Prefeitura Municipal de São Félix Do Coribe Estado Da Bahia Av. Luiz Eduardo Magalhães, S/n.º - Centro
Prefeitura Municipal de São Félix Do Coribe Estado Da Bahia Av. Luiz Eduardo Magalhães, S/n.º - Centro
Prefeitura Municipal de São Félix Do Coribe Estado Da Bahia Av. Luiz Eduardo Magalhães, S/n.º - Centro
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
O Prefeito Municipal de São Félix do Coribe, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições
legais, submete à apreciação e aprovação da Câmara Municipal de Vereadores o seguinte projeto
de Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Esta Lei Complementar, denominada Código de Obras do Município de São Félix
do Coribe, estabelece normas para elaboração de projetos e execução de obras e instalações, em
seus aspectos técnicos, estruturais e funcionais.
Parágrafo único. Todos os projetos de obras e instalações deverão estar de acordo com
esta Lei Complementar, com a legislação vigente sobre Uso e Ocupação do Solo, sobre o
Parcelamento do Solo e com os princípios previstos na Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento
do Município.
Art. 3º. Todos os logradouros públicos e edificações, exceto aquelas destinadas à unidade
de habitação familiar, a fim de permitir a acessibilidade universal, deverão obedecer a NBR 9050
da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e às legislações vigentes em relação à
matéria.
Art. 4º. Para construção ou reforma de instalações capazes de causar, sob qualquer forma,
impactos ao meio ambiente, será exigida previamente licença ambiental quando da aprovação do
projeto.
Art. 5º. Para efeito desta Lei Complementar são adotados as definições constantes do
Anexo IV, parte integrante desta Lei Complementar.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES
Seção I
Do Município
Art. 9º. O Município deverá assegurar, através do respectivo órgão competente, o acesso
a todas as informações contidas na legislação municipal ao imóvel a ser construído.
Seção II
Do Proprietário
Art. 10. O proprietário responderá pela veracidade dos documentos apresentados, não
implicando sua aceitação, por parte do Município, em reconhecimento ao direito de propriedade.
Art. 11. O proprietário do imóvel, ou seu sucessor a qualquer título, é responsável pela
manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel e pela observância
e disposições desta Lei Complementar e das leis municipais pertinentes.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Seção III
Do Responsável Técnico
Art. 12. O responsável técnico pela execução da obra assume perante o Município e
terceiros que serão seguidas todas as condições previstas no projeto de arquitetura aprovado de
acordo com esta Lei Complementar.
Art. 13. Para efeito desta lei Complementar somente profissionais habilitados
devidamente inscritos e quites com o Município poderão fiscalizar, orientar, administrar e
executar qualquer obra no Município.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS
Seção I
Da Consulta Prévia
Art. 16. Mediante requerimento, poderá ser formulada Consulta Prévia, à vista da qual, o
competente órgão municipal fornecerá informações sobre os parâmetros de uso e ocupação do
solo, restrições ambientais, dados cadastrais disponíveis, além de ressalvas quando o greide de
via pública estiver sujeito a modificações futuras.
Seção II
Da Análise do Projeto
b) planta baixa de cada pavimento não repetido na escala, no mínimo 1:75, contendo:
1. área total do pavimento;
2. as dimensões e áreas dos espaços internos e externos;
3. dimensões dos vãos de iluminação e ventilação;
4. a finalidade de cada compartimento;
5. memorial descritivo da obra, salvo se apresentado em separado;
6. indicação das espessuras das paredes e dimensões externas totais da obra;
7. os traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais.
d) elevação das fachadas voltadas para as vias públicas na mesma escala da planta baixa;
IV – projeto hidro sanitário na escala mínima 1/100, representando em planta baixa a
canalização de agua e de esgoto, fossa séptica, filtro anaeróbio e/ou sumidouro ou outro
destino técnico adequado, devidamente dimensionado;
V – projeto elétrico com aprovação da concessionária de energia elétrica local, nos casos
de edificações multifamiliares e comerciais com mais de 100,00m² (cem metros
quadrados);
VI – projetos complementares, quando julgados necessários pelo órgão municipal
competente;
VII – Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de projeto de execução;
VIII – as plantas baixas de cada pavimento não repetido, os cortes e as fachadas poderão
ser apresentados na mesma prancha, assim como as plantas de situação e localização;
IX – a apresentação dos projetos ficará condicionada à observação das exigências de
proteção contra incêndio previstas em Lei.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 18. Nas obras de reforma, reconstrução ou acréscimo, os projetos serão apresentados
com indicações precisas e convencionais de maneira a possibilitar a perfeita identificação das
partes a conservar, demolir ou acrescer.
Art. 19. Nas construções existentes em logradouros, para os quais haja projeto de
modificações de alinhamento ou recuo obrigatório para ajardinamento, somente serão permitidas
obras de construção, reparos, reformas e acréscimo para as edificações que não estejam de
acordo com estes quando forem atendidas, simultaneamente, as seguintes condições:
I – quando para atender as condições de higiene;
II – quando não ampliar a capacidade de utilização e nem alterar a forma geométrica da
edificação;
III – quando não atingirem a faixa de recuo fixada.
§2º. Nos casos previstos nesse artigo, quando o prédio for atingido apenas por recuo para
ajardinamento, serão permitidos acréscimos de, no máximo, 20% da área existente, nunca,
porém, atingindo a faixa de recuo e devendo ser respeitadas as exigências do Plano Diretor.
Art.20. Todas as plantas relacionadas nos arts. 17 a 19 deverão ser apresentadas em meio
digital e em, no mínimo, 02 (duas) vias impressas, uma das quais será devolvida ao requerente
após aprovação.
Seção III
Do Alvará de Construção
Art. 22. A concessão do Alvará de Construção para imóveis que se situem parcialmente
em Área de Preservação Permanente – APP, será condicionada à celebração de Termo de
Compromisso de Preservação, o qual determinará a responsabilidade civil, administrativa e penal
do proprietário em caso de descumprimento.
