Livro Desafios Concepcao Implantacao Resultados Interativo

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Secretaria de

Desenvolvimento Econômico

E DU C AÇÃO
P R O F ISSIONA L
E S U PERV ISÃ O
E DU C ACIONA L
De saf ios, c o n c e p ç ão,
implantaç ão e re s u lta d o s

Sônia Regina Côrrea Fernandes


G e r a l d o J o s é S a n t ’a n n a
Amneris Ribeiro Caciatori
om origem na Reforma Francisco Campos,
de 1931, a supervisão escolar foi implanta-
da sob o controle dos inspetores federais
do Departamento Nacional de Ensino. Na época,
era o órgão responsável pelo acompanhamento
do cumprimento dos currículos, da verificação
das instalações escolares e da adequação dos
equipamentos didáticos.

Nesses 90 anos de experiência, a supervisão


estadualizou-se, municipalizou-se e até, como no
caso do Centro Paula Souza (CPS), se restringiu a
uma instituição de ensino técnico e profissional.

O livro Educação Profissional e Supervisão Educa-


cional: Desafios, Concepção, Implantação e
Resultados relata as ações de apoio à gestão
das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), nas di-
mensões administrativas e pedagógicas.

Com um olhar crítico, sobre o processo de ensino/


aprendizagem e as relações sociais nas escolas, e
destas com as respectivas comunidades, o Grupo
de Supervisão Escolar socializou as boas práticas
didáticas e administrativas, discutiu e orientou
projetos em cada região, integrou as metas de
cada Etec aos objetivos da Unidade do Ensino
Médio e Técnico (Cetec) do CPS, na busca de
sinergia, para garantir a reconhecida qualidade
da formação humanística, científica e profissio-
nal, a todos os egressos da instituição.

Os autores, num esforço voluntário, registraram


o trabalho de 30 anos, desenvolvido com rigor e
paixão por educadores que não perderam a
capacidade de aprender e acreditar no papel da
educação profissional.

Prof. Almério Melquíades de Araújo


Coordenador do Ensino Médio e Técnico
do Centro Paula Souza
Secretaria de
Desenvolvimento Econômico

E D UCAÇÃO
P RO F ISSIONAL
E S UP ERV ISÃ O
E D UCACIONAL
De saf io s, c o n c e p ç ão,
imp lantaç ão e re s u lta d o s

Sônia Regina Côrrea Fernandes


G e r a l d o J o s é S a n t ’a n n a
Amneris Ribeiro Caciatori
Expediente
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Governador Secretária de
João Doria Desenvolvimento Econômico
Patricia Ellen da Silva
Vice-Governador
Rodrigo Garcia

CENTRO PAULA SOUZA

Diretora-Superintendente Coordenadora de Infraestrutura


Laura Laganá em exercício
Bruna Fernanda Ferreira
Vice-Diretora-Superintendente
Emilena Lorenzon Bianco Coordenadora de Gestão
Administrativa e Financeira
Chefe de Gabinete da
Ana Paula Garcia Romero
Superintendência
Armando Natal Maurício Coordenador de
Recursos Humanos
Coordenadora da Pós-Graduação,
Vicente Mellone Junior
Extensão e Pesquisa
Helena Gemignani Peterossi Coordenadora da
Assessoria de Inovação
Coordenador do
Tecnológica
Ensino Superior de Graduação
Emilena Lorenzon Bianco
Rafael Ferreira Alves
Coordenadora da
Coordenador do
Assessoria de Comunicação
Ensino Médio e Técnico
Dirce Helena Salles
Almério Melquíades de Araújo
Coordenadora de Formação Inicial
e Educação Continuada
Marisa Souza
Sendo todas as coisas causadas e
causadoras, auxiliadas e auxiliantes,
mediatas e imediatas, e sustentando-
se todas mutuamente por meio de
um elo natural e insensível que liga as
mais distantes e diferentes, eu assevero
que é impossível conhecer o todo sem
conhecer particularmente as partes.

(MORIN 2002, p. 491)


2021

Copyright© Sônia Regina Corrêa Fernandes

O conteúdo desta obra é de responsabilidade do(s) autores e


proprietário(s) do Direito Autoral.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

FICHA CATALOGRÁFICA

Fernandes, Sônia Regina Corrêa.


Educação Profissional e Supervisão Educacional: desafios, concepção,
implantação e resultados./Sônia Regina Corrêa Fernandes, Geraldo José
Sant’Anna, Amneris Ribeiro Caciatori; Revisão: Yara Denadai Golfi, Tatiane
Cristina da Costa e Cléber Mapeli Serrador; Ilustrações: Camila Tamashiro,
Fernando França, Marta Maria Mendonça de Almeida, Renata Fermino
Ferrari. – São Paulo: CPS, 2021.
184 p. : il., mapa.

Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-87877-23-5

1. Educação Profissional Técnico. 2. Supervisão Educacional. 3. Gestão


Pedagógica. 4. Indicadores Institucionais Pedagógicos. 5. Acompanhamento
de Resultados. I. Sant’Anna, Geraldo José. II. Caciatori, Amneris Ribeiro. III.
Centro Paula Souza. IV. Título.

Tatiane Silva Massucato Arias – Bibliotecária – CRB-8/7262

Revisão: Yara Denadai Golfi, Tatiane Cristina da Costa e


Cléber Mapeli Serrador
Capa: Fábio Gomes da Silva e Marta Almeida
Projeto Gráfico: Marta Almeida
Diagramação e Ilustrações (gráficos e tabelas): Camila Tamashiro,
Fernando França, Marta Almeida e Renata Ferrari
Impressão: Rettec Artes Gráficas
Sumário
Agradecimento 7
Prefácio 9
Introdução 11
1. Supervisão Educacional: conceitos e diretrizes 17
1.1. Breve histórico do Centro Paula Souza 19
1.2. A ação supervisora e sua relação
com a gestão escolar 22
1.3. Construção de uma nova concepção
da ação supervisora 26
1.4. Uma proposta de reorganização
de Supervisão Educacional 27
2. Estrutura organizacional do Grupo de Supervisão
Educacional e Unidades Escolares 35
2.1. Atividades das áreas de Gestão Pedagógica,
Legislação e Informação, Pessoal, Vida Escolar
e Ambiente Escolar 41
2.1.1. Gestão Pedagógica (Geped) 41
2.1.2. Gestão de Legislação e Informação (Geslinf) 43
2.1.2. Gestão de Pessoal (Gepes) 44
2.1.3. Gestão de Vida Escolar (Geve) 45
2.1.4. Área de Gestão de Ambiente Escolar 46
2.2. Estrutura das Escolas Técnicas 47
3. Ações alicerçadas por indicadores:
estratégias para uma Supervisão Educacional
mais presente e eficiente 57
3.1. Indicadores Institucionais 62
3.2. A articulação entre indicadores institucionais
e a atuação do Grupo de Supervisão Educacional 71
3.3. Estratégias do Grupo de Supervisão Educacional
para melhoria dos indicadores institucionais 73
3.4. Atuação da Área de Gestão Pedagógica na
melhoria de processos e resultados 79
4. Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional
nos resultados qualitativos e quantitativos das
Unidades Escolares 93
5. Ontem e hoje: avanços da ação supervisora nos
resultados das escolas 111
6. O impacto sinérgico da regionalização na ótica
das Supervisões Regionais e Áreas de Gestão 133
6.1 Apreciação do contexto educacional e gestão
de resultados frente à regionalização da Supervisão
Pedagógica Educacional – Áreas e Regionais 135
7. Para (não) Finalizar 149
8. Referências 157
9. Anexos 163
Agradecimento

E sta publicação tem como objetivo contribuir com os pro-


fissionais da Educação Profissional, que desejam apri-
morar sua prática docente, ou capacitar sua equipe para
oportunizar ensino de qualidade aos cidadãos que almejam for-
mação técnica.

Agradecemos a Professora Laura Laganá pela visão inspira-


dora, motivadora e positiva dos trabalhos realizados no Centro
Paula Souza.

Agradecemos ao Professor Almério Melquíades de Araujo


pela oportunidade de socializarmos o trabalho realizado no Gru-
po de Supervisão Educacional (GSE) da Cetec.

Agradecemos aos Diretores de Etecs que compartilharam


neste livro suas vivências na estrutura nova do GSE.

Aos colegas do GSE que não mediram esforços para concreti-


zação desta publicação.
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

8
Prefácio

E m qualquer trabalho, quando se busca determinado resulta-


do, o acompanhamento e a avaliação têm um papel impor-
tante. Assim, a supervisão crítica, que vai além do controle
do cumprimento das normas legais, precisa abranger principalmen-
te essas responsabilidades:

• participar da definição da oferta e permanência dos cur-


sos técnicos; 9
• deter informações atualizadas sobre frequência e desem-

Prefácio
penho dos alunos;
• participar da construção das metas do Projeto Pedagógico
das Escolas Técnicas (Etecs) e apoiar seu desenvolvimento;
• promover a socialização das boas práticas nos planos
administrativos e pedagógicos;
• analisar a documentação relativa à situação funcional dos
professores e, quando necessário, propor sua regularização;
• verificar registros escolares e orientar a Secretaria Acadêmica.

Diante desse conjunto de atribuições e do crescimento do nú-


mero de Etec e Classes Descentralizadas (CDs), a Unidade do En-
sino Médio e Técnico (Cetec) do Centro Paula Souza (CPS), para
definir a estrutura e o funcionamento da Supervisão Educacional,
tinha um caminho a seguir: construir uma equipe central com di-
visões que respondessem pelas quatros vertentes da Supervisão
(Pedagógico, Legislação e Informação, Vida Escolar e Pessoal) e
ampliar a regionalização, para melhorar o acompanhamento dos
processos pedagógicos de cada Etec.
A vida média dos cursos técnicos no CPS, depende, principal-
mente, de dois fatores: demanda pelas vagas dos cursos e índice
de concluintes, que refletem a imagem da Etec e possibilidade de
trabalho ou melhoria na carreira profissional. Logo, o acompanha-
mento desses parâmetros pela Supervisão, é fundamental para
que a escola sempre contribua para o desenvolvimento profissio-
nal, tecnológico e social.
A gestão de cada Etec pode ser avaliada, entre outros aspec-
tos, pela capacidade da equipe dirigente de interagir com as co-
munidades, interna e externa e, analisando seus interesses, ir ade-
quando a oferta de cursos nos diferentes períodos e modalidades.
Essa proximidade da Supervisão com as Etecs permite o intercâm-
bio das melhores práticas, nos planos administrativo e pedagógi-
co, permitindo mais precisão nas definições de metas.
A convicção que a boa formação profissional passa por um
corpo docente capacitado, para o adequado desenvolvimento do
10 currículo, requer a atenção contínua da Supervisão ao atendimen-
to dos requisitos tecnológicos e didáticos dos professores, de cada
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

curso técnico.
O Observatório Escolar, o Sistema de Avaliação Institucional
(SAI), o Banco de Dados da Cetec (BDCetec), gestados na Cetec,
bem como as visitas e reuniões das Supervisões Regionais com as
equipes gestoras das respectivas Etecs, têm fornecido dados e in-
formações que, após análises e encaminhamentos, têm permitido
um constante aperfeiçoamento do trabalho de todas as Etecs.

Almério Melquíades de Araújo


São Paulo, 09 de março de 2020.
Introdução

E ste livro se faz importante por duas razões principais: de


estruturar-se no relato de uma experiência notável e exi-
tosa da equipe de Supervisão Educacional do Centro Es-
tadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”, e porque poderá
inspirar ações propulsoras que venham ampliar o campo de atua-
ção da Supervisão nas escolas em diferentes instituições. Sem a
pretensão de delinear um caminho a ser seguido e nem buscar
assegurar que as ações assumidas, tendo-se em vista o respeito à 11
diversidade, que caracteriza o ensino em nosso país.

Introdução
Antônio Francisco de Paula Souza

“[...]cumprir rigorozamente
com os seus deveres, de proceder
sempre com hombridade,
lealdade e firmeza.”
(Paula Souza, Revista Polytechnica, 1918)
(Fonte: http://www.saopauloinfoco.com.br/tag/
antonio-francisco-de-paula-souza/)

O Centro Paula Souza é uma autarquia do Governo do Estado


de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econô-
mico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, ge-
renciando 223 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e 73 Faculdades
de Tecnologia (Fatecs), abrangendo cerca de trezentos municípios.
A autarquia foi criada pelo governador Roberto Costa de
Abreu Sodré em 1969, portanto, neste ano – 2019 – celebrando seus
50 anos de existência, esta obra assume relevante significado, uma
vez que narra a edificação da supervisão delegada na instituição
e seus impactos na melhoria contínua de resultados de aprendiza-
gem, formação profissional e permanência dos alunos nos cursos
técnicos oferecidos.
O patrono da instituição é Antônio Francisco de Paula Souza,
nascido em Itu, Estado de São Paulo, em 6 de dezembro de 1843,
filho primogênito do médico Antônio de Paula Sousa e Maria Ra-
faela de Aguiar Barros. É válido comentar sobre o espírito impe-
tuoso e irrequieto de Paula Souza. Viajou para a Alemanha, poste-
riormente, ingressou na Escola Politécnica de Zurique, onde teve
seus primeiros contatos com a engenharia e, principalmente, pode
integrar uma organização estudantil e tornar-se simpatizante dos
12 ideais políticos liberais. Essa simpatia teve profunda influência
em seus valores e concepções. Tanto que chegou a estar em Milão
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

para defender a independência italiana.


De volta à Alemanha, matriculou-se na Faculdade de Quími-
ca da Escola Politécnica de Karlsruhe, mas é provável que somen-
te tenha concluído sua formação no Brasil. Publicou um panfleto,
logo no início de 1869, intitulado A República Federativa no Bra-
sil, onde defendia ideais republicanos, a liberdade religiosa e o
fim da escravidão. Chegou a alforriar os escravos de sua avó, a
Baronesa de Piracicaba.
Em sequência a viagens aos Estados Unidos e Europa, retor-
nou ao Brasil onde chefiou a implantação da ferrovia Rio Claro-São
Carlos e em 1889, assumiu o cargo de diretor da Superintendência
de Obras Públicas em São Paulo. Em março de 1892 tornou-se de-
putado estadual e no final do mesmo ano, em dezembro, passou a
exercer o cargo de Ministro das Relações Exteriores.
Já em 1893, assumiu a direção da Escola Politécnica de São
Paulo, assim permanecendo até o final de sua vida, apesar de de-
senvolver várias outras atividades como Secretário da Agricultura,
Comércio, Viação e Obras Públicas de São Paulo e fundação do Ins-
tituto de Engenharia de São Paulo, por exemplo. Faleceu na cidade
de São Paulo em 13 de abril de 1917, às duas horas da madrugada,
promovendo grande comoção a todos.
Entendemos pertinente traçar esse breve histórico da vida de
Paula Souza, e podemos notar seu perfil pautado pela ousadia, es-
tando sempre à frente de seu tempo, democrático, altamente par-
ticipativo, de alguma forma moldou o jeito de ser da Instituição.
E isso poderá ser percebido ao discorrer os capítulos que dão vida
a esta obra.
O leitor poderá observar que a experiência aqui narrada se
vincula a ações específicas da Unidade de Ensino Médio e Técnico
(Cetec), portanto, evidencia a experiência do trabalho da Supervi-
são Educacional junto às Etecs que integram o Centro Paula Souza.
A construção da atual estrutura da Supervisão no Centro Pau-
la Souza partiu de uma visão centralizada para sua regionalização,
ramificando-se em doze Regionais, assim como a definição de cinco
Áreas de Gestão que pudessem direcionar, orientar, acompanhar e
instruir o trabalho em cada região.
Nessa perspectiva, foram sendo organizadas as Áreas denomi- 13
nadas Gestão Pedagógica, Gestão de Vida Escolar, Gestão de Legis-

Introdução
lação e Informação, Gestão de Pessoal e Gestão de Ambiente Esco-
lar, que são estruturas fundamentais para o trabalho pedagógico,
acadêmico e administrativo nas Unidades Escolares.
As Escolas Técnicas possuem organização setorial que
abrange, de maneira geral, a Direção da Etec, a Diretoria de Ser-
viço Administrativo, a Diretoria de Serviço Acadêmico, Assis-
tente Técnico Administrativo (ATA), Coordenação Pedagógica,
Coordenação de Orientação e Apoio Educacional e docentes,
além do Conselho de Escola, Grêmio Estudantil, Associação de
Pais e Mestres (APM) e Cooperativa-Escola, esta última nas esco-
las com características agrícolas1.
Naturalmente, a dinâmica cotidiana é bem complexa e intera-
tiva, uma vez que a Coordenação Pedagógica, por exemplo, pode,
conforme o gerenciamento da demanda, estabelecer o contato com
a Área de Pessoal ou de Legislação e Informação.
Cada Área apresenta atribuições específicas que poderão ser
conhecidas ao longo do livro e assim ampliar e aprofundar-se em
sua atuação.
As orientações pedagógicas, por meio da orientação da área
de Gestão pedagógica, são realizadas pelas Supervisões Regio-
nais, que buscam o contato próximo, intensivo e presencial com
as Unidades Escolares. Essas interações se estabelecem via visitas
1
Das 223 Etecs, 34 possuem cursos na área agrícola (Eixo Tecnológico de Recursos
Naturais).
técnico-pedagógicas, reuniões presenciais e online, produção de
material de apoio, orientações técnicas e outros mecanismos que
se fizerem cabíveis para melhor direcionar, roteirizar e acompa-
nhar as atividades nas escolas.
Assim, a estrutura regionalizada mantém as escolas próximas
da Administração Central da Instituição, compartilhando celere-
mente informações, esclarecendo situações e sinalizando procedi-
mentos que fomentam a unidade de práticas e normatizações.
Um outro aspecto relevante foi a inserção do estudo de indi-
cadores na prática escolar objetivando monitorar e garantir resul-
tados relacionados à aprendizagem, frequência e permanência dos
alunos nos cursos. O estudo de demandas, base de dados e estatís-
14 ticas passou a integrar as ações escolares, gradualmente, incorpo-
rando-se ao cotidiano escolar. A intencionalidade da proposta foi
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

construir uma rede corresponsável pelo sucesso escolar associando


análises, interpretação de resultados e definição de metas assumi-
das pela Direção da Etec, docentes e qualquer membro da equipe
pedagógica, acadêmica e administrativa. Essa diretriz gerou uma
nova dinâmica ao processo educacional conduzindo os membros
das Unidades Escolares a planejarem, acompanharem e replaneja-
rem seu trabalho com consciência e estratégia.
A Supervisão Educacional é a mola propulsora da qualidade
do ensino, da atuação harmônica dos agentes escolares, organização
escolar e o alcance de resultados de aprendizagem significativos,
além de – no contexto das escolas técnicas – assegurar a conexão da
escola com sua missão educacional tendo-se em vista a formação
Profissional Técnica. Para estruturação desse trabalho, a Supervisão
abandona o conceito de inspeção para assumir um papel político,
pedagógico e de liderança, atuando como dinamizador e articula-
dor do processo pedagógico. Na ótica de Glickman (1985) a super-
visão escolar deve funcionar como um instrumento que reforça e
estimula a coesão pedagógica do trabalho realizado na escola.
Existe aqui um conceito fundamental de co-construção da
prática educativa mobilizada, de forma integrada e articulada,
pela Cetec, Áreas de Gestão do Grupo de Supervisão Educacional,
Supervisões Regionais, Etecs e seus integrantes.
Acreditamos que o leitor interessado no trabalho escolar
sentir-se-á empolgado e encorajado a impulsionar mudanças e
melhorias no sistema educacional no qual encontra-se inserido,
alcançando estes ou ainda melhores resultados que os aqui apre-
sentados.
As experiências compartilhadas nesta obra produzem uma
linha do tempo em que se sequenciam os procedimentos que con-
duziram a concepção, implantação, desenvolvimento e avaliação
de um modelo de Gestão da Supervisão Escolar. O livro começou
a ser escrito em 2018, sendo alimentado e atualizado por infor-
mações que visaram a manutenção de um material que pudesse
refletir a sua contemporaneidade.
No trâmite de publicação desta obra, já em 2020, fomos sur-
preendidos pelo surto de contágio de COVID-19 e uma pandemia
que impôs a reconfiguração dos processos de ensino e de apren- 15
dizagem, das relações interpessoais na escola, no desafio das ati-

Introdução
vidades por meio de teletrabalho e na reorganização das práticas
acadêmicas, documentais e comunicacionais para que o trabalho
escolar não fosse maculado.
Um exemplo importante foi a alteração do modelo oficial de
Planejamento do Trabalho Docente, que foi adaptado para Plano de
Orientação para aprendizagem a Distância (POAD), considerando
migração para o ensino remoto, em decorrência da pandemia de
COVID-19 e sustentado pelo Decreto nº 64.864, de 16/03/2020,
Decreto nº 64.994, de 28/05/2020, a Deliberação CEE nº 177/2020,
e nos termos do que prevê também as Resoluções CNE/CEB
nº 06/2012, CNE/CEB nº 03/2018, além do indicado no Parecer
CNE/CEB nº 05/97, tal como o Parecer MEC/CNE/CP nº 05/2020.
De certa forma, a estrutura edificada e que se consolidou
como Grupo de Supervisão Educacional (GSE) foi testada quanto
a sua funcionalidade perante as mudanças emergenciais que eclo-
diram a todo instante, requerendo rápidas tomadas de decisão,
adequações, direcionamentos e apoio às Unidades Escolares em
suas necessidades pedagógicas, acadêmicas, amparo legal e jurí-
dico e procedimentos na gestão dos profissionais.
Nesta severa avaliação, o arcabouço do GSE evidenciou sua
solidez, possibilitando a manutenção de um trabalho integrado,
ativo, profícuo e assíduo mesmo com seus membros desassocia-
dos e isolados em suas respectivas residências.
Aguardar esse momento, mesmo que não propositadamente,
um vez que não seria possível prever a pandemia, tornou-se salu-
tar para comprovar a qualidade e relevância do trabalho realizado.
Nessa perspectiva, é que incentivamos o leitor a conhecer, es-
tudar e desfrutar desta obra e, quem sabe, adotar suas propostas,
respeitadas as adaptações que podem ser exigidas perante peculia-
ridades locais, utilizando o modelo aqui proposto para dinamizar,
ainda mais, a gestão supervisora em várias instituições brasileiras.
Para a escrita dos capítulos, contamos com a participação e
interação da supervisora responsável pela Área de Gestão Pedagó-
gica, Professora Amneris Ribeiro Caciatori e do responsável pela
Supervisão Educacional Pedagógica Regional das Etecs de São José
do Rio Preto, Professor Geraldo José Sant’Anna. A sintonia entre
16 as diretrizes emanadas pela Área Gestão Pedagógica e a execução
dos trabalhos nas 12 regionais foi primordial para ao alcance dos
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

resultados que serão apresentados no livro, principalmente os re-


lacionados aos índices de permanência dos alunos.
17

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


1.
Supervisão Educacional:
conceitos e diretrizes
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

18
É muito comum a percepção entre educadores e gestores,
quando falamos sobre supervisão educacional, de este ser
um órgão fiscalizador, regulador e até mesmo punitivo.
Nesta perspectiva, a própria palavra supervisão perde seu sentido,
afinal, entendemos que o ato de supervisionar é nos determos aos
detalhes, por meio da análise de atividades, processos e procedi-
mentos, possibilitando sempre a busca pela qualidade. E assim é
a supervisão educacional das escolas técnicas estaduais, um olhar
atento, cuidadoso e, principalmente, orientador sobre a dinâmica
escolar e o processo de ensino e aprendizagem.
Este primeiro capítulo apresenta, historicamente, como a su-
pervisão educacional das escolas técnicas estaduais do Estado de
São Paulo, pertencentes ao Centro de Educação Tecnológica Pau- 19
la Souza, foi se desenvolvendo ao longo dos anos e se consolidou

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


como referência técnica pedagógica na gestão pública de Educação
Profissional. Um caminho de estudos, experiências e boas práticas,
permeados pela constante expansão da autarquia, fez com que a
Unidade do Ensino Médio e Técnico, por meio do Grupo Supervi-
são Educacional (GSE), adotasse concepções pedagógicas diferen-
ciadas para atendimento a uma clientela diversificada e inserida nas
mais distintas realidades do Estado de São Paulo.

1.1 Breve histórico do Centro Paula Souza


O Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
(Ceeteps), também denominado Centro Paula Souza, é uma autar-
quia do Governo do Estado, tendo sido criado pelo Decreto-Lei de
6 de outubro de 1969, com a denominação de Centro de Educação
Tecnológica de São Paulo, com a finalidade de articular, realizar
e desenvolver a educação tecnológica, nos graus de ensino médio
e tecnológico. Desde seu início, foi concebido como autarquia do
Governo do Estado de São Paulo, hoje vinculada à Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Em 1970, foram instaladas as duas primeiras Faculdades de
Tecnologia: Fatec Sorocaba e Fatec São Paulo.
Inobstante tenha sido prevista na sua criação a oferta do en-
sino técnico de nível médio, este foi implantado a partir de 1981,
quando o Centro Estadual de Educação Tecnológica de São Pau-
lo – Centro Paula Souza, incorporou seis unidades de ensino, até
aquele momento denominadas escolas conveniadas, a partir de
um convênio entre setores empresariais (prefeitura do município-
sede da escola e governo do estado). Essas seis unidades de ensino
compreendiam: Colégio Técnico Industrial Conselheiro Antônio
Prado (1962), em Campinas; Colégio Técnico Industrial de Jun-
diaí, em Jundiaí; Colégio Técnico Industrial João Baptista de Lima
Figueiredo (1962), em Mococa; Colégio Técnico Industrial Jorge
Street (1970), em São Caetano do Sul; Escola Técnica Industrial
Lauro Gomes (1957), em São Bernardo do Campo; Colégio Poliva-
lente de Americana (1976), em Americana.
20 Além dessas seis primeiras escolas, em 1982, com o fim do en-
tão 2º grau de Profissionalização compulsória, anunciado pela Lei
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

7.044/82, o Governo do Estado voltou a discutir o destino das tra-


dicionais escolas técnicas e transferiu para o Centro Paula Souza
mais seis colégios técnicos da rede estadual: Getúlio Vargas (1911)
e Professor Camargo Aranha (1968), em São Paulo; Presidente
Vargas (1953), em Mogi das Cruzes; Júlio de Mesquita (1935), em
Santo André; Rubens de Faria e Souza (1965); Fernando Prestes
(1929), em Sorocaba.
Em 1988, a instituição criou duas escolas técnicas: a Escola Téc-
nica Estadual de São Paulo (Etesp) na capital, e Dr. Adail Nunes
da Silva, em Taquaritinga, totalizando, assim, as primeiras catorze
Escolas Técnicas Estaduais do Centro Paula Souza.
Em 1993, o Governo do Estado, por meio do Decreto 37.735,
de 27/10/1993, com a finalidade de reunir em rede única as Esco-
las Técnicas Estaduais, até então pertencentes à Secretaria de Edu-
cação do Estado e ao Centro Paula Souza (CPS), transferiu, a partir
de 01/01/1994, 35 (trinta e cinco) escolas agrícolas e 48 (quarenta
e oito) industriais da rede estadual (SEE) para o Centro Paula Sou-
za, por tratar-se de uma autarquia de regime especial, vinculada e
associada à Unesp e criada justamente com a finalidade de manter
o ensino técnico e tecnológico.
Assim, a partir de 1994, o Centro Paula Souza amplia quanti-
tativamente suas unidades de ensino e expande geograficamente
sua atuação para outras cidades, pois, até então, as unidades ini-
ciais localizavam-se mais próximas da capital. Esse crescimento
permitiu a criação de novos cursos nas áreas de agropecuária, saú-
de e mineração.
No 2º semestre de 2010, o Centro Paula Souza contava com
198 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), das quais 163 urbanas e 35
com laboratório de produção agropecuária, acrescidas de 104 clas-
ses descentralizadas2, localizadas em municípios e bairros cuja po-
pulação não comportava, à época, a criação de uma Etec e também
para ocupar espaços ociosos das escolas da Secretaria Estadual de
Educação. Diante dessa diversidade de oferta da educação pro-
fissional, jovens e adultos puderam ser inseridos no programa de
expansão da Educação Profissional promovida pelo governo do
Estado. Nessa época, as Faculdades de Tecnologia (Fatec) soma-
vam 49 unidades distribuídas em 46 diferentes cidades do Estado. 21
Em 2016, o Centro Paula Souza passou a contar com 220 Es-

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


colas Técnicas Estaduais (Etecs) e 65 Faculdades de Tecnologia
(Fatecs), atendendo mais de 283 mil alunos em cursos técnicos de
nível médio e superior em tecnologia, em mais de 300 municípios.
As Etecs atendem cerca de 212 mil estudantes nos Ensinos Téc-
nico, Médio e Técnico Integrado ao Médio, totalizando 171 cursos
(98 Habilitações Profissionais – modalidade concomitante ou subse-
quente ao Ensino Médio – 37 Habilitações Profissionais Integradas
ao Ensino Médio – 32 Especializações Técnicas – 4 cursos de For-
mação Inicial e Continuada e Educação de Jovens e Adultos – EJA)
para os setores industrial, agropecuário e de serviços, nas modali-
dades presencial e semipresencial, além da modalidade totalmen-
te à distância (EaD).
As Fatecs somam mais de 73 mil estudantes matriculados em
72 cursos de graduação tecnológica, nas seguintes áreas: Constru-
ção Civil, Mecânica, Informática, Tecnologia da Informação, Turis-
mo, entre outras. Também são oferecidos cursos de pós-graduação,
atualização tecnológica e extensão.
Nos últimos dez anos, o número de alunos triplicou, com a
criação de novas unidades e cursos, levando a oferta de ensino Pro-
fissional gratuito a todas as regiões do Estado de São Paulo.

2
Classes Descentralizadas são extensões das Escolas Técnicas Estaduais (consideradas
Sedes) instaladas a partir de convênios do Centro Paula Souza com a Secretaria
Estadual de Educação, Prefeituras Municipais, visando a oferta de ensino técnico.
O Grupo de Supervisão Educacional (GSE) é um departamento
pertencente à Unidade do Ensino Médio e Técnico e estruturalmen-
te, o Centro Paula Souza, em sua Administração Central, apresenta
a seguinte organização funcional:

• Diretor Superintendente;
• Vice-Diretor Superintendente;
• Chefe de Gabinete da Superintendência;
• Coordenador da Pós-Graduação, Extensão e Pesquisa;
• Coordenador do Ensino Superior de Graduação;
• Coordenador de Ensino Médio e Técnico;
• Coordenador de Formação Inicial e Educação Continuada;
22 • Coordenador da Assessoria de Inovação Tecnológica;
• Coordenador da Assessoria de Desenvolvimento e
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Planejamento;
• Coordenador de Infraestrutura;
• Coordenador de Gestão Administrativa e Financeira;
• Coordenador de Recursos Humanos;
• Assessora de Comunicação;
• respectivos departamentos e áreas.

1.2 A ação supervisora e sua relação com a gestão escolar


Muitos são os trabalhos que exploram diferentes ângulos da
ação supervisora e, a partir das atribuições à ela referenciadas, é ela-
borada e definida a caracterização do perfil Profissional do Super-
visor Educacional. Evidentemente, de acordo com o que se entende
como objeto de trabalho da Supervisão, são estabelecidos seus ob-
jetivos e, a partir deles, a estrutura para que se possa atuar junto às
escolas promovendo a melhoria de seus processos e resultados.
Partiremos aqui dos conceitos construídos pelo Centro Paula
Souza quanto ao perfil e atribuições do Supervisão Educacional,
para que se compreendam os ramos de sua atuação, conforme
será abordado ao longo desse livro, delineando um conceito de
Supervisão Educacional que se organiza em áreas articuladas, de
maneira a se obter uma gestão escolar produtiva e alinhada aos
princípios da Instituição.
A definição apresentada por Cury (2002, p.165) sobre gestão
escolar muito se adequa aos nossos pressupostos: gestão “(...) é a
geração de um novo modo de administrar uma realidade e é, em si
mesma, democrática já que traduz pela comunicação, pelo desenvol-
vimento coletivo e pelo diálogo”. Logo, compreende-se que a gestão
escolar e a gestão supervisora, por consequência, sustentam-se pela
comunicação, pela interatividade e pelo diálogo sempre presentes,
estabelecendo elos consistentes de orientação, sinalização e reflexão
sobre práticas e procedimentos, saberes e competências essenciais
para o desenvolvimento de um profícuo trabalho pedagógico.
É importante destacar que a Gestão Escolar se sustenta por
três áreas ou setores, muito bem articulados, a considerar: a Ges-
tão Pedagógica, a Gestão Acadêmica e a Gestão Administrativa. 23
É a visão sistêmica do gestor que promoverá o desencadeamento

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


de ações consistentes e alicerçará a tomada de decisões, direcio-
nando a Unidade Escolar para o desenvolvimento e cumprimento
do seu Projeto Político Pedagógico (PPP). O pensamento sistêmico
ou visão sistêmica3 é responsável pela união e articulação dos três
setores da Gestão Escolar, fazendo com que os indivíduos perce-
bam a inter-relação e interdependência entre suas ações e as dos
demais membros da escola, conceito que pode ser ampliado se in-
serirmos no contexto a gestão supervisora.
Retomando a caracterização da Supervisão Educacional en-
quanto mobilizadora da integração entre os processos de gestão e
o direcionamento de ações na escola, podemos compreender que o
Profissional que a exerce deve apresentar condições para o desen-
volvimento de uma série de atividades junto às escolas de maneira
a fomentar e alinhar suas metas educacionais.
Nessa perspectiva, estabelece-se que o perfil do Supervisor
Educacional do Centro Paula Souza é aquele Profissional que pla-
neja, orienta, acompanha e avalia o cumprimento da legislação, di-
retrizes e normas educacionais e institucionais; implementa políti-
cas públicas; orienta e acompanha a construção do Projeto Político
Pedagógico; propõe diretrizes e normas para o desenvolvimento
do processo de ensino e de aprendizagem a partir de diagnósti-
cos e indicadores; representar aos órgãos competentes assuntos
3
SENGE, Peter. A Quinta Disciplina: arte e prática da organização que aprende. 19 eds.
Rio de Janeiro: Best Seller, 2005
que não tenha autonomia para resolver; participa de equipes de
trabalho; orienta o desenvolvimento de suas atividades objetivan-
do atingir metas da Cetec4. Ou seja, trata-se de Profissional que
tece as inter-relações dos processos de gestão escolar, fundamen-
tados pelas legislações e pelos indicadores das unidades escolares,
orientando e intervindo de maneira a promover melhorias na edu-
cação Profissional das escolas.
Para melhor entendimento desse conceito, recorremos a Ran-
gel (2008) quando assim define “coordenar é organizar em co-
mum, é prever e prover momentos de integração do trabalho”.
A figura abaixo permite visualizar essas relações e outras ações
advindas da coordenação das principais atividades gestoras em
24 uma Unidade Escolar.
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Gestão Escolar

Gestão Gestão Gestão


Pedagógica Acadêmica Administrativa

Gestão da Gestão da Vida Gestão Gestão Gestão


Aprendizagem Escolar do Aluno Financeira Pessoal Patrimonial

Figura 1 – Dimensões da Gestão Escolar


Fonte: Produção dos próprios autores

4
A Unidade do Ensino Médio e Técnico tem a função de orientar, coordenar o
planejamento e acompanhar, controlar e avaliar a execução das atividades de ensino
médio e técnico (Decreto nº 58.385, de 13 de setembro de 2012). Essa Unidade (Cetec) se
organiza em Grupos de trabalho voltados à Educação à Distância, Formulação e Análises
Curriculares, Supervisão Educacional, Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão.
Considerando o exposto e de acordo com a Deliberação Ceeteps – 3,
de 30-05-20085, o Supervisor Educacional tem como atribuições:
I estabelecer requisitos de habilitação para fins de admis
são e atribuição de aulas de docentes e auxiliares de
instrução nas Etecs, atendida a legislação;
II orientar as Etecs na elaboração de documentos e de
registros escolares;
III controlar a expedição e o registro de certificados e di-
plomas, bem como de outros documentos escolares
produzidos pelas Etecs, para garantir sua fidedigni-
dade e autenticidade;
IV orientar as Etecs nos assuntos relativos à legislação
de ensino e sua aplicação em geral e no que se refere 25
à vida escolar do aluno;

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


V analisar documentos e processos relacionados à Ges-
tão Pedagógica, encaminhados pelas Unidades de
Ensino, referentes à Supervisão Escolar, emitindo pa-
recer conclusivo;
VI elaborar instrumentos de avaliação de currículo e do
processo ensino-aprendizagem;
VII propor pesquisas e estudos necessários ao desenvol-
vimento de suas atividades;
VIII executar a supervisão pedagógica das unidades de
ensino médio e técnico, assegurando o atendimento
às normas legais emanadas dos órgãos competentes,
bem como às diretrizes do Ceeteps;
IX analisar conjuntamente propostas de criação, instala-
ção, extinção e/ou suspensão temporária de Etecs e
cursos de ensino médio e técnico, tendo em vista as
diretrizes e normas estabelecidas bem como a legisla-
ção vigente;
X desenvolver atividades exigidas pela legislação e pela
supervisão delegada6.

