Estatuto Dos Servidores Publicos Do Estado de Minas Gerais Parte I E1656584871
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869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do
Estado de Minas Gerais – Parte I
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte I
Sumário
Diogo Surdi
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Art. 21. Os cargos, funções e empregos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
§ 1º A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração.
§ 2º O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual
período.
§ 3º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso públi-
co será convocado, observada a ordem de classificação, com prioridade sobre novos concursados,
para assumir o cargo ou emprego na carreira.
§ 4º A inobservância do disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo implica nulidade do ato e punição
da autoridade responsável, nos termos da lei.
Perceba que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca,
para os servidores estaduais, poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua prorrogação, que po-
derá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo inicialmente previsto para a validade
do certame.
Exemplo: poderá a Administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de validade de
um ano, estabelecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser prorrogado uma única
vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a Administração (trata-se de uma faculdade) prorro-
gar a validade do mesmo por mais um ano ou realizar um novo concurso.
“E poderá a Administração publicar edital de concurso com o prazo de validade de dois anos,
improrrogáveis?”
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi que a Adminis-
tração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possibilidade de prorrogação.
“E se fosse publicado um edital com prazo de um ano, estabelecendo a possibilidade de pror-
rogação por três vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a quatro anos, seria
válido?”
Ainda que o prazo total de quatro anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desrespeitada a
regra de uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado nulo neste aspecto.
“E se houver um edital regulamentando um concurso e estabelecendo como prazo de valida-
de dois anos, com a possibilidade de prorrogação por um ano. Estaria a Administração, nessa
situação, respeitando a lei complementar?”
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Aqui, há uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo total respeitado. No
entanto, além dessas regras, não podemos nos esquecer de que a prorrogação, em todos os
casos, deve ser pelo mesmo período inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2
anos, 6 meses + 6 meses.
Art. 16. A primeira investidura em cargo de carreira e em outros que a lei determinar efetuar-se-á
mediante concurso, precedida de inspeção de saúde.
Parágrafo único. Os concursos serão de provas e, subsidiariamente, de títulos.
Art. 17. Os limites de idade para a inscrição em concurso e o prazo de validade deste serão fixados,
de acordo com a natureza das atribuições da carreira ou cargo, na conformidade das leis e regula-
mentos e das instruções respectivas, quando for o caso.
Art. 18. Não ficarão sujeitos a limites de idade, para inscrição em concurso e nomeação, os ocupan-
tes de cargos efetivos ou funções públicas estaduais.
Art. 19. Os concursos deverão realizar-se dentro dos seis meses seguintes ao encerramento das
respectivas inscrições.
Parágrafo único. Realizado o concurso será expedido, pelo órgão competente, o certificado de ha-
bilitação.
1.2. Provimento
Realizado o concurso, é o momento de a Administração chamar os candidatos aprovados.
Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela
respectiva Administração.
Dessa forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade com-
petente, que é, no âmbito estadual, o Governador.
Art. 11. Compete ao Governador do Estado prover, na forma da lei e com as ressalvas estatuídas na
Constituição, os cargos públicos estaduais.
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• readmissão;
• reversão;
• aproveitamento.
Ainda que o texto da norma estadual preveja a transferência como uma das formas de pro-
vimento, o STF possui entendimento sumulado acerca da inconstitucionalidade do instituto.
Súmula Vinculante n. 43
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que
não integra a carreira na qual anteriormente investido.
De igual forma, a forma de provimento readmissão teve todos os seus artigos revogados por
normas posteriores à edição do estatuto.
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Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo ocor-
rer nas seguintes situações:
a) em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira ou isolado que, por lei, assim
deva ser provido;
b) em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim deva ser
provido;
c) em substituição no impedimento legal ou temporário de ocupante de cargo isolado de
provimento efetivo ou em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso
público anteriormente realizado.
