05 - Diniz - P - Calibração de Termômetros
05 - Diniz - P - Calibração de Termômetros
05 - Diniz - P - Calibração de Termômetros
Resumo
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. MÉTODOS E MATERIAIS
Inicialmente, o pirômetro Heitronics TRII (1) foi calibrado pelo método da comparação
contra o termopar padrão Pt/Pd LTPP-0716 (2), nos seguintes pontos: 20, 100, 200, 300, 500,
700, 900 e 1000 °C. Essa calibração foi realizada em um forno tubular de cavidade de corpo
negro Land P1200B (3), com três zonas de aquecimento, que garantem uma melhor distribuição
da temperatura ao longo da região de medição, seguindo procedimento descrito em Norma
Técnica [2], conforme figura 1.
3
1
2
Figura 1 - Esquema de calibração do pirômetro Heitronics TRT II contra termopar padrão Pt/Pd em
forno, onde se destacam: 1 – Pirômetro em calibração, 2 – Termopar padrão e 3 – Forno tubular
Dentre as células de pontos fixos construídas, para este estudo, foram selecionadas as seguintes:
- Índio (156,5985 °C), Estanho (231,928 °C), Zinco (419,527 °C), Alumínio (660,323 °C).
Nota: Nesse primeiro conjunto de medições, optou-se por não utilizar as células da Prata
(961,78 °C) e do Cobre (1084,62 °C), pois a temperatura de solidificação desses metais é muito
próxima do limite de operação do forno utilizado. Estes pontos serão testados futuramente,
quando o procedimento de operação do forno estiver estabelecido.
Nas medições utilizando células de pontos fixos, alguns pontos são levados em consideração;
à temperatura ambiente, os metais presentes nas células se encontram solidificados, portanto,
para cada ponto fixo é necessário, incialmente, realizar a fusão do material para, posteriormente,
executar seu processo de solidificação. Para isso, em cada ponto fixo, inicialmente a célula é
inserida no forno de calibração, que é programado para uma temperatura superior ao ponto de
fusão do metal em seu interior (em torno de 5 °C acima). Todo o processo é monitorado com o
pirômetro Heitronics TRT II, utilizando o programa RS232_3.9_1.
As medições foram realizadas utilizando o forno Pegasus EA 137 como meio térmico,
conforme figura 3.
Figura 3 - Esquema de medição das células de pontos fixos no forno Pegasus com o pirômetro Heitronics
Tempo / s
Figura 4 - Gráfico do registro de medição da célula do Índio ao longo do tempo, com destaque para a
região do patamar de solidificação
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Média das
Incerteza / °C,
Indicações do Correção / °C
k=2
Item / °C
19,75 -0,24 0,65
98,75 0,64 0,67
196,69 2,66 0,72
296,95 3,08 0,76
495,17 5,15 0,84
693,38 6,82 0,94
891,7 8,7 1,1
989,8 10,2 1,2
Tabela 1 - Resultado da calibração do pirômetro Heitronics TRT II por comparação
Os resultados obtidos nas primeiras medições com as células de pontos fixos são
apresentados na tabela 2:
Para comparação dos resultados obtidos na calibração por comparação com os resultados
obtidos na calibração por pontos fixos, adotou-se como critério de compatibilidade o cálculo
do Erro Normalizado [4], conforme a equação abaixo.
𝐸 = ,onde
Por esse critério, os resultados são considerados compatíveis quando o |𝐸 |é igual ou inferior
a 1.
A tabela 3 apresenta um resumo das calibrações realizadas nesse estudo, bem como do
cálculo do Erro Normalizado em cada ponto medido. Os valores de correção e incerteza para a
calibração por comparação utilizados nessa tabela são os valores interpolados dos resultados
encontrados na calibração para os valores em temperatura correspondentes aos pontos fixos.
Incerteza Incerteza
Correção Correção Diferença
P.F. / °C, comp. / °C, E.N.
P.F. / °C comp. / °C / °C
k=2 k=2
Índio 2,28 1,78 0,72 0,16 0,70 0,7
Estanho 3,69 3,24 1,41 0,16 0,74 0,6
Zinco 3,80 4,32 -0,52 0,20 0,80 0,6
Alumínio 5,83 6,54 -0,71 0,17 0,93 0,7
Tabela 3 - Resumo dos resultados encontrados nesse estudo, com destaque para o valor calculado do
Erro Normalizado entre as duas metodologias
Na figura 5 é exibida uma representação gráfica para auxiliar na comparação dos resultados.
Nesse gráfico são apresentados os resultados obtidos para cada valor de ponto fixo, com
destaque para os valores de correções obtidas pelas duas metodologias e suas respectivas barras
de incerteza.
Correção / °C
Figura 5 - Gráfico dos valores de correção e barras de incertezas encontradas para as duas metodologias
Pela análise do gráfico é possível observar que os valores das correções obtidas na calibração
por pontos fixos para todas as células, ficaram próximas aos valores obtidos na calibração por
comparação, dentro das incertezas obtidas em cada ponto.
Essa compatibilidade é confirmada através dos valores obtidos no cálculo do Erro
Normalizado apresentados na tabela 3, onde os seguintes resultados foram apresentados: Índio
(0,7), Estanho (0,6), Zinco (0,6) e Alumínio (0,7). Ou seja, para todos os pontos fixos, o valor
do E.N. foi inferior a unidade quando comparados com a calibração por comparação.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
[1] MANGUM, B. W.; FURUKAWA, G. T. NIST Technical Note 1265, Guidelines for
Realizing the International Temperature Scale of 1990 (ITS-90). NIST, Gaithersburg,
MD.
[2] INMETRO. NIT-Later-055 – Calibração de termômetros de radiação (pirômetros). Rev.
02. Rio de Janeiro: INMETRO, 2018.
[3] DOEPP, R., SCHWENKEL S. Contribution to the influence of chemical composition and
cooling conditions on the eutectic solidification range of Fe–C–X-melts. Materials
Science and Engineering A, 2005.
[4] ISO/IEC 17043:2010. Conformity assessment-general requirements for Proficiency
Testing, 2010.