Art. 24. O Alvará de Construção será concedido mediante requerimento dirigido ao órgão
competente municipal com o projeto arquitetônico e os demais projetos aprovados.
§3º. O prazo máximo para aprovação do projeto é de 60 (sessenta) dias a partir da data de
entrada do projeto definitivo corrigido pelo órgão municipal competente.
§4º. As correções julgadas necessárias pelo órgão municipal deverão ser efetuadas em até
30 (trinta) dias pelo requerente, sob pena de arquivamento do projeto.
I – o resgate do projeto arquivado implicará em novo pagamento das taxas previstas em
Lei.
Art. 25. A aprovação de um projeto será considerada válida pelo prazo de 01 (um) ano,
após a data do despacho deferitório.
Art. 26. O licenciamento para inicio da construção será valido pelo prazo de 06 (seis)
meses e findo este prazo e não tendo sido iniciada a construção, o licenciamento perderá o seu
valor.
Parágrafo único. Para efeitos do caput uma obra será considerada iniciada quando suas
fundações estiverem concluídas.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 28. No caso de se verificar a paralisação de uma construção por mais de 180 (cento e
oitenta) dias, deverá ser feito o fechamento do terreno no alinhamento do logradouro, por meio
de um muro dotado de portão de entrada, observadas as exigências deste Código para
fechamento dos terrenos.
Parágrafo único. Deverá ser requerida alteração do projeto por ocasião da vistoria de
Habite-se quando as alterações implicarem em acréscimo da área, altura construída, alteração de
forma ou do projeto hidrossanitário.
Art. 30. Os documentos previstos em regulamento deverão ser mantidos na obra durante
sua construção, e permitir fácil acesso à fiscalização do órgão municipal competente.
Seção IV
Do Alvará e do Atestado de Demolição
Art. 31. A demolição de edificação somente poderá ser efetuada mediante solicitação
prévia ao órgão competente do Município, acompanhada da respectiva cópia da matrícula no
Registro de Imóveis ou escritura atualizada, com data de emissão de, no máximo, 180 (cento e
oitenta) dias anteriores à requisição.
§2º. Tratando-se de edificação com mais de dois pavimentos ou que tenha mais de 8,00m
(oito metros) de altura a demolição só poderá ser efetuada sob responsabilidade de profissional
legalmente habilitado.
Seção V
Do Alvará de Habitação – Habite-se
Art. 32. Uma edificação é considerada passível de uso quando tiver sido executada de
acordo com o projeto aprovado.
Art. 34. Por ocasião da vistoria, se for contatado que a edificação foi construída,
ampliada, reconstruída ou reforma em desacordo com o projeto aprovado, o responsável técnico
e o proprietário serão notificados, de acordo com as disposições dessa Lei Complementar, e,
obrigados a regularizar o projeto, caso as alterações possam ser aprovadas, ou fazer a demolição
ou as modificações necessárias para regularizar a situação da obra.
Art. 35. A vistoria deverá ser efetuada no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da
data do seu requerimento, e o Alvará de Habitação, concedido ou recusado, dentro de outros 15
(quinze) dias.
Art. 36. Será concedido o Alvará de Habitação parcial de uma edificação nos seguintes
casos:
I – edifícios de habitação coletiva, em que poderá ser concedido para habitações isoladas
concluídas, antes da conclusão total da obra, desde que as áreas de uso coletivo estejam
completamente concluídas e garantidas as instalações de água, energia elétrica, esgoto sanitário,
impermeabilizações e prevenção de incêndio, se solicitado, em funcionamento, conforme
exigência do corpo de bombeiros e demais concessionárias;
II – nos casos de residências isoladas nos condomínios, loteamentos e edificações
multifamiliares, aplica-se o previsto no inciso I;
III – nas residências unifamiliares, desde que as instalações de água, energia elétrica,
esgoto sanitário impermeabilizações estejam concluídas de acordo com o projeto aprovado;
IV – prédio composto de parte comercial e parte residencial utilizadas de forma
independente.
§1º. O Alvará de Habitação parcial somente será concedido quando a obra garantir a
segurança e seus usuários e à população indiretamente a ele afetada.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
§2º. O Alvará de Habitação parcial não substitui o Alvará de habitação que deve ser
concedido no final da obra, ficando o proprietário sujeito a multa.
§3º. Para a concessão do Alvará de Habitação parcial, fica o Município sujeito aos prazos
e condições estabelecidos no art. 35.
Seção VI
Das Normas Técnicas de Apresentação do Projeto
§2º. No canto inferior direito da(s) folha(s) do projeto será desenhado um quadro legenda
com 17,5cm (dezessete virgula cinco centímetros) de largura e 27,7cm (vinte e sete virgula sete
centímetros) de altura – tamanho A4, reduzidas as margens, onde constarão;
I – carimbo ocupando o extremo inferior do quadro legenda, com altura máxima de
9,0cm (nove centímetros) especificando:
a) a natureza e destino da obra;
b) referência da folha – conteúdo: plantas, cortes, elevações, etc.;
c) tipo de projeto – arquitetônico, estrutural, elétrico, hidrossanitário, etc.;
d) espaço reservado para nome e assinatura do requerente, do autor do projeto e do
responsável técnico pela execução da obra, sendo estes últimos, com indicação dos números dos
Registros no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA;
e) no caso de vários desenhos de um projeto que não caibam em uma única folha,
será necessário numerá-las em ordem crescente;
II – espaço reservado para a colocação da área do lote, áreas ocupadas pela edificação já
existente e da nova construção, reconstrução, reforma ou ampliação, discriminadas por
pavimento ou edículas;
III – espaço reservado para a declaração: “Declaramos que a aprovação do projeto não
implica no reconhecimento, por parte do Município, do direito de propriedade ou posse do lote”;
IV – espaço reservado ao Município e demais órgãos competentes para aprovação,
observações e anotações, com altura mínima de 6,0cm (seis centímetros).
