Tratamento Cirúrgico Do Hálux Valgo de Moderada Deformidade Pela Técnica de Reconstrução Distal de Partes Moles: Avaliação Radiográfica
Tratamento Cirúrgico Do Hálux Valgo de Moderada Deformidade Pela Técnica de Reconstrução Distal de Partes Moles: Avaliação Radiográfica
Tratamento Cirúrgico Do Hálux Valgo de Moderada Deformidade Pela Técnica de Reconstrução Distal de Partes Moles: Avaliação Radiográfica
Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi a comparação da mensuração radiográfica pré e
pós-operatória dos ângulos metatarsofalângico, intermetatarsal e subluxação do sesamoide
lateral. Métodos: Neste estudo prospectivo, realizado entre abril de 2012 e abril de 2014,
é avaliado o tratamento cirúrgico de 17 pacientes, 20 pés, portadores de hálux valgo de
moderada deformidade. Todos os pacientes fizeram reconstrução distal de partes moles
pela mesma técnica cirúrgica. Conclusão: Ficou demonstrado que a correção do ângulo
metatarsofalângico regrediu em média 17°, ângulo intermetatarsal em 5° e a correção da
subluxação do sesamoide lateral foi de 45%.
Abstract
Objective: This study aim was to compare radiographic measurement of the metatarso-
phalangeal angle, measurement of the first second intermetatarsal angle and measurement
of the alignment of the lateral sesamoid in the previous and post operatory period. Me-
thods: In this prospective study, to be effect from April 2012 to April 2014, the surgical
treatment on 17 patients, 20 feet, suffering from hallux valgus with moderate deformity,
were evaluated. All the patients were treated using the same technique of distal soft-tissue
reconstruction. Conclusion: The results show that the average correction of the metatar-
sophalangeal angle of 17.05 degrees, an average correction of the intermetatarsal angle of
5.25 degrees and an average correction the magnitude of the lateral sesamoid subluxation
of 45 per cent.
Correspondência
Antônio Francisco Ruaro Trabalho realizado na Clínica de Fraturas, Ortopedia e Reabilitação Umuarama Ltda e Hospital Cemil, Umuarama, PR, Brasil.
Rua Walter Kraiser, 3434 1
Mestre em Ortopedia pela FMUSP. Docente da Universidade Paranaense, UNIPAR, Umuarama, PR, Brasil.
CEP: 87503-710 – Umuarama (PR), Brasil 2
Professor Doutor do Departamento de Ortopedia e Médico Assistente do Grupo de Afecções Pediátricas do IOT-HC FMUSP, São Paulo,
E-mail: [email protected] SP, Brasil.
3
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Data de recebimento 4
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
8/4/2015 5
Doutor Licenciado em Matemática/Estatística; Docente da Universidade Paranaense, UNIPAR, Umuarama, PR, Brasil.
Data de aceite
5/5/2015
Ruaro AF, Carvalho Junior AE, Ruaro Filho AF, Scopel V, Gerbasi AR
Técnica operatória
O RDPM realizada sequenciou, com algumas modifi-
Figura 1. Acesso medial centrado na cabeça metatarsal.
cações, as orientações e detalhes adotados e descritos nos
originais por Mann e Coughlin (2000)(4) de forma a permi-
tir a reprodutibilidade e a comparação de resultados, sendo
realizada ordenadamente em quatro tempos cirúrgicos, após
expressão sanguínea, feito com faixa de Esmarch, de distal
para proximal, seguida de garrote pneumático, insuflado a
350mm de mercúrio na raiz da coxa.
Primeiro tempo cirúrgico – Capsulotomia medial e res-
secção da exostose.