Nomeação
Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e
exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de direção, chefia
e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente escolhidos pela autoridade
nomeante, que pode optar por provê-los com um servidor de carreira ou com uma pessoa
até então estranha aos quadros funcionais do serviço público.
A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma car-
reira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e o provimento
no cargo de classe mais alta.
Como resultado, ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, não gerando saldo
a ser reposto pela administração.
Vejamos o seguinte exemplo: no âmbito de determinado órgão público, os cargos são estru-
turados em três classes, sendo elas denominadas de A, B e C. Cada uma dessas classes é
Promoção subdividida em padrões, de forma que o servidor, ao entrar em exercício, ocupa a classe ini-
cial A e o padrão inicial 1.
Após o período de um ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão subsequente,
permanecendo, contudo, na mesma classe.
No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão da classe a que
pertence, no entanto, há a passagem de uma classe para outra da carreira, oportunidade em
que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a classe B.
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Em nenhum caso poderá ser realizada a reversão sem fique provada, em inspe-
ção médica, a capacidade para o exercício da função.
De igual forma, será cassada a aposentadoria do servidor que reverter e não
Reversão
tomar posse ou entrar em exercício dentro dos prazos legais.
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A Lei Complementar n. 869/1952 não elenca a readaptação como uma forma de provimen-
to dos cargos públicos estaduais. No entanto, e considerando que a norma regulamenta tal
instituto em capítulo à parte, relacionarei, aqui, as principais características da readaptação.
Basicamente, duas são as situações que dão ensejo à readaptação.
Nos casos de perda da capacidade funcional decorrente da modificação do estado físico
ou das condições de saúde do funcionário, que não justifiquem a aposentadoria. Nessa si-
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1.3. Posse
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada na imprensa oficial, o nomeado tem o pra-
zo de 30 dias para tomar posse. Tal prazo poderá ser prorrogado, por outros 30 dias, mediante
solicitação escrita e fundamentada do interessado e despacho da autoridade competente para
dar posse.
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Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidora pública, fato que apenas ocorre
com a posse.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprovados e anterior-
mente nomeados têm o primeiro contato com a Administração Pública, passando, a partir de
então, a serem servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público.
Nesse sentido, merece destaque os conceitos de cargo e de servidor público (funcionário
público) apresentados pela Lei Complementar n. 869/1952. Além disso, relaciono os concei-
tos de classe, carreira e quadro, uma vez que a literalidade desses artigos possui uma grande
possibilidade de ser exigida em prova.
Assim, podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em con-
curso público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias, que podem
ser prorrogados por igual período) tomou posse perante a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efetivo exercício, po-
dem também ser utilizados para provimento em comissão.
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A lei estadual apresenta, ainda, regras procedimentais sobre a forma como ocorrerá a pos-
se dos servidores públicos. Nesse sentido é o teor dos arts. 61 a 65:
Art. 61. Posse é o ato que investe o cidadão em cargo ou em função gratificada.
Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção, remoção, designação para o desempe-
nho de função não gratificada e reintegração.
Art. 62. São competentes para dar posse:
I – o Governador do Estado;
II – os Secretários de Estado;
III – os Diretores de Departamentos diretamente subordinados ao Governador;
IV – as demais autoridades designadas em regulamentos.
Art. 63. A posse verificar-se-á mediante a lavratura de um termo que, assinado pela autoridade que
a der e pelo funcionário, será arquivado no órgão de pessoal da respectiva Repartição, depois dos
competentes registros.
Parágrafo único. O funcionário prestará, no ato da posse, o compromisso de cumprir fielmente os
deveres do cargo ou da função.
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Art. 64. A posse poderá ser tomada por procuração, quando se tratar de funcionário ausente do
Estado, em missão do Governo, ou em casos especiais, a critério da autoridade competente.
Art. 65. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de ser pessoalmente responsabili-
zada, se forem satisfeitas as condições estabelecidas no art. 13 e as especiais fixadas em lei ou
regulamento, para a investidura no cargo ou na função.