5
Deliberação Ceeteps – 3, de 30-05-2008 (Alterada pelas Deliberações Ceeteps 4/2009,
2/2010, 4/2010, 4/2011, 4/2013, 12/2015 e 16/2015), dispõe sobre a reorganização da
Administração Central do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps).
6
Supervisão delegada pela Resolução SE nº 78, de 07/11/2008, com fundamento no item
14.5 da Indicação CEE 08/2000.
No decorrer dos capítulos, o exercício dessas atribuições fica-
rá mais claro, tornando-as mais concretas, uma vez que o Centro
Paula Souza busca relações mais próximas entre Supervisão Edu-
cacional e escolas.

1.3 Construção de uma nova concepção da ação supervisora


A proposta de criação de um novo modelo de supervisão edu-
cacional surgiu da necessidade de promover ações integradas entre
Supervisão Educacional e Equipes Gestoras das Escolas Técnicas do
Centro Paula Souza. Seu intuito foi aprimorar os processos de co-
26 municação intraescolar, alinhando as orientações e gerando elos que
viessem articular competências, posturas, comportamentos e atitu-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

des e se replicassem do gestor escolar aos educandos, permeando


toda rede que compõe a Unidade de Ensino. Dessa forma, o fomen-
to do diálogo, das discussões produtivas, das reuniões elaboradas,
das capacitações promovidas na própria escola e gerenciadas pelos
seus responsáveis tendem a produzir uma rede dialógica proativa.
Esse caminho alicerça-se pelo objetivo central da Gestão Su-
pervisora:

(...) o objetivo da supervisão não é apenas o desenvolvimento


do conhecimento, visa também o desabrochar de capacidades
reflexivas e o repensar de atitudes, contribuindo para uma
prática de ensino mais eficaz, mais comprometida, mais pes-
soal e mais autêntica”. (Alarcão & Tavares: 2003, p. 119)

Nessa abordagem compreende-se a importância da percepção


de um conhecimento que é posto a serviço de uma sociedade, que
se insere nas práticas e as transforma, potencializando-as e geran-
do ações significativas para aquele grupo, para aquela região ou
para uma rede de escolas.
Não é incomum a Supervisão Educacional ser relacionada es-
tritamente à prática pedagógica. Sua atuação, contudo, a extrapola
largamente uma vez que integra aspectos que caminham associa-
dos: o docente enquanto profissional e suas atribuições, o aluno e
sua história construída na vivência da escola, o trabalho pedagógico
propriamente dito, o cumprimento das legislações vigentes, o fluxo
de informações e a comunicação intraescolar. É também facilmente
observada a identificação estrita da Supervisão com a função ava-
liadora, reguladora e controladora. Nesta proposta, busca-se am-
pliar esse conceito e redirecioná-lo para que se atue “dentro da es-
cola”, na posição de orientador, sinalizador de diretrizes (Alarcão e
Tavares, 1987, p. 34), extrapolando a proposta de “vigiar, examinar,
fiscalizar, corrigir, indagar, comparar e duvidar”.
Além de orientar o Diretor da escola, a Supervisão Educa-
cional Regional exerce suas atividades junto ao Coordenador
Pedagógico que, por sua vez, atua com os Professores, estabele-
cendo-se, assim, uma ponte entre a supervisão e a escola para a
disseminação de boas práticas. 27

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


1.4 Uma proposta de reorganização de Supervisão
Educacional
No período compreendido entre 1981 a 1994, a Supervisão de
Ensino das 14 escolas técnicas em atividade no Centro Paula Souza
esteve a cargo da Secretaria da Educação, por meio de órgão pró-
prio de supervisão das respectivas, então chamadas, Delegacias de
Ensino da região onde essas unidades estavam inseridas.
Em 1988, com a publicação da Deliberação nº 06 de 21/4/1988,
foi criada a Coordenadoria de Ensino de 2º Grau, atual Unidade
do Ensino Médio e Técnico, que dentre as suas atribuições previa:
coordenar, controlar e avaliar a execução das atividades de ensino;
elaborar diretrizes para a supervisão pedagógica das Etecs e para
a avaliação do desempenho do Professor e demais Profissionais
envolvidos no processo ensino-aprendizagem; elaborar modelos
de organização curricular e reformular, em processo contínuo, as
propostas curriculares, tendo em vista seu aprimoramento. A refe-
rida publicação previa também que, para desempenho de suas atri-
buições pedagógicas, a Coordenadoria poderia contar com pessoal
técnico qualificado nas áreas de supervisão pedagógica, orientação
educacional, administração escolar, bem como nas ciências afins à
educação, que foram distribuídas em equipes especializadas na me-
dida das necessidades do trabalho desenvolvido.
Com o advento da Deliberação Ceeteps-5 de 28-7-93, que dis-
pôs sobre a estrutura interna dos órgãos do Ceeteps, a Coordenado-
ria do Ensino Técnico (antiga Coordenadoria do Ensino de 2º grau)
passou a compreender os seguintes grupos: I – Grupo de Planeja-
mento Escolar; II – Grupo de Supervisão Escolar e III – Grupo de
Atividades Técnico Culturais.
A Secretaria da Educação do Estado, por meio da Resolução
SE. 210/93, delegou competência legal para que o Centro Paula
Souza passasse a exercer as atividades inerentes à supervisão ple-
na de todas as suas unidades de ensino.
O Grupo de Supervisão Educacional (GSE) do Centro Paula
Souza foi estruturado, então, de acordo com a Deliberação Ceeteps
28 nº 06, de 16/3/1994, e compunha-se, à época, de uma equipe cen-
tral, sediada na Administração Central, em São Paulo, e de Nú-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

cleos Regionais de Supervisão Escolar, um na Capital e os demais


nas cidades sede regionais: Campinas, Marília, Ribeirão Preto, São
José do Rio Preto e Sorocaba.
A constituição inicial da equipe supervisora contou com
pessoal técnico pedagógico do próprio Ceeteps, que já vinha de-
senvolvendo as atividades pedagógicas previstas pela Cetec, e
admissão de pessoas da rede estadual: supervisores de ensino e
delegados de ensino aposentados, sendo que a somatória dessas
experiências educacionais criou um clima organizacional favorá-
vel à implementação do trabalho educacional dessa nova rede de
escolas técnicas no Estado de São Paulo.
A Supervisão Escolar desempenhou papel importante na in-
tegração das 14 Etecs que há mais de uma década já estavam no
Centro Paula Souza, com as 83 unidades de ensino que provinham
da Secretaria de Educação, uma vez que apresentavam diversida-
de significativa tanto em seus aspectos culturais, quanto em estru-
tura física e em recursos humanos.
Diante deste quadro heterogêneo, houve significativo em-
penho por parte da Cetec, com apoio dos Grupos de Atividades
Técnico Culturais, Supervisão Educacional e demais equipes da
Cetec, para que ocorresse a atualização dos docentes em relação
a técnica e didática, bem como para a introdução da metodolo-
gia de projetos, criando espaço para a pesquisa e produção de
materiais, fatores que permitiram a introdução, nas organizações
curriculares, das disciplinas projeto e projetos interdisciplinares
e institucionais.
Outro aspecto relevante foi quanto à realização de concurso
público para docentes, pela Coordenação da Cetec, acompanha-
do todas as fases de sua execução. O concurso foi descentralizado
por região e, desta forma, alcançou grande número de inscritos.
Os docentes que até então lecionavam nas unidades de ensino
oriundas da Secretaria da Educação eram estatutários e perten-
ciam ao quadro da SEE. Para que continuassem a ministrar aulas,
submeteram-se a novo concurso por se tratar de uma nova função
pública no Centro Paula Souza e por esta se pautar no regime da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A partir do início de 1997, alguns supervisores foram transfe- 29
ridos para diferentes setores do Centro Paula Souza, como: Siste-

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


ma de Avaliação Institucional (SAI), Área de Gestão de Parcerias e
Convênios (AGPC), Unidade de Recursos Humanos (URH), Labo-
ratório de Currículo, bem como outros de ordem funcional, com-
preendendo dispensa da função, aposentadoria, falecimento. Isso
tudo ocasionou a extinção de alguns Núcleos de Supervisão Educa-
cional Regional: São Paulo, Marília e São José do Rio Preto, perma-
necendo os demais em funcionamento: Núcleo Central, Campinas,
Sorocaba e Ribeirão Preto, os quais passaram a se responsabilizar
pela supervisão das escolas dos núcleos extintos. A equipe com sete
supervisores passou a atender 105 unidades.
Gradativamente, a partir de julho de 2004, com a criação de
novas unidades de ensino, ampliou-se o número de supervisores,
com a inclusão de ex-diretores de escolas técnicas estaduais habi-
litados para o exercício da função.
A significativa expansão da oferta da educação Profissional
pelo Governo do Estado, ocorrida principalmente no período
compreendido entre 2006 a 2010, propiciou consequente aumento
no número de unidades de ensino no Centro Paula Souza, prin-
cipalmente considerando a expansão do Ensino Técnico e Médio
por meio de parcerias com a Secretaria de Estado da Educação
(SEE) e Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), para o ofere-
cimento da Educação Profissional em Classes Descentralizadas.
Os supervisores também eram responsáveis pela organização e
orientação dos processos envolvidos na gestão escolar dessas clas-
ses. Houve, dessa forma, a necessidade de reorganizar a estrutura
e a composição da equipe supervisora, fato ocorrido a partir de
2009, conforme gráficos a seguir.

NÚMEROS DE ETECS

250
218 219 220 222 223
211 214
203
200 186 191

157
150

100
30
50
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

NÚMEROS DE CLASSES DESCENTRALIZADAS

300
315
301
280 284 277
250 260 261 251
235
200
168
150

100 49

50

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Para a reorganização da Supervisão Educacional, foi conside-


rado a experiência da equipe de supervisão de outras instituições
que já atuava no Centro Paula Souza e do estudo dos seguintes
documentos:
• Resoluções SE nº 210/1993 e SE 78/2008, que dispõem sobre
a delegação de competências ao Centro Paula Souza para
exercer a supervisão de ensino das Escolas Técnicas
Estaduais sob sua jurisdição;
• Deliberação Ceeteps nº 03/2008, alterada pela Deliberação
Ceeteps nº 04/2011, que dispõe sobre a reorganização da
Administração Central do Centro Estadual de Educação
Tecnológica “Paula Souza”;
• Legislação específica de supervisão educacional.

Enquanto o número de escolas possibilitou ágil acesso aos super-


visores oferecerem suporte e orientação, exigindo-se sua reconfigu-
ração mediante a ampliação de Unidades Escolares para dar suporte 31
e orientação sobre as atividades fim (pedagógica) e meio (matrícu-

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


las, atribuição de aulas, autorização de curso e outras atividades).
A nova organização ocorreu quando houve expressivo au-
mento de unidades escolares, para oferecimento de acompanha-
mento e orientação mais próxima às escolas no que se refere ao
processo de ensino e aprendizagem. A partir da sistematização de
todas as atividades, foi proposta a reorganização da Supervisão
Educacional em áreas, para o redirecionamento das atividades,
definição do perfil Profissional, exigências de formação, experiên-
cia Profissional, local de trabalho, competências gerais e específi-
cas e atividades da Supervisão Educacional.
O desenvolvimento da nova proposta de organização da Su-
pervisão Educacional permitiu o acompanhamento das demandas
da Administração Central e Etecs e possibilitou a implantação de
procedimentos operacionais padronizados, assim como a especia-
lização das áreas de acordo com sua atuação.
Após a sistematização das atividades, tornou-se possível uma
melhoria nos procedimentos e, consequentemente, nas atividades,
otimizando a atuação dos servidores e o uso dos recursos mate-
riais e financeiros disponíveis, com maior celeridade, presteza e
desempenho dos envolvidos. Com a reorganização, as atividades
foram revistas para melhoria contínua, a fim de agregar valor às
práticas de gestão dos supervisores.
Considerando a necessidade de agrupar as atividades o Grupo
de Supervisão (GSE) foi organizado em cinco áreas: Gestão de Le-
gislação e Informação, Gestão de Ambiente Escolar; Gestão de Vida
Escolar; Gestão de Pessoal; Gestão Pedagógica. Vinculada à área de
Gestão Pedagógica, criaram-se doze Supervisões Pedagógicas Re-
gionais correspondentes às regiões administrativas do Estado e a
estrutura do GSE passou a ter a seguinte configuração:

Diretoria GSE

32 Gestão de Gestão de
Gestão Gestão da Gestão da Legislação Ambiente
Pedagógica Vida Escolar Pessoal
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

e Informação Escolar

Figura 2 – Áreas Gestoras da Supervisão Educacional


Fonte: Produção dos próprios autores

As Áreas do GSE, naturalmente, relacionam-se entre si e atuam


em conjunto com a Unidade de Ensino Médio e Técnico, bem como
com outras instâncias que integram o Centro Paula Souza, a saber:

• Gabinete da Superintendência (GDS);


• Unidade de Gestão Administrativa e Financeira (Ugaf);
• Unidade de Recursos Humanos (URH);
• Unidade de Infraestrutura (UIE);
• Unidade Processante (UP);
• Ouvidoria;
• Setor de Convênio;
• Assessoria de Comunicação (AssCom);
• Centro de Gestão de Documentação (CGD).

A força de trabalho do GSE tem variado conforme aumenta o


número de unidades e, embora não seja proporcional, houve um
aumento de regionais e servidores. Para a composição das equipes
das Regionais, os critérios utilizados para definição da carga horá-
ria de seus membros são calculados a partir do número de Etecs e
Classes Descentralizadas (CDs), distância entre unidades e número
de turmas. O gráfico abaixo ilustra a variação:

DADOS GSE
513
Número de Unidades 481 470
Classes Descentralizadas 447
Número de Regionais
Número de Servidores
Áreas
303 293
260 249
237
33
197

Supervisão Educacional: Conceitos e Diretrizes


151
126
97
74 69 71
52
30 25
14 11 11 12 12
0 6 0 03 0 0 4 9 0 8 4 4 4 4 5
1993 1998 2006 2009 2011 2016 2017 2018

Gráfico 1
Fonte: Produção dos próprios autores
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

34
2. 35

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


Estrutura
organizacional do
Grupo de Supervisão
Educacional e
Unidades Escolares
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

36
A estrutura do Grupo Supervisão Educacional em áreas
ocorre em função da organização das atividades meio
e fim. As áreas de Legislação e Informação, Vida Es-
colar, Ambiente Escolar e de Pessoal são entendidas como ativi-
dades-meio e desenvolvem suas atividades com todas as Etecs;
a área de Gestão Pedagógica, como atividade-fim, tem como ob-
jetivo o processo de ensino e aprendizagem e atua por meio das
equipes regionais.
Considerando a existência de 221 Escolas Técnicas Estaduais e
249 Classes Descentralizadas em todo o Estado de São Paulo, a Área
de Gestão Pedagógica, organizada em 12 regiões definidas a partir
das regiões administrativas do Estado, e a sistematização das atri-
buições de cada uma das cinco áreas, compostas por supervisores 37
educacionais, coordenadores de projeto, auxiliares e/ou assistentes

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


técnicos administrativos, consolidou uma dinâmica relação com as
escolas e possibilitou um acompanhamento mais próximo.
No decorrer do trabalho das Supervisões Regionais, um im-
portante vínculo entre a Supervisão Educacional e a Unidade de
Infraestrutura (UIE) estabeleceu-se. A partir de 2015, passou a inte-
grar as supervisões regionais o Coordenador de Projetos Responsá-
vel pela Gestão do Espaço Físico, para atuar nas escolas e realizar
a articulação entre os ambientes de aprendizagem, infraestrutura,
equipamentos e mobiliários necessários ao trabalho pedagógico,
para a efetiva formação Profissional dos alunos. Esta gestão tem se
mostrado imprescindível para a melhoria do processo de ensino e
aprendizagem, inclusive, gerando a criação da quinta área no GSE,
a Gestão de Ambiente Escolar. Devido à esta efetividade, há estu-
dos para a descentralização de atividades de outras coordenadorias
da Administração Central.
O organograma das relações entre a Unidade de Ensino Médio
e Técnico, Áreas e Regionais do GSE, assim como o mapa das re-
gionais, permite melhor entendimento da estrutura do GSE:
38
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Legenda

Bauru e Araçatuba
Campinas Norte
Campinas Sul
GSP Leste, GSP Noroeste, GSP Sul e Baixada Santista
PAULISTA

Itapeva e Registro
Marília e Presidente Prudente
Ribeirão Preto e Franca
São José do Rio Preto, Central e Barretos
Sorocaba
Vale do Paraíba e Litoral Norte
Núcleo Regional de Administração
39

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares

Figura 4 – Mapa das Regionais no Estado de São Paulo


Fonte: Cetec-Centro Paula Souza
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

40
Cetec

Diretoria GSE

Gestão Gestão de Gestão Gestão de Legislação Gestão de


Pedagógica Vida Escolar de Pessoal e Informação Ambiente Escolar

Supervisão Educacional
Pedagógica Regional

Bauru Campinas Campinas GSP GSP GSP Sul e Itapeva Marília Ribeirão São José do Sorocaba Vale do
Norte Sul Leste Noroeste Baixada Registro Preto Rio Preto Paraíba

Figura 3 – Organização das Áreas da Supervisão e Subdivisões Regionais


Fonte: Produção dos próprios autores
2.1 Atividades das áreas de Gestão Pedagógica,
Legislação Informação, Pessoal, Vida Escolar
e Ambiente Escolar
A partir do estudo para implantação da reorganização da es-
trutura do GSE, explicitada anteriormente, também foram defini-
das as competências e atividades para cada uma das cinco áreas já
citadas e supervisão educacional pedagógica regional do GSE, que
apresentaremos a seguir. É importante reconhecer que a atuação
das áreas e regionais estabeleceram elos fundamentais entre esco-
las e a Unidade de Ensino Médio e Técnico.
Não será objeto deste livro, mas é importante citar que esta
experiência de mapear as atividades impulsionou a ideia de elabo- 41
rar a descrição da execução das atividades das áreas do GSE para

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


facilitar o desempenho dessas atividades por novos servidores,
quando em férias ou substituição, com objetivo de aumentar a in-
tegração entre as áreas e evitar retrabalho.

2.1.1 Gestão Pedagógica (Geped)


A Área de Gestão Pedagógica estabelece diretrizes e normas
às Unidades Escolares e, por meio das Supervisões Educacionais
Pedagógicas Regionais7, desenvolve as seguintes atividades:

• acompanhar e avaliar os procedimentos pedagógicos (ava-


liação e metodologias de ensino), objetivando a qualidade
no processo de ensino e de aprendizagem, sempre em con-
sonância com as especificidades de cada Unidade de Ensino;
• orientar os coordenadores de curso e pedagógico das Uni-
dades quanto à elaboração e acompanhamento do desen-
volvimento dos Planos de Trabalho Docente e integração
entre os Componentes Curriculares;
• estabelecer subsídios para elaboração e homologação do
Calendário Escolar e das Organizações Curriculares;
• orientar os Diretores de Etecs e Pedagógicos quanto à ela-
boração, homologação e desenvolvimento do Plano Pluria-
7
“Supervisões Educacionais Pedagógicas Regionais”, ao longo da obra, serão referenciadas
por Supervisões Pedagógicas Regionais ou Supervisões Regionais, conforme contexto.
nual de Gestão (PPG) e do Projeto Político Pedagógico, in-
clusive dos projetos específicos de cada Unidade de Ensino;
• orientar as Unidades Escolares sobre Estágios Supervisio-
nados e Trabalho de Conclusão de Curso;
• gerenciar os processos das Divisões de Classes em Turmas8,
e o controle das aulas previstas, dadas, não dadas e repostas,
para o acompanhamento e pleno cumprimento dos currículos;
• analisar registros escolares e indicadores institucionais
para melhoria contínua dos processos e resultados pedagó-
gicos da escola;
• diagnosticar os impactos de diretrizes e medidas educacio-
nais pedagógicas, a fim de melhorar a qualidade do ensino e
42 aprendizagem;
• identificar princípios e fundamentos teóricos do processo
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

educativo e os relacionar às situações reais do ato de apren-


der e ensinar, integrando teoria e prática;
• estabelecer critérios e avaliar os resultados do processo de
ensino e aprendizagem das Etecs e formular propostas
educacionais, para a melhoria do processo de ensino e
aprendizagem;
• orientar a escola como espaço de construção de competên-
cias, formação de identidades autônomas e compreendê-las
por meio de valores, atitudes e sentimentos;
• propor e colaborar, a partir da análise de indicadores, com os
programas de aperfeiçoamento para docentes e coordenadores;
• realizar visitas às Unidades, quando necessário, prestando
orientação pedagógica;
• atender às solicitações de outras instâncias do CPS, sobre os
assuntos relativos à Área;
• acompanhar e avaliar o desempenho profissional da dire-
ção e coordenação das Unidades, inclusive de suas Classes
Descentralizadas;
• analisar e assegurar a consonância da concepção de avalia-
ção com as diretrizes da Proposta Pedagógica de cada Unidade;
8
A divisão de classes em turmas ocorre quando, em aulas práticas, o número de alunos
é superior a trinta. A turma é dividida em duas, sendo que para cada uma haverá um
Professor que ministrará suas aulas no laboratório, setores produtivos ou outros
ambientes didáticos onde se desenvolvem práticas Profissionais. É regulamentada,
no Centro Paula Souza, pela Portaria Ceeteps GDS 905, de 22/12/2014.
• orientar a sistematização dos registros pedagógicos;
• assegurar o processo de avaliação da aprendizagem esco-
lar e a recuperação dos alunos com menor rendimento, jun-
tamente com os segmentos da comunidade escolar;
• acompanhar e orientar as Unidades no que se refere à e
Progressão Parcial e a permanência de alunos;
• manter-se permanentemente em contato com as Unidades
Escolares sob sua responsabilidade, por meio de visitas e de
reuniões com diretores, coordenadores e docentes;

2.1.2. Gestão de Legislação e Informação (Geslinf)


A Gestão de Legislação e Informação, como a própria no- 43
menclatura induz, assessora a Diretoria do Grupo de Supervisão

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


Educacional, a Coordenadoria da Unidade do Ensino Médio e
Técnico e ao Gabinete da Superintendência em relação a análise,
orientação e gerenciamento dos assuntos jurídico-legais voltados
para a rotina escolar das Etecs. Como exemplo dessa assessoria
podemos citar: abertura de cursos novos; Associação de Pais e
Mestres (APM); licitação de cantinas; cessão de prédios; consul-
tas sobre aspectos legais de demandas escolares, por meio das
seguintes atividades:

• analisar as solicitações para criações, instalações, extinções


e/ou suspensões temporárias de habilitações das Escolas
Técnicas Estaduais;
• apreciar e emitir parecer sobre as condições necessárias
para criação e funcionamento de Escolas Técnicas Estaduais;
• analisar expedientes referentes a convênios para a instala-
ção de cursos em Classes Descentralizadas;
• pesquisar e orientar legislação sobre estágio supervisionado;
• orientar a equipe gestora das escolas na constituição da
APM, Grêmio Estudantil, Conselho de Escola, Coopera-
tiva-Escola e de outras instituições auxiliares visando o
envolvimento efetivo da comunidade e funcionamento
regular, conforme normas legais e éticas;
• analisar, elaborar e emitir documentos técnicos e orienta-
ções diversas pertinentes à Legislação e Informação;
• analisar pedidos de cessão de prédio e outros de ordem
patrimonial;
• estabelecer interface com os demais setores do Ceeteps;
• divulgar documentos novos produzidos pela equipe da Área
de Legislação e Informação.
• assessorar as Unidades na interpretação e aplicação da le-
gislação de ensino e do Regimento Comum das Etecs; Deli-
berações, Portarias, Instruções e demais normas do Ceeteps;
• assessorar, respeitada a competência da Unidade Proces-
sante – UP, nos expedientes de Sindicância, bem como nos
Processos Administrativos nos assuntos pertinentes à Su-
pervisão Educacional;
44 • atender às solicitações da Ouvidoria, Gabinete da Superin-
tendência, e demais órgãos do Ceeteps sobre os assuntos
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

relativos à Área;
• subsidiar o Diretor Superintendente, por meio de análise de
Projetos de Leis relacionados com o Ensino Médio e Educa-
ção Profissional Técnica de Nível Médio.

2.1.3 Gestão de Pessoal (Gepes)


A Área de Gestão de Pessoal atua em assuntos relacionados
aos docentes, como: atribuição de aulas; autorização para lecionar;
assessoria na definição de atribuições dos Coordenadores de Cur-
so, Pedagógicos, Assistente Técnico Administrativo e Auxiliar de
Docente e na proposta de programas de desenvolvimento pessoal
para Diretores e Diretores de Serviços Administrativo, por meio
das seguintes atividades:

• analisar e definir o processo de atribuição de aulas, classifi-


cação e pontuação docente;
• analisar e emitir pareceres, informações e relatórios perti-
nentes à Área de Gestão de Pessoal;
• assessorar na definição de atribuições dos Coordenado-
res de Curso, Coordenadores de Projetos Responsável pela
Coordenação Pedagógica, Coordenador de Projetos Res-
ponsável pela Orientação e Apoio Educacional, Auxiliar
Técnico Administrativo I e Auxiliar Docente;
• acompanhar e avaliar o desempenho dos Profissionais da
diretoria de serviço administrativo, direção e coordenação
das Unidades, inclusive de suas classes descentralizadas;
• identificar necessidades e propor programas de aperfeiçoa-
mento e atualização da equipe de direção;
• estabelecer procedimentos e organizar o processo de entre-
vista de Diretor de Etec e Coordenador de Classe Descentra-
lizada que será Etec;
• estabelecer interface com os demais setores do Centro Paula
Souza no tocante aos assuntos de gestão de pessoal;
• promover a divulgação de documentos e orientações diver-
sos, relativos à Área de Gestão de Pessoal;
• analisar a indicação de Coordenadores de Curso, Coorde- 45
nadores de Projetos responsável pela Coordenação Peda-

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


gógica e de Orientação e Apoio Educacional que não preen-
cham os requisitos exigidos na legislação.

2.1.4 Gestão de Vida Escolar (Geve)


A Área de Gestão de Vida Escolar atua em assuntos de Regis-
tro escolares discentes, criando e aperfeiçoando procedimentos e
modelos relativos aos registros acadêmicos, de orientação sobre ca-
dastro de alunos, de concluintes nos sistemas estaduais e federais,
entre outros, por meio das seguintes atividades:

• relacionar normas legais às situações reais;


• formular propostas para a melhoria dos processos da Área
de Gestão da Vida Escolar a partir da análise de indicadores
e das sugestões advindas das unidades;
• diagnosticar dificuldades nos processos da secretaria acadê-
mica a partir de indicadores e oferecer soluções factíveis;
• definir procedimentos e modelos relativos aos registros
administrativos e acadêmicos de acordo com a legislação;
• analisar e emitir pareceres, informações e relatórios perti_
nentes à vida escolar;
• analisar e validar as solicitações de inclusão de Habilita-
ções e de alunos concluintes, no sistema da SEE, de cadas-
tro de alunos;
• gerir a inclusão de matrículas e concluintes no sistema da
SEE, de cadastro de alunos;
• elaborar orientações, analisar os processos e controlar a ex-
pedição e registro de diplomas, certificados e outros docu-
mentos escolares;
• acompanhar a emissão de documentos referentes à vida
escolar, garantindo a sua fidedignidade e de autenticidade;
• acompanhar os processos seletivos e de matrículas de alunos;
• encaminhar às Unidades, impressos de diplomas, de acordo
com a demanda;
• propor e conduzir programas de desenvolvimento dos
responsáveis pela secretaria acadêmica;
46 • regularizar a Vida Escolar de alunos;
• analisar Equivalência de Estudos;
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

• analisar e dar o Visto Confere em Históricos Escolares,


expedidos até 1999;
• revalidar Certificados e Diplomas de Estrangeiros;
• realizar levantamento e disponibilizar às outras áreas da
Supervisão Educacional índices de evasão e de concluintes,
por Unidade e por curso;
• assinar, conjuntamente com o Diretor, declaração aos órgãos
regulamentadores de Profissão, do funcionamento das habi-
litações oferecidas pelas unidades;
• gerenciar a coleta de dados das unidades referentes ao
Educacenso.

2.1.5 Área de Gestão de Ambiente Escolar (Gaesc)


A área de Gestão de Ambiente Escolar atua por meio do siste-
ma do Observatório Escolar, através das visitas realizadas nas uni-
dades e análises nelas efetuadas e fornece indicadores às unidades
e à Administração Central para que, a partir deles, possam atuar,
intervindo no desenvolvimento dos processos acadêmicos, pedagó-
gicos e administrativos. A área desenvolve as seguintes atividades:

• diagnosticar e auxiliar às Etecs sobre as necessidades de


intervenções nos ambientes escolares quanto aos procedi-
mentos de: consertos, manutenções e adequações;
• orientar e acompanhar a baixa de material permanente
inservível referente a máquinas, ferramentas, mobiliários e
demais itens patrimoniáveis, com vistas a melhorar os am-
bientes pedagógicos das Unidades de Ensino;
• orientar e acompanhar as unidades escolares quanto ao
recebimento e a instalação de novos equipamentos;
• promover apoio à Ufiec na implantação de cursos de qualifi-
cação Profissional no que tange a infraestrutura para atendi-
mentos às necessidades pedagógicas dos cursos;
• avaliar, orientar e sistematizar as práticas relacionadas aos
diversos processos que norteiam o trabalho das Etecs por
meio do Observatório Escolar;
• estruturar projetos de implantação e o de continuidade do 47
programa 5S.

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


Estrutura das Escolas Técnicas

As Escolas Técnicas do Centro Paula Souza, em geral, possuem
estrutura organizacional similar, com a diferença para as que ofere-
cem o laboratório de produção Agropecuária, que oferecem cursos
no eixo de Recursos Naturais. Estas possuem Supervisão de Gestão
Rural e da Cooperativa-Escola. Abaixo pode-se observar os organo-
gramas das duas possíveis estruturas das Etecs:

ORGANOGRAMA DEPARTAMENTAL DE ESCOLAS TÉCNICAS

Conselho Direção Serviços


de Escola da Etec de Relações
Institucionais

Coordenação Núcleo Núcleo Orientação Classe


Pedagógica Biblioteca Administrativo Acadêmico e Apoio Descentralizada
Educacional

Almoxarifado

Figura 5 – Organograma Departamental de Escolas Técnicas


Fonte: Produção dos próprios autores
ORGANOGRAMA DEPARTAMENTAL DE ESCOLAS TÉCNICAS
COM LABORATÓRIO DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

Conselho Direção
de Escola da Etec

Orientação
Supervisão Coordenação Núcleo Núcleo Técnica Classe
Rural Pedagógica Biblioteca Administrativo Acadêmico Descentralizada
Educacional

Almoxarifado

48
Figura 6 – Organograma Departamental de Escolas Técnicas com Laboratório
de Produção Agropecuária
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Fonte: Produção dos próprios autores

As Etecs apresentam um quadro de servidores com a seguinte


estrutura9: Diretoria, Diretoria de Serviços Administrativos e Di-
retoria Acadêmica. Cada área possui desdobramentos que aten-
dem a todos os setores da Unidade Escolar, com intersecções junto
ao GSE. Vejamos:

Diretoria e o Diretor

As Escolas Técnicas Estaduais do Centro Paula Souza, de acor-
do com o Regimento Comum, trazem em sua estrutura organiza-
cional, além do Diretor, que é o núcleo executivo encarregado de
administrar as atividades da Etec, outros responsáveis pelos ser-
viços de Coordenação Pedagógica, Serviços Administrativos, Ser-
viços Acadêmicos e Serviços de Relações Institucionais, cujas atri-
buições encontram-se normatizadas por Deliberações do Conselho
Deliberativo da instituição.
A função do Diretor deve ser entendida como gestor respon-
sável pela coordenação do funcionamento geral da escola e conjuga
três perfis básicos: administrativo, pedagógico e sócio comunitário.
9
Caso a escola gerencie Classes Descentralizadas será identificado o Coordenador de
Classe Descentralizada, cujas atribuições são definidas pela Deliberação Ceeteps nº 005,
de 5-12-2013, publicada no DOE, Poder Executivo, Seção I, São Paulo, em 23-01-2014.
Os princípios da gestão democrática deverão nortear a gestão da
Etec, valorizando as relações baseadas no diálogo e no consenso, ten-
do como práticas a participação, a discussão coletiva e a autonomia.
Nas ações da direção devem coexistir o cumprimento da le-
gislação, os princípios da administração pública: legalidade, impes-
soalidade, moralidade, publicidade e eficiência, além de bom senso,
experiência, competência, comprometimento e criatividade, que
são diretrizes para uma gestão plena, coerente, democrática e de
real representação social.
O diretor da Unidade Escolar sempre deve estar disponível
para atendimento da comunidade intra e extraescolar. A gestão,
como dito acima, deve ser participativa integrada, pois também en-
volve os responsáveis pelos serviços, Profissionais que podem ana- 49
lisar e resolver os casos que lhes dizem respeito e, por outro lado,

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


encaminhar à direção os casos conflituosos, aqueles que extrapolam
seus campos de atuação.

Diretoria de Serviço – Área Acadêmica



A Secretaria da escola trata dos assuntos relacionados à vida
acadêmica dos alunos. Ela organiza a escrituração escolar, expede
e registra documentos escolares, fornece informações e dados para
o planejamento e controle dos processos e resultados do ensino e
aprendizagem. A Secretaria Acadêmica possui relação mais estreita
com a Área de Gestão de Vida Escolar do GSE. A Diretoria de Servi-
ço da Área Acadêmica deve funcionar em todos os períodos em que
a Unidade oferta seus cursos, de modo a possibilitar o contato com
os discentes de todos períodos e cursos.
Resumidamente, esta área reponde pelas seguintes atividades:

• matrículas iniciais – incluindo requerimento de matrícula,


abertura de prontuários, conferência de documentos, cadas-
tramento de alunos nos órgãos regulamentares;
• renovação de matrículas (as matrículas em continuidade de
módulos ou séries);
• emissão de atestados e declarações para alunos;
• emissão de histórico escolar;
• emissão de certificados e diplomas;
• cadastramento de alunos – Secretaria Escolar Digital (SED)
Concluintes;
• requerimentos para:
a preenchimento de vagas remanescentes
(médio e técnico);
a avaliação de competências para fins de diplomação;
a solicitação aproveitamento de estudos;
a trancamento de matrículas;
a solicitação de transferências
(de período, de classe, de escola);
a recebimento de transferências escolares;
a solicitação de condições especiais de estudo (gestan-
50 tes, enfermos, guarda religiosa, alistamento militar
obrigatório);
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

a solicitação de reclassificação, reconsideração e recur-


sos diversos.