▪ Incisão longitudinal interna, mediana, entre a superfície
dorsal e plantar de 4.0cm de comprimento, sobre a saliên Figura 2. Identificação e proteção do nervo digital.
cia medial da cabeça do primeiro metatarsal (Figura 1),
com início proximal a 3.0cm da articulação MF, afastan-
▪ Ressecção da exostose medial, com auxilio de formão
do-se o nervo digital com os devidos cuidados (Figura 2).
tipo faca de corte paralelo, com a cortical medial da diá
▪ Exposição da cápsula articular MF.
fise do primeiro metatarsal, ou em linha com a borda
▪ Capsulotomia com dupla incisão e liberação de retalho
interna do pé (Figura 4 A e B).
capsular com aproximadamente 0,8cm de largura, em
forma de “V”, de ápice proximal (Figura 3). Segundo tempo cirúrgico - Tenotomia do adutor do
▪ Identificação e exposição da exostose na cabeça meta- hálux, capsulotomias lateral transversal e longitudinal, inser-
tarsal. ção do tendão adutor do hálux.
A B
Figura 8. A e B) Túnel trans-ósseo e passagem do fio transversal de
sutura fixo ao tendão adutor do hálux.
Figura 11. Ponto de “8” para alinhamento do hálux.
A B
Figura 9. A e B) Ao se apertar o no, o fio de sutura estabiliza o tendão
adutor na face lateral da cabeça metatarsal, invertendo a sua função, e
junta a cápsula articular plantar a dorsal medializando os sesamoides.
A B C D
Figura 13. A, B, C e D) Ordem 17, paciente CL. Imagens pré-operatório (A e B) e o pós-operatório com 9 meses
de evolução (C e D).
Tabela 3. Pacientes submetidos à cirurgia de correção do ângulo me- Tabela 4. Pacientes submetidos à cirurgia de correção do ângulo in-
tatarsofalângico - AMF. Teste t de Student (dados pareados) termetatarsal - AIM. Teste t de Student (dados pareados)
AMF Antes Depois AIM Antes Depois
Média 27,10 10,00 Média 14,00 8,75
Desvio Padrão 4,63 3,16 Desvio Padrão 1,17 1,10
Erro Padrão 1,03 0,71 Erro Padrão 0,26 0,24
Média das diferenças 17,05 - Média das diferenças 5,25 -
t= 20,27 - t= 14,23 -
Graus de Liberdade 19 - Graus de Liberdade 19 -
Teste bilateral p<0,0001 - Teste bilateral p<0,0001 -
As médias são significativas? (p<0,05) Sim - As médias são significativas? (p<0,05) Sim -
O pareamento é significativamente eficaz? Sim - O pareamento é significativamente eficaz? Sim -
Fonte: Clínica de Fraturas Ortopedia e Reabilitação Umuarama Ltda e Hospital Cemil Fonte: Clínica de Fraturas Ortopedia e Reabilitação Umuarama Ltda e Hospital Cemil
de Umuarama - PR. de Umuarama - PR.
Conclusão: A média das diferenças entre os escores AMF, antes e após a cirurgia, é Conclusão: A média das diferenças entre os escores AIM, antes e após a cirurgia, é
estatisticamente muito significativa, pois p<0,0001, sugerindo por conseguinte que, estatisticamente muito significativa, pois p<0,0001, sugerindo por conseguinte que, o
o ato cirúrgico tem restrito potencial para a correção do ângulo metatarsofalângico. ato cirúrgico tem restrito potencial para a correção do ângulo intermetatarsal.
e o hálux, ao ser angulado medialmente, promove alinha- Tabela 5. Pacientes submetidos à cirurgia de correção do ângulo sublu-
mento por ruptura da cápsula lateral, fator de estabilidade. A xação do sesamoide lateral- SSL Teste t de Student (dados pareados)
AIM Antes Depois
seu ver, a re-inserção do tendão adutor do hálux, na projeção
Média 68,75 23,75
da face lateral da cabeça metatarsal, deve ser feita ao nível de Desvio Padrão 11,11 20,64
cápsula articular. Erro Padrão 2,48 4,62
Em nosso estudo, a reconstrução distal de partes moles Média das diferenças 45,00 -
t= 11,57 -
foi a mesma. Duas incisões, medial e lateral foram realizadas:
Graus de Liberdade 19 -
Na incisão lateral, cuidados com a vascularização foram Teste bilateral p<0,0001 -
tomados devido ao risco de danificá-la, como propõem As médias são significativas? (p<0,05) Sim -
SHEREFF et al. (1987)(20). O pareamento é significativamente eficaz? Sim -
Fonte: Clínica de Fraturas Ortopedia e Reabilitação Umuarama Ltda e Hospital Cemil
A capsulotomia lateral transversa contínua que facilitou de Umuarama - PR.
