N 1738 Descontinuidades
N 1738 Descontinuidades
N 1738 Descontinuidades
Terminologia
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 26 CONTEC - Subcomissão Autora.
Soldagem As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias),
são comentadas pelas Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando
as Unidades da Companhia e as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado
pelos representantes das Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para
informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.
1 Escopo
NOTA Descontinuidade é a interrupção das estruturas típicas de uma peça, no que se refere à
homogeneidade de características físicas, mecânicas ou metalúrgicas. Não é
necessariamente um defeito. A descontinuidade só deve ser considerada defeito, quando,
por sua natureza, dimensões ou efeito acumulado tornar a peça inaceitável por não
satisfazer os requisitos mínimos da norma técnica aplicável.
1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.
2 Termos e Definições
Para os propósitos desta Norma são adotados os termos e definições indicadas em 2.1 a 2.3.4.
2.1.1
abertura de arco (“arc strike”)
imperfeição local na superfície do metal de base resultante da abertura do arco elétrico.
2.1.2
ângulo excessivo de reforço (“bad reinforcement angle”)
ângulo excessivo entre o plano da superfície do metal de base e o plano tangente ao reforço de
solda, traçado a partir da margem da solda (ver Figura A.1 do Anexo A).
2.1.3
cavidade alongada (“elongated cavity”)
vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo da solda podendo estar localizado:
2.1.4
concavidade (“concavity”)
reentrância na raiz da solda, podendo ser:
a) central, situada ao longo do centro do cordão [ver Figura A.3 parte (a) do Anexo A];
b) lateral, situada nas laterais do cordão [ver Figura A.3 parte (b) do Anexo A].
2.1.5
concavidade excessiva (“excessive concavity”)
solda em ângulo com a face excessivamente côncava (ver Figura A.4 do Anexo A).
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-PÚBLICO-
2.1.6
convexidade excessiva (“excessive convexity”)
solda em ângulo com a face excessivamente convexa (ver Figura A.5 do Anexo A).
2.1.7
deformação angular (“angular misalignment”)
distorção angular da junta soldada em relação à configuração de projeto (ver Figura A.6 do Anexo A),
exceto para junta soldada de topo (ver embicamento).
2.1.8
deformação linear (“linear misalignment”)
junta soldada de topo, cujas superfícies das peças, embora com orientações paralelas,
apresentam-se desalinhadas, excedendo à configuração de projeto (ver Figura A.8 do Anexo A).
2.1.9
deposição insuficiente (“incompletely filled groove”)
insuficiência de metal na face da solda (ver Figura A.7 do Anexo A).
2.1.10
desalinhamento, (“high-low”)
ver deformação linear.
2.1.11
embicamento (“angular misalignment”)
deformação angular de junta soldada de topo (ver Figura A.9 do Anexo A).
2.1.12
falta de fusão (“lack of fusion, incomplete fusion”)
fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base ou entre passes da zona fundida, podendo
estar localizada:
2.1.13
falta de penetração (“lack of penetration, inadequate penetration”)
insuficiência de metal na raiz da solda (ver Figura A.11 do Anexo A).
2.1.14
fissura (“fissure”)
ver termo preferencial: trinca (ver os termos definindo trinca).
2.1.15
inclusão de escória (“slag inclusion”)
material não metálico retido na zona fundida, podendo ser:
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-PÚBLICO-
2.1.16
inclusão metálica (“metallic inclusion”)
metal estranho retido na zona fundida.
2.1.17
micro-trinca (“micro crack”)
trinca com dimensões microscópicas.
2.1.18
mordedura (“undercut”)
depressão sob a forma de entalhe, no metal de base acompanhando a margem da solda (ver
Figura A.13 do Anexo A).
2.1.19
mordedura na raiz (“internal undercut”)
mordedura localizada na margem da raiz da solda (ver Figura A.14 do Anexo A).
2.2.20
passe oco (“hollow bead”)
porosidade linear e alongada que ocorre no passe de raiz.
2.1.21
penetração excessiva (“excessive penetration”)
metal da zona fundida em excesso na raiz da solda (ver Figura A.15 do Anexo A).
2.1.22
perfuração (“burn thru, excessive melt thru”)
furo na solda [ver Figura A.16 parte (a) do Anexo A] ou penetração excessiva localizada [ver
Figura A.16 parte (b) do Anexo A], resultante da perfuração do banho de fusão durante a soldagem.
2.1.23
poro (“gas pore”)
vazio arredondado, isolado e interno à solda.
2.1.24
poro superficial (“superficial gas pore”)
poro que emerge a superfície da solda.
2.1.25
porosidade (“gas pocket, porosity, blow hole”)
conjunto de poros distribuídos de maneira uniforme, entretanto não alinhado (ver Figura A.17 do
Anexo A).
2.1.26
porosidade agrupada (“clustered porosity”)
conjunto de poros agrupados (ver Figura A.18 do Anexo A).
2.1.27
porosidade alinhada (“linear porosity”)
conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção paralela ao eixo longitudinal da solda
(ver Figura A.19 do Anexo A).
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-PÚBLICO-
2.1.28
porosidade vermiforme (“worm-hole”)
conjunto de poros alongados ou em forma de espinha de peixe situados na zona fundida (ver
Figura A.20 do Anexo A).
2.1.29
rechupe de cratera (“crater pipe”)
falta de metal resultante da contração da zona fundida, localizada na cratera do cordão de solda (ver
Figura A.21 do Anexo A).