Observe que o art. 65 estabelece que a autoridade competente para dar posse deverá veri-
ficar, sob pena de responsabilidade, se aquele que está sendo empossado atende a determina-
dos requisitos para ocupar o cargo público em questão.
Vamos conhecer quais são esses requisitos?
Art. 13. Só poderá ser provido em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos:
I – ser brasileiro;
II – ter completado dezoito anos de idade;
III – haver cumprido as obrigações militares fixadas em lei;
IV – estar em gozo dos direitos políticos;
V – ter boa conduta;
VI – gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica;
VII – ter-se habilitado previamente em concurso, salvo quando se tratar de cargos isolados para os
quais não haja essa exigência;
VIII – ter atendido às condições especiais, inclusive quanto à idade, prescrita no respectivo edital
de concurso.
Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, em virtude das
atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, tal como a comprovação de expe-
riência mínima no ramo de atividade e a aprovação em curso de formação.
1.4. Exercício
Ocorrendo a posse, há a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais da
Administração Pública Estadual.
E como forma do servidor conhecer o local da repartição para onde foi nomeado e se orga-
nizar melhor com relação a mudanças, hospedagem e demais procedimentos, a Lei Comple-
mentar n. 869/1952 faculta ao servidor o prazo de 30 dias, contados da posse, para a entrada
em exercício. Esse prazo, assim como ocorre com a posse, pode ser prorrogado por igual
período mediante requerimento do interessado.
Art. 70. O exercício do cargo ou da função terá início dentro do prazo de trinta dias, contados:
I – da data da publicação oficial do ato, nos casos de promoção, remoção, reintegração e designa-
ção para função gratificada;
II – da data da posse, nos demais casos.
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§ 1º Os prazos previstos neste artigo poderão ser prorrogados, por solicitação do interessado e a
juízo da autoridade competente, desde que a prorrogação não exceda a trinta dias.
§ 2º No caso de remoção e transferência, o prazo inicial para o funcionário em férias ou licenciado,
exceto no caso de licença para tratar de interesses particulares, será contado da data em que voltar
ao serviço.
O servidor deverá apresentar ao órgão competente, após ter tomado posse e antes de en-
trar em exercício, os elementos necessários a abertura do assentamento individual.
Constitui o exercício o efetivo desempenho do cargo público ou da função de confiança.
Nos termos da norma estadual, o chefe da repartição ou do serviço para que for designado
o funcionário é a autoridade competente para dar-lhe exercício.
É durante o exercício do servidor que os demais institutos se fazem presentes, de forma
que passa o servidor a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se a
um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em lei, a
estabilidade.
Dessa forma, vejamos as demais previsões legais relacionadas ao exercício dos servidores
públicos do Estado de Minas Gerais:
Art. 68. O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento indivi-
dual do funcionário.
Parágrafo único. O início do exercício e as alterações que neste ocorrerem serão comunicados, pelo
chefe da repartição ou serviço em que estiver lotado o funcionário, ao respectivo serviço de pes-
soal e às autoridades, a quem caiba tomar conhecimento.
Art. 71. O funcionário nomeado deverá ter exercício na repartição cuja lotação houver vaga.
Parágrafo único. O funcionário promovido poderá continuar em exercício na repartição em que
estiver servindo.
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Art. 72. Nenhum funcionário poderá ter exercício em serviço ou repartição diferente daquele em
que estiver lotado, salvo os casos previstos neste Estatuto ou prévia autorização do Governador
do Estado.
Parágrafo único. Nesta última hipótese, o afastamento do funcionário só será permitido para fim
determinado e por prazo certo.
Art. 73. Entende-se por lotação o número de funcionários de cada carreira e de cargos isolados que
devam ter exercício em cada repartição ou serviço.
Art. 74. O funcionário deverá apresentar ao órgão competente, após ter tomado posse e antes de
entrar em exercício, os elementos necessários a abertura do assentamento individual.