CAPÍTULO IV
DA EXCUÇÃO E SEGURANÇA DAS OBRAS
Seção I
Disposições Gerais
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 38. A execução das obras somente poderá ser iniciada depois de concedido o Alvará
de Construção.
Seção II
Do Canteiro de Obras
§1º. A não retirada dos materiais ou do entulho autoriza o Município a fazer a remoção
do material encontrado em via pública, dando-lhe o destino conveniente, e a cobrar dos
executores da obra a despesa de remoção, da recuperação dos passeios públicos e da restituição
da cobertura vegetal pré-existente, aplicando-lhes as sanções cabíveis.
Seção III
Dos Tapumes e Equipamentos de Segurança
Art. 40. Nenhuma construção, reforma, reparo ou demolição poderá ser executada no
alinhamento sem que esteja obrigatoriamente protegida por tapumes, salvo quando se tratar de
execução de muros, grades, gradis ou de pintura e pequenos reparos na edificação que não
comprometam a segurança dos pedestres.
Parágrafo único. Os tapumes somente poderão ser colocados após a expedição, pelo
órgão competente do Município, do Alvará de Construção ou Demolição.
Art. 41. Tapumes e andaimes deverão ter, no mínimo, 2,00m (dois metros) de altura e não
poderão ocupar mais do que a metade da largura do passeio sendo que, no mínimo, 1,20m (um
metro e vinte centímetros), será mantido livre para o fluxo de pedestres.
Art. 42. Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a arborização da rua, a
iluminação pública, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trânsito e outras instalações de
interesse público.
Art. 43. Durante a execução da obra será obrigatório a colocação de andaime de proteção
do tipo bandeja-salva-vidas, para edifícios de três pavimentos ou mais, observando também os
dispositivos estabelecidos na Norma NR-18 do Ministério do Trabalho.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 44. Após o término das obras ou no caso de paralisação por prazo superior a 180
(cento e oitenta) dias, os tapumes deverão ser recuados ao alinhamento e os andaimes retirados.
CAPÍTULO V
DAS EDIFICAÇÕES EM GERAL
Seção I
Das Escavações e Aterros
Art. 45. Nas escavações e aterros deverão ser adotadas medidas de segurança para evitar
o deslocamento de terra para fora das divisas do lote em construção ou eventuais danos às
edificações vizinhas, vias públicas e galerias de água pluvial.
Art. 46. No caso das escavações e aterros de caráter permanente, que modifiquem o perfil
do lote, antes do inicio dos mesmos, o responsável técnico e o proprietário ficam obrigados a
proteger as edificações lindeiras e o logradouro público com obras de proteção contra o
deslocamento de terra.
Art. 48. O requerimento para solicitar a autorização referida no art. 47 deverá ser
acompanhado de elementos a serem exigidos pelo órgão ambiental do município.
Seção II
Das Paredes
Art. 49. As paredes e outros elementos estruturais, divisórias e pisos deverão garantir:
I – resistência ao fogo;
II – impermeabilidade;
III – estabilidade da construção;
IV – bom desempenho térmico e acústico das unidades;
V – acessibilidade.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 50. As paredes de alvenaria das edificações deverão ser assentes sobre o respaldo dos
alicerces, devidamente impermeabilizados, e ter as seguintes espessuras mínimas:
I – 0,15m (quinze centímetros) para as paredes internas e externas;
II – 0,10m (dez centímetros) para as paredes internas ou de simples vedação, sem função
estática, como paredes de armários embutidos, estantes, ou quando formarem divisões internas
de compartimentos sanitários;
III – 0,20m (vinte centímetros) para as paredes construídas sobre as divisas do lote e entre
economias distintas.
§2º. As paredes em madeira ou outro material não resistente ao fogo deverão observar um
afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de qualquer divisa do terreno
e de 3,00m ( três metros) de qualquer outra edificação no mesmo lote com as mesmas
características.
Art. 51. As espessuras de paredes constantes do art. 50 poderão ser alteradas, quando
utilizados materiais de natureza diversa que possuam, comprovadamente, no mínimo, os mesmo
índices de resistência, impermeabilidade e isolamentos térmico e acústico, conforme as
exigências de cada caso.
Seção III
Das Portas, Circulações, Escadas e Rampas
Art. 52. O dimensionamento das folhas das portas deverá obedecer a uma altura
mínima de 2,10m (dois metros e dez centímetros) e as seguintes larguras mínimas:
I – porta de entrada principal, 0,90m (noventa centímetros);
II – portas principais de acesso a salas, gabinetes, dormitórios e cozinhas, 0,80m
(oitenta centímetros);
III – portas internas secundárias, em geral, e portas de banheiros, 0,60m (sessenta
centímetros).
Parágrafo único. A largura mínima das portas será aumentada nos casos previstos na
norma NB-208/NBR-9077.
Art. 53. As portas dos compartimentos onde estiverem instalados aquecedores a gás
deverão ser dotadas de elementos em sua parte inferior de forma a garantir a renovação de ar e
impedir a acumulação de eventual escapamento de gás.
Art. 55. As escadas deverão ter largura suficiente para proporcionar o escoamento do
número de pessoas que dela dependem, sendo que para atividades específicas são detalhadas
exigências no corpo desta Lei Complementar, respeitando-se:
I – a largura mínima das escadas de uso comum será de 1,20m (um metro e vinte
centímetros), sendo aumentada nos casos previstos na norma NB-208/NBR-9077;
II – as escadas de uso privativo ou restrito do compartimento, ambiente ou local,
poderão ter largura mínima de 0,80 (oitenta centímetros);
III – só serão permitidas escadas em leque ou caracol e do tipo marinheiro quando
interligar dois compartimentos de uma mesma habitação, ou no caso de sala comercial ou de
serviços, quando interligar esta a um pequeno depósito com área de até 1/3 (um terço) da área da
sala principal;
IV – as escadas deverão ser de material incombustível, quando atenderem a mais de
dois pavimentos, excetuando-se habitação unifamiliar;
V – os degraus das escadas deverão apresentar espelho “e” e piso “p” que satisfaçam
à relação 0,63m ≤ 2h + b ≤ 0,64m, com altura máxima de 0,19m (dezenove centímetros) e
largura mínima de 0,25m (vinte e cinco centímetros).
