Longas descidas! Não poder pintar Mas tudo cansa! Apagam-se, nas frentes,
Com versos magistrais, salubres2 e sinceros, Os candelabros, como estrelas, pouco a pouco;
A esguia difusão dos vossos reverberos3, Da solidão regouga6 um cauteleiro rouco;
7
E a vossa palidez romântica e lunar! 20 Tornam-se mausoléus as armações fulgentes.
[…]
Cesário Verde, «O sentimento dum ocidental», in Cânticos do Realismo – O Livro de Cesário Verde
(introd. de Helena Carvalhão Buescu), Lisboa, INCM, 2015, pp. 126-127.
1 ratoneiro imberbe: ladrão adolescente.
2 salubres: saudáveis.
3 reverberos: reflexos.
4 lúbrica: lasciva.
5 debuxo: estampado.
6 regouga: apregoa com voz áspera.
7 mausoléus: monumentos sepulcrais.
3. Transcreve:
a) a metáfora que, nos versos 1 a 12, evidencia os tons acinzentados da cidade;
b) a comparação que, nos versos 13 a 19, revela o escurecer progressivo da cidade.
Lê o soneto e as notas.
Ideal
Aquela que eu adoro não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas1,
Não tem as formas lânguidas2, divinas,
Da antiga Vénus3 de cintura estreita…
4. Clarifica o retrato que o sujeito poético constrói da amada nas duas quadras.
A. eneassílabo … questionada
B. decassílabo … questionada
C. eneassílabo … sintetizada
D. decassílabo … sintetizada
Lê o texto e a nota.
Lugares memoráveis
Há lugares que não esquecemos. Existem determinados sítios por onde passamos que,
espontaneamente, evocam lembranças. Levam ao desencadear de memórias ligadas a momentos
significativos, sejam estes experiências vividas só connosco, pensamentos decisivos tidos em fases
cruciais da vida, momentos vividos com outros, no contexto de relações importantes. Lugares
5 carregados de memórias afetivas, marcos na história da nossa vida.
Estes lugares são mais do que o território geográfico que ocupam. São lugares que nos passam a
pertencer por dentro. Sejam lugares de sempre ou lugares ocasionais. Lugares mais familiares, de
convivência mais assídua, que sedimentam camadas de experiências, como os caminhos que
percorremos diariamente, mas que vão fixando memórias sem darmos conta, ao longo das diferentes
10 idades e fases da vida. E outros, que visitamos de tempos a tempos, os sítios das férias, alguns
passeios, recantos citadinos ou esconderijos no campo. Ainda guardamos aqueles lugares a que fomos
uma só vez na vida, mas que ficam gravados para sempre, locais de casamentos, também de divórcios,
viagens especiais.
Precisamos de sentir algum sossego e deter um olhar distante para reconhecermos estes territórios
15 que ocupam o nosso espaço interno. Lembrar as histórias vividas permite tanto reviver como colocar
em perspetiva o que foi vivido e é revivido a partir do momento presente.
O conceito de espaço potencial, do psicanalista Donald Winnicott, pode ajudar a enquadrar e
identificar esse lugar de intersecção entre a realidade interna e externa, colocando-nos num lugar da
exploração da criatividade e da vivência da experiência psíquica na relação lúdica que podemos tecer
20 nestes lugares íntimos a partir dos lugares físicos. Nesse espaço que faz parte do desenvolvimento
precoce, inscreve-se a possibilidade de o bebé brincar com a mãe e viver a experiência da separação
sem a verdadeira separação. É, gradualmente, que vai desenvolvendo confiança e compreensão do
mundo envolvente. A aprendizagem e a consolidação das experiências são mais fruto da experiência
cultural do que daquilo que é inato. Assim, aqui, neste espaço potencial, cada um vai completando a
25 construção do seu próprio self1.
Saber que podemos sempre recorrer a estes lugares dá-nos um sentimento de segurança, e, em
alguns momentos mais difíceis, servem-nos como um reforço de confiança e amor próprio.
Possuirmos esta noção de continuidade do caminho percorrido com uma riqueza de peripécias, ajuda
a inspirarmo-nos e refortificarmo-nos. Quem é capaz de lembrar e de se deixar acompanhar pelas
30 memórias não se sente sozinho.
Numa expectativa futura, seguindo a linha da vida que não para, ir mantendo o legado de
colecionar lugares vai permitir ampliar o território interno que passa a ser cada vez mais pontuado
pela sinalética dos sítios onde estão escondidos os cofres com tesouros. E, assim, acumular lugares
memoráveis.