Art. 75. O número de dias que o funcionário gastar em viagem para entrar em exercício será consi-
derado, para todos os efeitos, como de efetivo exercício.
Parágrafo único. Esse período de trânsito será contado da data do desligamento do funcionário.
Art. 76. Nenhum funcionário poderá ausentar-se do Estado, para estudo ou missão de qualquer
natureza, com ou sem ônus para os cofres públicos, sem autorização ou designação expressa do
Governador do Estado.
Art. 77. O funcionário designado para estudo ou aperfeiçoamento fora do Estado, com ônus para os
cofres deste, ficará obrigado a prestar serviços pelo menos por mais três anos.
Parágrafo único. Não cumprida essa obrigação indenizará os cofres públicos da importância des-
pendida pelo Estado com o custeio da viagem de estudo ou aperfeiçoamento.
Art. 78. Salvo casos de absoluta conveniência, a juízo do Governador do Estado, nenhum funcio-
nário poderá permanecer por mais de quatro anos em missão fora do Estado, nem exercer outra
senão depois de corridos quatro anos de serviço efetivo no Estado, contados da data do regresso.
Art. 79. O funcionário preso por crime comum ou denunciado por crime funcional ou, ainda, conde-
nado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia será afastado do exercício até
decisão final passada em julgado.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, o funcionário perderá, durante o tempo do afastamento, um
terço do vencimento ou remuneração, com direito à diferença, se absolvido.
§ 2º No caso de condenação, e se esta não for de natureza que determine a demissão, será o fun-
cionário afastado, na forma deste artigo, a partir da decisão definitiva, até o cumprimento total da
pena, com direito, apenas, a um terço do vencimento ou remuneração.
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• disciplina;
• eficiência.
Ainda que o texto da norma afirme que o período de estágio probatório é de dois anos, de-
ve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 19, ocorrida em 1998,
o período para aquisição da estabilidade passou a ser de três anos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período necessário para
a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é de que
o período de estágio probatório deve ser de três anos, sendo este o prazo utilizado, atualmen-
te, no âmbito do serviço público.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódica e de
acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão. No âmbito estadual, as
seguintes disposições devem ser observadas com relação à avaliação do servidor:
• sem prejuízo da remessa periódica do boletim de merecimento ao serviço de pessoal, o
diretor da repartição ou serviço em que sirva o funcionário, sujeito ao estágio probatório,
quatro meses antes da terminação deste, informará reservadamente ao órgão de pesso-
al sobre o funcionário, tendo em vista os requisitos de avaliação do período de estágio
probatório;
• em seguida, o órgão de pessoal formulará parecer escrito, opinando sobre o mereci-
mento do estagiário em relação a cada um dos requisitos e concluindo a favor ou con-
tra a confirmação;
• desse parecer, se contrário à confirmação, será dada vista ao estagiário (servidor em
estágio) pelo prazo de cinco dias;
• se o despacho do Governador do Estado for favorável à permanência do funcionário, a
confirmação não dependerá de qualquer novo ato;
• a apuração dos requisitos deverá processar-se de modo que a exoneração do funcioná-
rio possa ser feita antes de findo o período de estágio.
1.6. Estabilidade
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários.
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a
coação das autoridades superiores, que, não fosse a estabilidade, poderiam condicionar deter-
minados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
Como anteriormente mencionado, a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e
não do cargo em que o servidor se encontra investigo. Nesse sentido, merece destaque o en-
tendimento de José dos Santos Carvalho Filho:
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A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções.
Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com essa qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço
público, com a possibilidade surreal de existir servidores praticando faltas graves contra a Ad-
ministração sem a possibilidade de demissão.
Para que isso não ocorra, a Constituição de Minas Gerais estabelece, no art. 35, as hipóte-
ses em que o servidor público estadual estável poderá perder o cargo:
Art. 35. É estável, após três anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Além delas, há, de acordo com a Constituição Federal, a possibilidade de perda do cargo
do servidor estável como decorrência da redução de despesas em virtude da não observância,
pelos entes federativos, do limite máximo de gastos com pessoal.