Diretoria de Serviço – Área Administrativa



É o setor administrativo da Unidade Escolar que responde
pelos recursos humanos, financeiros e de infraestrutura. Integram
a Diretoria de Serviço, além dos auxiliares administrativos, o as-
sistente e o técnico administrativo – almoxarife, ambos servidores
públicos em confiança.
A Diretoria de Serviço da Área Administrativa deve funcio-
nar em todos os períodos em que a Unidade oferta seus cursos, de
modo a possibilitar o contato com todos os docentes. Nesse setor,
o docente obterá informações e orientações sobre sua vida funcio-
nal (direitos, deveres, afastamentos, atribuição de aulas, pontuação
docente), folha de pagamento, férias, descontos, bonificações, evo-
lução funcional, entre outros).
É a Diretoria de Serviço que realizará a compra de materiais
de consumo e também outros que porventura serão utilizados em
sala de aula, em práticas pedagógicas, projetos produtivos, cuja de-
manda é recebida após contato do Professor com o coordenador de
curso, de acordo com a sistemática de cada Escola, além de ser a
responsável pela fiscalização e controle dos contratos de serviços
terceirizados, tais como limpeza e segurança da Unidade Escolar.
Existe uma ativa conexão entre a Diretoria de Serviço da Área
Administrativa, a Unidade de Recursos Humanos (URH), a Unida-
de de Gestão Administrativa e Financeira (Ugaf) e a Área de Gestão
de Pessoal (Gepes) do Grupo de Supervisão Educacional (GSE).

Coordenação Pedagógica

O artigo 25 da Deliberação Ceeteps Nº 003, de 18-7-2013, trata
da reponsabilidade da Coordenação Pedagógica no suporte didá-
tico-pedagógico do processo de ensino e de aprendizagem, eixo
fundamental da relação escola-docentes. Ela possui relação com
a Área de Gestão Pedagógica (Geped) e as Supervisões Pedagó-
gicas Regionais, bem como, a Área de Vida Escolar (Geve). Suas 51
atribuições são regulamentadas pela Deliberação Ceeteps 20, de

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


16-07-2015, publicada no Diário Oficial, Poder Executivo, Seção I,
em 18-07-2015, como segue:

• gerenciar e coordenar as atividades relacionadas com o pro-


cesso de ensino e aprendizagem, em conjunto com os coor-
denadores de curso;
• coordenar em conjunto com o Diretor de Escola Técnica a
re)construção, implementação, execução, acompanhamento
e avaliação do Projeto Político-Pedagógico da UE;
• manifestar-se sobre projetos propostos pelos Docentes e em
conjunto com os Auxiliares de Docentes, avaliando sua rele-
vância junto ao Projeto Político-Pedagógico, acompanhan-
do-os por meio de registros;
• implantar mecanismos que favoreçam a preparação docente
quanto ao desenvolvimento das práticas pedagógicas e
interpretação dos resultados de aprendizagem dos alunos,
por meio de ações que viabilizem a formação e qualificação
continuada dos educadores;
• participar de bancas de processo seletivo e concurso público
com o intuito de avaliar os candidatos quanto ao procedi-
mento pedagógico;
• orientar e acompanhar os docentes na definição de instru-
mentos diversificados de avaliação, visando à melhoria do
processo ensino e aprendizagem;
• acompanhar os pedidos de reconsideração e recursos refe-
rentes aos resultados de avaliação discente, de acordo com as
Deliberações expedidas pelo Conselho Estadual de Educação;
• analisar os indicadores de desempenho de gestão pedagógica;

A Coordenação Pedagógica das Unidades possui vínculo com


a Supervisão Pedagógica Regional, da Área de Gestão Pedagógica
(Geped) da Supervisão Educacional.

Orientação e Apoio Educacional10



A Coordenação de Orientação e Apoio Educacional das Uni-
52 dades possui relação com a Área de Gestão Pedagógica (Geped) e
as Supervisões Pedagógicas Regionais, bem como a Área de Vida
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Escolar (Geve). O artigo 26, da Deliberação Ceeteps Nº 003, de 18-


7-2013, trata em seu parágrafo único que a Coordenação de Projeto
Responsável pela Orientação e Apoio Educacional, cujo eixo de
trabalho é a escola-família, tem como objetivo assistir o educando,
individualmente ou em grupo, visando o desenvolvimento inte-
gral e harmonioso de sua personalidade, bem como sua orientação
Profissional. Suas atribuições estão regulamentadas pela Delibera-
ção Ceeteps 18, de 16-07-2015, publicada no Diário Oficial, Poder
Executivo, Seção I, em 18-07-2015, conforme segue:

• participar de reuniões pedagógicas, de curso e da equipe


gestora, além dos demais eventos escolares;
• colaborar com a formação permanente do corpo discente,
no que diz respeito aos valores e atitudes, promovendo ati-
vidades que levem o aluno a desenvolver a compreensão dos
direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado,
da família e dos demais grupos que compõem a comunidade,
por meio de participação dos alunos nos órgãos colegiados,
tais como Conselhos de Classe e Escolares, Grêmio Estudan-
til, Cooperativas, representação da classe e comissões;
10
As Escolas Técnicas Estaduais que possuem como principal característica as relações
de produção econômica no campo contam com o Analista de Gestão Escolar com as
mesmas atribuições do Coordenador de Projeto Responsável pela Orientação e Apoio
Educacional. As atribuições são explicitadas pela Deliberação Ceeteps 18, de 16-07-2015,
DOE, Poder Executivo, Seção I, em 18-07-2015.
• acompanhar os casos encaminhados pela direção ao Conse-
lho Tutelar;
• mediar as relações interpessoais entre os alunos e a escola;
• assistir alunos que apresentam dificuldades de ajustamento
à escola, problemas de rendimento escolar e/ou outras di-
ficuldades escolares, especialmente na recuperação e nos
casos de progressão parcial, por meio de gerenciamento e
coordenação das atividades relacionadas com o processo de
ensino-aprendizagem;
• colaborar com a Unidade de Ensino a fim de garantir as
informações sobre a vida escolar dos alunos, encaminhan-
do dúvidas e questionamentos aos órgãos e servidores
competentes; 53
• reunir-se com pais e responsáveis;

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


• interagir com o Coordenador de Projetos Responsável pela
Coordenação Pedagógica e com o Coordenador de Curso,
auxiliando-os na tarefa de fazer com que o corpo docente
compreenda o comportamento dos alunos e das classes;
• organizar, junto a Diretoria de Serviços – Área Acadêmica,
dados estatísticos referentes à frequência e rendimento dos
alunos;
• buscar a cooperação dos educandos, orientando-os quanto
as suas escolhas, relacionamento com os colegas e Professo-
res e vivências familiares;
• colaborar na elaboração e execução da proposta do Projeto
Político Pedagógico e do Plano Plurianual de Gestão;
• favorecer a articulação entre a vivência do aluno em sua co-
munidade e os temas abordados em sala de aula, contex-
tualizando a aprendizagem;
• desenvolver nos alunos hábitos de estudo e organização,
planejando atividades educacionais de forma integrada,
com a finalidade de melhoria do rendimento escolar;
• planejar e implementar ações referentes à inclusão de alunos
com deficiência, com apoio dos demais departamentos da
administração central;
• colaborar com demais demandas que contribuam com a for-
mação plena das competências, habilidades, atitudes e valo-
res discentes dos cursos.
Cabe destacar que as atividades realizadas pela Orientação
Educacional das Unidades, assim como ocorre com a Coordenação
Pedagógica, são monitoradas e acompanhadas pelo Grupo de Su-
pervisão Educacional Regional, por meio de planilhas eletrônicas
que contemplam os resultados quantitativos de rendimento, fre-
quência e permanência dos alunos, aferidos nos conselhos de clas-
ses intermediários e finais, além do acompanhamento in loco das
atividades desenvolvidas.

Coordenação de Curso

A coordenação de curso está regulamentada pelo artigo 27 da
54 Deliberação Ceeteps nº 003, de 18-07-2013, que trata da responsa-
bilidade das Coordenações de Curso pelo conjunto de ações des-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

tinadas ao planejamento do ensino, à supervisão de sua execução,


ao controle das atividades docentes em relação às diretrizes di-
dático-pedagógicas e administrativas, bem como pela otimização
dos recursos físicos e didáticos disponíveis para os cursos manti-
dos pelas Etecs. As atribuições da função são estabelecidas pela
Deliberação Ceeteps 19, de 16-07-2015, publicada no Diário Ofi-
cial, Poder Executivo, Seção I, em 18-07-2015, como segue:

• participar da elaboração e execução do Projeto Político


Pedagógico (PPP) e do Plano Plurianual de Gestão (PPG);
• coordenar o desenvolvimento do trabalho docente, a fim
de assegurar o alinhamento entre os Planos de Trabalho
Docente com o Plano de Curso e Diário de/da Classe, sen-
do o último em periodicidade semanal;
• orientar e acompanhar a programação das atividades de
recuperação e de progressão parcial, a partir das diretri-
zes estabelecidas pelo Coordenador de Projetos Responsá-
vel pela Orientação e Apoio Educacional;
• coordenar as atividades vinculadas ao estágio supervisio-
nado, garantindo o pleno desenvolvimento da formação
Profissional;
• orientar, acompanhar e gerenciar a atuação dos Auxiliares
de Docentes, de forma a organizar, preparar e auxiliar o de-
senvolvimento das aulas práticas nos ambientes didáticos;
• manifestar-se, quando convocado, sobre pedidos de apro-
veitamento de estudos, bem como sobre pedidos de reconsi-
deração e recursos referentes aos resultados de avaliação
discente, de acordo com as Deliberações expedidas pelo
Conselho Estadual de Educação;
• participar das atividades destinadas a propor e/ou promo-
ver cursos extracurriculares de curta duração, palestras e
visitas técnicas;
• avaliar o desempenho dos Docentes e Auxiliares de Docen-
tes sob sua coordenação;
• assessorar a Direção em suas decisões sobre matrícula e
transferência, agrupamento de alunos, organização de horá-
rios de aulas e calendário escolar, em conjunto com o Coor- 55
denador de Projetos Responsável pela Orientação e Apoio

Estrutura Organizacional do Grupo de Supervisão Educacional e Unidades Escolares


Educacional;
• integrar bancas de processo seletivo e concurso público e
certificação de competências, realizando a avaliação técnica
dos candidatos;
• acompanhar o cumprimento das aulas previstas e dadas e
das reposições/substituições quando houver, no curso que
coordena, informando a Direção regularmente;
• supervisionar e coordenar o planejamento e a execução dos
trabalhos de conclusão de curso (TCC), juntamente com os
Professores encarregados da orientação dos alunos;
• integrar o Conselho de Escola;
• propor a pesquisa, estudos e análise das tendências de mer-
cado e inovações no campo das ciências e tecnologias, pro-
movendo reformulações curriculares que incorporem avan-
ços e atendam as demandas do mundo do trabalho;
• elaborar a programação das atividades de sua área de
atuação, assegurando a articulação com as demais áreas da
gestão escolar;
• promover reuniões de curso, de acordo como Calendário
Escolar homologado, para alinhar e refletir sobre indicado-
res de desempenho, processo de ensino-aprendizagem,
organização das aulas práticas e demais estratégias de ensi-
no do(s) curso(s).
Como observamos, a equipe gestora formada pela Diretoria,
Diretoria de Serviços Administrativos e Acadêmicos, Coordena-
ção Pedagógica, Orientação e Apoio Educacional, Coordenadores
de Curso e Assistente Técnico Administrativo formam “a espinha
dorsal”, da qual os Professores e órgãos colegiados que compõem
a Etec são “braços” e estas atribuições propiciam um trabalho pe-
dagógico mais voltado ao aluno.
O corpo docente conta com o apoio dos Coordenadores de
Curso, da Coordenação Pedagógica, dos Serviços de Relações Insti-
tucionais e dos Conselhos de Classe nos assuntos referentes à análi-
se, planejamento, programação, avaliação, recuperação e outros de
interesse do ensino, bem como com a Diretoria de Serviço – Admi-
56 nistrativos para assuntos relacionados à vida Profissional, outros de
ordem de limpeza, patrimônio, segurança, consumo, manutenção
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

de equipamentos e instalações da Etec.

Assistente Técnico Administrativo I (ATA I)



O Assistente Técnico Administrativo é importante elo entre a
Unidade escolar e empresas, suas atribuições estão definidas pela
Deliberação Ceeteps Nº 003, de 18-7-2013:

• propor estudos e participar da elaboração de normas e pro-


cedimentos internos da Etec, como Normas de Convivência,
Estatutos, Informativos e outros;
• manter intercâmbio com empresas e instituições públicas e
privadas visando a integrar a Etec ao contexto socioeconô-
mico da região;
• promover as relações escola-empresa;
• analisar o mercado e levantar os indicadores visando à pro-
posição de novos cursos ou atualização dos existentes;
• buscar parcerias junto às empresas e instituições públicas e
privadas de acordo com as políticas e diretrizes estabeleci-
das pela Administração Central;
• promover e divulgar a Etec e suas atividades;
• planejar, organizar e controlar os programas de Estágio, bem
como acompanhar as atividades dos Professores Responsá-
veis por Estágio em conjunto com a Coordenação de Curso.
3. 57

Ações alicerçadas por indicadores


Ações alicerçadas por
indicadores: estratégias
para uma Supervisão
Educacional mais
presente e eficiente
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

58
“Conhecimento é uma mistura fluida de experiência conden-
sada, valores, informação contextual e insight experimentado,
a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorpo-
ração de novas experiências e informações. Ele tem origem e
é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele
costuma estar embutido não só em documentos ou repositó-
rios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas or-
ganizacionais”. (DAVENPORT & PRUSAK, 1998:6).

O conceito acima nos remete a um entendimento mais am-


plo do que é o conhecimento e define caminhos impor-
tantes a serem trilhados tanto pelo Grupo de Supervisão
Educacional, quanto pelas equipes gestoras das Etecs. A escola é
59

Ações alicerçadas por indicadores


geradora de conhecimentos não apenas aos alunos, mas também
aos docentes, referenciando a prática pedagógica em um processo
permanente de aprimoramento.
Associar o discutido em reuniões, o apresentado em capacita-
ções, o lido em uma obra específica com a prática cotidiana não é
tarefa fácil. Em geral, esses momentos mostram-se fragmentados e
unir as diversas informações, traduzindo-as em prática, é desafio a
ser encarado, especialmente pelos gestores pedagógicos. Por sua vez,
o diálogo parece – muitas vezes – empalidecer na prática escolar. As
pessoas cada vez conversam menos, discutem menos os assuntos e,
na escola, muitas vezes, impera a imposição, a ordem, a determi-
nação ou a leitura roteirizada de informações gerais, escasseando
possibilidades enriquecedoras de reflexão e planejamento coletivo.
Não causa estranheza detectar, muitas vezes pelos indica-
dores, que a prática pedagógica exige maior atenção e pode ser
propulsionadora do abandono do curso pelo aluno, dentre outros
problemas comumente conhecidos. Há um efeito dominó eviden-
te: se a equipe gestora pouco se comunica e são poucos os docentes
ou alunos envolvidos no processo de desenvolvimento de com-
petências – base dessa cadeia – que recebem de maneira extrema-
mente sintetizada as informações, poucas serão as possibilidades
de argumentação e interatividade.
Assim, a partir dos indicadores quantitativos e qualitativos
realizados pelo acompanhamento sistemático das Supervisões
Educacionais Pedagógicas Regionais junto às unidades, faz-se
possível dimensionar como as informações são tratadas e como
ocorre seu fluxo no interior das escolas, incidindo na qualidade
dos serviços das diferentes áreas já relacionadas. As Supervisões
Educacionais Pedagógicas Regionais preocupam-se em criar re-
des pedagógicas de comunicação atuando em conjunto, princi-
palmente, com a Direção, Coordenação Pedagógica e Orientação
Educacional, para que estes atuem potencializando um sistema
de comunicação que gere pertencimento, que crie sentido no de-
senvolvimento das atribuições de cada Profissional, que valorize
o diálogo, que permita momentos de troca, de socialização, seja
junto aos docentes, seja dos docentes junto aos alunos. A Supervi-
60 são Pedagógica Educacional se propõe controlar, facilitar o acesso
e manter um gerenciamento integrado sobre as informações em
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

seus diversos meios de forma sistemática, articulada e intencional.


Diante do exposto, na análise de indicadores, é importante
salientar que:

“A gestão da informação mudou seu foco inicial de gestão de


documentos e dados para recursos informacionais [...] cuja
principal finalidade é o acompanhamento eficiente de proces-
sos, o apoio à tomada de decisões estratégicas”. (TARAPA-
NOFF, 2006, p.23-24).

Esse apontamento vem ao encontro do proposto pelo GSE,


ou seja, verificando-se que a produção documental nas escolas se
mostra consolidada (ou em vias de sistematização), compete à Su-
pervisão Educacional Regional dedicar-se ao “acompanhamento
eficiente de processos e o apoio à tomada de decisões estratégicas”
das escolas, o que recai – obrigatoriamente – sobre o desenvolvi-
mento das práticas pedagógicas.
A construção e consolidação de uma escola que se comuni-
ca mostra-se fundamental para que as ações desencadeadas pela
Área de Gestão Pedagógica se tornem efetivas e contribuam para
o fomento de um ensino de qualidade que, por consequência,
garanta a permanência dos alunos nos cursos em que foram ma-
triculados e que eles vislumbrem consideráveis índices de em-
pregabilidade.
Centrada nessa perspectiva, a ação supervisora se alicerça no
comportamento informacional da equipe gestora, no clima orga-
nizacional, na proposição de um conjunto de técnicas que promo-
vam e intensifiquem processos de informação, além do próprio
mapeamento de fontes de informação que contribuam para a efe-
tivação desses processos.
Dessa forma, as principais ações junto às escolas que direcio-
nam as ações do GSE são:

• compreender as variáveis relacionadas à construção do co-


nhecimento e veiculação de técnicas, estratégias e recursos
que assegurem o desenvolvimento de competências e habi-
lidades fundamentais para a formação Profissional, con- 61
tribuindo com materiais de apoio, reuniões, capacitações e

Ações alicerçadas por indicadores


outros meios de comunicação;
• fomentar o diálogo por meio de reuniões regionais e in loco
durante as visitas às Etecs;
• mobilizar as equipes gestoras para promoção do fluxo produ-
tivo de procedimentos, melhoria de indicadores e diversifica-
ção de experiências pedagógicas valorizando as especificida-
des dos cursos, características regionais e demandas locais11;
• contribuir para a criação de contexto adequado para o cum-
primento do calendário e desenvolvimento do currículo es-
colar, avaliando seu impacto na gestão pedagógica e na ges-
tão da aprendizagem dos alunos;
• socializar o conhecimento local e promover o gerenciamento
das informações produzidas pelas Etecs, por meio de regis-
tros que garantam interpretar procedimentos, processos e
resultados das Unidades Escolares.

Dessa forma, uma das principais ações supervisoras está cen-


trada na preparação docente para que sua prática pedagógica seja
eficiente, contribuindo para uma gestão da aprendizagem que atin-
ja seus objetivos, conforme nos define Catapaln (1996), ao fazer re-
ferência ao processo de ensino e de aprendizagem como “(...) con-
11
A Supervisão Educacional Regional orienta as Unidades Escolares para que ocorra uma
ação sincrônica entre a proposição de cursos técnicos e demandas locais, avaliando-se,
dentre outros indicadores os arranjos produtivos
junto de ações e estratégias que o sujeito/educando, considerado
individual ou coletivamente, realiza. Contando para tal, com a ges-
tão facilitadora e orientadora do Professor, para atingir os objetivos
propostos pelo plano e formação”. Essa definição é importante, pois
se mostra sinalizadora para os diálogos estabelecidos junto à equi-
pe gestora das Unidades Escolares, responsáveis pela multiplicação
das informações aos docentes. Essa ação envolve, como já explicita-
mos, a análise de indicadores dos cursos, a construção de sentido à
equipe pedagógica e o fomento da utilização de metodologias ade-
quadas ao processo de ensino e de aprendizagem.
Nessa perspectiva, são integradas as cinco áreas que alicerçam
o GSE12: Área de Gestão Pedagógica (Geped), Área de Gestão da
62 Vida Escolar (Geve), Área de Gestão de Legislação e Informação
(Geslinf), Área de Gestão de Pessoal (Gepes) e Gestão de Ambiente
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Escolar (Gaesc.) A conquista de bons resultados na formação Pro-


fissional dos educandos é beneficiada com o trabalho conjunto ema-
nado dessas áreas, de maneira bem articulada, definindo decisões
conjuntas e planejadas visando o melhor para as escolas. Pode-se
considerar como exemplos importantes desta análise trans-setorial
a manutenção, bloqueio ou supressão de curso, objetivando assegu-
rar a sua qualidade e sua relação com a evasão/perda de alunos, tal
como a proposição de cursos novos, notadamente regulamentada
pela Deliberação Ceeteps 32, de 20/10/2016.

3.1 Indicadores Institucionais


Para melhor apresentar o trabalho da Supervisão Educacional
junto aos gestores escolares, ressaltaremos a importância do uso,
conhecimento e interpretação dos indicadores no contexto escolar.
O indicador pode ser entendido como uma medida estatística
que traduz quantitativamente conceitos relacionados à qualidade
e ao desenvolvimento de determinado aspecto da realidade que
se pretende explorar. Os indicadores educacionais são construídos
para atribuir um valor estatístico à qualidade do ensino de uma es-
cola ou rede, sobre desempenho dos alunos, e a outros contextos

Futuramente serão cinco, com a implantação da Gestão de Ambiente Escolar.


12
como, por exemplo, o econômico e/ou social nos quais a escola
está inserida. Tais ferramentas são úteis principalmente para o mo-
nitoramento dos aspectos educacionais, considerando o acesso, a
permanência e a qualidade da aprendizagem de todos os alunos.
Os indicadores educacionais, dessa forma, auxiliam na criação de
políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da educa-
ção e dos serviços educacionais oferecidos à sociedade.
Indicador pode ser definido como:

“(...) uma medida, geralmente quantitativa, que pode ser


usada para ilustrar e comunicar um conjunto de fenômenos
complexos de uma forma simples, incluindo tendências e
progressos ao longo do tempo” (EEA, 2005, p. 7) 63

Ações alicerçadas por indicadores


Recorremos ao fluxograma para materializar essa ideia e evi-
denciar sua relevância, em especial no sentido de comunicar, sinali-
zar, fornecer pistas ou revelar o desenvolvimento de uma atividade,
de um processo ou apreciar um resultado.

Planejar

Indicadores

Monitorar

Indicadores

Comunicar

Figura 7 – Uso proativo de indicadores


Fonte: Produção dos próprios autores
As diretrizes do Centro Paula Souza para elaboração do pla-
nejamento estratégico de suas Unidades Escolares são definidas
com base nos resultados dos indicadores educacionais mensura-
dos a partir de alguns sistemas que a instituição possui. Atual-
mente, a Unidade do Ensino Médio e Técnico do Centro Paula
Souza conta com cinco indicadores institucionais internos e dois
Indicadores oficiais externos:

Sistema de Avaliação Institucional (WebSAI)



O Sistema de Avaliação Institucional (WebSAI) é uma pla-
taforma de avaliação institucional do Centro Paula Souza, que
64 anualmente consulta toda comunidade escolar, alunos, professo-
res, funcionários, pais de alunos, equipes de direção, das Escolas
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades de Tecnologia do Estado


(Fatecs) para conhecer a satisfação e o atendimento de expecta-
tivas de toda essa comunidade. Os dados coletados por ela pos-
sibilitam analisar os principais processos de funcionamento das
unidades de ensino do Centro Paula Souza, seus resultados, seu
desempenho com o passar do tempo e o impacto na realidade so-
cial em que a instituição se insere.
A referida avaliação tem como objetivo buscar a melhoria da
qualidade de ensino por meio do autoconhecimento e, com base
nos resultados do WebSAI, diretores, em conjunto com a comuni-
dade escolar, podem detectar os pontos positivos e negativos de
suas unidades e estabelecer estratégias para melhorar o desem-
penho de seus alunos. O Sistema de Avaliação Institucional (SAI)
foi criado em 1997 e implantado em todas as Etecs em 1999 e, em
2000, em todas as Fatecs, seguindo rigorosos critérios estatísticos.
A partir de 2010, os questionários deixaram de ser preenchidos em
formulário de papel e passaram a ser totalmente on-line, conferin-
do mais agilidade ao processo de avaliação. Desde então, todos os
entrevistados participam da pesquisa pela internet e o SAI passou
a ser chamado de WebSAI.
Em 2013, o WebSAI passou por mudanças com a nova metodo-
logia de avaliação, com foco mais específico na gestão das unidades
em seus distintos ângulos, apresentando suas dimensões dentro dos
seguintes indicadores: Insumos, Processo, Resultados e Impacto.
Outro objeto de pesquisa do WebSAI são os ex-alunos das
Etecs e Fatecs. Desde 1996, o Centro Paula Souza vem se preocu-
pando em conhecer se os técnicos e tecnólogos que forma estão
trabalhando, se apresentam dificuldades de inserção no mercado
e se obtiveram melhorias pessoais e Profissionais. As respostas a
essas questões permitem mapear se o ensino oferecido contribuiu
para integrar o egresso, como cidadão e profissional, aos setores
em que atua e às necessidades do mercado. Auxiliam também a
aprimorar o perfil do tecnólogo frente às exigências e mudanças
do mercado de trabalho.
Em 2000, os ex-alunos passaram a ser avaliados anualmente
pela Área de Avaliação Institucional por meio do SAIE (Sistema
de Acompanhamento Institucional de Egressos), hoje chamado de 65
WebSAI-e. As pesquisas são realizadas com egressos um ano após

Ações alicerçadas por indicadores


a conclusão do curso. Os questionários são respondidos pela inter-
net e, com base neles, emitem-se relatórios que servem como refe-
rencial sobre a situação dos técnicos e tecnólogos e sua inserção no
mercado de trabalho.

Observatório Escolar (OE)



O Observatório Escolar (OE) é uma ferramenta criada em
1998 que possibilita à instituição obter uma visão ampla de todos
os segmentos de cada uma das escolas. Seu principal objetivo é
avaliar coletivamente as práticas de gestão escolar, nas dimensões
pedagógicas, administrativas, de infraestrutura e nas relações com
a comunidade e setores produtivos. Para que esta análise ocorra
de forma ordenada, foram desenvolvidos procedimentos de pre-
paração para as discussões e avaliações das práticas, procedimen-
tos e registros efetuados pela Unidade Escolar. Desta maneira, a
escola se apropria do processo, cujo alvo principal é o conheci-
mento das práticas da unidade escolar, buscando a melhoria con-
tínua do processo educativo, a valorização da cultura da avaliação
e a valorização da identidade da escola.
A partir de 2004, a escola tornou-se responsável pela primeira
etapa do processo, por meio da autoavaliação dos procedimentos
e resultados em cada setor da escola. Nesta etapa, o conselho da
escola estabelece um plano de trabalho, uma matriz de responsa-
bilidade, indica um Coordenador para o Observatório e um cro-
nograma de atividades, além de envolver os diferentes setores e
segmentos da escola ali representados.
Cada um dos blocos se subdivide em capítulos favorecendo
o conhecimento, análise, discussão e orientação à equipe gestora
quanto às diretrizes institucionais, sendo complementado com o
plano de ação, elaborado e executado pela unidade. Cada capí-
tulo concentra um rol de afirmações que deverão ser analisadas,
inicialmente pela escola (em um processo de auto avaliação) e,
posteriormente, em uma reunião de consenso com a presença dos
Supervisores Regionais.
O roteiro da avaliação é subdividido em sete blocos para uni-
66 dades com cursos no eixo de Recursos Naturais, seis blocos para de-
mais unidades, e três para as Classes Descentralizadas, abrangendo
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

diferentes aspectos da escola, conforme segue:

Blocos das Etecs:

Blocos Capítulos
Comunicação e a) Atendimento a prazos e Gestão Participativa
Documentação Escolar b) Vida Escolar e Cumprimento Curricular
c) Vida Funcional e Controle Financeiro
d) Organização e Confiabilidade Documental
e) Socialização de Informações

Convênios, Parcerias, a) Programa de Alimentação Escolar – Refeitório/Cozinha


Contratos e Gestão Parcerias
de Pessoas b) Convênios
c) Contratos
d) APM – Constituição e Operacionalização
e) APM – Cantina Escolar
f) Formação em Serviço e Desenvolvimento de
g) competências Profissionais Docentes e Produtividade

Cooperativa-Escola a) Cooperativa – Escola


e Alojamentos e b) Sistema de Residência dos alunos
Infraestrutura* c) Equipamentos, Instalações e Softwares – Agropecuária
Pedagógico a) Procedimentos Pedagógicos e Controle Documental
b) Monitoramento do processo de aprendizagem
c) Estágio, Aprendizagem e Empregabilidade
d) Elaboração e Gerenciamento de Projetos Educacionais
Gestão de Bibliotecas a) Planejamento, Organização e Infraestrutura
Saúde, Segurança e Meio a) Espaços de trabalho
Ambiente b) Aspectos ambientais
c) Pessoas
d) CIPA
Tecnologia e Infraestrutura a) Espaços de trabalho
(utilização, organização e limpeza)
b) Equipamentos, ferramentas, mobiliários, instalações e 67
softwares (utilização, organização e limpeza)

Ações alicerçadas por indicadores


c) Materiais de consumo
(utilização, organização e limpeza)
d) Documentação Legal e Segurança de Informações
*somente para as Etecs com cursos do eixo Recursos Naturais
Tabela I – Fonte: Observatório Escolar

Blocos das Classes Descentralizadas (CD):

Blocos Capítulos
Comunicação e a) Vida Escolar e Cumprimento Curricular (CD)
Documentação Escolar b) Vida Funcional e Segurança de informações (CD)
c) Socialização de Informações (CD)

Parcerias e Contratos a) Parcerias – Convênio com a Secretaria de Estado da


Educação (SEE), Secretaria Municipal de Educação (SME)
e Prefeituras
b) Convênio de Cooperação Técnico Educacional – Secretaria
da Educação – Expansão II
c) Infraestrutura – Secretaria de Estado da Educação (SEE)/
d) Secretaria Municipal de Educação (SME)/Prefeituras
Biblioteca
Blocos Capítulos
Pedagógico a) Procedimentos Pedagógicos e Controle Documental (CD)
b) Monitoramento do processo de aprendizagem (CD)
c) Estágio Supervisionado e Empregabilidade (CD)
d) Elaboração e Gerenciamento de Projetos Educacionais (CD)

Tecnologia e Infraestrutura a) Espaços de trabalho


(utilização, organização e limpeza)
b) Equipamentos, ferramentas, mobiliários, instalações e
softwares (utilização, organização e limpeza)
c) Materiais de consumo
(utilização, organização e limpeza)
68
d) Documentação Legal e Segurança de Informações
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Tabela II
Fonte: Observatório Escolar

Com o roteiro em mãos, a unidade é orientada a realizar a au-


toavaliação sobre suas práticas. Em seguida, a partir do que foi elen-
cado nos roteiros de autoavaliação, é realizada a visita de membros
da supervisão escolar e Profissionais com experiência em avaliação
e gestão para as devidas verificações, com a realização de reunião
nomeada “de consenso”, com a participação dos membros da equi-
pe gestora, além do Coordenador de autoavaliação do Observató-
rio. Cada um dos itens avaliados pela unidade é discutido entre os
participantes e, para cada item avaliado, chega-se a um resultado
que exprima o consenso entre as partes. Ao final desse processo,
elabora-se um parecer que é disponibilizado à comunidade esco-
lar e expressa o resultado da avaliação da escola. Este resultado é
utilizado para organização das prioridades do plano plurianual de
gestão, para adequação do projeto político pedagógico e para orien-
tação das atividades para o ano letivo subsequente. Após a visita,
os resultados obtidos na reunião de consenso são socializados com
todos que participaram da autoavaliação, a equipe gestora, demais
segmentos da escola e a Administração Central.
A partir de 2014, o Observatório Escolar passou por uma rees-
truturação, com a reformulação do processo e do sistema, o que
permitiu às unidades anexar suas evidências para cada afirmação
durante a autoavaliação, assim, a avaliação de consenso tornou-se
mais ágil. Além disso, as visitas da Supervisão Educacional Regio-
nal e de outros departamentos da Administração Central agora po-
dem ser programadas ao longo do ano e não se restringem mais
apenas aos meses de outubro e novembro, como tradicionalmente
eram realizadas.
Ao final do processo de avaliação de consenso, para os itens
classificados com evidências regulares, insuficientes ou mesmo sem
evidências, o sistema abre automaticamente um plano de ações para
que as unidades escolares melhorem suas práticas. Também foi im-
plementado, no sistema, o registro das boas práticas evidenciadas
durante todo o processo de visitas, controle de atas de reuniões,
entre outras melhorias. 69

Ações alicerçadas por indicadores


Reunião com a Equipe da Autoavaliação

Verificação In Loco das evidências

SIM Comprovação
das evidências NÃO

Reunião de Concenso

Consolidação do Resultado

Elaboração do Plano de Ação

Figura 8 – Representação da visita dos observadores para realização


de auto avaliação – Observatório Escolar
Fonte: Produção dos próprios autores

É importante ressaltar que a ferramenta de avaliação de gestão


Observatório Escolar não tem caráter punitivo, mas objetiva a busca
da melhoria contínua da qualidade em todos os seus processos pe-
dagógicos, administrativos, acadêmicos e financeiros.
Banco de Dados Cetec (BD Cetec)

Disponibiliza aos usuários da web, semestralmente, dados e
informações referentes às Escolas Técnicas Estaduais e Classes Des-
centralizadas, sobre o processo de seleção de alunos (Vestibulinho)
e matrículas iniciais.

Secretaria Escolar Digital (SED)



Plataforma instituída pela Resolução SE nº 36 2016, de 25-05-
2016, em substituição ao GDAE e a Cadastro de alunos na Prodesp.
Trata-se de um portal da Secretaria de Educação do Estado de São
70 Paulo – SEE SP, que possibilita a todas as Escolas do Estado ca-
dastrarem dependências físicas das escolas, classes, turmas e ma-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

trículas, lançar rendimentos e publicar eletronicamente os alunos


concluintes do Ensino Médio e Técnico. Esta publicação gera um
número de visto-confere, que garante autenticidade ao diploma,
certificado e/ou histórico expedido pelas secretarias.

Demandas do Vestibulinho

Disponibiliza a todos os usuários da web os dados semestrais
e anuais do número de candidatos/vaga em cada curso oferecido,
dados importantes para que a equipe de gestão analise a oferta de
um curso ou até a finalização de algum dos que são oferecidos pela
unidade. Elas podem gerar também a proposta de ofertar novo cur-
so, a partir de uma pesquisa de campo, que demonstre a demanda
do mercado de trabalho regional e as demandas de outras unidades
que oferecem a modalidade de ensino escolhida.
Quanto aos indicadores oficiais externos, o Centro Paula Souza
utiliza como referenciais o Exame Nacional do Ensino Médio e o Sis-
tema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo:
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma prova criada
em 1998 pelo Ministério da Educação (MEC) do Brasil. O Enem vi-
nha sendo utilizado como ferramenta para avaliar a qualidade geral
do Ensino Médio no país e, posteriormente, começou a ser utilizado
como exame de acesso ao Ensino Superior em universidades públi-
cas brasileiras através do SISU (Sistema de Seleção Unificada).
Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São
Paulo (Saresp) é uma avaliação de múltipla escolha, aplicada pela
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para alunos da rede
estadual de ensino que estão nas séries iniciais e finais do Ciclo I, II e
3ª Série do Ensino Médio. Os alunos respondem a questões relativas
à Língua Portuguesa, Matemática e Ciências Humanas (Geografia e
História). Outra contribuição importante se dá por meio do preen-
chimento de um questionário com as informações sobre as suas ca-
racterísticas pessoais, sócio econômicas, culturais e situação escolar.
Ideb – calculado com base no aprendizado dos alunos em portu-
guês e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).