Ana Eduardo Ribeiro, «Lugares memoráveis», in https://observador.pt
(texto adaptado e com supressões, consultado em 21/12/2021).
1
self: termo da psicologia que define a pessoa na sua individualidade e singularidade.
4. No último parágrafo do texto, para se referir a lugares que potenciam memórias duradouras,
a autora recorre a uma metáfora, como se verifica em
A. «colecionar lugares», na linha 32.
B. «território interno», na linha 32.
C. «sinalética dos sítios», na linha 33.
D. «cofres com tesouros», na linha 33.
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 200 e 350 palavras –, há que atender ao seguinte:
- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
- um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 pontos.
FIM
Questões de aula
• Educação Literária
• Gramática
• Leitura
• Oralidade (Compreensão do Oral)
• Transcrições e soluções
Questões de aula
Lê o texto e as notas.
Quero acabar este discurso dos louvores, e virtudes dos peixes com um, que não sei se foi ouvinte
de S. António, e aprendeu dele a pregar. A verdade é que me pregou a mim, e se eu fora outro,
também me convertera. Navegando de aqui para o Pará (que é bem não fiquem de fora os peixes da
nossa costa), vi correr pela tona da água de quando em quando a saltos um cardume de peixinhos
5 que não conhecia; e como me dissessem que os Portugueses lhe chamavam «Quatro-Olhos»1, quis
averiguar ocularmente a razão deste nome, e achei que verdadeiramente têm quatro olhos, em tudo
cabais e perfeitos. […]
Filosofando pois sobre a causa natural desta Providência2, notei que aqueles quatro olhos estão
lançados um pouco fora do lugar ordinário, e cada par deles, unidos como os dois vidros de um
10 relógio de areia, em tal forma que os da parte superior olham direitamente para cima, e os da parte
inferior direitamente para baixo. E a razão desta nova arquitetura é porque estes peixezinhos,
que sempre andam na superfície da água, não só são perseguidos dos outros peixes maiores do mar,
senão também de grande quantidade de aves marítimas, que vivem naquelas praias; e, como têm
inimigos no mar e inimigos no ar, dobrou-lhes a Natureza as sentinelas e deu-lhes dois olhos, que
15 direitamente olhassem para cima, para se vigiarem das aves, e outros dois que direitamente olhassem
para baixo, para se vigiarem dos peixes. Oh, que bem informara estes quatro olhos uma Alma
racional, e que bem empregada fora neles, melhor que em muitos homens! Esta é a pregação que me
fez aquele peixezinho, ensinando-me que, se tenho Fé e uso da razão, só devo olhar direitamente
para cima, e só direitamente para baixo: para cima, considerando que há Céu, e para baixo,
20 lembrando-me que há Inferno. […]
Mas ainda que o Céu e o Inferno se não fez para vós, irmãos peixes, acabo, e dou fim a vossos
louvores, com vos dar as graças do muito que ajudais a ir ao Céu, e não ao Inferno, os que se
sustentam de vós. […] Prezem-se as aves e os animais terrestres de fazer esplêndidos e custosos os
banquetes dos ricos, e vós gloriai-vos de ser companheiros do jejum e da abstinência dos justos.
Padre António Vieira, «Sermão de Santo António», in Obra completa
(Direção de José Eduardo Franco e Pedro Calafate), Tomo II, Volume X, Lisboa, Círculo de Leitores, 2009, pp. 147-148.
1 Quatro-Olhos: peixe que existe na costa do Brasil, cujos olhos lhe possibilitam à superfície
da água ver simultaneamente o que se passa dentro e fora deste elemento.
2
Providência: previsão, medida.
1. Explicita as características que o peixe «Quatro-Olhos» possui para se proteger dos «inimigos» 70 pts.
(linhas 13-16).
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
60 pts.
3. Seleciona a opção de resposta adequada para completar a afirmação abaixo apresentada.
Neste excerto do capítulo IV, são utilizados alguns recursos expressivos frequentes no
«Sermão de Santo António»: na expressão «irmãos peixes, acabo, e dou fim a vossos louvores»
(linhas 21 e 22), está presente uma ________________; a antítese ocorre, por exemplo, em
________________.
1
enfadar: aborrecer
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3. Transcreve: 60 pts.
a) a apóstrofe que, entre as linhas 4 a 8, destaca o amor que Manuel de Sousa Coutinho nutre
por D. Madalena;
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2. Clarifica o sentido da frase «Que se não aflija, porque eu sou sempre a mesma» (linhas 36 e 37). 70 pts.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3. Seleciona a opção de resposta adequada para completar a afirmação abaixo apresentada. 60 pts.