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1.7. Vacância
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o cargo
público anteriormente ocupado. Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade
em que o agente estatal rompe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de hipó-
teses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor.
Vejamos, tal como feito com as situações de provimento, as hipóteses de vacância previs-
tas no estatuto estadual, que podem ser melhor visualizadas por meio da tabela adiante:
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A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do rompi-
mento do vínculo mantido entre o servidor e a Administração Pública. Tal forma de vacân-
cia pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-se de exoneração
de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante da exoneração involuntária.
De acordo com a norma estadual, são as seguintes as hipóteses ensejadoras de vacância
no serviço público:
Exoneração a) a pedido do servidor;
b) a critério do Governo quando se tratar de ocupante de cargo em comissão ou interino
em cargo de carreira ou isolado, de provimento efetivo;
c) quando o servidor não satisfizer as condições de estágio probatório;
d) quando o servidor interino em cargo de carreira ou isolado, de provimento efetivo, não
satisfizer as exigências para a inscrição, em concurso;
e) automaticamente, após a homologação do resultado do concurso para provimento do
cargo ocupado interinamente pelo servidor.
Ao contrário da exoneração, que é a saída não punitiva do servidor, as situações que acar-
retam a demissão são hipóteses previstas em lei em que o servidor comete alguma infra-
Demissão ção disciplinar ou não observa determinadas normas previstas no estatuto funcional.
Nesse sentido, o art. 107 da Lei Complementar n. 869/1952 estabelece que “a demissão
será aplicada como penalidade”.
Com o falecimento, ocorre a vacância no cargo público, que será, após a publicação no
Falecimento
Diário Oficial, objeto de preenchimento por novo servidor público.
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Como vimos nas hipóteses de provimento, com a promoção, o servidor é alçado a uma
nova classe na carreira, de forma que o cargo anteriormente ocupado fica vago.
Promoção
Por isso mesmo, essa é uma das hipóteses em que ocorre, simultaneamente, um provi-
mento e uma vacância.
Ainda com relação à vacância, deve ser informado que, verificada a vaga em uma carreira,
serão, na mesma data, consideradas abertas todas as que decorrerem do seu preenchimento.
Nesse sentido, as vagas são consideradas abertas nos seguintes momentos:
• do falecimento do ocupante do cargo;
• da publicação do decreto que transferir, aposentar, demitir ou exonerar o ocupante do
cargo;
• da publicação da lei que criar o cargo, e conceder dotação para o seu provimento, ou da
que determinar apenas esta última medida, se o cargo estiver criado;
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• da aceitação de outro cargo pela posse do mesmo, quando desta decorra acumulação
legalmente vedada.
2. Remoção e Substituição
2.1. Remoção
A remoção pode ser entendida como o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Do conceito legal, nota-se que a remoção (que não é uma forma de provimento em cargo
público), pode ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto por iniciativa do Poder Público.
Nesse mesmo sentido, poderá a remoção dar-se com ou sem a mudança da sede onde o ser-
vidor desempenha suas atribuições, podendo ocorrer em duas diferentes situações:
Art. 80. A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou “ex officio”, dar-se-á:
I – de uma para outra repartição ou serviço;
II – de um para outro órgão de repartição, ou serviço.
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2.2. Substituição
A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da continuidade dos serviços
públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não seja interrompido em razão da ausência do
titular da função. Caso assim não fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria
prejudicada pela sua interrupção.
Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de direção, sendo que
os servidores que ocupam tais funções, além de receber um adicional pelo exercício desempe-
nhado, exercem atividades que exigem um maior nível de responsabilidade.
Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exemplo, nas férias,
licenças ou afastamentos), o substituto, que deve ser anteriormente designado, assume cumu-
lativamente, ou seja, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício temporário das atribuições
do titular.