71
3.2 A articulação entre indicadores institucionais

Ações alicerçadas por indicadores


E a atuação do Grupo de Supervisão Educacional
A articulação entre os indicadores institucionais permeia a
atuação do Grupo de Supervisão Educacional, principalmente o
WebSAI, Observatório Escolar e Banco de Dados, pois são utili-
zados na tomada de decisões na instituição e, principalmente, no
planejamento da Cetec e complementarmente, do GSE. Os dados
do Observatório Escolar estão relacionados ao ambiente físico,
infraestrutura, equipamentos, mobiliários, aspectos pedagógicos,
material didático, a partir da análise de documentos e procedimen-
tos, e do WebSAI sobre clima organizacional.
O Banco de Dados (BD Cetec) apresenta informações relacio-
nadas às Escolas Técnicas Estaduais e Classes Descentralizadas so-
bre: demanda de Vestibulinho, matrículas e rematrículas efetuadas,
perdas semestrais e número de concluintes, movimentação do alu-
no (desistência, trancamento de matrícula, transferência escolar),
promoção e retenção, progressões parciais e número de servidores.
É importante destacar que, por meio do BD Cetec, é possível gerar
dados e fazer inúmeras análises, como a dos cursos oferecidos nas
diferentes regiões e o desempenho dos alunos.
Constitui importante ação da Supervisão Educacional a análi-
se dos indicadores para observar, orientar, acompanhar, avaliar e
interferir nos processos escolares, por meio das áreas, e regionais
para alinhar a prática educativa nos cursos oferecidos em relação
às necessidades de aprendizagem dos alunos (articulação teoria e
prática). A questão da adequação da prática educativa à formação
do aluno também é importante, respeitando-se suas diferenças in-
dividuais, expectativas, faixa etária, maturidade intelectual, esti-
los de aprendizagem, entre outras questões. Ela tornou-se o objeto
central da Área de Gestão Pedagógica e, por consequência, norteou
a atuação das onze regionais no que se refere a:

• procedimentos didáticos (técnicas, estratégias e recursos de


ensino e aprendizagem) e sua articulação para o desenvol-
vimento de habilidades/competências previamente orga-
nizadas no Plano de Curso13 e descritos nos Planos de Tra-
72 balho Docente (PTDs), pelos docentes;
• sistema de avaliação – o assunto é tratado no Regimento Co-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

mum das Escolas Técnicas Estaduais do Centro Paula Souza


(Deliberação Ceeteps nº 003, de 18-7-2013), que apresenta
a avaliação como sistemática contínua e cumulativa, utili-
zando-se instrumentos diversificados, e objetiva:

I. diagnosticar competências prévias e adquiri-


das, as dificuldades e o rendimento dos alunos;
II. orientar o aluno para superar as suas dificul-
dades de aprendizagem;
III. subsidiar a reorganização do trabalho docente;
IV. subsidiar as decisões do Conselho de Classe
para promoção, retenção ou reclassificação de
alunos.

13
O Plano de Curso é um instrumento de trabalho para referenciar as competências,
habilidades e bases tecnológicas, os procedimentos, as técnicas e as estratégias, a
avaliação de aprendizagem a serem utilizadas na gestão da aprendizagem, assim
como a estrutura física, instalações, equipamentos, mobiliários e ambientes didáticos,
cargas horárias teóricas e práticas, visando à formação Profissional dos educandos.
O Centro Paula Souza, por intermédio de sua Unidade do Ensino Médio e Técnico,
instituiu um departamento para estudo e análise de currículos escolares, bem como
na sua elaboração e atualização contínuas. Este departamento é denominado Grupo
de Formulação e Análises Curriculares (Gfac), criado em 2008. Entretanto, desde 1999,
o trabalho de elaboração e de reelaboração curricular é contínuo.
• processo de recuperação – conforme Regimento Comum:
“os estudos de recuperação constituir-se-ão de diagnóstico e
reorientação da aprendizagem individualizada, com recur-
sos e metodologias diferenciados”;
• alinhamento entre a teoria que, em geral, ocorre na sala de
aula e a prática que ocupa os demais ambientes de aprendi-
zagem, como laboratórios, sala de desenho, empresas e no
campo, no desenvolvimento de projetos produtivos das es-
colas de natureza agrícola.

3.3. Estratégias do Grupo de Supervisão Educacional


para melhoria dos indicadores institucionais 73

Ações alicerçadas por indicadores


O Centro Paula Souza tem por finalidade a articulação, a reali-
zação e o desenvolvimento da educação Profissional e tecnológica,
para isso incentiva e ministra cursos nos diferentes níveis e modali-
dades que atendam às necessidades e características dos mercados
de trabalho regional e nacional, promovendo experiências e novas
modalidades educacionais, pedagógicas e didáticas.
A diversidade de modalidades de curso e o respeito às ca-
racterísticas e especificidades regionais determinam um trabalho
pedagógico e uma criteriosa análise dos resultados, já que uma
escola localizada no município de São Paulo não pode ser com-
parada a uma escola do interior do Estado ou com cursos no eixo
de recursos naturais, por falta de parâmetros. Da mesma forma,
há diferenciais quanto a uma Escola Técnica que funciona em um
município com 400 mil habitantes e outra localiza em cidade com
40 mil habitantes. Isso sem delimitarmos as diferenças entre as es-
tratégias didáticas de um curso técnico em Agrimensura e um de
Órteses e Próteses. Junta-se a isso a formação continuada do Pro-
fessor e a cuidadosa caracterização14 dos alunos.
Tais considerações são importantes para o dimensionamento
do trabalho a ser desenvolvido pela supervisão e para as muitas

14
A caracterização do corpo discente pode ser definida como um estudo exploratório,
apresentando levantamento qualitativo e quantitativo, de maneira a traçar um perfil
dos alunos das diferentes turmas visando potencializar o processo de ensino e
de aprendizagem.
variáveis que são incluídas no momento de se avaliar os resultados
desse trabalho. Frente à essa diversidade de perfis regionais e vocacio-
nais das unidades escolares e à necessidade de desenvolver a melho-
ria de processos e resultados nas escolas, o Grupo de Supervisão Edu-
cacional descentraliza suas ações por meio de visitas às Etecs, reu-
niões temáticas e capacitações regionais, presenciais ou à distância.
O GSE analisa os indicadores regionais e, então, estabelece
capacitações centradas na orientação de Diretores de Etec, Coor-
denadores Pedagógicos, Coordenadores de Curso, Orientadores
Educacionais, Coordenadores de Classe Descentralizada, Diretores
de Serviço e outros Profissionais vinculados à Equipe Pedagógica
para tratar de questões específicas e, assim, contribuir para a me-
74 lhoria da qualidade de ensino, via instrumentalização didática do
docente ou sinalização de ações integradas que fomentem a forma-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

ção Profissional almejada pela Instituição.


As capacitações do Centro Paula Souza, organizadas pela Ce-
tec Capacitações15, apresentam-se nas modalidades presenciais,
semipresenciais ou à distância, com palestrantes internos e exter-
nos, e objetivam propiciar ao docente, coordenadores, auxiliares,
orientadores, diretores de unidade e de serviço, atualização e for-
mação continuada em seus processos de trabalho, permitindo, por
meio de metodologia adequada, a construção de competências e
desenvolvimento de habilidades.
A modalidade presencial é organizada em encontros no pré-
dio de capacitação próprio e podem contar também com atividades
práticas em laboratórios e espaços de aprendizagem das próprias
unidades de ensino ou em empresas parceiras, que prestam serviço
de treinamento específico para uso de equipamentos, softwares ou
recursos didáticos essenciais à prática pedagógica do Professor.
A modalidade semipresencial apresenta uma metodologia di-
ferenciada: parte de sua carga horária cumpre-se em encontros para
atividades práticas ou para referenciais teóricos e outra, à distância,
por meio de projetos que poderão ser desenvolvidos em ambientes
virtuais ou em experiências didáticas, em sala de aula, sob a tutoria

15
A Coordenadoria do Ensino Médio e Técnico, em sua organização, conta com um Centro
de Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão, que é responsável pelo planejamento,
desenvolvimento e avaliação de capacitações ou atualizações técnicas do grupo de Pro-
fessores, coordenadores e gestores das Escolas Técnicas do Centro Paula Souza.
do responsável pelo treinamento, de modo que o processo de atuali-
zação técnica seja acompanhado e avaliado em todo o seu percurso.
Para criar agilidade nos processos de atualização técnica, a mo-
dalidade à distância auxilia na oferta de algumas formações que
podem ocorrer em plataforma virtual, ou ainda com uso de video-
conferência, que alcança grande número de Profissionais e que pos-
sui caráter altamente informativo.
Além das capacitações, grandes encontros são planejados e
executados para socialização de práticas inovadoras, discussão de
temas que permeiam o trabalho educativo, dos quais são exemplos
o Simpósio do Ensino Médio, Técnico e Tecnológico e a Feira Tecno-
lógica do Centro Paula Souza, eventos acadêmicos para divulgação
de bons projetos e práticas educacionais. 75
Um dos principais processos objeto de capacitações e acompa-

Ações alicerçadas por indicadores


nhamento individual nas escolas são os Registros Escolares, desenha-
dos para construir um efetivo acompanhamento da prática pedagó-
gica que, por meio da sistematização de registros, torna exequível ao
docente promover uma avaliação consistente (sistemática, contínua e
cumulativa) e um processo de recuperação que alcance os objetivos
almejados com informações que contribuam para uma construção
histórica do que vem sendo realizado. No dizer de Hoffmann:

Os registros em avaliação são dados de uma história vivida


por educadores com os educandos. Ao acompanhar vários
alunos, em diferentes momentos de aprendizagem, é preciso
registrar o que se observa de significativo como um recurso
de memória diante da diversidade e um “exercício de prestar
atenção ao processo”. (Hoffmann, 2001/p. 175)

Nessa perspectiva, definiu-se como documentos base para esse


trabalho:

• o Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar;


• o Plano de Trabalho Docente (elaboração, desenvolvimento,
monitoramento, avaliação/interpretação de resultados, re-
planejamento);
• os Diários de/da Classe;
• as Atas dos Conselhos de Classe (Intermediário e Final);
• o gerenciamento dos projetos desenvolvidos com finalidade
educativa/formativa.

As ações contempladas nesses registros nutrem-se de deter-


minados indicadores que orientam ou reorientam, roteirizam e
sinalizam diferentes procedimentos que buscam alcançar metas
previamente definidas. Questões como o perfil docente e discente,
características e especificidades da Escola Técnica, dentre outros,
tendem a consolidar uma grande variedade de procedimentos, em-
bora prevaleça a unidade de objetivos na rede de escolas.
Outro aspecto que deve ser considerado e que constitui im-
portante ação do GSE refere-se à relação entre a Escola Técnica e o
76 setor produtivo. Como abordado anteriormente, a estrutura orga-
nizacional das escolas prevê o Assistente Técnico Administrativo
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

que, dentre suas atribuições, deve estabelecer a ponte com as em-


presas seja na busca de estágio curricular aos alunos integrantes
dos cursos oferecidos, no ingresso destes no mercado de trabalho
ou ainda no fortalecimento do currículo dos cursos. O cerne des-
se trabalho está na estreita ligação entre escola e empresa, tendo
como referência experiências bem-sucedidas de escolas europeias
e norte-americanas a partir das formações técnicas e Profissionais,
que preparam os alunos de forma mais imediata para o mercado de
trabalho e/ou podem dar acesso a cursos Profissionais mais avan-
çados16, seja nas próprias Etecs ou, posteriormente, nas Fatecs.
A proposta que permeia as ações da escola é a consolidação
de uma corresponsabilidade pelo currículo composto por repre-
sentantes dos trabalhadores (sindicatos, por exemplo), empresá-
rios e educadores que integram a Etec por meio do Conselho de
Escola que possui composição que favorece esta participação, sen-
do convidado à avaliação dos indicadores dos cursos (sua manu-
tenção, supressão e ainda proposição de implantação/instalação
de curso novo) e também no Observatório Escolar (instrumento
avaliativo institucional).
A proposta é construir um modelo com identidade própria
que atenda às características regionais e perfil Profissional de cada

16 Visando uma formação mais rápida o Centro Paula Souza conta com Unidade especí-
fica a Unidade de Formação Inicial e Educação Continuada – Ufiec para atendimento aos
cidadãos com cursos que permitem rápido ingresso ao mercado de trabalho.
escola. Para melhor referenciar a proposta tomaremos como exem-
plo o sistema dual alemão. A característica mais notável do sistema
alemão está no fato de que os estudantes combinam o treinamento
prático no setor produtivo com a atividade escolar. A responsabi-
lidade pelo currículo e pela avaliação da educação é de uma coali-
zão de representantes de trabalhadores, empresários e educadores
(Hawley, 2007). Esse modelo começa a ser estruturado nas escolas
técnicas e tecnológicas gerenciadas pelo Centro Paula Souza, por
meio de modalidades de ensino específicas como as que fomentam
a articulação entre Ensino Médio e Superior já associadas a empre-
sas, assim como outras experiências relevantes. Cabe, assim, ao As-
sistente Técnico Administrativo (ATA) em conjunto, evidentemen-
te, com outros Profissionais que integram a escola (como a direção 77
e coordenação de curso), afinar essa relação de maneira que haja

Ações alicerçadas por indicadores


mútua influência e colaboração de maneira que o aluno, futuro Pro-
fissional, atenda às expectativas e exigências da empresa, ao mesmo
tempo que produza as melhorias pertinentes no currículo do curso
e na metodologia de formação no âmago da escola.
A resistência existente por parte das escolas, em geral, em per-
mitir relação mais próxima da empresa nas decisões pedagógicas
dificulta o diálogo, impossibilitando o desenvolvimento das com-
petências Profissionais sintonizadas às demandas. A pífia existên-
cia de vínculo entre escola e empresa e, consequente, ausência de
perspectiva de empregabilidade constitui elemento desmotivador
e incide, por sua vez, na não permanência do aluno nos cursos. Há
de se destacar que o candidato a um curso técnico, antes de qual-
quer contribuição para sua formação, almeja ascender de função
ou encontrar uma colocação no mercado de trabalho, especialmen-
te aos alunos frequentes no período noturno.
Este contexto extrapola a realização dos Trabalhos de Conclu-
são de Curso (TCCs), pois trata-se de um caminhar que se inicia com
o ingresso do aluno no curso e se consolida durante seu desenvolvi-
mento até o momento de sua certificação. Trata-se de uma ação que
se estabelece por meio de visitas do ATA às empresas – para o es-
tabelecimento de parcerias e acompanhamento dos estagiários – de
visita técnica monitorada dos alunos, de palestras aos alunos pelos
Profissionais das empresas, da realização de práticas no ambiente
empresarial, da promoção de eventos com empresários na escola
para debate sobre o curso e mercado de trabalho, mesas redondas,
inclusive nas Classes Descentralizadas.
Fica bastante claro que a estrutura organizacional propiciada
pelo Centro Paula Souza – Direção, Diretor de Serviço Administrati-
vo, Diretor de Serviço Acadêmico, Coordenação Pedagógica, Orien-
tação Educacional, Coordenação de Curso e ATA – atuando de for-
ma integrada e respeitando suas respectivas atribuições, garante a
excelência do ensino, por meio de uma formação Profissional que
atenda a demanda de mercado e a receptividade pelas empresas.
O trabalho proposto pelas Áreas e Supervisão Regional visa
promover uma investigação educacional, de caráter pedagógico,
quanto às práticas e procedimentos utilizados pela equipe gesto-
78 ra das Unidades Escolares para veiculação de informações, alinha-
mento às diretrizes institucionais e socialização de experiências,
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

para que as Unidades Escolares venham atingir os objetivos e metas


propostos, além do atendimento técnico perante as demandas lo-
cais. Valoriza-se, em especial, o trabalho integrado fomentado por
orientações que se traduzam com significado para os docentes, de
maneira a assimilarem e aderirem aos trabalhos para os quais são
conclamados. Almeja-se, assim, o aprimoramento dos processos de
gestão e a qualidade da formação Profissional, garantindo-se que
esta atenda às expectativas dos alunos e as necessidades Profissio-
nais do município e seu entorno.
Para o desenvolvimento das ações supervisoras são realizadas
diversas ações a elas associadas como:

• visitas técnico-pedagógicas (atividade rotineira que se ca-


racteriza pela observação de procedimentos técnicos, geren-
ciais e pedagógicos, além da verificação da utilização de ma-
teriais, equipamentos e atendimento aos membros da equi-
pe escolar);
• participação em reuniões previstas em calendário escolar;
• Skype conferências;
• reuniões na sede da Supervisão Regional e Administração
Central;
• reuniões presenciais com as equipes gestoras das Etecs para
orientação coletiva e socializações.
3.4. Atuação da Área de Gestão Pedagógica na melhoria
de processos e resultados
A Área de Gestão Pedagógica vem se aperfeiçoando na im-
plantação do conceito de Supervisão “dentro da escola”, por meio
de um contato mais próximo, viabilizado pelas visitas técnico-pe-
dagógicas (a Supervisão visita as Unidades Escolares periodica-
mente), reuniões na própria Supervisão Educacional Regional e
capacitações presenciais e/ou à distância, abordando temas que se
fazem necessários para o processo ensino e aprendizagem.
As visitas da equipe da Supervisão Educacional têm como ob-
jetivos:
79
• contatar a direção e membros da equipe para socialização de

Ações alicerçadas por indicadores


práticas pedagógicas e de gestão;
• verificar registros e orientações referentes à rotina de trabalho;
• realizar visita de consenso do Observatório Escolar;
• orientar Projeto de Coordenação Pedagógica e/ou de Coor-
denação de Orientação e Apoio Educacional;
• analisar condições para implantar curso novo em conjunto
com os especialistas da Cetec, que atuam no Gfac;
• atender às demandas da equipe escolar;
• atender à decisão superior.

Nas visitas realizadas, realiza-se análise documental, orienta-


ções à Equipe Gestora, análise de indicadores de cursos e da esco-
la, dentre outras ações para o aprimoramento das atividades reali-
zadas. Essa proximidade tende a sanar problemas mais imediatos,
dúvidas ou situações pontuais.
As questões pedagógicas que mais mobilizam a Supervisão
Educacional Regional, seja durante as visitas técnico-pedagógicas,
nas reuniões ou nas capacitações, circunscreve-se, principalmente,
a três pilares:

• elaborar, aplicar e interpretar os resultados de avaliações;


• orientar sobre metodologias ativas de aprendizagem;
• orientar sobre procedimentos para recuperação, avaliação e
reorientação da aprendizagem.
A partir das diretrizes emanadas da Área de Gestão Pedagó-
gica, as Supervisões Pedagógicas Regionais atuam em um processo
de melhoria contínua por meio de ações específicas no que se refere
aos seguintes processos e resultados:


processo de ensino e aprendizagem;

avaliação do aprendizado;

registros escolares;

solicitação de cursos em sintonia com as demandas locais
(análise dos arranjos produtivos locais17 e contexto social18 do
município);
• empregabilidade dos técnicos formados19.
80
Os Planos de Curso propostos pelo Centro Paula Souza são tra-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

balhados a partir do conceito de desenvolvimento de competências


Profissionais. Em decorrência dessa proposta pedagógica que ali-
menta todas as Escolas Técnicas do Estado de São Paulo, a Geped e
as Supervisões Regionais buscam associar a este conceito as Meto-
dologias Ativas de Aprendizagem, tais como:

• aprendizagem Baseada em Problemas;


• aprendizagem Baseada em Projetos;
• aprendizagem Baseada em Equipes.

Outro aspecto fundamental é a inclusão das Tecnologias Di-


gitais de Informação e Comunicação (TIDCs) na educação Profis-
sional. Constata-se que a utilização das TIDCs vem ao encontro às
novas formas de aprender, fundamenta-se em ações propriamente
ditas, que permeiam o cotidiano do público do século XXI.
17
“Arranjos Produtivos Locais são aglomerações de empresas, localizadas em um
mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de
articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais,
tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa”.
(Fonte: Observatório Brasileiro de Arranjos Produtivos Locais – OBAPL. Disponível em:
http://portalapl.ibict.br/. Acesso em 17.12.2015).
18
Entende-se por Contexto Social o número de habitantes, escolas próximas públicas ou privadas
com os mesmos cursos, dentre outras informações que subsidiem a proposição do curso.
19
Análise Socioeconômica do Bairro/Município (grau de escolarização, índice de
vulnerabilidade, educação, trabalho, empregabilidade, campo de estágio, etc.) e
pesquisa WebSAI (empregados na área do curso, empregados fora da área do curso,
desempregados e aqueles que nunca trabalharam).
Com o apoio da Tecnologia, há um leque imensurável de re-
cursos apropriados para cada meta estabelecida em sala de aula.
Desta forma, atentemo-nos ao GAFE (Google Apps for Education),
um recurso tecnológico gratuito, com diversas ferramentas para uso
em sala de aula como o Google Classroom ou Google Sala de Aula.
Através deste recurso, propõe-se a colaboração e cooperação
na aprendizagem, o que significa colocar a “mão na massa”, entrar
em ação e, definitivamente, interagir de forma online. Há maneiras
diversas de interação como: discussões com inserção de imagens,
hiperlinks, vídeos, assim descrevendo a aprendizagem híbrida.
O Ensino Híbrido, conforme a Fundação Lemann, 2012, propõe:

• maior engajamento dos alunos no aprendizado; 81


• melhor aproveitamento do tempo do Professor;

Ações alicerçadas por indicadores


• ampliação do potencial da ação educativa visando inter-
venções efetivas;
• planejamento personalizado e acompanhamento de cada
aluno;
• oferta de experiências de aprendizagem que estejam liga-
das às diferentes formas de aprender dos alunos;
• aproximação da realidade escolar com o cotidiano do alu-
no. (Fundação Lemann, 2012)

Na essência, a Área de Gestão Pedagógica e as Supervisões


Regionais, por consequência, estimulam as escolas para que estru-
turem e consolidem um processo permanente de aprendizagem
significativa e contextualizada que promova a construção dos co-
nhecimentos, habilidades e atitudes (modelando, assim, as compe-
tências), o trabalho em equipe, a análise, interpretação e proposição
de soluções para problemas inusitados, o desenvolvimento e geren-
ciamento de projetos, a valorização do trabalho cooperativo, dentre
outros, que devem alicerçar ações futuras dos alunos.
Compreende-se, então, que se busca consolidar o conceito do
“aprender fazendo”, que é a base fundamental da aprendizagem
centrada no aluno. Reproduzindo a proposta descrita há 500 anos
A.C., Confúcio nos alerta que “o que eu ouço, eu esqueço; o que
eu vejo, eu lembro; o que eu faço, eu compreendo”. Tomando essa
linha de raciocínio (Silberman, apud Confúcio, 1996) reescreveu:
O que eu ouço, eu esqueço;
O que eu ouço e vejo, eu me lembro;
O que eu ouço, vejo e pergunto ou discuto,
eu começo a compreender;
O que eu ouço, vejo, discuto e faço, eu aprendo
desenvolvendo conhecimento e habilidade;
O que eu ensino para alguém, eu domino com maestria.

Dessa forma, a construção de competências vincula-se aos co-


nhecimentos trabalhados e mobilizados pelos alunos, por meio de
estratégias didáticas pedagógicas utilizadas pelos docentes, além
de atender à diversidade de perfis discentes existentes na sala de
82 aula. Diferentes expectativas, níveis de aprendizagem, maturidade,
lacunas e dificuldades de aprendizagem se revelam mais intensa-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

mente. Dessa forma, a preocupação na escolha de estratégias, méto-


dos técnicas e recursos de ensino se mostram essenciais para que se
crie um elo entre o ensinar e o aprender.
Compreende-se por estratégias o planejamento que inclui mé-
todos, técnicas e procedimentos didáticos. A estratégia, em geral,
envolve: problematização, organização do conhecimento e sua
aplicação. Algumas estratégias são: brainstorming, PNI, Phillips
66, painel, Role Playing, grupo de cochicho, GV/GO – GV = gru-
po de verbalização; GO = grupo de observação; painel com inter-
rogatório, discussão circular, júri simulado, mapa conceitual, visita
técnica monitorada, fórum, etc. Os métodos visam, de maneira ge-
ral, favorecer a aprendizagem, aplicados por meio de técnicas. São
exemplos de métodos: Aprendizagem Baseada em Pesquisa (IBL),
Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), Aprendizagem Baseada
em Equipes (ABE), Método Baseado em Estudo de Caso, Aprendi-
zagem por Descoberta Guiada e outros.
As técnicas são formas específicas de aplicar um determinado
método de ensino e de aprendizagem e estão vinculadas aos re-
cursos existentes disponíveis. E os recursos podem ser entendidos
como um determinado software, o PowToon, o Google Classroom,
vídeos do Youtube, fragmentos de filmes para debate, redes so-
ciais, whatsapp, inclusive a lousa e o giz.
Algumas orientações pedagógicas sinalizam a construção dos
Planos de Trabalho dos Docentes (PTD):
• a escolha de temas que despertem o interesse dos alunos e
permitam estabelecer relações conceituais com outros as-
suntos de diferentes componentes curriculares, além do de-
senvolvimento das competências previstas;
• a definição de objetivos claros e coerentes para cada aula;
• a criação/proposta de atividades/projetos que permitam a
compreensão e que possam ser demonstradas pelos alunos
(levar o aluno a produzir);
• a meta perseverante de melhorar o desempenho dos alunos,
fornecendo feedback contínuo, avaliações bem elaboradas e
procedimentos de recuperação eficientes e eficazes;
• a valorização do trabalho em grupos.
83
Os Planos de Curso são elaborados, como já abordamos, a

Ações alicerçadas por indicadores


partir do conceito de Pedagogia das Competências e sua proposta
é que o próprio docente utilize procedimentos didáticos e instru-
mentos de avaliação que favoreçam o desenvolvimento de deter-
minadas competências.
Avaliar competências se contrapõe ao tradicional mecanismo
de se verificar a exclusiva apreensão de conteúdos programáticos.
Essa mudança de conceito, por si só, exige contínua formação do-
cente, pois implica em novo paradigma de avaliação. Daí o já ex-
posto trabalho da Supervisão Educacional Regional em propiciar
reuniões, oficinas e cursos à distância, munindo assim os docentes
e coordenadores de informações e direcionamentos fundamentais
para que sejam bem-sucedidos em sua atuação.
Nota-se, pela própria definição de competência, a necessidade
de utilização de instrumentos que permitam, dinamicamente, di-
mensionar ou constatar seu desenvolvimento:

“Entende-se por competência Profissional a capacidade de


mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimen-
tos e habilidades necessárias para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho”.
(BRASIL, CNE/CEB. Resolução nº 04/99. Art.6º)

A recuperação da aprendizagem somente pode contribuir para


que o aluno construa seu conhecimento se estiver associada aos
procedimentos didáticos e às informações emanadas da avaliação.
A maneira com que ensinamos poderá contribuir, de forma signifi-
cativa ou não, para a apreensão dos conceitos estudados e sua apli-
cação na resolução de problemas. Não é por acaso que o artigo 71
do Regimento Comum assim expressa: “os estudos de recuperação
constituir-se-ão de diagnóstico e reorientação da aprendizagem in-
dividualizada, com recursos e metodologias diferenciados”.
De quantas maneiras diferentes podemos tratar um mesmo as-
sunto? Se hoje fazemos uso de um texto curto para leitura e interpre-
tação, na aula seguinte o recorte de um filme, na outra um brains-
torming, enfim, as diferentes maneiras de se apresentar um tema.
Esses diferentes olhares para um mesmo assunto tendem a favorecer
84 o aprendizado, respeitando os muitos estilos de aprendizagem en-
contrados na sala de aula. Certamente, uma aula discursiva permiti-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

rá que uma pequena parcela da turma processe aquela informação;


diferente se incluirmos um vídeo, uma discussão em grupo e favo-
recermos que um aluno oriente o outro em dinâmicas específicas.
A avaliação de competências deve permitir identificar o que o
aluno já domina e quais lacunas e dificuldades de aprendizagem ain-
da permanecem. Portanto, sua elaboração é essencial para que tenha-
mos procedimentos de recuperação que atinjam seus objetivos.
A velha técnica de apenas aplicar mais uma prova já está com-
provada que não funciona. Talvez alguns de nós tenhamos vivencia-
do, enquanto estudantes, aquele dia de recuperação com aplicação
de outra prova – como se fosse mais uma oportunidade – muitas
vezes a mesma prova anteriormente aplicada.
Também podemos relembrar a exclamação indignada do Pro-
fessor: “poxa! Dei a mesma prova e você não conseguiu fazer?”
Pois é, onde estará o problema? No aluno que não domina aqueles
conceitos ou aquelas competências e pode refazer a mesma prova
dez vezes, até decorá-la (e suscitar a ideia de que aprendeu), ou
o problema está no docente que ainda não compreendeu o que é
recuperação da aprendizagem?
É preciso sair do modelo “fingir que ensina e fingir que apren-
de” e assumirmos nosso compromisso muito bem expresso na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação e em nosso Regimento quando
diz que é nosso dever “zelar pela aprendizagem dos alunos”, ou
seja, ter interesse, velar, cuidar.
Entendemos também que ensinar e aprender é rua de mão du-
pla e não pode se concretizar sem que ambos estejam sintonizados.
Para que se estabeleça por meio de práticas pedagógicas sistemati-
zadas e seus naturais registros, conforme pode ser percebido ao lon-
go desse capítulo, é necessário um “eco” entre as orientações ema-
nadas da Supervisão e seu processamento pelas escolas, em que os
diversos atores se apresentem como multiplicadores desse trabalho.
Vejamos a Tabela IV abaixo que expressa os resultados do
Conselho de Classe Intermediário no 1º semestre de 2018, da Esco-
la Técnica que denominaremos “Escola Alfa”. Em análise mais de-
tida, será possível perceber tanto as incidências de menções insa-
tisfatórias em alguns cursos (2º módulo de Eletrotécnica, 1º, 2º, 3º
e 4º módulos de Mecatrônica, principalmente), como a frequência 85
e a taxa de perda de alunos (Enfermagem, Mecatrônica, Informáti-

Ações alicerçadas por indicadores


ca). Dessa forma, é possível estabelecer um panorama cristalino da
situação do curso e propulsionar decisões conjuntas que venham a
potencializar os resultados ou intervir nos mesmos.
Podemos inferir, por exemplo, que no 2º módulo do curso técnico
em Eletrotécnica, dos 40 alunos matriculados, há 20 com frequência
inferior a 75% (ou seja, com infrequência alta) e 16 (dezesseis) alunos
possuem menções insatisfatórias, que se totalizam em número de 52.
Essas informações, naturalmente associadas a outras, permi-
tem avaliar os resultados educacionais e replanejar as estratégias
pedagógicas, se preciso. Analisá-los juntamente com as atas de
Conselho de Classe Intermediário, avaliações aplicadas (análise
qualitativa, elaboração das questões e sua afinidade com as com-
petências a serem desenvolvidas; análise da quantidade de ava-
liações dependendo da complexidade das competências a serem
desenvolvidas; efetividade dos procedimentos de recuperação e
reorientação da aprendizagem), produção do aluno e da turma,
procedimentos didáticos adotados, entre outros, pode garantir o
sucesso na elaboração de ações pedagógicas eficientes. Verifica-se
que essas ações pedagógicas desenvolvidas até então, o previsto
no Plano de Trabalho Docente e o feedback do aluno/turma sub-
sidiam a tomada de decisões da equipe.
Assim, a Supervisão Educacional Regional assume papel proe-
minente roteirizando propostas, promovendo reflexões, destacan-
do situações não dimensionadas pela Comunidade Escolar.
A tabela permite verificar situações similares em outras turmas
e cursos, além de outras conclusões, exigindo algum tipo de inter-
venção, em geral, mobilizadas pela Coordenação Pedagógica.

Dados do Conselho de classe Intermediário


usado para orgAnização do Projeto

Alunos com mais


alguma menção
inferior a 75%

de 3 menções
matriculados
Alunos com

Alunos com
Frequencia
frequencia
Semestre
Módulo

Alunos
Curso

Ano

86 Administração 2 2 2017 36 13 5 11 8

Açúcar e Álcool 2 2 2017 20 19 2 8 3


Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Açúcar e Álcool 3 1 2017 30 18 4 2 2

Contabilidade 2 2 2017 23 12 6 14 12

Informática 1 1 2017 34 23 2 5 4

Dados do Conselho de classe Intermediário


1o semestre de 2018
Alunos com mais
alguma menção
inferior a 75%

de 3 menções
matriculados
Alunos com

Alunos com
Frequencia
frequencia
Módulo

Alunos
Curso

Administração 2 37 36 2 7 1

Açúcar e Álcool 3 22 22 0 1 1

Contabilidade 2 26 23 3 10 3

Informática 2 33 30 1 11 1

Tabela IV – Planilha de Monitoramento quantitativo. Dados extraídos


da Ata do Conselho de Classe Intermediário – 1º sem/2018 – Escola Alfa
Fonte: Atas de Conselho de Classe
Uma forma importante de orientação às escolas, amparando-se
pela análise de indicadores associadas a intervenções pedagógicas
pontuais, foi o monitoramento dos resultados dos cursos, em espe-
cial aqueles com maior incidência de problemas relativos a apro-
veitamento e/ou frequência dos alunos. Os comparativos anuais e
semestrais construíram uma nova identidade nas escolas e alavan-
caram um trabalho pedagógico de grande significância.
A associação de visitas técnico-pedagógicas, orientações, acom-
panhamento das atividades da Coordenação Pedagógica, Orienta-
ção Educacional, Coordenadores de Classe Descentralizada e dos
Coordenadores de Curso favoreceram a melhoria nos resultados da
gestão pedagógica nas unidades escolares.
Destacam-se as ações de orientação quanto a: 87

Ações alicerçadas por indicadores


• registros escolares – Área de Gestão Pedagógica e Área de
Gestão de Vida Escolar;
• elaboração e desenvolvimento de Plano de Trabalho Docente;
• análise, interpretação e utilização de indicadores para toma-
da de decisões e avaliação de resultados;
• dinâmica interna da escola, incentivo à veiculação da infor-
mação e comunicação, monitoramento de projetos, índices,
taxas e procedimentos adotados pelo gestor escolar.

Estas e outras atividades suplementares possibilitaram a mu-


dança de algumas concepções, comportamentos, valores e atitudes
arraigadas na cultura escolar e, muitas vezes, inibidora de melho-
rias em processos e resultados.
Foram construídos alguns importantes caminhos20 para o tra-
balho das equipes pedagógicas das Unidades, almejando garantir a
permanência dos alunos, como segue:

1. recepção dos alunos ingressantes e veteranos na primeira


semana de aula, em cada semestre letivo, esclarecendo os
objetivos, estrutura e empregabilidade de cada curso;
2. trabalhar as lacunas de aprendizagem dos alunos, principal-
mente nas primeiras semanas do semestre, detectadas a par-
tir de Avaliação Diagnóstica;
Adaptado do Ofício nº 003/2016-Cetec, de 07/01/2016.
20
3. acompanhamento das faltas, semanalmente, e contato ime-
diato com os alunos faltantes, em especial, nas primeiras se-
manas de aula;
4. atenção do Professor quanto ao aprendizado do aluno, pro-
movendo feedbacks constantes, avaliações adequadas e re-
cuperação da aprendizagem eficiente;
5. sensibilização quanto às oportunidades que virão em de-
corrência da conclusão do curso técnico;
6. contato com ex-alunos para motivar e incentivar os novos;
7. promoção de palestras motivacionais, habilmente planeja-
das e inseridas no contexto dos cursos, voltadas à empre-
gabilidade na área;
88 8. promoção de palestras com Profissionais da área;
9. parcerias com empresas e visitas técnicas;
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

10. aprendizagem baseada em projetos, resolução de proble-


mas e adoção de metodologias ativas visando a aquisição
de habilidades e competências;
11. integração entre os alunos e aluno/direção, através de reu-
niões e bate-papos informais constantes.

