Recurso Ordinário
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Recurso Ordinário
com fundamento no art. 105, II, “a” da Constituição Federal e art. 30 da Lei
8.038/90.
Pede deferimento.
Comarca/Data
Advogado/OAB
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Recorrente: FULANO.
Recorrida: JUSTIÇA PÚBLICA.
1.DOS FATOS
Colhe-se dos autos deste Habeas Corpus que o Paciente fora preso em flagrante delito,
em 00 de abril do ano de 0000, pela suposta prática de crime de estupro de vulnerável.
(CP, art. 217-A)
Onde em seguida, foi impetrada ordem de Habeas Corpus em liça (HC nº. 112233/PP).
Do exame do mérito, 00ª Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado, à
unanimidade de votos, conheceu do Habeas Corpus, contudo negou provimento.
Mantivera, assim, a decisão combatida irretorquível.
2.DO DIREITO
Por outro ângulo, como antes disposto, o Paciente não ostenta quaisquer das hipóteses
situadas no art. 312 da Legislação Adjetiva Penal, as quais, nesse ponto, poderiam
inviabilizar o pleito de liberdade provisória.
Como se vê, o Paciente, antes havido negado a prática do delito que lhe restou imputado
pelo Parquet, demonstrou em sua defesa preliminar que é réu primário e de bons
antecedentes. Comprovara, mais, possuir residência fixa e ocupação lícita.
Não havia nos autos do inquérito policial, principalmente no auto de prisão em flagrante
nem assim ficou demonstrado no despacho prolatado pelo Juízo monocrático, nem
mesmo ventilado no acórdão combatido, por outro ângulo, quaisquer motivos que
implicassem na decretação preventiva do Paciente. Assim, absolutamente pertinente a
concessão do benefício da liberdade provisória, com ou sem fiança. (CPP, art. 310, inc.
III)
Não é preciso muitas delongas para se saber que é regra fundamental, extraída da Carta
Magna, que é dever de todo e qualquer magistrado motivar suas decisões judiciais, à luz
do que reza o art. 93, inc. IX da Constituição Federal.
Apenas pelo fato de se tratar de imputação de “crime grave”, como implícito na decisão
em mira, não possibilita, por si só, manter a decretação da prisão preventiva do Paciente
e, por conseguinte, negar-lhe a liberdade provisória.
Dessa forma, a decisão em comento é ilegal, também por mais esse motivo, sobretudo
quando vulnera a concepção trazida no bojo do art. 93, inc. IX, da Carta Magna e, mais,
do art. 315 da Legislação Penal.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso, para que seja reconhecida
a ilegalidade da prisão em flagrante, com fundamento no art.302 do CPP, devendo haver
seu relaxamento, com fulcro no art. 5o, LXVIII, da CF. Ademais, requer a expedição de
alvará de soltura.
Pede Deferimento
Comarca/Data
Advogado/OAB