A. narrativo … por frases curtas e objetivas, que denotam o estado de espírito das personagens
B. epistolar … por frases curtas e expressivas, que tornam o diálogo mais dinâmico
C. dramático … pela alternância de frases longas e curtas, reveladoras do sofrimento
de Teresa
D. lírico … por frases declarativas e interrogativas, que conferem vivacidade ao diálogo
Era Baptista que os servia, já com um fato claro de viagem. A mesa, redonda e pequena, parecia
uma cesta de flores; o champanhe gelava dentro dos baldes de prata; no aparador a travessa de arroz-
-doce tinha as iniciais de Maria.
Aqueles lindos cuidados fizeram-na sorrir, enternecida. Depois reparou no retrato de Pedro da
5 Maia: e interessou-se, ficou a contemplar aquela face descorada, que o tempo fizera lívida, e onde
pareciam mais tristes os grandes olhos de árabe, negros e lânguidos1.
– Quem é? – perguntou.
– É meu pai.
Ela examinou-o mais de perto, erguendo uma vela. Não achava que Carlos se parecesse com ele.
10 E voltando-se muito séria, enquanto Carlos desarrolhava com veneração uma garrafa de velho
Chambertin:
– Sabes tu com quem te pareces às vezes?... É extraordinário, mas é verdade. Pareces-te com
minha mãe!
Carlos riu, encantado duma parecença que os aproximava mais, e que o lisonjeava.
15 – Tens razão – disse ela – que a mamã era formosa... Pois é verdade, há um não sei quê na testa,
no nariz... Mas sobretudo certos jeitos, uma maneira de sorrir... Outra maneira que tu tens de ficar
assim um pouco vago, esquecido... Tenho pensado nisto muitas vezes...
Baptista entrava com uma terrina de louça do Japão. E Carlos, alegremente, anunciou um jantar
à portuguesa. Mr. Antoine, o chef francês, fora com o avô. Ficara a Micaela, outra cozinheira de casa,
20 que ele achava magnífica, e que conservava a tradição da antiga cozinha freirática2 do tempo do Sr.
D. João V.
– Assim, para começar, minha querida Maria, aí tens tu um caldo de galinha, como só se comia
em Odivelas, na cela da madre Paula, em noites de noivado místico...
E o jantar foi encantador. Quando Baptista se retirava, eles apertavam-se rapidamente a mão por
25 cima das flores. Nunca Carlos a achara tão linda, tão perfeita: os seus olhos pareciam-lhe irradiar
uma ternura maior: na singela rosa que lhe ornava o peito via a superioridade do seu gosto. E o
mesmo desejo invadiu-os a ambos, de ficarem ali eternamente, naquele quarto de rapaz, com
jantarinhos portugueses à moda de D. João V, servidos pelo Baptista de jaquetão.
– Estou com uma vontade de perder o comboio! – disse Carlos, como implorando a sua aprovação.
30 – Não, deves ir... É necessário não sermos egoístas... Somente não te descuides, manda-me todos
os dias um grande telegrama... Que os telégrafos foram unicamente inventados para quem se ama e
está longe, como dizia a mamã.
Então Carlos gracejou de novo sobre a sua parecença com a mãe dela.
Eça de Queirós, Os Maias, Porto, Livros do Brasil, 2016, pp. 470-471.
1
lânguidos: abatidos.
2
freirática: conventual.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
2. Apresenta duas características de Maria Eduarda, tendo em conta a perspetiva de Carlos. 70 pts.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3. Transcreve: 60 pts.
a) a comparação que, entre as linhas 1 a 6, revela a preparação cuidada do espaço para o jantar;
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
b) a hipérbole que, entre as linhas 24 a 29, mostra o estado deleitado em que o casal se
encontrava.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Lê o soneto e as notas.
No circo
A. João de Deus
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3. Transcreve: 60 pts.
a) a comparação que, na segunda quadra, mostra a simbiose do «eu» com espaço descrito;
__________________________________________________________________________
b) a personificação que, nos tercetos, destaca a violência associada à realidade.