A Tabela V reflete os resultados extraídos do Conselho de


Classe Intermediário da citada Escola Alfa, relativa ao 2º semes-
tre de 2017. Embora ainda exigindo a atuação da Supervisão Re-
gional, constata-se melhoria significativa na redução de menções
insatisfatórias, em especial nos já citados cursos de Eletrotécnica
e Mecatrônica.
A redução de perdas também é visível, apesar de alguns dados
ainda persistirem ou eclodirem em consequência de um trabalho
pedagógico mais efusivo em determinados cursos.
As aulas interativas e dinâmicas favorecem maior participação,
envolvimento e comprometimento do aluno, propiciando também
sua permanência no curso. Como já expressou Aguiar:

“As situações que nos parecem mais favoráveis ao processo


de construção são aquelas em que o aluno participa efetiva-
mente do planejamento das atividades, com objetivos clara-
mente estabelecidos, mesmo que as tarefas e seu significa-
do venham a se modificar ao longo da execução do projeto
negociado com a turma. Quanto maior o envolvimento do
aprendiz com o seu processo de aprendizagem, com os obje-
tivos de seu conhecimento, maiores serão as possibilidades
de uma aprendizagem significativa, de uma mudança con-
ceitual efetiva e duradoura. Além disso, o processo favore-
ce não apenas a aprendizagem de conceitos, mas ainda de
procedimentos e atitudes em relação ao conhecimento e ao
trabalho cooperativo” (AGUIAR, 1995, p.14).

Vejamos:

Dados do Conselho de classe intermediário


do 2o semestre/2017 89

Ações alicerçadas por indicadores


Alunos com mais

Alunos com mais


de 3 Menções I

de 3 Menções I
inferior a 75%
matriculados

Números de
Alunos com

Frequencia
frequencia

Menções
Módulo

Alunos
Curso

Agroindústria 1 40 37 3 4 1 7

Agroindústria 3 40 25 5 1 0 1

Meio Ambiente 3 40 20 0 0 0 0

Enfermagem 1 40 36 0 1 1 5

Enfermagem 2 40 36 0 10 1 19

Administração 2 40 20 2 3 1 7

Agropecuária Etim 1 40 31 1 17 9 66

Agropecuária Etim 2 40 29 0 12 2 19

Agropecuária Etim 3 40 24 0 1 0 1

Meio Ambiente Etim 1 40 40 0 17 8 49

Ensino Médio 1 40 40 0 10 4 21
Dados do Conselho de classe intermediário
do 2o semestre/2017

Alunos com mais

Alunos com mais


de 3 Menções I

de 3 Menções I
inferior a 75%
matriculados

Números de
Alunos com

Frequencia
frequencia

Menções
Módulo

Alunos
Curso

Ensino Médio 2 40 40 0 12 5 26

Ensino Médio 3 40 40 2 8 2 18

90 Geral 520 418 21,50 Evasão

Etim 160 124 22,50 Evasão


Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Ensino Médio 120 120 0 Evasão

Noite 240 174 27,50 Evasão

Tabela V: Planilha de Monitoramento quantitativo.


Dados extraídos da Ata do Conselho de Classe Intermediário
2º sem/2017 – Escola Alfa
Fonte: Atas de Conselho de Classe

Por meio de planilhas mensais de monitoramento dos resulta-


dos de rendimento escolar, frequência e perdas, associadas a ações
complementares, como a análise de registros e sinalizações quanto
a práticas pedagógicas que exigem mais veemente atuação da Uni-
dade Escolar, a Supervisão Educacional Regional tem favorecido a
melhoria nos processos de ensino e de aprendizagem e, consequen-
te, maior aproveitamento do aluno e sua permanência nos cursos.
Se analisarmos a Tabela V, observa-se que há considerável
ampliação da permanência dos alunos nos cursos monitorados. É
possível observar o aumento de frequência às aulas, embora ações
continuem ocorrendo para efetiva participação do aluno. É notável
também a melhoria nas menções da turma.
Dessa análise, depreendem-se outras conclusões importantes
que podem contribuir para melhoria desses resultados:

• a definição de metas pedagógicas claras e objetivas para o


grupo de docentes;
• o hábito da análise e interpretação de resultados e indicado-
res;
• o trabalho articulado entre os membros integrantes da equi-
pe pedagógica;
• a formação continuada de docentes para um constante
refinamento de suas competências Profissionais.

91

Ações alicerçadas por indicadores


Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

92
4.
93

Contribuições do

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


Grupo de Supervisão
Educacional nos
resultados qualitativos
e quantitativos das
Unidades Escolares
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

94
N o sentido de preparação da equipe para o trabalho aci-
ma descrito, o GSE desenvolve cursos que favorecem
aos participantes a oportunidade de exercitar a análise e
interpretação de indicadores, assim como sua utilização na propo-
sição de projetos e tomada de decisões.
Os indicadores dos cursos oferecidos pelas Unidades e outros
indicadores das escolas sinalizam as ações dos Supervisores Edu-
cacionais Regionais para atuarem com maior especificidade em as-
pectos pedagógicos, intervirem em situações-problema delimitadas
e avaliarem o impacto de seu trabalho na rede de escolas.
Os indicadores abaixo relacionados e apresentados em gráfi-
cos demonstram, de forma clara, o impacto positivo da atuação do
Grupo de Supervisão Educacional na expansão da rede de escolas 95
ocorrida no Centro Paula Souza a partir dessa premissa.

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


EXPANSÃO DO NÚMERO DE UNIDADES DE ENSINO
NO CENTRO PAULA SOUZA
700

600 * Evolução da quantidade de U.E.s


566 586
em relação ao ano de 2005 548
502
500 480 491
438
400 366

300
219
186 197
200 158
132
100
19,70%* 40,91%* 49,24%* 65,91%* 177,27%* 231,82%* 263,64%* 271,97%* 280,30%* 328,79%* 343,95%* 315,15%*
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Gráfico 2
Fonte: Banco de Dados da Cetec

A análise do gráfico acima revela o crescimento acentuado do


número de unidades no período de 2009 a 2016. Tal crescimento
teve um impacto significativo e importante sobre a instituição, re-
querendo mudanças expressivas na sua estrutura, a fim de manter
a qualidade na oferta de Ensino Profissional nas Etecs e Classes
Descentralizadas.
O Grupo de Supervisão Educacional exerceu papel fundamen-
tal nesta mudança, ao oferecer suporte especializado e ágil às uni-
dades escolares, no que se refere aos aspectos pedagógico, legal, de
vida escolar e de gestão de pessoas.
Ao longo dos anos, o Grupo de Supervisão Educacional imple-
mentou melhorias de processos para anteder a um crescimento que,
embora não tão intensivo, também demandou maiores esforços,
pois unidades novas requerem um acompanhamento mais próximo
e intensivo, não só por parte das áreas, mas principalmente pelas
Supervisões Regionais.

VAGAS BASE VESTIBULINHO


96
180.000
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

158.583
160.000 * Evolução da quantidade de vagas 150.089
145.936 148.368 146.335
em relação ao ano anterior
136.941
140.000
121.239 119.056
120.000
103.734
100.000 87.808
80.000
64.489
60.564
60.000 56.563

40.000 7,07%* 6,48%* 36,16%* 18,14%* 40,68%* 2,85%* 5,66%* -6,44%* -1,37%* -6,42%* -11,47%* -1,8%*

20.000

0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
(132 U.E.) (158 U.E.) (186 U.E.) (197 U.E.) (219 U.E.) (366 U.E.) (438 U.E.) (480 U.E.) (491 U.E.) (502 U.E.) (566 U.E.) (586 U.E.) (548 U.E.)

Gráfico 3
Fonte: Vestibulinho/Banco de Dados da Cetec

Os dados acima referem-se às vagas ofertadas nas Escolas Téc-


nicas de 2005 a 2017, para Ensino Médio, Ensino Médio Integrado,
Ensino Médio Integrado – EJA e cursos técnicos modulares, repre-
sentando as nuances sofridas nesse período em decorrência da im-
plantação de novas Etecs e ampliação de Classes Descentralizadas.
O crescimento acentuado no número de vagas, no período de
2007 a 2009, está relacionado à proposta governamental, iniciada por
meio de estudo realizado pela Coordenadoria do Ensino Técnico e
Médio do Centro Paula Souza junto à SEE-SP, sobre o número de clas-
ses ociosas nos diferentes períodos de funcionamento das escolas e, a
partir do mapeamento das unidades com salas de aula não utilizadas,
efetuou-se a proposta a essas escolas para a oferta de novos cursos
(Ensino Médio regular e cursos técnicos concomitantes) e/ou o au-
mento do número de vagas de cursos já existentes na unidade escolar.
Mesmo com o aumento do número de unidades, pode-se per-
ceber a diminuição da oferta de vagas a partir de 2012. Essa dimi-
nuição está relacionada com a estratégia de substituir o Ensino Mé-
dio propedêutico e cursos modulares diurnos, com baixa demanda
e alta perda, pela modalidade Ensino Médio Integrado ao Técnico.
Ou seja, onde havia dois cursos, Ensino Médio regular e Ensino Téc-
nico Concomitante, passou a haver somente o Ensino Técnico Inte-
grado ao Médio, que fornece duas certificações, uma de conclusão
da etapa final da educação básica e outra de Técnico na habilitação 97
Profissional escolhida.

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


EVOLUÇÃO MATRÍCULAS INICIAIS

160.000 * Evolução das matrículas iniciais


em relação ao ano de 2005 150.687 149.211
Matrículas iniciadas em 2005: 58.318 141.368 144.258 142.138
140.000 134.195 132.965 128.241

120.000 108.660

100.000
87.921

80.000
67.223
62.798
58.318
60.000

40.000
7,68%* 15,27%* 50,76%* 86,32%* 142,41%* 147,46%* 143,73%* 130,11%* 128,00%* 119,90%* 158,39%* 155,86%*
20.000

0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
(132 U.E.) (158 U.E.) (186 U.E.) (197 U.E.) (219 U.E.) (366 U.E.) (438 U.E.) (480 U.E.) (491 U.E.) (502 U.E.) (566 U.E.) (586 U.E.) (548 U.E.)

Gráfico 4
Fonte: Banco de Dados da Cetec

A evolução das matrículas do Ensino Médio, Ensino Médio


Integrado ao Técnico, Ensino Médio Integrado ao Técnico (EJA) e
cursos técnicos modulares acompanham, em linhas gerais, o cresci-
mento do número de unidades escolares. O suave declínio observa-
do a partir de 2012 pode ser atribuído à política de implantação dos
Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio (ETIMs), modalidade
que expressa uma concepção de formação humana, com base na
integração de todas as dimensões da vida no processo educativo,
visando à formação omnilateral dos sujeitos, conforme prevista no
inciso I do caput do art. 36-B da Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção No. 9394/96, que possibilita a oferta da educação Profissional
técnica de nível médio articulada e desenvolvida de forma integra-
da, a quem já tenha concluído o ensino fundamental.
Além da política de implantação do Etim (Habilitações Pro-
fissionais Técnicas integradas ao Ensino Médio), a instituição tem
adotado critérios de análise de demanda e permanência dos alunos,
principalmente dos cursos oferecidos nos períodos vespertinos. Tal
ação visa descontinuar cursos que se esgotaram, por terem atendi-
98 do à demanda local ou pela mudança no arranjo sócio produtivo.
Os critérios de análise de demanda e permanência acima referencia-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

dos estabelecem procedimento de análise semestral de avaliação de


todos os cursos técnicos oferecidos, diagnosticando-os quanto a bai-
xa demanda, perdas semestrais e/ou acumuladas, estabelecendo o
status de “em avaliação”, o que exige estudos e intervenções das
escolas para melhoria de resultados, ou “bloqueio semestral”, caso
os indicadores evidenciem expressiva evasão ou demanda restrita.

ÍNDICE DE PERDA DE ALUNOS

60.000

* Evolução da perda em 52.169


relação ao ano anterior 50.408
50.000 48.100 48.768
47.442

41.951
40.000 37.229 36.507

30.000 27.329

21.105 22.392
20.370 19.485
20.000

-4,34%* 8,31%* 6,10%* 22,05%* 36,23%* 29,20%* 8,46%* -3,38%* -3,25%* -2,72%* -11,57%* -12,97%*
10.000

0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Gráfico 5
Fonte: Banco de Dados da Cetec
ÍNDICE DE PERDA DE ALUNOS X MATRÍCULAS INICIAIS

160.000 * Evolução da perda em


relação ao ano anterior 150.687 149.211
141.368 144.258 142.138
140.000 134.195 132.965
Índice de Perda de Alunos 128.241
Matrículas Iniciais
120.000
108.660

100.000
87.921

80.000
67.223
62.798
60.000 58.318
48.100 52.169 50.408 48.768 47.442
37.229 41.951
36.507
40.000
27.329
20.370 19.485 21.105 22.392
20.000
-4,34%* 8,31%* 6,10%* 22,05%* 36,23%* 29,20%* 8,46%* -3,38%* -3,25%* -2,72%* -11,57%* -12,97%*
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 99

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


Gráfico 6
Fonte: Banco de Dados da Cetec

A evolução da quantidade de alunos formados está relaciona-


da aos fatores acima apontados, ou seja, à expansão do Etim e aos
bloqueios de cursos com baixa demanda e alta evasão, conforme
pontuamos acima.

QUANTIDADE DE ALUNOS FORMADOS


100.000

90.000 88.713 88.585 86.116


* Evolução do número de alunos formados 81.178
80.000 em relação ao ano anterior
71.614 73.087
68.806
70.000 66.130
58.660
60.000

50.000 45.009
40.907
40.000 36.165
33.970
30.000

20.000
6,46%* 13,11%* 10,03%* 30,33%* 22,08%* 16,15%* 6,65%* -0,14%* -2,79%* -15,13%* -5,86%* -3,89%*
10.000

0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
(132 U.E.) (158 U.E.) (186 U.E.) (197 U.E.) (219 U.E.) (366 U.E.) (438 U.E.) (480 U.E.) (491 U.E.) (502 U.E.) (566 U.E.) (586 U.E.) (548 U.E.)

Gráfico 7
Fonte: Banco de Dados da Cetec
Houve, pela área de Gestão Pedagógica, um trabalho inten-
sivo a partir de 2014 no sentido de potencializar a permanência
dos alunos.
As ações adotadas foram:

• retomada da elaboração de projetos com ações diferenciadas


e com ênfase nas atribuições do Coordenador Pedagógico,
principalmente no que se refere à análise dos dados estatísticos
quanto ao desempenho dos alunos por curso e por módulo,
em trabalho conjunto com o coordenador de curso, para a
redução da perda;
• capacitação para diretores sobre metodologia e avaliação de
100 competências;
• implantação das “Linhas de atuação” para projetos do Coor-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

denador Pedagógico e Orientador Educacional, relacionadas


com Progressão Parcial, Recuperação Contínua, Metodologias
de Ensino-Aprendizagem, Avaliação do Processo de Ensi-
no-Aprendizagem e Aulas práticas;
• implantação de Check List de gerenciamento das atividades
previstas nos projetos dos Coordenadores Pedagógicos refe-
renciando os projetos interdisciplinares, as visitas técnicas,
as práticas diferenciadas, o acompanhamento das progres-
sões parciais, da perda, do absenteísmo docente, do cumpri-
mento do currículo e planejamento do Projeto Político Peda-
gógico e das reuniões pedagógicas;
• monitoramento das atividades realizadas pela Coordenação
Pedagógica e Orientação Educacional das Unidades, acom-
panhadas pela Área de Gestão Pedagógica e suas Regionais.
Este processo ocorreu por meio de Planilhas eletrônicas que
contemplavam as atividades previstas e desenvolvidas nos
projetos dos Coordenadores Pedagógicos das Etecs e pela
comparação gráfica do desempenho dos alunos nos conselhos
de classes intermediários e finais.

Nos anos de 2015 e 2016, os esforços foram direcionados para


o acompanhamento das turmas de 1º módulo que apresentavam
perda superior a 40%. Dando continuidade ao acompanhamento
das turmas com maior incidência de perda de alunos e a partir dos
bons resultados apresentados no ano de 2016, para 2017, a Meta
Cetec buscou acompanhar e orientar as unidades que apresentam
perda igual ou maior que 20% nos módulos dos cursos noturnos.
É notável, desde 2013, a redução significativa das perdas aferidas
nos Conselhos de Classes Finais (CCF), apresentando uma variação
média de perda em todo o Estado de 34%, conforme segue:

maior incidência

maior incidência
de perda (2016)

de perda (2017)
das turmas com

das turmas com


CCF – média

CCF – média
Supervisões
Regionais

de perda
Variação
101
Campinas Sul 16% 14% -13%

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


Ribeirão Preto 18% 12% -33%

GSP Noroeste 19% 16% -16%

Sorocaba 20% 12% -40%

Campinas Norte 22% 15% -32%

GSP Leste 22% 15% -32%

Itapeva 22% 14% -36%

Marília 22% 15% -32%

GSP Sul e Baixada Santista 23% 13% -43%

Bauru 25% 17% -32%

São José do Rio Preto 28% 12% -57%

Vale do Paraíba e Litoral Norte 28% 16% -43%

Média Geral 22% 14% -34%

Tabela VI – Resultados de Conselhos de Classe Finais (Comparativo)


Fonte: Banco de Dados da Cetec
PROJETO REGIONAL
CCF - Dados Projetos CCF - 2º semestre 2017

28%

28%
25%
23%
22%

22%

22%
22%

22%
20%
19%
18%

17%
16%

16%
16%

15%
15%

15%

14%

14%
14%

13%

12%
12%
12%
CAMPINAS SUL

RIBEIRÃO PRETO

GSP NOROESTE

SOROCABA

CAMPINAS NORTE

GSP LESTE

ITAPEVA

MARÍLIA

GSP SUL

BAURU

SÃO JOSÉ DO
RIO PRETO

VALE DO PARAÍBA

MÉDIA GERAL
102
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Gráfico 8 – Impacto dos Projetos Regionais na Permanência dos Alunos


Fonte: Atas de Conselho de Classe

Ainda em 2014, ocorreu a reformulação da ferramenta Ob-


servatório Escolar. Entre as mudanças, está a atualização dos pro-
cessos pedagógicos, incluindo a avaliação mais aprofundada das
bibliotecas escolares. Com isso, o bloco pedagógico, que continha
33 itens valendo 66 pontos, passou para 49 valendo 152 pontos.
A mudança ocasionou um aumento percentual de 48% para 130%,
respectivamente.
O que anteriormente tinha como opção de resposta três possi-
bilidades (evidência plena – 2 pontos, evidência média – 1 ponto,
sem evidências – 0 pontos), passou a ter cinco opções de respostas,
no mínimo, estendendo-se até sete, caso necessário. A pontuação
foi então flexibilizada e a classificação das evidências definidas
como: muito boa, boa, regular, insuficiente, sem evidências, não
aplicável ou independe da escola. Dessa forma, com todas estas
alterações, nota-se uma diminuição do percentual no desempenho
pedagógico das Unidades, o que já era esperado, em função da
estrutura ter sido modificada.
Compreende-se que as contribuições do Grupo de Supervi-
são Educacional nos resultados qualitativos e quantitativos das
Unidades Escolares é bem evidente, considerando a dinâmica da
estrutura assumida pela ação supervisora subdividindo-se por
Áreas, conforme abordado, definindo atribuições específicas para
Gestão Pedagógica, Gestão de Vida Escolar, Gestão de Informa-
ção e Legislação, Gestão de Ambiente Escolar e Gestão de Pessoal.
A ramificação da Área de Gestão Pedagógica na composição de
regionais, favoreceu intenso intercâmbio com as Unidades Escola-
res, permitindo o acompanhamento, orientação e visitas regulares
de maneira a acentuar os resultados pedagógicos, aprimorando a
qualidade do ensino e o intercâmbio com as empresas locais, sina-
lizados por suas demandas e arranjos produtivos.
Outro aspecto que merece ser referenciado pode ser exposto
pela evolução sistemática do Observatório Escolar. Como apre-
sentado, o Observatório Escolar cria diretrizes relevantes para as 103
escolas e as propulsionam para constantes melhorias didático-pe-

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


dagógicas, administrativas, patrimoniais e de infraestrutura, focali-
zando-as nos aspectos conquistados e que merecem atenção, orga-
nizando-se anualmente via Planos de Ação.
Um ponto a ser elucidado no processo de construção e conso-
lidação do Observatório Escolar foi a transição sobre sua forma de
interação com as escolas. Inicialmente, os Observadores – Profissio-
nais designados para as análises de resultados e reuniões de consen-
so – eram compostos por Diretores de Escolas Técnicas e membros
da equipe gestora. Com a formação das Supervisões Regionais, esse
trabalho passou a ser assumido pelos Supervisores e suas equipes,
potencializando as discussões, direcionamentos e construção coleti-
va de ações, tendo-se em vista o prévio conhecimento das situações
vivenciadas pelas escolas. Isso pode ser contemplado analisando-se
os gráficos abaixo que expressam os resultados das escolas.
DESEMPENHO DAS ETECS NO BLOCO PEDAGÓGICO
DO OBSERVATÓRIO ESCOLAR

180 169 169


152 157
160 149
140

120

100 86.18 87.34 88.56 90.02 88.48


81.68 82.4 84.95
77.73 77.4 79.2
80 66 66 66
66 66 66
60 51 49 54 54
49
40 33 33 33 33 33 33

20

0
104 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018

Resultado nº de itens pontos


Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Gráfico 9 – Desempenho das Etecs no Observatório Escolar (Bloco Pedagógico)


Fonte: Observatório Escolar

DESEMPENHO DAS ETECS NO OBSERVATÓRIO ESCOLAR

100
89.12
89.3
84.95

90
86.1

82.6
82.4

77.84

79.4
80.3
80.6

79.9
79.2

79.4

78.7
77.4

7...

76.8
75.2

80
75.1

74.4
72.7
70.9

69.3
67.39

70
66.2

70
56.7
59

60

50

40

30

20

10

0
Pedagógico Comunicação Convênios, Gestão de Tecnologia e Saúde, Cooperativa,
e Doc. Escolar Parcerias e Pessoas Infraestrutura Segurança e Escola,
Contratos Meio Ambiente Alojamentos e
Infraestrutura

2014 2015 2016 2017

Gráfico 10 – Desempenho das Etecs no Observatório Escolar


(Resultados Globais)
Fonte: Observatório Escolar
DESEMPENHO DAS CLASSES DESCENTRALIZADAS
PLANO DE EXPANSÃO
Convênio com a Secretaria de Estado de Educação
100

90 87.2
81.2 83.7 84.9 84.4 83.43
77.9 79.92 80.82
80 75.2 75.7
68.8
70

60

50

40

30

20

10

0
105
2014 2015 2016 2017

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


Pedagógico Comunicação e Doc. Escolar Parcerias e Convênios

Gráfico 11 – Desempenho das Classes Descentralizadas no


Observatório Escolar (CPS/SEE)
Fonte: Observatório Escolar

DESEMPENHO DAS CLASSES DESCENTRALIZADAS


PLANO DE EXPANSÃO
Convênio com a Secretaria Municipal de Educação (CEUs)

100
87.2
90
80.4 DIVIDO83.7POR
87.4DOIS
84.4 83.43
75.2 77.9 79.92
80 75.3 73.61
68.8 76,6685
70

60

50

40

30

20

10

0
2014 2015 2016 2017

Pedagógico Comunicação e Doc. Escolar Parcerias e Convênios

Gráfico 12 – Desempenho das Classes Descentralizadas no


Observatório Escolar (CPS/CEUs)
Fonte: Observatório Escolar
DESEMPENHO DAS CLASSES DESCENTRALIZADAS
CONVÊNIO PREFEITURAS

100
87.2 89.2
81.6 83.7 84.4 84.5 83.43 84.46
77.9 79.92
80 75.2
68.8

60

40

20

106 0
2014 2015 2016 2017
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Pedagógico Comunicação e Doc. Escolar Parcerias e Convênios

Gráfico 13 - Desempenho das Classes Descentralizadas no


Observatório Escolar (CPS/Prefeituras Municipais)
Fonte: Observatório Escolar

Podemos observar que o bloco Pedagógico merece destaque.


Nota-se que, em 2013, houve sensível queda nos resultados em vir-
tude da revisão de sua organização e redefinição de indicadores
de desempenho que pudessem facilitar ainda mais o alcance dos
objetivos estratégicos institucionais. Observa-se, por sua vez, que
os avanços educacionais, pedagógicos e de gestão vão ascendendo
gradualmente, conforme demonstra o Gráfico 9.
Para melhor elucidar apresentamos abaixo duas situações de
orientação:
Bloco: Comunicação e Documentação Escolar

Capítulo: B – Vida Escolar e Cumprimento Curricular

Afirmação: O cumprimento da carga horária de cada curso, por turma,


é monitorado e os índices mensais de aulas não dadas, por módulo de
todas as turmas, são apresentados para análise nas reuniões da equipe
de gestão escolar e registrados em atas.

Opção: Sempre é monitorado, mas os índices não são apresentados


e/ou analisados e/ou não há registro. 107

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


Comentário da Unidade:
Com o Sistema NSA o monitoramento dos índices de aulas dadas e
não dadas é preciso. Todas as aulas são dadas, cumprindo assim a carga
horária de cada curso.

Comentários Observador:
Segundo informações colhidas a unidade não tem problemas com o
absenteísmo docente. No momento existe a ação de controle de falta e
de frequência. Na prevenção ocorre assim, a O.E. aplica o questionário e o
intensifica o controle interno de faltas e passa para coordenador de Curso
e o mesmo, por sua vez não realiza o feedback para com a Orientadora.
Foi realziado também, ação com os docentes, que contou com a conversa
com alguns professores indicados por aluno, no sentido de auxilia-los a
preparar melhor a aula, sendo mais dinâmica a atrativa e notou-se
sucesso nessa ação do Orientador e Direção.

Figura 9
Fonte: Fragmento de Planos de Ação do Observatório Escolar
Bloco: CD – Comunicação e Documentação Escolar

Capítulo C: Socialização de Informação – CD

Afirmação: A CD informa aos representantes discentes de todas as turmas,


sobre a possibilidade dos mesmos participarem das reuniões do Conselho
de Classe, conforme previsto no Regimento Comum das Escolas Técnicas
Estaduais do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (3).
(3) Artigo - 30 - §3º - Poderão ser convidados ou convocados os represen-
tantes discnetes para participarem das reuniões de Conselho de Classe.
Opção: A CD informa os representantes que não participam.
108
Comentário da Unidade:
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Na primeira reunião de cada semestre os alunos são informados quanto


a participação nas reuniões de Conselho de Classe Intermediário e Final.
Porém, ainda não há participação dos mesmos nos Conselhos.

Comentários Observador:
De acordo com a Coordenação de Classe Descentralizadas, os alunos
são convidados na reunião que ocorre, contudo ainda não participaram.
Seria viável a manifestação de evidência referente a esse processo, como
Ata da Reunião de Representante Discente; e Ata de Conselho de Classe
Intermediário para que ficasse evidenciado que nãoparticipam de fato,
mas não foi elencada, portanto, faz-se necessário prezar pela evidência
conforme ação da Escola. Sendo assim, a Supervisão Pedagógica Regional
orienta que a Unidade Escolar, prime pela representação discente nos
Conselhos de Classe para conhecimento e apreciação dos comentários,
Realizados neste reunião para o acompoanhamento e ciência quanto
ao redimento e desenvolvimento da Classe em questão.

Figura 10
Fonte: Fragmento de Planos de Ação do Observatório Escolar

A reunião de consenso propiciada pelo Observatório Escolar


busca provocar reflexões junto à equipe gestora e demais partici-
pantes do processo de forma a revisar práticas e procedimentos que
se revertam na melhoria dos processos e resultados.
Realizando uma interface com o WebSAI, podemos comparar
os resultados gerais obtidos em alguns cursos com seu desempenho
regional e institucional.

Quantidade de
Alunos

Unidades
Eixo Curso

Ceeteps
Região
Informática –
Informação e Integrado ao Ensino 810 - 49.01% 47.21%
Comunicação Médio
109
Administração –
Gestão e Negócios Integrado ao Ensino 654 - 46.68% 43.67%

Contribuições do Grupo de Supervisão Educacional


Médio

Controle e Processos Eletrotécnica 242 - 46.30% 51.10%


Industriais

Controle e Processos Química – Integrado 296 - 45.53% 44.74%


Industriais ao Ensino Médio

Ambiente e Saúde Prótese Dentária 128 - 44.61% 44.61%


e Segurança

Educação Básica Ensino Médio 1318 - 44.02% 45.65%

Alimentos – Integrado
Produção Alimentícia 77 - 42.69% 41.12%
ao Ensino Médio

Edificações –
Intraestrutura Integrado ao Ensino 148 - 41.64% 33.50%
Médio

Controle e Processos Eletrônica – Integrado


Industriais ao Ensino Médio 111 - 41.32% 37.85%

Mecatrônica –
Controle e Processos Integrado ao Ensino 274 - 40.44% 39.13%
Industriais Médio

Tabela VII
Fonte: Fragmento do WebSAI 2017
Esse comparativo é importante uma vez que evidencia a atua-
ção da Supervisão Pedagógica Regional contribuindo para que os
resultados, a partir das ações já enumeradas, se igualem ou supe-
rem os institucionais, predominantemente, direcionando as Unida-
des Escolares e apoiando-as na solução de problemas pedagógicos
que venham a ser identificados.

110
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados
5.
111

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


Ontem e hoje:
avanços da ação
supervisora nos
resultados das escolas
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

112
S egundo Laconte: “assumir uma atitude responsável perante
o futuro sem uma compreensão do passado é ter um objetivo
sem conhecimento. Compreender o passado sem um com-
prometimento com o futuro é conhecimento sem objetivo”.
Dessa forma, avaliar a evolução da ação supervisora no Cen-
tro Paula Souza por meio de indicadores institucionais e estabelecer
um paralelo entre o ontem e o hoje, a partir dos objetivos da Super-
visão Educacional, são essenciais para estabelecermos parâmetros
que favoreçam a interpretação dos resultados desse trabalho.
Conforme a Deliberação Ceeteps nº 003 de 18-7-2013, “o empre-
go público em confiança de Diretor de Escola Técnica será exercido
com mandato de quatro anos”, ficando “vedado o exercício, pelo
mesmo Diretor, de mais de dois períodos de mandato consecutivos 113
na mesma Etec”. Isso implica que este Profissional poderá manter-

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


se na Direção de uma mesma Unidade Escolar por até oito anos.
Após esses dois mandatos, ele poderá ocupar, caso seja candidato
eleito, o mesmo cargo por igual período em outra Etec.
Para um panorama mais amplo e diversificado, serão apresen-
tados breves relatos de diretores de Etecs que vivenciaram o novo
e o antigo modelo da supervisão educacional, assim como diretores
que atuaram somente após a implantação de mudanças organiza-
cionais na supervisão.
Supervisão Pedagógica Educacional
São José do Rio Preto
Professora Valéria R. Donatoni Anguera,
Gestora de Etec desde 2008 até a presente data. Atualmente Diretora
da Escola Técnica Padre José Nunes Dias – Monte Aprazível

“Durante o exercício de quase todo o primeiro mandato, vi-


venciei o antigo modelo de Supervisão. Os supervisores sem-
pre foram profissionais muito competentes e atenciosos. No
entanto, a estrutura da época não permitia a eles realizar o
trabalho de forma a suprir todas as demandas das Etecs, prin-
114 cipalmente, as dos diretores iniciantes que, naturalmente,
necessitam de maior orientação e apoio. Após a implantação
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

do modelo atual da Supervisão, houve mudanças significa-


tivas, em especial com a implantação das sedes regionais.
A proximidade da Supervisão com as Etecs da região tornou-se
muito efetiva. Dessa forma, considero importante ressaltar que
o atual modelo, definido pelo GSE, vem contribuindo muito po-
sitivamente para o sucesso do trabalho dos gestores das Etecs”.

Professora Rosa Maria Ellero Zuliani,


Gestora de Etec de 2012 a 2021. Atualmente Diretora
da Escola Técnica Vereador e Vice Prefeito Sérgio da Fonseca – Ibitinga

“Considerando que estou na Etec desde o ano 2000, pude


vivenciar como docente ou como Coordenadora de Curso
tanto o modelo anterior como o atual modelo de Supervisão.
Embora houvesse empenho e boa vontade dos supervisores e
eles sempre nos atendessem via e-mail ou telefone, anterior-
mente não havia a proximidade que existe hoje, garantindo
um suporte pedagógico, administrativo e até mesmo psico-
lógico, com orientação pontual e imediata, conferindo segu-
rança à Equipe Gestora, além do conhecimento da realida-
de existente em cada Unidade Escolar sob sua supervisão.
[...] o entrosamento da Supervisão com a escola é maior, o
que julgo de fundamental importância, pois conhecendo a
escola e a Equipe Diretiva, a Supervisão contribui para a
autonomia e segurança das Etecs, subsidiando as decisões,
sugerindo leituras, indicando legislações e conduzindo a re-
flexões que facilitam e intermediam ações produzindo me-
lhorias nos resultados dos trabalhos”.

Professora Jussara da Silva Tavares,


Diretora da Etec Profª Marinês Teodoro de Freitas Almeida
Novo Horizonte de 2012 a 2021

“Posso assim sintetizar a ação atual da Supervisão: – conhe-


cimento integral de cada Etec, suas necessidades e possibili- 115
dades; agilidade no atendimento das demandas oriundas da

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


Unidade Escolar; orientação precisa e apoio técnico-pedagó-
gico; representatividade regional junto ao Centro Paula Sou-
za; promoção da interação e troca de práticas pedagógicas e
vivências regionais; acolhimento e apoio às escolas”.

Professor Carlos Alberto Diniz,


Diretor da Etec Sylvio de Mattos Carvalho
Matão de 2012 a 2021

“A Equipe Escolar, sobretudo a Direção desta Etec, sente-


se segura em levar adiante suas propostas, pois encontra na
Supervisão Educacional apoio e orientações cabíveis para que
tudo o que se propõe esteja em conformidade com as normas
da Instituição. Nesse ponto, cabe ressaltar que a Equipe de
Supervisão sempre se demonstrou muito solícita em sanar
dúvidas, apontar caminhos para resolvermos os problemas
do cotidiano escolar, bem como sugerir procedimentos. As
visitas da Supervisão educacional às Unidades Escolares,
certamente, são um ganho, pois marcam um diferencial na
relação Supervisão Escolar-Unidade Escolar. A presença fí-
sica do supervisor e sua equipe – conhecendo in loco cada
Etec – é extremamente positiva, pois permite a ambos uma
ação proativa, dinâmica e produtiva”.
Professora Luzia Corsini Dejavite,
Diretora da Etec Dr. José Luiz Viana Coutinho
Jales de 2013 a 2019

“Nesses 16 anos atuando no Ceeteps como docente, Coor-


denadora de Curso, responsável por Classes Descentraliza-
das na Etec de Ilha Solteira e diretora da Etec Dr. José Luiz
Viana Coutinho/Jales, tenho acompanhado e vivenciado, em
diversas oportunidades, o trabalho que vem sendo desenvol-
vido na Supervisão Educacional do Ceeteps. A visão que eu
tinha no início de minha carreira Profissional na instituição
era a de que o trabalho realizado por este departamento era
116 mais centralizado e distante da realidade das escolas, gerando
certos prejuízos às unidades escolares e, como consequência,
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

ocorria demora nas respostas às Etecs, em razão da distância


e dos poucos Profissionais que existiam para atender toda a
demanda. A partir de meados de 2012, percebi que essa es-
trutura começou a passar por um processo de mudanças e de
evolução bastante significativo e vem melhorando cada vez
mais, proporcionando melhores condições na comunicação
entre as partes envolvidas, diminuição da distância entre o
departamento e as unidades escolares, aumento da proximi-
dade entre as pessoas, as decisões são tomadas com maior ra-
pidez, aumento e melhoria nas ofertas de capacitações de qua-
lidade oferecidas pelo Ceeteps e outro fator que acredito ser
de grande relevância são os diversos setores que compõem,
atualmente, o Grupo de Supervisão Educacional, sendo eles:
Gestão de Legislação e Informação (Geslinf); Gestão de Pes-
soas (Gepes); Gestão de Vida Escolar (Geve); consideradas
atividades meio, e a Gestão Pedagógica (Geped), considerada
atividade fim, pois acredito que a presença de profissionais
especialistas nessas diversas áreas do conhecimento tem sido
de grande valia para a vida das escolas e, principalmente, na
busca por tomadas de decisões mais acertadas, como também
na qualidade dos serviços prestados em uma unidade escolar.
Hoje, a área de Gestão Pedagógica conta com 11 regiões a
partir das regiões administrativas do Estado, trazendo gran-
des melhorias e avanços na qualidade do trabalho desenvolvi-
do nas Etecs, melhorando desempenho e produtividade, atra-
vés de um melhor e maior acompanhamento das unidades e
classes descentralizadas, porém, acredito que com o aumento
das Etecs, se faz necessário, ainda, aumentar a quantidade
de Supervisões Regionais ou de uma redistribuição dessas
regionais, buscando aproximar ainda mais as Etecs das su-
pervisões, buscando sempre a melhoria contínua do conjunto
de atividades realizadas nas unidades escolares do Ceeteps”.