Nesse sentido, inclusive, é o texto do art. 24, que apresenta a seguinte redação:
Art. 24. Haverá substituição no impedimento do ocupante de cargo isolado, de provimento efetivo
ou em comissão, e de função gratificada.
Deve ser salientado que a substituição será automática ou dependerá de ato da Admi-
nistração.
Especificamente no caso de substituição não automática, a norma estabelece a regra de
que tal forma de substituição, quando ocorrer por período igual ou inferior a 180 dias, será
feita por ato do secretário ou diretor do departamento em que estiver lotado o cargo ou se
exercer a função gratificada.
O substituto, como regra geral, perderá, durante o tempo da substituição, o vencimento ou
remuneração do cargo de que for ocupante efetivo. A exceção fica por conta da substituição
para função gratificada, quando utilizada a opção pelo recebimento do cargo efetivo.
3. Da Frequência e do Horário
O expediente normal das repartições públicas será estabelecido pelo Governo, em de-
creto, no qual a determinará o número de horas de trabalho normal para os diversos cargos
e funções.
Assim sendo, deverá o servidor permanecer na repartição durante as horas do trabalho
ordinário e as do expediente.
A frequência dos servidores públicos estaduais será apurada por meio do ponto. Nesse
sentido, podemos conceituar “ponto” como o registro pelo qual é possível verificar, diariamen-
te, as entradas e saídas dos servidores em serviço.
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Nos registros de ponto, deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração
da frequência.
Como não poderia ser diferente, a regra geral é a de que todos os servidores estejam su-
jeitos ao regime de ponto, sendo tal prática utilizada, inclusive, para fins de pagamento de
pessoal. Nesse sentido, a norma estabelece que “salvo nos casos expressamente previstos
em lei ou regulamento, é vedado dispensar o funcionário de registro de ponto e abonar faltas
ao serviço”.
Em determinadas situações, no entanto, os servidores estarão dispensados do registro de
ponto. Em tais casos, o mais comum é a dispensa em virtude do desempenho de atividades
de confiança, de forma que o servidor não pode ficar vinculado a uma jornada específica de
trabalho.
Para efeito de pagamento, será apurada a frequência dos servidores da seguinte forma:
• pelo ponto;
• pela forma que for determinada, quanto aos servidores não sujeitos a ponto.
Considerando que o ponto é utilizado como base para fins de pagamento de pessoal, a
norma determina que o servidor perderá:
• o vencimento ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço;
• um quinto do vencimento ou remuneração, quando comparecer depois da hora marcada
para início do expediente, até 55 minutos;
• o vencimento ou remuneração do dia, quando comparecer na repartição sem a obser-
vância do limite horário estabelecido no item anterior;
• quatro quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar da repartição no fim da
segunda hora do expediente;
• três quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar no período compreendido
entre o princípio e o fim da terceira hora do expediente;
• dois quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar no período compreendi-
do entre o princípio e o fim da quarta hora;
• um quinto do vencimento ou remuneração, quando se retirar do princípio da quinta hora
em diante.
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Sendo assim, aos servidores que sejam estudantes será possibilitada, nos termos dos re-
gulamentos, tolerância quanto ao comparecimento normal do expediente da repartição, obe-
decidas as seguintes condições:
• deverá o interessado apresentar, ao órgão de pessoal respectivo, atestado fornecido
pela secretaria do instituto de ensino comprovando ser aluno do mesmo e declarando
qual o horário das aulas;
• apresentará o interessado, mensalmente, atestado de frequência às aulas, fornecido
pela aludida secretaria da escola;
• o limite da tolerância será, no máximo, de uma hora e trinta minutos por dia;
• comprometer-se-á o interessado a manter em dia e em boa ordem os trabalhos que lhe
forem confiados, sob pena de perda da regalia.
4. Tempo de Serviço
A apuração do tempo de serviço, para efeito de aposentadoria, promoção e adicionais, será
feita em dias.
Para efeito de aposentadoria e adicionais, o número de dias será convertido em anos, con-
siderados sempre estes como de 365 dias.