__________________________________________________________________________
Ave-Marias
E o fim da tarde inspira-me; e incomoda!
De um couraçado1 inglês vogam os escaleres2;
E em terra num tinir de louças e talheres
Flamejam, ao jantar, alguns hotéis da moda.
Cesário Verde, «O sentimento dum ocidental», in Cânticos do Realismo – O Livro de Cesário Verde
(introd. de Helena Carvalhão Buescu), Lisboa, INCM, 2015, p. 123.
1 couraçado: navio de guerra. 5 querubins: anjos, crianças.
2 escaleres:pequenos barcos para fazer a ligação entre o navio e a margem. 6 arsenais: armazéns.
3 arengam: discutem, conversam. 7 galhofeiras: alegres.
4 8 pilastras: colunas.
arlequim: personagem da antiga comédia italiana, trajada de várias cores e
que se deslocava com andas.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
2. Explicita o sentido da metáfora «cardume negro» (verso 11) enquanto traço caracterizador das 70 pts.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3. Seleciona a opção de resposta adequada para completar a afirmação abaixo apresentada. 60 pts.
1. Completa a afirmação: «As palavras mácula e mancha derivam do étimo latino MACULA-», sendo, 15 pts.
3. Na evolução de ROTUNDU- para redondo ocorreu, entre outros processos fonológicos, a 15 pts.
A. sonorização. C. sinérese
B. palatalização. D. assimilação.
A. síncope. C. paragoge.
B. metátese. D. sonorização.
5. Na evolução de CLAMARE para chamar ocorreu, entre outros processos fonológicos, a 15 pts.
A. dissimilação. C. palatalização.
B. sonorização. D. apócope.
A. vocalização. C. prótese.
B. sonorização. D. crase.
7. Identifica os processos fonológicos que ocorreram na evolução das seguintes palavras. 110 pts.
Lê o texto.
Todos os sermões
A vida de missionário, viajante incansável, combatente feroz da Inquisição, diplomata, estratega
político ou defensor dos mais desprotegidos, está presente ao longo dos sermões de Vieira. Um dos
mais notórios temas pessoais, recorda Arnaldo Espírito Santo, está referido logo na rubrica (a
introdução) do Sermão de Santo António aos Peixes, de 1652: «Este sermão (que todo é alegórico)
5 pregou o autor três dias antes de se embarcar ocultamente para o Reino, a procurar o remédio da
salvação dos índios, pelas causas que se apontam no sermão» da Sexagésima. E que dizia ele nessa
célebre pregação «aos peixes», sobre o grande que come o pequeno, feita no Maranhão perante os
colonos portugueses? «Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos.
Se fora pelo contrário a), era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para
10 muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos b), não bastam cem pequenos, nem mil,
para um só grande.»
Arnaldo Espírito Santo diz que «a organização dos Sermões evidencia o grande homem que foi
Vieira: ele tem o objetivo de levar o evangelho a todos os povos do mundo, mas também critica o
país»; ele foi ainda «o homem que sofreu, detido às ordens da Inquisição, maltratado por muitos.»
15 Com uma ponta de vaidade que não seria estranha ao seu feitio, Vieira nota também os momentos de
glória a que alguns dos sermões correspondiam: «Pregado em Roma na língua italiana à sereníssima
rainha da Suécia»; «Assistiam a Sua Majestade no coro muitos dos senhores cardeais, e na Igreja o
mais ilustre, e escolhido daquele primeiro teatro do mundo» – uma possível alusão ao Papa.
António Marujo, «Todos os sermões», in https://www.publico.pt
(texto com supressões, consultado em 28/12/2021).
1. No segmento «Este sermão (que todo é alegórico) pregou o autor três dias antes de se embarcar 15 pts.
A. vocalização.
B. palatalização.
C. epêntese.
D. assimilação.
4. No excerto «Arnaldo Espírito Santo diz que "a organização dos Sermões evidencia o grande 15 pts.
homem que foi Vieira» (linhas 12 e 13) as palavras sublinhadas introduzem orações subordinadas
a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
7. Indica a modalidade e o valor modal expressos em «ele foi ainda "o homem que sofreu, detido 25 pts.
____________________________________________________________________________
Lê o texto.
b) «que deixasse praticamente de ser chamada pelo nome oficial» (linhas 20 e 21).