Supervisão Pedagógica Educacional


Regional Grande São Paulo Sul e Baixada
117
Professora Ieda Aparecida de Jesus Couto Estácio,

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


Gestora de Etec de 2001 a 2021

“Sou Diretora de Etec há 16 anos. Iniciei meu trabalho em


2001, na Etec “Aristóteles Ferreira” (035), onde fiquei por
11 anos e, atualmente, estou na direção da Etec “Dona Esco-
lástica Rosa” (122), ambas na cidade de Santos. Dessa forma,
tive a oportunidade de vivenciar o trabalho da Cetec, no que
tange à questão da supervisão dos trabalhos das escolas técni-
cas e, a meu ver, é inquestionável a melhoria da organização
do Grupo de Supervisão Escolar! Há envolvimento e preocu-
pação com as especificidades de cada escola, sem um caráter
meramente de cobrança ou comparação entre Etecs, de forma
que o diretor pode se sentir respaldado/amparado em suas
ações diárias. Os responsáveis pelos setores que compõem
o Grupo de Supervisão são acessíveis, sempre disponíveis
e prestativos para assessorar o diretor em suas demandas”.
A preocupação em municiar os diretores de conhecimento é
outro fator positivo na atual estrutura, haja vista as capaci-
tações, encontros e reuniões organizadas para esta finalida-
de. As capacitações à distância também enriquecem e são um
diferencial! A ideia de separar as Supervisões Educacionais
por regiões administrativas também estabelece uma parceria
muito importante entre os supervisores e diretores de escola.
O papel da Supervisão, hoje, é de orientação e maior proxi-
midade com as unidades de ensino. Ainda vivenciamos a cor-
reria do dia a dia, com a pressão de prazos e procedimentos
a realizar, com poucos funcionários para atender toda essa
demanda, mas temos uma visão mais ampla e organizada da
instituição, fato que não ocorria, antigamente”.

Professora Me. Fabiana Golz Ribeiro Pereira,


Gestora da Etec desde 2016.
Atualmente diretora da Aristóteles Ferreira – Santos

“A gestão escolar requer muito planejamento, ações, manu-


118 tenção de recursos, avaliação constante e tomada de decisão.
Gerir uma unidade escolar é um desafio diário, são muitas
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

as exigências que recaem sobre o trabalho do diretor e tudo


deve estar devidamente articulado para garantir a melhoria
constante da qualidade de ensino.
Quando iniciei, em 2006, com um modelo de supervisão cen-
tralizada, me sentia muito sozinha, com toda essa carga de res-
ponsabilidade, poucas eram as orientações e quando eram con-
cedidas, pareciam inadequadas à nossa realidade. Eu e tantos
outros diretores, para conseguirmos obter segurança em certas
decisões, conversávamos com diretores mais experientes, pe-
díamos conselhos e trocávamos experiências. Mas, depois que
surgiu o novo modelo de Supervisão Regional, sinto que o pro-
cesso é muito mais apropriado e faz parte de uma gestão com-
partilhada. A Supervisão Regional por ser atuante e estar pró-
xima das Unidades Escolares, consegue manter um trabalho
em conjunto, porque nos acompanha, ampara, orienta e sabe
identificar nossas fragilidades e nossas potencialidades. E por
estarem tão próximas e nos ouvirem constantemente, têm, em
suas mãos, a munição para nos provocar, nos instigar a irmos
além do que já conquistamos. Muitas vezes nos traz ideias e/
ou soluções de outras unidades, ampliando nossos horizontes e
contribuindo para que possamos agir assertivamente”.
Supervisão Pedagógica Educacional
Regional Marília
Professora Leni de Fátima Dário de Oliveira,
Gestora de Etec nos períodos 1996 a 2004 e 2012 a 2021

“A reestruturação da Equipe de Supervisão do Centro


Paula Souza proporcionou mais agilidade na resolução dos
problemas que surgem no dia a dia da escola, bem como
no esclarecimento de dúvidas específicas que surgem du-
rantes as atividades pedagógicas e/ou administrativas. O
Geped, Geve, Geslinf e a Gepes atendem prontamente às
solicitações, nos dando o apoio necessário para resolvermos 119
com tranquilidade as situações de conflito ou de dúvidas na

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


administração escolar. A supervisão regional, hoje muito
mais presente, acompanha de perto todo o trabalho realiza-
do pela unidade de ensino, em contato não só com a Dire-
ção, mas também com Professores e alunos, colaborando, de
maneira eficaz, no combate à evasão e esclarecimento das
diversas situações que surgem no cotidiano escolar. Ten-
do sido Diretora de Escola de 1996 a 2004, Coordenado-
ra Pedagógica de 2005 a 2011 e retornado à Direção em
2012, pude perceber a proximidade, a melhoria ocorrida
com relação à Supervisão e a Vida Escolar propriamente
dita. As dificuldades que encontrávamos há alguns anos
foram quase que sanadas com a nova estrutura, embora as
equipes que atuam junto à administração central, muitas
vezes, desconhecem a realidade das escolas mais distantes.
Nesse sentido, a supervisão regional, que conhece cada uma
das unidades, tem um papel fundamental atuando como elo
entre a Administração Central e as escolas”.
Professora Claudia Mara P. S. Parolisi,
Gestora da Etec Antônio Devisate
Marília de 2011 a 2019

“Falar da equipe de Supervisão da região de Marília é falar de


capacidade, de Profissionalismo, de dinamismo e produtivida-
de. Todos sempre prontos para orientar, facilitar e intervir na
ação de gestores, coordenadores e orientadores com muito zelo,
competência e cumplicidade. É visível e notório que a equipe
de Supervisão da região de Marília aprimorou seus processos
e, com isso, promoveu o desenvolvimento das Etecs, por meio
de rede de interação e colaboração que gerou o fortalecimen-
120 to e melhoria de ações educacionais. A equipe de Supervisão
desenvolve brilhantemente o compromisso de garantir a qua-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

lidade do ensino das Etecs e a qualidade da formação humana


dos gestores, pois atua nas três dimensões: a) Dimensão Nor-
mativa – orientando, homologando, validando e aprovando
os documentos legais; b) Dimensão Formativa – elaborando
capacitações: formação inicial e contínua da equipe do núcleo
pedagógico; c) Dimensão Pedagógica – oferendo subsídios e
monitoramento do processo educacional, nos resultados das
Etecs, em orientações pedagógicas e na análise de indicadores
de qualidade do ensino. Por fim, a equipe de Supervisão da
região de Marília atua como parceira das Etecs, estando aten-
ta à forma como se dá o processo de ensino e aprendizagem e
merece todo nosso reconhecimento e admiração”.
Supervisão Pedagógica Educacional
Regional Campinas Sul
Professor Eduardo J. S. Alvarez,
Gestor de Etec de 2008 a 2016

“Meu envolvimento com o Grupo de Supervisão Educacio-


nal (GSE) do Centro Paula Souza (CPS) se iniciou há bas-
tante tempo, fui um privilegiado por viver um importante
momento histórico da Educação Técnica do Estado de São
Paulo. Era um Professor da Parte Diversificada (Técnica) de
uma Escola Técnica Agrícola do interior do Estado, quan-
do o então Governador Mário Covas centralizou a Educação 121
Técnica, sob a batuta do CPS, e oficialmente passamos a per-

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


tencer à instituição em 1994. Tive a oportunidade de ocupar
vários cargos: Coordenador de Área, Professor Orientador
da Cooperativa Escola, Professor Responsável por Residên-
cia Escolar, Membro do Laboratório de Currículo, Assisten-
te Técnico de Direção até chegar à Direção Escolar da Etec
Benedito Storani por dois mandatos consecutivos, que de
formas diferente, se correlacionavam com o GSE. O CPS
evoluiu, transformando-se sempre para atender às novas
demandas do Ensino Técnico e com ele o trabalho do GSE
também se transformou ao longo do tempo, os procedimentos
foram sendo padronizados e, sem medo de errar, posso afir-
mar que o crescimento de nossa instituição nestes últimos
anos, mantendo-se como referência em Educação Técnica no
País, só foi possível devido ao atual modelo do GSE que dá
o suporte necessário aos Gestores na condução das Etecs. A
padronização dos procedimentos e o atual modelo da GSE
garantem segurança na tomada de decisão e principalmente
na Unidade da Instituição. Os novos Gestores e Profissionais
que interagem com o GSE têm a segurança do apoio necessá-
rio ao desenvolvimento de seu trabalho, minimizando o risco
de erros que possam comprometê-lo”.
Professora Mirtes Brochado Falcone,
Gestora de Etec de 2009 a 2020

“Foi possível, em algumas gestões, observar o desenvolvi-


mento e crescimento do Centro Paula Souza. Em anos pas-
sados, a Supervisão Pedagógica, centralizada em São Paulo,
não possibilitava um trabalho de acompanhamento próximo
com toda equipe escolar das Etecs. Atualmente, com a des-
centralização da Supervisão em várias regionais, desmisti-
ficou-se aquela visão tradicional da Supervisão como ação
fiscalizadora que concebe o supervisor enquanto profissional
que apenas faz cumprir as normas atribuídas pela adminis-
122 tração geral. É notório que a proximidade das Etecs com a
Supervisão Regional trouxe grandes contribuições, podendo
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

assim promover a escola com seu apoio, uma vez que a es-
cola passou a ter um atendimento mais rápido e eficaz com
as orientações direcionadas especificamente para cada Etec.
Assim, é possível afirmar que ficamos melhor assessorados
nessa composição: Supervisor Pedagógico e Equipe de Espe-
cialistas responsáveis por projetos”.

Supervisão Pedagógica Educacional


Regional Ribeirão Preto
Professor Antonio Pinto do Nascimento Neto,
Gestor da Etec Alcides Cestari – Monte Alto
de 2014 até a presente data

“Durante todos esses anos na Direção, podemos confirmar


a importância da presença ativa da Supervisão no geren-
ciamento da U.E. Há de se registrar que, nas múltiplas
tarefas atribuídas ao Gestor, os esclarecimentos, apoios e,
em muitos casos, a concordância com as posições adotadas,
são fundamentais para as tomadas de decisão em âmbito
local; porém, assegurando a postura institucional, cujo pa-
pel relevante é atribuído ao Supervisor Educacional. Esta
visão implantada, nos últimos anos, inclusive com as novas
ferramentas tecnológicas, ágeis e independentes de horário
comercial, possibilita ações de cunho pedagógico e/ou ad-
ministrativo, que garantem respostas quase imediatas às
situações-problema (de diferentes naturezas) evitando-se
constrangimentos e até mesmo consequências indesejáveis.
2) Esperamos que essa estrutura conte com mais assessores
para valorizar ainda mais a dinâmica ação do Grupo de Su-
pervisão Regional”.

Supervisão Pedagógica Educacional


Regional Campinas Norte
123
Professor Roberto José de Fátima Magalhães,

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


Gestor de Etec de 1998 a 2004
e de 2010 a 2019

“A diferença com o advento da supervisão por área é enorme.


Antes, quando o supervisor atendia a todas as demandas da
escola, as respostas demoravam mais, pois os supervisores
tinham uma gama maior de demandas e não se especializa-
vam. Em alguns casos, por falta destas especificidades, as in-
formações, além de demoradas, não eram precisas e se fazia
necessário um retrabalho. Da forma como se encontra hoje,
sabemos que as informações são bem mais precisas e nos sen-
timos confiantes, pois quem as transmite são especialistas no
assunto; por exemplo, se temos alguma dúvida sobre direitos
dos Professores com relação a atribuição de aula, o setor res-
ponsável nos informa com precisão e rapidez, visto que este
é o cotidiano deles”.
Supervisão Pedagógica Educacional
Regional Vale do Paraíba
Professor Marcelo Gomes de Oliveira,
Diretor da Etec José Sant’Ana de Castro
Cruzeiro de 2012 a 2021

“Com a estrutura atual do GSE, conseguimos direcionar as so-


licitações num fluxo correto, dando agilidade às respostas e o
devido apoio à Direção, não sobrecarregando a Supervisão Re-
gional, porque antes, todas as demandas eram direcionadas para
ela, e muitos dos assuntos nem sempre eram de sua competên-
124 cia, desviando-a das funções de acompanhamento pedagógico”.
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Professor Cícero Monteiro,


Diretor da Etec de
São Sebastião 2008 a 2017

“A mudança de estrutura no modelo de supervisão do cen-


tro ajudou na organização das Unidades Escolares. Houve
melhora na condução dos trabalhos, tornando o diretor da
Etec um gestor. A partir dessa nova realidade, há uma supe-
restrutura que auxilia não só na governabilidade, mas tam-
bém na excelência da educação e atendimento de serviços.
Os supervisores, cada qual ao seu modo, de forma Profissio-
nal, nos mostram caminhos que elucidam as dúvidas, além
de apontar novas possibilidades de leitura na resolução de
problemas. Nos regionais, aprendemos a interagir em grupo,
aprendendo que a unidade que dirigimos é um ponto que não
pode ser ou estar isolado dos demais. Os treinamentos, as
conversas e as análises fizeram com que houvesse um ganho
ímpar na constituição dos indicadores particulares de cada
Etec, que compunham material para a gestão, servindo para
o direcionamento e alocações, principalmente no que tange a
pessoas, para a execução e implementação de novos projetos
e atividades diferenciados, num esforço comum para o cresci-
mento da nossa Instituição. Portanto, esse é um novo modelo
substancial que permite o crescimento da unidade escolar,
sem perder o foco da estrutura a que pertencemos. É o ampa-
ro que a escola, os Professores e gestores tanto esperaram na
construção de um modelo pedagógico perfeitamente demo-
crático; tudo acessível a todos. Por isso, positivo e válido”.

Supervisão Pedagógica Educacional


Regional Sorocaba
Professor Divanil Antunes Urbano,
Gestor de Etec desde 2016 até a presente data.
Atualmente Diretor da Escola Técnica Fernando Prestes - Sorocaba 125

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


“1. A estrutura atual possui divisões claras que facilitam os
trabalhos específicos, direcionado ao esclarecimento de pro-
cedimentos e documentos desenvolvidos diariamente pela
Unidade de Ensino; 2. Alguns fatores tornaram o trabalho
mais estruturado e com uma clareza dentro do processo,
como o Sistema Etec (Geve), que norteia a Secretaria Aca-
dêmica no seu trabalho; 3. Os processos de autonomia das
Regionais aproximaram e facilitaram também os trabalhos
diários dos Diretores, com consultas rápidas e muitas vezes
diretas, facilitando os processos”.

Professor Ronaldo Alves da Silva,


Diretor da Etec Prefeito José Esteves
Cerqueira César de 2012 a 2020

“Acredito que a atual estrutura atende com qualidade as ex-


pectativas das unidades de ensino. Minha experiência, so-
bretudo com a Supervisão Regional de Sorocaba, tem sido de
grande satisfação, pois todas as nossas demandas são resolvi-
das rapidamente, pessoalmente, por e-mail ou telefone, com
informações sempre confiáveis que nos transmitem grande
segurança. Percebemos também que há boa sintonia entre os
departamentos do GSE e as regionais”.
Supervisão Pedagógica Educacional
Regional GSP Leste
Professor Djalma Luiz da Silva,
Gestor de Etecs desde 1998 até a presente data. Atualmente Diretor da
Escola Técnica Tereza Aparecida Cardoso Nunes de Oliveira – São Paulo

“Como linha estratégica para fazer frente a novos cenários


educacionais, houve a necessidade de descentralizar a estru-
tura do Grupo de Supervisão Escolar e ampliar suas áreas de
atuação para apoiar as escolas em sua gestão pedagógica edu-
cacional e estrutural. O modelo tradicional, que atendia as
126 escolas a partir da Administração Central, ampliou sua área
de atuação desenvolvendo-se por meio de regionais que são
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

próximas às unidades escolares, com uma estrutura pedagó-


gica educacional e de gestão do espaço físico. Esse modelo de
estrutura utilizou: visitas, reuniões, orientações, treinamen-
tos, benchmark para equipes das escolas, em que a regional
tem trazido mais facilidades apoio e segurança aos diretores
e equipe das escolas”.

Professora Fúlvia Andréa D’Avello Napolitano,


Gestora de Etec desde 1998 até a presente data. Atualmente
Diretora da Escola Técnica Parque Belém – São Paulo

“Atualmente contamos com o Grupo de Supervisão Educa-


cional (GSE) organizado em quatro áreas distintas que tem
atendido com eficiência e rapidez as demandas da unidade,
sejam elas pedagógicas ou administrativas.
Assim, podemos dizer que o nosso trabalho hoje em dia é rea-
lizado com mais tranquilidade e segurança, porque sabemos
que podemos contar com o apoio e o suporte do GSE sempre
que necessário”.
Supervisão Pedagógica Educacional
Regional Itapeva
Professor Alexandre Luís Lopes,
Gestor de Etec de 2007 a 2019

“Vivenciei o antigo modelo da supervisão no ano de 2006,


quando coordenador de implantação da Etec de Piraju e, du-
rante o meu primeiro mandato pró-tempore nesta unidade,
a supervisão educacional sempre foi composta por Profissio-
nais muito competentes e atenciosos, nos apoiavam e orien-
tavam para uma boa gestão da unidade. Com a ampliação das
Etecs, as demandas de trabalho aumentaram e a orientação 127
e apoio para suprir de forma atuante a gestão de um número

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


maior de diretores, precisava de uma nova maneira de traba-
lho. O modelo atual e as mudanças com a implantação das
sedes regionais nos permitiram uma aproximação maior com
a supervisão, tornando- se mais atuante, presente e contri-
buindo para o bom desempenho da gestão da unidade. Dessa
forma, considero importante ressaltar que esse novo modelo
do GSE vem contribuindo de forma positiva para o sucesso
dos nossos trabalhos e melhorando a qualidade do ensino e da
aprendizagem das unidades”.

Professor Alison Cesar Sudario de Freitas,


Gestor da Etec Dr. Celso Charuri – Capão Bonito
de 2015 até a presente data

“O Centro Paula Souza está sempre em ritmo de moderni-


zação, como não poderia deixar de ser. O crescimento físico
já exigira mudanças fundamentais na estrutura administra-
tiva, pois em poucos anos, as Etecs se multiplicaram pelo
Estado, em mais de 100%, e hoje existem mais de 230 escolas,
além de outras tantas Classes Descentralizadas, em compa-
ração com uma década atrás, quando apenas uma centena
necessitava de atenção. A continuar no mesmo processo
administrativo, com certeza o Centro estaria hoje com uma
estrutura microcéfala e ultrapassada. De forma inteligente,
o Ceeteps se modernizou e descentralizou o seu atendimen-
to às Etecs. Hoje é possível direcionar tal atendimento para
todas as escolas, nos vários setores do Grupo de Supervisão
Educacional, assim como em toda Administração Central.
O encaminhamento de documentos e a manifestação das
dúvidas e problemas recebem um tratamento coerente e ra-
cional. Hoje, sou diretor iniciante, designado em 2015, mas
sou funcionário administrativo da unidade desde sua inau-
guração, em 2005, trabalhando na secretaria, oportunidade
em que fiz parte da equipe de gestão do ex-diretor Denis
Maurilio Maricato, que ocupou a função entre 2006 a 2015.
128 Na minha experiência anterior, como diretor acadêmico, eu
vivenciei muitas dificuldades no encaminhamento de docu-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

mentos e nas consultas aos setores do Centro, visto que os


trabalhos eram centralizados num setor único da Supervisão,
na Administração Central. Embora tivessem boa vontade, o
sistema não era satisfatório pelo acúmulo exagerado das res-
ponsabilidades. Essa situação mudou bastante. Atualmente,
tenho encontrado uma facilidade inédita no encaminhamento
de documentos e procedimentos ao GSE. Com a reformulação
das novas sedes regionais, houve também uma maior aproxi-
mação das Etecs com suas supervisões, e uma maior integra-
ção de projetos locais, serviços e ideias. Portanto, o atual mo-
delo instalado pelo GSE inovou as rotinas administrativas e
propiciou uma mudança positiva em todas as atividades de
apoio às Etecs. Com certeza, a nova performance representa
um avanço para o Centro Paula Souza e para a educação do
Estado de São Paulo e do Brasil”.
Supervisão Pedagógica Educacional
Regional GSP Noroeste
Professor Carlos Augusto de Maio,
Diretor de Etec São Paulo – São Paulo
de 2004 a 2012

“Durante o período em que estive à frente da Direção da Etec


de São Paulo, pude vivenciar os dois modelos de Supervisão.
O primeiro, onde um grupo de Profissionais extremamente
qualificados atendia a todas as Etecs, de forma centralizada,
o que em muitas situações, pelo grande número de Unida-
des a que atendiam, às vezes, não tinham como suprir todas 129
as solicitações das Unidades de Ensino. Cabe ressaltar que,

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


nesse período, aprendi muito com as orientações dos antigos
Supervisores. Com a implantação do novo modelo de Super-
visão, regionalizada, observa-se uma fase de aproximação
e atendimento mais adequado às demandas locais, dando
respostas mais imediatas às solicitações dos Diretores, agi-
lizando os processos, o que facilitou o retorno e as ações dos
gestores e sua equipe”.

Supervisão Pedagógica Educacional


Regional Campinas Sul Bauru
Professor Rodrigo de Barros Pagano,
Diretor da Etec de Lins
de 2008 a 2019

“Há anos, a Supervisão era centralizada em lugares de difícil


de acesso, pois ficava muito longe da Etec e os supervisores
não conheciam tanto a nossa realidade. O acesso era compli-
cado e a distância não era só física. Com a implantação da
Supervisão Regional, o acesso ficou muito mais dinâmico,
tendo ali um ponto de apoio, conhecedor do que precisamos e
de como funcionamos. Não há como negar que essa proximi-
dade nos fortalece e contribui para o sucesso de todos”.
Supervisão Pedagógica Educacional
Regional Araçatuba e Bauru

Professor Oci Jansen Branco,


Gestor da Etec Dr. Renato Cordeiro
Birigui de 2009 a 2019

“A Supervisão Regional veio a somar com a boa logística


criada pela proximidade de suas unidades (Escolas Técnicas),
pois se localizam a aproximadamente 170 km, favorecendo a
comunicação, o deslocamento para reuniões, capacitações,
130 eventos e orientações in loco”.
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Os processos educacionais evoluem. Novas exigências eclodem


direcionando as relações sociais, econômicas e políticas, conclaman-
do a escola a contribuir para a formação desse cidadão de maneira
que possa atuar, competente e proativamente, para que esse proces-
so de aprimoramento contínuo não se limite ou extinga. Mediante
isso, a antiga disposição dos mobiliários escolares, os conceitos es-
tudados e as estratégias de apropriação do conhecimento – inclusi-
ve da própria concepção do que é conhecimento – vão requerendo
novos olhares, novas posturas e o repensar dos ambientes escolares
e da própria função da escola.
A lousa e o giz contracenam hoje, necessariamente, com as
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TIDCs) e as
competências sociais assumem tanta importância quanto os demais
saberes propiciados no processo educacional. A Supervisão Edu-
cacional não passa por processo distinto. A abordagem feita pelos
diretores das Escolas Técnicas expressa muito bem o crescimento
da atuação supervisora e a relevância alcançada junto às escolas. A
estrutura centralizada, antes eficiente e correspondendo às expecta-
tivas, aos poucos tornou-se frágil e pouco efetiva, passou a invocar
um modelo que mais se adequasse à dinâmica da escola e ao pró-
prio crescimento institucional.
A aproximação da Supervisão Educacional das escolas, abrin-
do mão apenas da proposta de controle e intervenção, assumindo
uma postura colaborativa, apoiadora e direcionadora dos trabalhos,
materializando um processo de gestão democrática, participativa e
acolhedora, desencadeou resultados bem mais pujantes, garantindo
segurança, autoconfiança e amparo nos espaços regionais.
Vivemos um momento preciso em que a informação e a co-
municação devem ser ágeis, úteis e modeladoras de processos que
ascendam as relações interpessoais, contribuam para a solução de
conflitos, aprimorem a administração do tempo, otimizem a produ-
ção documental, subsidiem as equipes para providências emergen-
tes, dentre outras questões que mobilizam as Unidades Escolares.
A Supervisão Educacional passou a ser “semáforo” e “GPS”
indicando e monitorando os caminhos trilhados pelas Unidades Es-
colares. Este acompanhamento interativo apresentou implicações
na produtividade das escolas, incidindo em seus resultados – tanto 131
qualitativos, quanto quantitativos – e gerando um clima organiza-

Ontem e hoje: avanços da ação supervisora


cional amparado pela credibilidade, confiabilidade e compreensão
das diretrizes institucionais.
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

132
6. 133

O impacto sinérgico da regionalização


O impacto sinérgico
da regionalização na
ótica das Supervisões
Regionais e Áreas
de Gestão
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

134
A s atividades, na Gestão Supervisora, se tangenciam o tem-
po todo. Por essa razão, um supervisor acaba por acolher
e gerenciar diferentes ações que se aproximam, mas
também se distinguem por exigir olhares específicos. Como pode-
mos compreender a vida escolar do aluno sem a desvincularmos do
pedagógico, acadêmico e suas legislações? Vamos conhecer a ousa-
dia do Centro Paula Souza em estruturar Áreas para zelarem por
cada tema sem fragmentá-los.

6.1 Apreciação do contexto educacional e gestão de


resultados frente à regionalização da Supervisão
Pedagógica Educacional – Áreas e Regionais 135

O impacto sinérgico da regionalização


O Centro Paula Souza tem destaque no cenário nacional e in-
ternacional tornando-se cada vez mais uma instituição de referência
na oferta de educação Profissional pública e de qualidade. A expan-
são no oferecimento de cursos técnicos permitiu que muitas pes-
soas residentes em regiões mais distantes tivessem a oportunidade
de obter a tão desejada qualificação Profissional que até então era,
muitas vezes, inacessível.
Essa expansão trouxe consigo grandes desafios, especialmente
na perspectiva da gestão escolar, pois com o aumento quantitativo
de alunos, docentes e servidores, a necessidade de orientação e di-
recionamento das ações dos gestores escolares em relação à obser-
vância dos procedimentos legais e institucionais (administrativos/
pedagógicos) aumentaram exponencialmente.
Em meio a esses desafios, a regionalização do Grupo de Super-
visão Educacional por meio da criação das Supervisões Regionais, foi
ao encontro dessa necessidade e permitiu que as Etecs tivessem à sua
disposição e com maior proximidade, representantes da Administra-
ção Central aos quais poderiam dirigir suas dúvidas e obter as orien-
tações tão essenciais para o bom andamento das rotinas escolares.
No mesmo sentido, a criação das Área de Gestão Pedagógica,
Gestão de Legislação e Informação, Gestão de Vida Escolar e Gestão
de Pessoal viabilizaram um direcionamento para cada uma das equi-
pes técnicas de acordo com a especificidade do tema otimizando-se o
tempo no atendimento das necessidades.
Área de Gestão Pedagógica (Geped)
A Área de Gestão Pedagógica do Grupo de Supervisão Edu-
cacional atua por meio da orientação e acompanhamento das ativi-
dades pedagógicas e de gestão desenvolvidas nas Etecs, por meio
das 12 Regionais distribuídas no Estado de São Paulo, das quais é
responsável, sendo elas: Bauru e Araçatuba; Campinas Norte; Cam-
pinas Sul; GSP Noroeste; GESP Leste; GESP Sul e Baixada Santista;
Itapeva e Registro; Marília e Presidente Prudente; Ribeirão Preto;
São José do Rio Preto; Sorocaba e Vale do Paraíba,
Para um efetivo acompanhamento deste trabalho, mostra-se
evidente a importância das Supervisões Educacionais Pedagógicas
136 Regionais, uma vez que, por meio delas verifica-se um trabalho de
aproximação com as Unidades Escolares, considerando, inclusive
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

as peculiaridades de cada Etec.


Diante desse contexto, a Área de Gestão Pedagógica reúne-se
periodicamente com os 12 supervisores pedagógicos educacionais
que atendem o Estado de São Paulo visando a integração das ativi-
dades desenvolvidas por cada equipe, bem como, as trocas de ex-
periências. Nestes momentos, observa-se ainda reflexões que visam
tomadas de decisões sobre orientações a serem emanadas às Unida-
des Escolares.
A área busca atender todas as Unidades Escolares, respeitando
o arranjo produtivo local e as demandas vivenciadas por cada uma
delas, só se mostra possível, em decorrência da regionalização, caso
contrário, seria inviável conhecer as peculiaridades das 223 Uni-
dades Escolares, ao mesmo tempo que este trabalho abarca um fio
condutor que mantém uma mesma linha de pensamento visando a
qualidade do Ensino no Centro Paula Souza.
Pesquisa de satisfação realizada junto às Escolas Técnicas que
integram o Centro Paula Souza expressa, com suficiente clareza, as
efetivas contribuições da Área de Gestão Pedagógica, em especial no
que tange ao feedback e feedforward dado às Unidades Escolares.
GSE – GESLINF
O atendimento prestado é:

81,05%

10,53% 5,79%
2,63% 0,00% 0,00% 0,00%
Satisfeito (a)

moderadamente
satisfeito...

pouco
satisfeito(a)

pouco
insatisfeito(a)

moderadamente...

insatisfeito (a)

não tenho
como avaliar...
137

O impacto sinérgico da regionalização


Fonte: Dados dos próprios autores

Área de Gestão de Legislação e Informação (Geslinf)


A Área de Gestão da Legislação e Informação (Geslinf) tem
como atribuições o assessoramento à Diretoria do Grupo de Super-
visão Educacional, a Coordenadoria da Unidade do Ensino Médio e
Técnico e ao Gabinete da Superintendência quanto à interpretação,
aplicação e execução das normas educacionais que permeiam a ro-
tina das atividades-fim das Etecs.
O Geslinf também atende todas as Etecs e suas respectivas
Classes Descentralizadas, de forma a contribuir com a correta apli-
cação das normas legais aplicáveis à gestão educacional de forma
a manter a sintonia com os princípios constitucionais previstos na
Constituição Federal e demais normais infraconstitucionais.
Nesse contexto, a equipe do Geslinf elabora e disponibiliza às
Etecs material de apoio jurídico para a execução de suas atividades
educacionais (aquelas relacionadas à relação de ensino-aprendiza-
gem), com as atualizações necessárias.
É interessante observar também que o GSE/Geslinf dialoga
com todas as outras áreas do Grupo de Supervisão Educacional,
haja vista, em boa medida, muitas questões do ambiente educacio-
nal resvalarem em questões legais.
GSE – GEPES
As orientações recebidas são sempre:

65,26%

26,32%

5,26%
2,63% 0,53%

boas, muito objetivas, boas, mas necessitando incompletas, ruins, não não posso avaliar,
138 não deixando dúvidas de maiores necessitando conseguimos pois nunca fiz
quanto a execução esclarecimentos constantemente executar os trabalhos contato
dos trabalhos para execução dos esclarecimentos
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

trabalhos

Fonte: Dados dos próprios autores.

Área de Gestão de Pessoal (Gepes)


Para que sejam realizadas as apreciações técnicas previstas nas
legislações do Centro Paula Souza, e que visam dar atendimento
às especificidades das Etecs, é imperativa a compreensão das pe-
culiaridades de cada região de São Paulo, bem como a percepção
das necessidades de cada escola. Além da evolução tecnológica, o
dinamismo presente na atualização Profissional, gera um cenário
de constante transformação, que permite a atualização de procedi-
mentos e melhoria dos trâmites que envolvem as competências da
área de Gestão de Pessoal. É nesse contexto que a regionalização da
Supervisão Pedagógica Educacional contribuiu significativamente
na melhoria dos processos comunicacionais, assessorando a área na
identificação dos pontos de melhoria, bem como na emissão de pa-
receres preliminares, que subsidiam o trabalho da Supervisão como
um todo.
A Pesquisa de Satisfação, demonstrou o impacto da atuação da
Área de Gestão de Pessoal, sanando dúvidas, direcionando ações e
contribuindo para o desenvolvimento dos trabalhos afins.
GSE – GEPED
Os prazos de respostas às solicitações realizadas são:
54,21%

37,37%

7,89%
0,53% 0,00%

muito rápido, rápido suficiente demorado, ruins, não não posso avaliar,
acima das minhas para desenvolvimento prejudicando o conseguimos pois nunca fiz
expectativas dos trabalhos desenvolvimento executar os trabalhos contato
dos trabalhos 139

O impacto sinérgico da regionalização


Fonte: Dados dos próprios autores.

Área de Gestão de Vida Escolar


O processo de Regionalização da Supervisão permitiu que
a Área de Gestão de Vida Escolar desenvolvesse várias ativida-
des inovadoras e distintas nos últimos anos, tais como:

• regionalização de capacitações para Diretores de Serviço da


área acadêmica;
• capacitação de Coordenadores de Projeto que atuam nas
Regionais sobre registros escolares;
• reuniões departamentais para discussão de alterações legais
ocorridas;
• visitas técnicas às Etecs para tratar de problemas ou difi-
culdades especificas nos temas relativos à documentação
escolar ou registros, pudemos ainda desenvolver trabalhos
conjuntos com algumas Regionais;
• elaboração do caderno de orientações “Reflexões sobre pu-
nição de alunos” – em conjunto com Supervisor Regional de
São Jose do Rio Preto e área de legislação e Informação;
• sistematização das orientações, a partir da regionalização,
melhorando o fluxo de informação e reduzindo o retrabalho
e ampliando a compreensão das equipes escolares sobre as
peculiaridades da Educação Profissional e novas modalida-
des de ensino.

A agilidade e presteza no atendimento às demandas escolares


assegura o devido cumprimento das legislações vigentes e a sin-
tonia às diretrizes institucionais. Abaixo apresentamos quadro da
Pesquisa de Satisfação respondida pelas Escolas Técnicas e que evi-
dencia a relevância do trabalho da Área.

GSE – GEVE
Os prazos de respostas às solicitações realizadas são:
51,05%
140
42,11%
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

5,26%
1,58% 0,00%

muito rápido, rápido o suficiente demorado, muito demorado, não posso avaliar,
acima das minhas para desenvolvimento prejudicando o criando diversos pois nunca fiz
expectativas dos trabalhos desenvolvimento problemas para o contato
dos trabalhos desenvolvimento
dos trabalhos

Fonte: Dados dos próprios autores.