Conclusão: A média das diferenças entre os escores SSL, antes e após a cirurgia, é estatis-
a obtenção da congruência articular foi realizada em confor- ticamente muito significativa, pois p<0,0001, sugerindo por conseguinte que, o ato cirúr-
midade com KITAOKA et al. (1991). Em nossa casuística gico tem restrito potencial para a correção do ângulo subluxação do sesamoide lateral.
não detectamos hipercorreção do hálux valgo, em que pese considerado ideal para a cicatrização de partes moles e daí em
as considerações de Mann; Coughlin (1981)(18) e Mann; diante, ainda mais nos primeiros três meses da cirurgia, orien-
Pleffinger (1991)(19) da possibilidade de hipercorreção. tou-se à utilização de caçados adequados, salto baixo e largo
A capsulotomia lateral longitudinal foi sempre realizada, na sua câmara anterior. Medidas estas de suma importância,
objetivando o deslocamento dos sesamoides para a posição por serem consideradas impeditivas das recidivas.
original sob a cabeça metatarsal. Os pacientes foram avaliados radiograficamente, para
A transferência do tendão do músculo adutor do hálux, fins deste estudo, após nove meses da cirurgia. Este perío-
para a face lateral da cabeça do primeiro metatarsal se fez do de tempo, embora exíguo, é suficiente para ter ocorrido
como recomenda Coughlin 1996(2), na junção músculo-tendí- a cicatrização das partes moles e a recuperação funcional.
nea, porém, como inovação, a fixação justa-óssea teve apoio Todavia, é corrente que os resultados tanto clínicos quanto
no centro da face lateral da cabeça metatarsal, por túnel trans- radiográficos não são estanques, e sim evolutivos. A propo-
-ósseo, o que confere eficiente estabilidade. Neste tempo ci- sição de avaliar neste curto seguimento, não invalida a quali-
rúrgico, a sutura foi realizada com poliglactina 2-0, permitin- dade da informação, pois todos os pacientes foram julgados
do-se na face medial a sobra do fio de sutura, que no terceiro no mesmo espaço de tempo após a cirurgia.
tempo foi utilizado na primeira etapa da capsuloplastia. Neste trabalho, a avaliação radiográfica da RDPM, pela
A incisão medial, centrada na face interna da cabeça me- média aritmética, mostrou regressão quantitativa do AMF
tatarsal, realizada com os devidos cuidados preservou o em 17.05 graus, do AIM em 5.25 graus e correção da SSL em
nervo digital. 45% (Tabela 2).
O estudo da análise estatística confirmou as expectativas
A capsulotomia para expor a exostose se fez em formato de
evidenciadas pela média aritmética mostrando ter ocorrido
“V” de ápice proximal e a ressecção da exostose em linha com a
melhora significativa dos índices relacionados à gravidade
borda interna do pé, ou paralela com a cortical medial da diáfise
no hálux valgo de moderada deformidade (Tabela 3, 4 e 5).
do primeiro metatarsal como propõe COUGHLIN (1996)(2), o
A literatura exemplificada no estudo, prospectivo e ran-
que permite melhor ajuste e estética na área de reparo.
domizado, de Mann e Coughlin (2000)(4) demonstra resulta-
A capsuloplastia medial englobou três etapas de sutura:
do semelhante, ao obter na RDPM realizada isoladamente, a
Na primeira, fez-se a aproximação da borda capsular
correção em média do AMF em 17º e do AIM em 5.2º.
plantar à borda capsular dorsal, para tração e correção
Porém, num estudo, retrospectivo, não homogêneo, de
dos sesamoides.