_________________________________________________________________________
a) (linha 1) ____________________________________________________________________
b) (linha 5) ___________________________________________________________________
c) (linha 6) ___________________________________________________________________
d) (linha 13) ___________________________________________________________________
4. Tal como em «refugiou» (linha 11), o valor aspetual perfetivo está presente em 20 pts.
Lê o texto.
a) _______________________________ b) ________________________________
A. Frei Luís de Sousa é uma obra que não apresenta uma sociedade elitista.
B. podemos também considerar Almeida Garrett um contista.
C. a linguagem da obra de Garrett é vista pelos críticos como purista.
D. Frei Luís de Sousa nunca poderia ser adaptado a teatro de revista.
4. Todas as orações seguintes são subordinadas adjetivas relativas, exceto a oração 20 pts.
A. «que em Frei Luís de Sousa faz entrar em cena um peregrino» (linha 2).
B. «que é melhor fingir-se de morto» (linha 19).
C. «cujos tons fúnebres não deixam margem para dúvidas» (linha 20).
D. «que vai assumindo o papel de D. João» (linha 21).
Lê o texto.
Seguindo Camilo
A Baixa do Porto é uma caixinha de memórias do escritor boémio que viveu sem peias a vida para
a contar em mais de duas centenas de livros.
Na antiga Cadeia da Relação do Porto, Camilo Castelo Branco esteve preso, não uma, mas duas
vezes. A primeira, aos 16 anos, acusado de rapto de uma menor de Vila Real; a segunda, a da célebre
5 prisão pelo seu amor proibido por Ana Plácido, detida ao mesmo tempo na ala das mulheres. A 1 de
outubro, sob «o céu azul como nos dias estivos», os amantes eram acusados de adultério, vivendo em
celas separadas durante um ano. Na cadeia, Ana Plácido dispunha de criada e piano, contando-se que
se ouvia amiúde a sua voz lânguida cantar árias da «Traviata». Na cela 12, tendo por companhia um
cão e um canário, Camilo escreveu em 15 dias Amor de perdição, que retrata os amores trágicos entre
10 Teresa Albuquerque e Simão Botelho. No tribunal que julgou Camilo Castelo Branco pelo crime de
adultério mora atualmente o Divan, um restaurante de cozinha turca, situado na esquina da Rua de
Ceuta com a Rua da Picaria, junto à Praça Dona Filipa de Lencastre, um dos epicentros da animada
movida portuense. O juiz que presidiu ao famoso julgamento foi José Maria de Almeida Teixeira de
Queirós, pai de Eça, que se recusou a julgar o caso por ter vivido um caso similar. A Relação indeferiu
15 o pedido e os réus foram absolvidos, mas não perdoados pela sociedade zelosa da moral e bons
costumes.
Isabel Paulo, «Seguindo Camilo», in https://expresso.pt
(texto com supressões, consultado em 10/12/2021).
1. Identifica o processo de referenciação anafórica acionado pela palavra sublinhada na expressão 15 pts.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
«O juiz que presidiu ao famoso julgamento foi José Maria de Almeida Teixeira de Queirós»
(linhas 13 e 14)
a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
Lê o texto.
2. No segmento «Amor de perdição (com o subtítulo Memórias duma família), […], embora o 20 pts.
romance seja considerado» (linhas 1 a 3), o elemento sublinhado constitui uma anáfora
5. Indica a modalidade e o valor modal expressos em «a atração amorosa tem de passar por várias 40 pts.
____________________________________________________________________________
Lê o texto.
a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________
d) _________________________________________________________________________
A. temporais e pessoais.
B. temporais e espaciais.
C. pessoais e espaciais.
D. espaciais.
4. Indica a modalidade e o valor modal expressos em «como a Última Ceia marca a altura em que 20 pts.
Cristo tem de dizer aos companheiros que foi traído» (linhas 19 e 20).
____________________________________________________________________________
Lê o texto.
1. No segmento «hoje usamos como metonímia dos nossos males» (linhas 2 e 3), há a presença de 20 pts.
deíticos
A. temporais e pessoais.
B. espaciais e temporais.
C. pessoais e espaciais.
D. espaciais.
2. No contexto em que ocorrem, o uso de «De facto» (linha 4), por um lado, e a preposição «de» 20 pts.
4. A palavra «olhar» em «o olhar distanciado por força da sua carreira diplomática» (linhas 3 e 4) 20 pts.
a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
Lê o texto.