Seção IV
Das Marquises e Saliências
Art. 59. Nas edificações que forem dotadas de marquises as mesmas deverão
obedecer as seguintes condições:
I – serão sempre em balanço;
II – terão a altura mínima de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros) em relação ao
passeio;
III – a projeção da face externa do balanço deverá ser no máximo igual a 50%
(cinquenta por cento) da largura do passeio e nunca inferior a 1,00m (um metro);
IV – nas ruas para pedestres as projeções máximas e mínimas poderão obedecer a
outros parâmetros de acordo com critério a ser estabelecido pelo Município;
V – não possuírem fechamento vertical abaixo da marquise;
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 60. Nas fachadas das edificações construídas no alinhamento ou nas que ficarem
dele afastadas para atendimento do recuo para ajardinamento, poderão ter sacadas, beirais,
floreiras, caixas para ar condicionado e para-sóis, acima da marquise ou com altura mínima de
2,80 (dois metros e oitenta centímetros) do passeio.
§3º. Não são considerados como área construída os beirais das edificações com
projeções até 1,20m (um metro e vinte centímetros) em relação ao seu perímetro.
Art. 61. Toda e qualquer sacada, deverá ser guarnecida de guarda-corpos que deverão
possuir altura mínima de 1,00m (um metro).
Seção V
Dos Recuos
Art. 62. Os recuos das edificações deverão estar de acordo com o disposto na Lei de
Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo.
Seção VI
Das Condições Relativas a Compartimentos
Art. 67. São exemplos de compartimentos de utilização diferenciada aqueles que, pela
sua destinação específica, não se enquadram nas demais, a critério do órgão competente.
Seção VII
Das Condições a que devem Satisfazer os Compartimentos
Seção VIII
Da Subdivisão de Compartimentos
Seção IX
Dos Vãos de Iluminação e Ventilação
Art. 72. Salvo os casos expressos, todo o compartimento deve ter aberturas para o
exterior, satisfazendo as prescrições deste artigo.
§1º. Estas aberturas deverão ser dotadas de dispositivos que permitam a renovação de ar,
com pelo menos 50% (cinquenta por cento) da área mínima exigida.
§2º. Em nenhum caso a área das aberturas destinas a ventilar e iluminar qualquer
compartimento poderá ser inferior a 0,4m² (zero vírgula quatro metros quadrados) ressalvados os
casos de tiragem mecânica expressamente permitido por esse Código.
Art. 73. A área total das aberturas para o exterior, em cada compartimento, não poderá ser
inferior a:
I – 1/5 (um quinto) da superfície do piso, tratando-se de compartimento de permanência
prolongada noturna;
II – 1/7 (um sétimo) da superfície do piso, tratando-se de compartimento de permanência
prolongada diurna;
III – 1/12 (um doze avos) da superfície do piso, tratando-se de compartimento de
utilização transitória.
Seção X
Das Árvores e Poços de Ventilação
Art. 74. As áreas, para feitos deste Código, serão divididas em suas categorias – áreas
principais, fechadas ou abertas e áreas secundárias.
Art. 75. Toda área principal, quando for fechada, deverá satisfazer as seguintes
condições:
I – ser 2,00m (dois metros), no mínimo, o afastamento de qualquer vão à face da parede
que fica oposta, afastamento este medido sobre a perpendicular traçada, em plano horizontal, no
meio de peitoril ou soleira do vão interessado;
II – permitir a inscrição de círculo de diâmetro mínimo de 2,00m (dois metros);
III – ter uma área mínima de 10,00m² (dez metros quadrados);
IV – permitir, a partir do primeiro pavimento servido pela área, quando houver mais de
um, a inscrição de um circulo cujo diâmetro, em metros, seja dado pela fórmula
D = (H/6) + 2,00
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
§2º. Os pavimentos abaixo deste, que forem abrangidos pelo prolongamento desta área e
que dela possam prescindir, não serão computados no cálculo da altura H.
Art. 76. Toda área principal, quando for aberta, deverá satisfazer as seguintes condições:
I – ser de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), no mínimo, o afastamento de
qualquer vão à face da parede que fique oposta, afastamento este medido sobre a perpendicular
traçada, em plano horizontal, no meio de peitoril ou soleira do vão interessado;
II – permitir a inscrição de um círculo de diâmetro de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros);
III – permitir, a partir do primeiro pavimento servido pela área, quando houver mais de
um, a inscrição de um circulo cujo diâmetro, em metros, seja dado pela fórmula
D = (H/10) + 1,50
D = (H/15) + 1,50
Seção XI
Das Áreas de Estacionamentos de Veículos
Art. 81. O rebaixamento do meio-fio para a entrada e saída de veículos deverá seguir as
seguintes disposições:
I – para edificações unifamiliares, 3,00m (três metros), por lote, no máximo;
II – para edificações de uso coletivo ou comercial, ter largura máxima de 3,50m (três
metros e cinquenta centímetros) para um acesso e 7,00m (sete metros) para dois acessos.
Art. 82. Nos edifícios de uso público haverá vagas de estacionamento para pessoas
portadoras de necessidades especiais, identificadas para este fim, conforme especificações da
NBR 9050.
Seção XII
Das áreas de Recreação
menos 6,00m² (seis metros quadrados) por unidade habitacional, localizada em área
preferencialmente isolada, sobre os terraços ou no térreo.
§ 2º. Não será computada como área de recreação coletiva a faixa correspondente ao
recuo frontal obrigatório, porérn poderá ocupar os recuos laterais e de fundos, desde que sejam
no térreo, abaixo deste ou sobre a laje da garagem e permitir a inscrição de um circulo mínimo
de 3,00m (três metros) de diâmetro.
Art. 85. Em nenhuma hipótese as áreas de recreação e lazer poderão receber outra
destinação.
Seção XIII
Dos Passeios, Muros e Cercas Energizadas.