Kitaoka et al (1991)(3) ancorado na simples ressecção da exos-
Neste tempo cirúrgico, - como inovação, - a sutura foi
tose com ou sem capsulotomia lateral, realizado em trinta e
realizada com três pontos separados. O ponto central,
três pacientes (49 pés), o resultado evidenciou insatisfação
com dupla função, juntou a borda capsular dorsal a
dos pacientes em 41% dos pés operados. A principal razão
plantar utilizando a sobra do fio de sutura do tempo ci- da falha foi a recorrência da deformidade. A média de corre-
rúrgico anterior, bem como, estabilizou na face lateral, ção do AMF foi de 4.8 graus e do AIM de 1.7 graus. Ainda,
pelo túnel trans-ósseo, o tendão adutor do hálux. nesta avaliação, os autores destacam que em cinco anos de
Na sequência, como reforço, pontos equidistantes ao seguimento, a indicação de nova cirurgia correu em 5% dos
central permitiram maior segurança, no efeito da corre- pacientes que fizeram capsulotomia lateral e em 29% dos
ção da luxação lateral dos sesamoides. que não fizeram.
Na segunda, foi realizada a sutura em “8” para correção O confronto antagônico dos resultados de Mann, Cou-
do valgismo do hálux, neste momento, o cirurgião cor- ghlin (2000)(4) e Kitaoka et al (1991)(3) evidenciam a importân-
rige o valgismo, tracionando o primeiro dedo em alinha- cia da amostra ser uniforme e a aplicação criteriosa e meto-
mento e o assistente aperta o nó. dizado da técnica de RDPM.
No quesito, demarcação da indicação da RDPM é opor-
Na terceira etapa, o retalho capsular em “V” foi traciona-
tuno destacar paradigmas de Coughlin. Em 1996(2) referiu
do e suturado para garantir o posicionamento da correção
que a indicação isolada da RDPM está no hálux valgo com
obtida.
AMF inferior a 30º e o AIM inferior a 15º.
No pós-operatório os pacientes foram liberados ao apoio, Por outro lado em 2005(5) acrescenta, - para as deformi-
tão logo possível ao seu conforto, em sandália de Baruk. A dades mais graves, AMF maior de 35º e AIM maior de 16º,
fisioterapia foi permitida de imediato e, na sequência, estimu- que a osteotomia proximal pode ser utilizada em associação
lada. A descarga do peso corporal no pé anterior foi autoriza- a RDPM, para conseguir melhor correção dos ângulos do
da após completarem 45 dias da cirurgia, período de tempo hálux valgo, Já, para as deformidades intermediárias afirma,
depende, na sua essência, da preferência do cirurgião e a fa- com apoio e reabilitação precoce e não acresce os efeitos
cilidade com que o alinhamento é conseguido. indesejáveis das osteotomias.
No que diz respeito às osteotomias proximais, a sua as- A mensuração radiográfica, realizada neste estudo, sugere
sociação com a RDPM tem sido frequente no tratamento que a RDPM atua favoravelmente na regressão dos AMF, AIM
cirúrgico do hálux valgo de moderada e grave deformidade, e SSL, orientando ao considerar os prós e os contras, que esta
uma vez, segundo Piggott (1960)(14), que descreveu a con- técnica cirúrgica deve fazer parte do arsenal terapêutico destina-
gruência articular, ser a forma incongruente a mais comum, do a correção do hálux valgo de moderada deformidade.
ocorrendo em 90.69% dos seus casos e está, por ser fator de
agravamento, necessita de correção. Entretanto, neste afa- CONCLUSÃO
zer, é do conhecimento que as osteotomias, ainda mais as 1 - A reconstrução distal de partes, moles aplicada isola-
proximais, mantém relação direta com intercorrências, entre da e criteriosamente, resultou em regressão significativa dos
as quais: insuficiência do primeiro metatarsal por encurta- ângulos metatarsofalângico, intermetatarsal e na correção da
mento e ou consolidação em flexão dorsal(6,7,8,9,10), retardo de subluxação lateral dos sesamoides, no hálux valgo de mode-
consolidação e pseudo artrose(1,2,4). rada deformidade.
Por outro lado, no que se refere à RDPM quando apli- 2 - A reconstrução distal de partes moles, aplicada isola-
cada isoladamente, apesar de ser rica em detalhes, é de fácil da e criteriosamente, faz parte do vasto arsenal terapêutico,
realização, não requer imobilização prolongada, emprego destinado ao tratamento cirúrgico do hálux valgo de mode-
de material de síntese(2,3). O pós-operatório é mais favorável rada deformidade.