1. Na frase «Mas a outra tortura e mal-estar que o dominavam resultavam da situação do país» 20 pts.
2. Em todas as orações subordinadas adjetivas relativas restritivas apresentadas, o pronome «que» 20 pts.
4. A frase «Para Eduardo Lourenço, Antero é “a maior referência intelectual portuguesa” que 20 pts.
A. assertivo.
B. compromissivo.
C. diretivo.
D. expressivo.
5. Na frase «Abriu caminho ao imaginário de Cesário Verde, de Camilo Pessanha e de Fernando 20 pts.
Pessoa» (linhas 8 e 9), a retoma do antecedente «Antero» (linha 7) é feita através de uma anáfora
A. por substituição.
B. por repetição.
C. conceptual.
D. por elipse.
Lê o texto.
a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
4. No contexto em que ocorrem, o pronome «lhe» (linha 2), por um lado, e determinante «sua» 20 pts.
Lê o texto.
1. No segmento «Procurei, em vão, o “cheiro salutar e honesto a pão no forno”» (linhas 6 e 7), há a 20 pts.
presença de deíticos
A. temporais e pessoais.
B. espaciais e pessoais.
C. temporais e espaciais.
D. espaciais.
a) «que […] connosco se cruzou a beleza magnética de uma pessoa» (linhas 8 e 9);
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
a) (linhas 4 e 5);
_________________________________________________________________________
b) (linha 5);
_________________________________________________________________________
c) (linhas 7 e 8);
_________________________________________________________________________
d) (linha 14).
_________________________________________________________________________
Lê o texto.
1. No contexto em que ocorrem, o uso de «porque» (linha 2), por um lado, e a expressão «há 150 20 pts.
anos» (linha 3), por outro, contribuem para a
A. coesão gramatical temporal, em ambos os casos.
B. coesão gramatical interfrásica, em ambos os casos.
C. coesão gramatical temporal, no primeiro caso, e para a coesão gramatical interfrásica, no
segundo caso.
D. coesão gramatical interfrásica, no primeiro caso, e para a coesão gramatical temporal, no
segundo caso.
2. Na frase «No calendário religioso, assinalava-se o dia de S. Cesário, que deu o terceiro nome 20 pts.
próprio ao poeta» (linhas 4 e 5), as palavras sublinhadas são
A. conjunções, em ambos os casos.
B. pronomes, em ambos os casos.
C. conjunção e pronome, respetivamente.
D. pronome e conjunção, respetivamente.
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens • 11.o ano 337
3. A oração «que fica melhor no século XX» (linha 2) é 20 pts.
4. Na linha 11, o pronome «se» encontra-se anteposto ao verbo, porque está 20 pts.
a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
Lê o texto e a nota.
Lê o texto e as notas.
40 pts. 2. Quando refere que tentou «“tocar nas teclas todas” do drama garrettiano» (linhas 39 e 40),
o encenador
40 pts. 3. Ao recorrer às expressões «secar as ideias de excessos emotivos» (linhas 19 e 20) e «não fazer dietas
nos sentimentos» (linha 32), o autor utiliza
40 pts. 4. No texto, as palavras «lamechas» (linha 3) e «reduzida» (linha 46) encontram-se entre aspas, porque
se pretende destacar
A. transcrições.
B. títulos.
C. citações.
D. sentidos figurados.
40 pts. 5. Para Miguel Loureiro, o texto de Frei Luís de Sousa é «pulsante» (linha 69),
Lê o texto e a nota.
40 pts. 3. No contexto em que ocorre, a expressão idiomática «fazendo ouvidos moucos» (linha 27) remete
para o ato de
A. fingir.
B. esquecer.
C. ignorar.
D. dissimular.
A. narrativo.
B. expositivo.
C. descritivo.
D. argumentativo.
40 pts. 5. O mérito de Camilo, por ter escrito O Senhor do Paço de Ninães, não fica «beliscado» (linha 74),
Lê o texto e as notas.
40 pts. 3. Nas expressões «apagava-se nos caprichos, nas tristezas» (linhas 30 e 31) e «velas que iluminam
por dentro» (linhas 34 e 35), o autor utiliza a
40 pts. 4. No contexto em que ocorre, o vocábulo «edificante» (linha 28) pode ser substituído por
A. moralizadora.
B. construtiva.
C. esclarecedora.
D. elucidativa.
40 pts. 5. No último parágrafo, a tendência que se tem vindo a impor associa-se a uma
A. necessidade de olhar para a literatura como se fosse um guia para a nossa ação.
B. visão do texto literário como reflexo das vivências de cada um de nós.
C. análise de uma realidade distinta daquela que experienciamos no dia a dia.
D. opção de ler apenas o que possa ser descrito de forma objetiva e literal.
Lê o texto e a nota.