Art. 86. Os proprietários de imóveis que tenham frente para ruas pavimentadas ou com
meio-fio e sarjeta, são obrigados a pavimentar e conservar os passeios à frente de seus lotes.
Art. 87. Os muros, em qualquer divisa do lote, quando executados com materiais como
concreto, alvenaria de tijolos ou de pedra, não poderão ter alturas superiores a 2,20m (dois
metros e vinte centímetros), considerados a partir do respaldo do muro de arrimo, se for o caso.
§ 1º. A mesma providência prevista no caput poderá ser determinada nas divisas com
vizinhos, quando a terra do terreno mais alto ameaçar desabar ou para evitar o arrastamento de
terra em consequência de enxurradas e possíveis infiltrações, prejudicando os imóveis lindeiros.
Art. 89. Todas as cercas destinadas a proteção de perímetros e que sejam dotadas de
corrente elétrica, serão classificadas como energizadas, ficando incluídas na mesma legislação as
cercas que utilizem outras denominações, tais coma: eletrônicas, elétricas, eletrificadas ou outras
similares.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 90. As empresas instaladoras de cercas energizadas deverão ser registradas no CREA
- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, e possuir engenheiro eletricista como
responsável técnico.
Art. 92. As cercas energizadas deverão utilizar corrente elétrica com as seguintes
características técnicas:
Art. 95. Os cabos elétricos destinados às conexões da cerca energizada com a Unidade de
Controle e com o sistema de aterramento deverão, comprovadamente, possuir características
técnicas para isolamento mínimo de 10 (dez) kV.
Art. 96. Os isoladores utilizados no sistema devem ser construídos em material de alta
durabilidade, não higroscópico e com capacidade de isolamento mínimo de 10 (dez) kV.
Art. 97. Fica obrigatória a instalação, a cada 10,00m (dez) metros de cerca energizada,
de placas de advertência.
§ 1º. Deverão ser colocadas placas de advertência nos portões e/ou portas de acesso
existentes ao longo da cerca e em cada mudança de sua direção.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
§ 3º. A cor de fundo das placas de advertência deverá ser, obrigatoriamente, amarela.
§ 4º. O texto mínimo das placas de advertência deverá ser de: CERCA ENERGIZADA,
ou CERCA ELETRIFICADA, ou CERCA ELETRONICA, ou CERCA ELETRICA.
§ 5º. As letras do texto mencionado no § 4º, deverão ser, obrigatoriamente, de cor preta e
ter as dimensões mínimas de:
I - altura: 0,02m (dois centímetros);
II - largura: 0,005m (meio centímetro).
Art. 98. Os arames utilizados para condução da corrente elétrica da cerca energizada
deverão ser, obrigatoriamente, do tipo liso.
Art. 99. Sempre que a cerca energizada for instalada na parte superior de muros, grades,
telas ou outras estruturas similares, a altura mínima do primeiro fio de arame energizado deverá
ser de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), em relação ao nível do solo da parte externa do
imóvel cercado.
Art. 100. Sempre que a cerca energizada possuir fios de arame energizado desde o nível do
solo, estes deverão estar separados da parte externa do imóvel, cercados através de telas, muros,
grades ou similares.
Art. 101. Sempre que a cerca energizada estiver instalada em linhas divisórias de imóveis,
deverá haver a concordância explícita dos proprietários destes imóveis com relação à referida
instalação.
Paragrafo único. Na hipótese de haver recusa por parte dos proprietários dos imóveis
vizinhos na instalação de sistema de cerca energizada em linha divisória, a referida cerca só
poderá ser instalada com um angulo de 45° (quarenta e cinco graus) máximo de inclinação para
dentro do imóve1 beneficiado.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Seção XIV
Das Guaritas e Coberturas Leves
Art. 102. As guaritas deverão ser construídas com material incombustível, área igual ou
inferior a 5,00m² (cinco metros quadrados) e correspondente a, no máximo, 5% (cinco por cento)
da área do recuo para ajardinamento.
Art. 103. Serão toleradas coberturas leves, nas áreas de recuo, devendo satisfazer as
seguintes condições:
I – distarem 0,50m (cinquenta centímetros) de qualquer divisa do terreno;
II – garantirem vão livre mínimo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros);
III – as colunas de sustentação não poderão ter largura superior a 0,10m (dez
centímetros).
CAPÍTULO VI
DAS INSTALAÇÕES EM GERAL
Seção I
Das instalações de Aguas Pluviais
Art. 104. O escoamento de aguas pluviais do lote edificado para a rede de esgoto pluvial
será feito em canalização construída sob o passeio.
Parágrafo único. Os condutores nas fachadas lindeiras a via pública serão embutidos até a
altura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), acima do nível do passeio.
Seção II
Das instalações Hidráulicas e Sanitárias
Art. 106. Todas as edificações em lotes com frente para logradouros que possuam redes
de água potável e de coleta de esgoto doméstico deverão, obrigatoriamente, servir-se dessas
redes, e suas instalações.
§ 2º. Deverão ser observadas as normas quanto ao ponto de lançamento para o sistema de
esgoto sanitário de acordo com o disposto por legislação do plano municipal específico.
Art. 107. Quando a rua não possuir rede de coleta de esgoto local, a edificação deverá ser
dotada de fossa séptica e filtro anaeróbio, cujo efluente será lançado em sumidouro, ou outra
disposição prevista pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT.
§ 1º. Os sumidouros não poderão ser construídos a menos de 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros) da divisa do terreno e serão dimensionados de acordo com as prescrições
da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
§ 3º. Para edificações multifamiliares e comerciais com mais de 100,00m² (cem metros
quadrados) deverá acompanhar Memória de Cálculo rubricada pelo responsável técnico,
justificando as dimensões adotadas, conforme normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT.
Art. 108. Toda unidade residencial devera possuir, no mínimo, um vaso sanitário, um
chuveiro, um lavatório, uma pia de cozinha e um tanque de lavar roupa que deverão ser ligados a
rede geral de esgoto ou a fossa séptica.