Feita a conversão, os dias restantes (até 182 dias) não serão computados, arredondando-
-se para um ano quando excederem esse número.
É importante mencionar que serão considerados de efetivo exercício, para os efeitos da
contagem de tempo de serviço, os dias em que o funcionário estiver afastado do serviço em
virtude de:
• férias e férias-prêmio;
• casamento, até oito dias;
• luto pelo falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão até oito dias;
• exercício de outro cargo estadual, de provimento em comissão;
• convocação para serviço militar;
• júri e outros serviços obrigatórios por lei;
• exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território es-
tadual, por nomeação do Governador do Estado;
• exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território na-
cional, por nomeação do Presidente da República;
• desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
• licença ao funcionário acidentado em serviço ou atacado de doença profissional;
• licença à funcionária gestante;
• missão ou estudo de interesse da Administração, noutros pontos do território nacional
ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo
Governador do Estado.
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Para efeito de promoção por antiguidade, será computado como de efetivo exercício o período
de licença para tratamento de saúde.
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RESUMO
A Lei Complementar 869, de 1952, é a norma que institui o regime jurídico dos servidores
públicos do Estado de Minas Gerais. É por meio das disposições da mencionada lei, desta for-
ma, que os servidores estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos,
bem como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar em questão não se aplicam a todos os
agentes públicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis estaduais.
Os cargos, funções e empregos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por
igual período.
A Lei Complementar estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo elas:
a) Nomeação;
b) Promoção;
c) Reintegração;
d) Readmissão;
e) Reversão;
f) Aproveitamento.
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b) em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim deva
ser provido;
c) em substituição no impedimento legal ou temporário de ocupante de cargo isolado de
provimento efetivo ou em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso pú-
blico anteriormente realizado. Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados
como de livre nomeação e exoneração, tal característica nem sempre está presente. Na subs-
tituição, a nomeação possui um prazo determinado de tempo, sendo pautada no princípio da
continuidade do serviço público.
A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma
carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e o provimen-
to no cargo de classe mais alta.
Como resultado, tem-se que ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, não
gerando saldo a ser reposto pela administração.
Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público, após verificação,
em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria. Tal forma
de provimento pode ocorrer de duas formas: a pedido ou de ofício. Em nenhum caso poderá
ser realizada a reversão sem fique provada, em inspeção médica, a capacidade para o exercí-
cio da função.
O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública,
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo anterior-
mente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas as
vantagens. Caso o cargo já tenha sido provido ou extinto, a reintegração ocorrerá em cargo de
natureza, vencimento ou remuneração equivalentes, respeitada a habilitação profissional. Para
que ocorra a reintegração, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa ou
judicial.
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada na imprensa oficial, o nomeado tem o pra-
zo de 30 dias para tomar posse. Tal prazo poderá ser prorrogado, por outros 30 dias, mediante
solicitação escrita e fundamentada do interessado e despacho da autoridade competente para
dar posse.
Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público, fato que apenas ocorre
com a posse.
Cargo público é o criado por lei, em número certo, com a denominação própria e pago pe-
los cofres do Estado.
Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.
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A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em conta
para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
Tais condições, de acordo com a Lei Complementar 869, são as seguintes: a) idoneidade
moral; b) assiduidade; c) disciplina; d) eficiência.
O entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é de que o período de estágio proba-
tório deve ser de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atualmente, no âmbito do serviço públi-
co.
Ainda que estável, o servidor público poderá perder o cargo público nas seguintes situações:
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/2014) De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públi-
cos do Estado de Minas Gerais, as atribuições de cada carreira são definidas em:
a) Portaria.
b) Lei específica.
c) Regulamento.
d) Instrução normativa.