REFERÊNCIAS
1. Carvalho Jr AE, Ruaro AF. Hálux Valgo. In: Herbert S, Barros Filho TEP, tin RAL. Osteotomia da base do I metatarsal do tratamento do hálux
Xavier R, Pardini Jr AJ. Ortopedia e traumatolgia: princípios e prática. valgo moderado e grave: resultados após seguimento médio de oito
3a. ed. Porto Alegre: Artmed; 2009. p. 673-94. anos. Rev Bra Ortop. 2009;44(3):247-53.
2. Coughlin MJ. Hallux valgus. J Bone Joint Surg Am. 1996;78(3):932-63. 11. Kitaoka HB, Alexander IJ, Adellar RS, Nunley JA, Myerson MS, Sanders
Review. M. Clinical rating systems for the ankle-hindffot, midfoot, hallux and
lesser toes. Foot Ankle Int. 1994;15(7):349-53.
3. Kitaoka HB, Franco MG, Weaver AL. Listrup, D. M.: Simple bunionec-
tomy with medial capsulorrhaphy. Foot Ankle Int. 1991;12:86-91. 12. Rosemberg LA. Estudo radiológico do pé. In: Salomão O, Carvalho
Junior AE (eds) Pé e Tornozelo. São Paulo: Instituto de Ortopedia e
4. Mann R, Coughlin M. Adult hallux valgus. In: Mann R, Coughlin MJ. Traumatologia - HC/FMUSP; 1994. p. 19-27, [apostila].
Surgery of the foot and ankle. 7th ed. St.Louis: Mosby-Year Book, 2000.
p. 150-269 13. MitchelL CL, Fleming JL, Allen R, Glenney C, Sanford GA. Osteotomy
bunionectomy for hallux valgus. J. Bone Joint Surg Am. 1958;40:41-60.
5. Coughlin MJ. In: Kitaoka HB. Pé e Tornozelo - Master techniques in
orthopaedic surgery. 2º ed. Rio de Janeiro: 2005. p.71-98. 14. Piggott H. The natural history of hallux valgus in adolescence and early
adult life. J. Bone Joint Surg Br. 1960;42:749-60.
6. Ruaro AF, Carvalho Jr AE. Mensuração radiográfica da discrepância entre
15. Silver D. The operative treatement of hallux valgus. J. Bone Joint Surg.
o primeiro e segundo metatarsais na osteotomia proximal tipo adição
1923;5:225-32.
para tratamento cirúrgico do hálux valgo. Rev ABTPé. 2010;4(1):31-9.
16. McBride ED. A conservative operation for bunions. J. Bone Joint Surg.
7. Wanivenhaus AH, Feldener-Busztin H. Basal osteotomy of the correc-
1928;10:735-9.
tion of metatarsus primus varus associated with hallux valgus. Foot
Ankle Int. 1988;8337-43. 17. DuVries H. In: Surgery of the foot. 2a. ed. St Louis, Mosby, 196, p.436-38.
8. Mann RA, Rudicel S, Graves SC. Repair of hallux valgus with a distal 18. Mann RA Coughlin MJ. Hallux valgus - etiology, anatomy, treatment
soft-tissue porcedure and proximal metatarsal osteotomy. A long term and surgical considerations. Clin Orthop. 1981;157:31-41.
follow up. J Bone Joint Surg Am. 1992;74:124-29.
19. Mann RA Pleffinger L. Hallux valgus repair. DuVries modified McBride
9. Nakagawa S. Metatarsal osteotomy for hallux valgus, optimal correcti- procedure. Clin. Orthop. 1991;272:203.
ve position and design. In: Congress of the International Federation of
Foot and Ankle Societies, 20. Kyoto, 1999. Seminar. Kyoto, 1999.p.1-3. 20. Shereff MJ, Yang QM, Kummer FJ. Extraosseous arterial supply to the
first metatarsal and metatarsophalangeal joint. Foot Ankle Int. 1987;
10. Costa MT, Almeida Pinto RZ, Ferreira RC, Sakata MA, Frizzo GG, San- 8:81-93.