Art. 109. Toda edificação, exceto a habitação unifamiliar, obrigatoriamente deverá dispor
de reservatório de água potável, cujo volume de reservação seja compatível com o tipo de
ocupação e use, de acordo com as prescrições da Norma Brasileira - NBR 5626 e da Associação
Brasileira de Normas Técnicas-ABNT.
Art. 111. Não será permitida a ligação de canalização de esgoto ou de aguas servidas às
sarjetas, ou a rede de drenagem pluvial sem que haja o devido tratamento previsto pelo art. 107.
Seção III
Das instalações Elétricas
Art. 112. As instalações elétricas das edificações deverão obedecer às normas técnicas
exigidas pela concessionaria local.
Seção IV
Das instalações de Gás
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 113. As instalações de gás nas edificações, assim como nas Distribuidoras e
Revendas de Gás Liquefeito de Petr61eo - GLP, deverão ser executadas de acordo com as
prescrições das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT e Agencia
Nacional de Petró1eo -ANP, portaria 27/96.
Seção V
Das Instalações de Para - Raios
Seção VI
Das instalações de Proteção Contra Incêndio
Seção VII
Das instalações de Elevadores
Art. 116. Será obrigatória a instalação de, no mínimo, 1 (um) elevador nas edificações
com mais de 4 (quatro) pavimentos ou mais de 13,00m (treze metros) de altura, 2 (dois)
elevadores nas edificações com mais de 7 (sete) pavimentos ou mais de 22,00m (vinte e dois
metros) de altura, ou mais elevadores se assim exigir o respectivo cálculo de trafego, obedecendo
às prescrições das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
§ 1º. O térreo conta como um pavimento, bem como cada pavimento abaixo do nível
médio do meio-fio.
§ 3º. Se o pé-direito do pavimento térreo for igual ou superior a 5,00m (cinco metros)
contará como dois pavimentos e a partir dai a cada 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros)
acrescido a esse pé-direito, corresponderá a um pavimento a mais.
§ 4º. Os espaços de acesso ou circulação as portas dos elevadores deverão ter dimensão
não inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) medida perpendicularmente as portas
dos elevadores.
§ 5º. Quando a edificação tiver mais de um elevador, as áreas de acesso aos mesmos
devem estar interligadas em todos os pavimentos.
§ 6º. Os elevadores não poderão ser o único meio de acesso aos pavimentos superiores de
qualquer edificação.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
§ 8º. Não será considerado o último pavimento, quando este for de uso exclusivo do
penúltimo ou destinado a servir coma área de uso coletivo.
Seção VIII
Das instalações para Depósito de Lixo
Art. 117. Em todas as edificações, exceto aquelas de uso para habitação de caráter
permanente unifamiliar, deverá ser reservado área do terreno voltada e aberta para o passeio
público para o depósito de lixo a ser coletado pelo serviço público classificado segundo o tipo de
lixo.
CAPÍTULO VII
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
§ 2º. Nos demais casos de edificação unifamiliar e/ou multifamiliar, além das exigências
deste Código que lhes couber, as mesmas deverão ser constituídas de sala, dormitório, cozinha,
área de serviço e sanitário.
Seção I
Das Residências Geminadas
§ 1º. As residências geminadas deverão ter testada mínima de 6,00m (seis metros) para
cada unidade.
§ 2º. O lote das residências geminadas só poderá ser desmembrado quando cada unidade
tiver as dimensões mínimas de lote estabelecidas pela Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do
Solo Urbano e as moradias, isoladamente, estejam de acordo com este Código.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 120. A taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento são as definidos pela Lei
de Zoneamento para a zona onde se situarem.
Seção II
Das Residências em Serie, Paralelas ao Alinhamento.
Art. 123. A taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento são os definidos pela Lei
de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano para a zona onde se situarem.
Seção III
Das Residências em Serie, Transversais ao Alinhamento
III - cada unidade de moradia possuirá uma área de terreno de uso exclusive, com, no
mínimo, 6,00m (seis metros) de testada e 125,00m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) de
área mínima;
Art. 126. A taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento são os definidos pela Lei
de Zoneamento de Uso de Ocupação do Solo para a zona onde se situarem.
CAPÍTULO VIII
DAS EDIFICAÇÕES PARA O TRABALHO
Seção I
Do Comércio em Geral
Parágrafo único. Será admitida edificação em madeira, seja qual for à área construída,
desde que ouvido o Corpo de Bombeiros e não contrarie normas de saúde pública.
Art. 128. As galerias comerciais, além das disposições deste Código que lhes forem
aplicáveis, deverão:
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Seção II
Dos Hotéis e Congêneres
Art. 130. As edificações destinadas a hotéis e congêneres, além das disposições da Seção
I deste Capitulo, que lhes couber, deverão:
I - ter, além dos compartimentos destinados a habitação, apartamentos ou quartos, mais as
seguintes dependências:
a) vestíbulo com local para instalação de portaria;
b) sala de estar geral;
c) entrada de serviço.
II - ter 2 (dois) elevadores, quando com mais de 3 (três) pavimentos ou mais de 10,00m
(dez metros) de altura, sendo um deles de serviço, ou mais elevadores se assim exigir o
respectivo calculo de trafego;
III - ter local para coleta de lixo situado no pavimento térreo ou subsolo, com acesso pela
entrada de serviço;
IV - ter, em cada pavimento com apartamentos ou quartos sem banheiro, instalações
sanitárias, separadas per sexo, na proporção de 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) chuveiro, 1 (um)
lavatório e, quando masculino, 1 (um) mictório, no mínimo, para cada 6 (seis) hóspedes;
V - ter vestiário e instalação sanitária privativas para pessoal de serviço.
Art. 131. Os dormitórios deverão possuir área mínima de 9,00m2 (nove metros
quadrados).
Art. 132. Os corredores de circulação deverão ter largura mínima de 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros).