Supervisão Educacional Pedagógica Regional Bauru e Araçatuba


A Sede da Supervisão Educacional Bauru e Araçatuba está
localizada na cidade de Cafelândia a uma distância de 411 km da
capital. Esta Supervisão Regional gerencia 13 Escolas Técnicas e 30
Classes Descentralizadas, distribuídas em 29 municípios.
A equipe da Supervisão tem como propósito, dentre outras
atribuições, a formação em serviço, desenvolvimento de projetos,
análise dos indicadores escolares, aprimoramento das práticas pe-
dagógicas, uso das tecnologias digitais e de comunicação, com intui-
to de subsidiar a gestão escolar. Evidencia-se que com a realização
das ações da Supervisão Regional em conjunto com as Unidades Es-
colares, a obtenção de melhores resultados no Observatório Escolar
e na implementação dos procedimentos do Sistema Etec alinhados
às práticas pedagógicas de ensino. Por meio do acompanhamento e
orientação da equipe escolar, com foco na gestão democrática e par-
ticipativa, observa-se a implementação de resultados satisfatórios
na elaboração e desenvolvimento do Plano Plurianual de Gestão, no
atendimento das metas e desenvolvimento de projetos pedagógicos
e educacionais.

Supervisão Pedagógica Regional Campinas Norte


Sediada no munícipio de Leme – SP, na parte norte da Região
Administrativa de Campinas. Compõem a Regional 16 Etecs e 18
Classes Descentralizadas, em 29 municípios. Na experiência da Su- 141
pervisão Regional nos últimos 10 anos, pudemos observar o estrei-

O impacto sinérgico da regionalização


tamento das relações com as escolas sob dois aspectos. Um deles
aconteceu com as equipes escolares, nas visitas técnicas às Unidades
de Ensino, bem como nos contatos por e-mail, telefonemas e, mais
recentemente, nos grupos de WhatsApp. Foi se desenvolvendo
uma relação de respeito e confiança, que resultou na melhoria nos
registros, nas práticas e nos resultados obtidos no desenvolvimento
do processo de ensino-aprendizagem. O outro aspecto observado
foi no contato com as outras Regionais, bem como com as Áreas
do Grupo de Supervisão Educacional, por meio do fio condutor da
Diretoria de Departamento. Os objetivos comuns e as também di-
ficuldades compartilhadas no exercício das atribuições da função,
propiciaram um trabalho desenvolvido com mais segurança por to-
dos – Supervisores e suas Equipes Regionais. A ação simultânea de
vários atores causou um efeito conjunto muito mais consistente do
que seria obtido individualmente.

Supervisão Pedagógica Regional Campinas Sul


A Sede da Regional Campinas Sul localiza-se no município de
Campinas e abrange 16 Escolas Técnica e 20 Classes Descentraliza-
das, em 17 municípios. A regionalização da Supervisão Educacio-
nal favoreceu a aproximação com as Unidades Sede e suas Classes
Descentralizadas, atendendo as suas demandas de forma mais ágil,
pois conhecemos de perto as características de cada unidade. Nos
últimos anos, focamos as orientações para os Coordenadores Peda-
gógicos e Orientadores Educacionais, proporcionando maior prota-
gonismo destes, contribuindo para uma melhor gestão pedagógica
das unidades e suporte para Professores e alunos.

Supervisão Educacional Pedagógica Regional


Grande São Paulo Leste
A Supervisão Educacional Pedagógica Regional Grande São
Paulo Leste está sediada no município de São Paulo, compreende
25 Escolas Técnicas, sendo 20 delas na capital e 5 na região metro-
politana de capital, além de 23 Classes Descentralizadas. A atuação
142 da Supervisão se fundamenta na orientação e colaboração da me-
lhoria continuada das relações institucionais no processo de ensino
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

e aprendizagem. A Supervisão se destaca na atuação junto a Gestão


Escolar, com a equipe de direção, propondo diretrizes no desenvol-
vimento das atividades e processos escolares.
A regionalização contribuiu na aproximação das vivências e
socialização de boas práticas. A troca de experiências regionalmen-
te se intensifica nas relações entre escola/escola, escola/supervisão
e supervisão/escola. Com a proximidade fica garantida a identifi-
cação da natureza, da organização e do funcionamento da educação
escolar, fazendo a transferência de informações entre as unidades
escolares e Supervisão Educacional, além dos demais setores da
Administração Central do Centro Paula Souza, promovendo a valo-
rização do desenvolvimento humano e melhoria da gestão escolar.
Nesse contexto, o trabalho desenvolvido é fortalecido pela ri-
queza de informações que por meio de análise de indicadores in-
ternos e externos proporcionam a identificação de necessidades es-
pecíficas, com o propósito de auxiliar na melhoria do planejamento
das práticas escolares.
Essa nova situação beneficiou a equipe gestora na atualização
de conhecimentos e legislação, proporcionando segurança e agili-
dade na resolução de problemas educacionais, sejam administrati-
vos ou pedagógicos.
Supervisão Educacional Pedagógica Regional
Grande São Paulo Noroeste
A Sede da Supervisão Regional GSP Noroeste está sediada
no município de São Paulo. A Regional abrange 30 Etecs Sede e 12
Classes Descentralizadas.
Em se tratando de GSP Noroeste, pela facilidade do transpor-
te e pela proximidade das Unidades Escolares, houve o favore-
cimento da presença dos diretores, coordenadores pedagógicos e
orientadores educacionais na Sede da Supervisão, promoveu mais
e melhores momentos de orientação, reuniões para elaboração
dos projetos e o acompanhamento dos mesmos, a interface com as
143
áreas e na solução de problemas com diferentes demandas.
Essa proximidade promoveu uma melhoria significativa na

O impacto sinérgico da regionalização


relação de confiança dos atores na escola com os membros da equi-
pe de Supervisão, o que gradativamente, no caso desta regional,
contribuiu para o aumento da permanência do aluno, melhorando
ano a ano os resultados.

Supervisão Educacional Pedagógica Regional


Grande São Paulo Sul e Baixada Santista
A GSP Sul e Baixada Santista engloba 25 (vinte e cinco) Esco-
las Técnicas e 24 Classes Descentralizadas, localizadas na região
metropolitana do Grande ABC e da Zona Sul de São Paulo, além
da Baixada Santista, distribuídas em 20 municípios distintos.
Desde 2009, quando foi instituída, a atuação da Supervisão
Pedagógica Regional, tem-se mostrado como um instrumento efe-
tivo e determinante na condução dos processos de gestão e apren-
dizagem das Unidades de Ensino. Embora a atuação principal do
Supervisor esteja diretamente interligada às questões pedagógi-
cas, na maioria das vezes, estas possuem ecos em outros proces-
sos, principalmente os relacionados à gestão do Diretor e sua equi-
pe. Assim, a atuação do Supervisor Regional, tem se mostrado de
fundamental importância como um apoio às escolas, orientando,
acompanhando e intervindo sempre que necessário, de forma a
colaborar com a melhoria contínua dos resultados da Instituição.
Além disso, a proximidade física da regional com as escolas
possibilitou um trabalho de acompanhamento permanente pela
Supervisão, com visitas agendadas e/ou pontuais sempre que ne-
cessário. Estas visitas possibilitaram um maior alinhamento de pro-
cedimentos e minimização dos equívocos nas Unidades de Ensino,
pois, criou uma linha direta entre escola e Supervisor. Outro fator
importante foi a troca de experiências entre as Unidades propiciada
pela ação do Supervisor quando da realização de reuniões conjun-
tas. Antes desse processo via-se uma disputa velada entre algumas
escolas, porém, após o entrosamento entre Diretores e equipes das
diversas Unidades provocado por essas reuniões, esse panorama
foi modificado, sendo possível perceber práticas positivas disse-
144 minadas entre várias Etecs, ou seja, houve um ganho coletivo. Ou-
trossim, práticas negativas ou até mesmo inadequadas foram erra-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

dicadas com a atuação da Supervisão, pois, muito do que se fazia


equivocadamente mostrou-se, na maioria das vezes, ocorrer por
falta de conhecimento no assunto ou até mesmo pela dificuldade
de se obter respostas rápidas e efetivas na Administração Central.
A resolução de problemas apontadas em ouvidorias ou de-
núncias pôde acontecer em curto espaço de tempo, exatamente
pela proximidade existente com as escolas, bem como pelo alto
conhecimento de informações do cotidiano existente em cada Uni-
dade de Ensino.
Concluindo, todas as ações instituídas pela Supervisão Regio-
nal permitiram ampliar os índices de permanência dos alunos nas
escolas, contribuindo com qualidade e eficiência para a Educação
Profissional no Estado de São Paulo.

Supervisão Pedagógica Regional – Itapeva e Registro


A Supervisão Pedagógica Regional de Itapeva e Registro está
sediada em Itapeva, e conta com 9 Escolas Técnicas e 16 Classes
Descentralizadas.
A Supervisão Pedagógica Regional busca a aproximação com
as Unidades Escolares e suas Classes Descentralizadas visando o
acompanhamento e a orientação, temos como intenção um trabalho
coletivo e colaborativo e não de fiscalização. Partindo desta premis-
sa fica evidente a importância da regionalização das Supervisões
Pedagógicas, uma vez que a proximidade propicia o contato e a si-
nergia, permitindo diálogos constantes, participação em reuniões, o
que facilita o conhecimento da realidade das unidades.

Supervisão Pedagógica Regional – Marília


A Sede da Supervisão Regional localiza-se em Assis, com
22 Etecs e 34 Classes Descentralizadas, abrangendo um total de
47 municípios.
Quando a regionalização das atividades de supervisão come-
çou, esta reunia 13 escolas e cerca de 7600 alunos. No último ano de
2019, contabilizava 22 escolas e mais de 14.000 alunos. Esta expan-
são em quantidade e qualidade foi possível, por certo, pelo trabalho 145
de supervisão colaborativa e suporte prestado por esta Regional em

O impacto sinérgico da regionalização


sintonia com as diretrizes institucionais.
O papel da assessoria pedagógica e gestionária presencial, vi-
sitando e atuando junto às Etecs, foi muito importante nestes anos.
Atores como coordenadores pedagógicos, orientadores educacio-
nais e coordenadores de cursos, bem como os gestores de escolas
agrícolas e das cooperativas, tiveram suas posições consolidadas
durante este período sob a orientação direta da supervisão regional,
que apoiou as escolas na constituição de padrões de atendimento
ao aluno e ao Professor, no suporte às atividades pedagógicas e de
gestão escolar, que uma vez instaurados nas Etecs, acabaram sendo
incorporados à cultura escolar e ajustados à realidade local.

Supervisão Pedagógica Regional – Ribeirão Preto/Franca/Barretos


A Supervisão Regional Pedagógica Ribeirão Preto/Franca/
Barretos possui está sediada em Franca, localizada na região Nor-
deste do Estado de São Paulo, e atende 19 Etecs e 20 Classes Descen-
tralizadas, abrangendo 18 municípios.
Quando iniciada a regionalização da Supervisão com a pre-
missa de socialização das práticas pedagógicas, visitas técnicas,
acompanhamento e orientação das ações desenvolvidas pelos
coordenadores de curso, coordenadores pedagógicos e orientado-
res educacionais em parceria com a equipe gestora, houve melho-
rias significativas nos indicadores regionais. A orientação direta
e a socialização do saber pela supervisão norteiam as ações das
equipes das unidades escolares e estimulam a troca de experiên-
cias, contribuindo para o desenvolvimento da sistematização das
práticas pedagógicas com intercâmbio de informações e estas fo-
ram incorporadas a rotina escolar, estreitando as relações entre
escola e supervisão.

Supervisão Educacional Pedagógica Regional Sorocaba


A Supervisão Regional de Sorocaba atende 18 escolas técnicas e
30 Classes Descentralizadas distribuídas em 35 municípios.
As quatro regiões de Governo do Estado de São Paulo, que in-
146 tegram a Regional de Sorocaba, mostram que existem diferenças
sociais e econômicas da população atendida pelas escolas que estão
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

sob sua orientação, o que exige um trabalho de supervisão pedagó-


gica e educacional direcionado para as características de cada uma
delas. Considerando que a Educação é um processo social que ocor-
re nos espaços de convívio social e que as escolas estão inseridas nos
diferentes contextos sociais e, considerando ainda, que o objetivo da
Supervisão Regional é acompanhar e orientar as Escolas no desen-
volvimento da educação de forma que atenda às diretrizes institu-
cionais do Centro Paula Souza, respeitando e cumprindo a legisla-
ção educacional vigente, o trabalho regionalizado permite que haja
a necessária aproximação com os grupos sociais atendidos por cada
escola (gestores, funcionários, Professores, alunos e pais de alunos),
de forma que o perfil de cada um seja reconhecido e considerado no
trabalho de orientação pedagógica e educacional.
O trabalho regionalizado permite que haja a necessária apro-
ximação com os grupos sociais atendidos por cada escola (gestores,
funcionários, Professores, alunos e pais de alunos), de forma que
o perfil de cada um seja reconhecido e considerado no trabalho de
orientação pedagógica e educacional, otimizando a sistematizando
dos processos, mantendo o suporte às atividades pedagógicas por
meio dos diálogos constantes e participação em reuniões.
Supervisão Pedagógica Educacional do Vale do Paraíba
e Litoral Norte
A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte é
uma região formada por 39 municípios, sendo São José dos Campos
a cidade-sede desta região.
O trabalho das equipes regionais, visa a aproximação com a
realidade das equipes escolares, auxiliando nas práticas pedagógi-
cas, implementando projetos que propiciem o desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem, garantindo a melhoria da quali-
dade de ensino, ratifico, assim, a importância do trabalho do GSE.

147
Supervisão Regional de São José do Rio Preto, Barretos e Central

O impacto sinérgico da regionalização


A Supervisão Regional está sediada no município São José do
Rio Preto e atende a 16 Escolas Técnicas e 32 Classes Descentraliza-
das, em 37 municípios.
Partimos do princípio de que a regionalização deva ser com-
preendida a partir da reconfiguração do Grupo de Supervisão
Educacional. A criação e ativação das Áreas, isto é, Geslinf, Gepes,
Geve, Gaesc e Geped, favoreceram o atendimento ágil, direcionado
e pontuando as escolas, conforme suas especificidades, assim como
a geração de outras conexões com setores diversos da Administra-
ção, respeitando-se as demandas requeridas.
A ramificação da Geped em Regionais achegou a Administra-
ção Central ao cotidiano das Unidades Escolares, fossem elas Etecs-
Sede ou Classes Descentralizadas. Essa aproximação permitiu o mo-
nitoramento permanente e real dos processos e resultados obtidos
pelas escolas, a orientação precisa de acordo com as necessidades,
o acompanhamento da produção documental e práticas pedagógi-
cas. A ideia da Supervisão Presente nas escolas via visitas técnicas,
reuniões presenciais e online, assim como a avaliação permanente
dos indicadores incidiu na melhoria contínua das ações gestoras em
seus diversos níveis (gestão escolar, gestão pedagógica, gestão da
aprendizagem, etc.), contribuindo assim para seu sucesso escolar.
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

148
149

7. Para (não) Finalizar

Para (não) Finalizar


Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

150
E ste livro teve a pretensão de apresentar e delimitar o traba-
lho realizado pela Supervisão Educacional do Centro Pau-
la Souza junto à rede de escolas técnicas que administra.
Conforme foi possível discorrer pelas páginas que consolidaram
esta obra, a estrutura organizacional da Supervisão Educacional
passou por considerável evolução e atingiu importante dinamismo
por meio das configurações regionais e da formação de áreas que
atuam de maneira articulada, porém independentes, atendendo a
demandas específicas.
Na construção dessa proposta de uma ação supervisora capaz
de orientar, oportunizar e contribuir para o sucesso escolar dete-
mo-nos, nesta obra, a descrever as etapas de reflexão, amadure-
cimento, execução, acompanhamento e avaliação da instalação de 151
mecanismos pessoais e administrativos que propiciassem o desen-

Para (não) Finalizar


volvimento educacional nas Unidades Escolares.
O Capítulo 1 abordou a criação e organização do Centro Paula
Souza e trouxe um olhar mais conceitual sobre a ação supervisora
e a necessidade de uma nova ótica tanto nas atribuições quanto
nas atividades da Supervisão para, efetivamente, interagir com os
Profissionais que atuam nas escolas, muito além dos papéis e con-
tatos telefônicos, de forma a vivenciar, conhecer e antecipar situa-
ções a serem experenciadas ou resultados a serem atingidos. Nessa
perspectiva, conclui-se pela necessidade de mudanças estruturais
e organizacionais no modelo até então adotado.
O Capítulo 2 traduz a estrutura supervisora acolhida pelo
Centro Paula Souza por meio de Áreas de Gestão, suas conexões
e sistema de comunicação no sentido de informar e socializar as
ações, propostas, diretrizes, programas e políticas educacionais
junto às escolas. Também põe em relevo a organização interna das
escolas técnicas e os canais para subsidiarem suas atividades, tan-
to em consonância à Administração Central da Instituição, quan-
to as formas de acompanhamento, análise de resultados e tornar
possível o alcance dos objetivos e metas propostas. No desenrolar
do Capítulo, mostra-se inconteste a importância das Supervisões
Regionais no contexto escolar, como apoiadora da prática coletiva
e profissionalização das equipes e docentes por meio de visitas téc-
nico-pedagógicas, reuniões presenciais e virtuais, participação em
reuniões internas como o Conselho de Classe ou reunião pedagó-
gica, por exemplo, além do acompanhamento da produção docu-
mental e de indicadores de resultados.
O Capítulo 3 aprofunda-se na temática dos indicadores no
cotidiano escolar, suas contribuições e dinâmica de execução, re-
criando princípios e valores institucionais. Embora a prática pe-
dagógica, a aprendizagem dos alunos e a qualidade da formação
Profissional e acadêmica dos alunos sejam o alicerce de toda ação
supervisora, denota-se que ela se erige, articulando importantes
ações, em especial no que se refere ao estudo e atenção permanente
aos dados, informações e índices identificados pela equipe escolar,
tornando a tomada de decisões mais consistente e afinada aos reais
problemas existentes, sejam eles de natureza didático-pedagógica,
152 administrativa, infraestrutura ou documental.
Nessa toada, o Capítulo 4 apresenta as contribuições do traba-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

lho supervisor, definido pela atuação das Áreas de Gestão, obser-


vadas pelos resultados qualitativos e quantitativos constatados a
partir de indicadores institucionais como o WebSAI e Observatório
Escolar, o Banco de Dados da Cetec e demanda para o Vestibuli-
nho, além das taxas de permanência de alunos.
Tema complementado no Capítulo 5 e 6 ao estabelecer com-
parativos quanto aos avanços do trabalho supervisor nas escolas e
avaliação desses resultados.
Nesta esteira, o Grupo de Supervisão Educacional da Cetec
atua sobre três importantes aspectos da modernidade quais sejam:

• a necessidade de planejar as ações de forma integrada, a


partir da análise de indicadores e prever possíveis interven-
ções com foco em resultados;
• o favorecimento do desenvolvimento de registros ágeis e
dinâmicos, que constituam fonte de dados e informações,
gerando comunicação, diálogo e fomentando proatividade,
interação e incidência em melhoria contínua das escolas,
preparando o indivíduo para uma hierarquia democrática
e para o trabalho a partir de suas capacidades, além de en-
fatizar o espírito de disciplina, solidariedade e cooperação;
• abdicação de um status de isolamento, inacessibilidade e
função punitiva ou fiscalizadora para permear um sistema
de gestão supervisora que otimize o desempenho das esco-
las, assessorando, produzindo informações que subsidiam a
tomada de decisões, desafiando, instigando, questionando,
propiciando reflexões e orientando o trabalho pedagógico e
acadêmico com fins na formação Profissional de qualidade.

Procurou-se, adicionalmente, analisar os impactos da atuação


da Supervisão Educacional junto às Unidades Escolares. O modelo
de Supervisão implantado consolidou nova cultura organizacional
e os resultados conquistados mostraram-se consistentes, passíveis
de avaliações da crescente demanda para os cursos, da permanên-
cia dos alunos nos cursos, e da melhoria no desempenho pedagógi-
co das Etecs por meio de instrumentos institucionais, como o Obser-
vatório Escolar e o WebSAI, citados. 153
A Supervisão Educacional, em particular a Supervisão Re-

Para (não) Finalizar


gional, estabelece o principal elo entre a escola (seus ambientes de
aprendizagem, sua proposta pedagógica, sua concepção de ensino e
de aprendizagem, seu paradigma de formação profissional, as pes-
soas que a mobilizam etc.) e a Instituição (sua missão, sua visão,
seus objetivos e metas, valores, sua filosofia institucional etc.), pe-
rante as inúmeras exigências de formação que emergem no cenário
socioeconômico e político, reclamando novas competências, habili-
dades e aptidões, tanto dos alunos quanto dos docentes.
Mediante isso, é salutar recorrermos à etimologia da palavra
“supervisão” – que é composta pela junção de duas palavras: su-
per (sobre) e visão (ação de ver). Assim, conclamamos José Sara-
mago: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”21. O trabalho do
supervisor é o desenvolvimento contínuo do reparar, de apurar sua
atenção e ler nas entrelinhas, perceber o óbvio diante de uma teia
de informações e delinear um caminho, com a claridade suficiente
para que possa ser percebido por todos. Ao supervisor cabe a ação
de ver, e não apenas ver, mas antever. Ter a sensibilidade de inter-
pretar situações e fatos para melhor nortear as escolas na solução
dos emergentes problemas pedagógicos que se erigem inusitados,
inesperados ou pacientemente aguardados.
No caso de uma Escola Técnica, sua visão deve alinhar o que
ocorre “dentro” com as conexões que se estabelecem “fora”. A
21
Epígrafe do “Ensaio sobre a cegueira”, citando o “Livro dos Conselhos”
de El-Rei D. Duarte.
Escola Técnica se estrutura a partir de múltiplas relações com a
comunidade local e regional, com as empresas e com os arranjos
produtivos, tendências e oportunidades. Compete ao supervisor
uma visão holística, integrada, globalizada para que oriente e in-
terfira, de forma positiva, nas atividades escolares que se mode-
lam, desde as intrínsecas à sala de aula – deturpações das ações
pedagógicas, falseamento nas relações entre Professor e aluno ou
Professor-Professor, desnaturação da proposta do curso ou forma-
ção Profissional, contradições existentes entre o fazer pedagógico
e a proposta pedagógica – até os procedimentos relacionados à
formação do docente, ao desenvolvimento de reuniões, ao cum-
primento curricular e ao fomento da relação escola-empresa, ten-
154 do-se em vista tanto a formação Profissional propriamente dita
como a empregabilidade desse aluno.
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Em relação aos trabalhos futuros do GSE, podemos delinear


algumas ações que já se alicerçam por meio do trabalho integrado
e coletivo:

• dinamização dos processos de informação e comunicação


entre as Áreas, Áreas e Regionais e inter-regionais por meio
de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
(TIDCs), visando maior horizontalidade, celeridade e ma-
nipulação de temas que urgem ser debatidos, além da toma-
da de decisões conjuntas. Um dos procedimentos a serem
intensificados é a web conferência já em uso pela Supervisão
Educacional;
• sistematização do uso de indicadores pelas Escolas Técni-
cas, tornando a prática habitual e constante para monito-
ramento de cursos, avaliação de resultados escolares,
(re)direcionamento do trabalho pedagógico, proposição de
cursos e projetos, dentre outras ações integrantes do âmbi-
to escolar;
• fomento de entrosamento consistente entre escola e empresa
de maneira a manter os currículos atualizados, a formação
Profissional interativa, abarcando as expectativas do mer-
cado e as diretrizes escolares, enriquecendo a relação
teoria-prática e sinalizando a necessidade de novos Profis-
sionais e novas Profissões;
• atuação para remodelagem de paradigmas educacionais re-
construindo e diversificando ambientes de aprendizagem,
concepções tradicionais do processo de ensino e de aprendi-
zagem, demarcando novos territórios de exploração para a
formação Profissional e acadêmica de alunos e docentes;
• valorização do treinamento, instrumentalização e formação
continuada das Equipes Gestoras das Escolas Técnicas, em
conjunto com o Centro de Capacitações da Coordenadoria
de Ensino Técnico e Médio, em especial voltados para o
planejamento estratégico, competências empreendedoras,
coaching educacional para a gestão escolar, dentre outros.

Naturalmente, o espaço escolar é dinâmico e, muitas vezes, 155


apresenta movimentos imprevisíveis, exigindo ações inusitadas,

Para (não) Finalizar


intervenções ágeis e novos direcionamentos. Assim, as propostas
acima podem sofrer alterações e a Supervisão Educacional precisa
estar aberta e preparada para isso.
Vivemos um momento ímpar da escola, do ensino e da edu-
cação. Vários paradigmas são filtrados pelo crivo da razão e se en-
trelaçam com as atuais expectativas de formação pessoal, acadêmi-
ca e Profissional, enquanto outros conceitos recuam no tempo de
maneira alarmante, demonstrando que a evolução tecnológica nem
sempre acompanha o avanço da mentalidade humana. Ensinar ou
educar? Ensinar o quê? Para quê? Para quem? Conceitos, algumas
vezes, tratados de forma ampla, mas que certamente possuem di-
mensões próprias.
Uma sociedade que se instaura repleta de “dualidades e opo-
sições, de um lado, movimentos importantes de respeito à diversi-
dade, a igualdade, a solidariedade, e de outro, a violência precon-
ceituosa, discriminatória e vexatória, de forma explícita ou velada,
preparando caminhos para construir um novo pensamento, um
novo comportamento e o fortalecimento da cidadania, num pro-
cesso inconsciente e irrefletido, muitas vezes amparado por jargões
que evidenciam a ignorância em plena era do conhecimento.
A escola, como um fragmento dessa sociedade, se revela nesse
impasse, ora plugada no mundo globalizado, ora recorrendo a mo-
delos tradicionais dos quais – muitas vezes – tem dificuldade de se
desfazer. Por sua vez, se evidencia a questão do ensinar. O que ensi-
nar, considerando que a informação está acessível. O conhecimento
prolifera, embora muitas vezes intangível em faces camaleônicas de
que tudo está pronto e terminado, ou em configurações conformis-
tas de que as coisas são assim ou de que alguém fará por mim.
Nessa perspectiva, é desafiador acreditar que é possível sele-
cionar conhecimentos que sejam mais pertinentes ao momento em
que vivemos, assim como técnicas e estratégias didáticas que se
harmonizem com perfil discente e com competências a serem de-
senvolvidas. Algumas instituições recorrem às técnicas para resolu-
ção de problemas, outras para o desenvolvimento de competências
pessoais e Profissionais e outras ainda se valem da construção do
conhecimento ou se firmam na conhecida “decoreba”, mobilizan-
156 do alunos e Professores para o que julgam correto. E talvez todas
estejam corretas em seus conceitos. Talvez todas ainda busquem o
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

melhor caminho para a condução de seus aprendizes.


Talvez ainda o cerne da questão não esteja no conteúdo e sim
no desenvolvimento de atitudes, comportamentos, crenças e va-
lores que propiciem a esses indivíduos a predisposição para a vi-
vência de uma vida plena, o exercício amplo da cidadania e a auto
realização pessoal e Profissional.
Assim se estrutura e reestrutura a ação supervisora, cami-
nhando entre o ontem e o hoje, com vistas no amanhã que tão
cedo se aproxima.
157

8. Referências

Referências
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

158
AGUIAR JUNIOR, Orlando. Mudança conceitual em sala de
aula: o ensino de ciências numa perspectiva construtivista. 1995. 1
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160 Trad. e notas, Flávia Nascimento.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, re-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

formar o pensamento. 7. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2002. 128 p.


Tradução de Eloá Jacobina.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do
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<http://dobuscadireta.imprensaoficial.com.br/default.aspx?Da-
taPublicacao=19750206&Caderno=Poder Executivo&NumeroPagi-
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SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 7510, de 30 de janeiro de
1976. Reorganiza A Secretaria de Estado da Educação. São Paulo,
SP, 30 jan. 1976. p. 8-9. Disponível em: <http://dobuscadireta.
imprensaoficial.com.br/default.aspx?DataPublicacao=19830804&-
Caderno=Poder Executivo&NumeroPagina=8>. Acesso em: 27
mar. 2017.
SÃO PAULO. Secretaria Estadual de Educação. Conselho Es-
tadual de Educação. Deliberação CEE nº 01, de 02 de fevereiro de
1999. Fixa Normas Para Autorização de Funcionamento de Estabe-
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Profissional de Nível Técnico, no Sistema Estadual de Ensino de
São Paulo. São Paulo, SP, Disponível em: <http://siau.edunet.
sp.gov.br/ItemLise/arquivos/notas/delcee1_99.html>. Acesso 161
em: 27 mar. 2017.

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Dispõe sobre revalidação de diplomas e certificados expedidos por
instituições estrangeiras. São Paulo, SP, Disponível em https://
iage.fclar.unesp.br/ceesp/textos/2003/620-01.doc. Acesso em: 27
mar. 2017.
SÃO PAULO. Secretaria Estadual de Educação. Resolução
SE 108, de 25 de junho de 2002. Dispõe sobre a informatização do
sistema de publicação de nomes de alunos concluintes de estudos
de nível fundamental e médio, bem como de registro de diplomas
e certificados. São Paulo, SP.
SÃO PAULO. Secretaria Estadual de Educação. Resolução SE
21, de 5 de fevereiro de 1988. Dá nova redação aos §§ 2° e 3°, do
artigo da resolução SE 25/81 que dispõe sobre documentos escola-
res. São Paulo, SP.
SÃO PAULO. Secretaria Estadual de Educação. Resolução SE
210, de 26 de agosto de 1993. Dispõe sobre delegação de competên-
cia para exercer supervisão de ensino nas Escolas Técnicas Esta-
duais jurisdicionadas ao Centro Educacional Tecnológico Paula
Souza e dá providências correlatas. São Paulo, SP.
SÃO PAULO. Secretaria Estadual de Educação. Resolução SE
78, de 07 de novembro de 2008. Dispõe sobre delegação de com-
petência para exercer supervisão de ensino em instituições que
especifica. São Paulo, SP.
SÃO PAULO. Secretaria Estadual de Educação. Resolução SE.
Resolução SE 25, de 9 de fevereiro de 1981. Dispõe sobre Docu-
mentos Escolares. São Paulo, SP.
SENGE, Peter. A Quinta Disciplina: arte e prática da organi-
zação que aprende. 19 ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2005. 644 p.
Tradução de Gabriel Zide Neto.
SILBERMAN, Mel. Active Learning: 101 Strategies to Teach
Any Subject. Prentice-Hall, PO Box 11071, Des Moines, IA 50336-
1071, 1996. 189 p.

162
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados
163

9. Anexos

Anexos
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

164
Resolução SE – 78, de 7-11-2008
Dispõe sobre delegação de competência para exercer supervisão de en-
sino em instituições que especifica

A Secretária da Educação, à vista do que lhe representou o


Chefe de Gabinete e considerando o disposto no parágrafo único
do artigo 2º da Deliberação CEE nº 1/99, que revogou expressa-
mente a Deliberação CEE nº 26/86, resolve:
Artigo 1º – Fica mantida a supervisão de ensino delegada pela
Secretaria de Estado da Educação, às instituições criadas por leis
específicas, de que trata o parágrafo único do art. 2º da Deliberação
CEE nº 1/99. 165
Artigo 2º – Esta resolução entra em vigor na data de sua publi-

Anexos
cação, revogadas as disposições em contrário, em especial as Reso-
luções SE nºs 16/79, 30/81 e 132/95, e retroage seus efeitos a partir
de 23.3.1999.

Notas:
Revoga a Res. SE nº 16/79, à pág. 130 do vol. VII;
Revoga a Res. SE nº 30/81, à pág. 346 do vol. XI;
Revoga a Res. SE nº 132/95, à pág. 148 do vol. XXXIX;
Del. CEE nº 1/99, à pág. 179 do vol. XLVII;

___________________________________________________________

Portaria Ceeteps-GDS 905, de 22-12-2014


Estabelece normas, procedimentos e autorização para
a divisão de classes em turmas das aulas práticas em
laboratórios, setores produtivos e outros ambientes
didáticos onde se desenvolvam práticas Profissionais.

A Diretora Superintendente do Centro Estadual de Educação


Tecnológica Paula Souza, expede a presente portaria, visando definir
normas, procedimentos e autorização para divisão de classes em tur-
mas das aulas práticas em laboratórios, setores produtivos e outros
ambientes didáticos onde se desenvolvam práticas Profissionais.
Artigo 1º – As divisões de classes em turmas somente serão au-
torizadas para os componentes curriculares que contemplam carga
horária de aulas práticas constantes em plano de curso, ministradas
em laboratórios, setores produtivos e outros ambientes didáticos
onde se desenvolvam práticas Profissionais, para classes de no mí-
nimo 30 alunos matriculados e frequentes, desde que haja dispo-
nibilidade de espaço físico, de equipamentos e corpo docente, ou
ainda, por solicitação de instituições parceiras e conveniadas para
fins de estágio supervisionado obrigatório.
§ 1° – Cada classe poderá ser dividida em no máximo 02
(duas) turmas, exceto as habilitações técnicas com necessida-
des específicas que serão objeto de Instrução Cetec e análise
166 por parte do Coordenador do Ensino Médio e Técnico.
§ 2° – Não será autorizada divisão de classes em turmas para
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

aulas teóricas, bem como para as disciplinas projeto do Ensi-


no Médio, sendo vedada a atribuição das mesmas.

Artigo 2º – A divisão de classes em turmas deverá ser soli-


citada pelo Diretor da Unidade de Ensino semestralmente para
Habilitações Profissionais Técnicas e Especializações Profissionais
Técnicas e, anualmente para as Habilitações Profissionais de Téc-
nico Integrado ao Ensino Médio, observado o período fixado pela
Unidade do Ensino Médio e Técnico, com número de alunos para
o semestre/ano seguinte, tanto para as Habilitações Profissionais
de Técnico Integrado ao Ensino Médio, quanto para as Habilitações
Profissionais Técnicas e Especializações Profissionais Técnicas.

Artigo 3º – A Unidade de Ensino deverá aguardar o retorno das


planilhas devidamente autorizadas pela Diretora Superintendente,
para posterior atribuição das aulas de divisão de classes em turmas.
§ 1° – A atribuição de aulas de divisão de classes em turmas
deverá atender ao artigo 1° desta Portaria.
§ 2° – O não cumprimento do disposto nesta Portaria implica-
rá em responsabilidade administrativa e funcional do Diretor
da Unidade de Ensino.
§ 3° – Depois de autorizadas e atribuídas as aulas de divisão
de classes em turmas, caso os critérios e motivos para essa au-
torização deixarem de existir, deverá o diretor da Unidade de
Ensino informar, por meio de ofício, em até 16 (dezesseis) dias
após o início do semestre letivo, o Coordenador da Unidade
de Ensino Médio e Técnico, as providências tomadas relativas
à alteração da atribuição dessas aulas, sob as penas do pará-
grafo 2º, do artigo 3º desta Portaria.

Artigo 4º – Os casos omissos, bem como a expedição de nor-


mas complementares a esta Portaria serão tratados pelo Coordena-
dor da Unidade de Ensino Médio e Técnico.

Artigo 5º – Esta Portaria entra em vigor na data de sua publi-


cação, revogando-se as disposições em contrário, especificamente a
Portaria Ceeteps – 437, de 3-12-2008. 167

Anexos
(Expediente 436/2014-Ceeteps)

___________________________________________________________

INSTRUÇÃO CONJUNTA CETEC/URH Nº 001, DE 05/03/2012


Estabelece procedimentos para orientar e regulamentar
o cumprimento das organizações curriculares dos cur-
sos oferecidos nas Etecs e os respectivos pagamentos.