40 pts. 2. Quando Eça refere que, num grande escritor, «até as contas do alfaiate» (linha 8) interessam,
evidencia
40 pts. 5. No último parágrafo do texto, a frase «Ainda bem que o fez.» (linha 70) revela, na perspetiva da
autora,
Lê o texto e a nota.
40 pts. 2. De acordo com o terceiro parágrafo, a relação de um autor com o seu contexto
40 pts. 3. No contexto em que ocorre, o conector «De facto» (linha 48) introduz uma
A. conclusão.
B. explicação.
C. comparação.
D. síntese.
40 pts. 5. A imagem final que a autora transmite de Cesário Verde é marcada pela
A. exatidão.
B. exuberância.
C. vitalidade.
D. intensidade.
1.a audição:
1. Ouve o excerto do episódio da série Grandes Livros, da RTP, dedicado ao «Sermão de Santo 75 pts.
António», e assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
V F
a) Após a ascensão do Protestantismo, a Igreja Católica tentava reaver os fiéis
que havia perdido.
b) O púlpito passa a ser um espaço de grande destaque, no qual se apresentavam
os sermões com um fim evangelizador.
c) A Igreja Católica assumia um papel de grande discrição, não interferindo na
vida social dos crentes.
d) Os pregadores detinham um papel de pouco relevo, já que eram
secundarizados pelos sermões que apresentavam.
e) Diogo Infante apelida Padre António Vieira de «príncipe da palavra» pela sua
capacidade na arte da oratória.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 Os sermões de Vieira tinham tamanha adesão que
A. o rei estava sempre presente nas suas pregações.
B. os populares disputavam um lugar no auditório.
C. havia quem reservasse um lugar no dia anterior.
D. nunca poderiam ser pregados em lugar fechado.
2.2 Para evidenciar a extrema reputação que Vieira possuía no Brasil, este é comparado a várias
figuras contemporâneas, nomeadamente a
A. Cristiano Ronaldo.
B. Maradona.
C. Lionel Messi.
D. Eusébio.
2.a audição:
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
1.a audição:
1. Ouve o excerto do programa cultural Serviço Público – Bloco de Notas, da Antena 1, com Maria do 75 pts.
Céu Guerra, e assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
V F
a) Ao longo da sua carreira, Maria do Céu Guerra concentrou-se apenas na
atividade de encenadora.
b) Maria do Céu Guerra desenvolveu a sua atividade antes e depois do «25 de
abril».
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 Para Maria do Céu Guerra, Frei Luís de Sousa espelha
A. todas as vivências que foram marcantes para Garrett.
B. as potencialidades de Garrett enquanto dramaturgo.
C. o domínio que o autor tinha sobre a sua própria vida.
D. a influência que o contexto teve sobre o dramaturgo.
2.2 Almeida Garrett destacou-se não só como dramaturgo, mas também como
A. ministro.
B. militar.
C. cenógrafo.
D. orador.
2.4 Maria do Céu Guerra defende que a peça é «tão boa», uma vez que
A. denuncia os aspetos sociais e políticos do século XVII.
B. articula as diferentes perspetivas sobre o texto dramático.
C. revela as verdadeiras intenções literárias do seu autor.
D. sintetiza a globalidade dos géneros dramático e trágico.
2.7 No contexto em que ocorre, o vocábulo «solilóquio» pode ser substituído por
A. diálogo.
B. conversa.
C. monólogo.
D. meditação.
2.a audição:
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
1.a audição:
1. Ouve o excerto do programa Serviço Público – Bloco de Notas, da Antena 1, com Abel Barros Baptista, 75 pts.
e assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
V F
a) Abel Barros Baptista é professor doutorado, cuja especialização se centra
apenas na obra camiliana.