Seção III
Dos Prédios de Escritórios
Seção IV
Dos Restaurantes, Bares, Cafés, Confeitarias, Lanchonetes e Congêneres
Art. 134. As edificações deverão observar, no que couber, as disposições da Seção I deste
Capítulo.
Art. 135. As cozinhas, copas, despensas e locais de consumação não poderão ter ligação
direta com compartimentos sanitários ou destinados a habitação.
Art. 136. Nos estabelecimentos com área acima de 40,00m2 (quarenta metros quadrados),
serão necessários compartimentos sanitários públicos para cada sexo, obedecendo aos requisitos
de, no mínimo, 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório para cada 40,00m2 (quarenta metros
quadrados) de área útil.
Seção V
Das Edificações Industriais
Art. 138. As edificações destinadas à indústria em geral, além das disposições constantes
na Consolidação das Leis do Trabalho - CL T, deverão:
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
CAPÍTULO IX
DAS EDIFICAÇÕES ESPECIAIS
Seção I
Das Escolas e Estabelecimentos Congêneres
Seção II
Dos Estabelecimentos Hospitalares e Congêneres
Seção III
Dos Locais de Reunião e Sala de Espetáculos
Art. 141. As edificações destinadas a auditores, cinemas, teatros, salões de baile, ginásios
de esportes, templos religiosos e similares, deverão atender as seguintes disposições:
I - ter instalações sanitárias separadas para cada sexo, com as seguintes proporções
mínimas:
a) para o sanitário masculino, 1 (um) vaso sanitário, 2 (dais) Lavatórios e 1 (um) mictório
para cada 100 (cem) lugares; .
b) para o sanitário feminino, 2 (dois) vasos sanitários e 2 (dois) lavatórios para cada 100
(cem) lugares;
II - para efeito de calculo do número de pessoas será considerado, quando não houver
lugares fixos a proporção de 1,00m² (um metro quadrado) por pessoa, referente à área
efetivamente destinada as mesmas;
III - serão obrigatórias instalações sanitárias para as pessoas portadoras de
necessidades especiais físicas, de acordo com o Decreto Federal n.05296/2004 e NBR 9050;
IV - portas deverão ter a mesma largura dos corredores sendo que as de saída da
edificação deverão ter sua largura correspondente a 0,01 m (um centímetro) por lugar, não
podendo ser inferior a 2,00m (dois metros), e deverão abrir de dentro para fora;
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Seção IV
Das Oficinas Mecânicas, Postos de Serviços e Abastecimento para Veículos
CAPÍTULO X
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Seção I
Das Penalidades
Art. 145. As infrações as disposições desta Lei Complementar serão punidas com as
seguintes penas:
I - embargo da obra;
II - interdição;
III - demolição;
IV-multas.
Seção II
Do Embargo
Art. 147. Ocorrendo um dos casos mencionados no art. 146, o agente fiscal lavrará a
Notificação de Embargo, dando imediata ciência da mesma ao proprietário, ao responsável
técnico, ou ao encarregado pela obra.
Parágrafo único. Será cobrado o valor da multa a cada reincidência das infrações
cometidas, prevista no caput, sem prejuízo a outras penalidades legais cabíveis.
Art. 150. A Notificação de Embargo será levada ao conhecimento do infrator para que a
assine e, em caso de recusa ou de não ser encontrado segue o processo administrativo e a
competente ação judicial, para suspensão da obra ou demolição.
Seção III
Da interdição
Art. 151. Um prédio ou qualquer de suas dependências poderá ser interditado a qualquer
tempo, com impedimento de sua ocupação, quando oferecer perigo iminente de caráter publico.
Art. 152. A interdição prevista no art. 151 será imposta por escrito, mediante lavratura de
Notificação de interdição, apos vistoria efetuada pelo órgão competente.
Parágrafo único. Não atendida à interdição e não interposto recurso ou indeferido este,
tornará o Município as providências cabíveis.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
Art. 153. A Notificação de interdição será levada ao conhecimento do infrator para que a
assine e, em caso de recusa ou de não ser encontrado, segue o processo administrativo e a
competente ação judicial, para suspensão da obra ou demolição.
Seção IV
Da Demolição
Art. 154. A demolição parcial ou total será imposta toda vez que for infringido qualquer
dispositivo deste Código.
Art. 155. A demolição não será imposta a obra nos casos em que sejam executadas
notificações que a enquadrem nos dispositivos da legislação em vigor.
Art. 156. A demolição, no todo ou em parte, será feita pelo proprietário, sem ônus para o
poder publico.
Seção V
Das Multas
Art. 157. Independente de outras penalidades previstas pela legislação em geral e por este
Código serão aplicadas multas, através do auto de infração, no valor de 50 (cinquenta) a 5.000
(cinco mil) URM - Unidade de Referencia Municipal para as seguintes infrações:
I – se as obras prosseguirem após a lavratura na Notificação de Embargo;
II – quando as obras forem executadas em desacordo com as indicações apresentadas
para a sua aprovação ou sem o respectivo Alvará de Construção;
III - quando a edificação for ocupada sem que o Município tenha feito sua vistoria e
expedido o respectivo Certificado de conclusão de Obra;
IV - para a infração de qualquer disposição estabelecida neste Código;
V - não obedecido o ato de interdição.
Art. 158. Por ocasião da vistoria, se for constatado que a edificação não foi construída,
aumentada, reconstruída ou reformada de acordo com o projeto aprovado, o responsável técnico
será multado, de acordo com as disposições deste Código e intimado a regularizar o projeto, caso
as alterações possam ser aprovadas, ou a fazer demolição ou as modificações necessárias para
repor a obra de acordo com o projeto aprovado.
Art. 159. Terão andamento sustado os processes cujos profissionais estejam em debito
com o Município, por multas provenientes de infrações a este Código.
Art. 162. Lavrado o Auto de infração e comunicado o infrator, este, a partir da data da
comunicação, deverá efetuar o recolhimento da multa dentro de 5 (Cinco) dias úteis findo os
quais, se não atender, far-se-á cobrança judicial.