Os Coordenadores Técnicos das Unidades de Ensino Médio e


Técnico e de Recursos Humanos do Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza, à vista do que dispõem:
• a Legislação Trabalhista;
• a Lei Federal nº 9394/1996, em especial as incumbências
previstas nos incisos III e IV do artigo 12 e incisos II e V do
artigo 13;
• o Regimento Comum das Escolas Técnicas Estaduais do
Ceeteps; e
• as Diretrizes Gerais para cumprimento dos currículos dos
cursos da Educação Profissional e de Ensino Médio, expe-
dem a presente instrução;
1. O cumprimento das organizações curriculares dos cursos de Edu-
cação Profissional e Ensino Médio, em atendimento à legislação vi-
gente, far-se-á mediante:
I. o desenvolvimento do processo de ensino-aprendiza-
gem para os conteúdos curriculares para cada compo-
nente no respectivo plano de curso;
II. cumprimento da carga horária prevista para cada curso; e
III. cumprimento dos dias letivos quando a legislação exigir.

1.1. Para fins do disposto neste item, a Direção autorizará a


ministração de aulas a título de reposição ou substituição.

168 2. Para cumprimento de aulas no horário normal das classes e tur-


mas, a Direção autorizará a ministração de aulas:
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

I. em substituição ao Professor do componente curricu-


lar, na ausência ou impedimento deste;
II. em caráter excepcional, durante a ocorrência de claro
docente, por Professor, conforme alíneas de “a” a “h”,
do item 3.2.3, da Instrução Cetec 001/2010.

3. A direção autorizará a reposição das aulas não dadas, ouvida a


respectiva coordenação de área, respeitada a organização da UE, os
direitos dos alunos e a legislação trabalhista, observado que:
I. Na impossibilidade da reposição ser feita pelo pró-
prio Professor, o diretor poderá autorizar que outro
Professor da área faça a reposição das aulas em cará-
ter de substituição.
II. O Professor não poderá ministrar, em caráter de subs-
tituição ou reposição, as aulas das quais se encontre
afastado, exceto nos afastamentos previstos em lei
(exemplos: licença-saúde, gestante, nojo, gala).

4. As unidades de ensino elaborarão mapas de controle acadêmico


(Anexo II) das aulas previstas, dadas e repostas, por curso, com-
ponente curricular, classe e turma, de periodicidade mensal, con-
tendo:
I. aulas previstas, dadas e respostas até a data, indican-
do o déficit de aulas apurado;
II. cronograma com: datas; horários e número de horas-aula;
III. assinatura do Professor responsável pela reposição
ou substituição e do coordenador de área; e
IV. autorização do Diretor de Escola Técnica.

5. As aulas repostas ou ministradas em substituição serão registra-


das separadamente, para fins acadêmicos e de pagamento.
5.1. O registro acadêmico será realizado nos diários da/de classe
e conterá as indicações pertinentes a toda aula ministrada.
5.2. O registro da reposição/substituição far-se-á mediante
a assinatura da folha de frequência conforme modelo da
URH, constante do Ofício Circular nº 31/2006 – CRH, de
22/11/06, atestando o comparecimento do Professor no 169
horário de trabalho da reposição/substituição.

Anexos
5.3. O registro acadêmico não substitui o registro da folha de
frequência de reposição/substituição e vice-versa.

6. A fim de normatizar as ocorrências para remunerar as aulas em


reposição/substituição, obedecido o disposto na presente Instru-
ção, será considerada:
I. Reposição de Aulas: aulas dadas pelo próprio Professor
do componente curricular, não ministradas nas datas
e horários previstos;
II. Reposição por Claro Docente: as aulas que deixaram
de ser ministradas em virtude de claro docente (rescisão
de contrato de trabalho, falecimento, redução voluntária
de carga horária, cursos novos, etc.);
III. Substituição:
a. as aulas dadas em substituição a Professor do compo
nente curricular, ministradas no horário normal de
aulas da classe. (Ex.: um determinado Professor se
ausenta e outro docente ministra as aulas no próprio
dia e horário);
b. excepcionalmente, as aulas dadas em substituição a
Professor do componente curricular, ministradas fora
do horário normal das aulas e de trabalho do Profes-
sor substituto.
7. Será remunerado, a título de reposição ou substituição, o número
de aulas trabalhadas pelo Professor fora do horário de aula e deverá
ser encaminhado à URH o Boletim de Dados de Pagamento – BDP
para lançamento do sistema de folha de pagamento.
7.1. Para fins de cumprimento das organizações curricu
lares e de remuneração previstos nesta Instrução
Conjunta, as aulas dadas a título de reposição ou substi-
tuição, somente serão remuneradas mediante registro
das atividades e controle de frequência de alunos.

8. A Direção deverá:
I. divulgar por meio do endereço eletrônico www.cpsCetec
170 com.br, link Supervisão Educacional, Gestão Pedagógica,
Divisão de Classes em Turmas, Anexo III, no início de todo
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

semestre letivo, até 5 de fevereiro (1º semestre) e 30 de julho


(2º semestre), o quadro geral de aulas (Anexo III) da Etec,
incluindo as aulas remuneradas por afastamentos, horas de
atividade específica sem afastamento e aquelas decor-
rentes da divisão de classes em turmas autorizadas;
II. encaminhar, referente ao mês findo, até o quinto dia útil do
mês subsequente, à Cetec, por meio de planilha eletrôni-
ca, as aulas previstas, as aulas previstas de divisão de clas-
ses em turmas autorizadas, aulas dadas, aulas para com-
plemento das bases tecnológicas e competências, aulas
não dadas, aulas repostas ou em substituição remunera-
das, aulas repostas ou em substituição não remuneradas,
aulas não dadas e aulas não repostas no mês, por curso,
série/módulo, turno, indicando os motivos (Anexo IV).

9. Para fins de pagamento das aulas, a Unidade de Ensino deverá


encaminhar o Boletim de Dados de Pagamento – BDP, com o V/D
correspondente a:
• 002700 – Operação 8 – Natureza N – HORA AULA – 2º
GRAU – REPOSIÇÃO – quando se tratar de situações
previstas no subitem 6.I (informar a quantidade de h
ras-aula ministradas durante o respectivo mês).
• 002730 – Operação 8 – Natureza N – HORA AULA – 2º
GRAU – REPOSIÇÃO POR CLARO DOCENTE – qua
do se tratar de situação prevista no subitem 6.II (informar
a quantidade de horas-aula ministradas durante o re
pectivo mês). 002707 – Operação 8 – Natureza N – SUB
TITUIÇÃO DE PROFESSOR HA – 2º G – quando se tr
tar de situações previstas no subitem 6.III (informar a
quantidade de horas-aula ministradas durante o respe
tivo mês).

10. Para o cumprimento do currículo por motivo de ausência do


docente para participar de eventos (reuniões, encontros, cursos de
capacitação e outros de interesse da Administração), a UE organiza-
rá as atividades letivas, obedecendo a seguinte ordem preferencial:
a. troca de horário com outro docente; 171
b. aplicação de atividades preparadas pelo docente com

Anexos
supervisão de pessoal indicado pela direção ou coorde-
nadores, à exceção do auxiliar de docente;
c. aulas ministradas por outro docente, no mesmo horário
das aulas da turma, mediante pagamento em caráter de
substituição.
10.1. Na impossibilidade da ocorrência das alternativas

acima, a direção da(s) unidade(s), nas quais o docen
te tenha aula no dia do evento, não autorizará a sua
participação, para evitar prejuízo aos alunos.
10.2. Não será permitido o pagamento da reposição ao

docente que participou do evento.

11. Os documentos indicados nesta Instrução, incluídos os mapas de


controle (Anexo II) e planilhas (Anexo IV), deverão estar disponíveis
na Escola para verificação da Cetec ou URH a qualquer tempo.

12. Fica revogada a Instrução Conjunta Cetec/CRH nº 001, de


12/7/2005.

Almério Melquíades Araújo Elio Lourenço Bolzani


Coordenador de Ensino Médio e Técnico Coordenador Técnico da URH

___________________________________________________________
DELIBERAÇÃO CEETEPS 18, DE 16-07-2015
Dispõe sobre a atividade de Coordenador de Projetos Res-
ponsável pela Orientação e Apoio Educacional nas Escolas
Técnicas Estaduais do Ceeteps

A Presidente do Conselho Deliberativo do Centro Estadual de


Educação Tecnológica Paula Souza, no uso de suas atribuições re-
gimentais, e à vista do aprovado na 519ª Sessão, realizada em 16-07-
2015, em face do contido na Lei Complementar 1.044, de 13-05-2008,
alterada pela Lei Complementar 1.240, de 23-04-2014, e no Regimento
Comum das Escolas Técnicas Estaduais-Etecs, aprovado pela Delibe-
172 ração Ceeteps-3, de 18 de julho, publicada em 28-08-2013, DELIBERA:
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Artigo 1º – O Professor Coordenador de Projetos Responsável


pela Orientação e Apoio Educacional é o Profissional que promove
o desenvolvimento de uma ação educacional coletiva, cujas princi-
pais atribuições são:
I. participar de reuniões pedagógicas, de curso e da equipe
gestora, além dos demais eventos escolares;
II. colaborar com a formação permanente do corpo discente,
no que diz respeito aos valores e atitudes, promovendo
atividades que levem o aluno a desenvolver a compreen-
são dos direitos e deveres da pessoa humana, do cida-
dão, do Estado, da família e dos demais grupos que com-
põem a comunidade, por meio de participação dos alu
nos nos órgãos colegiados, tais como Conselhos de Clas-
se e Escolares, Grêmio Estudatil, Cooperativas, represen-
tação da classe e comissões;
III. acompanhar os casos encaminhados pela direção ao
Conselho Tutelar;
IV. mediar às relações interpessoais entre os alunos e a escola;
V. assistir alunos que apresentam dificuldades de ajusta
mento à escola, problemas de rendimento escolar e/ou
outras dificuldades escolares, especialmente na recupe-
ração e nos casos de progressão parcial, por meio de
gerenciamento e coordenação das atividades relaciona-
das com o processo de ensino-aprendizagem;
VI. colaborar com a Unidade de Ensino a fim de garantir as
informações sobre a vida escolar dos alunos, encami-
nhando dúvidas e questionamentos aos órgãos e servi-
dores competentes;
VII. reunir-se com pais e responsáveis;
VIII. interagir com o Coordenador de Projetos Responsável
pela Coordenação Pedagógica e com o Coordenador de
Curso, auxiliando-os na tarefa de fazer com que o corpo
docente compreenda o comportamento dos alunos e
das classes;
IX. organizar, junto a Diretoria de Serviços – Área Acadêmi-
ca, dados estatísticos referentes à frequência e rendi-
mento dos alunos; 173
X. buscar a cooperação dos educandos, orientando-os

Anexos
quanto as suas escolhas, relacionamento com os colegas e
Professores e vivências familiares;
XI. colaborar na elaboração e execução da proposta do Pro
jeto Político Pedagógico e do Plano Plurianual de Gestão;
XII. favorecer a articulação entre a vivência do aluno em sua
comunidade os temas abordados em sala de aula,
contextualizando a aprendizagem;
XIII. desenvolver nos alunos hábitos de estudo e organização,
planejando atividades educacionais de forma integrada,
com a finalidade de melhoria do rendimento escolar;
XIV. planejar e implementar ações referentes à inclusão de
alunos com deficiência, com apoio dos demais departa-
mentos da administração central;
XV. colaborar com demais demandas que contribuam com
a formação plena das competências, habilidades, atitu-
des e valores discentes dos cursos.

Artigo 2º – Para se inscrever como Professor Coordenador de


Projetos Responsável pela Orientação e Apoio Educacional, o can-
didato deve preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I. Ser docente contratado por prazo indeterminado.
II. Estar em exercício no Ceeteps por no mínimo três (03) anos.
III. Ser portador de licenciatura.
IV. Estar qualificado em processo específico.
Artigo 3º – O processo para qualificação do Professor Coor-
denador de Projetos Responsável pela Orientação e Apoio Educa-
cional envolve duas etapas, sendo a primeira consubstanciada em
processo de qualificação, a ser organizado pela Unidade do Ensino
Médio e Técnico e a segunda na unidade escolar, segundo instru-
ções a serem expedidas pela Unidade do Ensino Médio e Técnico.

Artigo 4º – A Unidade do Ensino Médio e Técnico fixará os pa-


râmetros para cálculo de horas atividade específicas semanais, para
o exercício da atividade de Professor Coordenador de Projetos Res-
ponsável pela Orientação e Apoio Educacional, entre 20 e 40 HAES,
calculadas na sua respectiva categoria.
174 § 1º – O número de HAEs somado ao número de horas-aula e de HAE-
Outros não poderá ultrapassar o limite de 200 (duzentas) horas mensais.
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

§ 2º – O Professor Coordenador de Projetos Responsável pela


Orientação e Apoio Educacional, no exercício de suas atribuições,
poderá afastar-se de sua carga horária, que vinha ministrando, em
quantidade equivalente as HAEs aprovadas para o seu projeto, des-
de que haja substituto habilitado.
§ 3º – As funções desempenhadas pelo Professor Coordenador
de Projetos Responsável pela Orientação e Apoio Educacional, de-
verão ser cumpridas em todos os horários em que a Unidade de
Ensino ofereça cursos, observando a legislação trabalhista.

Artigo 5º – A designação para o exercício da função de Profes-


sor Coordenador de Projeto Responsável pela Orientação e Apoio
Educacional dar-se-á pelo prazo de um (01) ano, podendo o docente
ser reconduzido, a cada ano, sucessivamente, por proposta de recon-
dução da Direção da Escola Técnica, desde que cumpridas suas atri-
buições indicadas no artigo 1º desta Deliberação e tenha seu projeto
e relatório aprovados pelo Coordenador do Ensino Médio e Técnico.
§ 1º – As designações iniciais bem como as reconduções terão
como termo inicial a data do 1º dia útil de fevereiro e término em 31
de janeiro do ano subsequente.
§ 2º – Precede à designação, a apresentação do Projeto de
Orientação e Apoio Educacional, para o Diretor da Escola Técnica,
documento este que deverá ser encaminhado à Unidade do Ensino
Médio e Técnico – Cetec.
§ 3º – A Direção da Escola Técnica deverá encaminhar o relató-
rio do Professor Coordenador de Projetos Responsável pela Orien-
tação e Apoio Educacional à Unidade do Ensino Médio e Técnico
(Cetec), no período previsto em Instrução expedida pela Unidade
do Ensino Médio e Técnico (Cetec).
§ 4º – Enquanto o projeto e o relatório não forem aprovados,
possíveis recondução ou nova designação ficarão suspensas.

Artigo 6º – O Professor Coordenador de Projeto Responsável


pela Orientação e Apoio Educacional de que trata esta Deliberação
fará jus, enquanto no exercício de suas funções, à gratificação de
função prevista no artigo 30 da Lei 1.044, de 13-05-2008, alterada
pela Lei Complementar 1.240, de 23-04-2014. 175

Anexos
Artigo 7º – Poderá ocorrer substituição para o ocupante da
atividade de Professor Coordenador de Projetos Responsável pela
Orientação e Apoio Educacional em seus impedimentos legais e
temporários, superiores a trinta (30) dias, desde que o substituto
atenda aos requisitos elencados no artigo 2º desta Deliberação.

Artigo 8º – A solicitação de cessação da designação poderá


ocorrer:
I. a pedido do Professor Coordenador de Projetos Respon-
sável pela Orientação e Apoio Educacional;
II. pelo não cumprimento de suas atribuições e pela não aprova-
ção do relatório e do projeto de orientação e apoio educacional;
III. a critério da Administração Central.

Artigo 9º – As horas-atividade específicas destinadas a essa


finalidade serão autorizadas em processo próprio, após manifesta-
ção favorável da Unidade do Ensino Médio e Técnico (Cetec), con-
forme dispõe o § 5º, do artigo 20, da Lei Complementar 1044, de
13-05-2008, alterada pela Lei Complementar 1.240, de 23-04-2014.

Artigo 10 – A Unidade do Ensino Médio e Técnico (Cetec) ex-


pedirá orientações complementares para implantação, execução,
acompanhamento e avaliação das atividades previstas nesta Deli-
beração, à vista de sua respectiva competência.
Artigo 11 – Os casos omissos serão resolvidos pela Unidade do
Ensino Médio e Técnico (Cetec).

Artigo 12 – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua pu-


blicação, ficando revogadas as disposições em contrário e, especifica-
mente, a Deliberação Ceeteps-2, de 21/03, publicada em 04-04-2013.

(Expediente Ceeteps 0371/2012)

___________________________________________________________

DELIBERAÇÃO CEETEPS 19, DE 16-07-2015


176
Dispõe sobre a Coordenação de Curso nas Escolas Técnicas
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

Estaduais do Ceeteps

A Presidente do Conselho Deliberativo do Centro Estadual


de Educação Tecnológica Paula Souza, no uso de suas atribuições
regimentais, e à vista do aprovado na 519ª Sessão, realizada em
16-07-2015, em face do contido na Lei Complementar 1.044, de 13-
05-2008, alterada pela Lei Complementar 1.240, de 23-04-2014, e no
Regimento Comum das Escolas Técnicas Estaduais-Etecs, aprova-
do pela Deliberação Ceeteps-3, de 18 de julho, publicada em 28-08-
2013, DELIBERA:
Artigo 1º – Entende-se por coordenação de curso as ações des-
tinadas ao planejamento, o acompanhamento, a avaliação e o regis-
tro das atividades técnicas e pedagógicas dos cursos vinculados ao
Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar, além da otimiza-
ção dos recursos disponíveis para os cursos que lhe são afetos.
Parágrafo único – São atribuições do Coordenador de Curso:
I. participar da elaboração e execução do Projeto Político
Pedagógico (PPP) e do Plano Plurianual de Gestão (PPG);
II. coordenar o desenvolvimento do trabalho docente,
assegurando o alinhamento entre os Planos de Trabalho
Docente com o Plano de Curso e Diário de/da Classe,
sendo o último em periodicidade semanal;
III. orientar e acompanhar a programação das atividades
de recuperação e de progressão parcial, a partir das di-
retrizes estabelecidas pelo Coordenador de Projetos
Responsável pela Orientação e Apoio Educacional;
IV. coordenar as atividades vinculadas ao estágio supervi-
sionado, garantindo o pleno desenvolvimento da for-
mação Profissional;
VI. orientar, acompanhar e gerenciar a atuação dos Auxi-
liares de Docentes, de forma a organizar, preparar e
auxiliar o desenvolvimento das aulas práticas nos
ambientes didáticos;
VII. manifestar-se, quando convocado, sobre pedidos de
aproveitamento de estudos, bem como sobre pedidos
de reconsideração e recursos referentes aos resultados
de avaliação discente, de acordo com as Deliberações 177
expedidas pelo Conselho Estadual de Educação;

Anexos
VII. participar das atividades destinadas a propor e/ou
promover cursos extracurriculares de curta duração,
palestras e visitas técnicas;
VIII. avaliar o desempenho dos Docentes e Auxiliares de

Docentes sob sua coordenação;
IV. assessorar a Direção em suas decisões sobre matrícula
e transferência, agrupamento de alunos, organização de
horários de aulas e calendário escolar, em conjunto com
o Coordenador de Projetos Responsável pela Orienta-
ção e Apoio Educacional;
X. integrar bancas de processo seletivo e concurso público
e certificação de competências, realizando a avaliação
técnica dos candidatos;
XI. acompanhar o cumprimento das aulas previstas e dadas
e das reposições/substituições quando houver, no cur-
so que coordena, informando a Direção regularmente;
XII. supervisionar e coordenar o planejamento e a execução
dos trabalhos de conclusão de curso (TCC), juntamente
com os Professores encarregados da orientação dos alunos;
XIII. integrar o Conselho de Escola;
XIV. propor a pesquisa, estudos e análise das tendências de
mercado e inovações no campo das ciências e tecnologias,
promovendo reformulações curriculares que incorporem
avanços e atendam as demandas do mundo o trabalho;
XV. elaborar a programação das atividades de sua área de
atuação, assegurando a articulação com as demais áreas
da gestão escolar;
XV. promover reuniões de curso, de acordo como Calendá-
rio Escolar homologado, para alinhar e refletir sobre
indicadores de desempenho, processo de ensino-apren-
dizagem, organização das aulas práticas e demais estra-
tégias de ensino do(s) curso(s).

Artigo 2º – O Docente a ser indicado como Coordenador de


Curso deverá preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I. Ser docente contratado por prazo indeterminado.
178 II. Estar em exercício no Ceeteps por no mínimo um (01) ano.
III. Ser portador de licenciatura plena ou equivalente, ou ser
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

graduado para a docência de componentes que integram o


campo específico do curso a que se refere a coordenação.
IV. Ministrar aulas, no mínimo, para uma turma do curso a
ser coordenado.

Artigo 3º – A indicação do docente para Coordenador de Cur-


so é de competência do Diretor de Escola Técnica, após consulta
aos docentes do curso e recebimento do projeto de Coordenação de
Curso por parte do indicado.
§ 1º – Precede à indicação e à atribuição de HAEs, a atribuição
de aulas ao substituto quando for o caso, a apresentação do Projeto
de Coordenação de Curso para o Diretor da Escola Técnica, docu-
mento este que deverá ser arquivado na Unidade de Ensino.
§ 2º – O docente deverá elaborar projeto que deverá estar de
acordo com as atribuições do cargo e pautados nos indicadores
existentes na Unidade, devendo o mesmo ser submetido ao Diretor
da Escola Técnica, que deverá analisar e emitir parecer conclusivo
sobre as atividades desenvolvidas e especificadas pelo Professor
Coordenador de Curso.
§ 3º – Enquanto o novo projeto não for aprovado as possíveis
recondução ou nova designação ficarão suspensas.

Artigo 4º – A critério do Diretor de Escola Técnica, admite-se


que o Professor Coordenador de Curso exerça suas atividades em
mais de um curso, desde que pertençam ao mesmo eixo tecnológico
e/ou que o Professor esteja habilitado.
§ 1º – Para o Ensino Médio, o Diretor de Escola Técnica poderá
organizar a Coordenação, indicando até quatro (04) docentes que
preencham os requisitos do artigo 3º, considerando, para tanto,
as quatro (04) áreas de conhecimentos relacionadas nas Diretrizes
Curriculares Nacionais do Ensino Médio.
§ 2º – Para o Ensino Médio Integrado ao Técnico, o Diretor
de Escola Técnica poderá organizar a Coordenação indicando até
dois (02) docentes que preencham os requisitos do artigo 3º, con-
siderando, para tanto, um docente para a Base Nacional Comum e
outro para a Formação Profissional.
179
Artigo 5º – A Unidade do Ensino Médio e Técnico fixará os

Anexos
parâmetros para cálculo de horas atividade específicas semanais,
para o exercício da atividade de Professor Coordenador de Curso,
iniciando-se a partir de seis (06) HAEs por curso, calculadas na sua
respectiva categoria.
§ 1º – O número de HAE Coordenação, somado ao número de
horas-aula e de HAE-Outros, não poderá ultrapassar o limite máxi-
mo de 200 horas mensais.
§ 2º- Para o desempenho de suas funções, o Professor Coorde-
nador de Curso poderá afastar-se da carga horária que venha minis-
trando, em quantidade equivalente às HAEs aprovadas para o seu
projeto, desde que haja substituto e seja observado o inciso IV do
artigo 2º desta Deliberação.
§ 3º – As atividades desempenhadas pelo Professor Coordena-
dor de Curso deverão ser cumpridas nos horários de funcionamen-
to dos cursos sob sua responsabilidade.

Artigo 6º – As designações iniciais bem como as reconduções,


terão como termo inicial o 1º dia útil de fevereiro e término em 31
de janeiro do ano subsequente.
§ 1º – A primeira designação poderá, justificadamente, ocorrer
até o mês de setembro.
§ 2º – O Professor Coordenador de Curso poderá atuar ininter-
ruptamente, desde que haja consulta aos pares e exista proposta de
recondução pela Direção da Escola.
Artigo 7º – O Professor Coordenador de Curso fará jus, en-
quanto no exercício de sua função, à gratificação de função prevista
no artigo 30 da Lei 1.044, de 13-05-2008, alterada pela Lei Comple-
mentar 1.240, de 23-04-2014.

Artigo 8º – Poderá ocorrer substituição para o ocupante da fun-


ção de Professor de Coordenador de Curso nos seus impedimentos
legais e temporários, superiores a trinta (30) dias.

Artigo 9º – A solicitação da cessação da designação, poderá ocorrer:


• a pedido do Professor Coordenador de Curso;
• pelo não cumprimento de suas atribuições e aprovação
180 do projeto e relatório de Coordenação de Curso;
• pela extinção do curso;
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

• a critério da Administração Central.

Artigo 10 – As horas-atividade específicas destinadas a essa


finalidade serão autorizadas pela Unidade do Ensino Médio e Téc-
nico (Cetec), conforme dispõe o § 5º, do artigo 20, da Lei Comple-
mentar 1.044, de 13-05-2008, com as alterações constantes da Lei
Complementar 1.240, de 23-04-2014.

Artigo 11 – A Unidade do Ensino Médio e Técnico (Cetec) ex-


pedirá orientações complementares para implantação, execução,
acompanhamento e avaliação das atividades previstas nesta Deli-
beração, à vista de sua respectiva competência.

Artigo 12 – Os casos omissos serão resolvidos pela Unidade do


Ensino Médio e Técnico (Cetec).

Artigo 13 – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua


publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, espe-
cialmente, a Deliberação Ceeteps-6, de 14, publicada em 18-12-2012.

(Expediente Ceeteps 0372/2012)

___________________________________________________________
DELIBERAÇÃO CEETEPS 20, DE 16-07-2015
Dispõe sobre a atividade de Professor Coordenador de Pro-
jetos Responsável pela Coordenação Pedagógica nas Escolas
Técnicas Estaduais do Ceeteps

A Presidente do Conselho Deliberativo do Centro Estadual


de Educação Tecnológica Paula Souza, no uso de suas atribuições
regimentais, e à vista do aprovado na 519ª Sessão, realizada em
16-07-2015, em face do contido na Lei Complementar 1.044, de 13-
05-2008, alterada pela Lei Complementar 1.240, de 23-04-2014, e no
Regimento Comum das Escolas Técnicas Estaduais-Etecs, aprova-
do pela Deliberação Ceeteps-3, de 18 de julho, publicada em 28-08- 181
2013, DELIBERA:

Anexos
Artigo 1º – O Professor Coordenador de Projetos Responsável
pela Coordenação Pedagógica é o Profissional que responde pelo
suporte didático-pedagógico do processo de ensino-aprendizagem,
por meio das seguintes atribuições:
I. gerenciar e coordenar as atividades relacionadas com o
processo de ensino-aprendizagem, em conjunto com os
coordenadores de curso;
II. coordenar em conjunto com o Diretor de Escola Técni-
ca a (re)construção, implementação, execução, acompa-
nhamento e avaliação do Projeto Político-Pedagógico
da Unidade Escolar;
III. manifestar-se sobre projetos propostos pelos Docentes e
Auxiliares de Docentes, avaliando sua relevância junto ao
Projeto Político-Pedagógico, acompanhando-os por meio
de registros;
IV. implantar mecanismos que favoreçam a preparação
docente quanto ao desenvolvimento das práticas peda-
gógicas e interpretação dos resultados de aprendiza-
gem dos alunos, por meio de ações que viabilizem a
formação e qualificação continuada dos educadores;
V. participar de bancas de processo seletivo e concurso
público com o intuito de avaliar os candidatos quanto
ao procedimento pedagógico;
VI. orientar e acompanhar os docentes na definição de ins-
trumentos diversificados de avaliação, visando à me-
lhoria do processo ensino-aprendizagem;
VII. acompanhar os pedidos de reconsideração e recursos referen-
tes aos resultados de avaliação discente, de acordo com as
Deliberações expedidas pelo Conselho Estadual de Educação;
VIII. analisar os indicadores de desempenho de gestão pedagógica.

Artigo 2º – Para se inscrever como Professor Coordenador de


Projetos Responsável pela Coordenação Pedagógica o candidato
deve preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I. Ser docente contratado por prazo indeterminado.
182 II. Estar em exercício no Ceeteps por no mínimo três (03) anos.
III. Ter experiência de pelo menos dois (02) anos em atividades
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

de suporte pedagógico, comprovadas documentalmente.


IV. Ser portador de licenciatura.
V. Estar qualificado em processo específico.

Artigo 3º – O processo para indicação do Professor Coordena-


dor de Projetos Responsável pela Coordenação Pedagógica envolve
duas etapas, sendo a primeira consubstanciada em processo de qua-
lificação, a ser organizado pela Unidade do Ensino Médio e Técnico
e a segunda na unidade escolar, segundo instruções a serem expe-
didas pela Unidade do Ensino Médio e Técnico.

Artigo 4º – A Unidade do Ensino Médio e Técnico fixará os


parâmetros para cálculo de horas atividade específicas semanais,
para o exercício da função de Professor Coordenador de Projetos
Responsável pela Coordenação Pedagógica, entre 20 e 40 HAEs, cal-
culadas na sua respectiva categoria.
§ 1º – O número de HAE Coordenação somado ao número de
horas-aula e de HAE-Outros, não poderá ultrapassar o limite máxi-
mo de 200 horas mensais.
§ 2º- O Professor Coordenador de Projetos Responsável pela
Coordenação Pedagógica, no exercício de suas atribuições, poderá
afastar-se de sua carga horária que vinha ministrando, em quanti-
dade equivalente às HAEs aprovadas para o seu projeto, desde que
haja substituto habilitado.
§ 3º – O horário de trabalho do Professor Coordenador de Pro-
jetos Responsável pela Coordenação Pedagógica deverá ser cum-
prido em consonância com todos os turnos de oferecimento dos
cursos, observando-se a legislação trabalhista.

Artigo 5º – A designação para o exercício da função de Profes-


sor Coordenador de Projetos Responsável pela Coordenação Peda-
gógica dar-se-á pelo prazo de um (01) ano, podendo o docente ser
reconduzido sucessivamente, a cada ano, por meio de proposta da
Direção da Escola Técnica, desde que cumpridas suas atribuições
indicadas no artigo 1º desta Deliberação e tenha seu projeto e relató-
rio aprovados pelo Coordenador do Ensino Médio e Técnico.
§ 1º – As designações iniciais bem como as reconduções, terão 183
como termo inicial a data do 1º dia útil de fevereiro e término em 31

Anexos
de janeiro do ano subsequente.
§ 2º – Precede a designação e a atribuição de HAEs, a atribuição
de aulas do substituto quando for o caso, a apresentação do Projeto
de Gestão Pedagógica para o Diretor da Escola Técnica, documen-
to este que deverá ser encaminhado à Unidade do Ensino Médio e
Técnico (Cetec).
§ 3º – A Direção da Escola Técnica deverá encaminhar o relató-
rio do Professor Coordenador de Projetos Responsável pela Coor-
denação Pedagógica à Unidade do Ensino Médio e Técnico (Cetec),
no período previsto em Instrução expedida pela Unidade do Ensino
Médio e Técnico (Cetec).
§ 4º – Enquanto o relatório e o projeto não forem aprovados,
possíveis recondução ou nova designação ficarão suspensas, deven-
do o docente continuar ministrando as aulas dos componentes que
lhe foram atribuídas, sendo vedado o exercício da função antes da
aprovação do Projeto e Relatório.

Artigo 6º – Ao Diretor de Escola Técnica compete acompanhar


as atribuições constantes desta Deliberação, bem como a execução
do projeto do Professor Coordenador de Projetos Responsável pela
Coordenação Pedagógica.
Parágrafo único – Na hipótese de não cumprimento integral
das atribuições, a recondução do Professor Coordenador de Proje-
tos Responsável pela Coordenação Pedagógica será vedada.
Artigo 7º – As horas-atividade específicas destinadas a essa fi-
nalidade serão fixadas pela Unidade do Ensino Médio e Técnico (Ce-
tec), conforme dispõe o § 5º, do artigo 20, da Lei Complementar 1044,
de 13-05-2008, alterada pela Lei Complementar 1.240, de 23-04-2014.

Artigo 8º – O Professor Coordenador de Projetos Responsável


pela Coordenação Pedagógica fará jus, enquanto no exercício de suas
funções, à gratificação de função prevista no artigo 30 da Lei 1.044,
de 13-05-2008, alterada pela Lei Complementar 1.240, de 23-04-2014.

Artigo 9º – Poderá ocorrer substituição do Professor Coorde-


nador de Projetos Responsável pela Coordenação Pedagógica em
184 seus impedimentos legais e temporários, superiores a trinta (30)
dias, desde que o substituto atenda aos requisitos elencados no ar-
Desafios, Concepção, Implantação e Resultados

tigo 2º desta Deliberação.

Artigo 10º – A solicitação da cessação da designação poderá


ocorrer:
I. a pedido do Professor Coordenador de Projetos Respon-
sável pela Coordenação Pedagógica;
II. pelo não cumprimento de suas atribuições e das ativida-
des previstas no projeto;
III. a critério da Administração Central.

Artigo 11º – A Unidade do Ensino Médio e Técnico (Cetec)


expedirá orientações complementares para implantação, execução,
acompanhamento e avaliação das atividades previstas nesta Deli-
beração, à vista de sua respectiva competência, além de solucionar
os casos omissos.

Artigo 12 – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua


publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, especi-
ficamente a Deliberação Ceeteps-7, de 14, publicada em 18-12-2012,
exceto quanto aos processos de qualificação de candidatos à função
de Coordenador de Projeto Responsável pela Coordenação Pedagó-
gica das Escolas Técnicas, realizados em 2013 e 2014.

(Expediente Ceeteps 0373/2012)


SÔNIA REGINA CORRÊA FERNANDES
Formada em Pedagogia, especialista em Metodo-
logia e Didática, em Administração de Empresas e
em Gestão Pública. Habilitada em Magistério
das Matérias Pedagógicas, em Administração e
Supervisão Escolar e em Orientação Educacional.
Implantou e foi gestora da Escola Técnica (Etec)
de Ilha Solteira de 1998 a 2004 e da Faculdade
de Tecnologia (Fatec) de São José do Rio Preto
entre 2004 e 2006. Foi supervisora educacional
das Escolas Técnicas Estaduais da Região de São
José do Rio Preto de 2007 a 2008. Foi responsável
pela elaboração e implementação do projeto de
estruturação do Grupo de Supervisão Educacio-
nal, onde atuou como diretora de 2009 até
2019, com o apoio do professor Almério
Melquíades de Araújo, coordenador da Unidade
do Ensino Médio e Técnico do Centro Paula
Souza. Atualmente é responsável pela implan-
tação do Projeto-Piloto de Regionalização do
Centro Paula Souza.

GERALDO JOSÉ SANT’ANNA


Formou-se em Matemática e Pedagogia. É espe-
cialista em Supervisão Escolar; em Educação,
Diversidade e Inclusão Social e em Psicologia
Multifocal. Tornou-se Master Degree em Multifo-
cal Psicology pela Florida Christian University,
Estados Unidos. Pós-graduado em Investigação
Criminal e Psicologia Forense, dentre outros
cursos. Participa de Academias Literárias em
vários Estados brasileiros e em diversos países.

AMNERIS RIBEIRO CACIATORI


Pedagoga, fisioterapeuta, licenciada em Fisiote-
rapia pela Fatec São Paulo, especialista em Ética,
Valores e Cidadania na Escola pela Universidade
de São Paulo. Concluiu o curso de Aperfeiçoa-
mento em Educação de Jovens e Adultos. Desde
2013, é supervisora educacional responsável
pela Área de Gestão Pedagógica. Lidera o Grupo
de Supervisão Educacional da Unidade de Ensino
Médio e Técnico do Centro Paula Souza.
www.cps.sp.gov.br
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
Unidade do Ensino Médio e Técnico
Rua dos Andradas, 140 – Santa Ifigênia
01208-000 – São Paulo
Tel.: (11) 3324-3300

Secretaria de
Desenvolvimento Econômico

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