c) A locutora trata Abel Barros Baptista por «tu», uma vez que já se conhecem da
sua colaboração com a rádio.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 Cada leitura da obra de Camilo é vista como
A. um recuperar de memórias.
B. algo sempre novo e distinto.
C. uma paixão que se recorda.
D. uma vivência única e singular.
2.4 Camilo Castelo Branco é considerado o escritor mais importante do século XIX, segundo
Barros Baptista,
A. já que não necessitava de justificação para a sua escrita.
B. pelas características intemporais dos temas abordados.
C. dada a intencionalidade crítica de toda a sua obra narrativa.
D. pela concretização de narrativas que lhe surgiam naturalmente.
2.5 A produção literária de autores oitocentistas como Antero de Quental, Garrett, Eça e Júlio
Dinis tinha também um objetivo
A. estético.
B. individualista.
C. cívico.
D. inovador.
2.7 Pelo recurso à palavra «frioleiras», fica evidente que Camilo não valorizou
A. a intencionalidade social da sua literatura.
B. o reconhecimento social que poderia obter.
C. o desenvolvimento da sua produção literária.
D. o tempo que dedicou à sua atividade profissional.
2.a audição:
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
1.a audição:
1. Ouve o excerto do programa Literatura aqui, da RTP 2, com Carlos Reis e João Bigotte Chorão, e 75 pts.
assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
V F
a) Fanny Owen é uma obra de Agustina Bessa Luís que apresenta textos originais
de Camilo Castelo Branco.
b) José Eduardo Agualusa escolhe Eça de Queirós para participar no seu romance
de 1997.
c) Camilo era extremamente valorizado e reputado junto de Eça e de outros da
sua geração.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 João Bigotte Chorão menciona que Eça possuía
A. um conhecimento profundo da obra camiliana.
B. uma admiração solene pelos textos de Camilo.
C. um parco conhecimento da produção camiliana.
D. uma necessidade de imitar a escrita de Camilo.
2.2 Carlos Reis considera que é possível gostar, simultaneamente, de Camilo e de Eça, já que
A. ambos possuem uma capacidade extraordinária para narrar.
B. as suas divergências se transformam em ideias comuns.
C. os pontos de contacto dos seus textos são muito evidentes.
D. são autores de reputada fama pelos conflitos que criaram.
2.5 Carlos Reis e João Bigotte Chorão concordam quanto à relevância de Camilo no género
A. lírico.
B. épico.
C. epistolar.
D. novelístico.
2.7 Para Carlos Reis, o preconceito associado às personagens femininas de Eça de Queirós é
«disparatado»,
A. apesar de considerar que Eça foi agressivo na sua construção.
B. no entanto, as personagens masculinas eram sobrevalorizadas.
C. dado que as cria com características extremamente trágicas.
D. uma vez que se deve ter em conta o contexto social de oitocentos.
2.a audição:
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
1.a audição:
1. Ouve o excerto do programa O Essencial sobre Antero de Quental, da Antena 2 e da IN-CM, e assinala 75 pts.
como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
V F
a) Antero de Quental nasceu nos Açores, no ano de 1843.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 A sociedade secreta que Antero fundou contra o reitor da Universidade deveu-se
A. à antipatia que este nutria pelos alunos.
B. ao conservadorismo da sua forma de ser.
C. ao modo como se relacionava com os alunos.
D. à rigidez das medidas que este promulgava.
2.5 Como resposta à crítica que lhe foi apontada, Antero de Quental redige
A. um manifesto de inúmeras páginas.
B. uma carta de índole crítica.
C. um breve artigo num jornal.
D. um soneto satírico.
2.6 Segundo Antero de Quental, a nova geração que estava a surgir caracterizava-se pela
A. intensidade e pela violência.
B. agressividade e pela honestidade.
C. sinceridade e pelo atrevimento.
D. contestação e pelo talento.
2.a audição:
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
1.a audição:
1. Ouve o excerto do programa O Essencial sobre Cesário Verde, da Antena 2 e da IN-CM, e assinala 75 pts.
como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
V F
a) O nome Cesário advém de uma tradição antiga da família Verde.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
105 pts.
2. Seleciona a opção correta, de forma a completares os itens seguintes.
2.1 Ao longo da sua curta vida, Cesário Verde dedicou-se à atividade comercial,
A. já que era a área que tinha estudado.
B. sob rígida orientação da figura paterna.
C. dado que não tinha outros interesses.
D. pois via nela um futuro muito promissor.
2.4 Um dos momentos em que a produção literária de Cesário entrou em conflito com a sua
atividade profissional foi quando
A. o pai descobriu os escritos.
B. deixou de ter tempo livre.
C. atingiu a maioridade.
D. deixou a universidade.
2.a audição:
Depois da segunda audição do texto, verifica as tuas respostas.
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Viagens na minha terra e
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