Seção VI
Da Defesa
Art. 164. O contribuinte terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar a defesa contra a
notificação ou a autuação, contados da data do seu recebimento.
Art. 165. A defesa far-se-á por requerimento protocolado junto ao Órgão municipal,
facultada a juntada de documentos.
Seção VII
Do Recurso
Art. 167. Caberá recurso da decisão de primeira instância, dirigido ao Prefeito, sem
efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Parágrafo único. E vedado, em uma única petição, interpor recursos referentes a mais de
uma decisão ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo recorrente, salvo
quando as decisões forem proferidas em um único processo.
Art. 169. Nenhum recurso será recebido se não estiver acompanhado de comprovante de
pagamento da multa aplicada, quando cabível.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
CAPÍTULO XI
DOS EFEITOS DAS DECISÕES
Art. 171. A decisão que tornar insubsistente a autuação produzirá os seguintes efeitos,
conforme o caso:
I - restituição da multa paga indevidamente, no prazo de 10 (dez) dias após o respectivo
pedido de restituição, formulado pelo autuado;
II - suspensão da demolição do imóvel;
III - cancelamento do embargo da obra ou da interdição da edificação.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 172. Os casos omissos neste Código serão analisados pelo Conselho Municipal do
Plano Diretor, após o que será determinado o prazo para sua regularização.
Art. 173. As exigências contidas nesta Lei Complementar deverão ser acrescidas das
imposições especificas do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Meio Ambiente, bem como
das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e Decreto Federal 5296/2004.
Art. 174. Dentro de 90 (noventa) dias a contar da sua entrada em vigor, o Poder
Executivo regulamentara, no que couber, esta Lei Complementar.
Art. 175. São partes integrantes desta Lei Complementar os anexos constantes dos incisos
I a III:
I - Tabela I e II - Áreas comuns de edificações multifamiliares e Vagas para
Estacionamento - Anexo I;
Art. 176. Esta Lei Complementar entra em vigor após 90 (noventa) dias da sua
publicação e fica revogada a Lei Municipal n.º028/1991.
Em 19 de Dezembro de 2014.
ANEXO I
(*) A área de ventilação mínima refere-se a relação entre a área de abertura e a área do piso .
OBSERVAÇÃO:
Edificações para fins Clube social, esportivo, ginásio 1 vaga /12,50m² de área construída
recreativos e esportivos de esporte, estádio e /ou pavimentada
ANEXO II
OBSERVAÇÕES:
Hall do prédio:
1- Área mínima de 12m² é exigida quando houver um só elevador , quando houver mais
de um elevador, á área devera ser aumentado de 30% por elevador excedente.
ANEXO III
DEFINIÇÕES DE EXPRESSÕES ADOTADAS
9. Área: Superfície do lote não ocupado pela edificação considerada por uma
projeção horizontal.
10. Área Coberta: Área cujo perímetro é aberto em um dos lados para o logradouro
público.
23. Baldrame: Viga de concreto ou madeira que corre sobre fundações ou pilares para
apoiar o piso.
24. Beiral: Prolongamento do telhado, além da prumada das paredes, até uma largura
de 1,20m ( um metro e vinte centímetros).
25. Brise: Conjunto de chapas de material fosco que se põe nas fachadas expostas ao
sol para evitar o aquecimento excessivo dos ambientes sem prejudicar a ventilação e a
iluminação.
26. Caixa de Escada: Espaço ocupado por uma escada, desde o pavimento inferior até
o último pavimento.
30. Circulo Inscrito: É o círculo máximo que pode ser traçado dentro de um
compartimento.
34. Corrimão: Peça ao longo e ao(s) lado(s) de uma escada e que serve de resguardo
ou apoio.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
36. Declividade: Relação percentual entre a diferença das cotas aritméticas de dois
pontos e a sua distância horizontal.
47. Galpão: construção constituída por uma cobertura , fechada parcialmente por meio
de paredes ou tapumes , não podendo servi pra uso residencial.
50. Hachura: Rajado , que no desenho produz efeitos de sombra ou meio –tom
55. Ladrão : Tubo de descarga colocado nos depósitos de água ,banheiros , pias ,etc,
para escoamento automático do excesso de água .
56. Lavatório : Bacia para lava as mãos ,com água encanada e esgoto .
60. Matérias Incombustíveis: Consideram-se para efeito desta lei concreto simples ou
armado , peças metálicas, tijolos, pedras, matérias cerâmica ou de fibrocimento de outras cuja
incombustibilidade seja reconhecida pela associação de normas técnicas .
62. Meio –fio : Peça de pedra ou de concreto que separa em desnível o passeio da
parte carroçável das ruas .
63. Mezanino: Andas com área ate 35% da área do compartimento inferior ,com
acesso interno a exclusiva desse . O mezanino será computado como área construída.
66. Para –Raio: Dispositivo destinado a proteger as edificações contra os efeitos dos
raios.
67. Parede -Cerga : Parede sem abertura .
70. Pavilhão : Construção constituída por uma cobertura , fechada totalmente por
meio de paredes ou tapumes , não podendo servir para uso residencial .
72. Pavimento Terro :É o pavimento cujo piso situa-se no nível de terreno ou de ate
1,20 m acima no nível médio do alinhamento ,tomando com base o acesso principal da
edificação.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FÉLIX DO CORIBE
Estado da Bahia
Av. Luiz Eduardo Magalhães, s/n.º - Centro
75. Porão: Parte de uma edificação que fica entre o solo e o piso do pavimento térreo.
76. Profundidade do Lote: Distância da testada á divisa aposta (se a forma do lote for
irregular avaliar-se a profundidade média )
78. Recou: Distância entre o limite externo as área ocupada por edificação e as divisa
do lote.
79. Reforma : Fazer obra que altera a edificação em parte essencial por suspensão
acréscimo ou modificação .
92. Vestibular espaço entre a porta e o acesso a escada ,no interior de edificação.
95. Verga : É a estrutura colocada sobre vãos ou é o espaço compreendido entre vãos
e o teto.
Em 19 de Dezembro de 2014.