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GABARITO
1. c
2. C
3. a
4. E
5. C
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. d
12. E
13. C
14. C
15. C
16. C
17. C
18. C
19. C
20. a
21. d
22. c
23. c
24. E
25. E
26. E
27. C
28. E
29. C
30. d
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GABARITO COMENTADO
001. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/2014) De acordo com o Estatuto dos Funcionários Pú-
blicos do Estado de Minas Gerais, as atribuições de cada carreira são definidas em:
a) Portaria.
b) Lei específica.
c) Regulamento.
d) Instrução normativa.
De acordo com o art. 7º, “as atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento”.
Letra c.
De acordo com o art. 86, “a readaptação será sempre ‘ex officio’ e se fará nos termos do regu-
lamento próprio”.
Letra a.
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Nos termos da lei, carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segun-
do os padrões de vencimentos. Logo, o conceito apresentado está correto.
Errado.
Nos termos do art. 3º, “cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em nú-
mero certo, com a denominação própria e pago pelos cofres do Estado”.
Certo.
De acordo com o art. 2º, funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público,
e não, conforme informa a questão, em emprego público.
Errado.
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As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento, conforme expressão do art. 7º.
De acordo com a lei, os cargos isolados são os que não se podem integrar em classes e cor-
respondem a certa e determinada função.
Errado.
De acordo com o art. 8º, “quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções
gratificadas”.
Certo.
Para responder à questão, temos que fazer uso das disposições do art. 47, de seguinte redação:
Art. 47. A transferência “ex officio”, no interesse da administração, será feita mediante proposta do
Secretário de Estado ou Chefe do departamento autônomo.
Letra d.
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A questão está de acordo com a previsão do art. 2º do estatuto dos servidores. Apenas re-
lembrando que o termo funcionário é chamado, nos dias atuais, de servidor.
De acordo com o art. 3º, “cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em nú-
mero certo, com a denominação própria e pago pelos cofres do Estado”.
Certo.
Devemos responder à questão com base nas disposições do art. 4º da norma estadual:
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Parágrafo único. São de carreira os que se integram em classes e correspondem a uma profissão;
isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.
Certo.
De acordo com o art. 5º, “classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual
padrão de vencimento”.
Certo.
Todos os cargos públicos devem, obrigatoriamente, ser criados por lei, conforme previsão do
art. 3º da lei complementar:
Art. 3º Cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em número certo, com a de-
nominação própria e pago pelos cofres do Estado.
Certo.
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Estabelece a norma que são cargos isolados aqueles que não se podem integrar em classes e
correspondem a certa e determinada função.
Certo.
A questão deve ser respondida com base no art. 2º do estatuto dos servidores, de seguin-
te redação:
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Em conformidade com o art. 19, “os concursos deverão realizar-se dentro dos seis meses se-
guintes ao encerramento das respectivas inscrições”.
Letra d.
Dentre as alternativas apresentadas, apenas a “c” (acesso) não se trata de uma forma de provi-
mento em cargo público. É importante salientar que, conforme mencionado em aula, a transferên-
cia não é admita, enquanto forma de provimento, pelo STF.
Tendo sido a demissão invalidada por sentença judicial, deverá o agente retornar ao serviço
público por meio do instituto da reintegração.
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Art. 50. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou sentença judiciária passada em
julgado, é o ato pelo qual o funcionário demitido reingressa no serviço público, com ressarcimento
dos prejuízos decorrentes do afastamento.
Letra c.
Ao contrário do que afirma a questão, a classe, de acordo com as disposições do art. 5º, é um
agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.
Errado.
Ao passo que são de carreira os cargos que se integram em classes e correspondem a uma
profissão, a norma define como isolados os cargos que não se podem integrar em classes e
correspondem a certa e determinada função.
Errado.
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LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte I
Diogo Surdi
Trata-se da previsão do art. 2º, que apresenta a definição de funcionário público (termo que, na
atualidade, é denominado de servidor público).
A questão está errada, uma vez que o conceito de classe envolve o agrupamento de cargos da
mesma profissão, e não de carreiras.
De acordo com o art. 8º, “quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções
gratificadas”.
Letra d.
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Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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