2.1.30
rechupe interdendrítico (“interdendritic shrinkage”)
vazio alongado situado entre dendritas da zona fundida.
2.1.31
reforço excessivo (“excessive reinforcemen”)
excesso de metal da zona fundida, localizado na face da solda (ver Figura A.22 do Anexo A).
2.1.32
respingos (“spatter”)
glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e aderidos à superfície do metal de
base ou à zona fundida já solidificada.
2.1.33
sobreposição (“overlap”)
excesso de metal da zona fundida sobreposto ao metal de base na margem da solda, sem estar
fundido ao metal de base (ver Figura A.23 do Anexo A).
2.1.34
solda em ângulo assimétrica (“assymetrical fillet weld”)
solda em ângulo, cujas pernas são significativamente desiguais em desacordo com a configuração de
projeto (ver Figura A.24 do Anexo A).
2.1.35
trinca (“crack”)
Descontinuidade bidimensional produzida pela ruptura local do material.
2.1.36
trinca de cratera (“crater crack”)
trinca localizada na cratera do cordão de solda, podendo ser:
2.1.37
trinca em estrela (“star crack”)
trinca irradiante de tamanho inferior à largura de um passe da solda considerada (ver trinca
irradiante ).
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-PÚBLICO-
2.1.38
trinca interlamelar (“lamellar tearing”)
trinca em forma de degraus, situados em planos paralelos à direção de laminação, localizada no
metal de base, próxima à zona fundida (ver Figura A.26 do Anexo A).
2.1.39
trinca irradiante (“radiating crack”)
conjunto de trincas que partem de um mesmo ponto, podendo estar localizada:
2.1.40
trinca longitudinal (“longitudinal crack”)
trinca com direção aproximadamente paralela ao eixo longitudinal do cordão de solda, podendo estar
localizada:
2.1.41
trinca na margem (“toe crack”)
trinca que se inicia na margem da solda, localizada geralmente na zona afetada termicamente (ver
Figura A.29 do Anexo A).
2.1.42
trinca na raiz (“root crack”)
trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada:
2.1.43
trinca ramificada (“branching crack”)
conjunto de trincas que partem de uma trinca, podendo estar localizado:
2.1.44
trinca sob cordão (“underbead crack”)
trinca localizada na zona afetada termicamente não se estendendo à superfície da peça (ver
Figura A.32 do Anexo A).
2.1.45
trinca transversal (“transverse crack”)
trinca com direção aproximadamente perpendicular ao eixo longitudinal do cordão de solda, podendo
estar localizada:
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-PÚBLICO-
2.2.1
chapelim (“chaplet”)
descontinuidade proveniente da fusão incompleta dos suportes de resfriadores ou machos.
2.2.2
chupagem (“shrinkage cavity”)
ver termo preferencial: rechupe.
2.2.3
crosta (“scab”)
saliência superficial constituída de inclusão de areia, recoberta por fina camada de metal poroso.
2.2.4
desencontro (“shift”)
descontinuidade proveniente de deslocamento das faces de contato das caixas de moldagem.
2.2.5
enchimento incompleto (“misrun”)
insuficiência de metal fundido na peça.
2.2.6
gota fria (“cold shut”)
glóbulos parcialmente incorporados à superfície da peça, provenientes de respingos de metal líquido
nas paredes do molde.
2.2.7
inclusão (“insert”)
retenção de pedaços de macho ou resfriadores no interior da peça.
2.2.8
inclusão de areia (“sand inclusion”)
areia desprendida do molde e retida no metal fundido.
2.2.9
interrupção de vazamento (“shut metal”)
ver termo preferencial: metal frio.
2.2.10
metal frio (“shut metal”)
descontinuidade proveniente do encontro de 2 correntes de metal fundido que não se caldearam.
2.2.11
porosidade (“porosity”)
conjunto de poros causado pela retenção de gases durante a solidificação.
2.2.12
queda de bolo (“crush”)
descontinuidade proveniente de esboroamento dentro do molde.
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-PÚBLICO-
2.2.13
rabo de rato (“rat tail”)
depressão na superfície da peça causada por ondulações ou falhas na superfície do molde.
2.2.14
rechupe (“shrinkage cavity”)
vazio resultante da contração de solidificação.
2.2.15
segregação (“segregation”)
concentração localizada de elementos de liga ou impurezas.
2.2.16
trinca de contração (“hot tear”)
descontinuidade bidimensional resultante da ruptura local do material, causada por tensões de
contração, podendo ocorrer durante ou subseqüentemente à solidificação.
2.2.17
veio (“veining, fin”)
descontinuidade na superfície da peça, tendo a aparência de um vinco, causada por movimentação
ou trinca do molde de areia.
2.3.1
dobra (“lap”)
descontinuidade localizada na superfície da peça, resultante do caldeamento incompleto durante a
laminação ou forjamento.
2.3.2
dupla-laminação (“lamination”)
descontinuidade bidimensional paralela à superfície da chapa, proveniente de porosidade ou rechupe
do lingote que não se caldearam durante a laminação.
2.3.3
lasca (“seam”)
descontinuidade superficial alinhada proveniente de inclusão ou de porosidade não caldeada durante
a laminação.
2.3.4
segregação (“segregation”)
concentração localizada de elementos de liga ou de impurezas.
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/ANEXO A
8
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ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Não existe índice de revisões.
REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação
REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração
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IR 1/1